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Quinta-feira • 07 de março de 2019 •


1000 •1
07 março 2019
Ano 19
quinta-feira
 0.75 iva incluído
Diretor: Luís Baptista-Martins
semanário

Esta é uma edição histórica. O INTERIOR publica hoje o seu nº 1.000.


Guarda A Confama não tem dinheiro
para pagar ordenados e já não
Conselho de tinha encomendas para ge-
Jurisdição tira rar receitas. Os funcionários,
Fernando Madeira maioritariamente mulheres e
a auferirem sobretudo o orde-
da mesa da nado mínimo, suspenderam os
Assembleia de contratos laborais na segunda-
Secção do PSD feira e rumaram ao Centro de
Emprego Pág.5
António Júlio Aguiar impugnou
eleição do atual presidente
daquele órgão concelhio por
não ter ido a votos em abril, num
escrutínio que terminou empa-
tado e obrigou à sua repetição
em junho _________________ 5

Pinhel

Fábrica de Famalicão fecha


Mais de 50 mil
pessoas foram
à Feira das

sem dinheiro para pagar


Tradições ____________ 6
Trancoso

aos 70 trabalhadores
Feira do Fumeiro
continua este fim
de semana _________ 7

O Interior é de todos!
Jornal nº 1.000
O Jornal O INTERIOR nasceu há 19 anos. Esta é a edição número 1.000.
Uma edição histórica que celebra a publicação regular deste jornal du-
rante mil semanas. Nesta edição publicamos os contributos de algumas
personalidades que se juntam à celebração de 1.000 edições e 19 anos.

IPG e Câmara da Guarda em sintonia


para captar estudantes
A partir de setembro, Politécnico vai disponibilizar mais alojamento
para alunos contratualizado com imobiliárias da cidade Pág.4
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2• • Quinta-feira • 07 de março de 2019

Cara
Entrevista
no  fio  da  navalha

a P e r f i l
cara
Rafaela Aleixo
Pinhel
Já vai na 24ª edição, mas todos os anos
«Conseguir Campeã nacional de sub-18 no lançamen-
to do dardo

motivar outras
a Feira das Tradições consegue inovar e Naturalidade: Guarda
surpreender. Este ano o ambiente foi o tema
Idade: 17 anos
em destaque e a organização apostou nos

pessoas com os
copos reutilizáveis em vez dos descartáveis Profissão: estudante na Escola Secundária
e esta é uma prática que veio para ficar. Mas da Sé
o certame pinhelense destaca-se também
pela aproximação ao território espanhol, pelo Currículo: Atleta do Guarda 2000, ingresso

meus resultados
variado número de expositores presentes, e no Centro de Atletismo de Seia, tendo
sobretudo por saber vender o que de melhor como treinadora Andreia Nicolau, com o
a região tem para oferecer e prova disso são qual se sagrou campeã nacional Olímpico
o número de visitantes que já ultrapassou Jovem em iniciados no dardo em 2017;
a barreira dos 50 mil e continua a crescer.
e a minha vice-campeã nacional juvenil em 2017, uma
internacionalização pela seleção nacional no
Troféu Ibérico Sub-18 (2018), vice-campeã

personalidade
Olímpico Jovem e vice-campeã nacional em
juvenis (2018) e campeã nacional juvenil de
dardo de Inverno no Campeonato Nacional
de lançamentos longos (2019). É presidente
Manteigas
seria o melhor
do Departamento Desportivo da Associação
de Estudantes da Secundária da Sé.
O melhor que se faz em Manteigas
esteve em destaque nos últimos dias na Filme preferido: “Forrest Gump” e “Fight

contributo que
Expo Estrela. Aproveitando o Carnaval, Club”
que coincide com uma época que muitos
turistas sobem até à Serra da Estela, a au- Livro preferido: “A rapariga no comboio”
tarquia de Manteigas escolhe, e bem, este

poderia dar»
fim-de-semana prolongado para organizar Hobbies: ouvir música, passeios de mota,
o certame, onde tem a oportunidade de se estar com os amigos, ver filmes, séries e
mostrar, chamar mais visitantes à vila e criar programas, ler livros.
alguma dinâmica.
P – Sagrou-se campeã nacional clube atual, o CA Seia, é um deles. Quando
sub-18 do lançamento do dardo com chegar a altura de ingressar no ensino
um novo recorde pessoal e distrital. superior farei as escolhas que achar que
Até onde pode ir Rafaela Aleixo? serão mais proveitosas para mim, até lá e
R - Tudo depende de diversos fato- mais importante é focar-me no presente.
Trancoso res, mas acho que poderei surpreender
os mais atentos. Ainda assim, prefiro não P – Até aqui como tem conciliado
Num fim de semana com muita anima- fazer previsões porque as coisas nem os estudos e a prática desportiva?
ção e feiras na região, a Feira do Fumeiro sempre correm como esperamos. R – Bastante bem por assim dizer. No
conseguiu marcar a diferença pela excelência ano passado acabei o ano com uma boa
dos seus produtos. Apesar da concorrência P – Este título estava dentro dos média, este ano está também a correr
lhe retirar algum do protagonismo de outros seus objetivos para esta época ou bastante bem. A maior parte das pessoas
tempos, o certame organizado pela autarquia aconteceu de forma inesperada? pensa que é uma tarefa quase impossível
e pela AENEBEIRA continua a ser um ponto R – Apesar de ter estado um pouco conciliar estudos com desporto, mas se
de passagem obrigatório para quem visita o receosa, porque não me foi permitido pensarmos bem o desporto é ainda be-
distrito da Guarda nesta altura do ano, no- utilizar o relvado do estádio municipal néfico aos estudos em variados aspetos,
meadamente os visitantes que vão conhecer da Guarda durante três a quatro semanas é apenas necessário saber gerir as coisas.
as amendoeiras em flor. antes da prova para poder fazer lança- Se queremos muito algo não devemos
mentos nos treinos, consegui desenvolver desistir apenas porque surgem obstá-
um bom trabalho e contrariar o imprevis- culos, devemos sim continuar e saber
to. De qualquer das maneiras, o objetivo ultrapassá-los, é assim que crescemos.
passava por estar preparada para esta
prova, que é o auge da época de Inverno. P – E quais são os seus planos para
Portanto posso dizer que não foi assim o futuro em termos desportivos? E em
tão inesperado, mas é sempre bastante termos pessoais, de estudos?
gratificante. R – Tenho em mente manter o
atletismo e os estudos. Quero ingressar
P – O lançamento do dardo não é no curso de Economia e espero conseguir
PSD uma modalidade muito requisitada
em Portugal e muito menos na nossa
entrar numa boa universidade. Quanto
ao atletismo, quero superar-me a mim
O PSD da Guarda continua a insistir região. Por que a escolheu? mesma na medida em que for possível e
na tecla da Pousada da Juventude, que o R – Quando entrei para o atle- vamos ver até onde isto me levará.
Governo de Passos Coelho fechou em 2012 tismo nunca pensei dedicar-me ao
com o argumento de não ser rentável. A lançamento do dardo, na altura, era só P – Espera que a marca lhe abra as P – Que sonho gostaria de concre-
concelhia e a secção local da JSD saíram correr para frente. No entanto, a minha portas dos grandes clubes de atletis- tizar enquanto atleta?
da sombra para falar sobre aquilo que Ál- treinadora depressa percebeu que mo, tanto mais que estará na altura de R – Gostaria de um dia conseguir
varo Amaro já considera «um não assunto» estava destinada a lançar dardo, tinha ingressar no ensino superior? Qual é a motivar muitas outras pessoas com os
após o atual Governo ter decidido instalar o potencial necessário e a partir daí o sua expetativa? meus resultados, as minhas marcas e com
ali a futura residência de estudantes do foco foi esse. Não ia ser fácil, porque há R – A minha expectativa passa por a minha personalidade, acho que seria
IPG. Nesta escusada guerrilha política os e sempre houve lançadores muito bons ter reunidas as melhores condições o melhor contributo que poderia dar. É
sociais-democratas deram um tiro no pé. no país e a fasquia é sempre alta para disponíveis. No geral, quando as pessoas o meu grande objetivo, pois não se trata
quem quer chegar a pódios nacionais, pensam em clubes desportivos pensam apenas de reconhecimento e de ser ou
ao contrário do que acontece a nível sempre nos líderes do futebol, mas há não alguém que foi aqui ou ali, mas ser
distrital, mas a preocupação agora está outros clubes bem representados a nível alguém que de alguma forma conseguiu
apenas dos nacionais para cima. nacional ao lado desses grandes e o meu mudar para melhor aquilo que a rodeia.
Quinta-feira • 07 de março de 2019 • •3

editorial Luís Baptista-Martins


baptista-martins@ointerior.pt

Manhã submersa
Empurrada pelo Papa Francisco, a Igreja deu passos
inéditos e deu mostras, finalmente, de perceber que o tema
de abusos sexuais não podia continuar escondido entre os
armários dos mosteiros ou os claustros presbiterianos. Nesse
contexto, o Papa promoveu o debate ao mais alto nível, no
Vaticano, e contribuiu para discutir e contrariar uma chaga que
não pode continuar a ser tida de clerical quando é criminal, não
pode continuar a ser tratada no “seio” da Igreja, como muitos
querem, quando diz respeito à sociedade e ao Estado de Direito.
Por todo o mundo, a denúncia de casos de abusos
envolvendo clérigos abanou a Igreja Católica, mas entre nós,
estranhamente, o assunto continua encerrado no silêncio dos
templos. O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa
explicou que a instituição procura a transparência e a verdade,
mas desvalorizou a realidade e não explicou os procedimentos
concretos que foram adotados nos casos identificados em
Portugal. Mais, para o padre Manuel Barbosa, não haverá mais de
«dez ou onze casos» e meia-dúzia de denúncias que «não foram
provadas». Ora, ainda que fosse apenas um caso, a Igreja não
devia apenas orar pela vítima e pedir perdão, tinha obrigação de
denunciar e excluir, de tratar como criminoso o abusador. Não foi
o que fez. Não é o que faz! Encobre, defende, esconde… Escolhe o
caminho do deixar andar, porque «o tempo tudo cura». Não cura,
as vítimas não esquecem e aqueles que temos responsabilidades
na sociedade também não esquecemos, recordamos e repetimos
a denúncia de que os abusadores têm de ser julgados e conde-
nados pela Justiça – O Estado espiritual não se pode sobrepor ao
Estado legal; o sentido de poder da Igreja e o seu «clericalismo»
não estão nem podem estar acima da Lei. E os crentes, na sua
devoção, não podem continuar calados perante manifestações
de abuso – denunciadas ou silenciadas.
Recorde-se que, em dezembro de 2013, o Tribunal do
opinião
Fidélia Pissarra Ainda “Roma” Fundão deu como provados todos os 19 crimes de abuso
sexual de menores, abuso sexual e coação sexual de que o
No ecrã da televisão, a limpidez da água a revoltear Enfadar-se com rotinas e lides domésticas, como ter antigo vice-reitor do Seminário local era acusado. O padre
sobre o xadrez de um corredor de que não se via início ou comida na despensa, meias lavadas na gaveta e criançada Luís Mendes foi o primeiro sacerdote católico a quem foram
fim. A cadência do baldear, com que alguém acaba com a a tempo e horas na escola, continua a ser prerrogativa de imputados crimes desta natureza em Portugal. Então, o Bispo
D. Manuel Felício (na sua mensagem de Natal) referiu que a
sujidade já esfregada do chão, demora-se nos sentidos até maridos sempre excessivamente atarefados com ocupações
Diocese já tinha iniciado «o processo preliminar canónico»
percebermos que não nos adianta de nada esperar des- profissionais. Mulheres que se lembrem de enfadar com
para apurar suspeitas. E a Dioceses da Guarda reagiu em
tino diferente do dos quadrados submergidos no preto e as mesmas coisas auto condenam-se a ser procrastinadas. comunicado, declarando que «só se pronunciará sobre este
branco. Assim escolheu o realizador apresentar-nos talvez Aceita-se que um novo amor do marido acabe com o lar assunto no final da sentença, uma vez que o processo não está
a mais mãe das três que preencherão as suas memórias de como uma “coisa que acontece”. A mulher que se livre de concluído». A Diocese deu, pois, guarida a um condenado por
infância, Cleo. tal coisa lhe acontecer. Mais do que à fúria de línguas viperi- abuso sexuais de menores, defendeu-o e apoiou-o - o antigo
Memórias de uma maternidade tripartida, compartilha- nas, corre o risco de se expor à fúria do homem “abandona- vice-reitor do Seminário do Fundão esteve detido em prisão
da pela avó, personagem secundária, mas incontornável na do” e à concupiscência dos seus congéneres, o que é muito domiciliária com pulseira eletrónica de 7 de junho de 2012 a
dinâmica familiar, pela mãe biológica, cuja presença é ina- pior e perigoso. 7 de junho de 2015, albergado na residência da Ação Católica,
balável, mesmo depois de o marido a ter trocado por outra Entre dois dedos diários de conversa, mesmo que da no centro histórico da Guarda, e até teve o desplante de tocar
e por Cleo, que quase foi mãe, depois de já ser quase mãe treta, e três copos, qualquer pessoa – que seja homem órgão na Sé Catedral durante a liturgia dominical. O padre
dos filhos de outra. Quase mãe de um nado morto, porque – consegue fechar um negócio, ascender na carreira ou recorreu ao Supremo, que manteve a sentença e a pena de
haveria de arriscar a própria vida para resgatar, de outras promover-se politicamente até chegar a presidente de uma prisão, pelo que se encontra atualmente no Estabelecimento
ondas, um desses filhos. Quase mãe que teria de continuar qualquer autarquia. Se a mulher ambicionar o mesmo terá Prisional da Guarda. E que disse o senhor Bispo? Nada! Que
a contar histórias para adormecer as crianças da casa e a de, no mínimo, tirar três mestrados, um doutoramento e fez a Igreja? Protegeu-o e defendeu-o! Na minha terra, “tão
acordá-las para irem à escola. Quase mãe cheia de medo abster-se de procriar. Pior do que estas desvantagens com ladrão é o que vai à vinha como o que fica à portinha!”. O Bispo
que já não a quisessem se se descobrisse que o ia ser de que as mulheres se confrontam no dia a dia só terem o azar da Guarda pode ficar a orar pelas vítimas, mas estas nunca
filho próprio e só seu, porque, à semelhança do que a mãe de sofrerem um ataque cardíaco. Médicos e afins tendem a esquecerão o crime de que foram vítimas. E quando o Papa
eleva o debate sobre abusos sexuais no seu seio, é também
dos seus meninos (“mis niños”) importou para o pai, tam- desvalorizar as queixas das mulheres tanto como os vende-
sobre a responsabilidade da Igreja, sobre a responsabilidade
bém ao pai do seu importava nada. Só que, reféns de um dores de automóveis os seus conhecimentos de mecânica.
dos bispos, sobre os procedimentos e atitudes nas dioceses.
instinto nunca aprendido pelos homens, estas mulheres, ao No corredor da casa classe média alta do bairro mexi- Na Guarda temos o exemplo de tudo aquilo que no Vaticano
contrário da Joana da “Notícia de Jornal” de Chico Buarque, cano de Roma, depois do despejar dos baldes de água no se discutiu nas últimas semanas e cujo padrão o Papa quer
não atentaram contra a existência e voltaram ao seu lar. esfregar dos mosaicos, só o praguejar do homem perante erradicar da Igreja: a desresponsabilização, o encobrimento,
Sem qualquer inexatidão da “notícia” como a sociedade as fezes que, entretanto, o cão aí voltara a depositar e os a falta de vergonha de um Bispo que escolheu defender e dar
do bairro mexicano Roma requeria nos idos anos setenta. dias de chuva sobressaiam do destino de Cleo. De extraor- cobertura a um abusador de menores. Enquanto a revolta é o
Sem qualquer inexatidão como a sociedade dos nossos dias dinário, teve apenas o sol a que estendia a roupa a secar no que nos resta, releio que «o peso da dor nada tem que ver com
continua a requerer. terraço. a qualidade da dor. A dor é o que se sente. Nada mais. Desisto
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definitivamente de me iludir com a minha força de adulto sobre
o peso de uma amargura infantil. Exatamente porque toda a vida
que tive sempre se me representa investida da importância que
em cada momento teve. Como se eu jamais tivesse envelhecido.
Exatamente porque só é fútil e ingénua a infância dos outros –
quando se não é já criança», in “Manhã Submersa”, esse romance
triste e cruel que o “nosso” Vergílio Ferreira nos legou.
4• • Quinta-feira • 07 de março de 2019

Câmara e IPG em
Celorico da Beira
Militar da GNR abusa de mulher
detida no posto
Uma mulher detida pela referido posto», refere uma nota

sintonia para captar


Polícia Judiciária (PJ) da Guarda de imprensa da PJ e da GNR.
queixou-se de ter sido vítima O militar foi detido na segun-
de abusos sexuais no posto da da-feira seguinte, na sequência
GNR de Celorico da Beira por um de «pertinentes diligências» de
militar, que entretanto foi detido e investigação realizadas com
alvo de um processo disciplinar. base na denúncia da mulher,

estudantes
«No dia 24 de fevereiro, o tendo sido dado cumprimento a
Departamento de Investigação um mandado de detenção fora
Criminal da PJ da Guarda entre- de flagrante delito. «O militar foi
gou sob detenção uma mulher presente a tribunal, tendo-lhe
de 45 anos no posto territorial sido aplicadas as medidas de
de Celorico da Beira, no intuito coação tidas por adequadas.
A partir de setembro, Politécnico vai de a mesma permanecer detida
naquelas instalações. No dia se-
Paralelamente, a GNR procedeu
à instauração de procedimento

disponibilizar mais alojamento para


guinte, a detida formalizou uma disciplinar, tendo o militar sido
queixa-crime nas instalações da preventivamente transferido
PJ por, alegadamente, ter sido para outra subunidade do Co-

alunos contratualizado com imobiliárias vítima de abusos sexuais, prati-


cados por um militar da GNR no
mando Territorial da Guarda»,
adiantam as autoridades.

da cidade Guarda
AR
Recluso apanhado com sete telemóveis
no ânus
DR

No regresso de uma saída


precária um recluso da cadeia
da Guarda foi detetado com sete
telemóveis e uma pequena quanti-
dade de droga escondidos no ânus.
A intervenção dos guardas
prisionais foi feita após uma in-
vestigação da Polícia Judiciária
da Guarda, que já suspeitava
da introdução de artigos ilegais
em saídas precárias anteriores.
Como o detetor de metais não
sinaliza artigos dentro do corpo,
a direção do Estabelecimento
Prisional local pediu um manda- diografia e lhe foram retirados os
do ao tribunal de execução de sete telemóveis. Posteriormente,
penas e o homem acabou por ser o homem regressou à cadeia,
encaminhado para o Hospital da tendo ficado isolado numa cela
Guarda, onde foi sujeito a uma ra- disciplinar.

Justiça
«Para o IPG ser atrativo é necessário o aumento do número de camas», reconhece Joaquim Brigas Dez arguidos condenados por crimes
A Câmara da Guarda e o derou «muito bom» a inclusão (CDOS) da Guarda. Álvaro de extorsão e usura
Instituto Politécnico querem da Pousada da Juventude na Amaro tem defendido a mu- O Tribunal da Guarda conde- «fizeram da usura um modo de
trabalhar em conjunto para medida do Governo de recon- dança do CDOS para as antigas nou, na sexta-feira, dez arguidos vida», daí a condenação pela sua
captar estudantes e melhorar versão de edifícios públicos instalações da Infraestruturas de um grupo de 23 pela prática de prática. Já o principal arguido foi
as condições de alojamento em residências estudantis. de Portugal e a criação de uma crimes de extorsão na forma con- condenado a uma pena única de
dos alunos, anunciaram Álvaro «Mas essa decisão não resolve residência estudantil naquele sumada e de usura e absolveu-os seis anos e três meses de prisão
Amaro e Joaquim Brigas no completamente o problema, edifício, após recuperação do crime de associação criminosa efetiva e outro homem foi conde-
final de uma reunião realizada embora seja uma boa ajuda», pela autarquia, para ser gerida de que estavam acusados. nado a dois anos. Oito arguidos
na sexta-feira. acrescentou Joaquim Brigas. pelo IPG. Na reunião foi ainda Doze homens e onze mu- foram condenados a penas de
Para o presidente do IPG, Por sua vez, Álvaro Amaro garantido ao presidente do Ins- lheres, com idades entre 23 e prisão suspensa que variam entre
o encontro foi «produtivo, considerou que da reunião tituto que haverá um reforço 73 anos, estavam acusados dos cinco e um ano.
conversámos sobre a situa- saiu «um reforço» e uma «total dos transportes urbanos que crimes de associação criminosa, No final da leitura do acór-
ção atual, sobre o futuro do e absoluta cooperação» com o servem o campus, acrescentou usura e extorsão, entre outros, dão, a juíza alertou os arguidos
Instituto, da região e de que IPG, que «sempre existiu». O Álvaro Amaro. praticados nas zonas da Guar- condenados a penas suspensas
forma ambas as instituições autarca reiterou que «nenhum Entretanto, o IPG anunciou da, Covilhã, Castelo Branco e que, «se as práticas continuam,
podem cooperar no sentido do estudante pode sair da Guarda que vai disponibilizar «mais de Portalegre. Segundo o Ministério o tribunal pode vir a revogar» a
desenvolvimento do Politéc- por falta de alojamento e, por uma centena de lugares de alo- Público (MP), o grupo realizou, decisão tomada. Os restantes
nico». Joaquim Brigas disse isso, apresentámos soluções jamento» aos seus estudantes, entre 2014 e 2017, empréstimos arguidos arrolados no processo
que o Instituto guardense tem no curtíssimo prazo, tal como a partir de setembro, mediante em dinheiro e, através da extor- foram absolvidos dos vários cri-
atualmente 2.830 alunos, «o arrendar quartos na cidade contratualização com algumas são, exigia o pagamento de juros mes de que estavam acusados. O
que é muitíssimo pouco», pelo por parte da Câmara». O pre- imobiliárias. A iniciativa inclui elevados a dezenas de vítimas. tribunal considerou não se terem
que tem que haver «uma estra- sidente do município adiantou «várias tipologias de apartamen- Dez dos arguidos estavam tam- verificado os elementos da prática
tégia de captação» de estudan- também que «a breve prazo» tos». Em comunicado, Joaquim bém acusados de crimes de do crime de associação crimino-
tes noutros mercados. Nesse será apresentada uma solução Brigas refere que «se trabalha branqueamento de capitais, três sa, tendo concluído que cada um
sentido, para o IPG ser atrativo para a antiga residência de es- com múltiplas opções, sempre a de detenção de arma proibida e dos casais envolvidos «agia por
é necessário o aumento do tudantes feminina, atualmente pensar em alojamento adequa- um de crime de incêndio. O tribu- si» e também não considerou a
número de camas, reconheceu ocupada pelo Comando Distri- do, funcional e de qualidade, nal concluiu que os casais que prática do crime de branquea-
o seu presidente, que consi- tal de Operações de Socorro com valores compatíveis». se sentaram no banco dos réus mento de capitais.
Quinta-feira • 07 de março de 2019 • •5

Fecho de fábrica de
Conselho de
Jurisdição afasta
Fernando Madeira
da mesa da

confeções de Famalicão
Assembleia de
Secção do PSD da
Guarda
Luis Martins

O Conselho de Jurisdição Na-


cional do PSD julgou procedente o
recurso de António Júlio Aguiar que
impugnou a eleição de Fernando
Madeira para a mesa de Assembleia
deixa 70 pessoas no
desemprego
de Secção da Guarda.
O presidente foi eleito em junho
após se ter verificado um empate nas
eleições de abril entre Alfredo Freire e
António Júlio Aguiar. Na altura optou-
se por uma candidatura única, mas LM
ao segundo sufrágio concorreu ape- Luis Martins
nas uma lista liderada por Fernando
Madeira, que não tinha ido a votos em
abril. O Conselho de Jurisdição Na- Sempre no fio da
cional justifica que «não haveria lugar navalha, a Confama
à apresentação de listas por tratar-se não tem dinheiro para
de um desempate entre as duas listas pagar ordenados e já
mais votadas anteriormente apresen- não tinha encomendas
tadas». Nesse sentido, aquele órgão para gerar receitas.
considera que Fernando Madeira Os funcionários,
não poderia concorrer por não ter maioritariamente
participado no primeiro ato eleitoral. mulheres e a auferirem
Confrontado com esta decisão, o sobretudo o ordenado
Conselho de Jurisdição Distrital mínimo, suspenderam
decidiu manter a eleição de junho, os contratos laborais
mas retirando Fernando Madeira e na segunda-feira e
declarando vencedor António Júlio rumaram ao Centro de
Aguiar como único candidato. Emprego.
O social-democrata já reagiu e
Trabalhadoras suspenderam contratos por falta de pagamento dos ordenados
afirmou que «a verdade, a justiça e a A falta de dinheiro para
seriedade vieram ao de cima», mas pagar ordenados forçou a da Segurança Social. «As fun- insolvência: «Por enquanto ap- zem que têm dívidas ao banco».
acrescenta que as consequências Confama, empresa de confeções cionárias receberam uma decla- enas cessou a atividade porque Funcionária da Confama há
políticas «deste vergonhoso processo de Famalicão da Serra, a fechar ração da Confoma em conforme há sempre a esperança de que mais de 20 anos, a habitante de
devem ser refletidas e assumidas portas na passada sexta-feira. esta não tem dinheiro e não está possa retomar a laboração, mas Famalicão da Serra não esconde
por aqueles que tentaram manobrar Este desfecho era previsível a conseguir pagar os ordenados é uma hipótese muito difícil que não foi apanhada de sur-
e iludir» os militantes. «Não será de depois de várias ameaças nos para que possam suspender o de concretizar nos próximos presa com o fecho da empresa:
esperar outra coisa que o atual órgão últimos anos e atirou cerca contrato de trabalho e recorrer tempos». Também para Raquel «Era um desfecho que já se
da mesa de Assembleia de Secção de 70 trabalhadores para o ao fundo de desemprego. É a Silvestre, «a esperança é a previa da maneira como isto
que não está legalmente represen- desemprego. Os funcionários, solução para que estas pessoas última a morrer». A operária andava. Houve uma altura em
tado assuma este facto e tome as maioritariamente mulheres e a possam ter ajuda do Estado», afirma que a Confama «tem que houve muito trabalhinho.
devidas atitudes mediante a decisão auferirem sobretudo o orde- acrescentou a mesma fonte. condições e equipamento para Em janeiro ainda trabalhámos
que é publica e é para ser respei- nado mínimo, suspenderam os O responsável adiantou que continuar a laborar. Tomáramos bem, mas no mês de fevereiro
tada», espera António Júlio Aguiar. respetivos contratos laborais a fábrica ainda não declarou nós que reabrisse, mas eles di- é que já não», adianta a O
Confrontado por O INTERIOR, Tiago na segunda-feira e rumaram ao INTERIOR, acrescentando que
Gonçalves, presidente da concelhia,
esclarece que a comissão política não
Centro de Emprego.
A fábrica que laborava há
Tempos difíceis para Famalicão nos últimos anos houve sem-
pre ordenados em atraso.
é parte no processo e que «acatará» 29 anos naquela freguesia do Quanto ao futuro, Raquel
«A administração entendeu que o caminho, para já, era os
a decisão dos órgãos jurisdicionais do concelho da Guarda dedicava-se Silvestre garante que quer trab-
trabalhadores irem para a suspensão, para não continuarem sem
partido. «A decisão do Conselho de à produção de vestuário mascu- alhar. «Somos novas, não quere-
receber», disse Carlos João, dirigente do Sindicato Têxtil da Beira Alta
Jurisdição Distrital é suscetível de re- lino, mas sempre viveu na corda mos ficar no desemprego muito
(STBA), que esteve nas instalações da empresa esta segunda-feira e
curso para o Conselho de Jurisdição bamba. «O dinheiro que entra tempo, temos de tratar da nossa
acompanhou as trabalhadoras ao IEFP.
Nacional, encontrando-se a decorrer é da produção que sai. Se não vida por outro lado. Vamos
Para o sindicalista, a Confama sempre trabalhou «a feitio»,
o respetivo prazo para apresentação há encomendas não há dinheiro. ver, o problema é que não há
ou seja, a para outras empresas e já não conseguiu produzir uma
de recurso. Se não for apresentado Parámos porque já não temos muitas alternativas na região»,
encomenda de vestidos. «A situação é preocupante para estas pes-
recurso a Mesa do Plenário em fun- encomendas e a empresa já não lamenta. A Confama empregava
soas porque não há grandes alternativas de trabalho», acrescentou.
ções deverá informar os serviços do tem dinheiro para honrar os seus maioritariamente residentes
Uma preocupação partilhada por Honorato Esteves, presidente da
partido de modo a que seja conferida compromissos com as trabalha- em Famalicão da Serra, mas
Junta de Freguesia: «Naturalmente que, numa freguesia com cerca
posse à nova mesa». doras», disse fonte da gerência da também operárias de Malpique
de 500 eleitores, isto vai ter um impacto profundo. Adivinham-se
Até lá, de acordo com os es- Confama, que pediu para não ser e Terlamonte, no concelho de
tempos bastante difíceis para Famalicão e sobretudo para aquelas
tatutos do partido, até ao trânsito identificada. A essa falta de liqui- Belmonte; do Teixoso e Ferro, no
famílias», afirmou, lembrando que a fábrica era a maior unidade
em julgado da decisão sobre a dez somar-se-á também o volume concelho da Covilhã; de Sameiro
empregadora da freguesia. O autarca acrescentou que «tanto o
impugnação, os resultados eleitorais de dívida à banca, apurou O IN- e Vale de Amoreira, no concelho
proprietário, como outras entidades, irão empenhar-se para tentar
consideram-se válidos. Ou seja, TERIOR. Atualmente a empresa de Manteigas, e da aldeia vizinha
encontrar uma solução», mas reconheceu não saber «como dar a
«caso haja recurso, Fernando Ma- tem parte do mês de janeiro por de Valhelhas, já no concelho da
volta à situação em termos de emprego». Este é o segundo caso de
deira mantém-se regularmente em pagar e a totalidade do venci- Guarda. Da cidade mais alta, onde
fecho de empresas no concelho da Guarda desde o início do ano. Em
funções até que se verifique o trânsito mento de fevereiro, montante também fechou a loja de venda
meados de janeiro, a Serralã fechou portas na localidade de Trinta
em julgado da decisão», especifica que deverá agora ser suportado ao público da empresa, vinham
deixando no desemprego 14 pessoas.
Tiago Gonçalves. pelo Fundo de Garantia Salarial também algumas funcionárias.
6• • Quinta-feira • 07 de março de 2019

S
Sociedade
Feira das Tradições
continua a crescer
Fim-de-semana de Carnaval foi sinónimo de festa em
Pinhel, com a Feira das Tradições. Este ano não foi
Guarda exceção e durante três dias o certame voltou a animar a
Cultura inclusiva
em debate “cidade falcão”
“A Cultura não tem idade: AEI
Ana Eugénia Inácio
Inclusão e vida ativa pelas
artes” é o tema de mais uma
“Conversa de Café”, o ciclo de
Com o ambiente em desta-
tertúlias promovido pela Comis-
que, esta foi já a 24ª edição do
são Executiva da Candidatura
maior certame de Inverno da
da Guarda a Capital Europeia
região, onde entre sexta-feira
da Cultura e pela autarquia.
e domingo estiveram cerca de
Com entrada livre, a ses-
200 expositores. «Uma forma de
são decorre no café-concerto
mostrar o que de melhor temos
do TMG no sábado a partir
no nosso concelho» e também
das 18 horas. Participam o ator
uma forma de «reconhecimen-
Ruy de Carvalho, Rita Wengo-
to» para cada um dos produto-
rovius (professora na Escola
res, disse o autarca pinhelense,
Superior de Teatro e Cinema
no momento da inauguração. A
e diretora artística do Teatro
presidir à cerimónia de abertura
Umano) e Maria José Dinis da
esteve o secretário de Estado
Fonseca (presidente da direção
da Valorização do Interior, João
da ASTA – Associação Sócio-
Catarino, que, pela primeira vez
Terapêutica de Almeida).
presente no evento, reconheceu
ser «uma feira muito bem orga-
Saúde nizada, com o melhor do que se
faz no país». O governante não Alcalde de Guijuelo (à esquerda), Secretário de Estado da Valorização do Interior (ao centro) e Presidente da Câmara
ULS da Guarda poupou elogios a Rui Ventura,
de Pinhel (à direita)

acreditada pelo que considerou ser «alguém que Ventura está a «fazer um ótimo A Feira da Tradições é «um produtos e as potencialidades
sente a terra». Por sua vez, o edil trabalho com os congéneres momento alto para Pinhel», do concelho, exibidos em 14
INEM para ações vê em João Catarino um «aliado espanhóis». A comprovar isso garantiu o presidente da Câ- mil metros de área coberta no
de Suporte para continuar a lutar pelo mesmo esteve a assinatura do mara, e por isso mesmo cada Centro Logístico.
Avançado de Vida interior».
Há muito que a Feira das
Acordo de Geminação entre o
Município de Pinhel e o Ayunta-
edição é preparada com um
ano de antecedência, tendo já
Este ano participaram
todas as dezoito freguesias do
A Unidade Local de Saúde Tradições atravessou fronteiras miento de Guijuelo (Salamanca), sido desvendado qual será o concelho e cerca de 30 insti-
(ULS) da Guarda está acredi- e para além de expositores de una dos momentos altos da tema de 2020: “Pinhel e a Feira tuições, nacionais e internacio-
tada pelo Instituto Nacional de vários pontos do país, estiveram cerimónia de inauguração e que das Tradições, 250 anos de nais. No que toca aos produtos
Emergência Médica (INEM) também representadas Sala- firmou o «início de uma irman- história, 25 anos de emoções”. agroalimentares participaram
para a realização de ações de manca, Guijuelo, Bejar, Sierra de dade e um projeto de coopera- Números com peso para o con- mais de uma trintena de
formação em Suporte Avan- Francia, Hinojosa de Duero, Alba ção transfronteiriça», referiu celho e que deixam o autarca produtores de vinhos, queijos,
çado de Vida. Após um lon- de Tormes, todas da província Rui Ventura. Da mesma opinião «expectante pelo que irá surgir enchidos, doçaria e licores de
go período de trabalho, para espanhola de Salamanca. Situa- partilha o alcalde de Guijuelo, da nossa história e da nossa Pinhel e da região. Houve tam-
cumprimento dos requisitos ção que não passou indiferente Julián Ramos Manzano, que tradição». bém cem stands de serviços e
exigidos, entre a Unidade de a João Catarino que destacou garante que os dois municípios A aumentar de ano para empresas, enquanto na área
Formação da ULS, o INEM «a cooperação transfronteiriça, querem «caminhar juntos em ano, o evento teve como obje- dos comes e bebes estiveram
e os formadores, foi atingido que no Governo valorizamos projetos comuns para obter os tivo a atração de visitantes e presentes dez restaurantes e
«mais um objetivo de relevante imenso», acrescentando que Rui melhores êxitos no futuro» a promoção e valorização dos doze tasquinhas.
interesse para a instituição e
para os profissionais na área DR

da emergência médica», refe- Carnaval


re a unidade hospitalar. Esta Arrifana volta a vencer desfile de Carnaval
acreditação é válida durante Como manda a tradição mais alta, numa tarde de sátira
cinco anos. guardense, o galo foi queimado, e humor, baseadas nas tradições
no passado domingo, na praça populares do concelho. A Arrifa-
pública para expurgar todos os na venceu o prémio de “Melhor
males da Guarda. O Julgamento carro alegórico”, de 1.000 euros,
aconteceu no final de um desfile enquanto o prémio de “Melhores
que mobilizou as freguesias e figurinos” foi para a União de
as coletividades do concelho Freguesias de Corujeira e Trinta
e a Praça Velha encheu-se de (750 euros) e o de “Melhor di-
milhares de pessoas que cele- nâmica de grupo” foi atribuído à
braram o Carnaval na cidade Castanheira (750 euros).
Quinta-feira • 07 de março de 2019 • •7

Feira do Fumeiro
Guarda

Workshops Internacionais
de Turismo Religioso
prossegue no fim de regressam no sábado
semana em Trancoso
Decorre este sábado (10 horas) no 156 “hosted buyers”, 156  “suppliers”  e
Teatro Municipal da Guarda a conferên- 56 expositores, todos especialistas em
cia “Segmento de Turismo de Herança turismo religioso e peregrinações, neste
Judaica”, inserido na programa dos VII que é já considerado o maior encontro
Workshops Internacionais de Turismo mundial de profissionais deste segmen-
Religioso. to turístico. O encontro é organizado
Setenta expositores mostram o que de melhor No mesmo dia os participantes visi- pela ACISO – Associação Empresarial
tarão Trancoso e Castelo Rodrigo. Esta Ourém-Fátima e entre as temáticas
se faz no setor endógeno dos fumados, dos é a segunda vez que a iniciativa passa abordadas estão “Destinos de Pere-
pela Guarda. Nos Workshops Internacio- grinação e Turismo Religioso: fatores
queijos, da doçaria tradicional, do azeite, do nais de Turismo Religioso, que decorrem de (re)valorização”, “Rotas Culturais
entre hoje e sábado, cujo palco principal da Europa - oportunidades e desafios
mel e do vinho na região volta a ser Fátima, são esperados cerca para a competitividade e inovação dos
LM de 1.000 participantes, entre os quais destinos”, entre outros.

IPG
Altice Labs colabora com Politécnico
O Instituto Politécnico da Guarda e a (de dois anos), estágios em projetos de
Altice acordaram a colaboração de espe- Investigação & Desenvolvimento e inter-
cialistas do centro de inovação Altice Labs câmbio de especialistas entre as duas
nos cursos ministrados no IPG. instituições». Segundo o IPG, o acordo
O protocolo de colaboração abrange tem como finalidade «o estabelecimento de
as áreas da engenharia informática, ciber- ações de colaboração científico-tecnológica
segurança, redes, “cloud” e “data center” e no domínio das especialidades de ambas as
de testes de software. O Politécnico adianta partes, tendo em vista o desenvolvimento
que as duas entidades irão ter «projetos de atividades voltadas para a formação
conjuntos de formação pós-graduada, de de recursos humanos e para a difusão de
cursos Técnicos Superiores Profissionais conhecimento».

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Ministro da Agricultura, que inaugurou o certame, disse-se «orgulhoso» da Feira do Fumeiro

Luis Martins Beira, Pinhel, Penalva do Castelo, Pene-


dono, além de Trancoso. «Este espaço
tem servido como teste no contacto com
A Feira do Fumeiro, dos Sabores os clientes e na realização de negócios»,
e Artesanato do Nordeste da Beira é afirmou o responsável, que voltou a
um evento que «orgulha o ministro da destacar o facto dos produtores presentes
Agricultura», disse o próprio na abertura estarem «devidamente licenciados na sua
do certame na passada sexta-feira, em atividade, o que é garantia de qualidade».
Trancoso. Ao ministro o presidente da AENEBEIRA
Luís Capoulas Santos esteve “em manifestou também a disponibilidade da
casa” no Pavilhão Multiusos, onde visitou associação para apoiar os pequenos agri-
os stands dos 70 expositores, provou cultores da região com o apoio dos serviços
alguns dos seus produtos e confessou um da Agricultura e pediu mais apoios para os
dos seus “pecados”: gosta muito de touci- criadores de ovinos e bovinos.
nho. Foi assim o arranque da XVIª edição Já Capoulas Santos lembrou que a
feira, que prossegue este fim de semana agricultura vive «um bom momento, pois
para divulgar o que de melhor se faz no cresce mais que o resto da economia
setor endógeno dos fumados, dos queijos, portuguesa e é um dos setores mais ex-
da doçaria tradicional, do azeite, do mel portadores», sendo ainda a área onde os
e do vinho na região. «Nesta feira damos salários mais cresceram nos últimos anos.
visibilidade aos produtos e aos produ- «Este crescimento é impressionante»,
tores. Estão cá produtos de grande quali- sublinhou o ministro, que não esqueceu a
dade e de grande referência regional e até criação do estatuto da agricultura famil-
nacional. A qualidade é fundamental para o iar. O governante fez depois um retrato
sucesso desta feira», disse Amílcar Salvador do setor no concelho de Trancoso, onde
na abertura da atividade. O presidente do existem 1.725 explorações, das quais
município elogiou ainda os profissionais do 1.467 foram apoiadas com 15 milhões de
setor agroalimentar do concelho pelo seu euros nestes últimos três anos. «Verba
«empenho na procura ativa de soluções e que o Governo já pagou», afirmou. «Fo-
produtos inovadores para aumentar o seu ram também financiados 124 projetos do
negócio e criarem riqueza». PDR, no valor de seis milhões de euros, e
Por sua vez, Tomás Martins, presi- 118 agricultores receberam 155 mil eu-
dente da direção da AENEBEIRA - As- ros em incentivos à atividade», elencou,
sociação Empresarial do Nordeste da garantindo que «o ministro da Agricul-
Beira, sublinhou que este evento tem tura não promete apoiar, está a apoiar os
um «caráter regional», pois conta com a agricultores». A Feira do Fumeiro decorre
presença de produtores da Mêda, Aguiar no Pavilhão Multiusos, numa organização
da Beira, Fornos de Algodres, Celorico da da autarquia e da AENEBEIRA.
8• • Quinta-feira • 07 de março de 2019

O melhor de
Tradição
Lagarada da AJTG em Celorico da Beira
A Associação de Jogos Tradicionais jogos tradicionais, entre outros. À seme-
da Guarda (AJTG) organiza no sábado a lhança de anos anteriores, a Asociación
sua tradicional lagarada “A Tiborna”, que
terá lugar em Celorico da Beira.
A atividade destina-se a divulgar o
património (material e imaterial) da região,
Cultural La Tanguilla, de Aranda de Duero,
volta a participar e apresentará um espe-
táculo de música tradicional pela Escola
Municipal de Folclore daquela localidade
Manteigas mostrou-se
na Expo Estrela
como a gastronomia, visitas históricas e os espanhola.

Trancoso
TT Motards D’El Rey no domingo AR

O VIIIº TT Motards D’El Rey realiza-se menos experientes, sendo que o reforço
no domingo e terá como centro nevrálgico a será servido na localidade da Castanheira
Escola Secundária Gonçalo Anes Bandarra, com o apoio da Junta de Freguesia local.
a partir das 8h30. Também haverá zona de reabastecimento.
Este ano o trajeto escolhido pela orga- A jornada é reservada a motos, quad’s e
nização contempla algumas dificuldades utv’s, numa organização do clube Motards
para os mais afoitos e alternativas para os D’El Rey.

Aguiar da Beira
Feira das Profissões na sexta-feira
A quarta edição da Feira das Pro- empreendedorismo no território ao público
fissões, dos Percursos e da Integração interessado», mas também promover «a fi-
Profissional acontece esta sexta-feira xação dos jovens no concelho, mostrando
em Aguiar da Beira para divulgar saídas que em Aguiar da Beira também é possível
educativas, formativas e profissionais. construir um futuro positivo», referem os
A atividade vai decorrer no Centro promotores em comunicado. A feira inclui
Cultural local com organização do Progra- ainda conferências, apresentações de
ma Contrato Local de Desenvolvimento ferramentas de orientação vocacional e
Social - CLDS 3G “Aguiar no Coração”, profissional, “workshops” e atividades lú-
com a colaboração do Agrupamento de dicas e culturais. Pelas 14h30 realiza-se o
Escolas e de outras entidades. O objetivo fórum “Sonhar e Empreender”, onde serão Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural esteve na inauguração da Expo Estrela
é colocar em contacto «alunos, univer- apresentados aos alunos do secundário
sidades e empresários aguiarenses e percursos de empreendedores de sucesso Ana Eugénia Inácio ter um agrupamento de baldios, como
apresentar oportunidades de emprego e naturais do concelho. projeto piloto, nesta serra». Outra das
questões abordadas pelo secretário de
PUB A Serra da Estrela e os Estado foi a necessidade de estimular
produtos locais estiveram em o aparecimento do “Jovem empresário
destaque na última edição da rural”. Com esta designação o governan-
Expo Estrela, que decorreu te referiu-se aos jovens que se querem
entre sábado e terça-feira em instalar no interior, mas «não querem
Manteigas. apenas fazer agricultura, podem ter
por exemplo uma casa de turismo
Organizado pela Câmara de Man- rural ou uma loja para vender os seus
teigas, o certame teve como objetivo «a produtos». Trata-se de uma aposta na
demostração daquilo que melhor se faz «prestação de serviços», incentivando
neste concelho» através da divulgação os jovens a criarem várias alternativas
do território e promoção da economia de negócio dentro do mesmo ramo
local, explicou o presidente da autar- «juntando diversidade e qualidade».
quia, Esmeraldo Carvalhinho, à margem Aproveitando a presença do
da inauguração da Expo Estrela. governante em Manteigas, o edil local
A abertura da feira foi presidida salientou a importância das «parcerias
pelo secretário de Estado das Flores- entre a autarquia e a secretaria de Esta-
tas e do Desenvolvimento Rural, que do das Florestas e do Desenvolvimento
aproveitou a passagem pelo “coração Rural para levarmos à prática projetos
da Serra da Estrela” para falar sobre de maior atratividade, embelezamento
o projeto piloto de baldios que junta e preservação da Serra da Estrela».
os concelhos de Manteigas, Covilhã e Quanto à Expo Estela, Esmeraldo
Gouveia. Uma ideia de «conjunto» que Carvalhinho salientou a importância da
Miguel Freitas quer reforçar na região. realização deste género de feiras que
«As áreas comunitárias precisam de ser são «a expressão do que as pessoas nes-
geridas e o objetivo é criar áreas de 12 te território trabalham e o que de bom
mil hectares agrupadas, onde vamos se faz na Serra da Estrela», destacando
colocar técnicos para ajudar a gerir, equi- o queijo, que diz ser «fantástico», e o
pas de sapadores florestais para ajudar a burel, um produto que, na sua opinião,
proteger e romper barreiras e contribuir «ficará e fará futuro».
para as relações fortes dos vários elemen- Na edição deste ano a organização pro-
tos», afirmou o governante. curou criar «um espaço mais acolhedor
Para que tal seja possível «o e agradável», com uma zona de tasqui-
Estado vai apoiar financeiramente os nhas, onde foi possível beber e comer
agrupamentos de baldios», existindo algumas das iguarias da região, e uma
já «um compromisso dos três municí- outra reservada aos 52 expositores. A
pios de também ajudarem a financiar Expo Estrela, que terminou na terça-
o projeto», mas será agora necessário feira, teve um orçamento de cerca de 80
procurar outros parceiros investidores. mil euros, sendo para o autarca o even-
Ainda não há data para que o projeto to «de maior relevância no calendário
esteja constituído, mas Miguel Freitas das atividades anuais» do município
acredita que «muito brevemente vamos serrano.
Quinta-feira • 07 de março de 2019 • •9

Música Música
Trio Espiral para ouvir no Museu da Guarda
A Associação de Amigos do
Museu da Guarda organiza esta
sexta-feira a sua primeira inicia-
instrumentos como a harpa celta,
o violino e a gaita de foles. O
grupo é formado por Anne Clé-
Benjamin Clementine na Guarda DR

tiva pública com um concerto do


trio feminino Espiral.
Do repertório constam mú-
sicas tradicionais galaico-por-
ment (flauta de bisel, tin whistle
e gaita de foles galega), Emiliana
Silva (violino) e Sara Vidal (harpa
celta, guitarra acústica e voz).
em junho
O Teatro Municipal da
tuguesas, escocesas, bretãs e O concerto acontece no Museu Guarda (TMG) está na rota da
irlandesas, interpretadas com da Guarda e tem início pelas 22 digressão acústica do britânico
arranjos contemporâneos para horas. Benjamin Clementine, que tem
arrebatado a crítica e o público.
O músico regressa a Portu-
Literatura gal em junho para sete espetá-
Reeditado romance premiado de Manuel culos e tem encontro marcado
na Guarda no dia 6 desse mês
da Silva Ramos DR
para aquele que promete ser um
“Os Três Seios de Novélia”, o dos grandes concertos do ano na
romance premiado de Manuel da sala da cidade mais alta. “Uma
Silva Ramos, foi reeditado pela Par- noite com Benjamin Clementine
sifal e apresentado no passado fim e o seu quinteto de cordas pari- pela crítica, e que o levou a ser Músico autodidata, Clementine
de semana na Covilhã e no Fundão. siense” é o mote desta tournée considerado pela americana Na- estreou-se em Portugal no verão
A obra do escritor covilhanen- mais intimista que passará por tional Public Radio (NPR) como de 2015, ano em que editou o
se venceu o Prémio de Novelística mais seis cidades portuguesas «um George Orwell musical do seu primeiro álbum, que inclui
Almeida Garrett de 1968 e surge e os bilhetes já estão à venda. nosso tempo». temas como “Condolence”,
agora com ilustrações do pintor Nesta digressão Benjamin O cantautor de “I won’t “London” e “Nemesis”. Na ado-
António Carmo. “Os Três Seios Clementine vai apresentar uma complain” atuou o ano passado lescência, o músico de 30 anos
de Novélia” narra a história de um viagem pelo seu repertório, pas- para 17 mil pessoas na Altice viveu em Paris – tendo chegado
jovem escritor em busca de uma sando pelo álbum de estreia “At Arena, em Lisboa, no âmbito do a dormir na rua –, até ter sido
mulher que não existe. «A este Least For Now” (2015), que lhe Super Bock Super Rock, e admi- descoberto por uma pessoa
amor surreal junta-se a desco- valeu o Mercury Prize, e pelo seu tiu em várias entrevistas sentir- ligada à música. Em 2013 editou
berta apaixonada de uma Lisboa disco mais recente, “I Tell A Fly” se profundamente compreen- o EP “Cornerstone”, seguido, em
com os seus lugares de eleição (2017), amplamente aclamado dido pelo público português. 2014, do EP “Glorious You”.
e de perdição – cafés ruidosos,
ruas movimentadas ou apenas o versidade e o país para se exilar PUB
silêncio introspetivo do narrador».
Técnico-comercial (m/f)
em França para fugir ao fascismo.
Com cerca de duas dezenas de Aos 21 anos ganhou o Prémio
livros publicados, Manuel da Silva de Novelística Almeida Garrett
Ramos estudou Direito em Lisboa, de 1968, instituído pela Editorial Viseu-covilhã
mas acabou por abandonar a uni- Inova e pela Portugália Editora. A Kerakoll é líder mundial no sector dos materiais e serviços para o GreenBuilding, o novo
modo de construir orientado para o bem-estar habitacional, que se baseia em tecnologias eco-
compatíveis, naturalmente transpiráveis e com elevada eficiência energética.
Pintura Perfil do candidato: Oferta:
Museu de Causas em Seia • Experiência em obra e materiais de construção; • Formação inicial e contínua;
O projeto museológico Museu abril. Com curadoria do artista • Empreendedor e ambicioso; • Apoio técnico e comercial;
de Causas/ Coleções Agostinho plástico Sérgio Reis, a exposição • Fortes capacidades de comunicação e persuasão; • Ganhos acima da média;
Santos chega a Seia no sábado reúne 53 obras de 53 artistas de • Pessoa comunicativa, organizada, autónoma e • Integração numa equipa dinâmica e num projecto
dinâmica; de futuro.
com uma exposição representati- várias origens geográficas, no-
va das coleções que vão integrar meadamente do interior do país,
• Dá-se preferência a candidatos com formação em
Engenharia Civil.
o futuro museu gaiense. formações artísticas e sensibi-
A mostra é inaugurada na lidades estéticas, «unidos pela
Casa Municipal da Cultura de consciência da responsabilidade Respostas: recursoshumanos@kerakoll.pt
Seia, pelas 18 horas, e fica social», adiantam os promotores.
patente ao público até 20 de A entrada é livre.

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Comédia
La Banda de Otro
no TMG
Os espanhóis La Banda de
Otro vão invadir literalmente o
grande auditório do TMG no sábado
(21h30) com os gags e o humor
desconcertante do espetáculo “Yee
Haw!”.
Em cena, três intrépidos e
trapalhões “cowboys”, que também
são malabaristas e palhaços, usam
todas as suas artes e artimanhas
para roubar gargalhadas ao público.
“Yee Haw!” é um grito de entusiamo
no velho Oeste retratado nos filmes
de Hollywood. Neste espetáculo de
circo e musical inspirado na música
country e no ragtime, a companhia
espanhola apresenta um (des)
concerto tão especial como eles
próprios. A interpretação é de Rafael
Diaz Ramirez, Daniel Foncubierta
Campano e José Alberto Campano.
10 • • Quinta-feira • 07 de março de 2019 Publicidade

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Joana Dente, João Mendes Rosa, João Morgado, João Santiago Correia, Joaquim Igreja, Jorge Noutel, José Carlos Alexandre, José Carlos Breia Lopes, José Pires Manso, Júlio Sarmento, Melanie Alves, Miguel Castelo Branco, Miguel Moreira, Miguel Sousa Tavares, Norberto Gonçalves, Nuno Jerónimo, Telma Madaleno e
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Quinta-feira • 07 de março de 2019 • • 11

Opinião Teatro
Ovo de Colombo
Harold Pinter na Covilhã com a Escola da Noite
Pedra e perda de Pedro A Escola da Noite atua sába-
AR

DR
do (21h30) no auditório do Tea-
tro das Beiras, na Covilhã, com a
peça “Cinzas…”, com encenação
de Rogério de Carvalho.
O espetáculo reúne quatro
peças do dramaturgo inglês
Harold Pinter (1930-2008),
escritas em momentos distin-
tos da sua carreira: “A Black
and White” (1959), “Língua da
Montanha” (1988), “A Nova Or-
dem Mundial” (1991) e “Cinza
às Cinzas” (1996). Em conjun-
Melanie Alves dio sus ojos para ver: Hay allí, to, oferecem uma panorâmica
pasando el puerto de Los Colimo- do universo do escritor distin-
A primeira emoção que ex- tes, la vista muy hermosa de una guido com o Prémio Nobel da
perimentei quando comecei a ler llanura verde, algo amarilla por el Literatura em 2005. «Nestas ferências explícitas a tempos e perante várias formas de
“Pedro Páramo” foi a de desampa- maíz maduro. Desde ese lugar se quatro peças encontramos lugares e assentes nos notáveis agressão com as quais todas as
ro. Os olhos de que me servi para ve Comala, blanqueando la tierra, personagens confrontadas com diálogos que marcam a obra de sociedades convivem», refere
avistar as paisagens do livro não iluminándola durante la noche». Y diferentes formas de opressão Pinter, os textos selecionados a produção. A interpretação é
foram os meus. Os dedos em que su voz era secreta, casi apagada, e violência – refinada ou bru- visitam cenários de pobreza, de Igor Lebreaud, Maria João
me apoiei para folhear as páginas como si hablara consigo misma… tal; íntima, social ou de Estado; de tortura, de humilhações, Robalo, Miguel Magalhães,
não foram os meus. A mente que Mi madre». física ou psicológica. Sem re- de desamparo dos mais fracos Ricardo Kalash e Sofia Lobo.
usei para começar a dar asas às Juan Rulfo não nos aprisiona
ilusões não foi a minha. Em vez em verdades feitas, nem sequer TMG
disso, roubei-a ao México em que nos dá a conhecer o chão psico-
nunca estive e, a partir daí, atrevi- lógico das personagens; em vez Ruy de Carvalho declama trovas e canções
me a dançar com anca, boca, pes- disso fotografa e revela paisagens O concerto poético “Trovas Correia (guitarra clássica). O espetáculo tem ainda uma
coço e todos os outros membros para mais tarde no-las tirar e, ao & Canções – Atores, Poetas e espetáculo pretende recordar homenagem a três grandes
possíveis para desamarrar-me do seguirmos os defuntos que vagam Cantores”, de Ruy de Carvalho, uma mão cheia de poemas que nomes da nossa literatura, Gil
meu próprio corpo. O tempo da sem rumo, somos sacudidos por chega ao TMG esta sexta-feira deram origem a algumas das Vicente, Luís Vaz de Camões e
canícula estava lá (no livro) e cá mais e mais dúvidas. A poesia (21h30). mais famosas canções portu- Bocage. Por ser o Dia Interna-
(na minha terra firme), mas Juan é caseira, mas o silêncio letal; a Em palco o ator estará guesas, desde Pedro Homem cional da Mulher, o espetáculo
Rulfo falou-me num idioma que lua é meia, mas a terra continua acompanhado do filho João de Mello a José Luís Gordo, sem liderado por Ruy de Carvalho,
até aqui pensava ser impossível estéril depois da desgraça a que de Carvalho, de Adelaide So- esquecer Zeca Afonso, Adriano dará especial destaque à poe-
comunicar e, como numa primeira Pedro Páramo a votou, e embora o fia e de Guilherme Madeira, Correia de Oliveira, Moniz Pe- sia das mulheres, como Florbe-
leitura não consegui entrar na sua caminho que falta percorrer pareça bem como por Ricardo Gama reira, Ary dos Santos, Manuel la Espanca ou Sophia de Mello
realidade mágica, forcei-me a reler sempre ser o caminho da esperan- (guitarra portuguesa) e João Alegre e José Luís Tinoco. O Breyner Andressen.
a história mais inquietante que já ça, quanta dessa esperança resta Publicidade
conheci. Desta vez, precavi-me e num lugar que há muito se sente PUB

calcei os pés de trapezista. Tal era sujo por uma vergonha sem cura?
o salto, tal era o risco. Tal era o voo Há México e há a sua Revolução,
e a sua inevitável queda. mas aqui as palavras são como
«Vine a Comala porque me uma grande Pedra – enxutas,
dijeron que acá vivía mi padre, un pesadas e inamovíveis.
tal Pedro Páramo. Mi madre me lo Ainda assim, é importante
dijo. Y yo le prometí que vendría reter que sem as pedras de Pedro
a verlo en cuanto ella muriera», não haveria as solidões de Ga-
assim começa “Pedro Páramo”, briel García Marquez. Juan Rulfo
de Juan Rulfo. De forma muito inspirou inúmeras possibilidades
sucinta, podemos dizer que a criativas e, ao perturbar o status
história fala de um filho (Juan quo, evocou uma realidade que
Preciado) que busca a identidade em tudo contraria a tradição lite-
do seu pai (Pedro Páramo), mas rária realista eurocêntrica. Sinto-
à medida que a narrativa avança me ainda a gatinhar quando
percebemos que tudo se desfaz: penso nas planícies deste livro.
primeiro o ar quente deixa de ser Sinto-me como se não houvesse
ar e passa a puro calor; mais tarde, nenhuma rocha suficientemente
os seres que aparentavam estar sólida quando escrevo sobre
vivos descobrem-se mortos; e, no o que esta obra poderá ser ou
fim, afundamos em terra de nin- não ser. Um aviso eu posso
guém, pois a cidade que este filho deixar: se querem certezas não
procura não mais existe e, nessa procurem por Pedro Páramo,
dissolução de certezas, temos mas se conseguirem caminhar
apenas acesso aos murmúrios dos com uma pedra no sapato e
fantasmas. aceitar o absurdo da vida então
Para mim, uma das passa- penso que estarão prontos para
gens mais marcantes está preci- avançar para aquela que Jorge
samente no início do livro: «Yo Luis Borges considera «uma das
imaginaba ver aquello a través de melhores novelas das literaturas
los recuerdos de mi madre; de su hispânicas e provavelmente da
nostalgia, entre retazos de suspi- literatura mundial».
ros. Siempre vivió ella suspirando
por Comala, por el retorno; pero *A autora escreve de
jamás volvió. Ahora yo vengo en acordo com a antiga ortografia
su lugar. Traigo los ojos con que **Pode visitar: www.
ella miró estas cosas, porque me aosomdapele.wordpress.com
12 • • Quinta-feira • 07 de março de 2019 Publicidade

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em kata júnior, enquanto Íris Rocha, igualmente apurada
Cooperativa Agrícola do Concelho de Trancoso, Crl para o Regional, também ganhou em kumite iniciados
Restaurante e foi terceira em kata. Por último, na sua estreia em

Moreira CONVOCATÓRIA
competição Isabel Candeias foi terceira em kata infantil.
O mesmo resultado foi conseguido pela estreante Joana
Nos termos do n.º 2 do art.º 23.º e art.º 25.º dos Estatutos, convoco os Cooperadores Bogalho, do Karate Shotokan de Trancoso, em kata ini-
da Bandarra Cooperativa Agrícola do Concelho de Trancoso, Crl para uma Assembleia ciados. No torneio fozcoense participaram ainda atletas
Geral Ordínária, a realizar no dia 17 de Março de 2019, pelas treze horas e trinta minutos, da Academia Egitaniense de Karate Shotokan (AEKS) e
na sede social da mesma, com a seguinte de Ordem de Trabalhos:
1. Apreciar, Votar e Aprovar o Relatório, Balanço e Contas do ano de 2018 do Núcleo de Karate Shotokan de Pinhel (NKSP), com
2. Eleição dos Órgãos Sociais para o triênio de 2019/2022. Gonçalo Guerra a vencer o escalão de iniciados em kata,
Prato do dia (semana): 7€ • Domingo: 8€ 3. Qualquer outro assunto que os Cooperantes julguem de interesse para esta
Cooperativa.
tal como os veteranos Rui Jerónimo (35-55 anos), Rosa
Jerónimo e José Jerónimo (+56 anos). A AEKS conseguiu
Estamos abertos todos os dias, de Segunda a Segunda. OBSERVAÇÕES: mais um segundo lugar por Íris Fonseca em kata cadete
Casamentos, Baptizados e Grupos. 1 - Nos termos dos n.º 1 e 2 do artigo n.º 26.º, se à hora marcada não estiver presente
a maioria dos Cooperadores, a Assembleia Geral realizar-se-á uma hora depois, com
e um terceiro por Duarte Amaral em kata infantil. Em
Sítio do Carrilhão - Arrifana 6300 Guarda Telef. 271 237 683 qualquer número de presenças. bom plano esteve ainda Diogo Grilo (NKSP), que venceu
2 - Relativamente à eleição constante da Ordem de Trabalhos, os membros são eleitos as provas de kata e kumite de juniores. Inês Amaral,
PUB por maioria simples de votos, entre os cooperadores no pleno gozo dos seus direitos,
em escrutínio secreto, de entre as listas que satisfaçam os seguintes requisitos, Sofia Freire e Matilde Loução não conseguiram lugares
conforme determina o art.º 20.º: de pódio, mas tiveram bons desempenhos.
DR
a) Sejam remetidas ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral com a antecipação
mínima de 20 dias em relação à data da Assembleia Geral;
b) Sejam subscritas por um mínimo de 20 membros no pleno gozo dos seus direitos;
c) As listas poderão indicar a distribuição de cargos dos candidatos a titulares de
Órgãos Sociais;

Trancoso, 25 de Fevereiro de 2019


O PRESIDENTE DA MESA DE ASSEMBLEIA

(CORONEL VITOR MANUEL ALMEIDA RODRIGUES SILVA)

O Interior, nº 1000 de 07/03/2019

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Quinta-feira • 07 de março de 2019 • • 13

Sp. Covilhã entra no


Taça AF Guarda
Aguiar, Celoricense, Vila Cortês e Paços
da Serra nas meias finais
O Aguiar da Beira, Celoricense, Vila Cortês do Mondego e
Paços da Serra vão disputar as meias finais da Taça de Honra da

“top ten” da IIª Liga


AF Guarda.
As quatro equipas, três da Iª Divisão distrital e uma da IIª,
apuraram-se no domingo com resultados dilatados. O Sp. Celori-
cense venceu o Soito por 5-0 e o Aguiar da Beira derrotou o Estrela
Almeida por 3-0, enquanto o Nespereira, da IIª Divisão, perdeu 5-1
na receção ao Vila Cortês do Mondego. O duelo entre equipas do
Serranos derrotaram o Benfica B por escalão secundário da AF Guarda pendeu para o Paços da Serra,
que recebeu e ganhou 3-1 ao Foz Côa. As meias finais realizam-se
a 31 de março com os jogos Aguiar da Beira-Celoricense e Paços da
2-0 e continuam a recuperar os pontos Serra-Vila Cortês do Mondego. Os finalistas vão defrontar-se a 11 de
maio no Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. O campeonato

perdidos na primeira fase do campeonato, da Iª Divisão regressa este domingo, jogando-se a 20ª jornada com
um teste ao líder Figueirense, que vem à Guarda defrontar o Vila
Cortês. Os outros encontros são o Manteigas-Vilanovenses, Sabugal-
quando acumularam derrotas Aguiar da Beira, Fornos-Celoricense, Trancoso-São Romão, Vilar
Formoso-Soito e Gouveia-Estrela Almeida. Na IIª Divisão haverá
DR taça e o campeonato será retomado dia 17 com as partidas Foz
Côa-Pala, ADC Castelos-Nespereira, Guarda-Vila Franca e Paços
da Serra-Freixo Numão. Folgará o Casal de Cinza.

Futsal
Boa prestação da seleção guardense
sub-17 feminina em Coimbra DR

Benfiquistas viram-se e desejaram-se para contrariar os covilhanenses no Santos Pinto


A senda vitoriosa do Sp. cabo-verdiano combinou com Azeméis, 12º classificado.
A participação da seleção sub-17 de futsal feminino da Associa-
Covilhã prossegue na IIª Liga Diego Medeiros que, na área, Campeonato à parte, José Men-
ção de Futebol da Guarda no Torneio Interassociações de Coimbra
e a equipa está a recuperar os rematou cruzado certeiro. des recandidata-se a um sexto
saldou-se em duas vitórias e uma derrota.
pontos perdidos na primeira Aos 35’, o benfiquista mandato na presidência do Sp.
A competição organizada pela Federação Portuguesa de Fute-
fase do campeonato, ocupando Nuno Santos atirou novamente Covilhã. No cargo há 15 anos, o
bol e pela AF de Coimbra decorreu no fim de semana de Carnaval.
agora o nono lugar da classifi- à baliza, mas frouxo, enquanto dirigente é candidato único nas
No domingo as guardenses estrearam-se com uma vitória por 5-0
cação com 31 pontos. No do- Kukula também podia marcar eleições desta quinta-feira. O
frente a Portalegre, mas perderam 2-0 com a seleção de Santarém
mingo a “vítima” dos serranos, antes do descanso. No segundo empresário Luís Veiga concor-
no dia seguinte. Já na terça-feira a equipa da AF Guarda venceu 9-4
que não perdem há oito jogos, tempo, o Benfica entrou mais re novamente à presidência da
a congénere de Beja. A seleção foi constituída por Maria Figueira
foi o Benfica B, que saiu derro- ofensivo e acertado, pelo que Assembleia-Geral.
(Guarda 2000), Mariana Pena (GD Trancoso), Patrícia Fonseca
tado por 2-0 do Santos Pinto repartiu com os anfitriões Ficha de Jogo (Pinhelenses), Luana Rodrigues e Beatriz Caldeira (ambas do Pe-
em jogo da 24ª jornada. as jogas de perigo. Contudo,
Árbitro: José Rodrigues (AF Lisboa) naverdense), Maria Gamas, Margarida Santiago, Catarina Reis e
Os locais entraram foi o Covilhã que aumentou Árbitros assistentes: Hugo Ribeiro e Lara Amaral (todas do Vila Cortês), Camila Bastardo, Andreia Cruz
pressionantes e foram a única a vantagem aos 70’. Deivison André Lopes Dias e Maria Lopes (todas do GD Mêda).
equipa a criar perigo durante ganhou a bola, soltou para
a primeira metade, perante Tiago Moreira, que progrediu
E. José Santos Pinto,
uns encarnados a jogar sem no terreno, não se deixou per- Covilhã
Atletismo
intensidade, com dificuldade turbar pelos dois defesas que Sp. Covilhã.................. 2
em sair a jogar e em fazer a tinha pela frente e fez um “cha- São Bento, Tiago Moreira, Jaime,
Samuel Barata 91º na Maratona de Tóquio
articulação entre setores. A péu” de belo efeito a Zlobin. Rafael Vieira, Henrique Gomes, Gil- O covilhanense Samuel Barata estreou-se na maratona no
primeira ocasião de perigo Pouco depois foi Gilberto que berto, Guilherme Rodrigues, Leandro passado domingo com um 91º lugar na prova de Tóquio, no Japão.
dos covilhanenses surgiu num teve nos pés uma boa ocasião Pimenta (Semedo, 71’), Adriano (Bo- O atleta do Benfica natural da Bouça, anexa das Cortes do Meio,
nani, 85’), Diego Medeiros e Kukula
cabeceamento de Kukula, após para dilatar o marcador, mas completou a mítica distância de 42,195 quilómetros em 2h24m15s.
(Deivison (67’)
canto batido por Adriano, que não conseguiu ultrapassar o Treinador: Filó A primeira maratona do calendário de Majors 2019 atraiu 38 mil
fez a bola rasar a barra da guarda-redes russo do Benfica. corredores e foi ganha pelo etíope Birhanu Legese, que terminou
baliza das águias. Pouco depois Os visitantes não baixaram os Benfica B.................... 0 com o tempo de 2h04m48s. Com 25 anos, Samuel Barata está a
Adriano, em zona frontal, co- braços, só que as investidas fo- Zlobin, Alex Pinto, Zec, Kalaica, Frim- apostar nas distâncias mais longas, tendo realizado um estágio
brou um livre e Kukula voltou a ram sempre travados por uma pong, Vukotic, Benny, Nuno Santos, específico no Quénia, e ficou desapontado com o resultado alcan-
assustar, de cabeça, mas Zlobin defesa bem organizada dos Willock, Krovinovic (Bernardo Martins, çado na capital nipónica. «Foram meses de trabalho árduos, queria
63’) e Saponjic (Pedro Henrique, 73’)
defendeu com os punhos. Na ou- locais. Já nos descontos o guar- fazer um resultado diferente, estava em boa forma, mas hoje o meu
Treinador: Renato Paiva
tra contrária, Nuno Santos ten- dião serrano impediu o golo de corpo a partir dos 25 quilómetros não permitiu. Fiquei com dores
tou a sorte de livre para defesa honra dos benfiquistas, numa Golos: Diego Medeiros (21’) e Tiago musculares. Insisti, mas não consegui. Perdi muito tempo. A marca,
segura de Vítor São Bento, mas o jogada de Pedro Henrique. Moreira (70’) 2h24m, não é nada de especial. É um resultado muito mau, mas
Covilhã continuou a explorar as Este domingo, o conjunto Ação disciplinar: Cartão amarelo a dá-me experiência. Acho que poderei treinar ainda melhor, voltar a
alas e abriu o ativo aos 21’. Tiago orientado por Filó joga com Henrique Gomes (56’) esta distância para correr a um tempo digno de registo», admitiu o
Moreira jogou com Kukula e o a Oliveirense em Oliveira de atleta num vídeo partilhado nas redes sociais.
14 • • Quinta-feira • 07 de março de 2019

agoradigoEU Homo Sapiens versus Homo Videns: na milésima


opinião
Albino Bárbara edição do jornal O INTERIOR
opinião
João Mendes Rosa

Do candeeiro Retiro da estante o opus magnum de Marshall McLuhan, vindo


a lume no já longínquo ano de 1962 e ao qual regresso amiúde para
o Homo Sapiens, produto da cultura escrita, pelo Homo Videns,
fruto da cultura audiovisual. Mas seria estulto ter a veleidade de
me comprazer numa reflexão que hoje se pode reputar de profética: combater o mundo globalizado ou tão-só a supremacia do visível
de azeite ao “La Galaxia Gutenberg: la creación del hombre tipográfico” (adoto
o título da edição espanhola, pois suponho-o mais conforme ao
sobre o inteligível. Todavia a resistência – essa palavra mágica
que tem empalidecido todas as manifestações do totalitarismo no

petromax
conteúdo da obra) onde a ideia de “Aldeia global” aparece postu- mundo – acontece. A imprensa é disso exemplo; a regional ainda
lada pela primeira vez, tão bem escalpelizada por Umberto Eco dois mais. Os jornais são focos tenazes de resistência e esteios de uma
anos depois, no seu “Apocalípticos e integrados” (1964). McLuhan, cultura que não perecerá de todo enquanto houver mentes insatis-
Kant afirmou: «Duas coisas enchem- prognosticando a inexorável expansão do senhorio eletrónico, tribu- feitas e dissonantes: «Só os peixes mortos seguem a corrente» – já
me o ânimo de admiração – o céu estrela- tava em jeito de despedida um imenso louvor à imprensa escrita, já agradeci pessoalmente ao Rui Chafes (“Sob a pele”, 2016) esta
do sobre mim e a lei moral em mim». por ter transformado profundamente o pensamento humano desde reflexão. Pertenço, sem orgulho, a uma minoria que resiste – e um
Há coisas que jamais poderão o século XIX, tornando-o mais lógico e discursivo, já por ter sido tanto decadentista, reconheço – que encontra no ato de ler o jornal
encher-me o ânimo. Uma dessas coisas é, uma das expressões mais visíveis da própria liberdade humana – o um dos maiores prazeres. E qualquer mesa de café – dos poucos
sem dúvida, a estupidez. direito à opinião. A civilização da cultura escrita dava assim lugar, que ainda há – com um par amigos em redor, alcança a recriação
Einstein dizia que duas coisas são com a chegada da televisão, à supremacia imparável do mundo deleitosa dos salões oitocentistas de antanho.
infinitas: «O universo e a estupidez audiovisual; arrebatador, totalizante. Este longo introito para dizer que o semanário O INTERIOR – que
humana». E o que é estúpido continuará Contudo, a mudança do paradigma de comunicação social traria no presente número cumpre a milésima edição – é um bastião de
a ser estúpido mesmo que para tal se implicações mais profundas do que seria de esperar. O seu advento resistência multímoda. Por um lado – sem ser nunca localista –,
utilizem argumentos onde o disparate alterou drasticamente o sistema cognitivo de toda a sociedade, tem cumprido uma linha editorial atinente a dar voz a uma região
ganhe forma, chegando-se facilmente à geradora agora de indivíduos supostamente informados, mas em fragilizada pelo iníquo centralismo administrativo português,
conclusão do absurdo e do caricato de cuja mentalidade se instalou a incultura como coabitante quase sobraçando desassombradamente a causa das populações mais
toda uma situação, mesmo que trazido inapartável. Já sabemos que ler implica uma predisposição cultural desfavorecidas; por outro, tem-se pautado por garantir aquela
por responsáveis que na letargia política determinada, fomentar capacidades e desenvolver conhecimentos: “informação de proximidade” que só os verdadeiros órgãos de
usam a manhosice e o chico-espertismo é uma atitude genuína, ativa e livre, que nos capacita para o enten- imprensa regional sabem alcançar. São mil semanas de uma
tentando fazer dos outros parvos, quando dimento de que somos seres pensantes e não meros repositórios escrita de adjacência, que torna ainda mais fortes os laços quem
doutamente tentam explicar que o in- de informações desconexas e padronizadas. Ante a fugacidade unem o leitor e o articulista, numa relação que se autentica
vestimento feito no interior envolve mais da imagem e do som, a escrita perdura em nós como um eco que imediatamente no plano comunitário – fenómeno que não acon-
custos que no litoral e o que se paga por matura e se depura. tece em nenhuma outra expressão escrita ou informativa. Tudo
cá é «sinónimo de solidariedade nacio- A transformação de que falámos atrás, que tornou o “leitor” isto, com um valor estético acrescido fazendo jus à convicção
nal». Citando o saudoso Fernando Pessa, (e o “leitor de jornais” em particular’) um ser acaico, prostergou de dois grandes colunistas – Gabriel Garcia Márquez e Mario
«E esta hein!». também a dimensão comunitária da leitura e, consequentemente, as Vargas Llosa – de que o jornalismo bem feito chega a ser uma
O autor deste anedotário político, tertúlias e, após estas, o próprio conceito de café – paulatinamente obra de arte. Felicito O INTERIOR na pessoa do seu diretor, Luís
secretário em estado de incompreensão substituído pelo snack – outro ícone da fugacidade quotidiana. Baptista-Martins, e todos os que nele colaboram e colaboraram,
social, numa tentativa velada de meter a Dá que pensar a afirmação de Giovanni Sartori (“Homo Videns: por este longo trajeto de resistência que nos vai permitindo viver e
mão nos bolsos beirões, não percebeu Televisione e Post-Pensiero”, 1997) de que estávamos a substituir saborear a mágica “Galáxia Gutenberg”.
que aqui já não se usa o candeeiro de
azeite, muito menos o de petróleo e que
o Velinhas (o de Mido) que, nos anos 70,
apregoava “Quem merca as velas” já se
foi.
Nesta eletrocussão política é hora
de perceber que Portugal é o quarto país opinião
europeu mais pobre e mais dependente
em energia e que é aqui que as energias
alternativas não poluentes ganham forma
António Godinho Gil
www.bocadeincendio.blogspot.com Ventoso
e visibilidade: os nossos rios, a nossa 1. A cultura oficial tem pouco ou nada a ver com a verdadeira em o esconder. E aparece, na sua glória, o licitador da influência, do
bacia hidrográfica, as nossas barragens, actividade do espírito. Aquela que não busca o aplauso imediato, nem pedestal, do tráfico com a morte e a glória. O licitador não pára. No
as nossas serras. É aqui que se luta para a entronização senatorial, nem a troca de favores, nem os ofícios de seu vastíssimo entendimento, a morfologia e a sintaxe são uma e só
acabar com a persistente estupidez espa- comissários da cultura, ocupados em promover abencerragens de coisa. Pois estar em relação é o mesmo que integrar uma categoria. O
nhola da ultrapassadíssima energia nu- museu e satisfazer quem lhes paga. A amplitude e a generosidade licitador é o torrencial e compulsivo taxinomista do espaço mediático.
clear. Porque é aqui, aqui mesmo ao lado, da autêntica criação artística não se compadecem com expedientes O seu conhecimento abrange um pouco de tudo em geral e nada de
que conseguimos encerrar a Alameda de veniais. O que não significa que prescindam deles. Bem pelo contrário. nada em particular. O problema é que o licitador não consegue suster a
Gardón. Que Retortillo parou, faltando Existe uma confluência formal que serve uns e outros. Rodas que se sua diarreia informativa. O licitador está condenado a ser o sampler de
conseguir o encerramento definitivo da tocam na mesma engrenagem, que empurram um labor comum, mas si próprio. Como não lhe sobeja o talento, a imaginação, a agilidade, o
perigosíssima cafeteira velha e enferruja- que não se relacionam para além da necessidade imediata. A verdadeira despojamento, é incapaz de rupturas. Sabe que só existe porque é visto.
da da central nuclear de Almaraz. arte existe para corromper. Neste domínio, tornar-se corruptível é uma É o nosso polícia conceptual, guarda nocturno do comércio subtil. É
Mas tudo isto não nos isenta de gastar contradição nos termos. Todavia, os agentes corruptores, chamemos- o vigilante do império da imagem e da vacuidade, O criado realmente
energia. Talvez menos que em anos ante- lhe assim, raramente aparecem com a notinha na mão, o subsidiozinho pago pelos pobres para se aproximarem dos ricos, mas que se julga
riores devido a um Inverno ameno e que aprovado, a referenciazinha à obrazinha no pasquinzinho, a promes- pago pelos ricos para se tornarem invisíveis aos pobres. É o mutante
encaixa na alteração climática do planeta. sazinha do lugarzinho xisbicodabota. A coisa faz-se pela visibilidade que alimenta a agiotagem essencial que nos tange e nos envergonha.
A campanha do petromax que de empréstimo, o pequeno poder provinciano, o círculo territorial que Ali, ao virar da esquina.
Galamba nos trouxe deixa em aberto, ignora, entre dois arrotos e três palmadinhas nas costas, o que está à 4. O ofício do poeta não inclui a prova sazonal, em letra de forma,
uma vez mais, a necessidade de dizer que volta e realmente mexe. Note-se que, quando falo em círculo, refiro-me mas a desmesura do resultado, o vigor da errância. «É essa a sua prova
aqui também há gente, também há massa a reunião de interesses convergentes. Não a movimentos artísticos de vida, ou o que isso seja», dirão os que não desconhecem a matu-
crítica, também aqui se pagam impostos e com forte cumplicidade pessoal e estética. Onde o silêncio é a norma ração recatada do poema. Mas há ainda outra razão. Que se poderia
que também aqui é Portugal. e o compromisso a excepção útil. nomear, à falta de melhor o “amparo do fogo”. Porquê o fogo? Mais
E se nos querem impor uma série de 2. A linguagem dos militantes de partidos políticos e respectivos um recurso de estilo? Mais um ingrediente de um composto inócuo?
novas atribuições, é tempo de definirem e apóstolos ideológicos, caracterizada pela visão a preto e branco, e a A razão é simples: deve-se lidar com ele usando de toda a parcimónia.
apostarem na tal “solidariedade nacio- linguagem das seitas religiosas são, na sua natureza, semelhantes. O verdadeiro perigo está em julgar que o dominamos, que lhe adivi-
nal” entre regiões cumprindo o preceito Refiro-me ao papaguear acrítico de conteúdos de propaganda, abdi- nhamos os movimentos, as percepções, as serventias, a inteligência
constitucional e neste ano eleitoral, 21 cando-se de qualquer distância reflexiva. E, pior ainda, onde a ironia móvel e imprevisível. Perigo de morte, portanto. Há momentos em que
anos depois do referendo, é tempo de desapareceu, levando com ela a leveza e a agilidade do pensamento. ele nos convida a arder consigo, participar numa langorosa erupção
perguntarem novamente aos portugueses Como se não existissem três milénios de filosofia e outros tantos de do ardor. Outras, envolve-nos na vertigem da aniquilação. Todavia,
se vale a pena regionalizar. Para que haja literatura!... fixemo-nos no que ele desvela. E então, rente à corola do silêncio,
autonomia e decididamente não ficarmos 3. Os nossos filtros de representatividade social têm como base à sabedoria do mel, à dor que no caminho revela, às mãos que se
expostos a surpresas perfeitamente a notoriedade postiça. A importância de papelão. O chegar à frente acendem, escavando, é aí que saem as palavras furtivas, as palavras
dispensáveis e desnecessárias… para a fotografia. O embuste. O “olha para mim que sou importante”. que buscam a obscura transparência, as palavras que estão a mais.
Nota: 1.000 edições de O INTERIOR A petulância encartada. O sussurro paroquial. O empertigar titubeante As que queimam.
é obra. Sinceros parabéns. É uma honra do falo. O arroto discreto. No centro, faz-se notar o provinciano, que
partilhar com todos este momento. escancara o seu provincianismo na proporção inversa do esforço * O autor escreve de acordo com a antiga ortografia
Quinta-feira • 07 de março de 2019 • • 15

TresLer
opinião
opinião
Joaquim Igreja Carlos Cortes *
joaquim.igreja@gmail.com

Cem anos de guerra O tempo de uma consulta médica


A Ordem dos Médicos, com a colaboração dos a nossa missão e impõe uma barreira ao nosso tra-
e magia seus Colégios de Especialidade, elaborou recente-
mente um documento que constitui um dos maiores
balho e à humanização da relação médico-doente.
A Ordem dos Médicos não pode assumir esse
No final de uma leitura que adiava quase há cem anos, “Cem Anos contributos à qualidade da saúde e à humanização caminho como uma inevitabilidade. Não podemos,
de Solidão” é uma obra que me submerge e me deixa “embasbacado”. dos cuidados de saúde. como sabiamente referiu o professor Daniel Ser-
Pela capacidade de imaginação, pelas inúmeras variações de rumo O documento, que se encontra atualmente em rão, aceitar que a Medicina seja funcionalizada.
que a história toma, pelo fim que vamos adivinhando nas últimas consulta pública, “Tempos padrão para as consul- Isso seria trair a matriz ético-filosófica da nossa
cem páginas. No meio de tantos Josés Arcádios e Aurelianos que nos tas médicas”, pretende definir aqueles que são os profissão e o seu espírito arreigadamente liberal.
desorientam por vezes, é a história de uma família no seu esplendor, tempos médios recomendados para as consultas Por isso, é fundamental agir o quanto antes e com
glória e ruína. Uma família que, virada para si própria e para cumprir o de especialidades médicas. Até agora, o tempo da determinação. Contribuir com soluções concretas
seu desígnio, acaba por dar pretexto a que a decadência se intrometa. consulta tem sido definido de forma puramente ad- e que estão na esfera de intervenção da Ordem dos
E não são assim as famílias? As famílias têm fases como a lua e mau é ministrativa. Existe uma pressão sobre os médicos Médicos. Refiro-me, por exemplo, à determinação
se nós surgimos numa fase em que a família puxa mesmo para baixo. para multiplicarem consultas, privilegiando-se a dos tempos mínimos de consulta (tempos de mar-
Quando olhamos para as várias gerações de uma família, acabamos quantidade e esquecendo as necessidades próprias cação de consulta).
por reparar se fulano ou sicrana estão na fase familiar descendente ou para uma intervenção clínica cuidada e a preserva- Isto diz muito sobre a componente ética,
ascendente ou se a família não está mesmo para implodir por falta de ção da importante relação entre o médico e o seu deontológica e sobretudo humanista subjacente a
descendentes ou por desorientação económica ou estrutural total. O doente. Há relatos de consultas que são marcadas este documento».
tal ponto descendente da curva. a intervalos de 5 minutos nalguns hospitais! O Nunca poderemos esquecer que a essência
Para além da saga familiar, são os mundos da guerra e da ma- médico precisa de tempo para observar o doente. da profissão médica baseia-se numa ligação única
gia que enchem as páginas deste romance. A família Buendía asse- Estabelecer uma relação de empatia e confiança, entre quem sofre e quem tem o papel de lhe retirar
gura-se nesta obra pela afirmação social liderando a guerra e tendo ouvir e saber perceber o doente, dedicar-se à estra- ou amenizar o sofrimento. Na primeira intervenção
iniciativa política. E aparece-nos a guerra em todo o seu fulgor. tégia clínica e finalmente orientar o doente, e seus pública sobre este documento, demonstrando uma
Aureliano Buendía e a sua agenda radical faz dezenas de guerras no familiares, para os cuidados do seu tratamento. total frieza sobre o assunto, a Ministra da Saúde
país, sempre com vitórias mal assumidas e com uma incapacidade No preâmbulo do documento, o Bastonário veio dizer que esta questão «não estava em cima
total de gerir a paz. A certo ponto são mesmo os revolucionários da Ordem dos Médicos refere: «A relação médico- da mesa». Lamento mais esta intervenção irrefletida
a compreender o vazio da guerra, diante da necessidade de matar doente está no topo da minha agenda como basto- que em nada favorece algo que deveríamos preser-
mesmo os seus mais próximos. Se em casa era a figura de Úrsula nário. Por circunstâncias diversas que a maior parte var: a humanização dos nossos hospitais e centros
que ia segurando os cacos, no país do desenvolvimento Aurelia- de vós não ignora, a relação humana e proximidade de saúde. É na preservação da humanização que
no Buendía não conseguia atenuar o desejo de conflitualidade e a entre os médicos e os doentes está fortemente reside um dos principais papeis dos profissionais
necessidade de disputa, sendo incapaz de se integrar numa sociedade ameaçada. Há uma tendência perigosa de tornar de saúde. O tempo de uma consulta médica é um
democrática. Por isso, desistiu e descalçou as botas. E o poder, ávido a nossa profissão numa burocracia, numa tarefa, tempo de humanização.
de se fortalecer na mediania, passou a cometer em paz a violência como se de uma função meramente administrativa
controlada, com ataques cirúrgicos ou dando lugares na administração se tratasse. Estamos sujeitos a uma teia burocrática * Presidente da Secção Regional do Centro da
para sufocar as bolsas de rebeldia. Ou negando aquilo que se supunha que nos condiciona permanentemente, que dificulta Ordem dos Médicos
ter acontecido (um massacre, por exemplo) e que dois dias depois
a generalidade da população concordava não ter acontecido. Não é
assim em qualquer guerra, com tampões para não ouvir as bombas e
a seguir com poções para o esquecimento?
A magia faz o centro desta história e é o que mais surpreende
o leitor, desde a fábrica do gelo às borboletas amarelas de Maurí-
cio Babilónia, às profecias de Melquíades e às suas invenções, ao opinião
cheiro de Remédios, a bela, que era «um hálito de perturbação, Sofia Colares Alves *
uma rajada de tormento» e que um dia subiu ao céu ou os 17
irmãos Aurelianos com a cruz da morte traçada na testa, alvo pelo
qual todos seriam mortos. O que é isto, meu Deus? Saramago e o
Um futuro europeu sustentável
“Memorial do Convento” ficam muito atrás com a sua passarola e O desenvolvimento sustentável está, desde tório onde monitoriza o progresso na aplicação
é público que o realismo fantástico de Saramago aqui veio buscar há muito, no cerne do projeto europeu. A União dos objetivos na Europa nos últimos anos. Por
inspiração. Mas a ideia de que temos poderes acima do humano Europeia está empenhada num desenvolvimento um lado, esse relatório mostra que melhorá-
e que basta explorá-los é uma ideia, para além de envolvente, que satisfaça as necessidades do presente sem mos substancialmente a qualidade da saúde
inspiradora. A ideia inversa ou simétrica é a de que não escapamos comprometer as das gerações futuras. Foi com e do bem-estar e valorizámos uma educação
ao destino e que, após anos de barbaridades a que não consegui- isto em mente que, em 2015, a União Europeia de qualidade, Objetivos 3 e 4, respetivamente.
mos fugir, temos a barbaridade a tomar conta de nós. A história de adotou a Agenda 2030 das Nações Unidas e os Investimentos na política energética da União
uma família que se fecha quando o último elo se enganchou em si respetivos 17 Objetivos de Desenvolvimento Europeia deram frutos na concretização do
próprio, incapaz de se projetar, acaba na conclusão de que quando Sustentável (ODS), uma iniciativa ambiciosa Objetivo 7, “Energias renováveis e acessíveis”.
nos fechamos criamos monstros que nascem ali à nossa frente. com vista ao desenvolvimento económico, Por outro lado, há certas metas para as quais
Para os aprendizes de escritor, o livro ensina tudo menos a social e ambiental sustentável à escala global ainda é preciso canalizar mais esforços, como é
capacidade de imaginar que, essa sim, faz a diferença em cada es- até 2030. Os objetivos? Combater as alterações o caso do Objetivo 10, “Reduzir as Desigualda-
critor que inova ou que se limita a projetar o seu ego ou a procurar climáticas, todas as formas de pobreza e as de- des”, já que são ainda grandes as disparidades
o aplauso. Contar uma história em que tudo dá uma carambola a sigualdades mais gritantes. No fundo, assegurar de rendimentos nos Estados-Membros. São da-
cada 20 páginas, em que o mistério surge, cresce e se apaga com que ninguém fica de fora! dos como estes que permitem avaliar quais as
a revelação, em que as partes nos aparecem subtilmente ligadas, A União Europeia desempenha um papel áreas que requerem um maior empenhamento
em que é possível estabelecer o percurso duma personagem que, ativo na aplicação dos Objetivos de Desen- para que todos beneficiem de uma boa qualida-
em repouso, não estava parada e vemos depois preparada para volvimento Sustentável que abrangem vários de de vida e bem-estar.
nova etapa do seu destino, juntar crendice com inteligência, subtileza aspetos importantes das nossas vidas, tais É certo que que temos ainda um longo
com ação, espavento com espera e contemplação, isso é surpreenden- como saúde, educação, igualdade e ambien- caminho a percorrer se queremos crescer de
te. Depois do neorrealismo ou do realismo militante, é possível pelo te. São objetivos que nos tocam a todos e forma sustentável até 2030. Mas em conjunto,
realismo mágico denunciar as ditaduras dos caudilhos sul-americanos que exigem que se continue a apostar na cidadãos europeus, Estados-Membros e União
pondo um milagre a fazer um coronel escapar ao pelotão de fuzilamen- sua concretização. Por essa razão, os ODS Europeia, conseguiremos cooperar em conso-
to ou uma sobre-exploração do continente americano pelos gringos encontram-se completamente integrados nas nância com a Agenda 2030 e deixar um planeta
ser derrotada por manifestações sindicais que. por sua vez, serão políticas europeias e nas prioridades atuais mais saudável às próximas gerações!
esmagadas violentamente sem que a população disso se recorde dois da Comissão Europeia.
dias depois. E será num sonho que esta verdade se revelará. Recentemente, o Eurostat, o Serviço de * Chefe de Representação da Comissão Euro-
(Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez, 1967) Estatística da União Europeia, publicou um rela- peia em Portugal
opinião
16 • • Quinta-feira • 07 de março de 2019

rua da corredoura, 80 - R/C Dto - C 6300-825 Guarda


bilhete postal
Redacção/Publicidade: 271212153 • www.ointerior.pt • publicidade@ointerior.pt • ointerior@ointerior.pt

Trancoso O macho dcabrita@iol.pt


Diogo Cabrita

Detido homem que ameaçava esposa Um macho é, por natureza, um tipo que deseja mais do que aquilo

com faca e picador de carne que pode. Um macho alfa quer marcar os terenos à sua volta, debandar
os outros machos, construir a vara, a manada, o cardume, o rebanho, a
alcateia, sempre apinhado de fêmeas férteis.
A GNR deteve um homem de bastante alterado. O homem, seis armas de fogo. Presente a
Contrariamente às tradições de amazonas como a abelha-mestra,
51 anos, em Trancoso, por crime enquanto empunhava uma faca e tribunal na segunda-feira, o detido,
ou a matriarca, o homem macho tem uma cultura própria em torno da
de violência doméstica. Desde o um martelo picador de carne [na que possui antecedentes criminais
musculação, da conversa carregada de tiros, de marcação de mulheres
início do ano aquela força policial foto], ameaçava todas as pesso- por violência doméstica sobre a
como o cowboy riscava mortos na coronha da pistola. O macho é um
já deteve 14 suspeitos da prática as que estavam ali presentes», filha menor, saiu em liberdade,
fascínio, gaba-se de conquistas como canta o grilo na noite, refere um
deste crime. adianta o Comando Territorial da mas com pulseira eletrónica, e
desejo interminável, uma vontade fértil sempre acesa e vive como se o
Neste último caso, os mi- Guarda em comunicado. A de- está proibido de se aproximar das
sexo fosse um pirilampo a alumiar o caminho.
litares do posto da “cidade de tenção ocorreu porque a patrulha vítimas. Segundo a GNR, foram
O masculino muito marialva conta histórias de aventuras heroicas,
Bandarra” intervieram após uma «temeu pela integridade física da detidos 14 suspeitos por violên-
refugia-se entre mirabolantes discussões fúteis de futebol e outros lugares
denúncia de violência doméstica. vítima, a cônjuge de 46 anos», e, cia doméstica, sendo 11 homens
de marcar fronteira. Tem um partido e só gosta daquele, tem um clube e só
«Deslocaram-se ao local e ve- além dos objetos que o indivíduo e duas mulheres, no distrito da
tolera vitórias dele. O macho coça-se marcando a calça no períneo, brinca
rificaram que o suspeito estava empunhava, apreenderam-lhe Guarda desde o início do ano.
com o órgão quando urina, desenha bonecos na areia, vai ao ginásio,
apouca o marido das mulheres bonitas, ridiculariza os fracos. A postura
Guarda do macho é a do cabide, em parada, em formação. No carro, o macho é

PSD não quer residência na antiga um buzinador, um intrometido, um toureiro que afasta e empurra a golpes
de volante. Num sonho o macho nunca é soldado. Macho é capitão para
cima. Na rua ele vê as mulheres todas como joaninhas e borboletas. Mui-
Pousada da Juventude tos destes garanhões bebem de modo insaciável, fumam bastante, falam
grosso e trovejam na contrariedade. O macho é um animal em vias de
A concelhias da Guarda do visitar a Guarda», afirmaram Tiago sociais-democratas, para os quais extinção e falta saber se deve ser preservado. Alguns dirão que devemos
PSD e da JSD discordam que Gonçalves, líder da concelhia, e a cidade mais alta «não tem que criar coutadas para os marialvas e os de pelos abertos no peito. Que fazer
a antiga Pousada da Juventude Tiago Saraiva Gomes, presidente ser confrontada com a escolha do estilo com medalhão no peito com camisa aberta? Que fazer dos que
seja transformada em residência da JSD, na segunda-feira numa entre uma Pousada da Juventude deixam crescer a unha do mindinho? Como classificar os que mordem
de estudantes. conferência de imprensa realizada e uma residência de estudantes, o palito no canto da boca? O macho zangado é coisa digna de ser ver,
Com esta decisão, «o Gover- em frente ao edifício encerrado sobretudo quando existem mui- ginga, meneia-se, ruge, ameaça. O macho em conquista ainda é melhor.
no acaba com todas as esperanças desde 2012. «A decisão de fechar a tos outros edifícios públicos que Olhar malandro, conversa picante, elogios da sua capacidade, atrevimento.
de poder reabrir uma importante va- Pousada da Juventude é tomada à podem ser transformados em Deveriam ter quotas no ensino superior? Na política? O machão morre
lência dedicada à mobilidade juvenil revelia da Guarda e dos órgãos po- residência de estudantes sem com as joaninhas, os pirilampos e os grilos se não fizermos nada.
e capaz de atrair público jovem para líticos eleitos», acrescentaram os anular a Pousada da Juventude».

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Quinta-feira, 07 de março de 2019 19º Aniversário 1

Jornal Número 1.000


Dezanove anos depois… chegamos a um momento marcante na vida do jornal O
INTERIOR: a edição número 1.000.
Mil semanas de trabalho intenso, de enorme dedicação, de entrega por parte de
todos os que ao longo de 19 anos trabalharam e produziram um dos melhores jornais
regionais portugueses; mil jornais impressos com denodo, esforço e muito empenho;
mil publicações que procuraram contribuir para uma sociedade mais esclarecida, in-
formada e culta; mil momentos carregados de intensidade e muito trabalho; mil jornais
que chegaram a milhares de leitores e amigos, que valorizaram o “Portugal profundo”
como poucos, e muito antes de se falar e discutir «o interior», e muito antes de outros,
sem estigmas, pugnavam, com a sua própria marca, pelo interior: Aqui, somos orgulho-
samente de O INTERIOR! E mil erros e equívocos próprios de quem, querendo fazer
mais e melhor, também erra ou se equívoca!
Por isso, dezanove anos depois, e como há dezanove anos, carregando todos os
anátemas de quem resiste, de quem vive e sofre por esta região, o JORNAl O INTERIOR
exibe orgulhosamente o seu percurso neste tempo de dúvidas em que a imprensa é
ainda mais reprimida, pressionada e catalogada que em tantos outros momentos mar-
cantes da história dos jornais. Porque a imprensa, mesmo sofrendo as vicissitudes e
as enormes dificuldades de que todos falam, assumidamente procurando caminhos de
sobrevivência, tentando as mais diversas soluções ou modelos de negócio - em espe-
cial a transição para o digital, em que fomos precursores (começámos precisamente
há 19 anos a publicar em papel e no online) e onde somos líderes – é muito mais do
que publicar notícias. Os jornais são a reserva moral e cultural das sociedades. São a
memória dos povos, das comunidades, das aldeias, vilas e cidades. São mundo, são
história, são cultura, são reflexão, são vida! E, como escreveu Victor Hugo, «a impren-
sa é a imensa e sagrada locomotiva do progresso». Por isso, como nunca, ou como
sempre, os jornais não podem morrer. E não morrem enquanto houver quem procure
mais do que o vácuo do momento, do barulho das luzes, dos momentos etéreos que
acabam rapidamente, sem um segundo olhar ou sem procurar mais do que os posts
das redes sociais.
Dezanove anos depois, celebramos a edição 1.000 agradecendo a todos os que
participaram nesta pequena grande aventura: aos que trabalham ou trabalharam no Jornal
O INTERIOR, aos que abnegadamente aqui escreveram ao longo de tantas semanas,
aos que contribuíram com a sua opinião e a sua liberdade para a pluralidade que sempre
ambicionámos, aos leitores que sempre estiveram connosco ou àqueles que nos leram
pontualmente, mas confiaram em nós, aos nossos clientes que apostaram connosco e
ajudaram a viabilizar o nosso sonho de contrariar o marasmo reinante no interior.
Porque o INTERIOR é de todos…
O Diretor, Luís Baptista-Martins

Líder de
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ve n d a s
Ku b o t a
2018
Quintinha EN 18, Km 5 6300 – 020 Guarda • geral@maquiguarda.pt
Telef.: +351 271 200 080 • Fax: +351 271 200 082 • Peças: +351 271 200 081
2 19º Aniversário Quinta-feira, 07 de março de 2019

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Opinião

A importância da imprensa
Joana Correia Saraiva *
do interior do país
Muito se pode dizer, justificar e até “aqui” acontece?
“desculpar” sobre o estado da imprensa “Aqui” também há eventos culturais,
do interior do nosso país, começando aqui também há inaugurações de espa-
pelos jornais, passando pelas revistas e ços públicos e privados para a população
chegando às estações de rádio. usufruir, aqui também há alertas no âmbito
É um facto que estes meios de comuni- judicial e criminal que têm que chegar
cação sobrevivem a muito custo à evolução à população. Se deixarem de existir, na
e desenvolvimento dos tempos. Foram sua totalidade, quaisquer meios de co-
muitos os que não resistiram e que, década municação local como é que a população,
após década, foram desaparecendo, quer os cidadãos, podem saber que têm mais
pelo decréscimo nas compras pela tão um espaço para visitar e para vivenciar?
afamada “crise” da década passada, quer Como podem saber que há uma peça de
pela falta de meios de autossubsistência, teatro, um concerto e posteriormente ter o
quer mais recentemente pela passagem de feedback do acontecimento? Como pode o
grande parte dos jornais e revistas para os cidadão local saber de eventuais situações
meios digitais. Apenas os meios de comu- criminais que estejam a decorrer e que por
nicação dos grandes centros urbanos pa- isso, deva estar mais alerta? Não é nos
Qualidade, Robustez, Design e Adaptação ao seu espaço. Projecto gratuito recem estar a conseguir manter-se firmes. meios de comunicação nacionais que este
e acompanhamento de obra. Móveis Nelo: Sempre a pensar em si! Mas será realmente indiferente os cidadão local vai obter estas informações,
meios de comunicação regionais, locais, estas notícias.
deixarem de existir? Qual a importância É por isso, de facto, de extrema im-
Loja 1:
efetiva da imprensa local existente no portância manter a existência dos jornais,
Telef: 271 230 500 interior do país? É de facto necessária? É revistas e estações de radio locais para
Tem:96 701 7407 de facto importante? Veja-se… As informa- continuarmos a saber o que se passa “lá
Av. Cidade Bejar, nº 4 ções e notícias transmitidas pelos meios de fora”, mas também o que se passa “aqui”
6300-534 Guarda
comunicação dos grandes centros urbanos ao nosso lado, no nosso interior. Por tudo
Loja 2:
informam a população dos acontecimentos isto, ao jornal O INTERIOR, que se manteve
nacionais e internacionais, contudo muito firme nestes já 19 anos (e mil edições),
Telef/Fax: 271 237 551 pontualmente esses acontecimentos nacio- Parabéns e Obrigada.
Telem: 96 692 8594
alcimena@gmail.com nais se situam no interior do país. Então
como se chega ao conhecimento do que * Arquiteta
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Quinta-feira, 07 de março de 2019 19º Aniversário 3
Opinião

Álvaro dos Santos Amaro *


A Guarda n´O INTERIOR


Passados 19 anos e alcançadas as mil edições do jornal O analisado na perspetiva regional, é representado por uma justifica-se por esta ser fundamental para a aproximação das
INTERIOR, importa, em primeiro lugar, sublinhar a importância considerável diversidade, o que exige, por um lado, soluções decisões aos cidadãos, a promoção da coesão territorial, o
de se manter viva a força da imprensa regional, que reflitam as prioridades locais/regionais, reforço da solidariedade inter-regional, a melhoria da qualidade
num desafio constante de se afirmar perante uma e, por outro lado, soluções mais flexíveis que dos serviços prestados às populações e a racionalização dos
tendência cada vez mais marcante dos meios di- permitam às regiões rever e ajustar os seus recursos disponíveis.
gitais. Por esse feito, dirijo as minhas felicitações planos de acordo com as circunstâncias de Portugal é hoje um dos países mais centralizados da Europa
a todos(as) os(as) que têm mantido vivo este cada uma. Um primeiro passo para convergir- e isso traz para o nosso país um vasto conjunto de tremendas
intento e que têm alcançando estas já dezanove mos ao nível dessas soluções é precisamente injustiças. Combatê-las é cada vez mais um desígnio nacional
conquistas. a descentralização, sem embargo de haver e não apenas dos que cá nascemos, vivem ou trabalham.
Na verdade, a imprensa local e regional deve diferentes modelos e de, numa etapa seguinte, Definitivamente os portugueses têm de assumir que nas
merecer o nosso aplauso e ao mesmo tempo o ser necessário ir mais além, assumindo maior próximas três legislaturas (12 anos) é imperioso alterar políticas
nosso incentivo para que resista à tentação da ambição. A premência da descentralização públicas e com coragem política de todos tornar possível algo
“trica” e ajude a sustentar a importância da região simples que só exige reconhecimento e vontade.
onde se insere e dos seus valores. É que um país não pode ter soluções iguais para problemas
Neste já longo período de quase duas décadas, tão diferentes nos diversos espaços regionais. A igualdade de
em que muito aconteceu e muito se escreveu sobre Pensar e agir por um oportunidades é uma miragem, em particular para os nossos
a Guarda e a região, destaco inevitavelmente o desenvolvimento sustentado do jovens e isso é uma brutal injustiça.
progresso e uma mudança que fazem da Guarda O Movimento pelo Interior, de que me orgulho ter incenti-
de hoje uma cidade ambiciosa que se posiciona nosso país é o desafio supremo vado, apontou caminhos e soluções. Haja coragem para a sua
num eixo de afirmação da sua capitalidade. implementação.
O período de intensa mudança que a Guarda
de um futuro harmonioso para Mas é a todos nós, cidadãos, que também se exige uma
tem vindo a conhecer prioriza nos dias de hoje o Portugal, para a nossa região e cada vez maior participação cívica nos partidos políticos e fora
desenvolvimento regional integrado, estratégico e deles, mas sempre tendo em vista o combate pelo Interior.
sustentável, cujo horizonte é um futuro mais promis- para a nossa Guarda – escrita e Pensar e agir por um desenvolvimento sustentado do
sor para as gerações vindouras. Porém, combater opinada na corrente das palavras nosso país é o desafio supremo de um futuro harmonioso para
os efeitos nefastos de um país centralizado e em Portugal, para a nossa região e para a nossa Guarda – escrita
que a interioridade continua a marcar a espuma dos de um jornal de quem se espera e opinada na corrente das palavras de um jornal de quem se es-
dias, não é tarefa fácil – nem para quem governa pera que continue e perdure a dar-lhe o merecido protagonismo.
localmente, nem tão pouco para quem por cá vive.
que continue e perdure a dar-lhe o
Em Portugal, o cenário socioeconómico, merecido protagonismo. * Presidente da Câmara Municipal da Guarda
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Desconto de 80% no segundo par de óculos de sol graduados (mesmo índice, graduação e geometria). Limitado às armações selecionadas.
Campanhas válidas de 01/03/2019 a 14/09/2019 e não acumuláveis com outras campanhas ou protocolos. As condições das campanhas
podem ser consultadas no interior das lojas.

Guarda - Batalha - Belmonte - Celorico da Beira - Covilhã - Gouveia - Matosinhos - Oliv. do Hospital - Ourém - Pinhel - Sabugal - Seia - Trancoso - V. N. Foz Côa

4 19º Aniversário Quinta-feira, 07 de março de 2019
Opinião

Nuno Amaral Jerónimo *


Milunar
No ano 1000 da nossa era, uma parte mãos e conhece pela televisão. Há mil anos, o interior ainda não sabia
do mundo pensava que o mundo todo ia Apesar das sentenças terminais, o in- que ia ajudar a construir uma nação chama-
acabar. No número 1000 da nossa publica- terior e O INTERIOR continuam rijos como da Portugal, há mil números O INTERIOR
ção, uma parte do país pensa que o interior
todo podia fechar. Não este INTERIOR que
pêros, uma espécie de fruta mais utilizada
como metáfora do que como alimentação,
já tinha ideia de ajudar a construir uma
noção do que é Portugal. Se esta frase pa-
Parabéns a O
o leitor segura nas mãos ou lê na internet, embora os próprios pêros já tenham conhe- recer lamechas é porque o é, mas também INTERIOR por ter
mas o interior de que o Governo lava as cido melhores dias. porque o leitor se comove facilmente com
sobrevivido a todas
PUB
as intempéries
políticas, sociais,
económicas e às mais
de 700 crónicas que
aqui fui publicando.
Este projeto está
de parabéns por ter
chegado ao número
1.000 com a mesma
força com que
começou.
números redondos, com o jornal e com o
país. O leitor é, portanto, um supersticioso
intelectual nacionalista.
O destino de O INTERIOR de 1.000
semanas é igual ao de Sherazade de
1001 Noites, que é contar as melhores
histórias para não ser condenado à morte.
A diferença é que as histórias acabaram
a Sherazade e o rei casou com ela, e n’O
INTERIOR nem as histórias acabam nem o
jornalismo se deita com o poder.
Durante 999 edições eu teria escrito mil
por extenso, mas no número 1.000 sou sen-
timentalmente obrigado a usar os numerais.
Por um lado, por uma questão simbólica;
por outro, para o leitor não perceber tão
depressa – ou não se lembrar, para os que
acompanham isto desde o início – que as
colunas assinadas por mim nunca versam
nada particularmente interessante. E se o
leitor estiver neste momento a perguntar,
“então mas por que continua a escrever e
eu continuo a ler?”, eu tenho uma resposta:
por favor, deixe de falar com folhas de papel
e retome a batalha de Waterloo. Ao longo
da minha colaboração neste jornal que
agora chega à milena, recebi várias vezes
elogios como “gosto muito de o ver no
jornal”, ao que eu respondia habitualmente
“olá, mamã, amanhã telefono”. Mas este
texto de hoje não é sobre os meus artigos
do passado, até porque numa efeméride se
deve ser elogioso.
Parabéns a O INTERIOR por ter so-
brevivido a todas as intempéries políticas,
sociais, económicas e às mais de 700
crónicas que aqui fui publicando. Este pro-
jeto está de parabéns por ter chegado ao
número 1.000 com a mesma força com que
começou. E agora, se o leitor me dá licença,
vou ver da Sherazade, que a edição 1.001
é já para a semana.

* Observador de Ornitorrincos
Quinta-feira, 07 de março de 2019 19º Aniversário 5
Opinião

Porto Jarmelo


Fernando Carvalho Rodrigues

Era ali a fronteira entre o Condado Por- nunca existiu. Finanças que fazem, por mági-
tucalense e o Reino de Leão. Nos roteiros, ca, desaparecer fundos que, de facto, nunca
pelos roteiros do Mundo, entrava-se por houve em Bancos que sempre estiveram va-
Porto Mourisco, seguia-se por Urgueira zios para que lá púnhamos tudo o que temos.
do Jarmelo, Ima, Porto Jarmelo, Casas da Esses que servem nas trincheiras chamam
Ribeira, João Bragal, Pessolta, Sequeira, a este abracadra governar. Para produzir,
Coviais. No Porto Jarmelo saltava-se, a pé nem na antecâmara dos pensamentos têm
enxuto, pelas poldras. A mercadoria que ia vislumbre de ideia. Para nos empobrecer
no carro atravessava a vau a Ribeira das vão aprender em cabeças alheias, dizem-se
Cabras. Pagava imposto quem entrava e Mandamos a todos emigrar e a Nação ótimos alunos de estrangeiros e até afirmam
quem saía. Era a fronteira. Passados alguns vai. Não há meios para pagar nem aos ser modernos.
anos foi guardada pelos Monges da Ordem Como era saudável o tempo em que
Militar do Hospital. Esteve guardada muitos médicos, nem a professores, nem a se pagava Alfândega no Porto Jarmelo. E
séculos. Durante muitos séculos Portugal
funcionou como Estado Independente de
enfermeiros, nem a engenheiros, nem tão diferente que é produzir, do que pedir
esmola. E, sobretudo, como é bom ainda ter
uma Nação unida. a pedreiros, nem a carpinteiros, nem a a força para desprezar quem vindo até aqui
Durante esse tempo não vivemos pelo do Mundo sustentado e a mando da Europa
sonho de outros. Imaginámo-nos, fizemos operários, nem a mestres. E eles partem. que, ao mesmo tempo que nos endivida, nos
por isso e produzimos e expandimo-nos. grita o insulto: consumam. Muito grato se
Descobrimos para todos as estradas do duzir. No Porto Jarmelo, antes de subir as nem a enfermeiros, nem a engenheiros, nem consumirem mais. Consumam-se.
Mar. Tínhamos feito a Descoberta: só há um barreiras para o alto de Casal de Cinza ou a pedreiros, nem a carpinteiros, nem a ope- Pois, o Porto Jarmelo é de granito e tão
Oceano. É isto o que os Meninos da Escola para o topo do Jarmelo, pagámos imposto ao rários, nem a mestres. E eles partem. Mas depressa não vão ser capazes, por muito
aprenderão quando está nossa civilização Estado pelo que fomos produzindo enquanto mesmo para lá de Porto Jarmelo os da Nação que desejem que nos consumamos, de lhe
desaparecer e dela se souber tanto como fomos independentes. engrossam, numa grande proporção, o que dar sumiço. Porque vede que mesmo este
sabemos da dos egípcios nos dias de hoje. Mas, hoje, só há o pensamento que dizem que se produz por aqui. Contribuem O INTERIOR vai na milésima edição só
Não antecipávamos o futuro, não lhe outros têm, possuem e controlam. Pedimos para o PIB por Amor. porque estando na Beira Serra é Fronteira.
púnhamos uma probabilidade, pelo cálculo ao Estado para existir. Mandamos a todos Por aqui, vai dando para, do direito, da Está na frente.
de outros. Mesmo quando invadidos, feitos emigrar e a Nação vai. Não há meios para economia, muitos entrincheirados, continua-
morrer, renascemos, reaprendendo a pro- pagar nem aos médicos, nem a professores, damente, nos explicarem que há dinheiro que Casal de Cinza, 05 de março de 2019

PUB
46 19º Aniversário
Especial NATAL07 deQuarta-feira,
Quinta-feira, março de 201923 de dezembro de 2015

O investimentoCabeça
. PUB PUB Opinião PUB

BUP PUB
na Cultura
Os deputados Carlos Peixoto (PSD), Ângela Guerra (PSD) e Santinho Pacheco (PS)

BOAS FESTAS
é uma apostavolta a ser
estratégica


José Amaral Lopes *
BOAS FESTAS
“Aldeia
Tendo consciência que a Cultura se alicerça em
Valores e Conhecimento, o acesso à Cultura é um
objetivo essencial das sociedades desenvolvidas e

SAOB BOAS uma condição indispensável ao exercício de uma

S AT S E F FESTAS
cidadania mais exigente, crítica e responsável.
O acesso à cultura e à oferta e fruição cultural
e artística são questões equacionadas pelas demo-
Natal”
cracias contemporâneas como objetivos, necessaria- Até 6 de janeiro, a localidade
mente, ligados à própria vivência da cidadania numa serrana de Cabeça (Seia) está
PUB
PUB lógica de uso e fruição de espaços e de programas decorada com cenários inspirados
culturais que reflitam o desenvolvimento de um certo no imaginário de Natal para atrair
conceito de “civilização”. visitantes, que são convidados a
O investimento na Cultura é, hoje, uma aposta Está suficientemente
«passear pela também primeira
estratégica de uma política mais vasta com inci- “Aldeia Led” do país e que possui
dências em campos muito distintos, BUP mas todos eles demonstradouma belezaque ospela predomi-
única
BOAS fulcrais para atingir um nível ótimo de bem-estar
Carlos Peixoto, Ângela Guerra, António Edmundo e Patrícia Correia
social que pressupõe a partilha de responsabilidades
nância do xisto, a que se conjuga
sectores cultural e
uma decoração ecológica alusiva
FESTAS
Caixilharia • Marquises • Vidros • Gradeamentos com as autarquias, os agentes e criadores culturais, criativo têm claramente
ao Natal, onde apenas prevalece
Vidros Temperados • Divisórias • Banheiros • Automatismos as escolas, as universidades, as empresas, e outras a tradição do presépio religioso,
Portões de Fole Basculantes Seccionados instituições, bem como com os cidadãos em geral.
um papel semfundamental
alusão ao Pai Natal» anuncia
Redes Mosquiteiras • PVC Muito embora a iniciativa “Capital Europeia da a desempenhar no
a organização.
Segundo os promotores, os
64 Avenida
ºn ,leu
e-mail: giMSão oãS Miguel,
adinevnº
aluminios_ramos1@sapo.pt A 46 Cultura” seja, antes de mais, uma iniciativa cultural,
desenvolvimento e na a aldeia
Zona Industrial • Estrada da Póvoa Telf.: 271 886 135 importa ter em atenção o efeito de alavanca desse título cenários que decoram
adraVilauGFranca466300-864
8das
-00 36 Tlm.: Guarda «são inspirados no imaginário de
6420-734
www.farmaciaestacao.com
Naves
moc.oacatseaicamraf.www
963 050 368 para estimular um desenvolvimento de caráter mais capacidade de atração
Natal na montanha, na natureza,
geral e abrangendo diferentes sectores de atividade.
das regiões e cidades
PUB
PUB
geral@farmaciaestacao.com
moc.oacatseaicamraf@la PUB
reg Na verdade, é cada vez maior a consciência que biodiversidade e respeito pelo
o investimento na cultura afeta positivamente outros meio ambiente». Grinaldas de
e uma dasfolhas,
mais-valias
S T
373 +351
422 271172 224 153+ 373 T SAOB
ramos económicos e sociais, tais como o turismo, a
requalificação e revitalização dos centros históricos, reveladas pelas
musgo
corações concebidos com
e lã“Capitais
da Serra da Estrela,
AS S AT S E F
o repovoamento das áreas depauperadas em termos
populacionais, a inovação tecnológica, o comércio
estrelas feitas de desperdícios
Europeias das
daflorestas
Cultura”e a própria árvore
Avenida São Miguel, nº 46 de Natal revestida a pinheiro
6300-864 Guarda
e a proteção e conservação do património cultural é que estas permitem
natural e pinhas, são alguns dos
móvel e imóvel.
www.farmaciaestacao.com Está suficientemente demonstrado que os sec- uma maiortrabalhos
visibilidade
que os visitantes podem
OREPSÓ RP PRÓSPERO
geral@farmaciaestacao.com tores cultural Z e Icriativo
L E Ftêm claramente um papel encontrar. Durante a quadra, a
aLdesempenhar
das as cidades e regiões
visita a Cabeça, com cerca de
OVON ONA
BOAS ANO NOVO fundamental
Luís Veiga e PauloA TA N no desenvolvimento e na
Fernandes
11 768 T +351 271 224 373 capacidade de atração das regiões e cidades e uma abrangidas pelo título.
200 habitantes, é ainda com-
7 431 FESTAS das mais-valias reveladas pelas “Capitais Europeias da
Cultura” é que estas permitem uma maior visibilidade
plementada com tasquinhas de
produtos regionais, artesanato,
das as cidades e regiões abrangidas pelo título. animação de rua e experiências
PUB PUB A maior visibilidade que o título acarreta só se inspiradas na história, saberes
torna percetível pela generalidade das pessoas atra- e sabores da Serra da Estrela.
FELIZ PRÓSPERO O evento “Cabeça: Aldeia Natal”
vés dos meios que difundem a informação relativa
NATAL ANO NOVO à “Capital Europeia da Cultura” e, nesse sentido, o é promovido pela Comissão de
papel dos meios de comunicação social na divulga- Baldios da localidade, em parceria
ção e no despertar do interesse da comunidade pelo com a ADIRAM - Associação de
Avenida São Miguel, nº 46 programa e conteúdos da iniciativa é inquestionável.
No que ao desenvolvimento do projeto de Candi-
BOAS FESTAS
Desenvolvimento Integrado da
Rede de Aldeias de Montanha, o
6300-864 Guarda
datura da Guarda a capital Europeia da Cultura diz município de Seia e a União das
www.farmaciaestacao.com
respeito, vem-se desenvolvendo uma abordagem Freguesias de Vide e Cabeça.
geral@farmaciaestacao.com
participativa e inclusiva de toda a comunidade local

sa da ad asaC
BUP PUB PUB
e regional e, nesse sentido, a colaboração com os
T +351 271 224 373
Águas
órgãos de comunicação social, em especial, dos BOAS FESTAS
sediados na região, é um elemento essencial na
divulgação e apreciação crítica da Figueiredo
sua estratégia.
Cervejas
Luís Baptista-Martins e o escultor Pedro

squila
Casa da aliuqsE
PUB
PUB * Coordenador da Comissão de Candidatura da
ÁguasRefrigerantes
Guarda a Capital Europeia da Cultura de 2027;
Ex-Secretário de Estado da Cultura
etnaruatseRRestaurante Espirituosas
Cervejas

Esquila
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Refrigerantes
Vinhos
BOAS FESTAS
S AT S E F S A O B Restaurante Espirituosas
Alimentar
Vinhos
dtodartsE adPapel
Estrada,
orn. iel74
Egicálculo ets•aBOAS
C6320-121
Rua1Dr.
2 1 - 0 2 3
FESTAS
Martins das 6
Casteleiro

Neves, 4 7
Lote 1.-n
r/ch,a auR
Organização e 6300-537 Guarda Alimentar
Gestão de Telf. e Fax: 271 221 751 • Tlm.: 967 034 629
Rua da Estrada,
Empresas, Lda n. 74 • 6320-121 Casteleiro
dae.egicalculo@hotmail.com Papel
Quinta-feira, 07 de março de 2019 19º Aniversário 7

19 anos a informar
A ideia de criar O INTERIOR nasceu no ve-
rão de 1999. Luís Baptista-Martins e José Luís
e empresas da região e ainda informação útil
aos empresários. Também nesse ano teve
zação da “Festa do Livro” – evento que incluiu
a feira do livro da Guarda e outras atividades
acrescentar mais um suporte ao papel e ao
online. E em 2013 mudamos o formato da
de Almeida concluíram que era necessário criar início a colaboração com a Escola Secundária culturais e de animação cultural – tendo sido edição em papel.
um novo jornal semanal no distrito da Guarda, Afonso de Albuquerque, a maior escola do distri- organizada a primeira edição em julho de 2002, Em novembro de 2018, O INTERIOR deu
partindo de premissas como a abrangência, o to, para a produção e distribuição do “Expressão”, na Rua do Comércio (Guarda). Mas também a outro passo em frente ao modernizar a sua
pluralismo de opinião, a intervenção cívica em numa parceria que durou seis anos. organização de debates públicos, conferências presença na Internet, que é atualmente um dos
defesa do desenvolvimento regional, a qualida- Entretanto, o jornal O INTERIOR realizou ou colóquios contribuíram para dar dimensão sites informativos mais vistos na região. Hoje,
de de conteúdos ou a capacidade de informar todo um conjunto de atividades, que vão muito a este projeto. enquanto evocamos os 19 anos de notícias,
e integrar nos dois lados de uma mesma linha: para além do seu objeto, de relevância cívica Em 2009, nasceu um novo complemento iniciamos uma nova etapa, com um novo for-
a Guarda e a Covilhã. e cultural, que contribuíram para a afirmação ao jornal: a ointerior.tv, um projeto de web mato e uma renovada a ambição de continuar a
A ideia desenvolveu-se e o jornal foi fun- deste título. Entre outras, destaca-se a organi- televisão de informação regional, que veio contribuir para uma sociedade mais informada.
dado em janeiro de 2000, na Guarda, com a
primeira edição a chegar às bancas no dia 14 PUB

desse mês. Em simultâneo, surgia também


o jornal online www.ointerior.pt, tendo O IN-
TERIOR sido o primeiro jornal em Portugal a
nascer com dois suportes concomitantes no
mesmo momento: papel e digital.
Em 2001, O INTERIOR foi distinguido
com o “Prémio Gazeta de Imprensa Regional”
outorgado pelo Clube de Jornalistas. Em
2003, o jornal foi escolhido pelo prestigiado
semanário “Expresso”, como parceiro na Beira
Interior, para integrar a “Rede Expresso”, de
que fazem parte jornais regionais de todos os
distritos do país.
Com o objetivo de crescer como jornal re-
gional, O INTERIOR abriu, em junho de 2005,
uma segunda redação na cidade da Covilhã.
Com esta aposta, o jornal procurou ganhar
espaço de intervenção no distrito de Castelo
Branco. Posteriormente, e durante quase um
ano, produziu dois jornais diferentes: a edição
Guarda e a edição Covilhã. Porém, os elevados
custos inerentes à produção de dois jornais, e
a dificuldade de atrair novos clientes de publi-
cidade, determinaram o regresso à edição de
um só jornal para toda a região.
Em maio de 2006 nasceu uma parceria
com a AENEBEIRA – Associação Empresarial
do Nordeste da Beira, sediada em Trancoso,
para lançar uma nova publicação económica
regional como suplemento de O INTERIOR: o
“Jornal das Empresas”, distribuído mensalmen-
te com O INTERIOR a partir de junho do mes-
mo ano, com informação geral sobre economia
PUB

Telef. 271 213 389 • Telm. 917 214 721


e-mail: comleia@sapo.pt • GALEGOS
www.restaurantecolmeia.com
8 19º Aniversário Quinta-feira, 07 de março de 2019
Opinião Opinião

E que venham
Isabel Gonçalves *
Parabéns a O INTERIOR* Henrique Monteiro
mais mil...
Respondendo ao amável convite de O INTERIOR Em 2018, e após um interregno de alguns anos, os O Conselho da Europa é a mais antiga instituição europeia em
na data em que assinala os seus 19 anos de existência AMG retomam funções, mantendo a meta, antes enun- funcionamento, fundada a 5 de maio de 1949, cujos propósitos são
e a edição 1.000, os Amigos do Museu da Guarda - ciada, mas pretendendo ainda conseguir atingir diferentes a defesa dos direitos humanos, o desenvolvimento democrático e
AMG associam-se com grande satisfação a este mo- objetivos, público e atividades: a estabilidade política e social do velho continente.
mento do jornal. Assim, congratulamo-nos pelo facto Durante a reunião desta instituição, que decorreu no passado
deste órgão de comunicação chegar a tão “vetusta” 1 – Ganhar dimensão – crescer em número de sócios, dia 12 de fevereiro, em Estrasburgo, foi apresentado um relatório
idade, tendo em conta que vivemos numa zona, como é ganhar massa crítica. realizado por 12 organizações suas parceiras que conclui que a
agora, politicamente correto definir, deprimida e sobre- 2 – Potenciar capacidades – conjugar esforços com liberdade de imprensa na Europa «está no momento mais frágil
vivemos com maior ou menor dificuldade às distâncias outras Associações de Amigos e restantes congéneres desde o final da Guerra Fria».
do poder central e às distâncias ditadas pelos preços (particularmente com vizinhos). A este propósito, o secretário-geral do Conselho da Europa,
de autoestradas, que existem, mas nos mantêm cativos 3 – Internacionalizar – desafiar Amigos de Espanha Thorbjorn Jagland, declarou que «a liberdade de expressão é crucial
nestas terras de beleza selvagem, paisagens agrestes numa visão transfronteiriça. para a realização de todos os direitos humanos» e que o relatório
e nobres e gentes francas. 4 – Educar – Sensibilizar e planificar com os profes- apresentado deve contribuir para «melhorar o ambiente de liberdade
Assim, damos os Parabéns ao jornal O INTERIOR, na sores para garantir ligação das escolas ao museu. de imprensa».
pessoa do seu diretor, Luís Baptista-Martins, e a todos os 5 – Reorganizar – adequar estatutos e regulamento Sabemos que as tentativas de condicionamento da liberdade
colaboradores sem exceção, aproveitando para lembrar interno. de imprensa não acontecem apenas com os outros, mas que essa


que a associação Os Amigos do Museu da Guarda foi é também uma realidade do quotidiano no nosso país. A esse pro-
criada em 2003 e que uma das suas «grandes metas é Deixamos um convite a todos os que se interessam pósito, têm sido muitas as intervenções e as declarações sobre o
demonstrar pela prática que um Museu, lugar privilegia- por movimentos cívicos/ culturais e desejam verdadei- perigo que representa uma
do onde se recolhem, conservam, estudam e divulgam ramente que o nosso interior seja um “lar” para todos imprensa condicionada para
coleções do nosso património cultural, é também uma a espreitar a nossa página de Facebook – Amigos do o escrutínio de uma socie-
entidade viva e potenciadora de dinâmicas sociais e Museu da Guarda e o nosso mail de contacto amigos- dade que se quer democrá-
culturais relevantes». Nesse sentido, «poder contar com museudaguarda@gmail.com. tica e usufrutuária de todos
todos quantos se reveem numa sociedade mais interven- Um bem-haja sincero a O INTERIOR pela opor- os princípios de liberdade
tiva e mais atenta aos novos tempos, em que se institua tunidade e votos de continuidade de muitos e longos que lhe estão subjacentes.
uma verdadeira “literacia cultural”, entendida esta como sucessos editoriais. Para mil, eu, dizia-se no
o propiciar a todos a possibilidade de se enriquecerem Mileu. Quem da Guarda não
culturalmente, é nosso anseio e queremos que seja * Título da responsabilidade da redação conhece a lenda?
nosso desígnio». Constitui-se como um dos objetivos Agora, para mil, também O espaço de
principais dos AMG. ** Presidente dos Amigos do Museu da Guarda se diz no interior, onde O pluralidade que O
INTERIOR é mil vezes lem-
PUB
brado, tantas vezes quantas INTERIOR representa
as presenças que já conta é garantia de
junto dos seus leitores.
São dezanove anos de uma
liberdade de
adolescência novecentas e expressão e
noventa e nove mais uma de liberdade
vez amadurecida, em mi-
lhões de palavras que têm de imprensa
sido a expressão da resis- num momento
tência ao condicionamento
de poderes vários e um sinal
em que ela, lá
evidente de capacidade de (Europa) como
lidar com a pressão, a ad- cá (Portugal), se
versidade e a mudança. O
INTERIOR tem bom nome e encontra seriamente
bom ar, daí ter-lhe sido pos- ameaçada e numa
sível assumir-se como uma
brisa fresca num ambiente
situação de grande
por vezes bafiento, onde fragilidade.
o servilismo e a acomoda-
ção ao status quo promove
a difusão de mensagens
distorcidas de realidades
esquecidas e deturpadas.
Daquelas realidades, que
não sendo a do O INTERIOR mil e uma menos uma vez lembrado e
afirmado, são de um interior mil vezes prometido, mas mil e muitas
vezes adiado e esquecido.
São mil edições e milhões de palavras... O interior está na
moda e toda a gente fala do interior e também de O INTERIOR que
resiste no interior.
O espaço de pluralidade que O INTERIOR representa é garantia
de liberdade de expressão e de liberdade de imprensa num momento
em que ela, lá (Europa) como cá (Portugal), se encontra seriamente
ameaçada e numa situação de grande fragilidade.
O INTERIOR mil vezes afirmado, também se poderia chamar
“O Resiliente” ou “O Independente”, daí que o meu desejo é que
venham mais mil com a mesma natureza convincente.
Mil felicitações por mil edições.
Quinta-feira, 07 de março de 2019 19º Aniversário 9

Novo site de O INTERIOR bate recordes de utilizadores


O INTERIOR inaugurou a 15 de novembro de 7 mil pessoas a aceder por dia à nossa página
de 2018 um novo site (em www.ointerior.pt) que da Internet, de acordo com o Google Analytics.
tem novas funcionalidades para possibilitar uma Nesse período, o site de O INTERIOR registou
atualização mais frequente das notícias da região. mais de 75 mil utilizadores, o que significa um
Com um novo grafismo, mais apelativo, aumento de 39,7 por cento relativamente aos
moderno e responsivo, esta aposta permite a O 28 dias anteriores. Em média, há mais de 5 mil
INTERIOR voltar a estar na linha da frente, com pessoas por dia a ler as publicações do novo site
um dos sites de informação mais vanguardistas de O INTERIOR.
em Portugal e continuar o exercício de jornalis- A confirmar este sucesso, a página online
mo de referência. E a aposta parece ter valido do Diário das Beiras e Serra da Estrela bateu
a pena, pois O INTERIOR está a dar cartas no no passado dia 22 de fevereiro um novo recorde
digital desde novembro. o ointerior.pt está em ao registar 9.220 utilizadores nesse dia e 9.888
crescimento constante desde a sua ativação e sessões, de acordo com os dados da Google
nos últimos dois meses atingiu picos com mais Analytics.

As feiras do livro
PUB

de O INTERIOR
Além do compromisso semanal com os leito-
res, ao longo destes anos O INTERIOR assumiu
também a responsabilidade de participar e intervir
na sociedade local.
Para tal, apostou na promoção da cultura e
da leitura com a Festa do Livro, uma atividade
iniciada no Verão de 2002 com grande impacto
na cidade. As primeiras edições aconteceram na
Rua do Comércio, onde os livros foram o pro-
pósito para concertos, conferências, animação
de rua e instalações de arte. Em 2004, a festa
mudou-se para a Praça Velha, mas não perdeu a
sua atratividade. Depois de um interregno de quatro
anos, a Festa/Feira do Livro regressou em 2008 e
com mais força, graças ao apoio e confiança do
NERGA – Associação Empresarial da Região da
Guarda. Houve novamente livros, música e tertúlias
na rua, desta vez junto ao Jardim José de Lemos,
numa experiência que atraiu alguns milhares de
leitores e curiosos. Ricardo Araújo Pereira, Pedro
Mexia, Fernando Dacosta e Manuel da Silva
Ramos foram alguns dos nossos convidados.

Escolhido pelo
“Expresso” para criar
VENDA:
PUB

rede regional
Há quinze anos O INTERIOR foi um dos Apartamentos T3 e T4
fundadores da Rede Expresso, um projeto do
jornalista Afonso Camões para o semanário mais Lojas Comerciais
influente em Portugal que envolvia dezassete
jornais regionais.
Esta colaboração consistiu na publicação de
notícias regionais num espaço do “Expresso”. A
colaboração prolongou-se por vários anos e no
caso de O INTERIOR resultou depois noutro
desafio, o de sair também aos sábados com
aquele semanário na Beira Interior desde 2009.
Atualmente continuamos a ser parceiros do “Ex-
presso” com o qual somos distribuídos uma vez
por mês – o que acontece este sábado.
Além de O INTERIOR, no distrito da Guarda,
foram membros fundadores da Rede Expresso
o “Diário do Minho” (Braga), “Alto Minho” (Ponte
de Lima), “Nordeste” (Bragança), “A Voz de
Trás-os-Montes” (Vila Real), “O Aveiro” (Aveiro),
“Jornal do Centro” (Viseu), “As Beiras” (Coim-
bra), “Reconquista” (Castelo Branco), “Região
de Leiria” (Leiria), “Gazeta das Caldas” (Caldas
da Rainha), “O Ribatejo” (Santarém), “Linhas de
Elvas” (Elvas), “Diário do Sul” (Évora), “Sem Mais
www.jma.com.pt - geral@jma.com.pt
Jornal” (Setúbal), “Diário do Alentejo” (Beja) e o
Contactos telefónicos: 271222930; 966774803; 969009368; 963006463 • Rua Almirante Gago Coutinho, N.º 39 R/C Dt. 6300 Guarda
“Jornal do Algarve” (Vila Real de Santo António).
10 19º Aniversário Quinta-feira, 07 de março de 2019

O INTERIOR foi notícia Prémio Gazeta de Imprensa Regional AR

Em 19 anos de existência, O INTE- Velha e, após um interregno de quatro


RIOR acabou por ser notícia em várias anos, a iniciativa regressou com o apoio
ocasiões da sua curta história. Lançado do NERGA – Associação Empresarial da
com o novo milénio, o semanário mais Região da Guarda e decorreu junto ao
recente da Beira Interior chamou logo as Jardim José de Lemos.
atenções da classe e viu o seu trabalho Os debates foram outra aposta ga-
reconhecido nesse ano de 2000 com a nha por O INTERIOR nestes nove anos.
atribuição do Prémio Gazeta de Imprensa Contornando a função tradicional de um
Regional pelo Clube de Jornalistas. jornal – que é noticiar e/ou comentar
O mais prestigiado galardão nacional acontecimentos -, optámos por marcar
para a imprensa regional confirmou que a atualidade em dois momentos-chave
as características deste projeto foram da política regional, além de contribuir
acertadas. Mais tarde, em dezembro de ainda mais para uma sociedade mais
2003, foi novamente a qualidade, o rigor e melhor informada. Em dezembro de
e o profissionalismo de O INTERIOR que 2001 organizámos o único debate públi-
estiveram na origem de um convite do co com todos os candidatos à Câmara
“Expresso”, o jornal mais influente em da Guarda. A sessão atraiu centenas de
Portugal, para sermos parceiro fundador munícipes, que quiseram ouvir cara-a-
da Rede Expresso – um espaço partilhado cara o que os políticos propunham para
por 17 jornais regionais (um por distrito) a cidade.
O INTERIOR surgiu no início do novo milénio siderar que O INTERIOR revelava «à partida ma-
no semanário mais lido do país. Em fevereiro de 2004 voltámos à
e é, por isso, o semanário mais jovem da Beira turidade jornalística na ampla seleção de notícias
Mas O INTERIOR é mais do que isso carga para esclarecer o tema das comu-
Interior. com relevância para a comunidade e na separação
e, ao longo destes anos, tem assumido a nidades urbanas. Em colaboração com a
Um dos momentos mais marcantes destes nítida entre opinião e informação». A notícia fez
responsabilidade de participar e intervir Rádio Altitude e a Rádio Clube da Covilhã,
19 anos aconteceu no primeiro ano de existên- manchete em junho de 2001 e o prémio foi entregue
na sociedade local. Agir para mudar, organizámos o único debate sobre o as-
cia, quando O INTERIOR viu o seu trabalho pelo então Presidente da República Jorge Sampaio
mas também para marcar a diferença sunto e vimos confirmadas as diferenças
reconhecido pela classe e ganhou, em 2000, o em outubro desse ano. O INTERIOR continua a
perante a passividade. Para tal, apos- que nos separam nesta pequena região
Prémio Gazeta de Imprensa Regional atribuído ser o único jornal do distrito da Guarda a vencer o
tou na promoção da cultura e da leitura do interior. Políticos, autarcas e cidadãos
pelo Clube de Jornalistas. O mais prestigiado Prémio Gazeta de Imprensa Regional.
com a Festa do Livro, uma atividade comuns disseram de sua justiça sobre o
galardão nacional para a imprensa regional Depois do Prémio Gazeta, em 2011 O INTE-
iniciada no Verão de 2002 com grande caminho que estava a ser percorrido, mas
confirmou que as características deste projeto, RIOR e o seu cartoonista Luís Veloso conquista-
impacto na cidade. As primeiras edições ainda hoje estamos à espera de conhecer
o rigor informativo, o grafismo e a abrangência ram o prémio Stuart de Desenho de Imprensa,
aconteceram na Rua do Comércio. Em as virtualidades deste pequeno intervalo
regional, foram acertadas. o mais importante galardão para o grafismo e
2004, a festa mudou-se para a Praça até à regionalização.
Na altura, o júri justificou a distinção por con- design da imprensa portuguesa.

Agrilar já abriu na Guarda


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A Agrilar chegou à Guarda na passada sexta- AEI A primeira loja da Agrilar abriu portas em
feira e situa-se no JOM Retail, na Avenida de São Belmonte e, segundo a responsável, «já fazia
Miguel, na zona da Estação. falta um espaço destes» na cidade mais alta. Foi
Com um conceito «diferente» dos supermer- também esse o “feedback” deixado pelos clientes
cados habituais, o novo espaço tem como lema o no dia de abertura, alguns dos quais diziam que
“cliente é sempre especial”, adianta a responsá- «deveria ser ainda maior». Possibilidade que
vel, Conceição Pereira. Aqui o destaque vai para Conceição Pereira não coloca de parte: «Se se
os produtos regionais e locais, mas há também justificar isso poderá realmente vir a acontecer»,
uma imensa variedade na categoria alimentar, referiu. Por agora as expetativas da gerente «são
jardim, animais de companhia, lar, pecuária, muito boas, vai correr bem de certeza».
agricultura e bricolage. «A missão da Agrilar é Durante a primeira semana de abertura
ajudar a comunidade em volta», refere a gerente, a Agrilar está a oferecer brindes aos clientes,
explicando que uma grande parte das frutas e que variam conforme o valor da compra. Está
legumes comercializados «são comprados aos também a decorrer um sorteio de um voucher
produtores locais», que, por sua vez, fazem de férias para todos os clientes que fizerem
também compras na Agrilar. «Há um espírito de compras nesta superfície comercial até esta
interajuda», garante Conceição Pereira. sexta-feira (dia 8).
Quinta-feira, 07 de março de 2019 19º Aniversário 11

Terraco, o grande SUV da Seat


Segurança, conforto e potência são sinó-
LBM
teger o habitáculo. O segundo, quando acionado
nimos do Seat Tarraco, o novo modelo topo pelo capotamento do veículo, faz telefonema
de gama da marca espanhola que chegou ao de emergência, desliga o motor, destranca as
mercado português em fevereiro. portas, liga as luzes de emergência e ajusta o
O INTERIOR conduziu o SUV de sete luga- sistema de ventilação.
res, a versão “king size” da marca de Martorell, Além deste equipamento muito útil, são
com motor a diesel (2.0 TDI), de 150 cv e caixa também fornecidos outros dispositivos de conve-
de seis velocidades. Este Terraco Xcellence niência, como o assistente de estacionamento,
pode ser 4x2 ou 4x4, com um sistema Haldex. a abertura elétrica da porta da bagageira com
Importante: as versões com tração 4x2 pagam o pedal virtual e o sistema câmara de visão
Classe 1 nas portagens. 360º. O Seat Tarraco experimentado por O IN-
Equipado com o Dynamic Chassis Control TERIOR dispõe de um “enorme” e confortável
(DCC), pode escolher o modo de condução espaço interior e custa 48.800 euros (P.V.P.).
Normal, Eco ou Sport. Mas o sistema também Pode testá-lo no concessionário Finiclasse,
consegue adaptar-se automaticamente, modifi- na Avenida de São Miguel, na Guarda.
LBM
cando o amortecimento consoante a estrada e o
estilo de condução. O Tarraco vem equipado de
série com o sistema “front assist” para deteção de
bicicletas e peões, o assistente de manutenção
de faixa, Chamada de Emergência e “cruise-
control” adaptativo.
Adicionalmente, pode ter dispositivos de
assistente de emergência, deteção de veículo
no ângulo morto, assistente de saída, reco-
nhecimento de sinais de trânsito, assistente de
congestionamento e assistente de máximos. Mas
a Seat estreou neste modelo dois novos sistemas
de segurança: o “Pre-Crash” e “Rollover Assist”.
O primeiro consegue reagir em 0.2 segundos à
eventualidade de um acidente – ajusta a folga dos
cintos de segurança, liga as luzes de emergência,
fecha os vidros e teto de abrir – ajudando a pro-
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12 19º Aniversário Quinta-feira, 07 de março de 2019
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