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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


ENGENHARIA QUÍMICA

DIFUSÃO DA ACETONA EM CÉLULA DE ARNOLD

Diamantina
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DIFUSÃO DA ACETONA EM CÉLULA DE ARNOLD

Charles Deodoro Vasconcelos da Silva


Jéssica Guimarães Oliveira
Jéssica Vanessa Silva Almeida
Juliana Nascimento Rocha
Ludmilla Batista Louzada
Mainara Trindade de Almeida
Robinson Medeiros Rabelo Junior

Professor: Tarcila Mantovan Atolini

Relatório apresentado a disciplina


ENQ 302 - Laboratório de Engenharia
Química II, do curso de Engenharia Química
da Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri, como parte dos
requisitos para aprovação na disciplina.

Diamantina
2014
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Módulo experimental utilizado na prática. ............................................................ 10


Figura 2 – Altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para a temperatura de
40°C. ......................................................................................................................................... 13
Figura 3 – Altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para a temperatura de
46°C. ......................................................................................................................................... 14
Figura 4 – Altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para a temperatura de
52°C. ......................................................................................................................................... 14
Figura 5 – Variação da altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para a
temperatura de 40°C. ................................................................................................................ 15
Figura 6 – Variação da altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para a
temperatura de 46°C. ................................................................................................................ 15
Figura 7 – Variação da altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para
temperatura de 52°C. ................................................................................................................ 16

ii
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados de altura do capilar para a temperatura da 40 ºC. ....................................... 12


Tabela 2 – Dados de altura do capilar para a temperatura da 46 ºC. ....................................... 12
Tabela 3 – Dados de altura do capilar para a temperatura da 52 ºC. ....................................... 13
Tabela 4 – Dados para o cálculo do coeficiente de difusão e o seu valor obtido. ................... 15
Tabela 5 – Dados para o cálculo do coeficiente de difusão e o seu valor obtido. ................... 16

iii
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 5
1.1 Dedução do cálculo do coeficiente de difusão (DAB) para difusão molecular pseudo-
estacionária em filme estagnado ............................................................................................. 5
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 9
2.1 Objetivo geral ................................................................................................................... 9
2.2 Objetivos específicos ........................................................................................................ 9
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 10
3.1 Equipamentos ................................................................................................................. 10
3.2 Materiais ......................................................................................................................... 10
3.3 Metodologia .................................................................................................................... 10
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 12
5 CONCLUSÕES ................................................................................................................... 18
6 SUGESTÕES PARA CONTINUAÇÃO DO TRABALHO ............................................ 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 20
ANEXOS ................................................................................................................................. 21

iv
1 INTRODUÇÃO
A transferência de massa é o processo que estuda a movimentação da matéria, essa
movimentação se dá por difusão molecular ou por convecção. A difusão molecular, que é o
objetivo deste relatório, ocorre devido à existência de regiões com diferentes concentrações
onde a transferência de massa ocorre em direção a região com menor concentração.
O experimento com célula de Arnold é utilizado para determinar o coeficiente de difusão
molecular ou coeficiente de difusão mássica (DAB) de uma espécie em outra de acordo com a
pressão e a temperatura. Essa célula é composta por um tridente de vidro graduado (facilitando
a determinação da difusividade no ar estagnado), no capilar adiciona- se o líquido volátil
(acetona) e no restante do capilar tem-se ar estagnado. Antes de entrar no sistema, o ar passa
por um desumidificador e sai no bolhometro, o que garante que a concentração no topo seja
nula.
Com o passar do tempo é possível perceber que a altura do nível da acetona vai
diminuindo, o que mostra a ocorrência da evaporação da acetona no ar, permitindo o calculo da
difusão mássica no ar.
Se as condições do sistema (pressão e temperatura) da mesma substância são alteradas,
obteremos também variações nos valores de difusividade.

1.1 Dedução do cálculo do coeficiente de difusão (DAB) para difusão molecular pseudo-
estacionária em filme estagnado

A taxa de evaporação pode ser medida em termos de fluxo molar, através da equação
diferencial geral de transferência de massa:
𝜕𝐶𝐴 𝜕𝐶𝐴 𝜕𝑁𝐴,𝑥 𝜕𝑁𝐴,𝑦 𝜕𝑁𝐴,𝑧 (1)
∆𝑁𝐴 + − 𝑅𝐴 = 0 ou +[ + + ] − 𝑅𝐴 = 0
𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

Onde:
𝛥𝑁𝐴 = fluxo molar de A
𝜕𝐶𝐴
= Variação da Concentração de A com o tempo
𝜕𝑡

𝑅𝐴 = Taxa de reação química

Considerando que no processo de difusão em filme estagnado não ocorre reação


química:
𝑅𝐴 = 0
Processo ocorre em meio pseudo-estacionário:

5
𝜕𝐶𝐴
=0
𝜕𝑡
Fluxo unidirecional:
𝜕𝑁𝐴,𝑥 𝜕𝑁𝐴,𝑦
[ + ]=0
𝜕𝑥 𝜕𝑦
Se o gás B estagnado sobre o líquido A for insolúvel:
𝜕𝑁𝐵,𝑧
=0
𝜕𝑧
O fluxo molar de A que transfere à fase gasosa é dado por:
𝜕𝑦𝐴
𝑁𝐴,𝑧 = −𝐶𝐷𝐴𝐵 ∗ − 𝑦𝐴 (𝑁𝐴,𝑧 + 𝑁𝐵,𝑧 ) (2)
𝜕𝑧
Onde:
𝐷𝐴𝐵 = Difusividade mássica do líquido A no gás B
𝜕𝑦𝐴
= Variação da fração molar de A pela variação do nível deste líquido no capilar central da
𝜕𝑧

célula.
Como 𝑁𝐵,𝑧 = 0. Temos:
−𝐶𝐷𝐴𝐵 𝑑𝑦𝐴
𝑁𝐴,𝑧 = ∗ (3)
1 − 𝑦𝐴 𝑑𝑧
A equação (3) pode ser integrada entre duas condições de contorno:
Para z = z1 → yA = yA1e Para z = z2 → yA = yA2
Resultando em:
𝐶𝐷𝐴𝐵 1 − 𝑦𝐴2
NA,Z = ln (4)
𝑍2 − 𝑍1 1 − 𝑦𝐴1
Sendo:
z2 – z1 = diferença entre o comprimento total do capilar central da célula e o nível do líquido
A nesse capilar.
Como a difusão é função de uma média logarítmica da taxa de difusão do líquido A que
evapora e do gás B estagnado, então:
𝑦𝐵2 − 𝑦𝐵1 (5)
𝑌𝐵,𝑚𝑙 = 𝑦
𝑙𝑛 𝑦𝐵2
𝐵1

Se a mistura for binária, podemos considerar:


𝑦𝐴1 − 𝑦𝐴2
𝑌𝐵,𝑚𝑙 =
1 − 𝑦𝐴2 (6)
𝑙𝑛
1 − 𝑦𝐴1
Como: (7)

6
y A1 – y B1 = 1 (z = z1)

y A2 – y B2 = 1 (z = z2) (8)
Substituindo as considerações acima na equação (6), temos:
(1−𝑦𝐴2 )−(1−𝑦𝐴1 ) 1−𝑦 𝑦𝐴1 −𝑦𝐴2 (9)
𝑌𝐵,𝑚𝑙 = 1−𝑦𝐴2 → 𝑙𝑛 (1−𝑦𝐴2 ) =
𝑙𝑛( ) 𝐴1 𝑌𝐵,𝑚𝑙
1−𝑦𝐴1

Substituindo a Equação (9) em (4), temos:


𝐶𝐷𝐴𝐵 𝑦𝐴1 − 𝑦𝐴2
NA,Z = ∗
𝑧2 − 𝑧1 𝑌𝐵,𝑚𝑙 (10)

Como A e B se encontram na fase gasosa:


n P PA
C = VPV= nRTC = RTρPA = P

Obtemos:
𝑃 𝐷𝐴𝐵 (𝑃𝐴1 − 𝑃𝐴2 ) (11)
𝑁𝐴,𝑧 = ∗ ∗
𝑅𝑇 𝑍2 − 𝑍1 𝑃𝐵,𝑚𝑙
A quantidade do componente A que deixa a fase líquida é dada por:
𝜌𝐴 𝜕𝑧
𝑁𝐴,𝑍 = ∗ (12)
𝑀𝐴 𝜕𝑡

Igualando a Equação (10) e (12), temos:

𝜌𝐴 𝜕𝑧 𝐶𝐷𝐴𝐵 𝑦𝐴1 − 𝑦𝐴2


∗ = ∗ (13)
𝑀𝐴 𝜕𝑡 𝛥𝑧 𝑌𝐵,𝑚𝑙

Aplicando a definição de integral, temos:


𝑡=𝑡 𝑧2
𝜌𝐴 𝑦𝐵,𝑚𝑙
∫ 𝜕𝑡 ∗ ∗ ∗ ∫ 𝑧 ∗ 𝜕𝑧
𝑡=0 𝑀𝐴 𝐶𝐷𝐴𝐵 ∗ (𝑦𝐴1 − 𝑦𝐴2 ) 𝑧1
Dessa forma, obtém-se a equação da difusão pseudo-estacionaria através de um filme
estagnado:

𝜌𝐴 𝑌(𝐵,𝑚𝑙) 𝑧22 − 𝑧12


𝑡= ∗ ∗ (14)
𝑀𝐴 𝐶𝐷𝐴𝐵 ∗ (𝑦𝐴1 − 𝑦𝐴2 ) 2

Onde,
t = tempo necessário para baixar o nível do líquido A no capilar central da célula
ρA = densidade do líquido A

7
yA1 – yA2 = diferença entre o vapor do componente A na fase líquida e gasosa
𝑧22 − 𝑧12 = diferença da altura final e inicial do líquido A no interior do capilar
MA = massa molar do líquido A
C = concentração molar do gás
Isolando DAB na equação (14), encontramos:
𝜌𝐴 ∗ 𝑦𝐵 (𝑚𝑙) (𝑧22 − 𝑧12 )
𝐷𝐴𝐵 = ∗
𝐶𝑡 (𝑦𝐴1 − 𝑦𝐴2 ) 𝑀𝐴 2 (15)

8
2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

A presente prática teve por finalidade estudar o fenômeno da difusão de gases em uma
célula de Arnold.

2.2 Objetivos específicos

 Determinar os coeficientes de difusão da acetona a 40ºC, 46ºC e 52ºC.


 Verificar a relação entre a difusividade e a temperatura.
 Comparar os resultados obtidos com dados da literatura.

9
3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Equipamentos

Figura 1 – Módulo experimental utilizado na prática.

3.2 Materiais

 Acetona PA (MA =58,08 g/mol). Fabricante: Cromato Produtos Químicos


LTDA.
 Esferas de sílica-gel
 Água

3.3 Metodologia

1. Ligou-se a chave geral;


2. Ligou-se o banho termostático TIC-01 e ajustou-se o set point para 40ºC
(indicação em vermelho: medição; indicação em verde: set point);
3. Com as válvulas fechadas ligou-se o compressor;
4. Abriu-se as válvulas de agitação;

10
5. O capilar de difusão foi preenchido com acetona até o valor próximo a 5 da
graduação;
6. Esperou-se a temperatura do banho se estabilizar no set point ajustado;
7. A passagem do ar para o desumidificador e bolhômetro foi aberta;
8. Anotou-se a altura da interface e acionou-se o cronômetro. Acompanhou-se a
variação da altura da interface da acetona no capilar a cada 5 minutos , durante
50 minutos;
9. Fechou-se a passagem de ar pelo capilar;
10. Reajustou-se a temperatura do banho termostático para 46ºC;
11. Repetiu-se o procedimento a partir do item 6 ao 10;
12. Reajustou-se a temperatura do banho termostático para 52ºC;
13. Repetiu-se o procedimento a partir do item 6 ao 10;
14. Desligou-se o equipamento e limpou-se o capilar.

11
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os dados obtidos para a temperatura de 40 ºC foram dispostos na tabela abaixo, sendo
a temperatura inicial de 40,2 ºC e altura inicial de 1,3 cm.
Tabela 1 – Dados de altura do capilar para a temperatura da 40 ºC.
Tempo(min) Altura(cm) Temperatura(ºC)*
5 1,35 40,0
10 1,40 40,7
15 1,45 40,2
20 1,50 40,0
25 1,55 40,0
30 1,60 40,0
35 1,60 40,0
40 1,65 40,0
45 1,70 40,0
50 1,70 40,0
*Temperatura de medição
Os dados obtidos para a temperatura de 46 ºC foram dispostos na tabela abaixo, sendo
a temperatura inicial de 46 ºC e altura inicial de 1,6 cm.

Tabela 2 – Dados de altura do capilar para a temperatura da 46 ºC.


Tempo(min) Altura(cm) Temperatura(ºC)*
5 1,60 46,6
10 1,70 46,5
15 1,70 46,1
20 1,80 46,0
25 1,90 46,0
30 1,95 45,9
35 2,00 46,0
40 2,05 46,0
45 2,10 46,0
50 2,10 46,0
*Temperatura de medição
Os dados obtidos para a temperatura de 52ºC foram dispostos na tabela abaixo, sendo a
temperatura inicial de 52ºC e altura inicial de 2,1 cm.

12
Tabela 3 – Dados de altura do capilar para a temperatura da 52 ºC.
Tempo(min) Altura(cm) Temperatura(ºC)*
5 2,10 52,7
10 2,20 52,4
15 2,30 52,2
20 2,45 52,0
25 2,50 52,0
30 2,60 51,0
35 2,70 52,0
40 2,80 52,0
45 2,90 52,0
50 2,90 51,9
*Temperatura de medição
Com os dados obtidos das tabelas 1 a 3 foi possível construir os gráficos (1 a 3) com a
altura da superfície líquida (acetona) no capilar ao longo do tempo para cada temperatura
empregada.

Temperatura 40°C
2,00
y = 0,0083x + 1,3205
R² = 0,9812
1,50
Altura (cm)

1,00
Série1

0,50 Linear (Série1)

0,00
0 10 20 30 40 50 60
Tempo (min)

Figura 2 – Altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para a temperatura de 40°C.

13
Temperatura 46°C
2,50
y = 0,0115x + 1,5773
Altura (cm) 2,00 R² = 0,974

1,50

1,00 Série1
Linear (Série1)
0,50

0,00
0 20 40 60
Tempo (min)

Figura 3 – Altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para a temperatura de 46°C.

Temperatura 52°C
3,50
3,00 y = 0,0181x + 2,0523
R² = 0,9866
2,50
Altura (cm)

2,00
1,50 Série1
1,00 Linear (Série1)
0,50
0,00
0 10 20 30 40 50 60
Tempo (min)

Figura 4 – Altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para a temperatura de 52°C.
De acordo com o formato da equação 16, pode-se plotar os gráficos com as variações
de altura ao longo do tempo para cada temperatura empregada. Resultando em um gráfico de
dispersão de pontos (Gráfico 4 a 6), permitindo encontrar uma equação de reta no formato y =
a*x, onde y representa a variação da altura da superfície líquida, x o intervalo de tempo entre
as medições, e com o coeficiente angular a encontrado, pode-se obter o DAB (Tabela 4).
𝑍22 − 𝑍12 𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑀𝐴 (𝑦𝐴1 − 𝑦𝐴2 )
= 𝑡 (16)
2 𝜌𝐴 𝑦𝐵,𝑚𝑙
Assim:
𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑀𝐴 (𝑦𝐴1 − 𝑦𝐴2 )
𝑎= (17)
𝜌𝐴 𝑦𝐵,𝑚𝑙
Rearranjando:

14
𝑎 𝜌𝐴 𝑦𝐵,𝑚𝑙
𝐷𝐴𝐵 = (18)
𝐶𝑀𝐴 (𝑦𝐴1 − 𝑦𝐴2 )

Tabela 4 – Dados para o cálculo do coeficiente de difusão e o seu valor obtido.


Temperaturaa (°C) Coeficiente Densidadec Cd yA1e yB,mlf DABg
Angularb (g/cm3) (mol/cm3) (cm2/s)
40 0,013 0,330 3,89E-05 0,55 0,686 0,039
46 0,0196 0,328 3,82E-05 0,69 0,585 0,041
52 0,0407 0,326 3,75E-05 0,86 0,435 0,051
a
Temperatura atribuída ao sistema; b Coeficiente angular da reta (a) obtido através do gráfico; c Densidade da
acetona líquida na temperatura atribuída calculada de acordo com a tabela 2-32 do capítulo 2 do Perry’s Manual
de Engenharia Química, 8 edição; d Concentração molar do gás; e Fração molar da acetona na fase líquida; f Fração
molar média logarítmica do ar; g Coeficiente de difusão da acetona no ar. MA=58,08 g/mol. Fração molar do ar na
fase líquida (yA2) = 0.

Temperatura 40°C
0,7
y = 0,013x
Variação da altura (cm)

0,6 R² = 0,9847
0,5
0,4
0,3 Série1
0,2 Linear (Série1)
0,1
0
0 10 20 30 40 50 60
Tempo (min)

Figura 5 – Variação da altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para a temperatura de 40°C.

Temperatura 46°C
1,2
y = 0,0196x
Variação da altura (cm)

1 R² = 0,9688
0,8

0,6
Série1
0,4
Linear (Série1)
0,2

0
0 20 40 60
Tempo (min)

Figura 6 – Variação da altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para a temperatura de 46°C.

15
Temperatura 52°C
2,5
Variação da altura (cm) y = 0,0407x
R² = 0,9725
2

1,5

1 Série1
Linear (Série1)
0,5

0
0 20 40 60
Tempo (min)

Figura 7 – Variação da altura da superfície líquida no capilar ao longo do tempo para temperatura de 52°C.
O coeficiente de difusão mássica também foi calculado por meio da Equação 15
utilizando os dados encontrados na Tabela 5, admitindo-se transferência de massa
unidimensional sem reação química através da difusão molecular pseudo-estacionária em filme
estagnado.
Tabela 5 – Dados para o cálculo do coeficiente de difusão e o seu valor obtido.
Temperaturaa (°C) Densidadeb Pressãoc Cd Z1e Z2f DABm
(g/cm3) (atm) (mol/cm3) (cm) (cm) (cm2/s)
40 0,330 0,554 3,89E-05 1,30 1,70 0,036
46 0,328 0,695 3,82E-05 1,60 2,10 0,038
52 0,326 0,862 3,75E-05 2,10 2,90 0,050
Temperaturaa (°C) yA1g yB1h yA2i yB2j yB,mll
40 0,55 0,45 0 1 0,686
46 0,69 0,31 0 1 0,585
52 0,86 0,14 0 1 0,435
a
Temperatura atribuída ao sistema; b Densidade da acetona líquida na temperatura atribuída calculada de acordo
com a tabela 2-32 do capítulo 2 do Perry’s Manual de Engenharia Química, 8 edição; c Pressão de vapor da acetona
na temperatura atribuída calculada de acordo com a tabela 2-8 do capítulo 2 do Perry’s Manual de Engenharia
Química, 8 edição; d Concentração molar do gás; e Altura inicial da acetona no interior do capilar; f Altura final da
acetona no interior do capilar; g Fração molar da acetona na fase líquida; h Fração molar do ar na fase líquida; i
Fração molar da acetona na fase gasosa; j Fração molar do ar na fase gasosa; l Fração molar média logarítmica do
ar; m Coeficiente de difusão da acetona no ar. MA=58,08 g/mol.

Analisando os valores obtidos para o coeficiente de difusão, observa-se que não houve
uma diferença significativa entre os métodos empregados (método gráfico e método numérico).

16
Também foi possível verificar a influência da temperatura na difusividade mássica.
Teoricamente, a relação entre o coeficiente de difusão e a temperatura é diretamente
proporcional. Tal fato foi comprovado experimentalmente, uma vez que com o aumento da
temperatura observou-se um aumento no coeficiente de difusão.
Para a acetona a 1 atm e 25 ºC, o coeficiente de difusividade encontrado foi de 0,11x10-
4
m2s-1 (INCROPERA,1992). Comparando-se este valor com os outros coeficientes calculados
0,039 x10-4 m2s-1 (40 ºC), 0,041x10-4 m2s-1 (46 ºC), 0,051x10-4 m2s-1 (52 ºC), percebe-se uma
disparidade entre os valores obtidos em relação ao ilustrado na literatura. Vale destacar que,
por se tratar de temperaturas diferentes era esperado que os dados experimentais apresentassem
valores distintos do valor teórico. No entanto, tal discrepância foi significativa, indicando a
possibilidade de algum erro durante a mensuração ou mesmo das condições físicas do sistema
como, por exemplo, uma variação da temperatura ao longo do experimento.

17
5 CONCLUSÕES
O presente experimento possibilitou o cálculo do coeficiente de difusão da acetona no
ar em diferentes temperaturas, através de uma célula de Arnold, considerando uma difusão
molecular pseudo-estacionária em filme estagnado. Dessa forma, foram obtidos os valores de
0,039 x10-4 m2s-1 (40 ºC), 0,041x10-4 m2s-1 (46 ºC), 0,051x10-4 m2s-1 (52 ºC) para o método
gráfico; e de 0,036 x10-4 m2s-1 (40 ºC), 0,038x10-4 m2s-1 (46 ºC), 0,050x10-4 m2s-1 (52 ºC) para
o método numérico.
Ao se comparar os métodos empregados, percebe-se uma proximidade entre os valores.
No entanto, quando comparados com o valor obtido na literatura à condição de 25 ºC e 1atm,
verifica-se uma grande diferença, a qual pode ser associada a possíveis erros experimentais.
Os dados também possibilitaram observar a relação diretamente proporcional entre os
coeficientes calculados e as suas respectivas temperaturas, ou seja, que um aumento da
temperatura gera uma maior difusividade mássica.

18
6 SUGESTÕES PARA CONTINUAÇÃO DO TRABALHO
Para trabalhos posteriores seria interessante a aplicação da equação (19), na qual
podemos predizer o coeficiente de difusão em gases em uma condição desconhecida (T2, P2), a
partir de um DAB conhecido na condição (T1, P1).
𝐷𝐴𝐵│𝑇2,𝑃2 𝑃1 𝑇2 3 𝛺𝐷│𝑇1
= ( )( )2 ( ) (19)
𝐷𝐴𝐵│𝑇1,𝑃1 𝑃2 𝑇1 𝛺𝐷│𝑇2
Outro ponto importante é a melhoria do sistema de aquecimento para evitar a variação
da temperatura ao longo da mensuração da altura da superfície líquida no capilar. Também seria
conveniente a utilização de um sistema digital para medição desta altura, reduzindo os erros
durante a mensuração.

19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PERRY, R. H.; GREEN, D. W.; MALONEY, J. O. Perry's chemical engineer's handbook. 8.


ed. New York: McGraw-Hill, 2008.
INCROPERA, F. P. Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. Rio de Janeiro:
LTC, 1992.

20
ANEXOS
Equação utilizada para o cálculo da pressão de vapor da acetona
𝐶2
ln PA = C1 + + C3lnT + C4𝑇 𝐶5
𝑇
Acetona (C3H6O): C1= 69,006; C2= -5599,6; C3= -7,0985; C4= 6,2237x10-6, C5= 2. Dados
fornecidos na tabela 2-8 do capítulo 2 do Perry’s Manual de Engenharia Química, 8 edição.
Nesta equação, a pressão de vapor é dada em Pascal (Pa) e a temperatura deve estar em Kelvin
(K).

Equação utilizada para o cálculo da densidade da acetona (ρA)


𝐶1
ρA = 𝑇 𝐶4
[1+(1−( ) )]
𝐶3
𝐶2

Acetona (C3H6O): C1= 1,2332; C2= 0,25886; C3= 508,2; C4= 0,2913. Dados fornecidos na
tabela 2-32 do capítulo 2 do Perry’s Manual de Engenharia Química, 8 edição. Nesta equação,
a densidade é dada em mol/dm3 e a temperatura deve estar em Kelvin (K).

Equação utilizada para o cálculo da concentração

𝑃
C=
𝑅𝑇
Sendo:

P (Pressão total do sistema) = 1 atm

R (Constante universal dos gases) = 82,06 atm.cm3/mol.K

T (Temperatura do sistema em K)

Equação utilizada para o cálculo de 𝒚𝑩,𝒎𝒍 , yA1, yB1


Condição de Contorno: yA2= 0; yB2=1

𝑣𝑎𝑝
𝑃𝐴 𝑦𝐵2 −𝑦𝐵1
𝑦𝐴1 = 𝑦𝐵1 = 1 − 𝑦𝐴1 𝑦𝐵,𝑚𝑙 = 𝑦
𝑃 𝑙𝑛 𝐵2
𝑦𝐵1

21

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