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1 INTRODUÇÃO

A anemia é um distúrbio hematológico, onde o eritrócito perde sua


capacidade funcional, reduzindo o transporte de oxigênio e nutrientes aos tecidos
periféricos. É caracterizada pela baixa concentração de hemoglobina e número de
hemácias, sendo assim, necessário a assistência adequada e o diagnóstico dos
pacientes. O primeiro passo para este diagnóstico, é a análise laboratorial,
determinando , a concentração de hemoglobina, e o número de hemácias no
sangue, depois, avalia-se os outros parâmetros hematimetricose as possíveis
causas (KUMAR et al., 2006).
A disfunção hematológica mais encontrada nos idosos é a anemia, sua
etiologia pode ter diversas causas, como:as deficiências nutricionais, doenças
crônicas, inflamações e causas sem explicação cientifica. O mecanismo que explica
a grande prevalência de idosos anêmicos é devido ao aumento da idade que requer
uma demanda maior do hormônio responsável pela maturação dos eritrócitos, a
eritropoietina, entretanto a capacidade hormonal diminui com o avanço da idade
(CORONA, 2014).
O processo de envelhecimento do ser humano trás consigo mudanças do
estado fisiológico, que pode interferir no mecanismo da homeostase sanguínea. A
morbidade da anemia é prevalente em idosos que têm complicações, como infarto
miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência arterial periférica, isquemia
mesentérica, insuficiência hepática e renal. Essas patologias favorecem o
aparecimento da anemia de instalação rápida e carencial, por ser um problema
secundário a alguma doença de base. Entretanto, ela não deve ser considerada
como consequência inevitável do envelhecimento (GUALANDRO; HOJAIJ; JACOB
FILHO, 2010).
A anemia em idosos pode ser causada por uma patologia secundária a outros
agravos da condição de saúde do idoso, a um déficit da atividade medular,
sangramentos e infecções, que colaboram para a diminuição do nível de
hemoglobina, os acometidos estão na faixa etária entre 60 e 80 anos. (SILVA et al.,
2012). Com isso,quais os principais fatores que determinam a anemia carencial no
idoso?
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Em indivíduos mais velhos a anemia está associada a um quadro amplo de


complicações, incluindo aumento do risco para a mortalidade, doenças
cardiovasculares, disfunção cognitiva, redução da densidade óssea, e fraturas. Não
surpreendentemente, a anemia também tem um efeito significativo na qualidade de
vida dos idosos. Conforme o caráter generalista, humanista, crítico e reflexivo do
profissional biomédico, que tem o dever de contribuir para a promoção da saúde e o
bem-estar social de todos, atuando em todas as esferas, clínico laboratoriais, sociais
e educacionais, esse trabalho visa difundir informações a cerca dessa patologia que
acomete os idosos.
O presente estudo se justifica pela difusão de informações sobre o referido
tema com finalidade de estabelecer correlações entre a anemia carencial e doenças
de base, tornando-se assim uma doença secundária a outras patologias. Nota-se a
necessidade de uma maior preocupação nessa esfera, buscando integração do
idoso no âmbito social, pois essa patologia afeta a condição física, mental e social
do mesmo, onde o idoso tem mobilidade muscular reduzida, fadiga, cansaço, entre
outros sintomas que interfere consideravelmente na qualidade de vida.
Entretanto, este trabalho apresenta relevância social, pois se preocupa com a
inserção do idoso no meio social, visando o envelhecimento saudável, onde visa o
bem estar do idoso. Pois, qualidade de vida é um conjunto de condições básicas que
envolvem bem estar físico, mental e de saúde, sendo que a anemia é uma patologia
que interfere negativamente em todas as esferas, comprometendo a saúde do idoso.
O objetivo geral deste trabalho é identificar e descrever os fatores
determinantes para o surgimento da anemia carencial no idoso. E tem como
objetivos específicos: Caracterizar e descrever a anemia carencial no idoso;
pesquisar as consequências do envelhecimento na vida do idoso; destacar os
métodos utilizados para o diagnóstico da anemia e explicar as patologias que
acomete os idosos e resulta em doenças secundarias como a anemia carencial.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO

Conforme Mendes et al. (2005, p.423): Envelhecer é um processo natural


que caracteriza uma etapa da vida do homem e dá-se por mudanças físicas,
psicológicas e sociais que acometem de forma particular cada indivíduo com
sobrevida prolongada.
A qualidade de vida está interligada ao processo de envelhecimento na vida
do idoso, onde cada um envelhece psicologicamente e biologicamente de forma
diferente. O idoso que possui boa qualidade de vida tem uma longevidade, pois
relaciona-se ao bem estar físico e psíquico do idoso, assegurando mais dias de vida
(SPIRDUSO, 2005).
O envelhecimento é um processo ativo, irreversível e multifatorial,
independente da condição genética do individuo, deixando o organismo mais
vulnerável a agressões externas e internas, afetando diretamente a funcionalidade e
homeostase do mesmo (MORAES et al., 2010).
Envelhecer tem efeitos significativos levando a diversas modificações
morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas em diversos sistemas. Os
sistemas envolvidos neste processo são, gastrintestinal, orofaríngeo, endócrino e
nervoso. Os efeitos são diversos, dentição deficiente, xerostomia, diminuição da
motilidade do esôfago, atraso no esvaziamento do estômago, alterações nas ações
dos hormônios circulantes e diminuição da percepção e da resposta sensorial e
muscular (SOUZA; GUARIENTO, 2009).
O conceito biológico do envelhecimento está relacionado com aspectos
moleculares, celulares, teciduais e orgânicos dos idosos. O conceito psíquico tem
relação com as ações psicocognitivas e afetivas, interferindo na personalidade,
levando a alterações comportamentais e emocionais no idoso (FECHINE, 2012).
O processo de envelhecimento é explicado por pesquisadores a partir de
teorias, onde a mais aceita é teoria da deterioração da síntese proteica e a teoria do
relógio biológico. Existem fatores que colaboram para explicar essas teorias que são
fatores extrínsecos e intrínsecos, que se relacionam a alimentação, variações
climáticas, radiação, alterações imunológicas e radicais livres (NETTO, 2005).
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O estudo para desvendar a teoria do envelhecimento biológico celular iniciou-


se a partir de pesquisas em 1981, onde os pesquisadores fizeram culturas de
células e analisaram a capacidade de duplicação da mesma. Os resultados
mostraram que a longevidade é determinada geneticamente, e a capacidade de
replicação celular é limitada e esse limite varia de acordo as suas características
genéticas (MOTA; FIGUEIREDO; DUARTE, 2004).
De acordo Neto (2005), acontece alterações orgânicas e homeostáticas na
composição corpórea do idoso, onde há uma redução dos líquidos corpóreos e
massa celular do organismo, essas alterações podem ser notadas a partir da
estatura e peso. As alterações funcionais ocorrem em todos os setores do
organismo, tento comprometimento morfológico e funcional dos órgãos e sistemas.

2.1.1 Saúde do idoso

O idoso encontra-se assegurado pela lei n° 10.741, de 1º de outubro de 2003


onde deixa clara a preferência na formulação e na execução de políticas sociais
públicas específicas; destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas
relacionadas com a proteção ao idoso; priorização do atendimento do idoso por sua
própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam
ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência (BRASIL, 2003).
O Brasil apresenta uma taxa de envelhecimento crescente, com isso o perfil
sócio demográfico e de saúde vem mudando desde o século XX, como observado
na figura 1, essa mudança é devido a vários fatores que culminaram em processo de
transição na população brasileira e o aumento da população idosa, sendo eles, a
industrialização, a migração da área rural para área urbana, onde as pessoas
buscavam uma melhor condição de vida. Isso levou o acesso do público feminino a
métodos contraceptivos, que contribuíram para diminuição da taxa de
fecundidade(BRASIL, 2009).
O principal determinante dessa crescente aceleração de transição demográfica
é devido às políticas públicas adotadas, para a redução da mortalidade. Entretanto os
índices de morbidade aumentaram de acordo ao da faixa etária, evidenciando o
aparecimento de doenças crônicas e multifatoriais na população mais idosa
(BRASIL,2012).
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As principais causas de mortalidade e morbidade entre idosos registradas no


sistema único de saúde (SUS) estão listada a seguir: doenças do aparelho
circulatório, doenças do aparelho digestivo, algumas doenças infecciosas e
parasitárias, neoplasias, doenças do aparelho geniturinário, doenças endócrinas
nutricionais e metabólicas, doença do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo e
as doenças do sistema nervoso (BRASIL, 2009).

Figura 1- Projeção da população, jovens e adultos de 1940 a 2050.

Fonte: Brasil (2009).

De acordo Geib (2012), a saúde do idoso está inteiramente ligada a


determinantes sociais da saúde, como no modelo de Dahlgren e Whitehead, que
explica a interação entre os diferentes níveis de condições sociais que produzem
desigualdade em saúde. Este modelo estuda as condições socioeconômicas e
culturais, condições de vida e trabalho, redes sociais e comunitárias, comportamento
e estilo de vida.
Segundo Motta et al. (2012), a importância da atenção básica em saúde ao
idoso no SUS, na estratégia de saúde em família (ESF), deve ser voltada a
qualidade de vida no processo de envelhecimento saudável. Porém a demanda varia
entre idosos saudáveis e idosos acometidos por diferentes patologias, adequando-
os nos níveis de atendimentos primário, secundário e terciário para uma resolução.
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2.2 A FORMAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS

O sangue é um tecido líquido, constituinte primordial do sistema artereo


venoso e capilar, ele transporta nutrientes, oxigênio, realiza trocas gasosas
participando de processos metabólicos. É composto por elementos celulares e a
parte líquida, conhecida como plasma. Os elementos celulares correspondem aos
glóbulos vermelhos (A figura 2 de um esfregaço sanguíneo, mostra os eritrócitos em
condições normais na circulação sanguínea), denominados eritrócitos ou hemácias,
glóbulos brancos denominados como leucócitos, que são as células de defesa, e a
as plaquetas responsáveis pela coagulação sanguínea (BRASIL, 2014).

Figura 2- Eritrócitos em condições normais na circulação sanguínea.

Fonte:Tadeu (2012).

De acordo Guyton e Hall (2006, p. 449), as hemácias desempenham outras


funções além do transporte da hemoglobina, elas contem grande quantidade de
anidrase carbônica, uma enzima que catalisa a reação reversível, entre dióxido de
carbono e água para formar ácido carbônico, possibilitando que a água transporte
dióxido de carbono na forma de íon bicarbonato dos tecidos para os pulmões, onde
é convertido em dióxido de carbono e é eliminado.
Lorenzi (2006, p. 46) diz que, no sangue calcula-se que para um volume
aproximado de 5.000 ml de sangue de um indivíduo adulto e normal, cerca de 3.000
ml formam o volume globular normal dos eritrócitos em circulação. Considerando
que uma hemácia é constituída por 60% de água e 40% de parte sólida, sendo a
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maior proporção desta representada pela hemoglobina (90%), terá, um


volume globular de 2.000 ml, um total de 800g de hemoglobina.
As linhagens das células sanguíneas são geradas devido a hematopoese, e a
partir de células-tronco hematopoiéticas, na medula óssea, incluindo a eritropoese,
leucopoese e trombopoese, como mostra a figura 3. Na infância a hematopoese
ocorre na medula vermelha, quando atingido a idade adulta passa a ser realizada na
medula óssea amarela dos seguintes ossos: crânio, esterno, costelas, vértebras, e
pélvis (KAWAHARA; SHIOZAWA, 2015).

Figura 3- Hematopoese.

Fonte: MedicalLabs (2013).

O estroma e a matriz extracelular (MEC) da medula óssea são constituídos


por diversos componentes, tais como: osteoblastos, pré osteoblastos, células
endoteliais, adipócitos, células do tecido conjuntivo e a MEC. Estas células possuem
funções que promove a maturação e diferenciação das células hematopoiéticas. A
matriz extracelular é constituída por: fibronectina, laminina e trombospondina que
auxiliam na adesão e citoadesão com as CD34+ da linhagem de células
hematopoiéticas (DREYFUSS; OLIVEIRA, 2008).
As células-tronco denominadas como hematopoiéticas,StemCells (célula
mãe), são capazes de renovar e produzir progênie que tenha capacidade de
diferencia-se. A formação de várias linhagens de células sanguíneas são iniciadas
na célula tronco multipotente com marcadores CD34+, mas para a diferenciação
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celular de cada linhagem as responsáveis são as células tronco progenitoras


hematopoiéticas (PERINI; SILLA; ANDRADE, 2008).
As células com capacidade de diferenciar em qualquer linhagem, sejamielóide
ou linfóide são as células tronco pluriotentes, elas possuem a capacidade de
duplicação, ou seja, auto renovação. As células progenitoras já estão diferenciadas
em mielóide ou linfóide e sofre mitoses, tento assim capacidade alta de proliferação.
A linhagem mielóide se configura pela série eritróide e granulocítica(RUIZ, 2005).

2.2.1 Eritropoese e seus fatores de crescimento e funcionalidade celular:


Ferro, Vitamina B12 e Eritropoetina.

A eritropoese é o mecanismo pelo qual a série vermelha do sangue se


diferencia e amadurece associada a vitaminas (B12), minerais (Ferro e cobre) e
hormônios (eritropoietina). O ferro é essencial no decurso da eritropoiese, sendo
coadjuvante na síntese da hemoglobina. As fontes principais de ferro são a partir da
dieta e das hemácias senescentes, este mineral apresenta-se de duas formas na
dieta: heme e não heme (forma inorgânica). Uma dieta normal possui de 13 a 18 mg
de ferro, porém só será absorvido 1 a 2 mg (NEGRI, 2012).
As hemácias originam-se na medula óssea a partir da proliferação,
diferenciação e maturação de progenitores eritróides imaturos, são elas a BFU-E
(unidade formadora de crescimento rápido eritróide), que dará origem a CFU-E
(unidade formadora de colônia eritróide), seguindo os estágios de maturação, segue
a sequência: pró-eritroblasto, eritroblasto basófilo, eritroblasto policromatófilo,
eritroblasto ortocromático, reticulócito e hemácia (FIGURA4) (ZAGO;
FALCÃO;PASQUINI,2004).
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Figura 4– Eritropoiese.

Fonte:Verastro (2005).

A eritropoietina (EPO) é um hormônio produzido nos rins secretados por


células tubulares ou células endoteliais peritubulares, 10% da eritropoietina é
produzida por células hepáticas e macrófagos da medula óssea. Sua secreção é
estimulada em situações de hipóxia tecidual, ela é responsável pela o equilíbrio da
produção e destruição dos eritrócitos. Na eritropoese a eritropoietina estimula a
proliferação, amadurecimento, e síntese de hemoglobina (VERRASTRO; LORENZI;
WENDEL NETO, 2005).
A absorção do ferro ocorre no sistema gastrointestinal, precisamente no
epitélio duodenal, varias proteínas estão envolvidas neste mecanismo, na
membrana das células encontra-se um transportador de metal divalente (DMT1),
onde converte Fe (III) (não heme) em Fe (II), esta conversão é mediada pela
redutase citocromo b duodenal (DCYTLE), a proteína transportadora e de
captação do ferro extracelular para meio intracelular dos enterócitos é a HCP1, onde
o ferro será liberado da protopofirina pela heme oxigenasse, sendo armazenado
conforme a necessidade do organismo na forma de ferritina nos enterocitos, liberado
no sangue, ou estocado nas células reticuloendotelias do fígado, baço e medula
óssea na forma de ferritina ou hemossiderina (Figura 5) (GROTTO, 2008).
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A absorção intestinal do ferro heme e não heme acontece por meio de


processos diferentes no enterócito. Quando há deficiência de ferro a sua absorção é
facilitada pela ação de mecanismos reguladores. Os enterócitos contém duas
membranas que servem de passagem para moléculas e para o transporte de
micronutrientes como o ferro. A da borda em escova (contato com o lúmen intestinal)
e a basolateral (transferência de nutrientes para o sangue). O ferro precisa
ultrapassar a borda em escova, ser transportado dentro do enterócito e,
posteriormente, conforme a necessidade, ser disponibilizado na corrente sanguínea,
chegando aos tecidos exercendo as suas diversas funções (WEFFORT et al., 2012).

Figura 5 – Metabolismo do Ferro.

Fonte: Grotto (2008).

O ferro caracteriza-se por ser um metal de transição e a extensão de sua


utilização biológica está na capacidade de existir em diferentes estados de oxidação,
formar muitos complexos, além de agir como um centro catalítico para diversas
funções metabólicas. Presente na hemoglobina, este mineral é de fundamental
importância para o transporte de oxigênio e dióxido de carbono, essenciais à
respiração celular aeróbica, além de participar de componentes de numerosas
enzimas celulares, importantes para o funcionamento do sistema imunológico
(CARVALHO et al., 2006).
A vitamina B12 é uma cobalamina encontrada nos alimentos ricos em
proteínas, a necessidade diária de um homem e mulher, adultos são de 2ug/dia. A
absorção dessa vitamina ocorre no íleo a partir da secreção que ocorre no
estômago. O sistema de transporte no íleo terminal e o fator intrínseco secretado
pelo estômago envolvido garantem uma eficiência de 60%, a absorção de pequenas
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quantidades de vitamina B 12, necessária para cobrir as necessidades diárias, e as


funções metabólicas desta vitamina (BARRIOS; RAMÍREZ, 2009).
É uma vitamina hidrossolúvel, sintetizada exclusivamente por
microrganismos, e estocada primariamente no fígado na forma de
adenosilcobalamina é liberada pela digestão de proteínas de origem animal, sendo
então capturada pela haptocorrina uma proteína R produzida na saliva e no
estômago, sendo esse complexo posteriormente degradado pelas proteases
pancreáticas com consequente transferência da molécula de vitamina B12 para um
fator intrínseco gástrico (FI), uma glicoproteína produzida pelas células parietais do
estômago (PANIZ et al., 2005).
A vitamina B12, é cofator na conversão do metilmalonil coenzima A (CoA) em
succinilCoA, bem como na síntese de metionina, a partir da homocisteína e,
juntamente com o folato, é necessária para a síntese de DNA. Há algumas
condições em que se manifestam baixos níveis de vitamina B12 sérica como
gestação, vegetarianismo, gastrectomias, deficiência pancreática e idade avançada
(BRITO et al., 2012).
As proteínas receptoras do fator intrínseco introduzem a vitamina B12 nas
células intestinais e, então, a vitamina passa para o sangue. No sangue, ocorre a
ligação à proteína denominada transcobalamina II, que a transporta para os tecidos
e células (FUTTERLEIB; CHERUBINI, 2005).

Figura 6- Metabolismo da vitamina B12 e do ácido fólico.

Fonte:Brito et al,. (2012).


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O ácido fólico, identificado quimicamente ao ácido proteiglutâmico, é um dos


elementos do complexo vitamínico B e se caracteriza por ação eritrocitopoiética
definida. Exerce, ainda, efeito biológico no sentido de estimular o crescimento de
bactérias e de tecidos como glândulas epiteliais é, pois, verdadeiro metabolito,
atuando, talvez, como elemento integrante de sistemas vitais mais complexos
(BRITO et al., 2012).

2.3 ANEMIAS EM IDOSOS

Anemia é uma patologia onde o conteúdo de hemoglobina e os eritrócitos


encontram-se deficientes. Portanto define-se anemia a partir da hemoglobina, diante
o exame laboratorial, o hemograma, o valor da hemoglobina para mulheres não
grávidas, abaixo de 12 g/dL e adultas do sexo masculino acima de 15 anos, abaixo
de 13 g/dl (BRASIL, 2009).

De acordo Failace (2006, p.73), a anemia é uma síndrome, onde sua maior
prevalência consiste na anemia ferropênica, sendo que 20% da população mundial
não possui reservas de ferro no organismo. O sangue anêmico pobre em
hemoglobina e em eritrócitos é descorado e possui baixa viscosidade, incapaz de
carregar oxigênio para os tecidos dependentes.
As anemias podem ser divididas, em três grupos: anemia cuja produção dos
eritrócitos está alterada, anemia devido o aumento da destruição dos eritrócitos ou
anemias devido às perdas sanguíneas. Acredita-se que 90% das anemias são
causadas pela carência de ferro (FABIAN et al., 2007).
A causa dessa patologia em idosos pode ser dividida em três grupos, anemia por
doença crônica, que se relaciona a doença renal crônica, diabetes mellitus,
neoplasias, insuficiência cardíaca, e outras doenças inflamatórias e metabólicas.
Anemia por sangramentos e deficiência nutricionais, que envolve a deficiência de
minerais e vitaminas, e a anemia de causas inexplicáveis (COUSSIRAT, 2010).
A anemia pode ser classificada segundo sua morfologia, apresentando forma
e tamanhos variados, entretanto não confirma a causa desta patologia. As
características de tamanho são: normocíticas, macrocíticas, e/ou microcíticas.
Quando existe variação de tamanho e da estrutura da hemácia,
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utiliza-se a denominação anisocitose e poiquilocitose para classifica-las (LORENZI,


2006).

2.4 ANEMIAS CARENCIAL NO IDOSO POR DEFICIÊNCIA DE FERRO, VITAMINA


B12 E FOLATOS

A anemia por deficiência de nutrientes pode ser classificada como anemia por
falta de produção, é decorrente de falta de Ferro, de Vitamina B12 ou também de
Ácido fólico, todos componentes envolvidos na atividade hematopoiética. Os sinais e
sintomas da anemia descrevem irritabilidade, cefaleia, cansaço, taquicardia e
dispnéia, palidez cutâneo mucosa e tontura. Alguns sintomas clássicos como a
palidez, taquicardia e dispinéia podem ser confundidos e mascarados pelas próprias
características da senescência, por outras comorbidades ou uso de medicamentos
(NEKEL, 2013).
Segundo Batista et al. (2007), anemia é uma patologia de caráter
epidemiológico e clínico, nas ultimas décadas, a anemia carencial em especial a
ferropenica, passou a ser reconhecida como carência nutricional de maior
prevalência no mundo. É uma endemia de caráter cosmopolita que se distribui em
todos continentes, blocos geoeconômicos e grupos sociais, embora sua ocorrência
ainda conserve uma relação de dependência com renda, a escolaridade, as
condições socioambientais negativas.
De acordo Oliveira (2007), as anemias carênciais faz parte das anemias por
falta de produção, quando os insumos básicos estão comprometidos. Pois, para que
ocorra uma eritropoiese de modo eficiente é necessário fatores essenciais para
estimulação, como a eritropoetina e citocinas, para a proliferação ou mitose a
vitamina B12 e folatos, para maturação ou hemoglobinização o ferro, onde a medula
óssea deverá esta sadia.

2.4.1 Deficiência de Ferro

De acordo Vicari e Figueredo (2010), a deficiência de ferro é uma patologia


hematológica que mais acomete o homem, sendo uma deficiência sistêmica que
afeta todas as células do organismo, denominada como ferropenia. A deficiência de
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ferro pode ser caracterizada morfologicamente como anemia microcítica e


hipocrômica.
A deficiência de ferro ocorre quando a necessidade do nutriente é maior que a
quantidade oferecida e absorvida na dieta, sendo insuficiente para suprir a
necessidade do organismo. A anemia ferropênica no adulto pode ser causada pela
perda crônica de sangue (sangramentos digestivos crônicos como gastrites, úlceras
gastroduodenais), câncer (gástrico, intestinos), dieta carente do nutriente ou defeitos
na absorção do mesmo, muito frequente em idosos (NEKEL, 2013).
Segundo Fairweatheret al.(2013) a deficiência de ferro é o resultado de um
desequilíbrio entre a oferta de ferro e necessidades de ferro da medula
eritróideóssea. A eritropoiese fica comprometida por causa da deficiência de ferro,
caracterizado pela saturação de transferrina, reduzidaas concentrações de
hemoglobina caem, isso afeta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo.

Figura 7- Esfregaço sanguíneo de hemácias microcíticas e hipocrômicas.

Fonte: Tadeu (2012).

O ferro é um mineral essencial para funcionalidade homeostática das células


sanguíneas e atividades fisiológicas do organismo, tem um papel na produção de
energia das células e no transporte de oxigênio nos glóbulos vermelhos. É
necessário uma quantidade de 3 gramas a 4 gramas deste mineral no adulto para
haver o equilíbrio celular, porém apenas 1,5 gramas a 3 gramas encontra-se ligados
a hemoglobina, molécula responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos
(BRASIL, 2013).
A etiologia da anemia ferropriva no idoso está relacionada a diversos fatores,
dentre eles a perda excessiva de sangue devido a problemas gastrointestinais,
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câncer de colo, divertículos ou angiodisplasias, a dieta desprovida de alimentos


fornecedores de ferrotambém pode ser a causa da anemia instalada. Na anemia
ferropriva os eritrócitos possui um aspecto hipocrômico e microcítico, como mostra a
figura 7(GUALANDRO et al., 2010).
A sintomatologia desta patologia ocasiona fadiga, prejuízo no desempenho
muscular, irritabilidade, náuseas e alterações na temperatura corporal. A deficiência
de ferro no organismo também pode alterar o sistema imunológico, deixando o
acometido mais propicio a infecções (CARVALHO et al., 2006).

2.4.2 Deficiência de vitamina B12

Cerca de 60% dos casos de deficiência de vitamina B12 resultam da má-


absorção da cobalamina a partir da dieta, entre 15% e 20% são decorrentes de
anemia perniciosa, e os demais estão associados à dieta insuficiente e a doenças
hereditárias do metabolismo da cobalamina. A anemia perniciosa, também
conhecida como doença de Biermer, é um processo autoimune caracterizado pela
destruição da mucosa gástrica, que constitui causa clássica de deficiência de
vitamina B12 e é bastante frequente em idosos (FUTTERLEIB; CHERUBINI, 2005).
A deficiência de vitamina B12 leva a um quadro de deficiência intracelular de
folato, e por esse motivo provoca anemia megaloblástica morfologicamente idêntica
à provocada pela deficiência de folato. Há elevação do volume corpuscular médio
das hemácias associada a diversas alterações morfológicas no sangue periférico e
na medula óssea acometendo as três séries celulares.Na série vermelha há
anisocitose, poiquilocitose acentuada e macroovalócitos. Os leucócitos encontram-
se com os seus núcleos hipersegmentados. Na série megacariocítica há surgimento
de plaquetas bizarras e malformadas. Raramente pode ocorrer púrpura devido à
plaquetopenia (VANUCCHI; MONTEIRO, 2010).
Anemia megaloblástica é causada por defeitos de síntese de DNA e,
normalmente, apresenta-se com macrocitose, devido ais baixos níveis de vitamina
B12. A uma diminuição do fator intrínseco por causa de atrofia na mucosagástrica e
por conseguinte a perda das células parientais, onde desencandeia uma reação auto
imune, denominada anemia perniciosa(Figura 8) (ROQUE et al., 2015).
28

Figura 8 – Hemácias macrocíticas.

Fonte: Player (2008).

A vitamina B12 é uma das vitaminas essenciais, sua deficiência afeta vários
sistemas, hematológicas, neurológicas, psiquiátricas, gastrointestinal,
dermatológicos e achados cardiológicos. Deficiência de longo prazo leva a
mielinização inadequada nos medula espinal e cérebro e se manifesta com
irritabilidade, apatia, perda de apetite (SERIM, et al., 2015).

2.5 A ANEMIA CARENCIAL EM DOENÇAS CRÔNICAS

A causa dessas patologias podem ser divididas em três grupos, anemia por
doença crônica, que se relaciona a doença renal crônica, diabetes mellitus,
neoplasias, insuficiência cardíaca, e outras doenças inflamatórias e metabólicas.
Anemia por sangramentos e deficiência nutricionais, que envolve a deficiência de
minerais e vitaminas, e a anemia de causas inexplicáveis (COUSSIRAT, 2010).
A anemia presente em um quadro de uma doença crônica, infecciosa,
inflamatória ou neoplásica, pode ser definida por anemia de doença crônica. Ela
causa alterações no mecanismo da eritropoiese, levando a uma diminuição na
sobrevida das hemácias. A alteração na eritropoeise acontece devido ao bloqueio na
liberação do ferro dos macrófagos, levando a diminuição do mesmo para síntese de
hemoglobina (CARVALHO et al., 2006).
Os idosos se enquadram nos grupos de riscos para doença renal crônica,
pois, a diminuição fisiológica da filtração glomerular e, as lesões renais que ocorrem
com a idade, secundárias a doenças crônicas comuns em pacientes de idade
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avançada, tornam os idosos susceptíveis a doença renal crônica (CANZIANI et al.,


2006).

2.5.1 Anemia na doença renal crônica

A anemia na doença renal crônica é caracterizada como, normocítica e


normocrômica, atribuída a diminuição da produção de eritropoietina, além do déficit
na produção do hormônio nos rins há outras fatores que interfere na deficiência do
ferro por perdas gastrointestinais imperceptíveis, desnutrição, múltiplas intervenções
cirúrgicas, exames laboratoriais frequentes e perdas na diálise, a presença de
fenômeno inflamatório e outras causas não relacionadas à DRC que podem alterar
as características hematimétricas da anemia (ALVES; GORDAN, 2014).
Esta patologia apresenta-se com baixa filtração glomerular (50 ml/mim),
concentração de hemoglobina diminuída, diminuição na produção de eritropoietina,
pois os rins encontram-se lesados. A anemia na DRC se deve principalmente à
redução na produção de eritropoetina pela massa diminuída de fibroblastos
peritubulares da córtex renal funcionantes. Outros fatores que podem colaborar
para o surgimento da anemia é deficiência de ferro, ácido fólico e vitamina B12;
perdas sanguíneas, hemólise e inflamação (MIRANDA et al., 2009).
Além da deficiência de eritropoetina outras situações podem contribuir para o
advento de anemia em pacientes portadores de doença renal crônica, como:
deficiência de ferro, deficiência de ácido fólico e vitamina B12; perdas sanguíneas,
hemólise e inflamação. Os seguintes exames poderão fazer parte de uma
investigação da causa de anemia nesta população de pacientes: índices
hematimétricos, contagem de reticulócitos, ferro sérico, saturação de transferrina,
ferritina sérica (BASTOS, 2010).

2.5.2 Anemia na insuficiência cardíaca

A anemia pode ser a causa ou a consequência da insuficiência cardíaca. Os


mecanismos envolvidos na patologia: deficiência na produção de eritropoetina ou
30

resistência a eritropoietina, devida a fármacos que inibem a enzima conversora da


angiotensina, e os bloqueadores dos receptores de angiotensina I e o carvedilo,
hemodiluição, ativação neuro-humoral, estado pró-inflamatório (produção de
citoninas - IL 1,6 e 18) e deficiência de ferro (CARDOSO et al., 2010).
A fisiopatologia da anemia na insuficiência cardíaca, esta diretamente ligada a
produção de citocinas inflamatória a IL-6 e TnF que leva a anemia da doença
crônica, anemia dilucional, anemia renal e anemia disabsortiva (PEREIRA et al.,
2013).

Figura 9- Fisiopatologia da anemia na insuficiência cardíaca.

Fonte: et al (2013).

2.6 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Para o diagnóstico laboratorial da anemia, inicialmente deve ser realizado o


hemograma. Este avaliao eritrograma, leucograma e plaquetograma. Na realização
do eritrograma, deve-se dosar a hemoglobina, o hematócrito, o número de
hemácias, assim como calcular e avaliar os índices hematimétricos: volume
corpuscular médio (VCM), concentração de hemoglobina corpuscular média
(CHCM), hemoglobina corpuscular média (HCM) e RDW, complementando com
exames bioquímicos para determinação do tipo de anemia. Na figrura 10 pode ser
visto os valores normais dos parâmetros hematimétricos (JORDÃO, 2009)
Embora a dosagem de hemoglobina seja amplamente utilizada no diagnóstico
das anemias, trata-se de uma medida de baixa sensibilidade e especificidade
31

quando usada isoladamente. Portanto é necessário exames bioquímicos para


investigação da causa: ferro, ferritina e capacidade de ligação do ferro e da
transferrina, e dosagem de vitaminas (GROTTO, 2010).

Figura 10- Histograma normal.

Fonte:Slideshare (2013).

Segundo Oliveira (2007, p. 232),para a classificação de uma anemia, é


necessário exames morfológico- laboratoriais, comparando-o com sua provável
etiologia. A classificação pode ser feitaapartir de critérios fisiopatológicos ou sua
etiologia, ou ainda nos critérios tamanho e cor- hemoglobinização; classificação
morfológica ou laboratorial. Ainda é possível analisar e interpretar o hemograma a
partir do histograma que é uma das ferramentas estatísticas da qualidade, onde os
parâmetros hematimétricos estão expostos graficamente.
Segundo Filho et al., (2006), o diagnóstico de anemia em idosos é feito a
partir de critérios entre sexo e idade, idosos homens a partir de 65 anos de idade, o
valor da hemoglobina é inferior a 13 g/dL e as mulheres com valor inferior a 12g/dL.
O quadro laboratorial da anemia ferropênica, apresenta-se com um
hemograma indicando uma anemia hipocrômica e microcítica em casos crônicos.
Em casos agudos, por perda de sangue o quadro é normocítico e normocrômico
inicialmente, para depois haver uma diminuição de ferro e passar para uma
hipocromia. Sendo necessária a avaliação citomorfologica das células apartir de
esfregaços sanguíneos. Além da avaliação do hemograma e eritrograma é
necessária, a avaliação bioquímica das proteínas de transporte a transferrina ou
32

siderofilina e seu grau de saturação, para o exame de ferro sérico (QUADRO 1)


(LORENZI; NETO,
2005).

Quadro 1- Parâmetros hematimétricos na anemia ferropriva.


VCM, HCM Reduzido
RDW Normal ou Elevado
% HEMACIAS HIPOCRÔMICAS Elevado
FERRO SÉRICO Reduzido
SATURAÇÃO DE TRANSFERRINA Reduzida
FERRITINA SÉRICA Reduzida
CAPACIDADE DE LIGAÇÃO DO FERRO A TRANFERRINA Elevado
RECEPTOR SOLUVEL DA TRANSFERRINA Elevado
Fonte:Grotto (2010).

O diagnóstico laboratorial da anemia por carência de vitamina B12 é visto a


partirdo eritrograma, onde apresenta macrocitose, devido o valor elevado do VCM
(volume corpuscular médio das hemácias), geralmente os outros valores
hematimétricos não encontra-se tão alterados, confirmando-se esta macrocitose com
a microscopia. Na anemia megaloblástica a desidrogenase láctica está muito
aumentada e há hiperbilirrubinemia indireta pela hemólise intracelular (FIGURA
11) (FAILACE, 2006).

Figura 11- Histograma apresentando macrocitose.

Fonte:Slideshare (2013).
33

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

O estudo é um levantamento bibliográfico de caráter descritivo exploratório,


com abordagem qualitativa. A pesquisa exploratória tem o objetivo de caracterizar
inicialmente o problema, classificando e definindo, onde irá proporcionar maior
familiaridade com o problema exposto referente ao tema. A sua abordagem é
qualitativa, pois se trata de uma pesquisa descritiva, onde as informações não
podem ser quantificáveis (GUERRA, 2006).

3.2 COLETA DE DADOS

Foram utilizadas base de dados como o SCIELO (Scientific Eletronic Library


Online), PubMed, ScienceDirect e Organização Mundial de Saúde (OMS), dentre
outras literaturas clássicas, todas com relevância ao tema escolhido para pesquisa.
Foram selecionados artigos nacionais e internacionais e livros disponíveis na
biblioteca da Faculdade Maria Milza, publicados no período de 2004 a 2016, que
colaboraram para temática e construção do trabalho. Primeiramente, foi realizada
uma leitura rápida para seleção do material, posteriormente uma leitura aprofundada
para interpretação, análise e comparação dos artigos.

3.3 CRITÉRIO DE INCLUSÃO

Como critério de inclusão, utilizou-se para a pesquisa livros e artigos


científicos nacionais e internacionais, com idioma em português, inglês e espanhol
publicados nos períodos de 2004 a 2016, selecionados através dos seguintes
descritores: Envelhecimento, anemia, anemia em idosos, diagnóstico laboratorial.
34

3.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Como critério de exclusão, utilizou- se o ano de publicação inferior ao


estabelecido, artigos científicos que não se enquadrasse nos descritores utilizados
e/ou não abordasse o assunto procurado, assim como artigos que não estivessem
disponíveis na íntegra.

3.5 ANÁLISE DOS ARTIGOS

Foi feita a análise dos artigos encontrados, onde correlacionou-se a saúde do


idoso e a anemia carencial, como possível causa ou consequência de doenças
desenvolvidas no processo do envelhecimento
35

4 DISCUSSÃO

Para Nekel (2012), anemia carencial é uma patologia caracterizada pela


deficiência de minerais e vitaminas essenciais para formação e manutenção dos
glóbulos vermelhos, essa deficiência caracteriza-se por falta de produção, devido a
falta de ferro, vitamina B12 e ácido fólico. Negri (2012), cita em seu artigo a
importância desses minerais e vitaminas para o mecanismos de eritropoese, onde
células amadurecem e se diferenciam, o ferro, a vitamina B12 e o ácido fólico são
essenciais para maturação e diferenciação das células sanguíneas.
Entretanto, Souza e Guariento (2009) demonstram em seu artigo as
possíveis interferências do processo de envelhecimento na homeostasia do
organismo, pois quando se trata de um sistema biológico que ao passar dos anos
diminui sua atividade devido ao envelhecimento, compromete todos os mecanismos
fisiológicos, um deles é a produção, diferenciação e manutenção dos glóbulos
vermelhos, que são responsáveis pelo transporte de oxigênio e nutrientes para os
tecidos.
Moraes (2010), também concorda com Souza e Guariento (2009), ele diz
que, o processo de envelhecimento é irreversível e multifatorial, pois deixa o
organismo mais vulnerável e afeta diretamente a homeostasia do mesmo. Já para
Trompiere (2012), envelhecimento biológico relaciona-se com os aspectos:
molecular, celular, tecidual e orgânico que difere em cada individuo idoso. Porém
para Geib (2012), o envelhecimento e suas consequências vão além de conceito
biológico, e está interligado a fatores de condições sociais, onde provoca
desigualdade nas condições de saúde.
A partir dos conceitos estabelecidos pelos autores, é notável que a teoria do
envelhecimento apoia-se em diversos seguimentos, sendo eles: biológico,
fisiológico, social e cultural, caracterizando em um conjunto de determinantes para
estabelecer patologias provenientes do processo do envelhecimento ou patologias
provenientes da situação que o idoso encontra-se. Coussiart (2010) aponta às
doenças onde a anemia instala-se devido a condição do idoso, a anemia torna-se
consequência no processo da patologia. As doenças dividem-se em três grupos:
doenças crônicas, anemia por sangramento, deficiência nutricional e anemia de
causas inexplicáveis. Nekel (2012), também descreve os sinais e sintomas da
anemia carêncial, que são: cefaleia, irritabilidade, cansaço, taquicardia, dispneia,
36

palidez e tontura, nota-se que são sinais que interferem negativamente na qualidade
de vida, pois há interferências no estado físico e mental do idoso. Ele também relata
que no idoso a anemia carencial por deficiência de ferro é mais recorrente em
comparação a outras anemias, atigindo mais de 10% dos idosos com idade acima
de 65 anos de idade. Indivíduos idosos apresentam quadros de sangramentos
digestivos e obstruções gastrointestinais e com isso leva a uma má absorção do
ferro da dieta e seu metabolismo é comprometido.
Brasil (2013), explica a importância do ferro para a homeostase das células
sanguíneas, pois ele é responsável pelo transporte do oxigênio. Nekel (2013)
também afirma a importância do ferro que é essencial e indispensável para as
atividades hematopoiéticas e fisiológicas do organismos, tendo a atividade principal
o transporte de oxigênio nos glóbulos vermelhos.
Entretanto, para Gualandro (2010) a etiologia da anemia por deficiência de
ferro (anemia ferropriva) no idoso, está correlacionada a diversos fatores que vai
além de problemas gastrointestinais como citado por Nekel (2013). Gualandro
(2010), cita o câncer de colo, dieta desprovida de alimentos fornecedores de ferro,
levando a um quadro de baixo nível de ferritina sérica, a capacidade de ligação do
ferrono plasma estará elevada e ausência do estoque de ferro na medula óssea.
Já para Alves e Gordam (2014), a deficiência de ferro no idoso também pode
está relacionada a doença real crônica, sendo que além da falta de ferro é uma
anemia atribuída a diminuição da eritropoietina pois a um déficit na produção desse
hormônio importante para eritropoeise. Miranda (2009), cita em seu artigo que a
deficiência de vitamina B12 e acido fólico também encontra-se na doença renal
crônica.
A deficiência de vitamina B12 e folatos também está associada a má
absorção gastrointestinal na maioria dos casos, de acordo Futterbeib e Cherubini
(2005), a deficiência dessa vitamina pode está relacionada a doenças hereditárias,
anemia perniciosa e dieta insuficiente. E dentre essas causas a anemia perniciosa é
bastante frequente em idoso.
Lorenzi (2006), também afirma que anemia perniciosa é uma doença que
mais afeta pessoas idosas, de raça branca e olhos azuis. Essa patologia tem
interferência no processo auto imune, onde a um impedimento da absorção na
mucosa gástrica por anticorpos, da vitamina B12 e o fator intrínseco.
37

Lorenzi (2006) explica a função do fator intrínseco, que é essencial na


absorção da vitamina B12 nas células intestinais, onde suas proteínas receptoras
intermediam esse processo, facilitando a passagem da vitamina b12 para o sangue.
Diante todo relato sobre a anemia nos idosos, Netto (2005), relata em seu
livro, as consequências que a anemia carêncial apresenta com esse quadro de
deficiência nutricional acarretando diversos problemas físicos, mentais e sociais no
idoso, ela também pode surgir no papel da causadora de algumas doenças ou
secundaria a elas, geralmente apresentam-se secundaria, a doenças crônicas,
dentre a essas doenças destacam-se a DRC (doença renal crônica) e a insuficiência
cardíaca.
38

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os principais fatores que determinam a anemia carencial no idoso, tem


relação a diversas condições de saúde que o mesmo encontra-se, sendo uma
patologia que surge por diversas causas, a começar pela idade avançada onde o
corpo já não responde tão eficaz aos mecanismos que necessita para manter a
homeostasia, entretanto isso não é uma regra para todos idosos, pois cada um
possui suas particularidades, variedades genéticas, que colaboram para o
surgimento ou não de doenças.
Além do envelhecimento ser um fator crucial para o surgimento de anemia
carencial, existe outros fatores que favorecem para o surgimento dessa anemia por
deficiência de nutrientes e minerais, que são: má alimentação, devido a condições
socioeconômicas; problemas na dentição que atrapalha no processo de mastigação
dos alimentos; mobilidade muscular do membros superiores; doenças crônicas e
agudas, como doença renal crônica, onde a taxa de hormônio da eritropoetina
encontra-se baixa ou nula; insuficiência cardíaca pois os remédios e as células
imunológicas agem negativamente na homeostase sanguínea; diabetes melitus;
perdas excessiva de sangue nos aparelhos gastrointestinais.
O estudo detalhado e as pesquisas para construção do referencial teórico foi
importante para entender que não existem patologias sem causa de base, ou sem
fatores que levam a configurar um dano na saúde do individuo. Quando se fala e
estuda o idoso é importante levar em conta que trata-se de um organismo que já
vive o processo natural da vida e encontra-se no estagio ¨final¨, onde carrega
consigo não somente carga genética que predispõem a doenças, mais traz
condições culturais que culminam em patologias.
Sabe-se que o envelhecimento é um processo ativo e irreversível, que sofre
com agressões externas e internas do meio ambiente, o organismo é um sistema
fechado que não regride ou para seu mecanismo, as células envelhecem e diminui
sua atividade, deixando o corpo mais vulnerável. As células sanguíneas passam por
vários processos, a hematopoese e eritropoese para se maturarem e exercerem
suas funções, necessitam de estímulos provenientes de nutrientes, minerais e
hormônios para que cada etapa seja concluída e as células sanguíneas exerçam
seu papel de nutrir os tecidos.
39

É necessária uma investigação clinico e laboratorial com idoso que encontra-


se com anemia carencial, pois não trata-se de consequência do envelhecimento
apenas. Para o diagnostico de anemia, é necessário não somente o hemograma
(eritrograma, leucograma e plaquetograma), é necessária a associação a outros
exames, como os bioquímicos, dosagem das proteínas e vitaminas que participam
do processo metabólico das hemácias. É importante avaliar cada exame e fazer
associações,pois, apenas o hemograma nãoé suficiente para um diagnóstico da
etiologia da patologia. Por isso a necessidade do conhecimento generalista do
profissional biomédico, não apenas saber executar e processar exames, mas
conhecer os métodos de diagnósticos laboratoriais disponíveis para a investigação
do problema apresentado, também é necessário, buscar ahistória do indivíduo, a
patologia e suas interferências, para poder auxiliar no trabalho clinico dos
profissionais que o cercam.
Contudo, é sabido que cada vez mais cresce no Brasil a população idosa,
entretanto cresce consigo a morbidade, interferindo na longevidade. Sendo
necessária a atenção básica, politicas públicas e principalmente o trabalho
multiprofissional, para assegurar a qualidade de vida do idoso.
40

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