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História

Movimentos sociais e Repressão Durante a Ditadura Civil-Militar


(1964-1985) em Pernambuco

Professor Cássio Albernaz

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História

MOVIMENTOS SOCIAIS E REPRESSÃO DURANTE A DITADURA


CIVIL-MILITAR (1964-1985) EM PERNAMBUCO

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2015/09/06/internas_viver,596430/fotografo-
reconstroi-memorias-de-pernambucanos-afetados-pela-ditadura-militar.shtml

No dia 1 de abril de 1964 a história política, social, econômica, cultural e religiosa, começava a
ser definida de forma autoritária e opressora. Durante a ditadura civil-militar brasileira (1964-
1985), os setores de oposição aos governos militares foram bastante vigiados, censurados e
reprimidos. Inúmeras pessoas foram presas, muitas delas eram jovens que, independente de
sexo, se vincularam a organizações, partidos políticos e entidades estudantis para lutar em prol
da democracia. Dessa forma, os órgãos de informação nomearam de subversivos as pessoas e
os diversos setores da sociedade que foram vistos como um perigo à ditadura, tendo em vista a
lógica coercitiva do Estado. Com base em uma teoria que abarcava diferentes tipos de guerra,
os militares combateram-nos, alegando defender a segurança e o desenvolvimento do país.
Em Pernambuco, o principal órgão de vigilância, censura e repressão do regime foi o
Departamento de Ordem Política e Social de Pernambuco (DOPS-PE). Essa instituição surgiu
como uma Delegacia de Ordem Política e Social, em 1935. Em 1961, transformou-se em um
Departamento, ampliando o seu aparato coercitivo. Ele foi extinto somente em 1990 e a sua
atuação foi bastante significativa. Isso porque além de realizar atividades de vigilância social e
de prevenção e repressão ao comunismo, tinha as funções de realizar inquéritos sobre crimes
de ordem política e social, exercer as medidas de polícia preventiva e controlar os serviços cujos
fins estivessem em conexão com a Ordem Política e Social.
Um dos principais nomes ligados à resistência no estado de Pernambuco é o de Miguel Arraes
governador deposto em 1964. Elegeu-se governador em 1962, com 47,98% dos votos, pelo
Partido Social Trabalhista (PST), apoiado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e setores

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do Partido Social Democrático (PSD), derrotando João Cleofas (UDN) – representante das
oligarquias canavieiras de Pernambuco. Seu governo foi considerado de esquerda, pois forçou
usineiros e donos de engenho da Zona da Mata do Estado a estenderem o pagamento do salário
mínimo aos trabalhadores rurais (o Acordo do campo) e deu forte apoio à criação de sindicatos,
associações comunitárias e às ligas camponesas.

Arraes cercado por militares no dia do golpe.

https://www.google.com.br/search?q=ditadura+militar+em+pernambuco&biw=1366&bih=62
2&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwi615XUuIXMAhUCaD4KHfJxDQAQ_AU
IBigB#tbm=isch&q=miguel+arraes+cassado&imgrc=5rUDKY2A5v2P4M%3A
Com a deflagração do golpe militar de 1964, tropas do IV Exército cercaram o Palácio das Prin-
cesas (sede do governo estadual). Foi-lhe proposto que renunciasse ao cargo para evitar a pri-
são, o que prontamente recusou para, em suas palavras, “não trair a vontade dos que o elege-
ram”. Em consequência, foi preso na tarde do dia 1º de abril. Deposto, foi encarcerado em uma
pequena cela do 14º Regimento de Infantaria do Recife, sendo posteriormente levado para a
ilha de Fernando de Noronha, onde permaneceu por onze meses. Posteriormente, foi encami-
nhado para as prisões da Companhia da Guarda e do Corpo de Bombeiros, no Recife, e da For-
taleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Libertado em 25 de maio de 1965, exilou-se na Argélia.
Concedido o habeas corpus, Arraes foi orientado por seu advogado, Sobral Pinto, a exilar-se,
sob pena de voltar a ser preso pela ditadura. Após recusa da França em recebê-lo, Arraes co-
gitou pedir asilo ao Chile – onde, alguns anos depois, houve em 1973 o golpe militar de Pino-
chet. Assim, Arraes tomou a Argélia como destino. Parecia até proposital, pois a Argélia tinha
problemas sociais parecidos com os do Brasil. Durante o exílio, foi condenado à revelia, no dia 2
de março de 1967, pelo Conselho Pernambucano de Justiça da 7ª Região Militar. A pena, de 23
anos de prisão, pelo crime de “subversão”.
De modo geral, em todo o Brasil, diversos foram os movimentos de resistência ao golpe, como,
por exemplo, o movimento estudantil, o movimento das mulheres, o movimento sindical etc.
De modo mais específico, em Pernambuco houve uma representação importante por parte da
Igreja, na pessoa de Dom Helder Câmara que teve um papel atuante e que determinou de for-
ma direta no embate ao regime autoritário.
Uma das formas de repressão usadas pelos governos militares, diante da população foram os
atos institucionais o (AI’S). Durante todo período de ditadura foram elaborados 16 AI’S. As re-
presentações desses AIS significavam a cassação de direitos políticos entre outros e fez com
que a sociedade se isolasse da participação que ela tinha antes de 1964 e só iria voltar a ter
esses direitos após 1985.

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Representado por diversos lideres o movimento da Igreja teve seu apogeu em Pernambuco na
pessoa de Dom Hélder Câmara, No dia 12 de março de 1964 foi designado para ser arcebispo de
Olinda e Recife, Pernambuco, múnus que exerceu até 2 de abril de 1985. Instituiu um governo
colegiado nesta diocese, organizada em setores pastorais. Criou o Movimento Encontro de
Irmãos, o Banco da Providência e a Comissão de Justiça e Paz daquela diocese. Fortaleceu as
comunidades eclesiais de base.

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Estabeleceu uma clara resistência ao regime militar. Tornou-se líder contra o autoritarismo e
pelos direitos humanos. Não hesitou em utilizar todos os meios de comunicação para denunciar
a injustiça. Pregava no Brasil e no exterior uma fé cristã comprometida com os anseios dos
empobrecidos. Foi perseguido pelos militares por sua atuação social e política, sendo acusado
de comunismo. Foi chamado de “Arcebispo Vermelho”. Foi-lhe negado o acesso aos meios de
comunicação social após a decretação do AI-5, sendo proibida inclusive qualquer referência a ele.
Desconhecido da opinião pública nacional, fez TTP s tes viagens ao exterior, onde divulgou
amplamente suas TTP s e denúncias de violações de direitos humanos no Brasil. Foi adepto e
promotor do movimento de não violência ativa. Em 1984, ao completar 75 anos, apresentou
sua renúncia.
Além da Igreja, o estado também ofereceu importantes núcleos rurais de resistência. Em
Pernambuco a partir da década de 50 irá se articular diversas formas de movimentos sociais,
em diferentes setores de mobilização, frente a situações sociais no meio rural que já carregava
um peso de séculos, onde a terra explorada por uma pequena parcela burguesa que ao impor a
economia de monocultura, agravou cada vez mais a vida de milhares de camponeses. A década
de 50 é um marco importante não só para Pernambuco como para a História do Brasil, aonde
efetivamente vai se falar em reforma agrária de uma maneira radical.

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Há que se destacar o surgimento das Ligas Camponesas, por iniciativa do Partido Comunista
Brasileiro e que teve como principal figura incentivadora o advogado e deputado pelo Partido
Socialista Brasileiro (PSB) Francisco Julião (1915-1999). As Ligas Camponesas organizaram milhares
de trabalhadores rurais que viviam como parceiros ou arrendatários, principalmente no Nordeste
brasileiro, utilizando o lema “Reforma Agrária na lei ou na marra” contra a secular estrutura
latifundiária no Brasil. A primeira liga foi formada em 1954, em Vitória de Santo Antão, no estado
de Pernambuco, reunindo 1200 trabalhadores rurais. O caráter dessas organizações abandonava
as antigas medidas assistencialistas, passando a assumir uma atuação política mais ativa na luta
pelos direitos dos trabalhadores rurais e pela distribuição de terras. As ligas camponesas foram
totalmente reprimidas durante a ditadura civil-militar e seus principais líderes foram presos.
O golpe de 1964 alterou significativamente um momento histórico da nossa sociedade, a
implantação do regime ditatorial se deu pelo consenso por parte da sociedade. Em Pernambuco,
e mais especial na região da Zona da Mata Sul, havia um momento gênese que se desenvolvia.

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