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As toxinas são na verdade mecanismos de defesa das plantas ao ataque de seu predador (insetos herbívoros); são
metabólitos secundários (aleloquímicos), ou seja, não são essenciais à vida da planta.
• Alcalóides • Ácidos orgânicos • Resinas e resinóides
• Glicosídeos • Álcoois • Compostos protéicos
Podem ser:
• Toxina direta: efeito inseticida → piretrinas e nicotina
• Toxina indireta: efeito anti-nutricional (efeito específico p/ determinado inseto) → Azadirachta indica (neem)
Sendo os insetos seu principal predador a intoxicação de herbívoros vertebrados por plantas é acidental. Vertebrados são
menos seletivos, ou seja, comem a planta toda, bem como várias espécies vegetais.
Existem veados e caprinos com uma enzima salivar capaz de degradar tanino.
Caprinos e ovinos, por terem hábitos alimentares de plantas arbustivas (maior qtidade de aleloquímicos) tem maior bateria
enzimática (P-450) que bovino e eqüinos, que tem gramíneas como principal fonte de alimento.
IMPORTÂNCIA ECÔNOMICA
1. Morte súbita:
• Proprietário dá maior importância por morrerem mtos animais de uma só vez ;
• Fácil associação com a planta
• A principal no Brasil é a Palicourea marcgravii (erva de rato);
• plantas que contém glicosídeos cianogênicos como Manihot (mandioca) e sorgo;
• Bacharis coridifolia (mio-mio)
2. Queda no desempenho
• Peq nº de mortes, sendo estas esporádicas em animais que vêm adoecendo ao longo do tempo, difícil diagnótico → difícil
associação;
• Diminuição da performance: perda de peso, prod de leite ou ovos etc; Causa mais prejuízo que o restante.
• Brachiaria decumbens → fotossensibilização;
• Crotalaria sp (guizo de cascavel) → hepato/nefro/pneumotoxica
• Senna ocidentalis (fedegoso) → miotoxicidade
• Pteridium aquilinum (samambaia) → carcinogênico
3. alterações reprodutivas
• atividade estrogênica
o Solanun lycocarpum (fruta do lobo)
o Trifolium subterraneum (trevo doce – região sul do país)
• Efeito teratogênico
o Crotalaria spectabilis (guizo de cascavel)
o Senna ocidentalis (fedegozo)
o Solanum malacoxylon (espichadeira)
PLANTAS TÓXICAS
def: aquela que qd ingerida naturalmente causa danos a saúde ou msm a morte.
Deve haver relato de intoxicação espontânea e sua toxicidade deva ser comprovada experimentalmente naquela espécie.
Fatores que favorecem a toxicidade:
1) Relacionados aos animais
• Espécie (Palicourea marcgravii; bov e eq) • Condições de saúde
• Raça (taurus> sensilidade indicus; bateria enzimática) • Dieta (dieta rica em CHO intox por cianogênicas;
• Idade (jovens e idosos) pH)
• Exercício físico e movimentação (Palicourea • Sexo (fêmeas: plantas estrogênicas; Machos menos
marcgravii) têm maior metabolização hepática)
• Tolerância: metabólica (plantas cianogênicas) ou
imunológoca (Ricinus comunis)
2) Relacionados à planta
• Solo e trato cultural: adubo orgânico ac cianídrico
• Condições climáticas e época do ano: Bacharis coridifolia é tóxica na floração, enqto Pteridium aquilinum é na brotação.
• Geralmente: semente> folhas e frutos > raiz
• Variedades cultivares: Sorghum halepense > Sorghum vulgare; Manihot esculenta > Manihot utilíssima
DIAGNÓSTICO
• História clínica • Adm da planta (intoxic aguda)
• Exame clínico • Necropsia e histopatologia
• Verificação in loco da área • Coleta de material p/ idd botânica
IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA
• Evitar coleta em dias chuvosos ou pela manhã
• Planta peqs devem ser colhidas inteiras (junto com raiz)
• Plantas grds: folhas, flores e frutos
• Colher pelo menos 3 exemplares de cada espécie
• Identificação: local de coleta (município), tipo de local (mata. Pasto), dados sobre a planta (árvore, arbusto),
presença de frutos ou flores (cor, forma).
• Secagem: entre folhas de jornal borrifadas com álcool, com folhas de papelão entre as diferentes amostras e
colocadas em prensa de madeira. Pode-se colocar em fogareiros ou estufas, se não colocar no sol e trocar o jornal
diariamente.
Mtas vezes confundidas com doenças infecciosas, parasitárias ou outros tipos de intoxicação.
Fatores predisponentes a ingestão e intoxicação:
• Idade: animais jovens são mto curiosos e mastigam objetos devido a irritação da gengiva pela erupção da nova dentição
• Fastio: animais sem atividades podem ingerir plantas ao seu redor (mais comum em cães)
• Mudanças à sua volta: objetos novos ao seu redor → curiosidade; perde atenção e se sente negligenciado → perversão do
apetite
A. precatoris e R. communis
Características gerais: possuem lectinas (abrina e ricina) que têm alta afinidade por moléculas de açúcares. A abrina é mais potente
que a ricina, e é considerada a mais potente fitotoxina conhecida. As lectinas são encontradas nas sementes (sendo que a mamona
possui um alcalóide em sua folha), as sementes devem ser mastigadas p/ liberarem a toxina. São pouco abs no intestino. Inibem a
síntese protéica levando à morte celular.
Sinais clínicos: período latente de 24h p/ aparecimento dos sintomas. Inicialmente observa-se depressão moderada e hipertermia
acentuada. Com a evolução observa-se vômitos e profusa diarréia catarral hemorrágica. Na fase terminal aparecem convulsões.
Tratamento: suporte e sintomático (em poucas hrs, usar cartáticos e carvão ativado). Em gastroenterites usar protetores de mucosa,
corrigir distúrbio eletrolítico e BZD (IV).
Jatropha curcas
Características gerais: sementes são a parte mais tóxica. Possuem um complexo resinoso responsável pela dermatite e glicosídios
(lectina: cursina) e alcalóides resposnáveis pela depressão do sist resp e cardiovasc, além de ação estimulante dos musc do TGI.
Possui 40% de óleo purgativo.
Sinais clínicos: manifestam-se 1h após ingestão; dor abd, náuseas, vômitos e diarréia aquosa profusa. Podendo progredir p/
gastrenterite hemorrágica e profunda desidratação. Podem haver alt cardiac e SNC. Espasmo da musc esquelética.
Tratamento: suporte e sintomático (em poucas hrs, usar cartáticos e carvão ativado). Em gastroenterites usar protetores de mucosa,
corrigir distúrbio eletrolítico e BZD (IV).
Características gerais: possui um lipídio tóxico, sendo seus efeitos exacerbados pelo oxalato de Ca presente na planta
Sinais clínicos: poucos min após contato animal apresenta dor e irritação; meneios de cabeça, porura água. Salivação profusa, edema
intenso de mucosa da faringe e cordas vocais levando a dispnéia severa podendo haver obstruyção completa da faringe.
Tratamento: uso de anti-histamínicos H1. NÃO usar eméticos sob nenhuma circunstância. Uso de demulcentes (leite ou hidróxido de
alumínio) e protetores de mucosa (sucralfato). Em casos de dor adm hipnoanalgésicos (butorfanol)
Características gerais: princípio ativo → glicosídeos cardioativos. Tds as aprtes das plantas são bastante tóxicas, sendo relatado
intoxic por ingestão de água contaminada com folhas e flores.
Sinais clínicos: surgem algumas hrs após ingestão. Náuseas e vômitos, diarréia e tenesmo. Alteração no pulso arterial (rápido e
fraco ou lento e forte), bradi ou taquicardia; fibrilação. Hiperpnéia com respiração profunda. Anóxia com extremidades frias; ↓ Tº,
podem haver convulsões.
Tratamento: lavagem gástrica. ADM cloreto de potássio (ECG) em 10mEq/h (IV); procainamida 100-150mg/animal (IV). Restaurar
eq eletrolítico.
Sinais clínicos: evolução superaguda, causa "síndrome da morte súbita", onde o animal tem relutância em andar, freq urinária cte e em
pouca qtidade, pulso venoso positivo, ataxia, instabilidade postural, tremores musc, quedas, taquipnéia, movs de pedalagem, cabeça
em opistótomo, mugidos ctes e convulsão tônico-clônica, levando a morte.
Necrópsia e histopatologia: não há contribuição p/ diagnóstico.
Diagnóstico diferencial: carvúnculo hemático/antraz (morte extremamente aguda por septissemia)
Tratamento e controle: a acetamida (doadora de acetato) teoricamente seria efetiva, ams na prática não há evidências de seu valor
terapêutico. Impedir o consumo da planta pelo animal, sendo assim é necessário reconhecê-la p/ eliminá-la da propriedade. Se não
houver flores pode-se espremer sua folhas (aroma de vick vaporub - salicilato de metila) p/ idd.
em ruminantes:
Diátese hemorrágica: efeito radiomimético, sintomas após 3-8 semanas de ingestão da planta, caracterizado por hemorragias na
pele e nas mucosas, sangramentos pelos orifícios naturais. Diarréia sg. Ex de sg revela retardo do tempo de coag, trobocitopenia,
neutropenia, relativa lifocitopenia e anemia.
Hematúria enzoótica: bov com mais de 2a. Exposição prolongada a P. aquilinum. Hematúria intermitente, anemia e perda de peso.
Dura diversos anos.
Carcinomas do trato digestivo superior: sugere-se interação entre papiloma vírus e ptaquilosídeo. Ptaquilosídeo causa depressão da
resp imunológica ao vírus. Bov > 5 anos. formações tumorais , com nódulos de diferentes tamanhos que podem obstruir
mecanicamente o TGI sup. Tosse, regurgitamento, timpanismo, diarréia, perda acentuada de peso.
Necrópsia e histopatologia: diátese hemorrágica, rarefação do tec hematopoiético da M.O. Formações nodulares na bexiga, de
tamanhos variados. Neoplasia de origem epitelial e mesequimal, algumas vezes com anaplasia severa.
Tratamento e controle: não há tratamento. Remoção da planta não reverte o quadro, recomenda-se abate do animal. remoção da
planta (calagem do solo) é a melhor profilaxia.
Características gerais:um dos princípios tóxico está presente na planta, que é a saponina esteróide, e o outro princípio tóxico pertence
ao fungo Phytomyces chartarum, este produz a toxina esporodesmina, que causa dermatite e distúrbio do metabolismo hepático.
Princípio ativo e mecanismo de ação: esporodesmina (passa pelo leite) e saponina.
Clorofila → filoeritrina →excreção biliar A filoeritrina abs energia luminosa e passa para um estado excitado e libera
↓ ↑ radicais livres na derme que promovem a peroxidação de lipídeos e
dessaranjos das estruturas celulares. (necesita de luz solar direta + pele
Circulação obstrução biliar despigmentada ou pouco espessa)
Sanguínea disfunç hepática
Sinais clínicos: 4 formas
Subclínica: perda de peso, queda na prod leiteira. ↑GGT e AST
Crônica moderada: lesões cutâneas pouco intensas, icterícia. Perda de peso acentuada. ↑GGT e AST
Crônica grave: icterícia, dermatite em áreas claras e ou glabras, com pouca espessura. ↑GGT e AST Perda de peso
exacerbada.
Aguda: lesões cutâneas superficiais, s/ icterícia (não dá tempo) Morte fulminante (máx 5d)
Necropsia e histopatologia: fígado e rins↑, fígado com padrão lobular e friável. Necrose dos hepatócitos e ep biliar, obstrução de peqs
ductos. Presença de cristais nas células hepáticas e renais.
Tratamento e controle: não há tratamento (sintomatologia após lesão hepática); diagn precoce mto importante + retirada de pasto
perigoso (20esporos na câmara ou 100.000 esporos/g de capim); pode pintar animal com alcatrão.
Características gerais: A S.braziliensis contém retrosiba, senecionina e interregimina, já a Crotalaria possui monocrotalina,
espectabilina e retusina. Pode ocorrer intoxicação indireta por mel feito com essas plantas ou leite d evacas que ingeriram essas
plantas.
A S.braziliensis é invasora de pastagens e de baixa palatabilidade.
As Crotalarias são utilizadas como adubo verde (leguminosa, prende N no solo).
Princípio ativo e mecanismo de ação: alcalóides pirrolizidínicos são biotransf no fígado. gerando diversos compostos atóxicos e o
pirrol (extremamente tóxico). O pirrol pode ligar ao DNA, RNA e as prots, levam a edema, necrose centrolobular, megalocitose,
profliferação dos ductos biliares, oclusão e perda da fç hepática.
A monocrotalina ainda pode atingir a corrente circulatória → síndrome vascular pulmonar (vasculite proliferativa, hipertensão pulmonar
e cor pulmonale). Pode tbm atingir os rins causando uma glomerulonefrite e lesões tubulares. Causa imunossupressão de linfócitos B
e T.
Sinais clínicos: comprometimento da fç hepática, descréscimo da secreção de bile (↑BD), levando a icterícia. Fotossensibilização,
anasarca, depressão e comportamento anormal. Em eq ainda ocorre cegueira, pressão da cabeça contra objetos sólidos
(encefalopatia hepática). ↑GGT e ↑FA. Anemia. NA intoxicação pela crotalaria ainda há dispnéia.
Necropsia e histopatologia: ↑consistência do fígado, anasarca e icterícia. Necrose hepática periacinar, emgalocitose hepatocelular,
fibrose hepática, edema de hepatócitos, cariomegalia e proliferação dos ductos biliares. Na monocrotalina ainda são evidentes
alterações pulmonares (edema e hemorragia, megalocitose, intumescimento alveolar, presença de macrofágos, alveolite, epitelização
alveolar) glomerulonefrite e lesões tubulares.
Tratamento e profilaxia: não há trat; retirar plantas do pasto (atenção época de chuvas)
Características gerais: possuem altos níveis de cianeto (mín 10mg/kg de planta fresca). A mandioca, o sorgo e o capim tifton são
utilizados na alimentação, nesse caso a intoxicação ocorre por erros de manejo. Na planta íntegra as enzimas que quebram os
glicosídeos cianogênicos ficam separadas dos mesmos, mas qd a integridade celular é quebrada ocorre o contato da enzima com seu
substrato e consequente liberação de cianeto livre.
glicosídeo cianogênico →(b-glicosídase)→ açúcar + Aglicona →(hidroxinitrila-liase)→ HCN + aldeído ou cetona
Princípio ativo e mecanismo de ação: o íon CN é rapidamente abs pelo TGI (e pulmão na inalação) e prontamente distribuído pelos
tecios. Cerca de 80% do cianeto é convertido em tiocianato e peq parte é conjugado a cisteína e hidroxicobalamina (vit B12) formando
a cianocobalamina e peq qtidade de ác fórmico. O cianeto inibe enzimas que possuem metais em sua composição (Fe)
Ex: enzima citocromo oxidase + CN = citocromo-oxidase-CN; o que paralisa a cadeia resp = hipóxia e anóxia citotóxica
Sinais clínicos: sialorréia, paresia, espasmos musculares generalizados e convulsões tônico-clônicas. Polipnéia e dispnéia, podendno
levar a parada resp.
Necrópsia e histopatologia: qd evolução rápida encontra-se sng venoso de coloração vermelho-vivo ( sg alatamente oxigenado).
Abomasso e intestinos cogestos, com petéquias. No conteúdo ruminal fresco nota-se odor de cianeto (amêndoas amargas)
Diagnóstico diferencial: plantas que causam morte súbita, organofosforados
Tratamento e controle: qd feito a tempo é mto eficiente. associação de tiossulfato de Nacom nitrito de Na intravenoso. O tiossulfato se
liga ao CN livre e forma tiocianato (atóxico), ento o nitritoinduz a formação de metahemoglobina (alta afinidade pelo cianeto,
deslocando-o da citocromo-oxidase; não repetir adm)
Teste do picrato: papel reagente com solução de carbonato de Na,ác picrico e água; preso na tampa do recipiente com a
planta(moída/picada e seca). aquece o recipiente por 5 min em 30 - 35ºC. Amarelo 9s/ alt cor) = baixo cianeto; Vermelho tijolo = alta [ ]
cianeto.
Toxicidade crônica: relacionado com distúrbios neurológicos (+ em humanos) e bócio (tiocianato é bociogênico por diminuir a captação
de iodo). Alt no fígado, rins e pâncreas tbm foram descritas. Com o sorgo foi relacionada a cistite e ataxia enzootica
IX – PLANTAS MIOTÓXICAS
Senna occidentalis (fedegoso, mata-pasto)
Características gerais: arbusto distribuído por td Brasil. Geralmente entremeado na plantação de grãos. Intoxicação pro ingestão
acidental de sementes no meio dos grãos oferecidos aos animais. Td a planta é tóxica.
Princípio ativo e mecanismo de ação: diantrona (uma antraquinona), desacoplamento da cadeia fosforilativa.
Sinais clínicos: abatimento, tremores musculares, diarréia, mioglobinúria (falta ATP cronicamente) e incoordenação motora. Perda de
peso.
Necrópsia e histopatologia: degeneração mus esquelético e cardíaco, fígado em noz moscada e alt no SNC. Atrofia e degeneração
muscular e miocárdica, degeneração vacuolar no miocárdio, hepatócitos e rins. Vacuolização de axônios.
Tratamento e profilaxia: erradicar planta antes da colheita do cereal.
TOXICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Estudo dos efeitos nocivos de agentes tóxicos sobre um concepto em desenvolvimento, que abrange anormalidades
morfológicas, retardo do crescimento, alterações funcionais e comportamentais e/ou morte da prole.
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS: a passagem da maioria dos toxicantes pela placenta ocorre por difusão passiva
simples, dependo de suas caract/s físico-químicas (lipossolubilidade, PM, ligação à prots séricas, grau de ionização e se é
biotransformado pela placenta), do gradiente de [ ] e da espessura da membrana.
DOSE DO AGENTE TÓXICO: a dose pode definir entre teratogênese (lesão em determinado n° de céls ou regeneração
prejudicada) e mutagênese ( alteração de única cel que dá origem a outras). P/ ser considerado teratogênico deve ser
embriotóxico mas atóxico para a mãe, se houver toxicidade materna irá ocorrer disformogênese.
EFEITOS TÓXICOS NA PLACENTA: placenta é responsável pela oxidação, redução, conjugação e hidroxilação de subst; se
houver alteração de seu funcionamento o feto será afetado.
• Transporte de nutrientes e produtos de eliminação: cádmio e zinco alteram o transporte de aminoácidos; alterações
vasculares na junção umbílico-placentária podem alterar o desenvolv embrionário.
• Biotransformação de subst na placenta: subst ao passarem pela placenta podem ser excretadas sem
biotransformação; interagirem com a fç placentária e comprometê-la; passar diretamente para o feto; serem
biotransformadas (lembrar: alguns metabólitos são tóxicos)
• Patologia presente na placenta: comprometimento das funções placentárias podem comprometer o concepto.
• Alteração da fç endócrina da placenta induzida por agentes tóxicos:o bromodiclorometano afeta a prod de
gonadotrofina coriônica, enqto o cádmio causa decréscimo da síntese de P4.
Deve-se utilizar uma espécie roedora e uma espécie não roedora, que são escolhidas pelo tamanho, gestação rápida e nº de
filhotes/gestação.
As doses devem ser: produz toxicidade materna (mortalidade < 10%); sem toxicidade materna; dose intermediária (deseja-se
mínimos efeitos tóxicos observáveis). Podem ser escolhidas por estudo piloto, com 3 a 5 animais e com 5 doses distintas.
A via de adm deve ser obrigatoriamente a mesma pela ql o indivíduo é exposto naturalmente ao agente, podendo-se utilizar
outra via se for comprovado que seus efeitos sistêmicos são os mesmo pela via alternativa.
Parâmetros avaliados: sinais clínicos (perda de pêlo, sialorréia, comportamento, tremores) abortamento/partos prematuros e
mortalidade; peso corpóreo e ingestão de ração; cesariana (pesagem de útero e placenta, avaliação placentária, fetos vivos e
mortos); avaliação fetal (malformações e variações no desenvolvimento)
ESTUDO IN VITRO: tem menor custo, maior rapidez e diminuição do uso de animais (teste piloto), mas não substituem os
teste in vivo.
• Cultura de células embrionárias: p/ toxicidade pré-natal
• Cultura de órgãos:efeitos no crescimento do órgão
• Cultura de embriões: testes de curto intervalo (necrose do embrião em 24 – 48h)
PERSPECTIVAS SOBRE O ESTUDO DA TERATOGENICIDADE
ESPÉCIE ANIMAL: o ideal seria uma espécie com caract/s farmacocinéticas, placenta e feto semelhantes ao da espécie de
interesse; com prole grande, curto período gestacional, fácil reprodução e baixo custo de manutenção. O rato é a espécie escolhida
para humanos. Suínos é uma boa opção pois tem prole grd, ciclo estral curto, vida reprodutiva precoce, semelhanças anatômicas, fisio
e metabólicas com os humanos, e baixa incidência de teratogênese (utilização de mini-pigs).
TIPO DE AVALIAÇÃO: protocolos atuais só indicam efeitos mais óbvios (morte, alteração do desenvolvimento e
malformações), agências normativas visam implementar testes de imunotoxicidade e neurotoxicidade.
TOXICOLOGIA PERINATAL
1 – INTRODUÇÃO
Teratologia
- causas – físicas, genéticas, infecto contagiosas, medicamentosas, químicas, etc
- mal formações macroscópicas – fenda palatina, ciclope, etc
- alterações funcionais, metabólicas, neuronais – teratologia sutil
- Ex: diestilbestrol – problemas funcionais na prole (filha) em decorrência da exposição da mãe
2 – ENSAIOS
Ensaios de letalidade
- “quantal” – sim ou não
- avaliação quantitativa – curvas dose-efeito c/ calculo da dose letal 50% (DL50) p/ a subst
- feita p/ avaliação de riscos
- ideal – teste na espécie alvo
- gdes investimentos p/ testes alternativos in vitro
- no filhote, embrião e adulto – DL50 adulto > DL50 feto
- devido à formação incompleta no feto:
- metabolismo
- barreiras (hematoencefálica)
- capacidade de excreção (renal)
- alta multiplicação celular – alvo mais vulnerável
- baixa imunocompetência
Levar em consideração:
- período crítico de organogênese nos ensaios
- modelo rato – 21 dias de gestação x humano – 9 meses de gestação
- comparação de tempos/períodos (1ª sem rato = 1º trim humano)
- problema! – organogênese em tempos diferentes – em humanos 1º trim e em ratos na 2ª sem
- diferença entre as espécies
- placentas diferentes c/ difusão de químicos tbm
- precocidade do desenvolvimento ao nascimento
- tipo de leite / amamentação e passagem de subst no leite
Regulamentação
- mudança na regulamentação a partir de problemas apresentados
- Talidomida
- não teve problemas em ratos, mas teve em humanos - organogênese em tempos diferentes
- problemas de focomelia – teratologia
- porcentuais maiores que o normal
- mães tomavam medicamento no 1º trim p/ evitar náuseas = período da organogênese
FDA:
- estabelecimento de protocolos c/ regulamentação mais rígida
- subst testada em pelo menos 3 ssp – 1 delas não pode ser roedor
- série de testes c/ acasalamentos e em 3 etapas:
- teste de fertilidade – machos e fêmeas expostos ao medicamento durante acasalamento
- exposição no período de organogênese – estudo da teratologia
- desenvolvimento da prole – c/ aumento da dose p/ ver durante desenvolvimento e lactação
- devido à exposição prolongada e ao longo de gerações – os animais são expostos aos agentes ao longo de várias gerações tbm
3 – EXEMPLOS
Organoclorados
- acúmulo e magnificação na cadeia alimentar
- gdes problemas em aves – ex: bald eagle nos EUA
- aves colocavam ovos mto fracos que se quebravam facilmente – problemas de extinção
Metais
- chumbo – problemas cognitivos
Anabolisantes
- mimetizam hormônios endógenos e esteróides sexuais
- problemas na gênese da diferenciação sexual e na função reprodutora
- Ex: caso do dietilbestilestrol
Antineoplásicos
- interrompem a multiplicação celular
- interfere na fase de organogênese
Antiepilético
- gera déficits cognitivos - danos no SNC
- depressivos do SNC
Metoclopramida
- Plasil
Pré-natal:
- antagonista competitivo dopaminérgico
- dopamina age como neurormônio
- Ex: ação inibitória na liberação de prolactina
- prolactina então – níveis basais – hiperprolactinemia – problemas na fertilidade
- antiemético, MPA e contenção
- ação central e neuroendócrina
- portanto, não receitar durante a gravidez
Pós-natal:
- indicado durante a lactação
- melhora da lactação – aumenta a prolactina
- farmacologicamente comprovado
- não recomendado
Drogas de Abuso
- alcoolismo e drogas
- problemas óbvios
- ex: bebê nasce com crise de abstinência
- faz-se exposição com posterior diminuição da dose
- uso de naloxona p/ tratamento
Anestésicos Voláteis
- mulher deve evitar centros cirúrgicos no 1º trim de gravidez
- Ex: halotano
ZOOTOXINAS
Peçonha: toxina inoculada por mordedura ou ferroada. Aparelho inoculador (dente, ferrão, aguilhão) + glândula.
Veneno: toxina em qq tecido e sem órgão inoculador. Intoxicação por contato ou compressão (taturana ou sapo) e ingestão (baiacu).
SAPOS, RÃS E PERERECAS
São anfíbios sem cauda (anuros)
O veneno está na pele e gl paratóides bilaterais (atrás do olho)
Espécie mais estudada: Bufo marinus (sapo cururu)
Composição do veneno:
• Bufotoxinas e bufodienólides: efeitos semelhantes aos digitálicos;
• Bufonina: vômito (se ingerido), sialorréia e ação irritante na pele;
• Bufotenina, diidrodubufotenina, bufotionina: efeitos alucinógenos (atua diretamente no SNC);
• Batroxinas: usado nos dardos/lanças de caça; estudos visando uso como antiarrítmico;
• Catecolaminas;
• Serotonina, bufotonina
• Peptídeos da família demorfina: efeito semelhante as endorfinas.
Em cães e gatos:
Absorção: por mucosas e ferimentos da pele; ingestão de animais mortos, desidratados ou secos.
Diagnóstico: maior ocorrência nas épocas quentes.
Sinais: mto variáveis, desde efeitos locais até convulsões e morte. Salivação profusa, sacudir de cabeça, esforços p/ vomitar, arritmias
cardíacas, dispnéia, cianose, convulsões.
Mortalidade de 20% a 100% (nos casos sem tratamento)
Tratamento: ↓abs do veneno + controle sinais clínicos (lavar local com água em abundância, prevenir inalação de aerossóis de saliva
(ATROPINA), antiarrítmicos (bradicardia→ ATROPINA; taquicardia →LIDOCAÍNA E PROPANOLOL), controle da estimulação do
SNC (BZD, PENTOBARBITOL), ventilação mecânica.
ABELHAS, VESPAS E FORMIGAS
I – Abelhas
Composição do veneno:
• Melitina (50% do veneno seco): propriedades hemolíticas, cardiotóxicas e citotóxicas.
• Fosfolipase A2 (12%): efeitos hemolíticos; principal alérgeno.
• Apamina (2%): neurotoxina de ação motora (hiperaticvidade, espasmos de músculos esqueliticos)
• Fator degranulador de matocitos: libera histamina e serotonina; causa eritema e dor local.
• Fatores alergênicos: enzimas (fosfolipases, hialuronidases, lípases e fosfatases)
Aspectos clínicos:
• Manifestações tóxicas: variam com o nº de picadas/peso (>2→s/ efeito; até 13 → sobrevive; > 25 → morte)
• Manifestações alérgicas: com uma picada morre (choque anafilático)
Manifestações tóxicas:
Cães são mais atingidos por serem barulhentos e escuros (cores escuras estimulam o ataque);
Local das picadas: região do focinho, boca e olhos.
Sinais clínicos: náuseas, vômitos, fraqueza generalizada, hipotensão, edema pulmonar, taquicardia e perda de consciência.
• Múltiplas picadas: morte pela cardiotoxicidade
• Manifestações tardias: hematúria, rabdomiólise e insuficiência renal aguda.
Alergias (homem):
• 10% delas são locais c/ sinais flogísticos por dias
• <1% são sistêmicas (pele, cardiovascular, resp e TGI)
Tratamento: não há antídoto específico. Monitorar ventilação, corrigir hipovolemia. Em reações alérgicas adm anti-histamínicos H1 e
corticosteróides. P/ retirada dos ferrões fazer raspagem com lâm de bisturi, NUNCA pinçar (espreme a gl)
Apiterapia:
Apamina: neurotoxina de ação motora → tratamento da miastenia gravis
II – Vespas e formigas
Vespas: não deixam o ferrão
Formigas: algumas picam e inoculam o veneno, outras possuem aparelho inoculador atrofiado;algumas têm ferroada mto dolorosa,
podem ferroar 10 – 12x.
Composição do veneno:
• Prots: hialuronidase, fosfolipase, inibidores de ATPase
• Aminas: histamina
LAGARTAS
Ovo → larva → pupa → adulto
Intoxicação pela lagarta: euricismo (eruca = lagarta)
Intoxicação pelo adulto: lepidopterismo (somente Hylestia é venenosa qd adulta)
I – Automeris, Dirphia, Lonomia
Taturanas causam “queimaduras” no homem (mãos e outras partes do corpo) e cães (focinho e boca)
Maioria têm revestimento cutâneo liso, algumas tem pêlos ou cerdas.
Acidentes: irritação → queimaduras graves, choque anafilático
Manifestações clínicas: quadro dermato-urticante (dor, prurido, queimação); dor por até 36h; posteriormente ocorrem eritema, edema,
pápulas, vesículas, necrose. Sistêmicamente animal apresenta mal-estar, febre, sudoreses, náuseas e agitação
Tratamento: analgésicos, corticosteróides, anti-histamínicos. Retirar cerdas por raspagem.
* Lonomia: hábito gregário
Veneno: substs com atividade pró-coagulante e fibrinolíticas (lonofibrase) → síndrome hemorrágica
Quadro clínico: dermatite urticante, cefaléia, náuseas, vômitos, ansiedade, mialgias, dores abd, hipotermia, hipotensão;
síndrome hemorrágica (1 -48h): discrasia sanguínea
síndorme hemorrégica (8 – 72h) : hematomas e esquimoses.
Tratamento: reposição fatores da coagulação, [ ] de hemácias (contra-indicado sg total e plasma → coag intravascular), soro
antilonômico
*Perreyia flavipes (lagarta preta)
Animais de prod ingerem em meio a comida
Maio até julho
Sinais clínicos: anorexia, apatia, dificuldade de caminhar, morte (12-24h); hepatotoxicidade aguda.
II – Hylesia (mariposa)
Provoca dermatite aguda pápulo-pruriginosa
Fêmeas adultas: pilosidades dp abd são irritantes
Atraídas por focos de luz