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RESUMO
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INTRODUÇÃO
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valores sociais nelas implicados” (BRASIL, 1998, p. 52), ou seja, espera-
se que os alunos não somente conheçam as variedades da língua
materna, mas também que combatam o preconceito que existe contra as
formas populares em oposição às formas utilizadas por grupos
socialmente prestigiados, já que:
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Pretendemos com isso verificar se os professores da escola
pública trabalham com questões de variação linguística em sala de aula o
que contribui, por um lado para combater o preconceito contra as
variedades populares; e por outro, para eliminar a noção de “erro” o que
possibilita uma melhora na prática de ensino em relação aos fenômenos
de variação linguística.
1. Variação linguística
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Para Halliday, McIntosh e Strevens (1974), as variações de
registro são classificadas como sendo de três tipos diferentes: de grau de
formalismo, entendida como um maior cuidado e apuro (no sentido
normativo e estético) no uso dos recursos da língua; de modo, que se
refere à oposição entre a língua falada e a língua escrita; e de sintonia,
que envolve características próprias que marcam um estilo próprio:
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determinadas é parte integrante e central da
competência linguística tanto quanto a
capacidade de produzir orações
gramaticalmente bem formadas‟.
(FREGONEZI, 1975, p. 5.)
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3. Variação e ensino
Tendo este estudo por base nas salas de aula, é possível ser
mostrado ao aluno que as classificações “boa” e “ruim”, “certo” e “errado”
não existem, mas que devemos saber adequar em cada situação uma
variante linguística. Com esta perspectiva, o ensino torna-se mais fácil e
melhor recebido por parte dos alunos, pois identificarão as relações sociais
nos discursos, o que facilitará na hora da comunicação.
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analisar seis escolas públicas da cidade de Londrina, para que pudéssemos
constatar se há o ensino da variação linguística.
1) Nome (Fictício):
____________________________________________________
2) Nome da escola:
___________________________________________________
3) Há quanto tempo ministra aula? _____________
4) Possui licenciatura na disciplina específica? Sim Não
5) Como você vê o ensino da variação linguística em sala de aula?
Considera importante?
6) O livro didático, o qual utiliza em sala, aborda questões de variação
linguística? Como aborda tais questões em sala? Utiliza outros exemplos?
7) Você acha que com o ensino da variação linguística em sala os
alunos podem deixar de utilizar a norma padrão da língua? Por quê?
8) Como os alunos reagem a tal conteúdo? Apresentam dificuldades,
preconceito com outros tipos de variação, etc.
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Localizadas na Zona Urbana: Colégio Estadual Professor Vicente
Rijo, Colégio Estadual Professora Maria José Balzanelo Aguilera, Colégio
Estadual Monsenhor Josemariá Escrivá, Instituto de Educação Estadual de
Londrina.
Localizadas na Zona rural: Colégio Estadual de Paiquerê e Colégio
Estadual de Lerroville.
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4.1.4 Análise da questão 4
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- Professor A: “É importante para a desconstrução do conceito de “certo” e
“errado” com relação à língua e para buscar a eliminação da sensação de
inferioridade social por usar uma variante diferente da língua culta. Cabe
lembrar que só o conhecimento possibilita essa análise e conclusão.”
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Quando questionados se o livro didático, o qual utilizava em sala,
abordava questões de variação, a maioria afirmou que sim e relatou que
alguns superficialmente; porém, por considerarem este ensino importante,
sempre buscavam em outras fontes e levavam materiais extras para que
o assunto fosse trabalhado em sala. Uma surpresa foi o relato de que
alguns não fazem o uso do livro didático, ou o utilizam pouco, mas todos
afirmaram trabalhar com o ensino da variação linguística. Assim, seguem
as colocações dos professores.
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4.1.7 Análise da questão 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Por meio da entrevista realizada com seis professores da rede
estadual de ensino, verificamos que a maioria declarou que o livro didático
aborda questões de variação linguística, alguns superficialmente, porém,
segundo os dados das entrevistas, os professores complementam tal
conteúdo trazendo materiais extras ou dialogando com o próprio contexto
escolar vivenciado pelo aluno. O conteúdo é visto como importante e por
causa disso é trabalhado por todos os pesquisados.
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é abordado e nos permitem compreender como isto ocorre. As escolas,
que não possuíam ligação umas com as outras, por causa da distância,
nos mostrou que não há diferença em relação ao ensino na zona urbana
ou rural, pois é papel do professor selecionar os conteúdos a serem
abordados e a maneira como irá conduzi-los.
REFERÊNCIAS
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