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IMPLEMENTAÇÃO DA NR-20 EM POSTOS DE SERVIÇOS


Carla Ferreira Nascimento1
Otávio Augusto Marra da Silva2

RESUMO

Este artigo aborda a implementação da NR-20 em postos de serviços de abastecimento de


combustíveis líquidos inflamáveis, relatando as etapas do processo desde o projeto inicial, operação,
serviços, treinamento e desativação de suas instalações, com o intuito de descrever o Prontuário da
Instalação, relação de documentos e organização de evidências, com objetivo de assegurar e
comprovar os dados para requerer o exercício da atividade e a apresentação de documentos em
auditorias fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (M.T.E.).

Palavras–chave: NR-20. Prontuário da Instalação. Combustíveis Líquidos. Auditorias Fiscais.

ABSTRACT

This article approaches the implementation of the NR-20 supply flammable liquid fuel service stations,
reporting stages of the process from initial design, operation, services, training and disabling its
installations, with the aim to describe the Handbook Installation , list of documents and organizing
evidence, in order to ensure and verify the data to require the exercise of the activity and the submission
of documents on tax audits of the Ministry of Labor and Employment (M.T.E.).

Keywords : NR -20. Records of installation. Combustible liquids. Tax audits.

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1CarlaFerreira Nascimento do Curso de Pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho.
Centro Universitário Geraldo Di Biase 2015. email: carlafn.arq@gmail. 2 Docente Orientador. Graduado
em Direito, pela FAA, Pós Graduado em Gestão Ambiental e Sistemas Integrados de Gestão QSMS-
RS: Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde no Trabalho – Responsabilidade Social, pela
UniFoa. email: otaviomarra@hotmail.com.
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1 INTRODUÇÃO
Atualmente a segurança se faz presente em muitos seguimentos, seja na
indústria, na construção civil, no comércio, nos serviços, e outros segmentos,
prevenindo riscos relacionados à saúde do trabalhador em seu ambiente de trabalho.
Visando essa prevenção o M.T.E. vem fiscalizando a implementação da NR-20 em
postos de serviços, afim de assegurar a integridade da saúde dos funcionários e da
comunidade que ali transitam.
O presente artigo tem como objetivo organizar um roteiro da implementação da
NR- 20, informando as etapas desse processo e principalmente de como documentar
e manter as evidências do cumprimento dos requisitos da norma, com a finalidade de
apresentá-las em auditorias fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego.
A NR-20 visa a gestão de segurança e saúde no trabalho relacionando os
fatores de riscos de acidentes provenientes as atividades que envolvem o
recebimento, armazenagem, manuseio e manipulação de líquidos combustíveis,
determinando requisitos mínimos. Ao se adequar à NR-20, o estabelecimento
implementa um sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho proporcionando
um melhor desempenho operacional, com prevenção e controle de falhas.
A NR-20 classifica as instalações em três classes conforme a atividade e o
volume de combustível armazenado no estabelecimento. Os postos de abastecimento
pertencem a Classe I devido a atividade ligada a inflamáveis e/ou combustível com
capacidade de armazenamento maior que 10 m³ e menor que 5.000 m³ e/ou
armazenamento de gases inflamáveis acima de 2 ton. até 60 ton.
A implementação da norma demanda a elaboração e atualização de que vários
documentos para comprovar a gestão de segurança, documentos que devem ser
arquivados em conjunto no Prontuário da Instalação.
No desenvolver do artigo veremos de forma clara, padronizada e simplificada
como produzir ou atualizar os documentos de forma a evidenciar o atendimento à
norma. Portanto, o Prontuário da Instalação é o arquivamento de todas as evidências
que comprovam a implementação da NR-20 e deve ser atualizado e fixado em local
de fácil acesso para apresentação ao M.T.E. ou trabalhadores e seus representantes.
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2 PRONTUÁRIO DA INSTALAÇÃO
A NR-20 é uma norma regulamentadora de atividades com inflamáveis e
líquidos combustíveis, que estabelece que todas as instalações de manuseio
precisam elaborar um conjunto de documentos como: desenhos, plantas, certificados,
fichas de produtos químicos, formulários, e outros, que evidenciem o atendimento aos
requisitos da norma. Esse conjunto de documentação é determinado como Prontuário
da Instalação, trata-se de uma pasta de arquivo com divisórias ordenadas, nas quais
deverão estar dispostos os seguintes documentos:
 Projeto de Instalação;
 Procedimentos Operacionais;
 Plano de Inspeção e Manutenção;
 Análise de Risco;
 Plano de Prevenção e Controle de Vazamentos, Derramamentos, Incêndios
e Explosões e Identificação das Fontes de Emissão Fugitivas;
 Certificados de Capacitação dos Trabalhadores;
 Análise de Acidentes;
 Plano de Resposta a Emergência.

Conforme a norma, toda documentação deve está escrita em português, caso


o equipamento seja importado cabe o comprador exigir o manual operacional em
português. A documentação deve permanecer em local de fácil acesso, pois a
qualquer momento podem ser solicitados em auditorias fiscais, ou para consultas de
empregados do posto e seus representantes. Sendo de responsabilidade do
revendedor do posto de serviço a elaboração e atualização do Prontuário da
Instalação, podendo elaborá-lo com a colaboração de sua equipe ou, caso preferir,
contratar um profissional para fazê-lo. Cabe ressaltar que alguns documentos, ainda
que padronizados, exigirão a contratação de profissional habilitado que assuma a
responsabilidade técnica com registro no conselho profissional de classe. O prontuário
é singular e intransferível, mesmo sendo uma rede de postos de um mesmo
revendedor.
Os documentos devem ser agrupados ordenadamente numa única pasta
plástica, contendo um índice na primeira página, para de facilitar a consulta nas
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auditorias fiscais. Caso, os documentos não caibam numa mesma pasta por conta do
volume, poderá ser apresentada mais de uma pasta, identificadas por volumes.
O Ministério do Trabalho e Emprego atribui ao contratante e a contratada
responsabilidade solidária pelo cumprimento da NR-20. Ou seja, as duas respondem
em igualdade sobre as operações e atividades desenvolvidas pelos empregados.

2.1 PROJETO DE INSTALAÇÃO – VOLUME 1


O primeiro volume do prontuário é gerado por documentos da fase de projeto.

2.1.1 1ªDivisória - instalações e processos


Abrange informações e descrição das Instalações e Processos, através de
manual operacional.
Neste item, a norma tem como objetivo determinar as etapas da operação do
posto desde a hora em que o caminhão-tanque descarrega o produto até a hora do
abastecimento veicular. Identificando os riscos e as medidas de proteção a segurança,
saúde e meio ambiente adequadas em todas as atividades da instalação. O processo
é descrito como um conjunto de atividades interligadas que ocorrem em um período
de tempo e que produz um resultado.
Para cumprir a NR-20 deve ser descrito uma lista completa, dos equipamentos
e máquinas instalados no posto, informando facilidades e serviços oferecendo
informações técnicas de instalação e uso.

2.1.2 2ª Divisória - locação do posto


Consta os dados de Locação do posto, planta geral de locação das instalações
de acordo com as distâncias, áreas de movimentação e fluxos de segurança
estabelecidas nas normas técnicas de construção de postos de abastecimento.
Para este item, deve ser providenciada a planta de locação (ou situação)
aprovada, conforme NBR 7505 - Armazenagem de Líquidos Inflamáveis Parte 1 e
exigências do código de obra da cidade de implantação do empreendimento, além do
Certificado de Aprovação emitido pelo do Corpo de Bombeiros do Estado.
Caso o estabelecimento não possua esta planta, poderá ser solicitada uma
cópia do projeto aprovado na Prefeitura, ou na inexistência do projeto, cabe ao gestor
do estabelecimento contratar um profissional habilitado para elaborar o documento ou
atualizá-lo, emitindo Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) ou Anotação de
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Responsabilidade Técnica (ART). O projeto deve ser atualizado com base em


Análises de Riscos para a identificação da necessidade da adoção de medidas de
proteção complementares.

2.1.3 3ª Divisória - características dos produtos


Constam as características e informações de segurança, saúde e meio
ambiente relativas aos inflamáveis e líquidos combustíveis e todos os produtos
químicos manuseados no estabelecimento.
Garantia de que todos os produtos utilizados no posto de serviço têm sua
origem conhecida e que, em caso de emergência, tenha uma fonte de consulta
disponibilizada aos trabalhadores, orientando-os sobre como atuar. Cabe ao gestor
de segurança ou administrador do posto de serviço obter as FISPQ (Fichas de
Informações de Segurança de Produto Químico), obtida junto aos fornecedores de
produtos químicos.

2.1.4 4ª Divisória - sistema de segurança


Constam Projetos, desenhos e especificações técnicas dos sistemas de
segurança da instalação.
Informações que evidenciam que todos os equipamentos e sistemas de
segurança do posto são bem mantidos e operados de acordo com as especificações
técnicas de seus fabricantes. Para isso, é necessário providenciar a identificação de
todos os dispositivos e sistemas de segurança existentes no posto, cujo objetivo seja
interromper e/ou reduzir eventos decorrentes de vazamentos, incêndios e/ou
explosões. Ou seja, para atender este item é preciso elaborar plantas localizando
todos os dispositivos de segurança.
 Plantas de drenagem de águas oleosas e caixa separadora de água e óleo;
 Plantas de lançamento de efluentes;
 Plantas de instalações elétricas relativas a botoeiras e alarmes;
 Plantas de instalações de monitoramento de tanques, bombas e linhas;
 Planta do sistema de combate a incêndio (aprovada pelo Corpo de
Bombeiro do Estado).
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Cabe a construtora ou a instaladora de equipamentos fornecer as plantas por


etapa de execução. Entretanto, para qualquer modificação das instalações deve ser
solicitado a atualização da planta à empresa que executou as alterações, ou contratar
um profissional habilitado para realizar um levantamento das instalações e executar
uma planta representativa das instalações atuais.

2.1.5 5ª Divisória - áreas classificadas


Identificação das áreas classificadas da instalação, para efeito de especificação
dos equipamentos e instalações elétricas
A classificação garante a segurança dos trabalhadores identificando as áreas
do posto com concentração de vapores inflamáveis, afim de adotar ações preventivas
e de controle de acidentes. Nas áreas classificadas do posto o risco potencial de
incêndio e/ou explosão é elevado, logo não pode existir nenhuma fonte de ignição.
Para atender a NR-20 é preciso elaborar uma planta baixa demarcando: pista
de abastecimento, área de descarga de produtos nos tanques subterrâneos, respiros
dos tanques subterrâneos, superfície da caixa separadora, de acordo com as
instruções de distâncias em três dimensões (afastamentos e altura) definidas na
norma da ABNT NBR 14639 – Posto de Serviço – Instalações Elétricas.
A planta de classificação deve ser anexada em local de fácil acesso para
consulta dos funcionários e terceiros.

2.2 SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO E MONTAGEM – VOLUME 2


Item que evidencia, ao auditor fiscal do Ministério do trabalho e Emprego, todas
as ações de segurança e saúde adotadas durante a construção e montagem do posto.

2.2.1 1ª Divisória – registro de execução do projeto


Contém registros das evidências que comprovam que todos os requisitos
relacionados as normas regulamentadoras, normas técnicas e especificações foram
atendidas durante a fase desenvolvimento do projeto.
Conforme resolução Conama nº 237 de 1997, é necessário considerar três
situações: o posto em fase de desenvolvimento projetual, o posto em fase de
construção ou instalação de novos equipamentos e o posto em operação. Em todas
essas situações a documentação deve ser anexada ao Prontuário da Instalação.
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É neste momento, que o gestor do posto de serviço solicita de forma sequencial


as licenças ambientais (Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação)
junto ao órgão ambiental local, inserindo-as na divisória do volume 2 do Prontuário da
Instalação.

2.2.1.1 Posto em fase de construção ou instalando novos equipamentos


Durante a construção/instalação do posto, a construtora deve obedecer
rigorosamente o que foi projetado e as exigências dos órgãos públicos, observando
as condicionantes das licenças e autorizações concedidas.
Porém, muitas vezes, durante a execução dos projetos, nos depararmos com
pequenas dificuldades que não foram previstas na primeira etapa. Algumas mudanças
são estudadas e implementadas durante as obras. Pra isso, é necessário uma
certificação de que essas alterações podem ser aplicadas a obra, cabendo a
construtora elaboração de plantas conhecidas como “como construído” (ou “as built”),
que registram alterações.

2.2.1.2 Posto em operação


Para posto operante é provável que as plantas e especificações do projeto
original estejam desatualizadas. Portanto, precisam ser atualizadas como exige a
norma. As plantas do projeto original com suas atualizações devem ser arquivadas na
divisória Volume 1 e, no Volume 2, deve se arquivar: Licença de Operação, Alvará da
Prefeitura, Certificado de Aprovação de Instalações (conforme exigência da NR 2), o
Certificado de Aprovação dos Bombeiros e outros certificados concedidos por órgãos
públicos de sua região para iniciar as operações do posto.

2.2.2 2ª Divisória - registro dos testes pré-operação


Para garantir que todas as instalações e equipamentos sejam corretamente
implantados e sua operação segura, a construtora contratada deve fazer inspeções e
testes. E esses testes devem ser registrados, datados e assinados pelos responsáveis
técnicos, para que sejam arquivados no Prontuário da Instalação.

2.2.3 3ª Divisória - sinalizações


O gestor deve garantir que todos os equipamentos e instalações sejam
identificados e sinalizados de acordo com normas técnicas e legislações federais,
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estaduais e municipais. Para isso, deve ser elaborada uma lista de normas
relacionadas ao assunto e um plano para implementar as sinalizações, conforme
exigido no Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, Decreto Nº 897 de 21 de
dezembro de 1976.
Para evidenciar este item, algumas fotos das identificações podem ser
inseridas no Volume 2. Porém, o fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego pode
solicitar ir até as instalações para comprovação.

2.3 SEGURANÇA OPERACIONAL – VOLUME 3


O objetivo é evidenciar que as atividades habituais, rotineiras, e extraordinárias,
do posto são executadas observando os procedimentos preestabelecidos, claros e
completos com foco na proteção à segurança e saúde dos trabalhadores.
Para arquivar a documentação exigida neste volume, o gestor deve criar uma
pasta (ou divisória) no Prontuário da Instalação contendo três divisórias, arquivando
os seguintes documentos:

2.3.1 1ª Divisória - manual de operações


Manual de operações sobre cada procedimento operacional orientando o
trabalhador de como realizar a tarefa passo a passo e as medidas de segurança e
saúde a serem adotadas por ele.

2.3.2 2ª Divisória - especificações técnicas dos equipamentos


Divisória destinada ao arquivamento de folhetos e manuais de instalação e
operação de equipamentos, ordenados sob a forma de um manual de especificação
técnica e operação dos equipamentos.

2.3.3 3ª Divisória - registros de atualizações dos procedimentos


Os procedimentos deverão ser revisados e/ou atualizados, no máximo, a cada
três anos, ou quando ocorrer uma das seguintes situações:
a) surgirem recomendações decorrentes do sistema de gestão de mudanças;
b) surgirem recomendações decorrentes das análises de riscos;
c) ocorrerem modificações ou ampliações da instalação;
d) surgirem recomendações decorrentes das análises de acidentes e/ou
incidentes nos trabalhos relacionados com inflamáveis e líquidos combustíveis;
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e) ocorrem solicitações da CIPA ou SESMT.


É importante registrar as evidências de transmissão de procedimentos e
atualizações, a todos os empregados e contratados permanentes do posto. Sendo
aconselhável a realização de uma reunião de treinamento com todos eles, explicando
detalhadamente cada procedimento e registrando em ata, datada, com nomes e
assinaturas de cada participante.
Para evidenciar revisões e/ou atualizações, nas fichas de procedimentos, deve
haver um campo para registrar quando foi feita a última revisão, quem fez, a assinatura
do revisor, além do endosso do responsável pelas operações.

2.4 MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DAS INSTALAÇÕES – VOLUME 4


A NR-20 estabelece que deve haver no posto um Plano de Inspeção e
Manutenção: escrito em português, documentado e periodicamente revisado e
atualizado.
O Plano de Inspeção e Manutenção deve conter uma lista de todos os equipamentos,
máquinas, acessórios e instrumentos existentes no posto que necessitam de
manutenção. O plano deve indicar o tipo de intervenção (inspeção, manutenção
preventiva ou corretiva), datas definidas, indicações dos responsáveis técnicos e
supervisor da atividade.
Cabe ao responsável pelo Plano de Inspeção a Manutenção providenciar e
evidenciar o treinamento dos trabalhadores e supervisores em algumas normas
específicas, como: NR-10 - Serviços em instalações elétricas; NR-13 - Serviços em
compressores; NR-20 - Nesta norma foco deste material.
Manutenção de equipamento de combate a incêndio: NBR-10721 (Extintor de
incêndio com carga de pó), NBR-12962 (Inspeção, manutenção e recarga em
extintores de incêndio); NBR-13485 (Manutenção de terceiro nível “vistoria” em
extintores de incêndio).
Quanto as atividades não rotineira deve ser elaborada uma permissão de
trabalho para as atividades de intervenção nos equipamentos, baseada na análise de
risco, nos trabalhos:
a) Que possam gerar chamas, calor, centelhas ou ainda que envolvam o seu
uso;
b) Em espaços confinados, conforme Norma Regulamentadora n.º 33;
c) Envolvendo isolamento de equipamentos e bloqueio/etiquetagem;
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d) Em locais elevados com risco de queda;


e) Com equipamentos elétricos, conforme Norma Regulamentadora n.º 10;
f) Cujas boas práticas de segurança e saúde recomendem.

Portanto, antes de começar qualquer uma das tarefas abaixo exija a Permissão
de Trabalho preenchida e revisada: Trabalhos a quente; Entrada em espaço
confinado; Serviços com travamento e etiquetagem; Serviços em eletricidade;
Trabalho em altura e Escavação.
A Permissão de Trabalho deve obrigatoriamente, conter “de acordo” pelo
operador ou responsável pelo posto depois de ter sido preenchida e aprovada pelos
responsáveis da empresa contratada antes do início das tarefas. Após execução do
serviço a Permissão de Trabalho deve ser arquivada neste volume do Prontuário da
Instalação.
Ainda para atender este item da NR-20 é necessário elaborar um plano de
inspeções de segurança e saúde no ambiente de trabalho, levando em consideração
os riscos das atividades. Registre as recomendações que poderão aparecer e planeje
como, quando e quem será o responsável por implementar cada uma delas. Todos os
documentos devem ser arquivados neste volume do prontuário: o plano de vistoria, as
próprias vistorias, as recomendações e seus prazos e os desvios das
implementações.

2.5 PREVENÇÃO E CONTROLE DE VAZAMENTOS, INCÊNDIOS, EXPLOSÕES E


EMISSÕES FUGITIVAS – VOLUME 5
O empregador deve elaborar um plano de ação de curto e médio prazo para
efetivar ações preventivas e corretivas contra vazamentos, derrames, incêndios,
explosões e emissões fugitivas em seu estabelecimento, instalando novos
equipamentos e sistemas mais modernos ou adotando, rotineiramente, os
procedimentos operacionais e de inspeção, com o objetivo de prevenir acidentes e/ou
controlar os riscos de sua operação.
Qualquer mudança na instalação do posto de serviço, ou se houver algum
vazamento, derrame, incêndio e/ou explosão ou qualquer destas ocorrências será
motivo para atualização do Plano de Prevenção. Caso necessário, altere o plano e
registre a inclusão das ações indicadas, datando o objeto da mudança e determinando
responsabilidades.
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2.6 ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS/ RISCOS – VOLUME 6


Para realizar a avaliação de risco é necessário, em primeiro lugar, identificar e
analisar os perigos existentes e depois os riscos associados. Mas, no caso de posto
de serviço Classe1, a NR-20 simplificou essa análise e classificou o processo em
Análise Preliminar de Perigos e Riscos (APP/APR).
O passo seguinte é sugerir medidas preventivas ou corretivas dos riscos a fim
de eliminar as causas ou reduzir as consequências dos cenários perigosos
identificados. Esta avaliação é feita para cada atividade realizada no posto de forma
individualizada.

2.7 PLANO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIAS (P.R.E.) – VOLUME 7


Definição e detalhamento de todas as ações, procedimentos e providências que
devem ser tomadas, caso ocorra uma situação de emergência na instalação, tais
como: incêndio, explosão; derrame; vazamento.
Conforme estabelecido no subitem 20.14.2 da NR-20, o P.R.E. da instalação
deve ser elaborado considerando as características e a complexidade do
estabelecimento. Está parte do Prontuário da Instalação é organizada em três
divisórias.

2.7.1 1ª Divisória - plano de resposta a emergência


O responsável pela elaboração do P.R.E. deve ter capacidade técnica para que
todos os cenários de possíveis emergências sejam previstos e trabalhados no plano.
Cabe a ele a revisão do P.R.E., gerenciamento, coordenação e implementação do
Plano na instalação.
A designação do responsável deve ser documentada e arquivada na primeira
divisória do Volume 7 como evidência de atendimento aos itens Plano de Resposta a
Emergência da Instalação e Exercícios Simulados. A NBR-14726 - Brigada de
Incêndio, tabela 1, divisão G3 informa o número ideal de brigadistas orientada pela
população fixa por pavimento.
O revendedor e o responsável técnico pela elaboração do P.R.E. deve
designar, nominal e formalmente, os integrantes da equipe de emergência, os
responsáveis pela execução de cada ação e seus respectivos substitutos.
Deve estar incluído no P.R.E. os procedimentos para comunicação, ao Corpo
de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Rodoviária, e outros órgãos responsáveis;
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procedimentos para orientar visitantes e clientes quanto aos riscos existentes e como
proceder em situações de emergência e o cronograma de treinamento com exercícios
simulados de emergência.

2.7.2 2ª Divisória - exercícios simulados


O P.R.E. deve prever a frequência mínima de exercícios simulados ao longo do
ano, a serem realizados durante o expediente normal, contando com a participação
de todos os trabalhadores. O plano deverá definir ainda os critérios de observação,
avaliação dos resultados e comunicação posterior.
Nesta divisória são arquivadas as evidências dos três últimos exercícios
simulados, observando a frequência mínima anual, com suas respectivas atas
devidamente identificadas datadas e assinadas, e as evidências dos contatos e
entendimentos com a comunidade e autoridades, convites para participar dos
simulados, fotografias e outros.

2.7.3 3ª Divisória - comunicação de ocorrências


Dedicada ao arquivamento de documentos comprobatórios das análises de
acidentes e comunicações ao Ministério do Trabalho e Emprego e Sindicato dos
Revendedores da região.
Quando realizado o relatório de análise do acidente, cabe ao revendedor
apresentá-lo formalmente a todos os trabalhadores do posto, explicando
detalhadamente o ocorrido, quais medidas preliminares foram executadas, quais
procedimentos e quais medidas definitivas serão implementadas para garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores e impedir que um acidente semelhante volte
a ocorrer. E por fim, arquivar a ata dessa reunião de apresentação aos trabalhadores
com suas assinaturas, nesta mesma divisória do Volume 7.

2.8 CAPACITAÇÃO DOS TRABALHADORES – VOLUME 8


Pasta com registros de treinamentos e atualizações de funcionários e
contratados: lista de presença datada, carga horária, assinaturas dos alunos e dos
instrutores, fotos, materiais utilizados, certificados, entre outros.
A carga horária de treinamento e/ou atualização pode variar de 4h as 16h de
acordo com o risco de exposição de cada empregado.
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2.9 DESATIVAÇÃO DAS INSTALAÇÕES – VOLUME 9


Encerradas as atividades da instalação, o revendedor deve adotar
procedimentos para a sua desativação, observando os aspectos de segurança, saúde
e meio ambiente previstos nas normas técnicas nacionais e na ausência ou omissão
destas, deve se basear em normas internacionais, bem como nas demais
regulamentações pertinentes em vigor.
No estado do Rio de janeiro, o Decreto Estadual nº42.159 de 2009, que dispõe
sobre o Sistema de Licenciamento Ambiental, estabelece o Termo de Encerramento
(T.E.) ato administrativo mediante o qual o órgão ambiental atesta a inexistência de
passivo ambiental que represente risco ao ambiente ou à saúde da população.

3 CONCLUSÕES E/OU CONSIDERAÇÕES FINAIS


Atualmente, o Brasil possui um grande número de postos de serviços e
comercializa milhões de litros de combustíveis. Volume que gera um faturamento de
5% do PIB do país, o que enfatiza a importância do setor.
A citação acima justifica a exposição e interesse da mídia e da sociedade. São
milhões de veículos que dependem deste serviço, aproximadamente 500 mil
empregos diretos.
Portanto, os postos de serviços desenvolvem atividades estratégicas, que
envolvem muitos riscos pela concentração elevada de inflamáveis, pela
movimentação de veículos e pedestres, tornando a gestão de segurança uma questão
de utilidade pública.
Precavido dos perigos e riscos inerentes as atividades desenvolvidas nos
postos de serviços o Ministério do Trabalho e Emprego pretende implementar um
controle adequado por meio da NR-20, destacando o posto de serviço como um
segmento que requer excelência na gestão de segurança e saúde ocupacional.
Compondo uma gestão assegurada com evidências comprovadas em documentos,
procedimentos, medidas preventivas, controle de saúde e treinamento ostensivo, além
de adequações aos padrões definidos na NR-20 para as instalações.
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REFERÊNCIAS
NORMA REGULAMENTADORA. NR 02: inspeção prévia - artigo em publicação
periódica impressa - apresentação. M.T.E., 2003.

______. NR 10: segurança em instalações e serviços em eletricidade - artigo em


publicação periódica impressa - apresentação. M.T.E., 2004.

______. NR 13: caldeiras e vasos de pressão - artigo em publicação periódica


impressa - apresentação. M.T.E., 2014.

______. NR 20: segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis -


artigo em publicação periódica impressa – apresentação. M.T.E., 2012.

______. NR 33: segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados - artigo em


publicação periódica impressa. M.T.E., 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7505-1: armazenagem


de líquidos inflamáveis - parte 1: armazenagem em tanques estacionários -
informação e documentação - artigo em publicação periódica impressa -
apresentação. Rio de Janeiro, 2000.

______. NBR 10721: extintores de incêndio com carga de pó químico - artigo em


publicação periódica impressa - apresentação. Rio de Janeiro, 1996.

______. NBR 12962: inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio -


artigo em publicação periódica impressa - apresentação. Rio de Janeiro, 1998.

______. NBR 13485: manutenção de terceiro nível (vistoria) em extintores de incêndio


- procedimento - artigo em publicação periódica impressa - apresentação. Rio de
Janeiro, 1999.

______. NBR 14639: posto de serviço - instalações elétricas - artigo em publicação


periódica impressa - apresentação. Rio de Janeiro, 2001.
15

______. NBR 14726: brigada de incêndio - requisitos - artigo em publicação periódica


impressa - apresentação. Rio de Janeiro, 2006.

DECRETO. Nº42.159: licenciamento ambiental - apresentação. Rio de Janeiro, 2009.

_________. Nº897: código de segurança contra incêndio e pânico - apresentação. Rio


de Janeiro, 1976.

CONAMA. RESOLUÇÃO Nº237: licenciamento ambiental - apresentação. Rio de


Janeiro, 2009.

Guia de referência para implementação da NR 20 em postos de serviço. 2013.


132f. Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes, Rio de Janeiro,
2013.

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