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DEPARTAMENTO DE FÍSICA
Novembro-2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
Trabalho apresentado a
Universidade Federal de Viçosa
como parte das exigências da
disciplina monografia (FIS 497)
Novembro-2015
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Agradecimentos
Agradeço a Deus por me proteger e me dar forças sempre para seguir meu
caminho e concluir este trabalho.
Agradeço minha amada família, minha mãe, Rosilene, meu irmão Junio e meu
pai Guilherme que, mesmo distantes, me cobrem com muito amor e carinho. Agradeço
minha vó, meus tios e primos por me darem muita força.
Índice
I. Resumo ................................................................................................................5
II. Abstract.................................................................................................................6
I. Resumo
II. Abstract
Since the dawn of civilization, humanity has been fascinated by the magnetism,
and there's been great speculation as to its origin. The discovery of terrestrial
magnetism has revealed lots of information and questions about the magnetism of
other planets and stars. This literature review is intended to outline the importance and
practical application of the earth's magnetic field and make us think about the existence
and influence of magnetic fields of other stars and planets, based on the origin of
magnetic fields. As the sun is the Earth's closest star, it is pointed up the importance
of knowing the effects of the solar magnetic field and its configuration. To start the
analysis of the solar magnetic field, it is discussed the Zeeman Effect to measure that
field intensity from the solar spectral lines.
7
⃗ . 𝑑𝑆 = 0
∮ 𝐵 ∀ 𝑆 . (1)
𝑆
⃗⃗⃗
∇. 𝐵⃗ =0 . (2)
𝜇𝑜 𝐽(𝑟⃗⃗⃗′ ) × (𝑟 − ⃗⃗⃗ 𝑟 ′)
⃗ =
𝑑𝐵 𝑑𝑉 . (3)
4𝜋 3
(|𝑟 − ⃗⃗⃗
𝑟 ′ |)
⃗ gerado no
A partir do princípio de superposição, tem-se que o campo 𝐵
ponto P por esta distribuição de corrente é,
𝜇𝑜 𝐽(𝑟⃗⃗⃗′ ) × (𝑟 − ⃗⃗⃗ 𝑟 ′)
⃗ =
𝐵 ∫ 𝑑𝑉 . (4)
4𝜋 3
(|𝑟 − ⃗⃗⃗
𝑟 ′ |)
9
𝜇𝑜 ⃗𝐽(𝑟⃗⃗⃗′ )
𝐴(𝑟) = ∮ 𝑑𝑉 . (5)
4𝜋 𝐶 (|𝑟 − ⃗⃗⃗𝑟 ′ |)
Figura 02- Configuração para o cálculo do potencial vetor em um ponto Q distante 𝑟 da origem
produzido por distribuição de carga
Com essa distribuição de corrente constituída por um fio percorrido por uma
corrente 𝑖, como esquematizado na figura 02, o potencial vetor 𝐴 será dado por,
𝜇𝑜 𝑖 𝑑𝑙
𝐴(𝑟) = ∮ . (6)
4𝜋 𝐶 (|𝑟 − ⃗⃗⃗
𝑟 ′ |)
𝜇𝑜 𝑖 1 1 1 3 1
𝐴(𝑟) = ⌊ ∮ 𝑑𝑙 + 2 ∮ 𝑟 ′ 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑑𝑙 + 3 ∮ (𝑟 ′ )2 ( 𝑐𝑜𝑠 2 𝜃 − ) 𝑑𝑙 + ⋯⌋ . (7)
4𝜋 𝑟 𝐶 𝑟 𝐶 𝑟 𝐶 2 2
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O primeiro termo (que vai com 1/r) é o termo de monopolo e é sempre nulo,
concordando com o fato de não ser comprovada a sua existência na natureza. O
segundo termo (que vai com 1/r²) é o termo de dipolo magnético e o terceiro é o termo
de quadrupolo. Desta forma, o termo dominante, em geral, é o dipolo magnético e por
isso ele constitui a unidade fundamental do magnetismo [3]. O dipolo magnético é
caracterizado por um momento de dipolo magnético 𝜇 e a relação entre o campo
⃗ e o momento dipolar 𝜇 se dá a partir da expansão multipolar do potencial
magnético 𝐵
vetor 𝐴.
Dado o termo de dipolo magnético 𝐴𝐷 (𝑟),
𝜇𝑜 𝑖 1
𝐴𝐷 (𝑟) = ( ∮ 𝑟 ′ 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑑𝑙 ) . (8)
4𝜋 𝑟 2 𝐶
Sabendo que,
𝜇 = 𝑖 ∫ 𝑑𝐴 = 𝑖𝐴 . (10)
Tem-se,
𝜇𝑜 𝜇 × 𝑟̂
𝐴𝐷 (𝑟) = . (11)
4𝜋 𝑟²
E consequentemente,
𝜇 𝜇 × 𝑟̂
⃗ ×( 𝑜
⃗𝐷 ≅ ∇
𝐵 ) . (12)
4𝜋 𝑟²
𝜇 𝜇 𝑠𝑒𝑛𝜃
⃗ 𝐷 = ⃗∇ × ( 𝑜
𝐵 ̂)
∅ . (13)
4𝜋 𝑟²
11
E assim,
𝜇𝑜 𝜇
⃗𝐷 =
𝐵 (2𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑟̂ + 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝜃̂) . (14)
4𝜋𝑟³
Figura 03 – Configuração das linhas de campo de um dipolo magnético na origem, com 𝜇 = 𝜇 𝑧̂.
𝜇𝑜 𝜇í𝑚ã × 𝑟̂
⃗ ≅∇
𝐵 ⃗ ×( ) . (15)
4𝜋 𝑟²
𝐿 = 𝑚𝑣𝑟 . (18)
𝑒𝑣
𝜇𝑙 = ( ) . (𝜋𝑟 2 ) . (19)
2𝜋𝑟
𝜇𝑙 𝑒𝑣𝑟 𝑒
= = . (20)
𝐿 2𝑚𝑣𝑟 2𝑚
E assim,
𝜇𝐵
𝜇𝑙 = 𝑔𝑙 𝐿 , (21)
ħ
𝜇𝐵
𝜇𝑙 = −
⃗⃗⃗ 𝐿⃗ . (22)
ħ
14
𝜇𝐵
𝜇𝑠 = −𝑔𝑠 𝑆 , (23)
ħ
3.1 Aplicações
Figura 06 – Esquema do experimento realizado por Gilbert para explicar o campo magnético
terrestre. Um pequeno ímã esférico com agulhas imantadas ao redor, tal instrumento é conhecido
como Terrela. Fonte: referência [7].
𝜇𝑜 𝜇 𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 × 𝑟̂
⃗ ≅ ⃗∇ × (
𝐵 ) . (24)
4𝜋 𝑟²
Figura 07. Representação das linhas do campo magnético terrestre. O pólo norte de uma agulha
imantada de uma bússola é atraído para os pontos próximos no pólo norte geográfico. Adaptado de
https://www.salonhogar.net/Salones/Ciencias/1-3/Magnetismo/Magnetismo.htm
acadêmicos. O vento solar relacionado com o campo magnético do Sol pode alterar a
componente horizontal do campo magnético terrestre, afetando, por exemplo, a área
de comunicações. Tendo em vista esses fenômenos e outros não citados, entende-
se a importância de estudar o campo magnético do Sol. As primeiras evidências
experimentais dos campos magnéticos solares foram feitas por George Hale (1868 –
1938) no observatório em Mount W ilson em 1908. Em seu artigo On The Probable
Existence Of A Magnetic Field In Sun-Spot, Hale exibiu os primeiros cálculos da
intensidade do campo solar, e dentre as várias descobertas que o
motivaram, a descoberta de Zeeman sobre o desdobramento de linhas espectrais de
átomos por ação de campos magnéticos externos foi uma das mais importante [11].
20
⃗ 𝑒𝑥𝑡
ℋ = −𝜇 . 𝐵 . (25)
Figura 10. Desdobramentos nos níveis de energia no Efeito Zeeman Normal devido a um campo
magnético externo na transição de 1 𝐷2 → 1𝑃
1 do cádmio. Adaptado da referência [13].
Como os desdobramentos dos níveis iniciais e finais são iguais, existem apenas
três energias de transição diferentes, as marcadas por linhas contínuas na figura 10.
Por isso se tem o espectro mostrado na figura 09 para o Efeito Zeeman Normal.
No caso do Efeito Zeeman Anômalo, o momento de dipolo de spin resultante é
diferente de zero, 𝑆 ≠ 0, o momento angular total 𝐽 é a soma do momento angular
⃗ e de spin 𝑆, 𝐽 = 𝐿
orbital 𝐿 ⃗ + 𝑆 . A representação dos níveis de energia do Efeito
Zeeman Anômalo pode ser observado na figura 08 no início desta seção, como os
desdobramentos dos níveis iniciais e finais são diferentes. Todas as quatro energias
de transição de 2𝑃
1/2 → 2𝑆
1/2 são diferentes e aparecem quatro linhas no espectro.
24
Figura 11. Representação da polarização da luz emitida no Efeito Zeeman, quando há 𝜎 linhas e 𝜋
linhas. Fonte: referência [13 ]
25
Figura 12. A divisão de uma linha espectral para um tripleto sob a influência de um campo
magnético campo no efeito Zeeman normal. Quando o efeito Zeeman é visto em um direção
normal ao eixo do campo magnético, o componente central é polarizada paralela ao eixo
enquanto que as duas mais externas normais para o eixo do campo. Quando o efeito de Zeeman
é observado ao longo do eixo do o campo (esta perspectiva pode ser obtida usando um espelho),
apenas os dois componentes exteriores aparecem, polarizada circularmente. Adaptado de [12],
Figura 14. Padrão de interferência no Efeito Zeeman Normal, sem filtro de polarização. 14.a Nenhum
capo magnético externo aplicado 14.b campo magnético aplicado. Fonte: adaptada da referência [13].
Figura 15.. Separação do Efeito Zeeman Normal na transição de 23 𝑆1 → 23 𝑃2 do cádmo. Fonte: referência [13]
28
Figura 16. Padrão de interferência no Efeito Zeeman anômalo, sem filtro de polarização .12,b imagem
ampliada das duas primeiras ordens de interferência visíveis. Fonte: adaptada da referência [13].
do sódio, como indicado na figura 17, a transição de energia também pode ser descrita
pela seguinte equação,
ℎ𝑐
𝐸= , (29)
𝜆
E assim,
ℎ𝑐
∆𝐸 = − ∆𝜆 . (30)
𝜆2
ℎ𝑐
∆𝐸 = − ∆𝜆 = −𝜇𝐵 . 𝐵𝑒𝑥𝑡 . (𝑔𝑚𝑗 −𝑔´𝑚𝑗 ´) . (31)
𝜆2
ℎ𝑐
𝐵𝑒𝑥𝑡 = . ∆𝜆 . (32)
𝜇𝐵 . ∆(𝑔𝑚𝑗 ) 𝜆2
Na transição de 2 𝑃1⁄ → 2
𝑆1⁄ nas linhas espectrais do sódio, o fator de g de
2 2
1⁄ (1⁄ + 1) + 1⁄ (1⁄ + 1) − 0
𝑔 =1+ 2 2 2 2 =2 . (36)
1 1
2. ⁄2 ( ⁄2 + 1)
2
Usando a equação (28), tem-se que o desdobramento para o nível de 𝑃1⁄
2
será,
𝐸𝑝 = 𝑔. 𝜇𝐵 . 𝐵𝑒𝑥𝑡 . 𝑚𝑗 . (37)
2 1
𝐸𝑝 = . 𝜇𝐵 . 𝐵𝑒𝑥𝑡 (± ) . (38)
3 2
𝐸𝑠 = 𝑔. 𝜇𝐵 . 𝐵𝑒𝑥𝑡 . 𝑚𝑗 . (39)
1
𝐸𝑠 = 2𝜇𝐵 . 𝐵𝑒𝑥𝑡 (± ) . (40)
2
sensível ao Efeito Zeeman é 0,1Å e um típico ∆𝜆 irá exceder essa largura apenas
para as forças de campo superiores a cerca de 1500G. A divisão Zeeman é
diretamente mensurável na região das manchas solares, onde os campo magnético é
mais intenso [11][15].
Como discutido no início desta seção, este resultado foi descrito por Hale há
mais de cem anos e até os dias atuais, com mais recursos e algumas correções
conceituais, esta técnica ainda é usada. Pode-se pensar então que a partir do Efeito
Zeeman é possível mensurar o campo magnético de todas as estrelas e planetas. Mas
isso não acorre na prática, uma vez que nem todos os astro celestes favorecem a
visualização do desdobramento Zeeman para analisar o campo magnético, e nestes
casos, são utilizadas outras técnicas. O campo magnético solar é extremamente
intenso nas regiões das manchas solares, o suficiente para produzir a divisão
diretamente mensurável do desdobramento Zeeman. Outra característica favorável
é que as manchas solares tendem a vir em pares de polaridade magnética oposta.
Assim existe uma certa regularidade no arranjo de polaridade das manchas
solares que revela a existência de uma forma organizada de campo magnético de
grande escala no interior do Sol que inverte a sua polaridade N e S no final de
cada ciclo de manchas [15]. A figura 18 abaixo representa a distribuição de fluxo
magnético nas camadas superficiais visíveis do Sol, correspondendo a uma
imagem magnética do hemisfério visível em 31 de julho de 2000 perto da máxima
do ciclo de atividade atual. O Sol exibe inúmeras características variáveis localizada
que coletivamente são referidos como "Atividade da energia solar ". O valor desta
atividade é aproximadamente proporcional ao número de manchas solares na
região[16][17].
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Figura 18. Mapas do campo magnético na superfície solar. preto e branco indicam polaridade magnética
positiva e negativa, respectivamente, enquanto cinza significa baixo ní veis de fluxo magnético. Figura 17-
b) é um close evidenciando a polaridade das manchas solares.(Imagens tiradas com o Michelson Doppler
Imager (MDI)). Fonte: referência [17], pág. 570.
Figura 19. Sistema de identificação dos coeficientes de Stokes. Fonte: referência [16], pág. 11.
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[2] RIBEIRO, Giuliano A. P., Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 22, n 3,
Setembro, 2000.
[3] GRIFFITHS, David. “Eletrodinâmica”. Editora: Pearson Education. São Paulo, SP,
Brasil, 2011.
[4] EISBERG, Robert; RESNICK, Robert. “Física Quântica”; Editora: Campus; Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 1988.
[5] GRIFFITHS, David. “Mecânica Quântica”. Editora: Pearson Education. São Paulo,
SP, Brasil, 2011.
[6] OHANIAN, Hans C.; American Jurnal of Physics, AAPT, 54 (6). Junho, 1986.
[8] COSTA Jr., E.; SIMÕES Jr., F. F.R.; CARDOSO, F.R.; ALVES, M. V.; Revista
Brasileira de Ensino de Física, vol. 33, n 4. São Paulo, 2011.
[9] DORMY, Emmanuel; Europhys. News, vol. 37, n. 2, pp. 22–25, 2006.
[10] NELSON, Osman R.; MEDEIROS, José R.; Revista Brasileira de Ensino de
Física, v. 34, n. 4, 4601. São Paulo, 2012.
[11] THOMAS, John H.; WEISS, Nigel H. “Sunspots and Starspots”; Editora:
Cambrigde University Press, New York, EUA, 2005.
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[12] MELISSINOS, Adrian C.; Experiment in Modern Physics. Academis Press. INC.;
Londres, U.K., 2007
[14] KOX, A.; Eur. J. Phys., vol. 18, pp. 139–144, 1997
[15] LANDSTREET, J. D.; EAS Publ. Ser., vol. 39, pp. 39–53, 2009.
[16] REINERS, A.; Living Rev. Sol. Phys., vol. 8, n. 1, pp. 1–73, 2012
[17] SOLANKI, S. K.;INHESTER, B.; SCHUSSLER, M.; Reports Prog. Phys., vol. 69,
n. 3, p. 83, 2006.
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