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XXIV ENEGEP Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de novembro de 2004

Modelos e Arquiteturas de E-Work e E-Manufacturing Voltados Para


Ambientes CAD/CAPP/CAM Colaborativos

Alberto José Álvares (UnB) alvares@AlvaresTech.com


João Carlos Espíndola Ferreira (UFSC) jcarlos@emc.ufsc.br

Resumo
Este artigo apresenta uma revisão de literatura sobre arquiteturas CAD/CAPP/CAM baseadas em e-
Work e e-Manufacturing voltadas para manufatura remota utilizando tecnologia da informação, em
especial a Internet. São apresentadas várias arquiteturas para desenvolvimento de sistemas
CAD/CAPP/CAM colaborativos. A partir desta revisão de literatura é apresentada a metodologia e o
sistema WebMachining voltado para a integração das atividades de projeto (CAD), planejamento do
processo (CAPP) e manufatura (CAM Planejamento e Execução) em um ambiente WEB, integrando
as atividades CAD/CAPP/CAM voltada para manufatura remota de peças rotacionais utilizando a
Internet.
Palavras chave: e-Work, e-Manufacturing, TeleManufatura, Internet, CAD/CAPP/CAM.

1. Introdução
Segundo Nof (2004) está em curso uma nova revolução no sistema de trabalho adotado nas empresas
de manufatura, migrando das atividades auxiliadas pelo uso do computador (p.ex. CAD, CAPP,
CAM), que foram o grande foco da chamada era do computador tendo seu apogeu nas décadas de 80 e
90 do século 20, para as atividades baseadas em e-work1 (trabalho eletrônico) ou telework, que
caracterizam o princípio de trabalho da era da informação, com uso intensivo da tecnologia da
informação, a partir da virada do milênio.

A Tecnologia da Informação, em especial a tecnologia de redes de comunicação e Internet, está


abrindo um novo domínio para a construção dos futuros ambientes de manufatura denominados e-Mfg
(eletronic-Manufacturing) usando métodos de trabalho baseados em Collaborative e-Work (eletronic-
Work), em especial para as atividades efetuadas durante o ciclo de desenvolvimento de produto em
ambientes CAD/CAPP/CAM integrados e colaborativos (Lee et al, 1999 & Nof, 2004). Estes sistemas
centrados em rede e espacialmente distribuídos possibilitam o desenvolvimento de atividades usando
e-Work. Isto permitirá que os projetistas de produtos tenham maior facilidade de comunicação,
possibilitando o compartilhamento e o projeto colaborativo durante o desenvolvimento do produto,
bem como a teleoperação e monitoração dos dispositivos de manufatura.

Em essência, e-work é constituído de e-ativities, isto é, atividades baseadas e executadas através da


tecnologia da informação. Essas e-atividades incluem v-(virtual)Design, e-Business (e-negócio), e-
Commerce (e-comércio), e-Manufacturing (e-Manufatura), v-Factories (v-fábricas), v-Enterprises (v-
empresas), e-Logistics (e-logística), e semelhantemente, robótica inteligente, transporte inteligente, e
assim por diante. Todas estas e-atividades se apóiam em computador e tecnologias de comunicação, e
todas requerem colaboração e interações inerentes entre máquinas, pessoas e computadores. E-work
inclui aplicações como telerobótica, telemanufatura, teleoperação e serviços remotos.

Com o crescimento da popularidade dos navegadores baseados na Web está ficando mais evidente que
o ambiente de projeto e manufatura orientado a rede se tornará um novo paradigma para o
desenvolvimento de produto (Zhou et al, 2003; Adamczyk, 2002).
2. CAD/CAM Colaborativo
1
E-Work foi definida pelo PRISM Center (Nof, 2004) como qualquer atividade produtiva que seja colaborativa,
suportada por computador e apoiada por comunicação em organizações altamente distribuídas de robôs e/ou de
pessoas ou sistemas autônomos. Em essência e-Work é compreendida de e-ativities (eletronic-ativities), ou seja,
atividades baseadas e executadas através do uso de Tecnologia da Informação.
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A filosofia de aplicações CAD/CAM tradicionais é baseada no ambiente computacional desenvolvido


na década de 70 e restrito a aplicações tipo "single-location" (Kao e Lin, 1996). A Tecnologia
CAD/CAM foi concebida como uma aplicação "single-user" e um usuário CAD/CAM pode se
comunicar apenas com a unidade de processamento central (CPU) do seu computador. Em sistemas
CAD/CAM comerciais os usuários não podem se comunicar entre eles, mesmo que a CPU seja um
sistema de tempo compartilhado como uma estação de trabalho Unix ou um mainframe. Com a
popularização das Redes de Comunicação Locais (LAN), sistemas CAD/CAM foram implementados
em servidores de redes, permitindo que os usuários acessem o servidor de qualquer computador
conectado a LAN. Contudo, a interação entre os usuários CAD/CAM ainda ocorre da mesma forma
que antes, apesar da utilização dos modernos serviços de comunicação disponíveis como E-mail, fax,
ftp e http, que diminui o tempo gasto para comunicações.

Passadas mais de três décadas a tecnologia CAD/CAM tem tido um grande sucesso em aplicações
industriais, tendo como resultado um significativo aumento na produtividade e competitividade. A
Engenharia Simultânea (CE) tem sido reconhecida como uma filosofia de manufatura capaz de
possibilitar a concretização da Manufatura Integrada por Computador (CIM), que não pode alcançar
todo seu potencial sem CAD/CAM. Já é uma realidade a Manufatura Global, que aumenta de forma
acentuada a implementação de empreendimentos multinacionais e multiregionais. Assim, é necessário
a utilização de tecnologias CAD/CAM para facilitar a Engenharia Simultânea nas Empresas Integradas
por Computador (CIE) em operações multiregionais ou multinacionais.

Histórias de sucesso sobre CE normalmente enfatizam a ligação entre muitas divisões na empresa para
compartilhamento e troca de idéias e experiências. Este estilo de trabalho emprega uma equipe
multifuncional, equipe virtual ou uma força tarefa multidisciplinar. Para que isto ocorra os
engenheiros deverão trabalhar efetivamente como time/equipe, sendo este um fator crítico para o
sucesso do desenvolvimento de produto de forma Simultânea (Hartley, 1992). No estilo tradicional de
trabalho over-the-wall, o engenheiro de projeto define toda a geometria CAD, passando-a para a
divisão de engenharia. Na Engenharia Simultânea, com a equipe de projeto organizada como uma
força tarefa, o engenheiro de projeto e o desenhista podem sentar-se lado a lado e trabalhar juntos. Isto
resulta em um processo de desenvolvimento contínuo. Portanto, em empresas que mantêm operações
multiregionais ou multinacionais, sistemas CAD/CAM colaborativos têm surgido para facilitar o
trabalho em equipe com a participação de engenheiros localizados em diferentes regiões geográficas.

3. Sistemas CAD Colaborativos

Na prática de projeto de engenharia, cada vez mais as atividades associadas aos vários aspectos de
manufatura estão sendo considerados durante a fase de projeto. A modelagem baseada em features
tem sido usada em uma ampla gama de aplicações como projeto de peças e montagem, projeto para
manufatura e planejamento de processo. Estas aplicações estão migrando para ambientes
computacionais heterogêneos e distribuídos.

Nota-se que é indesejável e freqüentemente improvável exigir que todos os participantes nas
atividades de projeto e manufatura de um produto usem o mesmo sistema de hardware e software.
Então os componentes devem ser modulares, e comunicar-se com os demais através de uma rede de
comunicação para efetiva colaboração.

Muitos esforços de pesquisa têm sido empregados no desenvolvimento de ambientes de projeto


orientados à redes de computadores, normalmente denominados de centrados em rede. Shah et al.
(1997) desenvolveram uma arquitetura para padronização da comunicação entre o núcleo de um
sistema de modelagem geométrica e as aplicações. Han e Requicha (1998) propõem uma abordagem
similar que possibilita o acesso transparente para diversos modeladores sólidos. Smith e Wright (2001)
descrevem um serviço de manufatura distribuído denominado de Cybercut
(http://cybercut.berkeley.edu). Eles enfatizam como ferramentas de CAD são desenvolvidas para
facilitar o projeto distribuído e o processo de fabricação. Hardwick et al. (1996) propõem uma infra-
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estrutura que permite a colaboração entre companhias no projeto e manufatura de novos produtos. Esta
arquitetura integra o WWW para compartilhamento de informações na Internet utilizando o padrão
STEP para modelagem de produto. Martino et al. (1998) propõem uma abordagem para integrar as
atividades de projetos com as demais atividades de manufatura e produção baseado na abordagem de
modelagem baseada em features integradas, que suporta Projeto e Reconhecimento de Features.

Entretanto estes trabalhos são conceituais em sua essência e não apresentam uma representação bem
estruturada e nem algoritmos detalhados. Por exemplo, estes trabalhos não definem como distribuir o
processamento computacional necessário entre os componentes distribuídos, e como modularizar a
comunicação entre os componentes para minimizar o atraso da rede. Se as ações de troca de dados
entre as aplicações não puderem ser disparadas apropriadamente, isto acarretará em um problema
crítico para a computação distribuída. Logo, é crucial o desenvolvimento de um sistema bem
integrado, centrado em rede e com arquitetura baseada em agentes para projeto e manufatura
distribuída e colaborativa.

Lee et al. (1999) apresentam a arquitetura de um sistema de modelagem baseada em features centrado
em rede, em um ambiente de projeto distribuído, denominado de NetFeature System. Esta abordagem
combina técnicas de modelagem baseada em features com tecnologia de comunicação e de
computação distribuída para suportar atividades de modelagem de produto e projeto colaborativo em
uma rede de computadores. A abordagem é implementada em uma arquitetura cliente/servidor, na qual
os clientes realizam a modelagem baseada em features através da Web, o servidor cria o modelo de
features neutras e outras aplicações se comunicação umas com as outras usando um protocolo de
comunicação padrão para acessar os objetos remotos. O sistema foi concebido a fim de ter um bom
balanceamento entre as funcionalidades disponíveis no lado do cliente e largura de banda disponível
na Internet.

O processamento no lado do cliente é importante quando a aplicação é baseada na Web. Isto significa
que o servidor dá ao cliente alguma responsabilidade pelo processamento dos dados, ou seja, o cliente
deve ter mais funcionalidades do que simplesmente um Front-End desprovido de processamento local
(thin client). Foi utilizado um protocolo de comunicação padronizado baseado em CORBA (Commom
Object Request Broker Architecture).

4. Ferramentas CAD com Área de Trabalho Compartilhada

Segundo Bidarra et al. (2001) ferramentas CAD com área de trabalho compartilhada (workspace-
sharing tools) são aplicações que podem ser usadas como um programa stand-alone, mas que possuem
facilidades para conectar-se com outras aplicações de modelagem, de maneira a estabelecer um
ambiente de trabalho colaborativo. Podem também ser adicionados às aplicações existentes, para
prover a funcionalidade necessária para um ambiente colaborativo. Algumas destas aplicações
utilizam bases de dados compartilhadas ou gerenciadores de sessões.

Sistemas colaborativos são sistemas multi-usuários distribuídos sendo ao mesmo tempo concorrente e
sincronizado (Bidarra et al., 2001). Concorrência envolve gerenciamento de diferentes processos que
tentam simultaneamente acessar e manipular o mesmo dado. Sincronização envolve propagação,
envolvendo dados entre usuários de uma aplicação distribuída, de forma a deixar seus dados
consistentes. Sistemas de modelagem colaborativa tipicamente têm uma arquitetura cliente/servidor,
diferindo na distribuição de funcionalidade e de dados entre clientes e servidores. Um problema
recorrente nos sistemas cliente/servidor está associado ao conflito entre a limitação da complexidade
da aplicação cliente e a minimização do carregamento da rede. Em um contexto de modelagem
colaborativa, a complexidade do cliente é determinada principalmente pelas facilidades de modelagem
e interatividade implementadas no cliente, enquanto que o carregamento da rede é determinado
principalmente pelo tipo e tamanho do modelo de dados sendo transferido de/para os clientes.

Uma solução de compromisso pode ser concebida entre os dois extremos, os chamados thin clients e
fat clients. Uma arquitetura pura thin client tipicamente coloca toda a funcionalidade no servidor, o
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qual envia uma imagem de sua interface de usuário para ser mostrada no cliente. O outro extremo, um
puro fat client oferece total facilidade de interação e modelagem local, mantendo seu próprio modelo
local. Comunicações com o servidor são então requeridas quando houver necessidade de sincronizar as
modificações de dados do modelo local com os outros clientes. Num ambiente colaborativo onde
clientes podem modificar concorrentemente o modelo de dados local, a prevenção da inconsistências
de dados entre diferentes clientes torna-se um problema crucial.
4.1 CSCW-FeatureM
FeatureM (Stork et al., 1998) é um sistema CAD 3D que suporta modelagem sólida baseada em
features utilizando o ACIS-kernel e uma linguagem interpretada denominada de MCL+, que permite
ao usuário a adição de funcionalidade. MCL+ também é utilizado para comunicação interna entre os
módulos em FeatureM. O sistema usa a abordagem replicada, onde cada aplicação cliente tem um
modelo que é atualizado e incrementado localmente. Isto implica em clientes mais complexos e menos
tráfego na rede. Dois sistemas executando o sistema CAD FeatureM são conectados um com o outro
pela rede.
4.2 CollIDE
O sistema Collaborative Industrial Design Environment (CollIDE) desenvolvido por Nam (1998)
oferece uma área de trabalho 3D compartilhada para muitos usuários de uma aplicação CAD stand-
alone. É concebido como um plug-in para um sistema Alias CAD 3D e disponibiliza áreas de trabalho
para os usuários, chamado de estágios.
4.3 ARCADE
O objetivo dos desenvolvedores do ARCADE (Advanced Realism CAD Environment) (Stork e
Jasuoch, 1997) foi criar um método de discussão para ser usado sobre a Internet. O método permite
que muitos usuários trabalhem juntos sobre um projeto, interagindo um com o outro em tempo real.
4.4 TOBACO
Tool Based Co-operation (TOBACO) foi desenvolvido por Dietrich et al. (1997), e fornece um
componente integrado no topo de programas de projeto existentes para habilitá-los a participar na
modelagem colaborativa. Isto possibilita a redução do tempo de desenvolvimento e melhora a
qualidade do projeto. TOBACO usa o padrão CORBA com IDL (Interface Definition Language), que
define uma descrição formal dos serviços. TOBACO trabalha como um programa adicional para o
programa de projeto que é familiar ao usuário.
4.5 Problemas
Num ambiente colaborativo todos os clientes devem ter o mesmo modelo geométrico, e quando um
usuário altera o modelo, todos os clientes devem ser atualizados. Para que o processo tenha
consistência as mensagens de atualização devem ser entregues na mesma ordem para todos os clientes.
Este problema é caracterizado como uma questão de sincronização e consistência do modelo
geométrico. Um segundo problema está associado à concorrência e diversas soluções são adotadas nos
sistemas descritos (Bidarra et al., 2001). Outros problemas são o carregamento da rede associado à
largura de banda, o ambiente computacional heterogêneo e problemas específicos de aplicações.

Sem dúvida a redução do carregamento da rede de comunicação é uma das principais metas para os
desenvolvedores de sistemas de modelagem distribuída e interativa, seguido da consistência e
sincronização do modelo geométrico.

5. Sistemas CAD Baseados na Web


5.1 WebSpiff (http://www.webspiff.org)
WebSpiff (Bidarra et al., 2001) é baseado em uma arquitetura cliente/servidor consistindo de vários
componentes. No lado do servidor há dois componentes principais:
• Sistema de Modelagem SPIFF: fornece toda a funcionalidade para modelagem baseada em feature,
utilizando o kernel de modelagem ACIS.
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• Gerenciador de Sessão: fornece funcionalidade para iniciar, associar-se, sair e fechar uma sessão de
modelagem, bem como gerencia todas as comunicações entre o sistema SPIFF e os clientes.

Os componentes do portal WebSpiff fornecem o acesso inicial a uma sessão WebSpiff para um novo
cliente, que inclui um servidor web onde os dados do modelo é disponibilizado para download pelos
clientes. Os clientes executam operações localmente, que incluem a visualização, interação com o
modelo em features, mensagens semânticas de alto nível, especificação de operações de modelagem,
bem como a atualização de dados dos clientes. O servidor coordena a sessão de colaboração, e mantém
um modelo de produto centralizado e provê todas as funcionalidades que não podem, ou não devem,
ser implementados no cliente. Uma vantagem importante desta arquitetura é que existe apenas um
modelo de produto centralizado, então evita-se inconsistências entre múltiplas versões do mesmo
modelo.

Os clientes do WebSpiff usam web browser mais plug-ins para Java e Java 3D para conectar-se ao
portal WebSpiff, fazendo o carregamento de um Java applet, fazendo a conexão com o Gerenciador de
Sessão, disparando-o no lado do servidor. O usuário pode agora se conectar a uma sessão colaborativa
em andamento ou iniciar uma nova sessão.

Muita funcionalidades do sistema SPIFF foram portados para o cliente, dentre as quais se destacam
janelas separadas na qual uma representação gráfica do modelo do produto é apresentada. Facilidades
de visualização incluem a apresentação da imagem do modelo em 3D utilizando a API Java3D,
realizando a renderização no servidor.
5.2 Modelagem Sólida Colaborativa (CSM)
O sistema CSM (Collaborative Solid Modelling) é um sistema de modelagem colaborativa baseado na
Web (Chan e Wong, 1999) que usa muitos métodos de concorrência. É criado um ambiente multi-
usuário onde um modelo compartilhado pode ser acessado e modificado por vários usuários em tempo
real, sendo que cada usuário tem seu próprio modelo local. Novamente a abordagem replicada é usada
neste sistema. Quando muitos clientes distribuídos desejam iniciar uma sessão de modelagem, Java
applets são iniciados nos browsers dos clientes conectados ao servidor CSM. Este servidor é usado
para sincronizar os clientes. Mudanças realizadas por um dos clientes são primeiramente aplicadas à
cópia local do modelo. Depois, as mudanças são enviadas para o servidor, que atualiza o modelo
global no lado do servidor. Finalmente, as mudanças são enviadas para todos os outros clientes, que
atualizam suas cópias locais.

6. Outros Sistemas Correlatos

Neste item serão descritos brevemente alguns sistemas correlatos, assíncronos ou não concorrentes,
sendo portanto não colaborativos segundo a definição adotada. Entretanto estes sistemas utilizam-se
de computação distribuída como ocorre com os sistema colaborativos.
6.1 WebCAD3D e Cybercut (http://cybercut.berkeley.edu)
WebCAD3D (Wang e Wright, 1998) é um sistema de manufatura "rápido" que faz uso do WWW
como mecanismo de integração. O sistema tenta integrar os ambientes de projeto e manufatura
distribuído, através do projeto criado em um cliente web e enviado para um servidor de manufatura via
Internet. No servidor de manufatura, uma aplicação envia os comandos necessários para uma fresadora
CNC. Este sistema é parte do sistema CyberCut (http://cybercut.berkely.edu) que realiza a integração
CAD/CAPP/CAM para fabricação de peças prismáticas a partir do WebCAD3D, que é um applet
iniciado a partir de um browser.

O sistema WebCAD3D está disponível para os usuários como um Java applet que pode ser usado em
combinação com um web browser. É usado a Modelagem Sólida Destrutiva (DSM) de maneira a
refletir o processo de fabricação que trabalha com operações de fresamento e furação, utilizando o
conceito de features de usinagem/manufatura (subtrativas). Uma ferramenta de modelagem 2D no
lado do cliente é usada para criar peças prismáticas 3D.
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O Cybercut é um sistema orientado ao Projeto e Fabricação baseado na web (Brown e Wright, 1998),
consistindo de três componentes:
• Software de CAD escrito em Java usando applets via páginas web. O sistema CAD é baseado no
conceito de Destructive Solid Geometry (DSG), o qual obriga o usuário a remover entidades
geométricas (features) de uma peça de formato regular através do fresamento da peça bruta, de tal
forma que o processo de manufatura da peça é incorporado, de forma inerente, ao projeto;
• Um sistema de Planejamento de Processo Auxiliado por Computador (CAPP) que acessa uma base
de conhecimento contendo informações sobre ferramentas e fixações;
• Uma fresadora CNC de arquitetura aberta que pode receber informações de planejamento e projeto
em linguagem de alto nível e executar a usinagem sobre uma fresadora Haas VF-1.

Com acesso ao WebCad3D via Internet, qualquer pessoa pode tornar-se um usuário deste sistema.
Através da GUI o usuário remoto pode fazer o upload de um arquivo CAD para o servidor Cybercut, o
qual irá executar o planejamento do processo para gerar o Código G para a fresadora CNC. A peça
poderá ser usinada e enviada para o projetista. O engenheiro pode ter um protótipo funcional dentro de
poucos dias por uma fração do custo que a fabricação interna exigiria.
6.2 CyberView
CyberView (Kim et al., 1988) usa modelagem assíncrona combinada com visualização via web
browser. Uma Base de Dados Orientada a Objetos (OODB) é localizada no lado do servidor, a qual
contém arquivos de dados dos produtos utilizando o padrão STEP, produzido por uma aplicação CAD
independente. Os arquivos STEP são enviados para a base de dados pelo protocolo FTP. Como a
maioria das aplicações CAD não podem ser executadas sobre o mesmo sistema computacional, esta
abordagem foi o modo mais fácil de garantir que os usuários pudessem usar seus próprios sistemas
CAD. A modelagem assíncrona é naturalmente possível, pois aplicações CAD stand-alone são usadas
para produzir e manipular arquivos STEP. Para visualizar em um web browser, VRML é usada.
6.3 Prototipagem Rápida Baseada na Web
A URL http://tmf.sdsc.edu apresenta um projeto da pesquisa e desenvolvimento chamado Tele-
Manufacturing Facility (TMF), o qual oferece um serviço de Prototipagem Rápida (RP) automatizado
baseado na Internet. O sistema disponibiliza um serviço para que usuários remotos tenham a
possibilidade de fabricarem um protótipo de uma peça a partir do arquivo em formato ".STL"
(estereolitografia). Ao estabelecer uma conexão através da Web, o usuário submete a ordem a ser
produzida, e o sistema automaticamente a mantém em uma fila para ser processado posteriormente em
uma máquina Z 402 da Z Corporation.

Luo et al. (1999) apresentam a arquitetura de outro sistema de prototipagem rápida baseado na Web
(http://www.ia.ee.ccu.edu.tw). O sistema utiliza uma arquitetura cliente/servidor para acessar a
máquina de RP fazendo a sua teleoperação remota de forma semelhante ao descrito em Álvares e
Romariz (2002).
6.4 Manufacturing Advisory Service (MAS)
É uma ferramenta computacional para auxiliar o projetista durante o ciclo de desenvolvimento de
produto, em especial na seleção de material e processo de manufatura, desenvolvida por Smith (1999).
O MAS gera um diálogo com o projetista, inquirindo-o sobre tamanho de lote, tolerâncias típicas,
dimensões, forma, requisitos de custos, entre outros. A cada passo é apresentado ao usuário uma lista
com uma seqüência das opções de manufatura.

O MAS foi desenvolvido como um applet Java disponível via Web através da URL
http://cybercut.berkeley.edu/mas2, e ele é parte do sistema Cybercut. O MAS executa os cálculos
utilizando a dados disponibilizados através de base de dados remotas, que podem ser manuseadas e
atualizadas através de ferramentas administrativas via Web.

7. Estruturas Para Desenvolvimento de Sistemas Colaborativos


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7.1 WELD
O WELD (Web-based Electronic Design Environment) fornece uma estrutura de plataforma
independente para acoplamento de aplicações e ferramentas CAD existentes de maneira a criar um
ambiente de projeto colaborativo (Chan et al., 1998). A WELD está conectada a servidores remotos,
serviços de rede e clientes. Os clientes podem ser Java applets ou browsers, com suporte em rede
fornecido por um web browser, ou clientes genéricos com suporte à rede integrado. Estes clientes
genéricos podem ser implementados em linguagem C, C++ ou Java.
7.2 COCA
O COCA (Collaborative Objects Coordination Architecture) é uma arquitetura de coordenação
genérica que permite aos usuários utilizarem regras sociais em um sistema colaborativo (Li e Muntz,
1998). A arquitetura COCA consiste de três camadas, sendo que o nível mais baixo é a camada de
comunicação, que usa IP Multicast e Unicast, enviando mensagens para um endereço especificado da
rede. Acima da camada de comunicação tem-se a camada de cooperação/colaboração, a qual é
implementada por máquinas virtuais que gerenciam as funções dos diferentes usuários e mantém um
conjunto individual de regras de decisão que são específicas para uma função. A camada do topo é a
camada de aplicação, que contém ferramentas de controle da sessão, ferramentas de apresentação de
dados, ferramentas de comunicação e interfaces de manipulação.
7.3 DistView
DistView (Prakash e Shim, 1994) é um sistema que pode ser usado para desenvolver aplicações
colaborativas para uso sobre redes de comunicação de área (WAN). É usada a abordagem replicada,
onde objetos compartilhados têm cópias locais disponíveis sobre todas as aplicações participantes, que
são atualizadas, apenas, quando mudanças tenham ocorrido.

8. Metodologia WebMachining (http://WebMachining.AlvaresTech.com)

A metodologia proposta, denominada WebMachining (Álvares e Ferreira, 2003), é concebida a partir


do paradigma de modelagem baseada em síntese por features de projeto, a fim de permitir a integração
das atividades de projeto (CAD), planejamento do processo (CAPP) e manufatura (CAM
Planejamento e CAM execução) utilizando como referência o Modelo de Features de Manufatura
definido pelo AP 224. O procedimento inicia-se na modelagem de uma peça por features num
contexto de manufatura remota utilizando a Web como meio de comunicação, num modelo
computacional cliente/servidor. O cliente conecta-se ao Modelador de Features Neutro via Web e
inicia a instanciação de uma nova peça a ser modelada a partir de uma base de dados, usando a
biblioteca de features padronizadas disponibilizada pelo sistema. Após a conclusão e validação do
modelo, a peça criada é armazenada e disponibilizada para a metodologia CAPP gerar o plano de
processo para a peça, sua representação baseada na STEP-NC ISO 14649 - Part 12, bem como, a
geração do programa NC para um torno CNC específico, no caso o centro de torneamento Galaxy
15M da Romi (http://video.graco.unb.br).

O sistema é concebido num ambiente distribuído de agentes de softwares interoperáveis denominado


de Comunidade de Agentes de Manufatura (MAC), sendo sua arquitetura estratificada em três níveis
(Fig. 1): Projeto, Planejamento do Processo e Fabricação. No nível superior reside um grupo de
Agentes de Projeto, os quais atuam como uma ferramenta CAD baseada em features e também
permite aos usuários que se conectem aos níveis inferiores. O nível intermediário consiste de Agentes
de Planejamento que incorporam as características de um CAPP generativo utilizando métodos de
representação do conhecimento baseados em inteligência artificial. Este grupo de agentes interpreta as
definições de projeto, modelagem geométrica realizada pelo usuário, e determina como fabricar a
peça, que será usinada pelo Agente de Fabricação, que reside no nível inferior.

O Agente de Fabricação permite também a teleoperação da máquina de comando numérico via


Internet. As informações sobre recursos de fabricação disponíveis (máquinas, ferramentas,
informações de materiais, dispositivos de fixação, etc) estão disponíveis através de uma base de dados
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relacional que é acessada pelos diversos agentes do sistema. O fluxo de informações entre os três
níveis da arquitetura é realizado através do encapsulamento das informações, adotando-se o
Knowledge Query and Manipulation Language (KQML) como padrão de linguagem de mensagens
entre os agentes. As mensagens são trocadas usando conexões sockets diretas entre os agentes.

A metodologia proposta utiliza a tecnologia Web (Internet) e de comunicação para oferecer um novo
paradigma para o desenvolvimento dos futuros ambientes integrados CAD/CAPP/CAM. Este
ambiente é globalizado, centrado em rede e espacialmente distribuído, tendo como front-end com o
sistema CAD/CAPP/CAM navegadores baseados na Web e a linguagem Java e VRML (Virtual
Reality Modeling Language), permitindo a independência da plataforma computacional do usuário.
Uma contribuição importante desta proposta está associada à contribuição metodológica para o
desenvolvimento de sistemas de TeleManufatura via Web a partir da concepção de um produto/peça
até a sua fabricação, usando a Internet como meio de conexão entre as várias tecnologias avançadas de
manufatura utilizadas.

Figura 1 - Arquitetura multiagente do sistema WebMachining.

A figura 2 apresenta o Agente de Interface, mostrando o ambiente de modelagem de produto baseado


em Java e VRML, em 2D e 3D e a monitoração por video do chão-de-fábrica.

9. Conclusão

A partir desta revisão de literatura sobre arquiteturas e ambientes CAD/CAPP/CAM foi possível
desenvolver uma arquitetura e metodologia que utiliza a Internet e sistemas de comunicação para
oferecer um novo paradigma para o desenvolvimento dos futuros ambientes integrados
CAD/CAPP/CAM. O sistema concebido utiliza vários modelos que foram analisados nesta revisão,
tendo por finalidade utilizar as características mais interessantes para o desenvolvimento pretendido,
como: arquitetura cliente/servidor, balanceamento de funcionalidades entre o cliente e o servidor,
princípios de thin clients, arquitetura baseada em sistema multiagentes (MAS), a qual pode ser
caracterizada como sendo Deliberativa, na organização interna como sendo do tipo Blackboard e na
arquitetura do sistema multiagentes como sendo do tipo Federativa utilizando a abordagem do
Facilitador, modelagem de produto 2D e 3D baseadas em Java e VRML.
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O sistema proposto apresenta muitas contribuições para o desenvolvimento de sistemas de


telemanufatura baseado na Web, integrando atividades de projeto, planejamento de processos e de
fabricação através da modelagem por features e utilizando os protocolos TCP/IP em uma arquitetura
multiagente. A partir desta metodologia está sendo implementado um protótipo que deverá estar
concluído até setembro de 2005. Maiores informações sobre o projeto podem ser obtidas em
http://WebMachining.AlvaresTech.com.

Figura 2 - Agente de Interface com o usuário: Java GUI, WebCam e Visualização eixo em VRML

Referências
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