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INTRODUÇÃO
O filósofo e educador grego Aristóteles (384-322 a.C) afirmava que um
objeto em movimento deve estar sendo empurrado por uma força constante.
Muito tempo depois, Galileu Galilei (1564-1620) realizou um experimento que
demonstrou que a ideia de Aristóteles acerca do movimento dos corpos era
errada. No experimento dois planos inclinados eram dispostos um na frente do
outro (figuras abaixo). Uma bola liberada do topo de um dos planos, a partir do
repouso, rolava para baixo e deveria subir, caso não existisse uma oposição -
que atualmente chamamos de atrito -, o outro plano inclinado até alcançar a
altura inicial. Apenas o atrito impedia a bola de subir exatamente até a mesma
altura. O próximo passo do experimento foi reduzir o ângulo de inclinação do
segundo plano. Mais uma vez a bola deveria alcançar a mesma altura. Reduções
subsequentes da inclinação do segundo plano dariam resultados semelhantes:
para atingir a mesma altura, a bola andaria cada vez mais. Galileu então
raciocinou: “Se eu dispuser de um plano horizontal longo, em vez de um segundo
plano inclinado e não houver oposição, a bola deve andar para sempre para
alcançar a mesma altura do plano inicial”. Na ausência de agentes retardadores,
a tendência da bola é mover-se eternamente sem modificar sua velocidade, ou
seja, na ausência de uma oposição, um corpo deverá continuar se movendo
eternamente.
Posição inicial
Posição final ?
AS LEIS DE NEWTON
Antes de considerarmos as Leis de Newton falemos um pouco sobre o conceito
de força. Coloquialmente dizemos que uma força é um empurrão ou um puxão
cuja origem pode ser um esforço muscular, de uma manifestação elétrica ou
gravitacional. Quando levantamos uma mala do chão, estamos exercendo uma
força sobre ela. Quando empurramos um carro, também estamos fazendo uma
força. Quando uma bola de futebol rola sobre a grama e para, isso significa que
a grama exerceu uma força sobre a bola. Em situações práticas do cotidiano,
sempre temos vários objetos com várias forças agindo sobre cada um deles.
A correta identificação das forças que atuam em cada objeto é o primeiro
passo para descrever o que ocorre com ele. Força é o que causa uma mudança
de velocidade ou deformação em um objeto.
Características de uma força:
Sempre ocorre entre dois objetos
Causa mudança na velocidade ou causa uma deformação.
É uma grandeza vetorial: para caracterizá-la é necessário conhecer
sua intensidade, direção e sentido.
Nosso próximo passo será estudar a relação que existe entre uma força e
a aceleração produzida por ela. Em virtude de essa relação ter sido descoberta
por Isaac Newton (1642-1727) tal estudo é chamado de mecânica newtoniana.
As modificações que acontecem no movimento de um corpo devem-se a
uma força ou combinação de forças. Quando mais de uma força atuam sobre um
objeto, a combinação de tais forças é chamada de força resultante.
Exercícios
1 - Se retirarmos rapidamente a placa que apoia a pedra, a pedra cai dentro do
recipiente. Por que a pedra não é levada pela placa?
R: Em virtude da inércia a pedra tende a permanecer parada. Como a placa foi
removida ela cai.
Explique por que o cavaleiro foi projetado para frente, quando o cavalo parou
bruscamente.
Referenciais Inerciais
A primeira lei de Newton não se aplica a todos os sistemas de referências,
entretanto podemos encontrar referenciais nos quais essa lei, assim como toda
mecânica newtoniana, é verdadeira. Tais referenciais são denominados de
referenciais inerciais. Portanto, referencial inercial é aquele onde as leis de
Newton são válidas. Uma maneira alternativa de definir um referencial inercial é
dizer:
𝐅⃗𝐫𝐞𝐬 = 𝐦 ∙ 𝐚
⃗⃗
onde 𝐅⃗𝐫𝐞𝐬 é a resultante de todas as forças que atuam sobre o corpo 𝐦 é sua
massa e 𝐚⃗⃗ sua aceleração. De acordo com a equação acima temos:
a) F = m.a
b) A direção da força é igual à direção da aceleração.
c) O sentido da força é igual ao sentido da aceleração.
A massa de um objeto é uma medida da sua inércia. Ela mede a quantidade
de matéria do objeto. A massa é uma grandeza escalar e sua unidade no Sistema
Internacional é o quilograma (kg).
5
𝐅
𝐚=
𝐦
𝟐𝐅 𝐅
𝐚, = =𝟐∙ ⇒ 𝐚, = 𝟐 ∙ 𝐚
𝐦 𝐦
Exercícios
1 - Um corpo com massa de 0,6 kg foi empurrado por uma força que lhe
comunicou uma aceleração de 3 m/s2. Qual o valor da força?
R: 1,8 N
3 - Uma pessoa que na Terra possui massa igual a 80kg, qual seu peso na
superfície da Terra? E na superfície da Lua? (Considere a aceleração gravitacional
da Terra 9,8 m/s² e na Lua 1,6 m/s²). (Sugestão: Peso = massa x aceleração da
gravidade, P = m.g)
R: Na Terra, PT = 784 N; na Lua PL = 128 N
R: 50 kg
Não importa qual das forças chamamos de ação , e qual de reação. O fato
crucial é que elas são partes conjugadas de uma única interação. Nenhuma das
duas existe sem a outra.
Na figura (a) abaixo o bloco A está apoiado no bloco B. Nesse caso os dois
corpo estão interagindo: o bloca A exerce uma força horizontal F ⃗⃗AB e o bloco B
exerce uma força horizontal 𝐅⃗𝐁𝐀 sobre o bloco A. O par de forças interagentes é
mostrado na figura
(b)
A B
A B
⃗⃗BA
F ⃗⃗AB
F
(a) (b)
7
Podemos escrever o par de forças como a relação escalar: 𝑭𝑨𝑩 = 𝑭𝑩𝑨, pois
elas têm módulos iguais; ou como a relação vetorial: ⃗𝑭⃗𝑨𝑩 = −𝑭
⃗⃗𝑩𝑨, pois elas têm
módulos iguais e sentidos opostos. Sempre que dois corpos quais quer
interagem, um par ação-reação de forças está presente. É importante notar que
o par ação-reação atua em corpos diferentes.
As forças de ação e reação são as responsáveis pelo nosso movimento.
Quando uma pessoa caminha ela interage com o piso. O empurrão que o pé da
pessoa exerce contra o piso está ligado ao empurrão que o piso exerce contra a
pessoa. Semelhantemente, o pneu de um carro empurra a estrada, enquanto
que a estrada empurra o pneu. Nos dois casos o movimento só ocorre em virtude
do atrito; num piso escorregadio ou numa estrada coberta com uma camada de
gelo, uma pessoa ou um carro são incapazes de se moverem, pois não
conseguem exercer a força de ação para produzir a força de reação necessária
para o movimento.
sentido do
movimento
sentido do
movimento
(a) (b)
(c) (d)
Exemplo - Martelo batendo no prego. o martelo exerce uma força sobre o prego,
fazendo com que este penetre na madeira. O prego, por sua vez, exerce uma
força sobre o martelo.
Exercícios
1 - Um carro pequeno colide com um grande caminhão carregado. Você acha que
a força exercida pelo carro no caminhão é maior, menor ou igual à força exercida
pelo caminhão no carro?
R: igual
4 - Por que, de acordo com a Terceira lei de Newton, não seria possível utilizar
uma aeronave dotada de hélices no espaço?
a) Porque as leis de Newton são válidas somente na Terra.
b) Por conta da gravidade zero do espaço.
c) No espaço, não existe ar para ser empurrado pela hélice, logo, a aeronave não
pode ser impulsionada para frente. Pela Terceira lei de Newton, a hélice empurra
o ar e, consequentemente, a aeronave é empurrada para frente.
d) No espaço, somente é válida a lei da Inércia.
e) No espaço, somente é válida a segunda lei de Newton.
(Sugestão: (a) Observe as forças que atuam em cada bloco (figura abaixo), (b)
use a Segunda Lei de Newton em cada bloco, (c) resolva o sistema de equações
do primeiro grau encontrado))
R: 4 m/s2
R: F = 48 N, T(tração) = 30 N
⃗⃗ =0
∑F
O símbolo ∑ 𝑭
⃗⃗ significa “a soma vetorial das forças” que agem no corpo. O
repouso é apenas uma forma de equilíbrio. Outra forma de equilíbrio e quando o
corpo se move em linha reta com velocidade constante. A primeira forma é
chamada de equilíbrio estático e a segunda de equilíbrio dinâmico.
força resultante não poderia ser nula. Apenas quando duas ou mais forças atuam
é que pode haver equilíbrio.
Força Peso
O peso de um corpo é a força que atua sobre ele devido à gravidade. A
força peso ⃗P⃗ exercida pela gravidade terrestre é obtida da segunda lei de Newton:
a aceleração que o campo gravitacional terrestre exerce sobre todos os corpos é
a mesma e igual à aceleração da gravidade g ⃗⃗. A relação entre a força peso e a
aceleração da gravidade é dada por
⃗P⃗ = m∙g
⃗⃗
Força Normal
Considere um bloco repousando sobre uma superfície horizontal plana. As
forças atuam sobre o bloco são: o peso do bloco ⃗𝑷
⃗⃗, que é devida à gravidade, e
a força normal da superfície sobre o bloco, 𝑵
⃗⃗⃗.
⃗⃗⃗
𝑵
⃗𝑷
⃗⃗
Força de Atrito
A força de atrito é a força
exercida sobre um corpo quando o
mesmo desliza ou tenta deslizar ⃗⃗⃗
𝑵 (a) (b)
sobre uma superfície. Quando ⃗⃗⃗
𝑵 ⃗⃗
𝒇
empurramos ou tentamos empurrar
um corpo sobre uma superfície, a ⃗⃗
𝒇 ⃗⃗
𝑭
interação dos átomos do corpo com ⃗𝑷
⃗⃗
⃗𝑷
⃗⃗
os átomos da superfície faz com que
haja uma resistência ao movimento.
A resistência é considerada como
uma única força chamada de força de
atrito. Esta força atua paralelamente à superfície e aponta no sentido oposto ao
do movimento ou tendência do movimento (figura abaixo).
Direção do
movimento
Força de atrito
fae =0
faemáx =μe ∙N
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⃗⃗⃗
𝑵
Atrito estático - Corpo em repouso na
⃗𝑭⃗ iminência de entrar em movimento.
⃗⃗
𝒇𝒂𝒆
⃗⃗⃗
𝑷
fad = μd ∙N
⃗⃗⃗
𝑵
faemáx = μe ∙N=0,30.100 = 30 N
𝟎 ≤ 𝐅 ≤ 𝟑𝟎 𝐍
fad = μd ∙N=0,25∙100 = 25 N
Exercícios
1 - Um sólido de massa 5 kg é puxado sobre um plano horizontal por uma força
horizontal de 25 N. O coeficiente de atrito dinâmico entre o sólido e o plano é
0,2. a) Qual a força de atrito? b) Qual é a aceleração do corpo? Dado: g = 10
m/s2.
R: 10 N, 3 m/s2
Força de Tração
Quando uma corda (ou um fio, cabo ou outro objeto semelhante) é presa
a um corpo e esticada aplica ao corpo uma força ⃗𝑻⃗ orientada ao longo da corda
Essa força é chamada de força de tração porque a corda está tracionada. A figura
abaixo exibe uma situação onde a força aplicada é de tração.
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velocidade m∙v2
força centrípeta=massa∙aceleração=massa∙ ⇒ Fcp =
raio r
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⃗⃗𝒄𝒑
𝑭
𝒓 𝑚
Exercícios
1 - Um objeto realiza um movimento circular e uniforme em uma circunferência com
raio igual a 100 cm e com uma aceleração centrípeta de 4 m/s2. Determine a sua
velocidade.
R: 2 m/s
5 - Um corpo de 500g de massa, ligado por um fio a um prego preso numa mesa
horizontal sem atrito, executa, a 20 cm do prego, um movimento circular
uniforme com velocidade escalar de 4 m/s. Determine: (a) a aceleração
centrípeta do corpo; (b) a tração no fio.
Sugestão: A tração no fio é a força centrípeta.
R: (a) 80 m/s2; (b) 40 N