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MEDICINA DA TERRA
MATERIA MEDICA - AS PEDRAS ALQUÍMICAS
RAQUEL SILVA
raquelpfsilva@gmail.com
Materia Medica - Pedras, Cristais &
Minerais
Notas introdutórias
As informações que constam deste documento foram retiradas do livro “Stone medicine
– A chinese medical guide to healing with gems and minerals”, de Leslie J. Franks. As
imagens foram obtidas através do motor de busca Google.
Esta recolha de informação foi realizada tendo em vista o aprofundamento de um
interesse pessoal, tendo um propósito pedagógico e não clínico. Como estudante de
medicinas tradicionais e terapeuta, o meu trabalho visa o desenvolvimento pessoal e o
despertar espiritual. Não diagnostico condições médicas, não prescrevo medicação, não
executo tratamentos médicos ou interfiro com o tratamento de qualquer profissional de
saúde. Em caso de queixas clínicas (físicas e/ou psicológicas), recomendo a consulta
de um/a profissional de saúde devidamente qualificado e reconhecido para o efeito.
Pedras alquímicas
No processo alquímico de transformação pessoal, a primeira etapa começa quando a
pessoa reconhece que a vida é insatisfatória e inicia um movimento em direção à
autodescoberta. A segunda etapa é a de purificação e refinamento, para purificar a vida
das crenças e comportamentos habituais que causam sofrimento ou doença. Com a
purificação vem o refinamento. A pessoa deixa de estar sobrecarregada pelos
julgamentos. Finalmente, com a terceira etapa - a realização - a pessoa desenvolve
uma qualidade de consciência mais leve que põe ao serviço para benefício de outros
(aplicação) e continuamente cultiva a consciência da realidade momento-a-momento.
Alquimia externa
As pedras desta secção são consideradas obsoletas da perspetiva da medicina chinesa
moderna. A forma externa de alquimia é muito perigosa, mesmo para quem é muito
cultivado e experiente.
A alquimia externa usa minerais tóxicos interna, ou externamente, para estimular o
corpo a libertar latência. A intenção ao usar tais pedras é tornar-se uma pessoa mais
suave, menos rígida, mais capaz de fluir pela vida.
As pedras para uso alquímico estão entre as pedras mais tóxicas do repertório das
pedras. Incluem o cinábrio, que contém mercúrio e enxofre; e o realgar, que contém
arsénico e enxofre. O enxofre é a chave para todas as pedras alquímicas, pois é quem
cria o calor tremendo necessário para que a alquimia aconteça.
O uso prolongado destas pedras reduz a libido e pode levar a disfunções sexuais e
esterilidade. Por um lado, isto deve-se à toxicidade das pedras que lesa a essência
(jing); por outro, estas pedras consolidam, ou “selam o caldeirão”, para impedir a
drenagem. Nos tempos antigos, usar pedras tóxicas significava que o/a praticante
estava disponível para usar toda a sua energia reprodutiva para o propósito de cultivo
interior, em vez de se envolver em atividade sexual.
A inclusão das pedras tóxicas no presente texto é por respeito à sua história. Não
devemos usar estas substâncias. Na discussão que se segue são sugeridas pedras não
tóxicas que as substituem na sua função de sustentação do processo de transformação.
Alquimia interna
A alquimia interna é um processo que usa a mente e o corpo para a transformação sem
fazer uso de substâncias externas. Baseia-se na compreensão dos três dantian’s
desenvolvida por Ge Hong (281 – 341, dinastia Jin) – os três campos de elixir
localizados no abdómen, peito e cabeça. Estas áreas relacionam-se com os três
tesouros (san bao) da humanidade: a essência (jing), a energia (qi), e o espírito (shen).
Os pontos encontrados na coluna e linha média anterior definem cada região.
Figura 3 - Tianshu E25, ponto mu do intestino grosso; Zhongwan RN12, ponto mu do estômago.
Os pontos que limitam ao dantian inferior são a base filosófica para a sobrevivência na
vida pós-natal.
O dantian inferior relaciona-se com a nossa existência presente. Esta região associa-se
com a essência (jing), a atividade sexual, e a capacidade de reprodução, assim como
apegos e atrações no nível físico. Estes incluem as nossas atitudes em relação ao
género e raça. Esta região é ainda o “sistema de esgotos” do corpo.
Purificação e refinamento
Durante a etapa de purificação, simplificamos a nossa vida descartando ideias, posses
materiais e hábitos que prejudicam o nosso processo de transformação. A ênfase é
colocada no dantian médio.
O jaspe e a calcedónia são úteis no processo de desintoxicação e purificação. O
crisoprásio é um poderoso agente de desintoxicação para toxicidade de longo prazo
que se revela durante o processo alquímico. Expulsar a toxicidade é crucial para a
conclusão desta etapa.
Esta etapa de purificação exige hidratação adequada para apoiar o processo de
limpeza, por isso as pedras com elevado conteúdo de água são úteis. Segurar uma
opala andina rosa ou azul-esverdeada, e visualizar a água a passar através do corpo.
Enquanto a toxicidade se liberta do corpo, podem aparecer sintomas como diarreia,
cefaleia, letargia e perda de apetite. A patologia que estava latente no estômago, no
cérebro e nos rins começa a ser purgada. O vento agita-se, acontece a mudança.
Combinar topázio com safira para regular o fígado e para assistir no processo de
desintoxicação.
O berilo continua a ser uma pedra importante nesta segunda etapa. Combinar o berilo
com outra pedra para quebrar acumulações, tais como a esmeralda ou aventurina
verde. Para focar a nossa intenção, colocar aventurina verde na região do fígado para
quebrar acumulações.
Para purificar o sangue, segurar garnet durante a meditação. Fortalece a força de
vontade e ajuda-nos a ser verdadeiras/os com nós próprias/os durante períodos
desafiantes.
Para reparar o DNA dos órgãos lesados (como o fígado em caso de cirrose, ou o
pâncreas em caso de diabetes), usar epídoto como um associado na fórmula.
Para hepatite, colocar malaquite sobre o fígado para atrair energia para selar, proteger
e preservar a essência.
O crisoberilo trabalha para limpar infestações virais e fúngicas, especialmente aquelas
que se alojam nos órgãos extraordinários, como os ossos e cérebro. A moldavite
também lida com condições parasíticas. Ainda ativa o yang para estimular o processo
de transformação e drena humidade-calor.
Para reforçar o qi, usar pedras que contêm enxofre para movimentar e purificar o
sangue. Os cristais cúbicos de pirite ressoam com a terra, BP/E. O conteúdo de
enxofre assiste no processo digestivo para transformar plenamente os alimentos e para
descobrir como assimilar o mundo de forma diferente. A forma cúbica consolida para
armazenar sangue e reconstituir o DNA. O nome popular “ouro dos tolos” ajuda-nos a
recordar que aquilo que uma vez consideramos precioso era na verdade uma tonteira
no grande esquema da vida. Usar cobre nas joias também reforça o qi.
O dantian do centro é a área de foco quando a intenção é transformar condições
genéticas herdadas e para sanar vidas passadas. Usar dioptase, danburite, ou
unakite, para apoiar os métodos de cultivo pelo trabalho com sonhos e recordação de
vidas passadas.
A fluorite roxa é usada para purificar a nossa ancestralidade, para libertar patógenos
que contaminam chongmai, por forma a promover a circulação de energia limpa através
dos vasos ren e du.
A alquimia fortalece o nosso yangqi para que possa realizar o nosso currículo. Este
processo pode expor os nossos demónios internos. O rubi é um dos mais importantes
amuletos para gerir este processo. É um registador, e dá-nos acesso ao código
genético.
Para estabelecer a comunicação entre o coração e os rins, especialmente quando a/o
praticante se sente desesperada/o, segurar obsidiana floco de neve. Ajuda a encontrar
o espírito (shen) dentro da matriz da essência (jing).
Realização e aplicação
As pedras no grupo berilo são uma vez mais as pedras principais para esta etapa de
cultivo, especialmente a morganite. Na etapa da iniciação, os berilos ressoavam com
os órgãos extraordinários, os órgãos que trabalham no nível de evolução para garantir
a sobrevivência. Agora, o/a praticante mudou o seu foco do “ver-se claramente” para
“ver o mundo claramente”. A morganite ajuda o/a praticante a acolher o mundo tal como
ele é.
A jade nefrite e a jadeíte, são pedras importantes para a realização. Usar a cor que
ressoa com uma das virtudes ou palácios. O jade vai solidificar o recentemente
“realizado” self. O ónix e a serpentine também servem este propósito.
A turmalina, obsidiana, fluorite e ametista empurram o calor para fora da cabeça para
permitir maior clareza.
O diamante é a pedra que tem um efeito mais forte no dantian superior. Promove o
processo de ascensão, libertação e revelação. Confere grande força e confiança: confio
na minha evolução espiritual.
Harmonizar o processo
O topázio é a melhor pedra de harmonização para usar com as pedras alquímicas não
tóxicas. O topázio aclara calor e vento para ajudar a gerir as mudanças que surgem com
a transformação. Tem a densidade da pedra e o brilho que é imaterial. Estas duas
qualidades diametralmente opostas dão ao topázio o seu efeito harmonizador.
Na etapa de realização, a/o praticante “reconstitui-se” como um ser humano
transformado. Nesta etapa, o topázio consolida o shen, promovendo a vitalidade. A cor
azul é especialmente útil, porque abre o chakra da coroa e permite a comunicação com
o divino.
Alquimia vs Misticismo
O misticismo é outra tradição que aspira à evolução pessoal. Enquanto que a alquimia
procura a transformação pela intenção e possivelmente o uso de substâncias externas,
o misticismo procura a transformação pela consciência.
O que motiva uma pessoa a dedicar-se ao misticismo é o mesmo que na alquimia - a
vida da pessoa é insatisfatória. Estas são “questões” que se apresentam no nível da
sobrevivência, interação, ou diferenciação que parecem insolúveis. Na alquimia
procuramos transmutar a nossa relação com estas questões ou desafios para que
deixem de ser uma preocupação. No misticismo procuramos cultivar a fé e a confiança
para enfrentar os desafios da vida com aceitação. Aceitação não significa resolução.
Não é possível uma resolução para muitos dos desafios da vida. Dor, doença e morte
são realidades que todos encaramos. Não podem ser “resolvidos”, podem apenas ser
reconhecidos como inevitáveis. Quando aceitamos verdadeiramente as dificuldades e
desafios, começamos a experimentar paz. Esta paz pressagia o objetivo último de
comunhão com o divino.
Cultivar o yin
A primeira etapa da tradição mística é o cultivo do yin, a quietude e tranquilidade. No
daoismo era dada muita ênfase ao corpo. O cultivo da quietude e tranquilidade envolve
a mente, mas a prática implica sentir a profunda sensação de peso do completo
relaxamento físico. Uma imagem desta etapa da prática é a montanha: durável, estável,
e pesada sobre a Terra – solidez.
Quando somos muito yin, somos capazes de sustentar as tempestades da vida. Quando
caminhamos, temos consciência do chão a cada passo. Sentimos o peso a instalar-se
na Terra, como ao caminhar na areia. A coluna relaxa, com a cabeça suspensa, estando
o topo da cabeça e estender-se para o Céu. A cinta escapular fica suspensa desde a
coluna, apoiada pela grelha costal. Os braços são meros apêndices pendurados na cinta
escapular. Nenhuma tensão é necessária para apoiar a postura. A solidez da Terra
apoia o corpo físico estável, sempre conectado ao Céu pelo topo da cabeça.
Taiji e qigong são exercícios que promovem o enraizamento. Há princípios comuns a
todos os estilos destas práticas:
• Ding significa estar instalado, com um centro de equilíbrio equilibrado. Ding exige
que o topo da cabeça se estenda em direção ao Céu, enquanto o resto do corpo
se instala na Terra.
• Song significa estar relaxado e solto. Se os braços se movimentam é apenas
porque os pés pressionam o chão, fazendo a energia circular para cima desde o
chão, através do torso, e para os braços.
• Chen significa estar enraizado, sentir que cada passo se afunda no chão. Estar
enraizado traz a nossa consciência ao momento presente. O peso que deriva de
estar enraizado transfere-se para os braços e mãos, que são sustentados na sua
postura sem tensão muscular.
Estes princípios aplicam-se igualmente a estar de pé, sentado/a ou deitado/a. Na
meditação em pé o peso cai para o chão. Na meditação sentada, chen refere-se a sentir
o peso no cóccix caindo sobre a almofada. Em posição deitada, significa sentir o peso
das ancas, ombros, cabeça, 3º olho, e as áreas ocas da coluna lombar e cervical todas
a afundar e relaxar no chão.
As pedras são um auxiliar natural deste processo, pelo seu peso, densidade, e
durabilidade exemplificam atributos do yin. Elas beneficiam a prática nutrindo o sangue
e os fluidos. Todas as pedras são de natureza yin, mas algumas são mais yin que outras.
Estas incluem a hematite, pelo seu peso; a pedra da lua, pela sua nutrição dos fluidos
hormonais; e lápis lazúli, pela sua nutrição do sangue.
Como ritual noturno, escolher uma destas pedras e colocar ou colar na depressão da
planta do pé – Yongquan R1. Deitar com os joelhos dobrados para exercer pressão
sobre a pedra.
Segurar sugilite em uma mão e lepidolite na outra para gerir qualquer nervosismo,
ansiedade ou inquietação que possa surgir. Em estado meditativo, chamar sentimentos
de autovalorização, autoapreciação, autorrespeito e amor próprio.
Cultivar o yang
Um dos princípios de yin e yang é que o extremo de yin se transforma em yang. Quando
atingimos o estado de quietude e tranquilidade, as mãos começam a formigar e
diferentes partes do corpo ficam muito quentes. O corpo ficou extremamente relaxado
e começa a emergir o yang. Os orifícios sensoriais começam a abrir e perceber de forma
diferente do usual. A psique começa a abrir aos níveis mais profundos e subtis de
consciência. Neste nível, em que estamos muito relaxados/as e sabendo que o yangqi
começa a circular, podemos começar a praticar a medição da orbita microcósmica.
Nesta etapa, o/a praticante pode circular qi sem temer a perda de controlo, porque há
yin adequado que funciona como ancora. O sacro-cóccix é importante durante esta
etapa da prática, o yangqi passa através do sacro-cóccix enquanto se move por dumai,
o mar do yang. Relaxando ou afundando o sacro-cóccix na Terra, ou almofada de
meditação, vai relaxar ainda mais a coluna, o pescoço, os ombros e os braços.
Quando o qi se começa a mover, o sangue move-se com ele. Nesta etapa pode-se colar
heliotrópio (ou outra pedra para mover o sangue com quem a/o praticante ressoe), no
saco-cóccix para purificar o sangue. Para uma pessoa relativamente saudável, jaspe
pele de leopardo ou riólito aumentam o yang e excitam a essência (jing) para circular.
Isto permite ao/à praticante fazer mudanças fundamentais.
As pedras recomendadas para cada uma destas etapas de cultivo são apenas
sugestões. O/a praticante pode usar qualquer pedra com que sinta ressonância, desde
que a estratégia básica seja seguida.
Antimónio
Figura 8 – Antimónio.
Funções Aplicações
Aclara calor arrastando-o ao aquecedor
• Calor e vermelhidão na cara
inferior
Excita o yangqi/Mingmen; aquece o
• Libido fraca
interior
• Náusea, vomito, úlceras, azia, ardor
Aclara fogo do estômago
no epigastro
• Palácio da riqueza: do ponto de vista
alquímico, o antimónio gera ou
protege a riqueza – protege a nossa
Uso intencional
riqueza de ser drenada por espíritos
maléficos
• Protege dos perigos nas viagens
• Cria uma “erupção vulcânica” no
Processo alquímico dantian inferior, para trazer a “chama”
da transformação para o jiao médio
O cultivo interno requer a conservação da essência. Apesar do antimónio excitar o yang
e poder potenciar a libido, a sua natureza fria arrasta o calor do desejo de volta para o
interior. É como um preservante, conservando a essência para benefício da própria
evolução.
Métodos de aplicação
Colocar o antimónio com um cristal de quartzo durante pelo menos doze horas. Usar o
cristal potenciado com as vibrações do antimónio e não o antimónio.
Aplicação tópica
Segurar, ou aplicar o quartzo potenciado topicamente. Usar para stress (arrasta a
adrenalina no sistema de volta aos rins).
Colocar um quartzo potenciado no umbigo, ou no baixo-ventre, na primeira etapa do
processo de alquimia externa. Arrasta os “demónios” do umbigo. O umbigo – Shenque
RN8 - representa o obstáculo para o espírito. O antimónio abre a barreira causando
erupções de obstáculos em direção à superfície.
Precauções e contraindicações
O antimónio é tóxico. Contém arsénico. É apenas para uso externo. Lavar muito bem
as mãos após usar. Recomenda-se a utilização do cristal potenciado para todas as
funções e aplicações.
Não usar na gravidez.
Quando colocado no umbigo, como ritual noturno, começa a aparecer urticária. Pode
dar muita comichão, como mordidas de insetos. Quando isto acontece, está na hora de
progredir para a próxima etapa do cultivo.
Comparações, contrastes e diferenciação
Na medicina herbal há “três amarelos”: Huanglian (coptis), Huangbai (phellodendron), e
Huangqin (scutellaria). Na medicina das pedras também temos três amarelos: liu huang
(fluxo amarelo, enxofre); zi huang (amarelo cintilante, antimónio) e xiong huang (herói
amarelo, realgar).
Combinações
Combinar o quartzo potenciado com a vibração de antimónio com:
• Calcopirite para reparar essência (jing), DNA;
• Turmalina ou amazonite para quebrar estagnação constitucional.
• Com uma pedra que lide com o órgão lesado em particular, como por ex., a
esmeralda para o fígado lesado pela hepatite; pois a combinação traz essência (jing)
para reparar o respetivo órgão.
Em caso do despoletar das “erupções vulcânicas”, como a urticária que aparece junto
ao umbigo e no baixo-ventre, usar um elixir de obsidiana (mogno, lágrima de Apache ou
floco de neve) para fazer a lavagem e arrefecer rapidamente a erupção.
Purificar e carregar
Purifica e limpa com o sol, para trazer luz ao/à praticante.
Localização comum
China
Estíbio
Figura 9 – Estíbio.
• Colocar o cristal potenciado no fundo das costas para relaxar e aquecer a área.
• Na primeira etapa do processo de alquimia externa, colocar estíbio no baixo-ventre.
A área irá ficar quente, enquanto a pedra se mantém relativamente fresca.
• Aplicar em pó para secar comichão na pele.
Precauções e contraindicações
É toxico, é similar ao arsénico, e contém enxofre. Para uso externo apenas. Lavar muito
bem as mãos após utilizar. Recomenda-se a utilização do quartzo potenciado para todas
as funções e aplicações.
Não usar durante a gravidez.
Comparações, contrastes e diferenciação
É mais seguro que o antimónio, apesar de continuar a ser tóxico. É frequentemente
usado como seu substituto.
Combinações
• Combinar com qualquer pedra de conteúdo de água (por ex., quartzo enhydro
ou opala), para potenciar a condutividade de arrastar o calor para dentro. A
combinação tem um efeito tipo moxa.
• Combinar com turmalina ou amazonite para quebrar estagnação constitucional.
Purificar e carregar
Purificar e carregar em hematite.
Curiosidades
O estíbio era usado como sombra para os olhos nas culturas da antiguidade.
Localizações couns
Canada, México, Peru, Japão, China, Alemanha, Romania, Itália, França, Inglaterra,
Algéria, Bornéu, USA (Arkansas, Idaho, Nevada, Califórnia e Alasca).
Cinábrio
Figura 10 - Cinábrio.
Nome tradicional Zhu sha (grão escarlate). Formas não cristalinas aparecem
como grãos na sua matriz. A tradução “grão escarlate”
parece vulgar para uma pedra tão poderosa. Talvez tenha a
ver com os grãos abrasivos usados para polir as superfícies
duras e ásperas até ficarem macias, luminosas e com brilho.
Sabor Doce – Tóxico
Natureza Fresco
Afinidades SJ, P, C
Dureza 2-2.5
Estrutura cristalina Trigonal
Grupo de pedras Sulfureto
Nível de formação Ígneo (yuan), metamórfico (ying), sedimentar (wei)
Cor, aparência, luz: escarlate, vermelho claro, ou vermelho tijolo. Normalmente
aparece como massas ou crostas. Os cristais são raros e aparecem como pontas
tabulares espessas, ou tipo quadrados, e um brilho vidrado.
O vermelho associa-o com o coração e o sangue.
Composição química: Sulfureto de mercúrio (HgS)
O enxofre atribui uma qualidade yang à pedra. O mercúrio ressoa com a medula, onde
se aloja em caso de toxicidade de metais pesados.
O cinábrio aparece normalmente na dolomite ou calcário.
Características chave: o cinábrio é a pedra alquímica mais popular da literatura
daoista. Parte do processo de cultivo espiritual é examinar as dificuldades e
negatividades da vida: os venenos que nos separam do espírito. O cinábrio é venenoso,
mas tem a sabedoria para se transformar.
O cinábrio é bastante macio, mas é muito pesado. A sua gravidade especifica é maior
que a de qualquer outro mineral com exceção dos metais. É uma pedra muito
concentrada.
Quando ondas de luz entram no cinábrio, atingem a densidade dos minerais e
desaceleram para ficarem muito comprimidas, emitindo um comprimento de onda curta.
O comprimento de onda curto cria um índice de refração muito alto. Esta qualidade
atribui aos cristais de cinábrio um brilho luminoso, ainda mais que o diamante.
Direccionalidade, mecanismo energético, sistema de canais
A sua estrutura cristalina trigonal empurra a energia em direção à terminação em ponta.
Pela lei das assinaturas, puxa a energia para o topo da cabeça.
Funções Aplicações
• Depressão, sobretudo maníaca
Aclara calor e toxinas de fogo; acalma o • Febre, epilepsia, convulsão, otite,
Shen tétano (maxilar bloqueado)
• Cancro
• Visão fraca, diminuição auditiva
• Vento-fleuma a perturbar os sentidos
Expulsa fleuma
• A necessidade de experimentar e
sentir o mundo de forma diferente
Fortalece os pulmões e o qi do coração • Imunidade fraca
• Palácio da carreira
Uso intencional
• Cultivar a vocação de alquimista
• Promover o fogo alquímico – i.e., o
impulso para a transformação pessoal
• Melhorar a perceção sensorial,
Uso alquímico permitindo-nos experimentar o
mundo de forma diferente – o nosso
mundo transforma-se porque a nossa
perceção transforma-se
Métodos de aplicação
Colocar o cinábrio com um cristal de quartzo durante pelo menos doze horas. Usar o
cristal potenciado com as vibrações do cinábrio para aplicar topicamente ou preparar
elixires.
Aplicação tópica
Colocar o cristal potenciado:
Auripigmento
Funções Aplicações
• Reforça o yang dos rins para reparar dano à essência (jing) DNA.
Métodos de aplicação
Colocar com um cristal de quartzo durante pelo menos vinte e quatro horas. Usar o
cristal potenciado com as vibrações do auripigmento.
Aplicação tópica
Aplicar o quartzo potenciado localmente para hérnias discais ou ossos quebrados.
Aplicação interna
Beber como elixir, preparado com o cristal potenciado, para as funções e aplicações,
especialmente em condições congénitas.
Precauções e contraindicações
O auripigmento é toxico. Contém arsénico. Apenas para uso externo. Lavar muito bem
as mãos após o manusear. É recomendada a utilização de quartzo potenciado para
todas as funções e aplicações.
Não usar durante a gravidez.
O auripigmento é fotossensível, os espécimes podem se degradar com demasiada
exposição à luz. Armazenar num ambiente protegido.
Combinações
Combinar o quartzo potenciado de auripigmento com:
Figura 12 – Realgar. No canto superior esquerdo tem uma pequena pedra de realgar sobre um cristal de
quartzo; desta forma a pedra vai potenciar o quartzo com os efeitos terapêuticos do realgar, sem a sua
toxicidade.
Funções Aplicações
• Fleuma a perturbar a mente,
Abre os portais; acalma o shen
depressão
• Estabelece a comunicação coração-rins
• Infestação parasitaria, especialmente
Aclara toxinas de fogo as provocadas por pensamentos
nocivos ou entidades
• 3ª etapa do processo alquímico, ou
Uso alquímico
realização – eleva o espírito.
Métodos de aplicação
Colocar com um cristal de quartzo durante pelo menos vinte e quatro horas. Usar o
cristal potenciado com as vibrações do realgar e não o realgar.
Aplicação intencional
O realgar é usado na 3ª etapa do processo alquímico. Colocar o cristal potenciado no
3º olho após ter concluído com sucesso as etapas de iniciação (antimónio) e purificação
(enxofre).
Precauções e contraindicações
O realgar é tóxico. Contém arsénico. Apenas para uso externo. Lavar muito bem as
mãos após manusear. É recomendada a utilização de quartzo potenciado para todas as
funções e aplicações.
Não usar durante a gravidez.
O realgar é fotossensível e degrada-se com a exposição prolongada à luz. Armazenar
num local protegido.
O realgar associa-se com a terceira etapa da alquimia: realização e aplicação. Sem ter
concluído com sucesso as etapas de iniciação (antimónio) e purificação (enxofre) o
realgar pode produzir perturbação do shen. Não há atalhos para a iluminação. Nas mãos
erradas, é muito tóxico, mas se as etapas inicias estão concluídas então é muito
precioso.
Do ponto de vista alquímico, o realgar transforma-se em auripigmento quando exposto
à luz.
Comparações, contrastes e diferenciação
Tal como a medicina herbal tem os três huang’s (huanglian, huangbai e huangqin), a
medicina das pedras tem: liu huang (enxofre), zi huang (antimónio) e xiong huang
(realgar).
Combinações
Figura 13 - Enxofre.
Nome tradicional Liu huang (amarelo fluindo); liu shi (pedra do amarelo fluindo
para o oceano da vida). O nome refere-se à compreensão
de que os pensamentos são apenas pensamentos. Quando
os seguramos e atamos, fazemos karma. Podemos imaginar
os pensamentos como gotas de chuva, continuamente
caindo no oceano da vida (dantian inferior) e infiltrando-se
na nossa essência, criando projeções, antecipações, e
histórias que a nossa essência (jing) tem que acomodar. Tal
como a água em movimento nunca se degrada, se somos
capazes de manter os nossos pensamentos e desejos em
movimento, e não estagnados com obsessões e padrões
habituais, temos a possibilidade despertar. Isto é o começo
da purificação.
Sabor Ácido – Tóxico
Natureza Quente
Afinidades R, BP, PC
Dureza 1.5-2
Estrutura cristalina Ortorrômbica
Grupo de pedras Elemento nativo
Nível de formação Ígneo (yuan), sedimentar (wei)
Cor, aparência, luz: amarelo. Pode aparecer como cristais ou pedaços que facilmente
se desfragmentam. Está disponível nas lojas de medicina herbal na forma de pó. Nos
tempos modernos, a mineração do enxofre envolve forçar a água para as minas para
dissolver o enxofre, que subsequentemente solidifica em formas de amarelo flutuante.
A cor amarela associa-o com o aquecedor médio, e a terra.
Composição química: enxofre nativo (S)
O enxofre é o mineral mais yang. É quente por natureza, para queimar as impurezas e
apoiar a transformação dos alimentos em componentes nutritivos utilizáveis.
O enxofre é um elemento essencial, e é um constituinte em proteínas e muitos cofatores.
Características chave: o enxofre ancora o yangqi dos rins, mas também liga a energia
dos rins ao aquecedor médio. Apoia o processo digestivo.
Na alquimia externa, o enxofre associa-se com a segunda etapa de purificação.
Sendo uma das poucas pedras com afinidade com o pericárdio, o enxofre trabalha para
purificar os nossos desejos e eliminar aquilo que causa decadência. Queima essência
(jing) por forma a transmutá-la numa essência (jing) diferente. Promove a mudança.
Direccionalidade, mecanismo energético, sistema de canais
O enxofre ativa os efeitos de outras pedras alquímicas.
O enxofre aumenta as secreções ácidas, para aquecer o aquecedor médio para que a
transformação da digestão possa acontecer.
Funções Aplicações
• Circulação fraca
Reforça o yang • Bi-frio, especialmente dor e rigidez
nos lombos e joelhos
Tonifica Mingmen • Pouca força de vontade, medo
• Digestão fraca
Fortalece a função do baço • Estase de fleuma, como tecido
fibrótico ou acumulações duras
Aclara toxinas de fogo; antiparasitário • Condições de pele, psoríase, eczema
• Puxar o calor para dentro,
consolidando Mingmen para permitir
que a alquimia aconteça – com
suficiente consolidação do yang, o
Uso alquímico
enxofre circula o yang dos rins para o
dantian médio, empurrando o yangqi
para cima como a atividade
hidrotermal da Terra
Métodos de aplicação
Aplicação tópica
As fórmulas dermatológicas tradicionais que incluem enxofre também incluem outras
ervas que não são de fácil acesso. Muitos cremes dermatológicos contêm enxofre e
pode ser obtidos nas farmácias locais.
Colocar o pó nos pontos do estômago e do baço para apoiar a digestão.
Uso alquímico
Na segunda etapa da prática alquímica, colocar enxofre no centro do peito. O cheiro
pode ser ofensivo. Parte da prática é transformar as coisas que são aborrecidas aos
sentidos em coisas que já não são ofensivas. Pode causar palpitações, e neste caso é
porque a etapa inicial de iniciação não foi concluída com sucesso.
Evitar situações que causam stress emocional.
Quando a pessoa sente consistentemente um sentimento forte de expiação/reparação
está na hora de avançar para a etapa seguinte da prática.
Precauções e contraindicações
Não tomar internamente (âmbar, dolomite, e lápis lazúli são formas seguras).
Não usar durante a gravidez.
O enxofre é quente. Pode queimar. Quando colocado no peito, sem o cultivo próprio,
pode provocar palpitações, pele irritada, ou insónia. Pode haver surtos emocionais, e
sintomas físicos de fogo.
Não usar se há qualquer condição de calor, seja interna (por ex., hipertensão), seja
externa (por ex., feridas produtivas).
Não lavar o enxofre. Dissolve-se em água. Proteger os espécimes da humidade.
Comparações, contrastes e diferenciação
O enxofre é similar ao rougui no seu efeito sobre Mingmen.
Outras pedras que contêm vestígios de enxofre, mas são menos potentes e por isso
mais seguras são: âmbar, dolomite, pirite, marcassite, lápis lazúli.
Tal como a medicina herbal tem os três huang’s (huanglian, huangbai e huangqin), a
medicina das pedras tem: liu huang (enxofre), zi huang (antimónio) e xiong huang
(realgar).
Combinações
Se ao usar enxofre no processo alquímico externo há surtos de fogo, como crises
emocionais, palpitações, e etc., usar um elixir de fluorite (roxa, para questões
emocionais; verde para questões físicas), para ajudar a arrastar o calor para fora do
nível ying.
Combinar com o heliotrópio em Jiuwei RN15 para ajudar a interromper o fluxo
interminável de pensamentos.
Purificar e carregar
Colocar ao sol.
Curiosidades
O enxofre aparece no Shennong Bencao Jing.
Localizações comuns
Sicília, Rússia, Polónia, Bolívia, México e USA (Michigan, Nevada, Wyoming, Texas,
Louisiana).