uma “leitura abrangente”9 , isto é, minuciosamente
atenta, de um texto nunca é exaustiva e exige um constante exercício de interpretação. Este exercício, porém, nem sempre é conscientemente reconhecido em uma leitura, mas, ao traduzir, torna-se evidente. Este diálogo proposto por Gadamer é, de certa forma, o que Steiner pretende em Depois de Babel ao afirmar que seu modelo de “quatro-estágios” do movimento hermenêutico no ato da tradução (confiança inicial, agressão, incorporação, reciprocidade ou restituição) não são uma “teoria”, mas sim a “narrativa de um processo”21, ou seja, derivam da prática.
1. a linguagem não é um mero instrumento para
expressar um conteúdo elaborado de maneira autônoma pela cultura; pelo contrário, as diferentes estruturas lingüísticas provocam diferentes estruturas intelectuais e vice-versa, até o ponto em que não é possível imaginar a interpretação de um texto sem ter em conta suas coordenadas culturais. 2. A linguagem privada existe, tanto que] os aspectos de todo ato de enunciação são únicos e individuais. Formam o que os lingüistas denominam 'idioleto - ---- INTERTEXTUAL: Relación existente entre textos de una misma cultura. 3. 4. Steiner sustenta que, como já dissemos, a língua evolui com o tempo, não somente o histórico, mas também o subjetivo. Além disso, as reflexões metalingüísticas acerca da língua estão destinadas a modificar essa mesma língua de que falamos; portanto, nosso argumento é muito dúctil e difícil de avaliar em um momento de observação. 5. Em essência, trata-se do conceito de intertextualidade, ao qual Steiner nunca nomina, mas descreve constantemente. Cada palavra ou locução leva consigo sua história, motivo pelo qual uma leitura completa5 não somente evoca significados de acesso imediato, mas também alusões mais vagas. INTERTEXTUAL: Relación existente entre textos de una misma cultura. 6. Steiner pretende em Depois de Babel ao afirmar que seu modelo de “quatro-estágios” do movimento hermenêutico no ato da tradução (confiança inicial, agressão, incorporação, reciprocidade ou restituição) não são uma “teoria”, mas sim a “narrativa de um processo”21, ou seja, derivam da prática. 7. A interpretação, como sabemos, dá vida à linguagem além do tempo e do lugar da redação do texto. 8. intrainguistica 9. intrainguistica 10. intrainguistica 11. Sólo alcanza su autentico ser cuando se comprende, es decir, cuando se traduce. 12. por conseguinte, tanto se o processo é realizado entre dois idiomas como dentro de um, a comunicação é sempre tradução. 13. leer, debate 14. retoma triade da expo 15. Pregunta fundamental: +++ Steiner pretende em Depois de Babel ao afirmar que seu modelo de “quatro-estágios” do movimento hermenêutico no ato da tradução (confiança inicial, agressão, incorporação, reciprocidade ou restituição) não são uma “teoria”, mas sim a “narrativa de um processo”21, ou seja, derivam da prática. 16. A abertura ao diálogo como a não imposição de um método é, aqui, reveladora para a tradução literária, pois mantém em vista toda a complexa visão de mundo que uma obra de arte oferece. 17. O problema de Babel – a disseminação das línguas diferentes e mutuamente incompreensíveis – é apontado por Steiner como um dos maiores catalisadores de evolução sociocultural, material e civilizacional. Babel não foi um castigo para o Homem como se pretendia na resposta bíblica à questão das línguas. Foi antes uma bênção determinante para a evolução da espécie humana: se a linguagem é um universo de concepção e criação, então cada língua, com o seu molde metafísico e as suas idiossincrasias, é uma galáxia de possibilidades. 18. linguagem permitiu-nos, como espécie, conceber existências nas quais não somos meros figurantes numa história pré-determinada, mas sim actores que improvisam constantemente, abençoados com o livre-arbítrio e com o engenho e curiosidade naturais.
ProfessorAutor-Língua Portuguesa-Língua Portuguesa I 6º Ano I Fundamental-Gêneros Textuais Bilhete, Carta (Informais), Postal, Diários (Pessoais, de Viagem), Verbete de Dicionário