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DIREITO CIVIL (16)

SUCESSÕES

1 ASPECTOS GERAIS

Princípio do saisine, instituto de origem gaulesa que impõe a imediata


transferência da propriedade hereditária aos herdeiros. Droit saisine:

Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos


herdeiros legítimos e testamentários.

Observação: salvo os legados, benefício testamentário. É entregue por


autorização judicial no curso do inventário.

Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos


herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem
compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento
caducar, ou for julgado nulo.

Segundo o novo CPC o prazo para a propositura da ação de inventário é


de 3 meses. A contagem do prazo não se dá em dias. Essa ação é ajuizada no
local do último domicílio do falecido.

Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido

CPC. Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o


competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de
disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito
tenha ocorrido no estrangeiro.

Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é


competente:

I - o foro de situação dos bens imóveis;


II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;

III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do
espólio.

O inventário administrativo não se submete a regras de competência,


pode ser realizado em qualquer cartório do Brasil.

Modalidades de sucessão: Legítima (ab intestato); Testamentária


(vontade real).

Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade.

Tempus regit actum – para a alíquota do ITCMD aplica-se a legislação


vigente na data do óbito.

Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao


tempo da abertura daquela.

Herdeiros legítimos são as pessoas que estão na ordem de vocação


hereditária na sucessão ab instestatio. Os herdeiros legítimos são divididos em
necessários e facultativos. Necessários são os herdeiros que têm direito à
legítima (ascendentes, descendentes e cônjuge). Havendo herdeiros
necessários, haverá necessariamente uma limitação ao testamento. O
testamento pode dispor somente sobre a parte disponível. Se há somente
herdeiros facultativos, não há limites para o testamento. Facultativos são os
herdeiros colaterais (irmão, tios, primos).

Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da


metade da herança.

Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o


cônjuge.

Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos
bens da herança, constituindo a legítima.
Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura
da sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se,
em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação.

Cláusula restritiva testamentária. A regra é não limitar o patrimônio da


legítima. Exceção é justa causa declarada no testamento. Exemplo: herdeiro
pródigo. Súmula 49 STF.

Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o
testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de
incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.

§ 1º Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos bens da legítima


em outros de espécie diversa.

§ 2º Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados


os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-
rogados nos ônus dos primeiros.

2 SUCESSÃO NA UNIÃO ESTÁVEL

Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro,


quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas
condições seguintes:

I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que
por lei for atribuída ao filho;

II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a


metade do que couber a cada um daqueles;

III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da


herança;

IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.

Há dois blocos de patrimônio: 1. Companheiro participa – bens


onerosamente adquiridos; 2. Companheiro não participa – demais.
Observação: por força do regime da comunhão parcial de bens da União
estável, uma parte do patrimônio já é do companheiro. Meação não é herança,
meação deriva do regime de bens.

Exemplo: João quitou a sua casa antes de contrair união estável com
Maria. Depois que passaram a conviver, João e Maria tiveram um filho, José, e
compraram um carro. João falece pouco tempo depois. Compõe o bloco 1 o
carro. E o bloco 2 a casa. A casa é herdada por José. Maria tem direito a
meação do carro e a metade da metade. Portanto, Maria herdará 3/4 do carro.

Há doutrinadores que defendem a inconstitucionalidade do 1.790 por


discriminação. Não há jurisprudência que tenha analisado a questão.

3 VOCAÇÃO HEREDITÁRIA NA SUCESSÃO LEGÍTIMA

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se


casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da
separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime
da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens
particulares;

II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

III - ao cônjuge sobrevivente;

IV - aos colaterais.

Quando não houver união estável ou testamento: descendentes +


cônjuge. Exceção: comunhão universal – o cônjuge já é meeiro, então é
excluído do espólio; separação obrigatória – cônjuge não participa,
incomunicabilidade dos bens, se a separação foi convencional, o cônjuge
participar (porque o legislador não discriminou expressamente); comunhão
parcial sem bens particulares, na prática significa dizer que há apenas bens
comuns, ou seja, é o mesmo que comunhão universal. Comunhão parcial
concorre se houver bem particular.

Quando não houver descendentes: ascendentes + cônjuge. O cônjuge


sempre participa, independentemente do regime de bens.

Quando não há ascendentes ou descendentes: só cônjuge.

Quando não há ascendentes, descendentes ou cônjuge: colaterais


(irmão, tios, primos). O irmão unilateral recebe metade do que o irmão bilateral
vier a receber.

Se o cônjuge estiver separado de fato ou judicialmente, será afastado da


sucessão.

Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente


se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem
separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa
convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.

Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será
assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito
real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família,
desde que seja o único daquela natureza a inventariar.

O direito real de habitação se aplica mesmo que o cônjuge não tenha o


direito de propriedade decorrente da sucessão.

4 DIREITO DE REPRESENTAÇÃO

A sucessão legítima pode ocorrer por cabeça (direta) ou por estirpe


(oblíqua/indireta/por representação – pré moriente).

Art. 1.851. Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos


parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se
vivo fosse.
Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas
nunca na ascendente.

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