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1Britanite IBO

Dexpoi
MANUAL BÁSICO DE UTILIZAÇÃO DE
EXPLOSIVOS

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1
Indice
Apresentação
4
Definição de Explosivos
5
Evolução dos Explosivos
2.1 Pólvora Negra 5
2.2 Nitrocelulose 5
2.3 Nitroglicerina 5
2.4 Gelatina ou Blasting 5
2.5 Trinitrotolueno 6
2.6 Anfo (Ammonium Nitrate and Fuel OU) 6
2.7 Lamas Explosivas 6
2.8 Emulsões 6
6
3. Classificação dos Explosivos Quanto Aplicação
3.1 Primários ou Iniciadores 7
3.2 Secundário ou de Ruptura 7
3.3 Dinamite 7
3.4 Gelatinas e Semi - Gelatinas 7
3.5 Lamas Explosivas 7
3.6 Emulsões Explosivas 8
3.7 Granulados 8
3.8 Explosivos Bombeáveis 8
4. Propriedades dos Explosivos 8
4.1 Força 9
4.1.1 Cálculo da Força 9
4.1.1.1 Força Peso Absoluta 9
4.1.1.2 Força do Volume Absoluta 9
4.1.1.3 Força Peso Relativa 9
4.1.1.4 Força do Volume Relativa 9
4.1.1.5 Resistência à Água 10
4.2 Sensibilidade 10
4.3 Velocidade de Detonação 11
4.4 Densidade 11
4.5 Resistência ao Armazenamento 11
4.6 Resistência ao Choque 12
4.7 Exudação 12
4.8 Teste da Gota 12
4.9 Gases 13
5. Acessórios para Detonação 13
5.1 Estopim 14
5.2 Espoletas Simples 14
5.3 Conjunto Espoleta / Estopim 14 •
5.4 Espoleta Elétrica 15
5.5 Sistema Não Elétrico e Não Explosivo 15
5.6 Cordel Detonante 16
5.7 Retardos para Cordel Detonante 17
5.7.1 A Função dos Retardos e suas Vantagens 18
5.8 Reforçadores ou Boosters 19
6. Escorvas 20
6.1 Preparo das Escorvas 20
6.2 Escorvas de Dinamites 20
21
6.3 Escorva com Produtos Tipos Lama (Water - Gel)
22
Desmonte a Céu Aberto
7.1 Conceito 23
Desmonte de Bancadas 23
8.1 Terminologia 23
23
2
Detonação Secundária 24
9.1 Bloco perfurado
24
9.2 João de Barro
25
9.3 Buraco de Cobra
25
9.4 Fogo de Repé 26
Escavações de Valas 26
Abertura de Túneis 27
11.1 Terminologia
28
Segurança 30
12.1 Plano de Folgo
30
12.2 Planejamento
30
12.3 Carregamento 30
12.4 Isolamento da Área 32
12.5 Medidas de Segurança Após o Fogo 33
12.6 Verificações de Falhas (Negras) 33
Transporte de Explosivos 34
13.1 Normas Gerais 34
13.2 Regulamentação para Transporte 35
13.3 Recomendações Importantes do R - 105 35
13.4 Recomendações do Decreto No 96.044 36
Normas Para Administração de Paiol 36
Certificado de Registro 38
15.1 Registros
38
Carta Blaster 38
Aspectos Legais 38
17.1 Registros
39
Aspectos Ambientais 39

3
Apresentação
Este Manual Básico proporcionará um mínimo de
informações teóricas ao
profissional ou ao iniciante em trabalhos de desmonte de rocha, participando direta ou
indiretamente, de situações onde a utilização de explosivos se tome indispensável.

Os conceitos aqui contidos são suficientes para transmitir conhecimentos técnicos


e de execução com segurança, e também, auxiliar aos envolvidos a otimizar o desmonte e
minimizar seus custos.

A Britanite / IBQ ao oferecer este Manual, espera que ele sirva de base para
realização de trabalhos em escavação com segurança e eficiência, visando maximização de
resultados e aproveitamento integral dos explosivos.

4
1 - Definição de Explosivos
Explosivo é a substância, ou a mistura de substâncias químicas, que tem a propriedade
de, ao ser iniciado convenientemente, sofrer transformações químicas violentas e rápidas,
transformando-se em gases, que resultam na liberação de grandes quantidades de energia
em reduzido espaço de tempo. O explosivo utiliza esta energia para arrancar o maciço
rochoso que está adiante dele, no sentido da face livre ou de menor resistência.
Devido à alta temperatura de detonação, o volume atingido pelo explosivo pode chegar a
aproximadamente 18.000 vezes o seu volume inicial.
Após a detonação, uma onda de choque percorre a rocha com uma velocidade de 3.000
a 5.000 m/s.

Ao chegar a frente livre da bancada, a onda de choque tende a arremessar o material da


superfície por um efeito semelhante ao que acontece com uma série de bolas de bilhar: ao
golpear - se a primeira das bolas, o choque é transmitido por todas, sem que se movam do
lugar, sendo somente a última da outra extremidade projetada para frente.

2 - Evolução dos Explosivos


2.1 - Pólvora Negra
A pólvora foi o primeiro passo para o desenvolvimento de quase uma centena de
produtos hoje em dia conhecidos. Sua origem provável é de uma mistura de nitrato de
potássio com materiais combustíveis.
A pólvora Negra é uma mistura de Nitrato de Potássio, KNO3 (75%), Carvão (15%) e
Enxofre (10%).

A primeira notícia que se tem do uso da pólvora, como explosivo industrial, data de
1627, e foi feita por Kasper Weidel em uma mina na Hungria.
A pólvora negra fornece na combustão cerca de 44% de gases e 56% de substâncias
sólidas, as quais formam a fumaça depois da explosão. Modernamente usa-se a pólvora sem
fumaça, que é constituída de Nitrocelulose pura ou misturada com Nitroglicerina.

2.2 - Nitrocelulose

A Nitrocelulose é uma mistura de vários ésteres nítricos da celulose. Descoberta em


1838 por Pelouse. De acordo com sua composição é usada em explosivos de alta importância
(gelatina explosiva, pólvora sem fumaça).

2.3 - Nitroglicerina

Em 1847, em Turim, Ascânio Sobero, descobriu que a Nitroglicerina tem um poder de


explosão muitas vezes superior as pólvoras. Tinha, porém, o inconveniente de apresentar
perigo de explosão quando submetida a movimentos bruscos ou atrito, o que limitava as
condições de segurança em seu manuseio.
Em 1873 surgiu a dinamite (75% de Nitroglicerina e 25% de farinha fóssil).

5
2.4 - Gelatina ou Blasting

Em 1875 Nobel produz o "Blasting" uma mistura de Nitroglicerina e Nitrocelulose, sendo


considerada a base das Gelatinas Nitroglicerinadas usadas atualmente.

2.5 - Trinitrotolueno

O empenho em novas pesquisas fez surgir em 1912 o TNT: explosivo muito importante
usado no meio militar em escala sempre crescente, especialmente por causa de sua
insensibilidade aos choques, detonando apenas por ação de iniciadores muito fortes.

2.6 - Anfo (Ammonium Nitrate and Fuel Oil)


É
um agente explosivo composto a base de nitrato de amônia, descoberto em 1947. A
denominação ANFO
vem do inglês Ammonium Nitrate + Fuel Oil - mistura de Nitrato de
Amônio (94,5%) com Óleo Diesel (5,5%).

O ANFO necessita de uma escorva para detonar, devido a sua baixa sensibilidade, isto é,
de um explosivo semigelatinoso, gelatinoso ou de um reforçador para iniciar o processo.
É um agente explosivo que não apresenta nenhuma resistência à água, devendo
somente ser usado em tempo e local bem secos, possui baixa densidade, fator que permite a
sua utilização para o preenchimento de cargas de coluna a um baixo custo.

2.7 - Lamas Explosivas

Surge em 1958, uma mistura em proporções adequadas de nitrato de amônia, óleo


diesel, água e outros produtos. Este explosivo preenche os furos totalmente durante o
carregamento. Devido a sua alta densidade e a consistência pastosa, é possível a utilização
de malhas alongadas com um alto desempenho, possuem grande capacidade de trabalho nas
rochas e materiais, boa sensibilidade à água, podendo ser usados em furos úmidos.

2.8 Emulsões Explosivas

Representam a 4a e última geração de explosivos industriais.

A emulsão é resultante da mistura de uma solução oxidante, a base de água e NA, e


uma solução combustível a base de óleos
e emulsificantes. Depois de gaseificado são
considerados explosivos de última geração; os que atualmente são mais utilizados, para as
mais variadas aplicações. As emulsões explosivas são fornecidas encartuchadas em filmes de

6
polietileno, ou, também, bombeadas diretamente nos furos através de caminhões adaptados
para tal fim.

Tem como característica básica diferencial em relação às lamas explosivas, o fato de


apresentar em sua cadeia molecular, uma fase continua em óleo e não em água, o que
confere em ganho elevado de energia total final.

Algumas vantagens de emulsões explosivas;


Acoplamento nos furos igual a 100%;
Agilidade operacional (150 a 250 Kg/min. Carregamento Bombeável);
Segurança no transporte, manuseio e aplicação (trata - se de um "agente"
explosivo);
Flexibilidade de formulações até em um mesmo furo;
Alto nível de energia;
- Baixo custo de mão - de - obra;
Flexibilidade de densidade desde 0,8 9/cm3 até 1,3 g/cm3.

EMULSÃO

3. Classificação dos Explosivos Quanto Aplicação


3.1 Primários ou Iniciadores

Explosivos que oferecem uma maior facilidade de decomposição quando excitados por
agentes externos. Utilizados como iniciadores de cargas maiores de explosivos secundários.
Ex: Espoletas, estopim, cordel detonante, etc.

3.2 Secundários ou de Ruptura


São os explosivos propriamente ditos. Tão potentes quanto os explosivos primários,
porém por serem mais estáveis necessitam de uma maior quantidade de energia para iniciar
o processo de detonação, o que é conseguido por um explosivo primário. Ex: dinamite,
gelatinas, ANFO, lamas, etc. Alguns materiais podem atuar tanto como primários, como

7
secundários em um processo de detonação. É o caso da nitropenta que no cordel detonante
atua como explosivo primário ou iniciador e em cargas especiais atua como secundário em
trabalho de detonação

3.3 - Dinamite

Nome genérico dos explosivos tem como substância explosiva um composto de


nitroglicerina e areia. Em função da quantidade de nitroglicerina, apresentam grande
variação de força e sensibilidade em sua explosão, geralmente, produz gases tóxicos.
Tipos mais comuns: Dinamite comum, Dinamite - Amônia e Dinamite - Gelatina.

3.4 - Gelatinas e Semi - Gelatinas

Explosivos que apresentam alta resistência à água, baixa quantidade de nitroglicerina,


menor velocidade, menor custo.

São utilizados no desmonte de rochas muito duras, médias, a céu aberto, subterrâneas ou
subaquáticas. Ex.: Gelatel.

8
3.5 - Lamas Explosivas

São explosivos que pela sua consistência, apresentam a vantagem de ocupar todo o
espaço vazio do furo. Apresentam grande resistência a água, é utilizada para o desmonte de
quase todos os tipos de rochas. Ex.: Unha AL

3.6 - Emulsões Explosivas

São agentes explosivos que após gaseificados possuem uma consistência que facilita o
carregamento de furos inclinados em vários tipos de desmontes. Não possuem nitroglicerina
em sua composição, sendo então muito estáveis e seguros. Os gases resultantes da
denotação não causam efeitos fisiológicos (dores de cabeça, náusea, etc.).
Possuem elevada resistência à água e são utilizados para desmonte em qualquer tipo de
rocha. Ex.: Ibegel.

3.7 - Granulados

Possuem formato de grãos, geralmente de carbonitratos como explosivo básico.


Necessitam de um alto explosivo para iniciar a detonação de explosivo pulverulento.
Características:
Baixa densidade;
Nenhuma resistência à água;
Facilmente manuseáveis a granel;
• Adequados a carregamentos pneumáticos (ANFO LOADER, devido aterramento do
equipamento ao solo e é obrigatório o uso de mangueira de carregamento
antieletrostático dos furos);

Aplicados como carga de coluna, desmonte a céu aberto, desmontes subterrâneos.


Ex.: Nitron e Anfomax
9
3.8 - Explosivos Bombeáveis

São emulsões, lamas, pastas explosivas e granulados que podem ser bombeados
diretamente nas perfurações através de equipamentos montados sobre caminhões. São
extremamente seguros, pois somente após terem sido injetado nos furos, é completada a
reação química que propicia a explosão.

Permitem grande rapidez no carregamento, sendo apropriado para desmontes em


larga escala e em furos de grandes diâmetros. A detonação destes explosivos é auxiliada por
um reforçador (booster). Ex:Ibenite e Ibemux.

10
4 - Propriedades dos Explosivos
4.1 FORÇA: É a medida da quantidade de energia liberada por um explosivo na detonação
e, portanto, d sua capacidade de realizar o trabalho da nitroglicerina (blasting -
explosivos de grande poder de detonação).

Bloco de Traulz

• Chum mbo

Slasting
100%
40%

4.1.1 Cálculo a Força: Para os explosivos mais modernos, classificados como da 4a


geração, aplica os o modelo do cálculo da energia, onde a mesma é calculada através de
técnicas estabel cidas sobre regras da termodinâmica, seguindo estritamente os princípios
químicos e mat máticos. A importante obtenção no modo que estas representam a teoria
disponível para mundo, onde o explosivo assume 100% de eficiência. Explosivos eficientes
variam de 30% 90%. A energia é expressa em termos proporcionais ao peso e ao volume
do explosivo, p dendo ser também através de números absolutos ou relativos. Estas
possibilidades ta bém podem conduzir quatro medidas de energia produzida.

4.1.1.1 Força P so Absoluta: esta é medida pela a quantidade absoluta de energia (Oem
calorias), disponi el em cada grama de explosivo.

Exemplos:
680 cal / g E ulsão Explosiva - Agente A
770 cal / g mulsão Explosiva - Agente B
912 cal / g NFO (ANFO)
958 cal / g mulsão de Grande Poder de Detonação
1,080 cal /g Amônia Gelatinosa Dinamite

4.1.1.2 Força d Volume Absoluto: esta é medida pela a quantidade absoluta de energia
(em calorias), dis onível em cada centímetro cúbico do explosivo. Sua obtenção é feita pela
multiplicação da rça Peso Absoluta e pela densidade do explosivo.

Exemplos:

850 cal / cc Emulsão Explosiva - Agente A (680 cal / g x 1,25 g / cc)


960 cal / cc Emulsão Explosiva - Agente B (770 cal! g x 1,25 g / cc)
739 cal / cc NFO (912 cal / g x 0,81 g / cc)
1,140 cal/ cc Emulsão de Grande Poder de Detonação (958 cal! g x 1,199 / cc)
1,460 cal / cc mônia Gelatinosa Dinamite (1,080 cal! g x 1,36 g /cc)

11
4.1.1.3 Força Peso Relativa:
é a medida de energia disponível quando comparado o peso
do explosivo c
m o peso equivalente do ANFO. Esta é calculada pela divisão da Força Peso
Absoluta do Ex losivo, pela Força Peso Absoluta do ANFO e multiplicado por 100.

Exemplos

Emulsão Ex losiva - Agente A = 680 cal/g X 100 = 75


312 cal/g
Emulsão - gente B
85
ANFO
100
Emulsão de Grande Poder de Detonação
105
Amônia Gel tinosa Dinamite
119

4.1.1.4 Força do Volume Relativo:


é medida pela energia disponível no volume de
explosivo quand
comparado com a capacidade do volume do ANFO na densidade de 0,81 g
/cc. Esta é cala
lada pela divisão da Força do Volume Absoluto do explosivo, pela Força do
Volume Absolut do ANFO e multiplicado por 100.

Exemplos:
Emulsão Exp osiva - Agente A = 850 cal / cc X 100 = 115

739 cal / cc
Emulsão - A ente B
130
ANFO
100
Emulsão de 9rande Poder de Detonação
154
Amônia Gela nosa Dinamite
197

A teoria d
energia disponível na abertura dos diâmetros dos furos é calculada pela
Força do Volu e Absoluto ou Força Peso Absoluta, como a fórmula a seguir:

Energia (kc I / ft diâmetro do furo) = 0.155 x diâmetro


2 x Força do Volume Absoluto.
ou
Energia (kc I / ft diâmetro do furo) = 0.155 x diâmetro
2 x densidade x Força do
volume AbsolLI to.

4.1.1.5 Resistênfia à Água:


A resistência do explosivo à água, corresponde a capacidade
de detonação delis a exposição a mesma. Testes expõem que à medida desta propriedade
pode variar intenc onalmente usado nessas condições e em produtos sensíveis. O critério de
resistência da águ é usado para classificar a dinamite explosiva. O teste realizado para
preencher 16 furo de 1/4 em furos de 11/4
x 8 cm de produtos encartuchados, imergindo
estas amostras err água para um certo período de tempo, testando a detonabilidade do
reforçador no 6. O broduto é classificado quanto a sua capacidade de resistir à degradação
da água, conforme a seguir:

12
Classe Horas
1 Indefinido
2 32 - 71
3 16 - 31
4 8 - 15
5 4-7
6 1-3
7 Menos do que 1

Normalmenle, os produtos nitroglicerinados, possuem maior a resistência à água. Já o


explosivo amonIacal normalmente tem pouca resistência à água, sendo esta reforçada pela
I
embalagem. Emy
Isões e lamas também possuem elevada resistência à água.
Este mesmo tes !e é feito, conduzindo ar pressurizado, aplicado por uma simples imersão.

4.2 Sensibilidade:
Propriedade dos explosivos de cartuchos mais densos detonarem por
simpatia quando próximos de uma carga escorvada detonada propositadamente
(Sensibilidade a ropagação).

4.3 Velocidade ?e Detonação: A medida com que


a onda de detonação se propaga por
uma coluna de explosivos é a sua velocidade de
denotação. O cordel detonante, por
exemplo, possui uma velocidade de detonação de
7.000 m/s; isto quer dizer que se
estendêssemos uma linha de cordel detonante numa
extensão de (7) sete quilômetros e a
iniciássemos, esta detonada com apenas um segundo.

13
4.4 Densidad : É a relação entre o peso do explosivo e o seu volume. A densidade de um
explosivo é im oda
. nte para determinar a sua adequação para uma operação de desmonte e

dependendo do ingredientes que o compõe, os quais são devidamente dosados para obter-
se o peso do explosivo e o seu volume. A densidade de um explosivo é importante para
determinar a sua adequação para uma operação de desmonte e dependendo dos
ingredientes que o compõe, os quais são devidamente dosados para obter-se as densidades
desejadas. Co um explosivo de alta densidade a energia da detonação apresenta maior
concentração, que é desejável no caso de desmonte de material duro, por outro lado, se
desejamos exc ssiva fragmentação ou a rocha é branda, explosivos de baixa densidade
deverão ser usa os.

4.5 Resistência ao Armazenamento: Intervalo de tempo que os explosivos podem ficar

estocados sem perder as qualidades e sem ocorrer a sua deterioração. Varia normalmente de
seis meses a um ano, dependendo do produto e do fabricante.

4.6 Resistência ao Choque: Propriedade do explosivo de não detonar quando submetido a

certos choques cidentais. A espoleta tem pouca resistência ao choque; o cordel detonante
tem uma maiorj resistência ao choque; os explosivos nitroglicerinados têm uma regular
resistência ao c oque.

4.7 Exudação:quando armazenados por longos períodos ou sob condições climáticas

desfavoráveis, o explosivos podem vir a exsudar ("suar", desprender material líquido de sua
massa). O líquido exsudado pode ser água com sais diluídos, ou nitroglicerina, ou óleos.

Para sabermos se é nitroglicerina ou não, podemos fazer alguns testes:

1 - Com o auxilio de um alfinete, retira-se uma gota deste líquido exsudado e a


colocamos num copo d'água. Caso esta gota não vá ao fundo do copo, sem misturar-se
com a água, será nitroglicerina. Caso venha a diluir-se, não é nitroglicerina, e por tanto
não oferece perigo.

2 - Ao invés do copo d' água, pode-se fazer uso de um pedaço de papel absorvente, do
tipo mata-b mão, deixando a gota do líquido umedecer este papel; então atea-se fogo
ao papel obs rvando-o se este queimar com uma chama forte e viva, como a da pólvora
ao queimar, i dica que é nitroglicerina. Caso o fogo não se propague no papel, trata-se
de água com ais dissolvidos.

Uma vez que seja constatada que o líquido exsudado proveniente das caixas é
nitroglicerina o fabricante deve ser imediatamente comunicado para que proceda à
retirada e de truição do material. O paiol cujo piso apresentar manchas de nitroglicerina
deve ser intei amente lavado com a seguinte solução:

1,5 litros de á ua;


3,5 litros de á cool;
1,0 litros de acetona;
500 gramas de sulfeto de sódio (60% COMERCIAL).

14
É preferível dissolver o sulfeto de sódio em água antes de acrescentar o álcool e a
acetona. Dre-se espalhar bastante quantidade desta solução no piso para garantir a
r
completa clisolução da nitroglicerina.

Teste do ifinete

4.8 Teste da Gota: Deposita-se sobre uma folha de papel parafinado uma gota de liquido
exsudado e observa-se seu comportamento; se o liquido for nitroglicerina, formará uma
mancha escura sobre o papel parafinado (Fig - A) e, em se tratando de nitratos ou água,
formam-se gotí ulas sobre o papel (Fig - B).

Figura l- A (Nitroglicerina) Figura - B (Nitratos ou Água)

4.9 Gases: qu resultam da detonação de um explosivo são principalmente os dióxidos de


carbono (CO2 ), nitrogênio (N2) e o vapor d' água (H20), não tóxico. Além destes podem
aparecer gases icos tais como o monóxido de carbono (CO) e o óxido de nitrogênio (NO e
NO2).

A natureza a quantidade de gases tóxicos variam com os diferentes tipos e espécies de


explosivos até m smo com as condições de uso.
Nos trabalho a céu aberto, o aparecimento de gases, normalmente, não exerce maiores
influências. Por m, em trabalhos subterrâneos, exige-se especial cuidado na escolha do
explosivo, quant dade condições de detonação e, sobretudo, ventilação.

15
Classificação: as dinamites, segundo os gases que originam, estão classificados em três
categorias:

Classe Clas ificação Est. Físico Horas de Explosivos


80% Pessoal

SATURAÇÃO SANGUÍNEA
0,67
3 Bas nte Morte
Tóxico 60% 0,50 0,33
0,30
Inconsciência 0,25
2 40% Náusea, Dor de
Pauli Tóxico 0,21
Cabeça. 0,16
Fraqueza
20% 0,10
1 Pra4amente Nenhum
não —óxico Sintoma
0%

5 - Acess rios Para Detonação


Os acessóri s para detonação de emprego usual são os estopins, as espoletas simples e
as e elétricas, cordel detonante, retardos para cordel detonante, reforçadores, e sistemas
não elétricos (S.N.E.).

5.1 Estopi
Estopim é e sencialmente um filamento de pólvora enrolado e protegido por fio ou fita
que pode ser mi não alcatroado (com algodão), encerando ou com revestimento plástico. A
propriedade prificipal dos estopins é queimar com velocidade constante e conhecida,
produzindo na extremidade oposta a em que foi aceso, um sopro ou chama capaz de
provocar a detonação da espoleta.
De acordo c m as normas brasileiras, o estopim deve ter um tempo de queima de 100 a
140 segundos p r metro e resistir a 1 hora de imersão em água. São condutores de energia.

de Pólvora
v,Fios de Algodão
Revetimento de Plásti
\1/4, '1/4, •

5.2 Espoletas Simples


São acessóriís destinados a iniciar a detonação de explosivos encartuchados cordéis ou
S.N.E. Consister em uma cápsula de alumínio contendo uma carga primária, sensível à
chama e uma capa secundária cuja explosão inicia a detonação da "massa", explosiva. São,
portanto detonad res.

16
a Prirnútia

Carga Secundária

450 mm

5.3 Conjunr Espoleta / Estopim

É um estop m de comprimento definido, tendo numa extremidade ESPOLETA No 8


IBQ®, e na outrja uma massa de acendimento rápido, acionado por chama. O amolgamento,

executado atrav 's de equipamento de precisão, oferece garantia de uma iniciação perfeita.
Vantage s no uso de BRITAPIM ® ESPOLETADO:
Eco omia de tempo de operação.
Red çâo do número de falhas devido ao amolgamento perfeito.
Rapidez no acendimento, proporcionando maior segurança.
i
Red çâo nas perdas do estopim por falha de corte ou sobras não utilizáveis.

Elimi ação do risco de acidentes, na operação de amolgamento da espoleta ao


esto im, devido ao uso de ferramentas inadequadas, ou manuseio incorreto.

5.4 Espoleta Elétrica

Constituída p r uma resistência elétrica envolta em pólvora negra (Squibb) coloca junto
a um explosivo primário (Azida de chumbo) justaposto a um explosivo secundário
(nitropenta).
Existem dois pos de espoletas: Instantânea e de Retardo.
Na de retardo existe um elemento de espera que atrasa a detonação; a utilização deste
tipo de espoleta •ermite a detonação de cargas explosivas segundo uma seqüência, permite
o controle das vib ações, a melhoria de fragmentação, entre outras vantagens.

17
)

Recom ndaçães de uso:


Utilizar onte e energia adequadas;
Manter espoleta em curto-circuito até sua aplicação;
Utilizar, num mesmo desmonte, espoletas de um só fabricante.

5.5 Sistem Não Elétrico e Não Explosivo

É compost de um tubo oco de plástico flexível, translúcido, resistente e de pequeno

diâmetro, cujas paredes internas são revestidas por uma camada fina de material pirotécnico

não explosivo. Devidamente iniciado, produz um plasma gasoso que percorre o interior do

tubo, sensibilizando o elemento de retardo da espoleta, dando seqüência ao processo de

detonação na f ma como o conhecemos.

Tipos mais usados:

Iniciad r ou zero: Ideal para iniciar fogos a uma distância segura, desmontes

secunda "os e corte de granito ornamental.

Coluna ou CA: Utilizado no interior da mina, preferencialmente com espoleta

colocad no fundo da mesma.

18
Túnel: Para aplicações específicas em túneis e galerias, em substituição ao sistema

elétrico.

Carbo: Ideal para minas de carvão e galerias de pequena seção, com vantagens no
manuse o e segurança.
• Ligaçãc ou HTD: Para ligações de linha tronco nos desmontes a céu aberto.

Características:

Dimensões: diâmetro interno - 1,5 mm;

Diâmetr externo - 3,0 mm;

Misto pi otécnico gerador de plasma: 8 a 12 mg/m;

Velocida e de transferência de plasma: 1.000 m/s a 2000 m/s;

Element de iniciação: espoleta simples, cordel detonante e acionador específico;

Absolut segurança - insensíveis ao atrito, choque e impacto sob condições normais

de traba ho em minas ou obras;

Não é In ciado por transmissões de rádio - freqüência, correntes parasitas ou energia

estática;

Ausênc" de ruído e circuitos elétricos.

5.6 Cordel Detonante

Tem por finalidade iniciar cargas explosivas em função da detonação de seu núcleo;
portanto não transmite chama como o estopim de segurança, mas garante a detonação de
toda uma coluna de carga explosiva.

Consiste num núcleo cilíndrico de explosivo (Nitropenta) envolvido por uma camada
protetora de fibr s têxteis e PVC que lhe assegura resistência à tração, impermeabilização à
água, óleo e outips líquidos.

A explos o do núcleo do cordel detonante precisa ser iniciada por uma espoleta. Sua
velocidade de de onação é da ordem de 7.000 m/s.

19
5.7 Retarlos Para Cordel Detonante

As detonaça'es realizadas com cordel detonante podem ser retardadas convenientemente

pela aplicação o elemento de retardo para cordel detonante. Este consiste de um tubo
plástico, no qu I em suas extremidades é preso o cordel. Dentro do tubo são colocadas duas
cargas explosiv s e dois elementos de retardo. A detonação de uma das pontas do cordel se
propaga à carg explosiva continua, a qual inicia o elemento de retardo do outro lado.
O tempo de queima deste é necessário para o retardamento na detonação.
Quando o lemento de retardo acaba de queimar, provoca a detonação imediata da
carga a seu lad , a qual se transmite ao resto da linha - tronco.
Existem ret rdos de 5, 10, 20, 30, 50 e 100 mili-segundos (ms), dentre outros. O tipo
de retardo escol ido dependerá do plano de fogo. A ligação do retardo é muito simples.
Basta que nos pontos adequados cortemos a linha - tronco e a prendamos no retardo por
meio de cunhas plásticas nele existentes. Desta forma não será necessário fazer-se qualquer
nó, tornando-se o encaixe mais econômico. Os elementos de retardo devem ser ligados o
mais próximo p ssivel da linha de furos que irá ser detonada com atraso. Por precaução,
devem ser introduzidos na linha - tronco apenas pouco antes de efetuar-se a detonação.
Além disso, como as suas cargas explosivas podem ser detonadas por um forte impacto,
deverão ser pro egidos durante o trabalho, em local seguro, para evitar que caiam sobre os
mesmos, pedras ou objetos pesados.

5.7.1 A FUNÇÃ DOS RETARDOS E SUAS VANTAGENS

O retardo é um dispositivo criado para fornecer uma diferença de tempo entre dois

segmentos de u a ligação detonada simultaneamente; originando uma seqüência de


detonação dos fuSps em um plano de fogo.

A utilizaçã de retardos numa detonação proporciona os seguintes efeitos:

Retardos entre lin as:

O uso de retardos entre linhas facilita o lançamento do material, propiciando uma


pilha de rraterial mais baixa e espalhada;

20
O &Ni criado entre a linha da frente e a linha de trás, melhora o arranque do fundo
do furo diminuindo o surgimento de repé e problemas de ultraquebra;
A diferi nça de tempos entre os furos provoca uma diminuição na onda de choque,
dispers da no maciço rochoso, diminuindo a vibração do terreno.

Retardos entre ruros de uma mesma linha:

Melhor da fragmentação;
Diminui ão da vibração do terreno;
Diminui ão do lançamento horizontal.

A escolha do tempos de retardos

Saber escol er os tempos de retardos a serem utilizados numa detonação é uma tarefa
que requer so e tudo experiência e conhecimento do comportamento do maciço a ser
desmontado. P r isto, o resultado de cada detonação deve ser analisado com cuidado e as

observações ancttadas nos planos de fogo, juntamente com o croqui da ligação, pois servirão
de dados para a próximas detonações.

Normalmentr, pode-se dizer, que para os retardos entre linhas, quanto maior o tempo
de retardo, mai r o alivio e conseqüentemente maior à distância de lançamento. No caso de
retardos entre fifros da mesma linha, quanto maior o tempo de retardo menor à distância de
lançamento pe endicular á linha detonada.

Retardos de maior tempo podem ser utilizados nos furos do canto para gerar um maior
alívio da frente destes furos, melhorando o arranque desta porção mais engastada e
diminuindo a ult aquebra lateral.

Outro caso éspecial onde o uso de retardas é bastante útil é nas detonações onde o
comprimento da face livre é muito pequeno em relação a maior dimensão da área a ser
detonada; como os casos do fogo de trincheira.

Geralme te, as seguintes observações são válidas:

Menores tempos e retardo causam pilhas mais altas e mais próximas a face;
Menores tempos e retardo causam mais a quebra lateral do banco (end break);
Menores tempos e retardo causam onda aérea;
Menores tempos e retardo apresentam maior potencial de ultralançamento (fiy rock);
Maiores tempos e retardo diminuem a vibração do terreno;
Maiores tempos e retardo diminuem a incidência da quebra para trás (back break).

5.8 Reforçatlores ou Boosters

A espoleta antes descrita não tem capacidade de iniciar agentes detonantes ou


explosivos pouco ensíveis ao choque. Há, por isso, necessidade de ser usado outro iniciador
Is
de maior potênci .
Para explosiv s pouco sensíveis, como ANFO e nitrocarbonitratos em geral, a brisância
das espoletas nà é suficiente, e há necessidade do uso de reforçadores ou boosters. O
reforçador norma mente é utilizado em conjunto com o cordel detonante e ou S.N.E (Brinel)
consta de dois el mentos explosivos: o primário, ou cerne, que é iniciado pelo cordel e o

21
secundário, ou amplificador, que dá a brisância necessária ao conjunto. Os reforçadores são
fabricados em Jiversos diâmetros de acordo com o diâmetro do furo no qual será utilizado e
em variadas graturas (Britex ® SS 30g, Britex ® 150g, Britex
® 250g, Britex ® 350g, Britex®
450g e o Britex ® 1000g).

Este possui um furo, através do qual se faz passar o Cordel ou Brinel. O número de
reforçadores em cada furo, e a distância entre os mesmos, é determinado no plano de fogo.

itex SS 30g
4
ii 6. Escorv $
Britex 1000g

Com a finali ade de ativar a massa explosiva, coloca-se em contato com a carga um
conjunto contet um dispositivo qualquer de detonação, o qual constitui a escorva.
Normalmente coil
responde a um cartucho de dinamite no qual vai inserida uma espoleta
simples ou elétric , ou mesmo cordel detonante.

6.1 — Prepar das Escorvas

Na preparaçãt das escorvas, o seguinte cuidado deve ser tomado:


A espoleta ou cordel não pode sair do cartucho - escorva;
A espoleté deve ficar na posição mais eficaz e segura no cartucho - escorva;
Os fios do dispositivos elétricos, ou não, de detonação e o estopim não devem estar
sujeitos a esforços ou dobras acentuadas que possam danificá-los;
A escorva deve ser resistente à água, quando necessário;
O conjunte cartucho - escorva deve ser carregado facilmente, de modo conveniente,
seguro e da posição perfeita junto à carga;

22
6) Os ca
hos - escorva não devem ser cortados ou socados.

O furo pa a a introdução do dispositivo iniciador


deve ser executado com furador
adequado (has e pontuda, de madeira, bronze, alumínio
ou outro metal não faiscante, com
cabo de madei a) e suficiente grande para que não haja
necessidade de forçar o dispositivo
iniciador do ca ucho ou deixá-lo com alguma parte fora.

6.2 - Esco va de Dinamites

a) Espolet Comum com Estopim de Segurança:

A espoleta eve ser inserida no centro do cartucho de dinamite e orientada segundo seu
eixo longitudinel, sendo colocada de modo a não ser prejudicada pelo tamponamento.
Devemos evitar dobras e nós no estopim.

b) Sistema não Elétrico no Explosivo

c) Cordel Detonante com Explosivo:

Não há neces idade de escorvas especiais com


o cordel detonante, o qual inicia qualquer
cartucho em seu c ntato no furo.
Como normal ente se utiliza o cordel para
iniciar toda a coluna de explosivos, é
necessário que o mesmo atinja o fundo do furo,
para tanto é conveniente amarrá-lo ao
primeiro cartucho li colocado.

23
Recomenda-se iniciar a preparação das escorvas antes da operação de carregamento
dos furos,

6.3 - Escorva com Produtos Tipos Lama (Water - Gel)

Produtos tip lama (Water - Gel), requerem maior cuidado, principalmente quando
escorvados com spoleta comum e estopim. Por serem mais aquosos, podem dessensibilizar
o estopim ou rn,smo a espoleta comum, se o amolgamento entre estes dois acessórios não
for perfeito, podendo provocar falhas. A espoleta comum ou elétrica deve permanecer em
contato com a mrssa explosiva, no interior da salsicha plástica.

O estopim cal os fios devem ser presos ao como da salsicha por uma fita isolante, cordão
ou lançada, para evitar um possível deslocamento da espoleta.
A escorva com cordel detonante é normal, devendo o cordel ser amarrado na primeira
salsicha a entrar no furo, garantindo assim a iniciação de toda a coluna de explosivo.

7 - Desmonte a Céu Aberto

7.1 - Conceito
O conceito a céu aberto corresponde ao conjunto de operações que se verificam na
superfície, com a finalidade de lavrar uma pedreira (rochas) ou mina (minerais metálicos ou
não metálicos).

8 - Desmonte em Bancadas

É o método +ais utilizado em detonações a céu aberto, aplicável tanto á mineração


quanto aos ramosIda construção civil:

8.1 Terminologia

Bancada' forma dada ao terreno rochoso pelos fogos sucessivos e


constantes, composta de topo, praça e face;

Altura da Bancada: é a altura vertical medida do topo a praça da bancada;

Afastamento: distância entre a face da bancada e uma fileira de furos ou


distância entre duas fileiras de furos;

24
Profundidade do Furo:
é o comprimento total perfurado que, devido á inclinação e
da sub-fuição, será maior que a altura bancada;

Sub - Furação:
"Greide" a ser tingido. é o comprimento perfurado abaixo da praça da bancada ou do

Carga e Fundo:
é mais presa; é uma carga reforçada, necessária no fundo do furo onde a rocha

Carga de Coluna:
é a carga acima a de fundo: não precisa ser tão concentrada
quanto a de fun1:1 o já que a rocha desta região não é tão presa;

Tampão:
parte superior do furo que não é carregado com explosivos, mas sim com
terra, pedrisco (mais aconselhável) ou outro material socado cuidadosamente que tem a
finalidade de evitar que os gases provenientes da detonação escapem pela boca do furo,
diminuindo a ação do explosivo;

Razão de Carregamento:
certo volume de 'rocha; é a quantidade de explosivo usada para detonar um

Perfuração Específica:
rocha detonada. é a relação de metros perfurados por metros cúbicos de

Legenda

(h) Altura da Bancada

(ht) Profundidade de Perfuração

(T) Tampão

(Ccol) Carga de coluna

(Cfdo) Carga de fundo

(Sf) Sub - Furação

( A) Afastamento

(E) Espaçamento

(@) Ângulo de Inclinação

25
9. Detonação Secundária
A detonação secundária corresponde à operação de desmonte realizada, normalmente,
logo após a detonação principal, visando a fragmentação dos grandes blocos ou "matacos"
que apareceram devido à formação irregular das rochas. Tem por objetivo facilitar a remoção
do material detonado e sua introdução no britador. O Desmonte do repé recebe também a
denominação dg detonação secundária, quer seja feito separadamente, quer seja detonado
juntamente como fogo principal.

9.1 Bloco Perfurado

Neste método perfura-se o bloco geralmente com um martelete pneumático manual, e


carrega-se o furo com carga suficiente para produzir a fragmentação desejada.

A utilização de espoleta comum e estopim é, provavelmente mais barata, mas envolve


certos riscos, entre os quais, a tendência dos homens demorarem na área do fogo, antes de
procurar abrigo.

estopim simples

9.2 João de Barro

Neste método, o explosivo em quantidade suficiente para romper o "mataco",


deve ser posicionado na superfície do bloco. Quando detonado o explosivo é
emitida uma ondr de choque, que resulta na ruptura do "mataco".

O método Joãoi de Barro é utilizado:

Quando nãO se dispõe de material de perfuração;

Quando a rocha for muito dura e difícil de perfurar;

Para economizar tempo. É necessário que o "mataco" se encontre na superfície ou


ligeiramente enterrado.

26
9.3 "Buraco de Cobra"

Utilizado quando o macacão se encontra principalmente enterrado. É feito yrn furo junto
ao "nnatac0", com tamanho suficiente para a inserção do explosivo, de tal forma que o
mesmo fique em contato com o bloco. O cartucho escorva deve ser o último a ser
introduzido, co+letando o preenchimento do furo com um tampão de terra muito bem
socado. A cargl é de ordem de um a dois cartuchos de 1 "x 8", para cada 30cm de
espessura do "mataco", medido entre a carga e o ponto oposto a ela.

9.4 Fogo de Repé

Algumas vezes em função de deficiências da detonação primária, o arranque da rocha no


nível da praça não se dá por completo originando assim algumas saliências também
chamadas "peitos" que necessitam ser removidos por detonação posterior, denominado Fogo
de
Repé. Para a detonação de repé utilizam—se marteletes de 1", com furos que ultrapassem
0,30 m o nível da praça e malha quadrada de perfuração, com afastamento de no máximo
80% do comprimento do furo.

10. Escava ões de Valas

É muito freqüente nas obras rodoviárias, a necessidade de escavar valas em rocha para
a implantação de drenagem profunda nos cortes. Outros serviços de engenharia civil poderão

27
exigir a escava
âo de valas em rocha, como, por exemplo, a construção de adutoras de água
potável, coleto as de esgoto, etc.

Em se tratrdo de valas estreitas, isto é, com até 1 m de largura no fundo, duas linhas
de furos parale as distantes de 0,15 a 0,30 m das bordas das paredes laterais da vala, são
suficientes. Essrs perfurações poderão estar dispostas urna em frente à outra ou alternadas,
ou ainda, inclin das em direção à face livre da vala.
!
As perfurafls deverão prolongar-se de 0,30 a 0,50 m abaixo do nível do fundo da vala.
Em casos de r; chas muito duras pode-se utilizar sub-furação maior, de até 0,90 m. São
geralmente obt dos bons resultados com dinamites de força 40% e gelatinas com força de
40% a 60%, atros os casos possuindo parte de nitrato de amônia na composição. A razão
de carregamento é alta e situa - se entre 0,500 Kg/m3 . E 2,00 Kg/m3
, dependendo das
condições da roéha. No quadro fornecemos alguns valores para o estabelecimento da malha
de fogo inicial.

- Elementos par a detonação de Valores

Profundidad da Vala Profundidade do Furo Valor máximo do afastamento


Cm) Cm) (m)

0,4 0.6 0,4


0,6 0,9 0,6
0,8 1,1 0,8
1,0 1,4 0,9
1,2 1,6 0,9
1,5 1,9 0,9
2,0 2,4 0,9
2,5 3,0 0,9
3.0 3,5 0,9
3,5 4,0 0,9
4,0 4,5 0,9
O diâmetro das erfurações é de 7/8
"(22mm) para as perfuratrizes manuais, nas montadas
sobre carreta ou trator devem ser de 11/2" a 21/2
". Existe no mercado um equipamento
dotado de duas perfuratrizes e dois mastros de avanço montados sobre um trator de
esteiras, que perMite a perfuração simultânea de dois furos, sendo de grande utilidade no
desmonte de vala. As articulações dos braços aos mastros de avanço possibilitam executar
os furos necessári s ao desmonte concluído.

11 - Abert ra dos Túneis

A escavação m subsolo: túneis, galerias, poços, cavernas, etc., tem conduzido os


técnicos e especi listas a vários conceitos em vista da literatura teórica existente, que
provocam alguma contradições em função da experiência relatada de cada autor.

28
A diferencilção de qualquer equipamento irá mudar todo o plano de fogo para que os
resultados do ,smonte se adaptem as possibilidades de limpeza e estabilidade das paredes.

Os Fatores que mais poderão alterar um Plano de Fogo são:


Taman o da Seção

- Forma da Seção

Equipamento de Perfuração

Equipamento de Limpeza

- Tempo para Execução

Tipo e onsistência da Rocha

Tipo de Revestimento

Finalidade

11.1 Terminologia

Galeria - esiiaço obtido pela escavação de um túnel.

Galeria - Piloto - primeiro espaço criado em uma detonação em subsolo para posterior
alargamento.

Abóbada - firma dada à área superior do túnel para oferecer maior estabilidade. Possui a
forma de um semicírculo.

Seção - é a ama transversal do túnel

Seção - Plena - é aplicar o Plano de Fogo de forma que após o desmonte o túnel ofereça
seção e o contorno final desejado.

Pilão - é a primeira área a ser afetada pela detonação. Nele estarão dispostos
planejadamente furos vazios e carregados com a finalidade de criar a frente livre inicial do
desmonte.

PLANO DE FOGO

NOMENCLATURA

Furos do teto

Furos
intermediários

Furos laterais

Pilão

Furos do piso
Figurar

29
Os pilões podem estar localizados em posições diferentes, conforme veremos:

Pilão Próximo ao Contorno

Este pilão se dapta a túneis pequenos e tem a vantagem de economia de perfuração.

Pilão no Centro Inferior

Este pilão f rma uma pilha no centro e bastante compacta. A fragmentação é maior que a
normal e o consumo de explosivos é baixo.

/ •N
Pilão no Centro Superior

Este pilão apresenta uma boa fragmentação, a pilha fica menos compacta e o consumo de
explosivos é maior que os outros.

Ainda podem citar:

Pilão co Furos Paralelos;

Pilão co Furos Desviados (em cunha).

Furos de Alarg mento — são os furos que aumentam a face livre criada pelo Pilão, estes
furos são os mal importantes, pois deles resultarão todo o trabalho desejado na escavação.
Um dimensionary ento errado destes, resultará em um péssimo avançamento.

30
Furos de Correm) -
também chamado de Smooth Blasting ou fogo cuidadoso. A perfeita
aplicação dest s furos e da carga dos mesmos irá oferecer maior segurança economia em
materiais de r estimento.

Avanço -
é área útil obtida com o plano de fogo, ou seja, a relação entre os metros
lineares avançados e a profundidade perfurada.

12. Segurança
Visando ura maior desenvolvimento tecnológico no setor de Segurança com Explosivos,
passamos a discorrer sobre as operações a serem executadas nos trabalhos com explosivos,
sejam eles desmontes de rochas, transportes, etc.

12.1 - Plano de Fogo

Um plano de fogo deve ser simples, mas completo, devido ao risco de erro. Um profundo
conhecimento e entendimento dos requisitos de um fogo são essenciais para a segurança e o
sucesso deste plano. Se o Blaster não for experiente, um assistente técnico deve ser
consultado.

Quando se rojetam detonações com alta Razão de Carregamento, deve ser conhecido o
risco de ultralançamento e tomadas às ações de controle.

Os explosivos só devem ser utilizados sob as condições para as quais foram destinados
(temperatura, s nsibilidade à iniciação, resistência à água e pressão hidrostática, etc.).

A equipe d carregamento deve constantemente inspecionar os produtos para localizar


danos, vazamentos ou anormalidades antes do carregamento. Nunca utilize um produto
suspeito.

12.2 - Planejamento

Nele prevermos o tempo disponível para as atividades de detonação, número e


experiência dos ábos de fogo e ajudantes, e imprevistos com um tempo extra.
Quando possível, deve-se ter uma boa coordenação entre o encarregado da detonação e
a equipe de perfuração.

Deve-se consultar a previsão do tempo antes do início das atividades de carregamento.

A área de detonação deve ser evacuada se uma tempestade elétrica se aproximar


durante o tem0 que o explosivo estiver no local do carregamento.

12.3 - Carregamento

Quanto ao c rregamento a equipe deve estar com os EPI's (Equipamentos de Proteção


Individual) corretos tais como:

Capacet ,

Protetor Auricular,

Óculos de segurança,

Cinto de segurança,

Luvas,

Capa,

Corda.

A equipe de detonação deve ter à sua disposição todas as ferramentas necessárias para
manusear explosivos com segurança. A seguir uma lista de sugestões:

31
Treina, balança, canivete, furador de cartucho, lanterna,

• Tin fluorescente, sinais de tráfego.

Kit de primeiros socorros, água potável.

O encame
do deve reunir a equipe para discutir sobre segurança antes do inicio do
carregamento, bordando sobre os seguintes tópicos:

Ide!Itificar o encarregado;

Rexiisão da previsão do tempo;

• Bre e descrição dos parâmetros do carregamento;

Dei gar responsabilidades;

Rev sar os potenciais de risco;

Rev:
?r os equipamentos necessários;

Rev r a seqüência de carregamento;

Ouv r alguma sugestão da equipe;

Rev r o plano de emergência e evacuação;

EnfaLzar Segurança e qualidade;

Enfatizar que cada um é uma pessoa de segurança.

O local a ser carregado deve ser revisto pelo encarregado e o pessoal do carregamento,
enfatizando os seguintes itens:

Condiçõe da face e dos afastamentos na crista;

Profundidre e condições dos furos;

Medição da altura da bancada;

Diferença entre projeto e a execução;

Diâmetro dos furos;

Presença blocos soltos.

Antes do início do carregamento, todos os sinais e avisos


devem ser instalados.

Relâmpagos e
raios são causas potenciais de ignição prematura para qualquer sistema de
iniciação e produt s explosivos.

Todo funcioná
io novo, ou sem experiência deve trabalhar sob a supervisão direta do
encarregado.

Todos os func
onários não envolvidos na ligação do sistema devem ficar de fora da área
durante a operaç o e nunca assistindo a mesma.

32
12.4 Isol mento da Área

O encarreg do deve sugerir que toda a equipe e o pessoal da mina façam revisão do
isolamento da area e do plano de emergência, Neste plano devemos:

Id+tificar o cabo de fogo licenciado e qualificado que vai detonar o fogo;

ci Idehtificar o refúgio (direção e distância da detonação);

Cl Especificar a área limite a ser isolada

De Ignar pessoal qualificado para isolar a área;

ci Esprificar o sinal de isolamento da área;

ci Especificar os métodos de isolamento para evitar penetração durante o


isolamento (deve-se delimitar a área de risco, assim entendido como qualquer
obstáculo que impeça o ingresso de pessoas não autorizadas);

ci Designar os pontos de guarda e assegurar que todos os guardas saibam onde é


seu osto, descrevendo suas autoridades;

LI Espácificar o tipo de proteção para os guardas;

ci
Assegurar que todos os guardas tenham identificação visual, bandeirolas,
equipamentos de proteção individual e um método de comunicação com o cabo
de firo.

Descrever o tipo, duração e intervalo do sinal de detonação:

1. Aviso de pré - detonação;

Detonação;
1.
Liberação da área.
1.
1:1 Assegurar freqüência livre e silêncio no rádio durante os sinais de detonação, a
menos que haja uma razão para tal (quando utilizando espoleta elétrica);

ci Descrever o plano de emergência no caso de ferimentos decorrentes da


detonação ou outro evento;

O Descrever os procedimentos em caso de falha de explosivo ou acessório.

ci O refúgio para o cabo de fogo deve estar localizado fora do alcance de um


ultralançamento. O cabo de fogo é a única pessoa autorizada a
permanecer na área de isolamento.

As posições mais favoráveis são:

• Direção oposta ao movimento da rocha (para trás da detonação);

• Nunca em frente a faces livres;

• Nunca próximo de crista ou pé de uma bancada.

A proteção para o cabo de fogo deve ser bem feita. Carros, caminhonetes, caminhões ou
outro veiculo não 1 são apropriados para proteção.
O refúgio deve ter pelo menos: telhado e
três lados fechadqs, com entrada ao fogo; deve suportar o impacto de uma rocha pesada
vinda do fogo (deve ser feito em locais onde
mineradoras). se permita a construção - pedreiras ou

33
O cabo d; fogo deve se comunicar com o encarregado, com o responsável pelo
isolamento e om os guardas para conferir a situação do isolamento antes de iniciar a
detonação, a qual deve ser efetuada preferencialmente no final do expediente.
Todas as flessoas responsáveis pela guarda da área isolada devem ser treinadas para
suas funções.
E recomendada que os guardas usem roupas fluorescentes, bandeirolas, avisos e rádio.
O cabo de fogo deve observar de sua posição, toda a área isolada antes de iniciar a
detonação.
Para aumeitar a segurança da área de isolamento, criar postos de observação com
contato via rád o com o cabo de fogo.

12.5 Medicas de Segurança Após o Fogo

nenhuma pessoa deverá ser autorizada a retornar à área de fogo antes que todos os
gases tóxicos ttinham sido dissipados

nas mineraçties subterrâneas, o retorno à área de fogo poderá ser abreviado por:

- ventilaçãoadequada;

- molhandoi se com água a pilha de material desmontado;

o tempo de espera para a área de fogo depende se a detonação foi feita a céu aberto, ou
em subsolo. I

Na verificação do resultado do desmonte, deve —


se aguardar entre 10 e 20 minutos e é
feita primeiramente pelo responsável (blaster). Este, após a inspeção, liberará a área para
continuidade doS serviços.

12.6 Verificação de Falhas (Negras)

a constatação de uma falha na detonação poderá se dar através:

do resultàdo do desmonte;

da presença de explosivos não detonados;

de espoletas não detonadas;

uma falha pode ser causada por:

escorvamento mal feito;

- estopim, ciordel detonante ou explosivo deteriorado;

- ligações rr al feitas;

avarias n circuito, na utilização de espoletas elétrica;

explosão gerando pouca corrente, na utilização de espoletas elétrica;


- furos muros;

falha na fa ricação dos materiais;

etc.

411 procedimentos e segurança na presença de falhas:

- não tente i vestigar uma nega imediatamente;

- não permi
que os trabalhos de carga, transporte e furação sejam iniciados sem
antes resol er o problema;

34
não teptem retirar os explosivos do furo por meio mecânico. Sugere-se um jato de
água (pr
comprimido + água) para retirar ou dessensibilizá-lo (se for possível);

cuidados adicionais deverão ser tomados se o explosivo ainda estiver escorvado;

não se deve fazer furação em locais que possam atingir furos falhados;

pode-se resolver o problema da falha; introduzindo-se uma nova carga escorvada e


detonatlá;

-
não aproveite furos remanescentes para continuar a furação.

13 - Tratsporte de Explosivos
Existem re ras para todas as etapas dos produtos controlados. Todo Blaster deve
conhecer.
No caso d transpor-
te de explosivos e seus acessórios, quer da fábrica para o
revendedor qu r deste para o usuário, só pode ser feito depois de autorizada à guia de
tráfego.

13.1 Normas Gerais

O motorista
movimento do vlie qualquer veículo de carregamento de explosivo deve sinalizar qualquer
i
ículo. Alarme de marcha ré deve ser instalado em veículo de transporte de
explosivos (para prestadora de serviços).

Verificar
elétrico, canante de sair para transportar explosivos: motor, chassis, freios, direção, sistema
-
(duas) horas).ocerias, triângulo e extintor (verificando pneus a cada 100 Km ou a cada 2

Com relação à dpcumentação: verificar a validade da carteira de habilitação, documentação


da carga e do Veículo para evitar futuros transtornos, visto que você está transportando
produtos perigosïs.

a) O itinerário deve ser considerado importante. O trajeto deverá ser de menor movimento,
evitando locais d possível congestionamento. Sinalizar o veículo com bandeirolas, etiquetas
e adesivos.

b) Quando acon‘cer "pane" no veiculo, estacionar em local adequado, colocar o triângulo,


manter o público uricrso longe do veículo, explicando com educação a situação.
c)
Não estacionar a menos de 100 (cem) metros de pontes, viadutos, habitações ou locais
de trabalho.

d) Velocidade m
xima do veículo deve ser de 60 (sessenta) Km/hora em rodovia.

Nunca fumar quando estiver trabalhando ou transportando explosivos e


outros fumem, através de placas com dizeres nem permitir que
observados por todos. "E proibido fumar" que possam ser

Em caso de dú/I ida sempre perguntar, não tomar decisões precipitadas.


Procurar se po sível não parar durante o trajeto.

Não transport r explosivos com acessórios no mesmo veículo, apenas fazer este
transporte se tiver uma caixa apropriada.

Quando em ob as ou mineração, o veiculo de explosivos e acessórios possui trânsito


preferencial.

13.2 Regulamentação para Transporte

Por serem os Explosivos produtos controlados pelo Ministério do Exército e considerados


perigosos para transporte, os explosivos além das normas comuns de transporte estão
também sujeitos à egislação própria.

35
Os transpertes rodoviários de explosivos e acessórios estão, em nosso país, sujeito a
seguinte legisloção:

Decreto No 55.649, de 28 de janeiro de 1965 (R - 105 do Ministério do Exército).


- Decrete No 2.063, de 06 de outubro de 1983.

- Decreto No 96.044, de 18 de maio de 1988.

Portari No 291, de 31 de maio de 1988, do Ministério dos Transportes.

13.3 Recomendações importantes do R - 105


O transpo
de explosivos obedecerá às regras de segurança, a fim de limitar, tanto
quanto possível os riscos de acidentes, que são:

Da quantidade do material transportado;

Do tipo da embalagem;

Da arrurkação da carga;

Das con ições de marcha e estacionamento;

Deverão ser rigorosamente verificados, quanto às condições adequadas de


seguran$a, todos os equipamentos empregados nos serviços de carga, transporte e
descargo.

- Salvo cosos especiais, os serviços de carga e descarga de explosivos serão feitos


durante o dia e com tempo bom.

Será pro bida a presença de estranhos nos caminhões que transportem explosivos.

Para viadens longas, os caminhões terão dois motoristas que se revezarão.

Tabuletas visíveis serão afixadas nos lados e atrás dos caminhões, com os dizeres
"Cuidado Explosivo" e serão colocadas bandeirolas verrnelhas.

13.4 Recomendações do Decreto No 96.044

Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e


descontaminação os veículos e equipamentos utilizados no transporte de explosivos deverão
portar rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com as Normas
Brasileiras NBR1 7500 e NBR - 8286.

O condutor de veículo utilizado no transporte de explosivos, além das qualificações de


trânsito, deverá -
Transportes. eceber treinamento específico em órgão credenciado pelo Ministério dos

O Veículo que
Documentação: ransportar Explosivos deverá Trafegar Acompanhado da Seguinte

Nota Fisc I

Guia de T áfego

Ficha de Emergência

Envelope irra o Transporte

Para fins de triansporte, os explosivos são considerados como carga perigosa e de


acordo com a claÁificação da ONU para produtos perigosos para transporte, estão
classificados na cia se 1.

36
Classe 1, somente para explosivos, esta subdividida em 5 subclasses, em ordem
crescente de rico:

1.1 - risco de explosão em massa

1.2 - risco ide projeção, sem risco de explosão em massa.

1.3 - risco de fogo, pequeno risco de projeção, sem risco de explosão em massa.

1.4 - sem risco significativo.

1.5 - substâncias muito pouco sensíveis, só detonam com iniciação muito forte.

Os veículos de transporte deverão conter placas em todos os ângulos indicando


o grupo de riso, o número de identificação é uma letra que designa o grupo de
compatibilidade.

14 - Normas Para Administração de Paiol


Armazene sômente explosivo neste local. Não armazene espoletas simples e elétricas,
materiais infla áveis, ferramentas ou outros tipos de utensílios metálicos nos paióis de
explosivo.

Manuseie con cuidado as caixas de explosivos. Não as deixe cair, nem os impulsione.

Não use cintas de embalar metal para manobrar caixas de explosivos.

Armazene as caixas de dinamite com a tampa para cima. Os explosivos do tipo e marca
correspondente devem ser guardados juntos e com marcações bem visíveis para facilitar sua
identificação, de forma que o material de mais tempo em estoque seja utilizado em primeiro
lugar.

Sempre embakue, despache e use com prioridade o estoque mais antigo.


I
Não utilize férramentas de metal para abrir ou fechar caixas de explosivos, se estes
entrarem em contato com o explosivo, o mesmo poderá ser iniciado. No caso de caixas de
papelão poderão ser empregadas para cortar a fita - lacre.

Não deixe exp osivo soltos pelo paiol nem abra ali as caixas de explosivos.

Quando necessário o uso de


luz artificial, utilize unicamente lanterna de segurança.

Não fume nem porte fósforo, isqueiro ou outro material inflamável, nem permita que os
outros o façam dentro do paiol de explosivos.

Proíba disparI s de tiros ou porte de armas de fogo e munições dentro ou nas mediações
do paiol.

Mantenha o interior do paiol sempre limpo e o terreno ao redor livre de folhas, capim,
vegetação de qua quer espécie, lixo e detritos a fim de evitar incêndios.

As goteiras nô telhado e paredes do paiol, assim como quaisquer outros na estrutura do


mesmo, devem sé r imediatamente concertados.

13. Mantenha co stante vigilância para averiguar as embalagens que apresentem avarias,
exudação ou defeitos. Coloque-as a um lado do paiol e notifique o fabricante, comunicando a
causa provável.

Não utilize caixa de dinamite vazia dentro ou nas proximidades do paiol.

Mantenha a pcirta do paiol sempre trancada, salvo quando houver carga e descarga.

Ante a aproximação de tempestade os depósitos devem ser fechados e o pessoal


afastado até o terMino do fenômeno atmosférico.

37
17. As caixas cle dinamite devem ser dispostas em pilhas do seguinte forma:

alojadas em estrados de madeira;

afastadas das paredes e do teto para assegurar boas condições de


circulação de ar;

separadas entre si para permitir a passagem, entrada e saída de caixas


com segurança;

ter altura máxima de dois metros ou 7 caixas, prevalecendo o menor


valor;

ter o rótulo indicando o nome do produto, as especificações e data de


chegada no depósito;

as pilhas devem ser dispostas em filas da seguinte forma: afastadas das


paredes no mínimo 10 cm, do teto 70 cm e de outras filas 60 cm;

18 - Para qual uer depósito serão exigidas a manutenção de vigia permanente e a proteção
contra incêndios.

19 - Para os p lois de primeira qualidade (permanente) será exigida a instalação de pára -


raios.

*
15 - Certificado de Registro

Fornecido p lo Ministério do Exército através dos SFPCs, é o documento que habilita as


Empresas a co prar, estocar, consumir e/ou vender Produtos Controlados como: Explosivas
Armas, MuniçãorPirotécnicos.

15.1 Registos
Art. 40 I- As pessoas físicas ou jurídicas, registradas ou não, que operem com
produtos contra dos pelo Exército, estão sujeitas à fiscalização, ao controle e as penalidades
previstas neste legulamento e na legislação complementar em vigor.
Art. 41 - O Registro será formalizado pela emissão do TR ou CR, que terá validade
fixada em até três anos, a contar da data de sua concessão ou revalidação, podendo ser
renovado a critér o da autoridade competente, por iniciativa do interessado.
Art. 44 - O Registro somente dará direito ao que nele estiver consignado e só poderá
ser cancelado pela autoridade militar que o concedeu.
i

16. Carta Blaster

Este documento é fornecido pelos Departamentos Estaduais de Segurança Pública


através da Policia Civil.
O nome Blaster provém do inglês da palavra Blast, que significa Dinamitar, então
podemos também chamar pela forma popular de cabo de fogo.
Existem hoje três categorias:

Carta Blaster de 3° Categoria:


esta categoria habilita o profissional a executar trabalhos
de carregamento e detonação a céu aberto em pedreiras e minerações onde não haja
habitações e concentração humana.

Carta Blaster J 2° Categoria: esta categoria habilita o profissional a executar trabalhos


de carregamento ç detonação em mineração e construções a subsolo.

Carta Blaster de 1° Categoria:


esta categoria habilita o profissional a executar trabalhos
de carregamento é detonação em áreas urbanas.

38
17,- Aspectos Legais

A atividade mineradora encontra - se associada ao uso de explosivos industriais


objetivando a desagregação do material rochoso para aproveitamento comercial ou a simples
remoção para alguma obra de engenharia.
O manusei o do explosivo desde a sua estocagem, o transporte, carregamento e
detonação impl cam em grandes ricos, conseqüentes da alta periculosidade de que são
providos.
Estes riscod são representados pelos danos físicos ou materiais que podem ocasionar a
terceiros, os qubis ao verem-se prejudicados recorrerão com predominância a um órgão
policial e, posteriormente, a uma ação indenizatória (civil).
Normalmet, a ação penal recairá sobre o responsável técnico (engenheiro e Blaster) e
a ação civil no qontratante (em geral, a empresa); assim, cumpre destacar a
responsabilidade penal do engenheiro ou Blaster, pois, o mesmo será incurso no crime de
natureza culposa caracterizado por negligência, imprudência ou imperícia.
Com isto, e i-r-
i havendo um inquérito policial, poderão se requerer provas técnicas ou
periciais que materializem o fato delituoso; neste momento, surge o perito, profissional com
conhecimentos, 'isenção e habilitado a buscar vestígios do fato e relacioná-los sempre sob a
ótica científica, procurando buscar a verdade irrefutável.

17.1 Registros
Art. 40 L As pessoas físicas ou jurídicas, registradas ou não, que operem com
produtos controlados pelo Exército, estão sujeitas à fiscalização, ao controle e as penalidades
previstas neste Regulamento e na legislação complementar em vigor.
Art. 41 --1 O Registro será formalizado pela emissão do TR ou CR, que terá validade
fixada em até teês anos, a contar da data de sua concessão ou revalidação, podendo ser
renovado a critério da autoridade competente, por iniciativa do interessado.
Art. 44 - O Registro somente dará direito ao que nele estiver consignado e só poderá
ser cancelado pe a autoridade militar que o concedeu.

18 - Aspectos Ambientais
A lei 6938 que estabelece a política nacional de
meio ambiente foi promulgada em 1981.
Nela estão os fundamentos que regem a proteção ambiental em nosso país.
A resolução ÇONAMA 001/86 regulamentou a lei 6938 definindo os empreendimentos
que necessitam pie licenciamento ambiental Dentre eles estão todas as atividades de
mineração, incluí os os minerais da Classe II - de emprego direto na construção civil como
pedreiras e ativid des afins.
Cabe aos or aos públicos competentes dos estados a fiscalização e execução das
políticas ambientais, definidas pelo artigo 225 parágrafo segundo da Constituição de 1988;
do decreto 97.632 de 10 de abril de 1989, e das resoluções CONAMA 00
estabelecem nom- 9/90 que
ias e ações para obter - se o licenciamento ambiental para o setor mineral.
Os estudos exigidos por estas legislações de impacto ambiental -
destes estudos - RIMAs EIA, e os relatórios
são acompanhados das propostas atenuantes e de controle destes
impactos através dos Planos de Controle Ambiental - PCA.
Assim, qualquer novo empreendimento no Setor Mineral; como pedreiras, minerações,
obras civis; estão obrigadas a obter o licenciamento ambiental.
Ressalta - se que para as atividades que já operavam à época, (decreto 97.632) em abril de
1989 e que contlni vam em operação há também a necessidade de
ambiental. obterem o licenciamento
Existem tres tipos de licença ambiental, a saber:

LICENÇA PRÉVIA (LP)

LICENÇA Dr INSTALAÇÃO (LI)

LICENÇA DÉ OPERAÇÃO (LO)

No que se refere à utilização de explosivos, na fase de lavra dos empreendimentos


mineiros, em obra civis, em serviços que empreguem explosivos e que, pela natureza de sua

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atividade, o órgão público de fiscalização exige o licenciamento ambiental com parâmetros
bem identificados:

- Que fenômenos ambientais danosos ao meio ambiente e ao tecido social são gerados
pelo desmonte de rocha?

Quais são as medidas de controle destes fenômenos?

Atençãocispecial deve ser dada, nos relatórios e planos de Controle


Ambiental aos níveis de impacto de ar, vibrações, bem como a
ocorrência' de ultralançamentos.

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