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Ergonomia e Segurança

do Trabalho
Material Teórico
Projeto do Posto de Trabalho

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª M.e Cristhiane Eliza dos Santos

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Rosemary Toffoli
Projeto do Posto de Trabalho

• Introdução à unidade

• Enfoque Taylorista

• Enfoque Ergonômico

• Arranjo Físico (Layout) e Estudo de Fluxos

• Atividades para projeto de um


Posto de Trabalho

• Dimensionamento do Posto de Trabalho

• Mapa de risco

··Nesta unidade, “fecharemos” todos os conceitos que vimos


anteriormente e aplicaremos a ergonomia no trabalho por
meio do “projeto do posto de trabalho”.

O conteúdo desta unidade foi elaborado de maneira a propiciar sua participação efetiva nas
atividades.
Leia o conteúdo sugerido, procure se aprofundar no conteúdo complementar com artigos,
vídeos e filmes.
Essa dinâmica vai colocá-lo no caminho da construção do seu próprio conhecimento. Esse
é o único caminho no sentido de obter não somente informações “regulamentares”, mais
obter sim, a “ampliação do tamanho do seu mundo” que é verdadeiramente emancipadora.

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Participe dos fóruns. O compartilhamento de informações e de pontos de vista é de grande
valia na construção e consolidação do seu conhecimento além de ser, incondicionalmente,
um exercício de cidadania e democracia!

Como o curso está estruturado


• Os assuntos abordados nas unidades estão apresentados de forma tão objetiva
quanto possível. Seus tópicos mais importantes estão enfatizados por elementos
gráficos.
• Todas as lições apresentam:
• um texto introdutório dando uma ideia geral da matéria que será enfocada;
• seções expositivas, dividindo didaticamente a matéria em temas ordenados;
• exercícios de fixação de aprendizagem.

Como Você deve Estudar


• Tenha em mente que vários períodos curtos de estudo são mais producentes que um único período
longo.

Reserve quatro períodos por semana para trabalhar com o curso.


Passe de 50 min há uma hora estudando de cada vez, ou se preferir, apesar da
sugestão, estude às 4h/a em um dos dias da semana com uma pausa de 20 min
entre cada 2h/a.

• Cada assunto é cuidadosamente planejado para ordenar as informações necessárias ao


entendimento da matéria – sua capacidade de assimilar um conteúdo depende de quão bem você
aprendeu a precedente.
• O domínio do assunto estudado se dá por meio do estudo repetido. O ideal é sentir-se a vontade
a seu respeito a ponto ser possível reproduzi-lo.
• Responda aos exercícios de recapitulação no final de cada unidade.

Bom trabalho a todos!

Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as
atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.

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Contextualização

Caros, o objetivo de termos estudado todos os outros assuntos das unidades anteriores
é permitir com que fossemos capazes de reunir uma quantidade de informação tal que nos
permitisse conceber o trabalho ergonomicamente, aplicando a ergonomia de concepção,
conforme visto na Unidade I deste material, ou seja aplicando a ergonomia adequada ao
trabalho e ao seu posto.
Assim sendo, neste momento, estamos prontos para definir o projeto completo do posto de
trabalho com uma visão ergonômica.
Desde os primórdios, o homem precisa do “trabalho” para sobreviver. Conforme o tempo
foi passando, o trabalho foi mudando, adaptando-se às novas condições de vida, nas mais
diferentes épocas.
Hoje, bem como sempre, o ser humano precisa “realizar trabalho” para sobreviver; sanar
suas necessidades básicas e ter dignidade.
Todavia, cabe ressaltar que o trabalho deve ser um meio de vida e não de morte. Não é um
vale tudo!
O mundo moderno impõe que sejamos trabalhadores multifuncionais, para que a organização
seja competitiva. Mas todos devemos lembrar que, por mais tecnologia que haja disponível em
todos os sentidos, os sistemas não são NADA sem a intervenção do homem.
E, para concluir, afirmamos e defendemos que a ergonomia, além de todas as características
que apresentamos até o momento, deve ser aplicada como vetor de eficiência para as
organizações. Isso é responsabilidade social. Isso é responsabilidade socioambiental. É moderno,
competitivo e humano. Humano como cada um de nós!
Bom estudo a todos!

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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho

1. Introdução à Unidade

Nesta unidade, abordaremos todos os detalhes necessários à definição ergonômica do


trabalho e do posto de trabalho.
Abordaremos, neste contexto, a ergonomia como vetor de eficiência nas organizações:
“Trabalhar direito para trabalhar melhor e não trabalhar mais...”
Assim, nesta Unidade vamos rever todos os assuntos abordados até o momento.
Para iniciarmos vamos definir o que vem a ser o “posto de trabalho”.
O posto de trabalho, seja na manufatura, seja na prestação de serviços, é o local ou ambiente
que você fica maior parte do seu tempo acordado. Se o local de trabalho não for minimamente
agradável, o trabalhador tende a desenvolver “males” psico-emocionais tais como depressão.
Segundo Iida (2005), posto de trabalho é a configuração física do sistema homem x máquina x
ambiente.É uma unidade produtiva envolvendo o homem e o equipamento que ele utiliza para
realizar o trabalho, bem como o ambiente que o circunda.Um posto de trabalho equivaleria
a uma célula, onde o homem é o seu núcleo. Um conjunto de células constitui o tecido e um
órgão, análogos aos departamentos, fábricas ou escritórios.
Note que, se o posto de trabalho e o trabalho nele executado trouxerem “agressividade” ao
trabalhador, não vai haver NADA que o motive, logo, esse trabalhador vai realizar um trabalho
ineficiente.
As organizações são compostas por pessoas. Pode ser uma organização de tecnologia como a
IBM ou o Google. No Google, independente do tamanho que essa organização tenha atingido,
os donos entrevistam os “candidatos aos cargos” pessoalmente, logo após sua contratação
porque acreditam que, mesmo sendo uma empresa que “vende tecnologia” precisa ser composta
de pessoas talentosas, criativas, comprometidas e motivadas. A ergonomia é motivacional. As
pessoas, para produzirem, precisam ter algum tipo de prazer com o que fazem.
Há dois enfoques para analisar o posto de trabalho: um taylorista e outro ergonômico. Chamo
sua atenção para que note que, em muitas vezes, esses “enfoques” coincidem.

2. Enfoque Taylorista

Segundo Iida (2005), o enfoque taylorista é baseado na economia de movimentos onde, as


pessoas envolvidas na definição do processo e do posto de trabalho devem desenvolver um
método de trabalho que melhor atenda os objetivos corporativos da organização. O grupo deve
também definir um método padrão seguindo as seguintes premissas:

• Realizar uma descrição detalhada do método especificando os movimentos necessários e


sequencia dos mesmos;
• Fazer um desenho esquemático do posto de trabalho, mostrando o posicionamento das peças,

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ferramentas e máquinas, com as respectivas dimensões;
• Listar as condições ambientais (iluminação, gases, poeiras) e outros fatores que podem afetar o
desempenho.

Além de definir um método padrão, deve estabelecer um tempo padrão: é o tempo


necessário, a um operador experiente, para executar o trabalho usando um método padrão,
incluindo-se aí as tolerâncias de espera, (por exemplo, aguardar a máquina a completar o ciclo),
as ineficiências do processo produtivo, e as tolerâncias para fadiga (dependem da carga de
trabalho e das condições ambientais).
Deve ser analisado também o uso do corpo humano no posto de trabalho, o arranjo físico
do posto de trabalho e o projeto das ferramentas, utensílios, dispositivos e equipamentos que
devem ser usados no posto de trabalho seguindo o roteiro:

a- Uso do corpo humano

1 - A duas mãos devem iniciar e terminar os movimentos no mesmo instante;


2 - As duas mãos devem ficar inativas ao mesmo tempo;
3 - Os braços devem mover-se em direções opostas e simétricas;
4 - Devem ser usados movimentos manuais mais simples;
5 - Deve-se usar quantidade de movimento (massa x velocidade) a favor do esforço muscular;
6 - Deve-se usar movimentos suaves, curvos e retilíneos das mãos (evitar mudanças bruscas
de direção);
7 - Os movimentos “balísticos” ou “soltos” terminando em anteparos são mais fáceis e
precisos que os movimentos controlados;
8 - O trabalho deve seguir uma ordem compatível com o ritmo suave e natural do corpo;
9 - As necessidades de acompanhamento visual devem ser reduzidas;

b- Arranjo do posto de trabalho

10 - As ferramentas e materiais devem ficar em local fixo;


11 - As ferramentas, materiais e controles devem localizar-se perto dos seus locais de uso;
12 - Os materiais devem ser alimentados por gravidade até o local de uso
13 - As peças acabadas devem fluir por gravidade (quando possível);
14 - Materiais e ferramentas devem localizar-se na mesma sequência do seu uso;
15 - A iluminação deve permitir uma boa percepção visual;
16 - A altura disposto de trabalho deve permitir o trabalho em pé, alternado com trabalho
sentado;
17 - Cada trabalhador deve dispor de uma cadeira que possibilite uma boa postura;

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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho

c- Projeto das ferramentas e do equipamento

18 - O trabalho estático das mãos deve ser substituído por dispositivos de fixação,
gabaritos ou mecanismos acionados por pedal;
19 - Deve-se combinar a ação duas ou mais ferramentas;
20 - As ferramentas e os materiais devem ser pré-posicionados;
21 - As cargas de trabalho com os dedos devem ser distribuídas de acordo com as
capacidades de cada dedo;
22 - Os controles, alavancas e volantes devem ser manipulados com alteração mínima de
postura do corpo e com maior vantagem mecânica.

3. Enfoque Ergonômico

De acordo com Iida (2005), o enfoque ergonômico é baseado na análise biomecânica da


postura e nas interações entre o homem, sistema e o ao ambiente.
O enfoque ergonômico tende a desenvolver postos de trabalho que reduzam exigências
biomecânicas e cognitivas, procurando colocar o trabalhador em uma boa postura de trabalho.
Aos objetos a serem manipulados ficam dentro da área de alcance dos movimentos corporais.
As informações colocam-se em posições que facilite a sua percepção. Em outras palavras, o
posto de trabalho deve envolver o trabalhador como uma “vestimenta” bem adaptada, em que
ele possa realizar o trabalho com conforto, eficiência e segurança.
No enfoque ergonômico, as máquinas, equipamentos, ferramentas e materiais são adaptados
às características do trabalho e capacidades do trabalhador visando promover o equilíbrio
biomecânico, reduzir as contrações estáticas da musculatura e o estresse geral, Assim, procura-se
garantir a motivação e a segurança do trabalhador e ainda, a produtividade do sistema. Procura-
se também eliminar tarefas altamente repetitivas, principalmente aquelas de ciclo menores há 1,5
minutos. Segue alguns pontos de atenção para a promoção do enfoque ergonômico do trabalho:

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Fig. 1 – Recomendações para evitar lesões no posto de trabalho. Iida (2005)

4. Arranjo Físico (Layout) e Estudo de Fluxos

Segundo Iida (2005), o projeto do posto de trabalho faz parte de um planejamento mais
global de instalações produtivas, também chamado arranjo físico ou layout de fábricas ou
escritórios. Esse planejamento de instalações e pode ser feito em três níveis:

Nível 1 – Projeto do macro espaço: são definidas as


dimensões de cada departamento e também das áreas
auxiliares, como estoques e manutenção. Nesse nível fica
definido o fluxo geral de materiais, desde a entrada de matéria
prima até a saída de produtos acabados, passando por todas
as etapas intermediárias de transformação dessa matéria prima
em produto.
Nível 2 – Projeto do micro espaço: Nesse nível a atenção
é focalizada em cada unidade produtiva, ou seja, no posto
de trabalho. Isso inclui o trabalhador e o ambiente em que
está inserido tais como máquinas e equipamentos e condições
locais de temperatura e ruído.
Nível 3 – Projeto detalhado: O projeto detalhado estabelece
as características dainterface homem-máquina-ambiente, para
que as interações entre esses subsistemas sejam adequadas. É
nessa fase que são projetados oi selecionados os instrumentos
de informação e de controle apropriados à natureza e exigências
do trabalho.

O arranjo físico (layout) é o estudo da distribuição parcial ou o posicionamento relativo dos


diversos elementos que compõe o posto de trabalho.

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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho

A definição arranjo físico no posto de trabalho dever seguir alguns critérios:

99 Importância: Colocar o componente mais importante em posição de destaque no posto


de trabalho.
99 Frequência de uso: Os componentes usados com maior frequência devem ser colocados
em posição de destaque ou de mais fácil alcance e manipulação.
99 Agrupamento funcional: Agrupamento de elementos de acordo com a sequência de uso.
99 Sequência de uso: Quando houver ordenamento operacional ou ligações temporais
entre os elementos, as posições relativas dos mesmos no espaço devem seguir a mesma
sequência.
99 Intensidade de fluxo: Os elementos, entre os quais ocorrem maior intensidade de
fluxo, são colocados próximos entre si.
99 Ligações preferenciais: Os elementos os quais ocorrem determinados tipos de ligações
são colocados próximos entre si.

Fig 2 e 3 - Arranjo físico e estudo de fluxos. Iida (2005)

A contribuição ergonômica pode ocorrer nos três níveis. No nível macro incluem-se estudos
do ambiente em geral (iluminação temperaturas e ruídos), a organização do trabalho (horários
e turnos), trabalhos em equipe, sistemas de transporte e outros. Essa amplitude refere-se á
macroergonomia. No nível micro, a ergonomia concentra-se essencialmente no estudo do posto
de trabalho. Na fase se Projeto Detalhado, faz estudos dos controles e manejos, e dos dispositivos
de informação.Para que o projeto seja ADEQUADO ao posto de trabalho, é necessário obter

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informações sobre a natureza da tarefa, equipamento, posturas e ambiente. É preciso que se
faça um “levantamento de dados” relativos á natureza do trabalho do posto de trabalho. Para
tanto, deve-se observar:

99 Se há fadigas físicas, visuais e mentais;


99 Se há dores localizadas em regiões corporais;
99 Se há desconfortos ambientais (ruídos, poeiras, vibrações, calor, reflexos e sombras);
99 Outros aspectos físicos (absenteísmos e doenças ocupacionais).

5. Atividades para Projeto de um Posto de Trabalho

1 - Faça um levantamento sobre as características da tarefa, equipamento e ambiente


usando técnicas como observações, entrevistas, questionários ou filmagens;
2 - Identifique o grupo de usuários para realizar medidas antropométricas relevantes ou
procure obtê-las em tabelas;
3 - Determine as faixas de variações das medidas antropométricas para altura dos assentos,
superfícies de trabalho, alcances e apoios em geral;
4 - Estabeleça prioridades para as operações manuais, colocando aquelas principais
na área de alcance preferencial;
5 - Providencie espaços adequados para acomodação e movimentação dos braços,
pernas e tronco;
6 - Localize os dispositivos visuais dentro da área normal de visão;
7 - Verifique a entrada e saída de materiais e de informaçõesde/para outros postos
de trabalho;
8 - Elabore um desenho do posto de trabalho em escala e posicione os seus
principais componentes;
9 - Construa um modelo (mock-up) em tamanho natural para testes com sujeitos
ou use sistemas de simulação – maquete eletrônica;
10 - Construa um protótipo para testes em condições reais de operação ou use sistemas de
simulação – maquete eletrônica.

5.1 Análise da tarefa

A primeira etapa da análise de um posto de trabalho é fazer uma análise detalhada da tarefa.
Esta pode ser definida como sendo um conjunto de ações humanas que torna possível um
sistema atingir seu objetivo. Ou, em outras palavras, é o que faz o sistema funcionar, para se
atingir o objetivo pretendido.
A análise da tarefa realiza-se em três níveis com seus respectivos subníveis:

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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho

5.2. Descrição da tarefa: condições gerais da tarefa e as condições


em que ela é executada

*Objetivo: para quê serve a tarefa, o que será executado ou produzido, em que quantidade em
com que qualidades;
*Operador: que tipo de pessoa trabalhará no posto;
*Características técnicas: quais serão as máquinas e materiais envolvidos;
*Aplicações: onde será usado o posto de trabalho;
*Condições operacionais: como vai trabalhar o operador; tipo de postura, esforços físicos,
condições desconfortáveis, riscos de acidentes, uso de EPI;
*Condições ambientais: como será o ambiente físico em torno do posto de trabalho (temperatura,
ruído, vibrações, gases, unidade, ventilação, iluminação e cores no ambiente);
*Condições organizacionais: organização do trabalho e condições sociais (horários, turno,
trabalho em grupo, chefia, alimentação, remuneração e carreira).

As informações sobre a tarefa devemreferem-se ás interações em nível sensorial do homem


e, os controles, em nível motor ou das atividades musculares.

5.3. Descrição das Ações:

* Informações: considerar o canal sensorial envolvido (auditivo, visual, sinestésico – sensibilidade


dos movimentos); tipos de características dos sinais (intensidade, forma, frequência, duração);
tipos e características dos dispositivos de informação (luzes, som displays, visuais, mostradores
digitais e/ou analógicos).
* Controles: envolve o tipo de movimento corporal exigido; membros acionados no movimento,
alcances manuais, características dos movimentos (velocidade, força precisão, duração); tipos e
características dos instrumentos de controle (botões, alavancas, volantes e pedais).

As ações podem ser registradas pela observação direta, por amostragem ou por filmagens.
Ergonomicamente, é importante registrar as seguintes características de cada ação.

5.4. Revisão crítica das tarefas e ações:

* Tarefas altamente repetitivas: as tarefas altamente repetitivas, com clico menor do que 90
segundos, devem ser observadas e deve-se incluir mais ações durante o ciclo de maneira que o
tempo de ciclo aumente. Quando a revisão do tempo de ciclo não for possível deve-se intercalar
essa atividade com outras tarefas que usem diferentes combinações de movimentos musculares.
* Ações estáticas: devem ser eliminadas ou aliviadas todos os tipos de contrações estáticas da
musculatura, como por exemplo, quando se segura uma peça com uma das mãos, enquanto a
outra executa alguma ação ou quando se deve manter o pedal acionado durante certo tempo.

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6. Dimensionamento do Posto de Trabalho

O dimensionamento correto do posto de trabalho é uma etapa fundamental para o bom


desempenho da pessoa que ocupará esse posto.
Com a crescente difusão da ergonomia no mundo e a gradativa valorização dos seus
conhecimentos, muitas de suas recomendações transformaram-se me normas técnicas. Essas
normas não são obrigatórias. Porém, quando seguidas, garantem certo padrão mínimo de
qualidade e melhoram a intercambialidade de componentes e sistemas. A ISO (International
Standard Organization) iniciou, na década de 1980, um esforço para normatizar as medidas
antropométricas em todo o mundo. Desde então foram, foram elaboradas mais de 30 normas
relacionadas com a ergonomia, entre elas:

99 ISO 6385 – Ergonomics principles in the design of work systems;


99 ISO 9241 – Ergonomic requirements for office work with visual display terminals;
99 ISO 11064 – 1 – Ergonomic design of control room layout.

O posto de trabalho deve ser dimensionado de forma que a maioria dos seus usuários tenha
uma postura confortável. Para isso, diversos fatores devem ser considerados:

99 Postura adequada do corpo;


99 Movimentos corporais necessários;
99 Alcance dos movimentos;
99 Medidas antropométricas dos ocupantes do cargo;
99 Necessidade de iluminação;
99 Necessidade de ventilação;
99 Dimensões das máquinas, ferramentas,dispositivos e mobiliário em geral;
99 Interação com outros postos de trabalho;
99 Altura do posto de trabalho;
99 Alcances normais e máximos das mãos;
99 Espaço para acomodar pernas e realizar movimentos laterais do corpo;
99 Dimensionamento das folgas;
99 Altura para visão e ângulo visual e;
99 Interação com o ambiente externo.

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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho

Fig. 4 – Dimensões recomendadas para projeto do posto de trabalho com computador. Iida (2005).

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6.1 Controles e manejos

Esse tópico é particularmente importante no contexto do projeto posto de trabalho porque


define a maneira pela qual vai, ou não vai, haver a interação entre homem e máquina, ou, entre
homem e sistemas.
Segundo Iida (2005), as máquinas são consideradas como prolongamentos do homem.
Uma boa adaptação homem x máquina contribui para reduzir erros, fadiga e acidentes. E,
como consequência, melhora o funcionamento bem como eficiência do sistema. No projeto
do posto de trabalho devem ser consideradas as características humanas para transmissão dos
movimentos, especialmente o uso das mãos. Deve ser considerado também para que haja
“harmonia” no posto de trabalho todas as ferramentas, dispositivos e utensílios utilizados pelo
trabalhador no posto de trabalho.
Usemos como exemplo o movimento de controle que é aquele que é executado pelo corpo
humano a fim de transmitir algum tipo de energia à máquina. Podem ser executados através das
mãos ou pés que vai desde o aperto de um botão até movimentos completos de perseguição.
A partir de um controle de videogame, podem-se acionar botões, ou “joysticks” para mover o
elemento desejado.

Fig. 5 – Tipos de controle remoto. Iida (2005)

Quando se afirma que um objeto tem “pega antropomorfa” quer se dizer que o objeto tem
uma superfície que se adapta ao corpo humano como no caso “a” da figura 5.

7. Mapa de risco

Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais
de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), capazes de
acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.
Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais,
equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do
trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de
trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)”.

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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho

O mapa de risco tem a finalidade de conscientização e informação dos trabalhadores através


da fácil visualização dos riscos existentes na empresa.

Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e


saúde no trabalho na empresa.

Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os


trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

Para elaborar o mapa de risco deve-se conhecer o processo de trabalho no local analisado: os
trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada;
os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o ambiente.

Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos


riscos ambientais.

Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva;


medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e
conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.

Identificar os indicadores de saúde como queixas mais frequentes e comuns entre os


trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais
diagnosticadas, causas mais frequentes de ausência ao trabalho.

Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.

Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculos:

99 O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada.


99 O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo.
99 A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico; ou
ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do
círculo.
99 A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser
representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.
99 Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual gravidade,
utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a cor correspondente
ao risco.
99 Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial,
deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso
para os trabalhadores.

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Fig. 6 – Tabela de classificação do risco - http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf

Fig. 7 – Simbologia de cores do mapa de risco. http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf

Fig. 8 - Tabela descritiva de riscos. http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf

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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho

Fig. 9 – Exemplo de mapa de risco.http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf

Os riscos ambientais no ambiente de trabalho compreendem os seguintes riscos:

99 Agentes químicos
99 Agentes físicos
99 Agentes biológicos
99 Agentes ergonômicos
99 Riscos de acidentes decorrentes do ambiente de trabalho.

São capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador em função de sua
natureza, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição.

7.1 Riscos físicos

São aqueles gerados por máquinas e condições físicas características do local de trabalho,
que podem causar danos à saúde do trabalhador.

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Fig. 10 – Exemplos de riscos físicos. http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf

Fig. 11 – Exemplos de riscos físicos e sua consequências http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_


ARQUI20081104143622.pdf

7.2 Riscos químicos


São aqueles representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas líquida,
sólida e gasosa, e quando absorvidos pelo organismo, podem produzir reações tóxicas e danos
à saúde.

Vias de penetração no organismo:

99 Via respiratória: inalação pelas vias aéreas.


99 Via cutânea: absorção pela pele.
99 Via digestiva: ingestão.

Fig. 12 – Exemplos de riscos químicos http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf

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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho

Fig. 13 – Exemplos de riscos químicos e sua consequências http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_


NOME_ARQUI20081104143622.pdf

7.3 Riscos biológicos

São aqueles causados por microrganismos como bactérias, fungos, vírus e outros. São
capazes de desencadear doenças devido à contaminação e pela própria natureza do trabalho.

Fig. 14 – Exemplos de riscos biológicos http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf

Fig. 14 – Exemplos de riscos biológicos e suas consequências http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_


ARQUI20081104143622.pdf

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7.4 Riscos Ergonômicos

Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que exigem que os ambientes de trabalho
se adaptem ao homem, proporcionando bem estar físico e psicológico.
Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores externos (do ambiente) e internos (do
plano emocional), em síntese, quando há disfunção entre o indivíduo e seu posto de trabalho.

Fig. 15 – Trabalhador fatigado http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf

Fig. 16 – Exemplos de riscos ergonômicos e suas consequências http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_


ARQUI20081104143622.pdf

7.5 Riscos Mecânicos ou de Acidentes

Os riscos mecânicos ou de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do ambiente
físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a integridade física
do trabalhador.

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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho

Fig. 17 – Exemplos de riscos mecânicos e acidentes de trabalho e suas consequências http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/


DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf

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Material Complementar

Caros,
com o objetivo de consolidar as informações obtidas neste ambiente, sugiro que façam uso
do seguinte material:

Explore

IIDA, ITIRO. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo, Edgard Blucher, 2009.
FALZON, PIERRE. Ergonomia. São Paulo, Edgard Blucher, 2010.
GUERIN, F.; LAVILLE, A. Compreender o trabalho para transformá-lo. A prática da
ergonomia. São Paulo, Edgard Blucher, 2010.
MORAES, A. Ergonomia: conceitos e aplicações. Rio de Janeiro, 2AB, 2012.
GOMES FILHO, J. Ergonomia do objeto: sistema técnico de leitura ergonômica.
São Paulo: Escrituras, 2010.

Pense
Depois de ler o material e informar-se
sobre o assunto, vamos pôr em prática
esses conhecimentos nas atividades!
Bom trabalho!

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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho

Referências

Pavani, R. A. Avaliação dos riscos ergonômicos como ferramenta gerencial em saúde ocupacional.
XIII SIMPEP, Bauru, São Paulo. Novembro de 2006.

Iida, I. Ergonomia, projeto e produção. São Paulo. Editora Blucher, 2005.

Explore

Workshop: Ergonomia aplicada á indústria farmacêutica. São Paulo.


Agosto de 2010.
··www.areaseg.com/
··www.fea.unicamp.br/adm/cipa/mapa_risco
··www.btu.unesp.br/cipa/mapaderisco.htm
··www.cipa.unidavi.edu.br/

26
Anotações

27
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Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil
Tel: (55 11) 3385-3000

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