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PROVA TEA / 2015 CET

Prova para Obtenção do


Título de Especialista em Anestesiologia

TEA / 2015

LEIA ATENTAMENTE TODAS AS INSTRUÇÕES ABAIXO

INSTRUÇÕES:

1) Não abra o caderno de questões antes da autorização oficial.


2) Seu cartão de respostas está identificado na parte superior com seu nome e número de inscrição.
Confira agora todos os seus dados.

3) Não escreva na área assinalada como IDENTIFICAÇÃO no esquema acima.


4) As respostas devem ser marcadas na área da questão correspondente com caneta esferográfica azul
ou preta (ponta grossa).

Marcação correta: Marcação incorreta: 

5) O caderno de questões possui 60 (sessenta) questões tipo: S (simples). Todas admitem apenas uma
opção correta (A, B, C, ou D).
6) Assinale no cartão apenas uma opção para cada resposta. Questões com mais de uma resposta
assinalada, marcadas incorretamente ou com rasuras, serão anuladas.
7) Não dobre, amasse ou rasgue seu cartão de respostas.
8) O candidato poderá usar o caderno de questões como rascunho podendo levá-lo consigo ao final da
prova, após a devolução do cartão de respostas.
9) Somente serão permitidas perguntas referentes a possíveis erros gráficos e essas dúvidas deverão ser
dirigidas aos supervisores da prova. Evite perguntas sobre o conteúdo das questões.
10) A prova terá duração de três horas.

COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO

Claudia Marquez Simões


Luiz Carlos Bastos Salles
Antonio Carlos Aguiar Brandão
Bruno Mendes Carmona
Débora de Oliveira Cumino
José Henrique Leal Araújo

BOA SORTE!

Sociedade Brasileira de Anestesiologia 1


PROVA TEA / 2015 CET

1) A resolução 1802/2006 do Conselho Federal de Medicina define como condição


mínima de segurança para a prática de anestesia a disponibilidade de:
a) broncofibroscópio
b) videolaringoscópio
c) tubo de dupla luz
d) dispositivo para cricotireostomia

Ponto 1 - Ética Médica e Bioética. Responsabilidade Profissional do Anestesiologista


Resposta: D
Comentário: A resolução 1802/2006 do CFM define no anexo III instrumental e materiais que
devem estar disponíveis para a prática segura da anestesia: - máscaras faciais - cânulas
oronasofaríngeas - máscaras laríngeas - tubos traqueais e conectores - seringas, agulhas e
cateteres venosos descartáveis - laringoscópio (cabos e lâminas) - Guia para tubo traqueal e
pinça condutora Dispositivo para cricotireostomia Seringas, agulhas e cateteres descartáveis
específicos para os diversos bloqueios anestésicos neuroaxiais e periféricos
Referência: Posso IP, Callegari DC - Resoluções do Conselho Federal de Medicina de
Interesse para o Anestesiologista, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de
Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 31 - 60.

2) Como é o principal mecanismo de transporte de CO2 no sangue:


a) dissolvido no plasma
b) na forma de carbamino-hemoglobina
c) na forma de íons bicarbonato
d) na forma de carboxihemoglobina

Ponto 10 Fisiologia e Farmacologia do Sistema Respiratório


Resposta: C
Comentário: O CO2 pode ser transportado pelo sangue dissolvido, em forma de carbamino-
hemoglobina e de Ion bicarbonato. A a principal forma de transporte é de ion bicarbonato
Referência: Hedenstierna G - Respiratory Physiology, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 7th
Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 361 - 391.

3) Considere um fármaco com início de ação rápido no sistema nervoso central. Ele deve
ser:
a) lipossolúvel e com alta ligação protéica
b) lipossolúvel e com baixa ligação protéica
c) hidrossolúvel e com alta ligação protéica
d) hidrossolúvel e com baixa ligação protéica

Ponto 11 Farmacologia Geral


Resposta: B
Comentário: O início da ação no SNC é afectada pela ligação porque só droga não ligada
(droga livre ) pode atravessar a barreira sangue - cérebro. Quanto a solubilidade, quanto mais
lipossolúvel, maior o volume de distribuiçao.
Referência: Shafer SL, Flood P, Schwinn DA - Basic Principles of Pharmacology, em: Miller RD
- Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 479 - 513.

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4) Em relação à potência de um anestésico venoso:


a) é diretamente proporcional ao valor da C50
b) é mensurada pela efetividade em produzir um efeito
c) a relação concentração/efeito é descrita pelo coeficiente delta
d) é definida como a quantidade necessária para provocar um efeito

Ponto 12 Farmacologia dos Anestésicos Venosos


Resposta: D
Comentário: O termo potência é utilizado para descrever o efeito de uma dada dose de um
fármaco, sendo frequentemente definida em termos da relação dose-resposta.

Referência: Shafer SL, Flood P, Schwinn DA - Basic Principles of Pharmacology, em: Miller RD
- Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 479 - 513.

5) Qual dos fatores influencia a concentração alveolar mínima (CAM) dos anestésicos
inalatórios?
a) oxigenação
b) pressão arterial
c) duração da anestesia
d) temperatura corporal

Ponto 13 Farmacologia dos Anestésicos Inalatórios


Resposta: D
Comentário: Fatores que influenciam ou não a CAM do agentes inalatórios (tabela 72.6 -
SAESP) Não influenciam a CAM – espécie, gênero, duração da anestesia, pH/PaCO2,
oxigenação, pressão arterial. Influenciam a CAM – ritmo cardíaco, função tireoidiana,
temperatura corporal, idade, fármacos.
Referência: Amaral JLG - Farmacocinética dos Anestésicos Inalatórios, em: Cangiani LM,
Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu,
2011; 1027 - 1036.

6) Anestésico local com menor potencial hidrofóbico:


a) bupivacaína
b) tetracaína
c) lidocaína
d) procaína

Ponto 14 - Farmacologia dos Anestésicos Locais


Resposta: B
Comentário: Os anestésicos locais com maior potencial hidrofóbico são mais potentes e
produzem bloqueios anestésicos mais duradouros. Dos anestésicos locais citados o com maior
potencial hidrofóbico é a tetracaína Miller pag 1031
Referência: BerdeCB, Strichartz - Local Anesthetics, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 7th
Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 913 - 939.

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7) Qual a alternativa correta sobre os receptores colinégicos nicotínicos pós-sinápticos


juncionais?
a) apresentam vida média de 48 horas
b) localizam-se em toda a membrana pós-sináptica
c) possuem 2 subnidades alfa, 1 beta, 1 delta e 1 epsilon
d) apresentam menor sensibilidade aos agentes antagonistas

Ponto 15 - Transmissão e Bloqueio Neuromuscular


Resposta: D
Comentário: Principais características dos receptores colinérgicos nicotínicos pós-sinápticos
juncionais (tabela 48.2 - SAESP): Localização preferencial – placa motora exclusivamente
Estrutura proteica – 2 subnidades alfa, 1 beta, 1 delta, 1 gama Vida média – 2 semanas Canal
iônico – menor tempo aberto Sensibilidade aos antagonistas – menor Sensibilidade aos
antagonistas – menos resistente
Referência: Potério GMB, Braga AFA - Fisiologia da Transmissão Neuromuscular, em:
Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São
Paulo, Atheneu, 2011; 679 - 694.

8) Paciente cardiopata, internado na UTI, evoluiu com quadro presenciado de perda de


consciência. À cardioscopia mostrou o seguinte traçado:

Qual a conduta imediata?

a) não está indicado o uso de desfibrilação elétrica


b) realizar cardioversão elétrica sincronizada de 100 J
c) iniciar por manobras de RCP por 2 minutos e posterior desfibrilação elétrica
d) iniciar pela desfibrilação elétrica seguida de manobras de RCP por 2 minutos

Ponto 16 - Parada Cardíaca e Reanimação


Resposta: D
Comentário: Diante de uma PCR em FV ou TV sem pulso presenciado a conduta deve ser
desfibrilação elétrica seguida de manobras de RCP por 2 minutos. Quando não assistida ou
acima de 4 minutos de PCR deve se iniciar pelas manobras de RCP e posterior desfibrilação
elétrica.
Referência: Ferez D, Falcão LFR - Reanimação Cardiorrespiratória no Adulto, em: Cangiani
LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo,
Atheneu, 2011; 2499 - 2533.

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9) Paciente de 56 anos, em uso de clopridogrel, será submetido à herniorrafia inguinal


sob bloqueio do neuroeixo. Qual o tempo mínimo, em dias, de suspensão do fármaco?
a) 1
b) 2
c) 7
d) 14

Ponto 17 Bloqueios Subaracnoideo e Peridural


Resposta: C
Comentário: O clopridrogel deve ser suspenso por no mínimo 7 dias antes da realização de
um bloqueio do neuroeixo, para cirurgia eletiva
Referência: Brown DL - Spinal, Epidural, and Caudal Anesthesia, em: Miller RD - Miller's
Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 1611 - 1638.

10) Local com maior fragilidade pneumática no aparelho de anestesia:


a) conexão com cilindros de gases
b) conexão com a rede de gases
c) vaporizadores
d) fluxômetros

Ponto 18 - Complicações da Anestesia


Resposta: D
Comentário: O local de maior fragilidade pneumática no aparelho de anestesia é no fluxômetro
Referência: Brockwell RC, Andrews JF - Inhaled Anesthetic Delivery Systems, em: Miller RD -
Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 667 - 718.

11) Qual das medicações tem efeito tardio no tratamento de broncoespasmo no pós
operatório?
a) nebulização de adrenalina
b) hidrocortisona intravenoso
c) terbutalina intramuscular
d) nebulização com brometo de ipratrópio

Ponto 19 - Recuperação Pós-Anestésica


Resposta: B
Comentário: A medicação recomendada diante de um quadro de broncoespamo é um
antagonista beta 2 adrenérgico. Os corticoides intravenosos não apresentam nenhum efeito
broncodilatador, sendo utilizados para redução do processo inflamatório.
Referência: Fowler MA, Spiess BD - Post Anesthesia Recovery, em: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK et al - Clinical Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2009; 1421 - 1443.

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12) Das comissões abaixo, qual compõe o departamento científico da SBA:


a) Honorários Médicos
b) Saúde Ocupacional
c) Estatuto, Regulamento e Regimentos
d) Normas Técnicas e Segurança em Anestesia

Ponto 2 - Organização da SBA, Cooperativismo e SUS


Resposta: D
Comentário: Compõe o departamento científico: a revista brasileira de anestesiologia,
Comissão de Normas técnicas e segurança em anestesia, comissão de educação continuada,
comissão de ensino e treinamento e a comissão examinadora do TSA. Saesp pg 20.
Referência: Saubermann LF - Sociedade Brasileira de Anestesiologia: Finalidades e
Organização, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia
SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 17 - 23.

13) “Modelo de pesquisa em que os participantes são distribuídos aleatoriamente em


grupo experimental e grupo controle.” Esta definição corresponde a qual desenho de
estudo ?
a) Metanálise
b) Estudo de Coorte
c) Estudo de Caso controle
d) Ensaio Clínico Randomizado

Ponto 20 Metodologia Científica


Resposta: D
Comentário: Dentre os diversos tipos de estudo podemos didaticamente dividi-los em: 1-
Estudos observacionais, que incluem estudo de coorte, transversal, caso-controle, relato de
caso e série de casos. 2 - Estudos experimentais ou ensaios clínicos, compreendem estudos
controlados ou não, aleatórios ou não, nestes tipos de estudos os pesquisadores selecionam
uma amostra e, em um dos grupos estudados, aplicam uma determinada intervenção
comparando com o grupo controle ou placebo. 3. Estudos de Revisão são estudos secundários
obtidos a partir de dados e informações de estudos primários englobam as monografias,
revisões sistemáticas ou não e as metanálises.
Referência: Braz JRC - Os Tipos e o Planejamento das Pesquisas, em: Cangiani LM, Slullitel
A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011;
107 - 115.

14) Paciente de 60 anos, portador de aneurisma de aorta torácica descendente


submetido à correção cirúrgica com clampeamento da aorta. Qual o local ideal para
monitorização da pressão arterial invasiva?
a) radial direita
b) radial esquerda
c) femoral direita
d) femoral esquerda

Ponto 21 Monitorização
Resposta: A
Comentário: O tipo de procedimento cirúrgico é importante na escolha do local ideal para
monitorização da pressão arterial invasiva. Procedimentos que necessitam de clampeamento
da aorta torácica descendente pode interromper o fluxo para o membro superior esquerdo. No
caso a melhor opção é a monitorização da pressão arterial invasiva no membro superior direito.
Miller 1357
Referência: Schroeder RA, Barbeito A, Bar-Yosef S et al - Cardiovascular Monitoring, em:
Miller RD - Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 1267 - 1328.

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15) Em relação aos sistemas respiratórios,qual a opção correta ?


a) os sistemas circulares possuem válvulas bidirecionais
b) os sistemas de Mapleson possuem fluxos bidirecionais
c) o sitema de Bain é uma variação do sistema Mapleson A
d) o sistema de Mapleson tipo D possui escape próximo ao paciente

Ponto 22 Sistemas de Administração de Anestesia Inalatória


Resposta: B
Comentário: Os sistemas de Mapleson são semelhantes aos sistemas circulares de respiração
possuem fluxo de gás fresco suficiente para fornecer volume adequado ao paciente e eliminar
o dióxido de carbono. Entretanto os sistemas de Mapleson diferem dos sistemas circulares,
porque possuem fluxo bidirectional e não possuem absorvedor de dióxido de carbono. O
sistema de Mapleson A, também conhecido como Circuito Magill, tem uma válvula de escape
localizado perto da mascara do paciente e o fluxo de gás fresco entra no circuito perto da bolsa
reservatório. No circuito Mapleson D, o gás fresco entra no sistema próximo do paciente e o
excesso de gás é eliminado pela válvula de escape na extremidade oposta do circuito, ou seja,
próximo a bolsa reservatório. O sistema de Bain é uma variante do sistema Mapleson D.
Referência: Martin JL - Inhaled Anesthetics: Metabolism and Toxicity, em: Miller RD - Miller's
Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 633 - 666.

16) Assinale o efeito dos agentes inalatórios nas funções pulmonares:


a) reduzem a função ciliar e o transporte de muco
b) reduzem a frequência respiratória abaixo de 0,5 CAM
c) alteram o volume minuto de maneira dose-independente
d) promovem vasoconstricção arterial pulmonar em condições normais

Ponto 23 Anestesia Inalatória


Resposta: A
Comentário: Os agentes inflamatórios reduzem a função ciliar e o transporte de muco.
Promovem vasodilataçnao arterial pulmonar em condições normais. Aumentam a frequencia
respiratória e reduzem o volume-minuto de maneira dose-dependente.
Referência: Farber NE, Pagel OS, Warltier DC - Pulmonary Pharmacology, em: Miller RD -
Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 561 - 594.

17) Em uma infusão continua, prolongada, de anestésico, qual característica intrínseca


do fármaco está relacionada com um rápido despertar:
a) baixa meia vida de eliminação
b) baixa meia vida de distribuição
c) baixo volume de distribuição
d) baixa meia vida contexto-dependente

Ponto 24 Anestesia Venosa


Resposta: D
Comentário: A meia-vida contexto dependente, ou contexto sensitiva, foi descrita inicialmente
por Hughes em 1992 e determina o tempo para que ocorra a diminuição da concentração
plasmática de um fármaco, para a metade do valor em que este se encontrava durante a
infusão, a partir do momento em que a administração for interrompida. A partir do ponto de
equilíbrio entre concentração plasmática e na biofase, é possível determinar em quanto tempo
um fármaco deverá alcançar a metade da concentração plasmática que ele mantinha, quando
a administração foi interrompida. A meia vida contexto dependente é utilizada para estudar os
fármacos em infusão alvo controlada, e incorpora as meias vidas de eliminação, de distribuição
lenta e rápida. Já para a administração de bolus, considera-se apenas a meia vida de
eliminação.
Referência: Vianna PTG, Simoni RF, Oroz JEB et al. - Anestesia Venosa Total, em: Cangiani
LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo,
Atheneu, 2011; 1419 - 1436.

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18) Para anestesiar a face plantar do pé, devemos bloquear o nervo:


a) Safeno
b) Tibial
c) Fibular
d) Sural
Ponto 25 Bloqueios Periféricos
Resposta: B
Comentário: O nervo femoral, maior ramo do plexo lombar, desce entre fibras do músculo
psoas maior e ilíaco. Passa sob o ligamento inguinal, separado da artéria femoral por um septo.
Envia ramos cutâneos anteriores para a região anterior da coxa e do joelho. O nervo safeno
inerva a pele da face anterior da perna. O nervo sural inerva a pele da face posterior da perna.
O nervo tibial inerva a face plantar do pé. E o nervo fibular inerva a pele da face lateral da
perna, a face lateral do pé e tornozelo e a face dorsal do pé.
Referência: Hamaji A, Takata EY, Cunha Jr W et al. - Bloqueios dos Nervos Periféricos dos
Membros Inferiores, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia
SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 1695 - 1719.

19) Paciente portador de Insuficiência cardíaca apresenta descompensação, evoluindo


com insuficiência respiratória e edema agudo pulmonar. Exames revelam: pH = 7,34; PO2
= 56 mmHg, PaCO2 = 33 mmHg, HCO3 =18 mMol.L-1, BE = - 6, SaO2 = 90%; Na+ = 142
mMol.L-1 e Cl- = 104 mMol.L-1. Qual o diagnóstico do distúrbios ácido base?
a) acidose metabólica com ânion gap normal
b) acidose metabólica com ânion gap aumentado
c) acidose metabólica com ânion gap normal e alcalose respiratória aguda
d) acidose metabólica com ânion gap aumentado e acidose respiratória aguda

Ponto 26 Equilíbrio Hidroeletrolítico e Ácido Base


Resposta: B
Comentário: O quadro acima representa uma acidose metabólica devido ao pH < 7,35 e
HCO3 < 24 mMol.L-1. O valor encontrado da PaCO2 é de 33 mmHg e esta dentre da faixa de
compensação que seria de 33 a 37 mmHg (PaCO2 esperado = 1,5. HCO3 + 8 ± 2). O valor do
AG (ânion gap) [ (Na+) - (HCO3 + Cl-)] é de 20, que representa um AG aumentando (AG > 12).
Referência: Brandão ACA, Brandão TA - Equilíbrio Ácido-Base, em: Cangiani LM, Slullitel A,
Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 1189
- 1199.

20) Paciente de 70 kg apresentando perda sanguínea aguda estimada em 1200 mL,


frequência cardíaca de 100 batimentos por minuto, pressão arterial sistêmica normal e
enchimento capilar diminuído. De acordo com o Colégio Americano de Cirurgiões, o
paciente apresenta hemorragia aguda classe:
a) I
b) II
c) III
d) IV

Ponto 27 - Reposição Volêmica e Transfusão


Resposta: B
Comentário: Segundo a classificação do Colégio Americano de Cirurgiões de hemorragia
aguda o paciente apresentado seria incluído como Classe II, ou seja, perda sanguínea entre
750 e 1500 mL, correspondente de 15 a 30% da volemia, pulso de 100 bpm, PA normal,
pressão de pulso diminuída, teste de enchimento capilar positivo, FR de 20 a 30 ilm, débito
urinário de 20 a 30 mL.h-1.
Referência: Heitmiller ES, Martinez EA, Pronovost PJ - Quality Improvement, em: Miller RD -
Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 81 - 92.

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21) Qual dos seguintes fatores de coagulação tem a meia-vida mais curta?
a) II
b) VII
c) IX
d) X

Ponto 28 - Hemostasia e Anticoagulação


Resposta: B
Comentário: Dos fatores de coagulação apresentados o VII é o de menor meia vida.
Referência: Slaughter TF - Coagulation, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 7th Ed,
Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 1767 - 1779.

22) Diminui a dosagem de creatinina sérica:


a) Barbitúrico
b) Cetoacidose
c) Cefalosporina
d) N-Acetilcisteína

Ponto 29 - Fisiologia e Farmacologia do Sistema Urinário


Resposta: D
Comentário: Cefalosporina, barbitúrico e cetoacidose podem elevar a creatinina sérica em em
até 100%. N-Acetilcisteína, um antioxidante com propriedade renoprotetiva reduz os níveis
séricos de creatinina.
Referência: Sladen RN - Renal Physiology, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 7th Ed,
Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 441 - 476.

23) Limite máximo aceitável de ruído definido pela legislação federal no ambiente de
trabalho em jornada de 8 horas:
a) 70 db
b) 80 db
c) 90 db
d) 100 db

Ponto 3 - Risco Profissional do Anestesiologista


Resposta: C
Comentário: A legislação federal não permite mais de 90 db no ambiente de trabalho em
jornada de 8 horas
Referência: Braz JRC, Vane LA, Silva AE - Risco Profissional do Anestesiologista, em:
Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São
Paulo, Atheneu, 2011; 75 - 84.

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24) Qual solução de irrigação, utilizada em ressecção transuretral de próstata, causa


alterações visuais ?
a) Manitol
b) Glicina
c) Glicose
d) Sorbitol

Ponto 30 Anestesia em Urologia


Resposta: B
Comentário: Quando absorvida para a circulação em grandes quantidades, água destilada
provoca hemólise, choque e insuficiência renal. Inúmeras soluções de irrigação quase
isotônicas estão disponíveis. Comumente as soluções utilizadas são glicina 1,2% e 1,5%,
manitol a 3% a 5%, glicose a 2,5% a 4%, sorbitol 3,5%, Cytal (uma mistura de sorbitol 2,7% e
manitol 0,54%) e ureia a 1% (Tabela 72-12). Estas soluções são propositadamente
moderadamente hipotônicas para preservar a sua transparência. Embora estas soluções de
irrigação não causem significativa hemólise, a absorção excessiva delas pode conduzir a
outras complicações como edema pulmonar e hiponatremia. Além disso, os solutos podem ter
efeitos adversos. A glicina pode causar efeitos tóxicos cardíacos e retina, o manitol
rapidamente expande o volume de sangue e pode causar edema pulmonar em pacientes
cardíacos, enquanto a glicose pode causar hiperglicemia severa em pacientes diabéticos.
Referência: Malhotra V, Sudheendra V, O'Hara J et al - Anesthesia and the Renal and
Genitourinary Systems, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil
Livingstone, 2010; 2105 - 2134.

25) Em uma cesariana, sob raquianestesia, onde o cirurgião utiliza-se de compressas,


Qual o nível sensitivo que deve ser obtido?
a) T8
b) T6
c) T4
d) T2

Ponto 31 Anestesia em Obstetrícia


Resposta: C
Comentário: A raquianestesia é uma técnica de simples execução e com início de ação rápido.
Em gestantes, a complicação mais comum é a hipotensão materna. Nível sensitivo abaixo de
T4 pode deixar a parturiente suscetível à dor durante a cesariana, principalmente com a
colocação de compressas.
Referência: Martins CR - Anestesia para Operação Cesariana, em: Cangiani LM, Slullitel A,
Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 2305
- 2324.

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26) Em relação às lesões traumáticas da coluna vertebral, assinale a alternativa correta:


a) são mais frequentes na região lombar
b) em lesões altas (T1-T4) ocorre bradicardia
c) os reflexos vasopressores são mantidos
d) ocorre abolição do tônus parassimpático no choque neurogênico
Ponto 32 Anestesia em Ortopedia
Resposta: B
Comentário: Cerca de 2% dos pacientes politraumatizados desenvolvem lesões instáveis da
coluna vertebral. Cerca da metade dos casos de trauma medular se localizam na região
cervical. O choque neurogênico ocorre pela abolição do tônus simpático abaixo do nível da
lesão. A perda das fibras cardioaceleradoras de T1-T4 implica em bradicardia, exacerbada na
presença de estímulo vagal. Os reflexos vasopressores também são perdidos. O choque
espinhal tem duração de dias a meses. Hiperventilação deve ser evitada porque diminui o fluxo
sangüíneo para a medula espinhal. Lesão espinhal alta produz bradicardia e o choque
hemorrágico pode não produzir taquicardia.
Referência: Romanek RM, Hamaji A, Kuriki W - Anestesia para Procedimentos Ortopédicos,
em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São
Paulo, Atheneu, 2011; 2063 - 2091.

27) O pneumoperitônio em cirurgias videolaparoscópicas, promove:


a) aumento da reabsorção de liquor
b) elevação do pH intramucoso gástrico
c) aumento da pressão intracraniana, mesmo sem aumento da PaCO2
d) rápida restauração da perfusão da mucosa gástrica após sua interrupção
Ponto 33 - Anestesia para Cirurgia Abdominal
Resposta: C
Comentário: As mudanças na microcirculação esplâncnica durante o penumoperitônio
induzem diminuição na perfusão gástrica com decréscimo no pH intramucoso gástrico. A
hipoperfusão da mucosa gástrica pode persistir no período pós-operatório, porque a circulação
esplâncnica se recupera mais lentamente dos efeitos desencadeados pelo pneumoperitônio do
que a circulação sistêmica. A pressão intracraniana aumenta durante o penumoperitônio,
mesmo sem aumento concomitante da PaCO2. O aumento na pressão da veia cava inferior.
Também determina aumento na pressão da região lombar da coluna vertebral, diminuindo a
drenagem do plexo lombar e reduzindo a reabsorção de liquor, o que contribui para o aumento
da pressão intracraniana.
Referência: Posso IP, Lopes Jr C, Miranda MM et al. - Anestesia para Cirurgia
Videolaparoscópica, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia
SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 1995 - 2011.

28) Qual das seguintes afirmações é verdadeira em relação trauma maxilo-facial?


a) a intubação nasal está indicada na Le Fort III
b) o ângulo da mandíbula é menos propenso à fratura
c) Le Fort I é uma fratura piramidal atravessando a parede medial da órbita
d) quando associada à lesão da coluna cervical o segmento mais comum é C6-C7
Ponto 34 - Anestesia para Otorrinolaringologia
Resposta: D
Comentário: A fratura Le Fort I é horizontal da maxila , passando por cima do piso do nariz
.Ocorre uma incidência de 5,5% de lesão da coluna cervical em pacientes com trauma facial
esquelética. Qualquer nível da coluna cervical podem ser acometido, mas os ferimentos em C2
(31%) e entre C6 a C7 (50%) predominam. Fraturas cranianas e lesão intracraniana também
não são incomuns.
Referência: Ferrari LR, Gotta AW - Anesthesia of Otolaryngologic Surgery, em: Barash PG,
Cullen BF, Stoelting RK et al - Clinical Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams &
Wilkins, 2009; 1305 - 1320.

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29) Qual a conduta recomendada no paciente com lesão penetrante do olho ?


a) evitar hipercapnia
b) evitar o cefaloaclive
c) aumentar a pressão venosa central
d) manter anestesia em plano superficial

Ponto 35 - Anestesia para Oftalmologia


Resposta: A
Comentário: A lesão penetrante do olho pode levar a extrusão do conteúdo intra-ocular,
portanto, um importante aspecto do manuseio anestésico em pacientes portadores desse
quadro é a prevenção de aumentos da pressão intra-ocular (PIO). A PIO normal varia de 10 a
21 mmHg. Elevações da pressão venosa central e hipercapnia podem elevar a PIO, bem como
plano superficial de anestesia, bucking e tosse.
Referência: Vanetti LFA - Anestesia para Oftlamologia, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério
GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 1853 - 1873.

30) Em relação à técnica anestésica para anestesia em regime ambulatorial:


a) a anestesia subaracnoidea é uma técnica utilizada
b) a anestesia epidural é contra-indicada quando utilizada bupivacaína
c) a anestesia infiltrativa retarda a alta ambulatorial pela alta incidência de dor
d) no uso do bloqueio do plexo braquial o paciente deverá recuperar a movimentação
antes da alta

Ponto 36 Anestesia Ambulatorial


Resposta: A
Comentário: Todas as técnicas anestésicas podem ser utilizadas desde que respeitadas suas
especificidades. Não há limitação quanto ao uso dos agentes para anestesia ambulatorial. A
anestesia infiltrativa, tópica e bloqueios de nervos periféricos não retardam a alta da unidade
ambulatorial.
Referência: Cangiani LM - Anestesia Ambulatorial, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB
et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 1795 - 1824.

31) Paciente com diabete tipo II em uso de metformina há 5 anos, glicemia de jejum = 90
mg.dL-1, programado para colecistectomia videolaparoscópica, sem colangiografia
transoperatória. Qual a conduta a ser adotada em relação ao uso de metformina?
a) manter a dose normal
b) manter dose normal mais insulina
c) substituir por outro hipoglicemiante oral
d) suspender 24 a 72 horas antes da cirurgia

Ponto 37 - Anestesia e Sistema Endócrino


Resposta: A
Comentário: A metformina não tem de ser regularmente interrompida antes do dia da cirurgia,
nenhum dado apoia a recomendação. A descontinuação de rotina antes do dia da cirurgia pode
aumentar o risco de falta de controle glicêmico perioperatório. Por outro lado, existe a
possibilidade de desenvolver insuficiência renal e hepática. Assim, a suspensão de metformina
antes do dia da cirurgia pode ser considerada se o procedimento previsto representa alto risco
de lesão renal aguda ou lesão hepática (por exemplo, a exposição de contraste radiológico
intravenoso, instabilidade hemodinâmica significativa).
Referência: Fischer SP, Bader AM, Sweitzer B - Preoperative Evaluation, em: Miller RD -
Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 1001 - 1066.

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32) Qual hormônio apresenta liberação diminuída na resposta neuroendócrino-


metabólica ao trauma?
a) cortisol
b) insulina
c) adrenalina
d) aldosterona

Ponto 38 Anestesia em Urgências e no Trauma


Resposta: B
Comentário: As alterações das funções endócrino-metabólicas são fundamentais para a
sobrevivência, estabilizando as funções hemodinâmicas e corrigindo alguns distúrbios
hidreletroliticos por certo período de tempo. Há aumento da liberação de hormônios catabólicos
(catecolaminas, cortisol e glucagon), aumento da produção de aldosterona, com retenção de
água e sódio e inibição de hormônios anabólicos como a insulina.
Referência: Falcão LFR, Ferez D - Anestesia para Situações de Urgências, em: Cangiani LM,
Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu,
2011; 2137 - 2155.

33) O pico de concentração plasmática da adrenalina, após sua infiltração em soluções


para lipoplastias, ocorre em quantos minutos?
a) 60
b) 120
c) 180
d) 240

Ponto 39 - Anestesia para Cirurgia Plástica


Resposta: C
Comentário: A adrenalina apresenta alguns efeitos indesejáveis após absorção sistêmica,
como elevações de frequência cardíaca e de pressão arterial, com aumento do sangramento
operatório. Esses efeitos iniciam-se 20-30 min após a infiltração, sendo que os picos de
concentração plasmática ocorrem em torno de 3 h após a infiltração.
Referência: Nociti JR, Helfenstein E - Anestesia para Cirurgia Plástica, em: Cangiani LM,
Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu,
2011; 2103 - 2115.

34) Paciente na posição sentada, boca totalmente aberta e língua totalmente protraída,
com observador em frente ao paciente ao nível de seus olhos consegue ver o palato
mole e base da úvula. Neste caso devemos considerar segundo a classificação de
Samsoon e Young, Mallampati classe:
a) I
b) II
c) III
d) IV

Ponto 4 - Avaliação e Preparo Pré-Anestésico


Resposta: C
Comentário: Samsoon e Young em 1987 propuseram 4 classes para o teste de Mallampati :
classe I palato mole, fauce, úvula e pilares visíveis; classe II palato mole, fauce e úvula visíveis;
classe III - palato mole e base da úvula visíveis; e classe IV -palato mole totalmente não visível.
Referência: Rebuglio R, Amaral JLG, Slikta Filho J - Intubação Traqueal, em: Cangiani LM,
Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu,
2011; 1349 - 1396.

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35) Paciente, 25 anos, vítima de acidente ciclístico, com extensa lesão de face, fratura na
região maxilar superior, múltiplas fraturas dos ossos nasais e das apófises frontais da
maxila. Em relação ao manuseio da via aérea deste paciente, qual a técnica mais
apropriada?
a) traqueostomia
b) intubação nasal
c) sequência rápida
d) pressão positiva sob máscara facial

Ponto 40 - Anestesia para Buco-Maxilo-Facial e Odontologia


Resposta: C
Comentário: As fraturas maxilofaciais são normalmente causadas por impacto, ferimentos
penetrantes ou até traumas térmicos. Um dos pontos primordiais do atendimento na fase aguda
do trauma maxilo-facial refere-se às vias aéreas. O planejamento da técnica e a via de
intubação no trauma maxilo-facial depende do tipo da fratura e do grau de comprometimento
das vias aéreas. O nariz é o local mais acometido. A fratura horizontal dentoalveolar que
separa o alvéolo maxilar da porção média da face é denominada de LeFort I. A fratura de
LeFort II ou fratura piramidal, é a que ocorre na região maxilar superior com fraturas dos ossos
nasais e das apófises frontais da maxila e a fratura com deslocamento do esqueleto facial em
relação aos ossos da face é classificada como LeFort III. A obstrução das vias aéreas por
edema, sangue, dente ou conteúdo gástrico pode levar o paciente à morte, sendo, desta forma,
o manuseio da via aérea o tratamento prioritário nesse tipo de trauma. Uma série de fatores
dificultam o acesso e a permeabilidade da vias aéreas, como fraturas do zigoma próximas à
articulação têmporo-mandibular e espasmos musculares podem restringir a abertura da boca.
Na fratura LeFort III, a ventilação com pressão positiva sob máscara pode levar à
contaminação do sistema nervoso central. A presença de lesão cervical deve indicar os
cuidados e a forma da manipulação da cabeça durante a intubação e o ato cirúrgico. Sangue e
fragmentos ósseos na cavidade oral dificultam a visualização da laringe e aumenta o risco de
aspiração pulmonar.
Referência: Grando TA - Anestesia para Cirurgia Bucomaxilofacial, em: Cangiani LM, Slullitel
A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011;
1893 - 1904.

36) Durante a oxigenação apneica


a) a tensão de dióxido de carbono não é importante
b) a dessaturação ocorre tardiamente no paciente obeso
c) o nível de dióxido de carbono sobe cerca de 8 a 10 mmHg.min-1
d) as arritmias cardíacas decorrem da hipoxemia e aumento de catecolaminas

Ponto 41 - Anestesia para Cirurgia Torácica


Resposta: D
Comentário: A tensão de dióxido de carbono sobe cerca de 6 mmHg durante o primeiro minuto
de oxigenação apneica e cerca de 3-6 mmHg por minuto depois. Subindo mais rapidamente
nos indivíduos com uma baixa CRF. As arritmias decorrem de hipoxemia ou aumento de
catecolaminas, que pode ser aumentado devido ao aumento do dióxido de carbono. A
oximetria de pulso tem sido de benefício definido nesses procedimentos.
Referência: Weiss SJ, Ochroch EA - Thoracic Anesthesia, em: Longnecker DE, Brown DL,
Newman MF et al - Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw Hill Medical, 2008; 1213 - 1283.

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37) Em qual patologia a redução da resistência vascular periférica é crítica:


a) insuficiência mitral
b) comunicação interventricular
c) Síndrome de Eisenmenger
d) insuficiência aórtica

Ponto 42 - Anestesia e Sistema Cardiovascular


Resposta: C
Comentário: A Síndrome de Eisenmenger é a elevação da pressão pulmonar a níveis
sistêmicos, causada pelo aumento da resistência vascular pulmonar (>800 dinas s/cm), com
shunt reverso (direita-esquerda) ou bidirecional, através de um defeito congênito . A queda da
resistência vascular periférica (RVP) agrava o quadro do(a) paciente, com queda do fluxo
sanguíneo pulmonar e pode aumentar incidência de fenômenos tromboembólicos. as demais
patologias beneficiam com queda da RVP.
Referência: Nussmeier NA, Hauser MC, Sarwar MF et al - Anesthesia for Cardiac Surgical
Procedures, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone,
2010; 1889 - 1975.

38) Alteração eletrocardiográfica presente na hemorragia subaracnoidea:


a) P-R curto
b) encurtamento Q-T
c) ausência de onda P
d) aparecimento de onda U

Ponto 43 - Anestesia para Neurocirurgia


Resposta: D
Comentário: Anormalidades eletrocardiográficas são comuns após hemorragia subaracnoidea.
Além das ondas T do tipo Canyon, mudanças inespecíficas da onda T, prolongamento de S-T e
aparecimento de onda U são descritas.
Referência: Heitmiller ES, Martinez EA, Pronovost PJ - Quality Improvement, em: Miller RD -
Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 81 - 92.

39) Qual a diminuição da temperatura central geralmente observada após a indução da


anestesia nos primeiros 30 minutos?
a) até 0,4 °C
b) de 0,5 a 1,5 °C
c) de 1,6 a 2,5 °C
d) Acima de 2,5 °C

Ponto 44 Hipotermia e Hipotensão Arterial Induzida


Resposta: B
Comentário: A temperatura central geralmente diminui de 0,5 °C a 1,5 °C nos primeiros 30
minutos após a indução da anestesia. A hipotermia resulta de redistribuição interna de calor e
um variedade de outros fatores cuja importância no indivíduo pacientes é difícil de prever.
Perturbações na temperatura central durante os primeiros 30 minutos de anestesia, assim, são
difíceis de interpretar, e a medição não é normalmente requerida. A temperatura do corpo deve,
no entanto, ser monitorizada em pacientes submetidos à anestesia geral superior a 30 minutos
de duração e em todos os pacientes cujos cirurgia dura mais de uma hora.
Referência: Sessler DI - Temperature Regulation and Monitoring, em: Miller RD - Miller's
Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 1533 - 1556.

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40) Paciente de 48 anos, no 8º dia de pós-operatório de ressecção intestinal por bridas,


apresentando 38,7 ºC, FC = 100 bpm, FR = 25 ipm, SpO2 = 89%, PA = 90/45 mmHg,
3
12.600/mm leucócitos, confuso e torporoso. Qual o diagnóstico desse paciente?
a) síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS)
b) choque séptico
c) sepse grave
d) sepse

Ponto 45 Choque
Resposta: C
Comentário: Define-se SIRS a resposta a uma agressão com 2 ou mais dos seguintes itens: 1)
Temp > 38 ºC ou < 36 ºC; 2) FC > 90 bpm; 3) FR > 20 ipm ou PaCO2 < 32 mmHg 4) Leucócitos
> 12.000/mm3 ou < 4.000 ou > 10% de bastões Define-se Sepse a SIRS infectada ou com
suspeita de infecção. Sepse grave é a sepse com presença de pelo menos uma disfunção
orgânica: hipotensão, confusão, dessaturação entre outras. Choque séptico ocorre quando há
hipotensão refratária à reposição volêmica e que necessita de droga vasoativa.
Referência: Anichino Flávio, Barroso FC, Reis Fº FOF - Cuidados Perioperatórios no Paciente
Séptico. Falência de Múltiplos Órgãos, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado
de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 2625 - 2645.

41) No paciente idoso, qual alteração está associada a delirium no pós-operatório?


a) depressão
b) sexo feminino
c) uso de fármacos colinérgicos
d) praticante regular de exercícios aeróbicos

Ponto 46 Anestesia em Geriatria


Resposta: A
Comentário: Já foram determinados vários fatores preditivos e de risco para delírio pós-
operatório no idoso. Entre eles estão: alterações funcionais e cognitivas, privação de sono,
imobilidade, deficiências visual e auditiva, desidratação, idade avançada, baixa concentração
plasmática de albumina, concentração plasmática alterada de sódio, potássio e glicose, uso de
fármacos anticolinérgicos e depressão
Referência: Sieber FE, Pauldine R - Geriatric Anesthesia, em: Miller RD - Miller's Anesthesia,
7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 2261 - 2276.

42) No transcorrer de uma anestesia com sevoflurano, em um neonato de 30 dias, para


correção de refluxo vesico ureteral, constatamos pressão arterial de 70 mmHg e
frequência cardíaca de 130 batimentos por minuto. Qual a conduta correta?
a) procurar causas de hipovolemia
b) reduzir as concentrações de sevoflurano
c) procurar por estimulação vagal na cirurgia
d) manter o plano anestésico

Ponto 47 Anestesia em Pediatria


Resposta: D
Comentário: Os valores acima descritos de pressão arterial e frequência cardíaca são
considerados normais no recém nato saudável com 1 mês de idade, o plano anestésico deve
ser mantido
Referência: Zwass MS, Gregory GA - Pediatric and Neonatal Intensive Care, em: Miller RD -
Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 2653 - 2703.

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43) Qual o tempo (em horas) máximo de isquemia fria de rim proveniente de doador
cadáver?
a) 3
b) 12
c) 36
d) 48

Ponto 48 Anestesia para Transplantes


Resposta: C
Comentário: O tempo de isquemia tolerável para os rins cadáveres é de até 36 horas.
Referência:Csete M, Glas K - Transplant Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK
et al - Clinical Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 1393 -
1417.

44) Em relação aos contrastes radiológicos:


a) reações anafilactóides estão relacionadas à dose administrada
b) contraste de baixa osmolaridade apresenta menor risco de reações adversas
c) contraste de alta osmolaridade apresenta reações adversas em 0,5% dos pacientes
d) contrates iônicos apresentam baixo potencial nefrotóxico e devem ser os escolhidos
em nefropatas

Ponto 49 - Anestesia para Procedimentos fora do Centro Cirúrgico


Resposta: B
Comentário: As reações anafilactóides não estão relacionadas à dose e a concentração
administrada. O uso de contraste de alta osmolaridade apresenta reações adversas em 5% dos
casos. O uso de contrastes de baixa osmolaridade reduz ainda mais o risco de reações
adversas. O pré-tratamento com corticóides e difenidramina em pacientes com história de
reação ao contraste é recomendado.
Referência: Heitmiller ES, Martinez EA, Pronovost PJ - Quality Improvement, em: Miller RD -
Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 81 - 92.

45) Para manuseio das vias aéreas com o paciente acordado recomenda-se o bloqueio
de quais nervos para evitar o reflexo do vômito?
a) hipoglosso e glossofaríngeo
b) laringeo superior e glossofaríngeo
c) laringeo recorrente e glossofaríngeo
d) laringeo superior e laringeo recorrente

Ponto 5 - Vias Aéreas


Resposta: B
Comentário: O nervo glossofaríngeo fornece inervação sensitiva do terço posterior da língua,
vallecula , a superfície anterior da epiglote , e as paredes posterior e lateral da faringe e é a via
aferente do reflexo de vômito. O nervo laríngeo superior, um ramo do nervo vago , fornece
informações sensoriais da faringe inferior e na parte superior da laringe, incluindo a superfície
glótico da epiglote e pregas ariepiglóticas. Já o nervo laringeo recorrente quando bloqueado
provoca obstrução estridor e laringe , como resultado de adução sem oposição das cordas
vocais e fechamento da abertura da glote.
Referência: Henderson J - Airway Management in the Adult, em: Miller RD - Miller's
Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 1573 - 1610.

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46) Características dos fármacos anti-inflamatórios não-hormonais(AINH):


a) o ibuprofeno tem baixa potência
b) os oxicanos possuem meia-vida curta
c) a dipirona é classificada como AINH do tipo ácido
d) os salicilatos apresentam eliminação prolongada

Ponto 50 - Dor Aguda e Inflamação


Resposta: A
Comentário: Os AINH podem ser classificados quanto a farmacocinética, potência e efeitos
colaterais. Os oxicanos e os coxibs são considerados de meia-vida longa, o ibuprofeno e a
aspirina apresentam baixa potência e eliminação rápida. A dipirona e o paracetamol são
classificados como AINH não-ácidos. São metabolizados no fígado e alguns têm metabólitos
ativos.
Referência: Posso IP, Romanek RM, Awade R et al. - Princípios de Tratamento da Dor Aguda,
em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São
Paulo, Atheneu, 2011; 519 - 541.

47) Em relação à síndrome complexa de dor regional, assinale a alternativa verdadeira:


a) ocorre hipertrofia muscular
b) no tipo II existe lesão nervosa real
c) os bloqueios simpáticos são ineficazes
d) a dor é de aparecimento espontâneo

Ponto 51 - Dor Crônica


Resposta: B
Comentário: A Síndrome Complexa de Dor Regional (SCDR) ocorre após uma lesão, tem
localização regional predominantemente distal e as manifestações são desproporcionais em
intensidade e duração, sendo a causa mais comum o trauma. É classificada em tipo I (sem
lesão de nervo) e tipo II (com lesão de nervo). A sindrome é caracterizada por dor, instabilidade
vasomotora e alterações distróficas. O quadro clinico é varíavel, dependendo do local e do
estágio. As manifestações são; dor, alodínia, edema, hiperestesia, alterações da cor, da
temperatura e da sudorese; diminuição da movimentação e da força; tremor; distonia; fibrose,
pele fina, hiperqueratose, alterações dos pêlos; atrofia muscular; contratura de tendões; rigidez
articular e alterações da mobilidade cutânea e úlcera. O tratamento dev visar o alívio da dor e
recuperação funcional. A reabilitação é fundamental para o paciente com SCDR. O alívio da
dor é obtido com fármacos e intervenções como bloqueios simpáticos e somaticos, bomba de
compresso para o edema, elevação da região afetada, massagem, terapia ocupacional,
estimulação elétrica transcutânea e acumputura.
Referência: Sakata RK - Síndromes Dolorosas Crônicas, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério
GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 577 - 588.

48) Assinale a recomendação correta de estratégia ventilatória protetora.


-1
a) volume corrente de 8 a 10 mL.kg
b) pressão de platô < 40 cm H2O
c) hipercapnia permissiva
d) PEEP = 5 cm H2O

Ponto 52 - Suporte Ventilatório


Resposta: C
Comentário: São consideradas recomendações de estratégias ventilatórias protetoras: volume
corrente de 4 a 6 mL/kg pressão de platô < 30 cm H2O PEEP = 10 cm H2O Hipercapnia
permissiva até 90 mmHg e pH > 7,1
Referência: Cicarelli DD - Estratégias Ventilatórias Protetoras. O Desmame do Ventilador, em:
Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São
Paulo, Atheneu, 2011; 2621 - 2624.

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49) Dentre os seis objetivos descritos pelo Instituto de Medicina (IOM) para garantir a
qualidade da assistência médica, marque a alternativa correta.
a) equidade e pontualidade
b) segurança e utilização de diretrizes
c) eficácia e setorização do atendimento
d) eficiência e diminuição do tempo de atendimento em emergências

Ponto 53 - Qualidade e Segurança em Anestesia


Resposta: A
Comentário: O Institut of Medicina (IOM) posteriormente descreveu seis dimensões ou
objetivos de qualidade em seu relatório de 2001, Crossing the Quality Chasm. Essas
dimensões incluem e ir além das questões de segurança do paciente descritas no seu relatório
anterior: Errar é Humano. Os objetivos foram adotadas por muitas organizações, incluindo o
Institute for Healthcare Improvement (IHI), como uma base sobre a qual a qualidade é avaliada
e melhorada. Os seis objetivos da IOM são a segurança, a eficácia, paciente-centrismo,
pontualidade, eficiência e equidade.
Referência: Heitmiller ES, Martinez EA, Pronovost PJ - Quality Improvement, em: Miller RD -
Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 81 - 92.

50) Em relação ao gerenciamento do centro cirúrgico, pode-se afirmar que a eficiência:


a) é sinônimo da taxa de utilização
b) é otimizada pelo agendamento cirúrgico
c) é proporcional a segurança do paciente
d) aumenta proporcionalmente ao tempo de troca de sala

Ponto 54 - Gerenciamento do Centro Cirúrgico


Resposta: B
Comentário: Melhoria no processo de agendamento pode levar aos maiores ganhos em
eficiência . A programação do Bloco permite uma melhor previsibilidade e satisfação para o
pessoal . Reduzir o tempo de troca de sala pode construir o trabalho em equipe e incentivar o
foco da instituição na obtenção de máxima ou eficiência . Utilização não deve ser utilizada para
avaliar a eficiência de uma sala cirurgica. A utilização é apenas uma medida de consumo de
recursos.
Referência: Kindscher J, Rockford M - Operating Room Management, em: Miller RD - Miller's
Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 3023 - 3040.

51) Um paciente submetido a um transplante hepático que durou 16 horas evoluiu com
lesão do plexo braquial no pós-operatório. Entre os cuidados que deveriam ter sido
tomados podemos assinalar:
a) manter o cotovelo fletido a 90 graus
b) limitar a abdução do braço a 90 graus
c) manter a palma da mão em posição prona
d) manter a cabeça rodada para o lado contralateral do braço que está abduzido

Ponto 6 Posicionamento
Resposta: B
Comentário: Entre as recomendações da ASA para evitar lesões de posicionamento de
membros superiores temos: Manter a palma da mão em posição supina Manter o cotovelo
fletido, no entanto não ha consenso quanto ao grau de flexão Limitar a abdução do braço a 90
graus Deve-se evitar manter a cabeça rodada para o lado contralateral do braço que está
abduzido. Manter a cabeça em uma posição relativamente linha média pode ajudar a minimizar
o risco de lesão por estiramento do plexo braquial.
Referência: Cassoria L, Lee JW - Patient Positioning and Anesthesia, em: Miller RD - Miller's
Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 1151 - 1170.

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52) Qual das circunstâncias abaixo a oximetria de pulso indica saturação de O2 da


hemoglobina maior que a real:
a) hipotermia
b) hemoglobina fetal
c) carboxihemoglobina
d) hemoglobina reduzida

Ponto 7 Equipamentos
Resposta: C
Comentário: Algumas circunstâncias, como hipoperfusão tecidual, hipotermia, doença arterial
periférica, arritmias cardíacas, movimentação do paciente e uso de esmaltes nas unhas
prejudicam a leitura da saturação periférica de oxigênio pela oximetria de pulso. Em
contrapartida, a presença de metahemoglobina pode fazer com que o aparelho indique valor
constante próximo de 85%, podendo ser superior ou inferior ao real. A carboxihemoglobina e a
oxihemoglobia absorvem a mesma quantidade de luz, em situações de intoxicação por
monóxido de carbono, a presença de carboxihemoglobina faz com que o aparelho indique valor
incorreto de SpO2, superior ao real.
Referência: Szocik J, Barker SJ, Tremper KK - Fundamentaql Principles of Monitoring
Instrumentation, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone,
2010; 1197 - 1227.

53) Qual a correlação entre o sítio efetor, a resposta e o receptor adrenérgico envolvido?
a) coração – aumento do inotropismo – receptor beta 1
b) árvore brônquica – broncodilatação – receptor beta 1
c) glândulas salivares – diminuição da secreção – receptor alfa 2
d) trato gastrointestinal – aumento do peristaltismo – receptor alfa 2

Ponto 8 Sistema Nervoso Central e Autônomo


Resposta: A
Comentário: Coração – aumento da força de contração – receptor beta 1 Coração – aumento
da frequência cardíaca – receptor beta 1 Trato gastrointestinal – relaxamento – receptor alfa 2
Árvore brônquica – broncodilatação – receptor beta 2 Glândulas salivares – aumento da
secreção – receptor alfa 1
Referência: Glick DB - The Autonomic Nervous System, em: Miller RD - Miller's Anesthesia,
7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 261 - 304.

54) Identifique o fluxo iônico que ocorre na fase 4 do potencial de ação nos miócitos
ventriculares.
a) influxo de cloreto
b) influxo de cálcio
c) efluxo de potássio
d) efluxo de sódio

Ponto 9 Fisiologia e Farmacologia do Sistema Cardiocirculatório


Resposta: D
Comentário: Durante a diástole, após a repolarização, inicia-se a fase 4 do ciclo
eletrofisiológico, no qual ocorre efluxo de Na+ e Ca++ que deixam a célula e influxo de K+, que
entra na célula. Este movimento iônico, durante o relaxamento, requer energia, sendo realizado
pela bomba de Na/K- ATPase.
Referência: Sun LS, Schwarzenberger JC - Cardiac Physiology, em: Miller RD - Miller's
Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 393 - 410.

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55) A intubação traqueal pela broncoscopia flexível, quando comparada à laringoscopia


direta:
a) Apresenta maior potencial de trauma das vias aéreas e dentes
b) Permite a visualização completa das vias aéreas no momento da intubação traqueal
c) Apesar de bem tolerada em pacientes acordados, resulta em hipertensão e taquicardia
em níveis semelhantes
d) Elimina a obrigatoriedade de alinhamento dos eixos oral, laríngeo e faríngeo, podendo
ser realizada em várias posições
Ponto 5 - Vias Aéreas
Resposta: D
Comentário: A intubação traqueal pela broncoscopia flexível fornece várias vantagens sobre a
laringoscopia direta: • Permite um exame visual mais completo das vias aéreas antes da
intubação. • Fornece confirmação da colocação do tubo, evitando esôfago e intubação
endobrônquica. • Elimina a necessidade de alinhamento de três eixos; portanto FSI está entre
as técnicas menos susceptíveis de provocar movimento indesejado da coluna cervical. • É bem
tolerada em pacientes acordados; resulta em menos taquicardia e hipertensão. • Tem menos
de um potencial de vias aéreas e trauma dental. • Pode ser realizada em várias posições.
Referência: Henderson J - Airway Management in the Adult, em: Miller RD - Miller's
Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 1573 - 1610.

56) Qual a alteração ecocardiográfica observada em grávidas a termo quando


comparadas a mulheres não grávidas?
a) deslocamento do coração anterior e para direita
b) aumento das câmaras direitas em 20%
c) hipertrofia de ventrículo direito
d) fração de ejeção inalterada
Ponto 31 Anestesia em Obstetrícia
Resposta: B
Comentário: As alterações ecocardiográficas observadas na gestante a termo, quando
comparada a mulher não grávida, são: O coração é deslocado anteriormente e para esquerda
Câmaras do lado direito aumentar em tamanho em 20% Câmaras do lado esquerdo aumentar
de tamanho por 10% -12% Ventricular esquerda excêntrica hipertrofia Fração de ejeção
aumenta Mitral, tricúspide e pulmonar aumento anéis Anel aórtico não dilatada Tricúspide e
válvula pulmonar regurgitação comum Regurgitação mitral ocasional (27%) Derrame pericárdio
insignificante podem estar presente
Referência: Birnbach DJ, Browne IM - Anesthesia for obstetrics, em: Miller RD - Miller's
Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 2203 - 2240.

57) Em relação à cefaleia pós-punção da dura-máter, assinale a alternativa correta:


a) a intensidade da dor independe do decúbito
b) náuseas e vômitos podem estar associados
c) a maior incidência ocorre nos extremos de idade
d) a dor é acompanhada de parestesia de membros inferiores
Ponto 17 Bloqueios Subaracnoideo e Peridural
Resposta: B
Comentário: A cefaléia pós-punção da dura-máter é evento adversos mais frequente da
anestesia subaracnóidea. A cefaléia aparece nas regiões frontal, occipital e temporal, podendo
irradiar-se para a região cervical, associando-se à rigidez da musculatura da nuca e dos
ombros. Ela se agrava na posição sentada ou ereta, alivia em decúbito dorsal e exacerba com
tosse ou movimentos bruscos da cabeça. Outros sintomas podem estar presentes como:
distúrbios visuais, auditivos, rigidez do pescoço, nauseas e vômitos. A incidência da cefaléia é
maior na faixa etária de 18 a 50 anos, diminuindo nos extremos de idade.
Referência: Cangiani LM, Cangiani LH, Lutti MN et al. - Anestesia Subaracnóidea, em:
Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São
Paulo, Atheneu, 2011; 1479 - 1513.

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58) Os critérios para transfusão de glóbulos vermelhos devem ser guiados por:
a) nível de transporte de oxigênio
b) níveis de hemoglobina abaixo de 10 g.dL-1 em casos de anemia aguda
c) níveis de hemoglobina abaixo de 8 g.dL-1 em casos de anemia crônica
d) níveis de hemoglobina mais baixos nos casos de transfusão autóloga

Ponto 27 - Reposição Volêmica e Transfusão


Resposta: A
Comentário: As indicações para a transfusão de células vermelhas autólogas podem ser mais
liberais do que aqueles para transfusões alogénicas por causa dos riscos menos frequentes (
mas ainda significativos ) associados com o primeiro . Transfusão é raramente indicada quando
a concentração de Hb é superior a 10 g/dl e é quase sempre indicada em valores abaixo de 6
g/dl , em especial quando a anemia é aguda. É importante reforçar que determinação da
necessidade de transfusão em valores intermediários ( de 6 a 10 g / dL) deve ser baseada no
risco do paciente para complicações da oxigenação inadequada e guiada pelo nível de
transporte de oxigênio que deve ser mantido adequado .
Referência: Goodnough LT, Monk TG - Autologous Transfusion, Recombinant Factor VIIa, and
Bloodless Medicine, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil
Livingstone, 2010; 1781 - 1793.

59) Considerando um paciente que apresenta taquicardia ventricular sem pulso no


intraoperatório, o tratamento deve:
a) ser iniciado pelas compressões externas antes da desfibrilação
b) ser iniciado pela desfibrilação o mais breve possível
c) ser iniciado pela administração de 1 mg de epinefrina
d) ser intercalado pela desfibrilação e ciclos de 1 minuto de compressões externas

Ponto 16 - Parada Cardíaca e Reanimação


Resposta: B
Comentário: A desfibrilação precoce aumenta a chance de sucesso da reanimação
cardiovascular.
Referência: McGlinch BP, White RD - Cardiopulmonary Resuscitation: Basic and Advanced
Life Support, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchil Livingstone,
2010; 2971 - 3001.

60) Anestésico local com menor pKa e menor ligação proteica:


a) lidocaína
b) tetracaína
c) ropivacaína
d) bupivacaína

Ponto 14 - Farmacologia dos Anestésicos Locais


Resposta: A
Comentário: Lidocaína (Pka7,9, Ligação proteica 64%), bupivacaina (Pka 8,1, Ligação proteica
95%), ropivacaína (8,1, Ligação proteica 94%), tetracaína (Pka 8 ,5, Ligação proteica 94%)
Referência: Pereira RIC - Farmacologia dos Anestésicos Locais, em: Cangiani LM, Slullitel A,
Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 1457
- 1464.

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