Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Oyeku Meji
1
Îyûkú Meji
2
Îyûkú Meji
- Nasce o segredo dos gêmeos (um espírito, vários corpos); o pudor e o consequente uso de roupas; a chuva; a ação de Ìkú
entre os humanos; o uso de utensílios de barro; a virtude do tecido vermelho; as reformações das civilizações; os predadores
noturnos; o embalsamento; as pinturas; o corno do rinoceronte; as doenças ósseas; o mal estar de alguns homens quando a
mulher entra em trabalho de parto; as esculturas.
- Kafere fun Egún, Îrúnmìlà, Ìbejì , Èñù, Îranmiyàn, Ñàngó; Îsànyìn; Ògún.
Essência
Esse é o mais antigo entre os Odù Ìfá. Representa os tempos em que ainda não havia evolução, e tudo o que viria a
existir ainda se encontrava no seio de Olódúmarè. Por isso é representado pela escuridão da noite, em antagonismo à clareza do
dia e à evolução dos elementos, representado por Eji Ogbè.
Ìfá ensina que da mesma forma que a evolução “saiu” de Olódúmarè, a Ele retornará. Isso significará o final da vida
como a conhecemos, e todo o Universo manifestado retornará a seu estado original. Simbolicamente tal fenômeno é
representado pela morte, e esse é sem dúvida o principal simbolismo de Îyûkú. Esse Odù indica o final inevitável de um ciclo,
sem o qual não poderia haver o início de outro, mais evoluído e aproximado da Ideia Divina de evolução. Esse não é um conceito
exclusivo da religiosidade iorubana; o mesmo é muito difundido na cultura indiana, sendo representado pelos Dias e Noites de
Brahma, sendo o dia Baba Eji Ogbè, e a noite Îyûkú Meji.
Îyûkú é uma elisão da frase “o yèyé Ìkú ”, que significa “O Espírito da Mãe da Morte”. O conceito de morte aqui
deve ser encarado de forma mais ampla. É óbvio que o aspecto literal do termo é presente e atuante nesse Odù; Îyûkú é
conhecido como um dos principais arautos de Ìkú, pois é ele que narra quando esse Ìrúnmîlû começou sua polêmica missão;
mas a morte em seu aspecto simbólico também deve ser considerada. Dessa forma Îyûkú representa o final de um ciclo. Quando
em ibi esse final pode ser precoce e não promover evolução, mas quando em ire trata-se da morte natural de um ciclo, que torna
possível o início de outro, mais evoluído ou simplesmente melhor.
Apesar de estar relacionado à morte, Îyûkú nos mostra o que pode ser feito para que Ìkú não possa agir antes do
período determinado. Os segredos de Ìkú são revelados nesse Odù, e Ìfá mostra toda uma série de cuidados litúrgicos que
podem garantir vida longa a quem dela precisa. Mas a experiência mostra que quando em ibi e sob a influência de Ìkú, Îyûkú
quase que invariavelmente aponta para a morte como resultado natural de um final de ciclo.
Por estar relacionado aos períodos anteriores à evolução conhecida, e por nenhuma criatura de Olódúmarè ter ideia
do que ocorre durante os períodos de inatividade do Universo, Îyûkú está associado à noite, à escuridão e ao desconhecido. Isso
explica em parte a aura “negativa” que alguns pensam existir nesse Odù, mas nesse caso seria chamar de negativo algo que não
se conhece pela simples falta de sabedoria a respeito. Sua associação com a noite o torna próximo às Divindades e Entidades q ue
têm na noite seu “habitat”, tais como Ìyàmi, Egún e toda uma imensa classe de espíritos conhecidos genericamente como Ìmîlû.
O final de um ciclo representa uma passagem inevitável a um novo estágio da existência. As coisas nunca serão as
mesmas depois que Îyûkú se manifesta. Esse fato associa esse Odù à transformação. Sabedoria é a chave para que tais
transformações sejam benéficas e representem uma melhora em todos os aspectos de nossa vida.
3
Quando Îyûkú Meji se apresenta em ibi, Ìfá nos avisa que uma perda de dinheiro se aproxima. Ele diz que não
devemos nos desesperar devido essa situação, pois essa perda nos poupará de infortúnios muito maiores no futuro.
Filosoficamente falando, Îyûkú Meji ensina que ao fazermos uma oferenda estamos “comprando” as bênçãos das
Divindades.
Aqui os instrutores espirituais guiam e inspiram o homem para que o mesmo encontre soluções para seus
problemas. O devoto não deve se queixar se não entende o porquê das coisas acontecerem de uma maneira específi ca em sua
vida. Se persistir no caminho da devoção e do auto aperfeiçoamento, chegará o momento em que ficará clara a ação das
Divindades em nossas vidas, e problemas até então insolúveis parecerão bem mais simples.
Ire
Ìfá nos revela que Îyûkú foi o primeiro Odù a atingir a prosperidade no àiyé. Mas isso não foi fruto do acaso; ele foi
o primeiro a fazer as oferendas prescritas e a seguir os conselhos de Ìfá. A manifestação de Îyûkú sugere que poderemos nos
casar com Ajé (a Riqueza) e Öjà (o Comércio). Mas Ìfá nos avisa que haverá contratempos, que as coisas não acontecerão assim
tão fácil. Ele diz que uma série de intempéries ocorrerá, e as bênçãos materiais desse Odù estarão disponíveis apenas àqueles
que não se desviarem do caminho da austeridade, tenacidade, retidão, honra e fé. Observando esse comportamento e fazendo as
oferendas prescritas, é certo que alcançaremos abundância de recursos materiais.
Ìfá diz que devemos fazer ëbö para termos descendência. Ele afirma que se fizermos as oferendas corretas, um filho
nosso alcançará uma importante posição em sua vida. Mas Ìfá também diz que só poderemos presenciar tal glória se fizermos
ëbö por vida longa. Ou seja, além de fazermos tudo o que estiver ao nosso alcance em nome do sucesso de nossos filhos,
também devemos nos preocupar em vivermos o suficiente para vê-los triunfar.
Em linhas gerais Îyûkú é um Odù que pressagia considerável abundância material. De forma poética, Ìfá nos fala
sobre uma riqueza que não conhece a si mesma, sobre uma pessoa que não sabe ao certo tudo o que conquistou. Não esmorecer
perante dificuldades, cultivar bom caráter, compaixão e espiritualidade, fazer as oferendas prescritas e se esforçar para ser um
bom devoto e tornar o àiyé um lugar melhor; essas são as condutas que certamente nos conduzirão ao caminho de considerável
prosperidade.
Ìfá revela através desse Odù que Îrúnmìlà passou muitos anos de sua vida em viagem consultando para grandes
personalidades, como Olókun. Esse detalhe de Îyûkú o torna um Odù propício para atividades que necessitem de viagens ou
constantes deslocamentos. As chances de prosperar em tais ramos são grandes, mas também seria prudente considerar a
possibilidade de alcançar boa sorte material em terras distantes, mesmo que num caráter mais definitivo.
Há nesse Odù um ire nisidenì que deve ser comentado. Îyûkú Meji fala sobre o aprendiz ou empregado que é posto
em situação difícil por seu patrão e não raro tem que resolver problemas do trabalho cuja origem é a própria má administraçã o
de seus superiores. O lado ruim da situação é que a tendência tende a ficar insuportável, o que culminará na demissão
(voluntária ou não) do funcionário em questão. Mas o lado bom é que esse mesmo funcionário (se mantiver um comportamento
digno) poderá se valer da experiência e dos contatos adquiridos para montar seu próprio negócio ou direcionar sua vida
profissional para o sucesso.
4
Îyûkú Meji é o Odù que explica as razões da numerosa prole dos peixes. Metaforicamente esse Odù fala sobre
abundância de filhos, o que muitas vezes representa abundância de oportunidades, realizações e outras positividades. Ouvir e
seguir os conselhos de Ìfá certamente aumentarão consideravelmente as chances de conseguirmos uma vida repleta de bênçãos,
o que se encaixaria perfeitamente ao simbolismo aqui exposto.
Esse Odù fala sobre a virtude que uma pessoa possui em sonhar com as Divindades. Esses sonhos podem ter
caráter revelador, preventivo ou premonitório. É preciso estar atento aos mesmos, para que informações important es não se
percam na confusão mental gerada pelo cotidiano.
Os problemas inerentes a esse Odù costumam ser intricados, por isso Ìfá nos diz que quando conseguirmos resolver
um de nossos problemas, na verdade estaremos resolvendo muitos outros associados ao primeiro.
Ìfá nos fala sobre uma habilidade incomum ou um talento para realizar alguma tarefa específica ou desempenhar
uma determinada função. Oferendas a Orí e Ûlûdà nos ajudarão a descobrir que talento é esse, pois o mesmo poderá nos
beneficiar de diversas maneiras.
5
Ibi
Como já foi visto, Îyûkú Meji é Odù de grande prosperidade, mas Ìfá nos avisa que diversas situações na vida
podem atrapalhar ou até mesmo interromper o fluxo de oportunidades positivas em nossa vida. Ele nos instrui a fazer oferendas
e mantermos um nobre comportamento para que as adversidades inerentes ao àiyé não obstruam o caminho de nosso sucesso.
Ìfá nos fala aqui sobre importantes oportunidades de crescimento profissional que se perdem devido a uma
tendência em priorizar a vida pessoal. Não raro essa prioridade estará relacionada aos prazeres ou desfrutes que o àiyé oferece;
nesse caso tal priorização será sinônimo de irresponsabilidade. Ìfá nos aconselha a sermos responsáveis e a cumprirmos nossos
deveres profissionais; se assim não o fizermos estaremos criando uma imagem a nosso respeito que cedo ou tarde nos trará
consideráveis infortúnios. Por último Ìfá nos orienta a repensarmos nossa vida profissional, pois se falharmos profissionalmente
devido nosso próprio comportamento, ele não dá garantias que voltaremos ao sucesso profissional pelo mesmo caminho em que
caímos.
Îyûkú Meji em ibi fala sobre a pessoa que não tem um nobre comportamento em alguns aspectos de sua vida,
permitindo assim que o mundo a conheça por déspota, ignorante ou injusto. Uma série de sofrimentos será a consequência desse
comportamento, e infelizmente há aqui a tendência em acreditar que os infortúnios encontrados pelo caminho são frutos de
feitiços, quando na maioria das vezes são apenas os frutos maduros de atitudes arrogantes ou desprovidas de sabedoria.
Îyûkú Meji é o Odù Ìfá que ensina como a esposa de Ìkú revelou seus segredos, tornando possível aos humanos
evitar a ação precoce da morte. Através dessa metáfora Ìfá nos adverte a sermos cuidadosos com os segredos que permitimos
aos outros que saibam a nosso respeito. A falta de cuidado a esse respeito poderá nos reservar futuras e desagradáveis
surpresas.
Infelizmente Îyûkú também nos alerta sobre inimigos. Aqui haverá quem não se alegre com nosso sucesso e por
isso procurará meios de nos impedir de progredir. Ìfá também nos fala sobre a resistência que poderemos encontrar num novo
ambiente. Ele nos aconselha a propiciarmos Èñù generosamente, pois ele gerará as condições necessárias para frustrar os planos
daqueles que desejam nos prejudicar.
Apesar de essencialmente estar relacionado à abundância e sucesso material, quando em ibi esse Odù fala sobre
perdas extremas, daquelas que acabam com a vida de uma pessoa, não deixando nada de bom para lembrar os dias felizes. Ìfá
nos aconselha a fazermos regulares oferendas para evitar que esse terrível aspecto de Îyûkú se manifeste em nossas vidas.
Já foi abordado o fato desse Odù estar intimamente relacionado à ação de Ìkú no àiyé. A sua manifestação em ibi
aponta para a emergencial necessidade de oferendas para alguém não tenha sua vida encurtada por doenças ou outras
tragédias. Felizmente Îyûkú Meji narra o pacto feito entre Îrúnmìlà e Ìkú, em que o último concorda em não perseguir alguém
que recorra ao primeiro. Esse fato evidencia que constantes consultas a Ìfá constituem a melhor e mais segura maneira de
alguém manter Ìkú longe de seus caminhos.
Um dos aspectos negativos desse Odù que merece destaque é a decadência. Aqui o fogo deixou de queimar como
antes; perdeu seu vigor e o reconhecimento que possuía. Apenas através de ëbö voltou a ser o mesmo de outrora.
Analogicamente alguém pode ver seus melhore dias ficarem para trás, mas o importante é ter em mente que Ìfá revela que esse
processo é reversível. Se a oferenda prescrita for realizada e se o comportamento sugerido for o adotado, alguém cuja glória
ficou no passado poderá voltar à ativa em grande estilo.
6
Quando em ibi, Îyûkú Meji fala sobre uma pessoa que está sendo “surrada pela vida”. Pobreza, infortúnios e
diversas dificuldades poderão estar presentes, mas felizmente Ìfá revela que ëbö, paciência, fé e nobre conduta certamente
reverterão tão infeliz situação. À pessoa que seguir seus conselhos Ìfá assegura vitórias, ascensão social, saúde e prosperidade.
Apesar do enorme potencial que esse Odù aponta para a prosperidade, devemos ser prudentes ao organizar nossos
gastos, para que não caiamos em dívidas que tirarão nossa paz por um bom tempo. É considerado sábio aqueles que se mantém
nos limites da própria carteira. A prodigalidade trará dissabores.
Aqui Ìkú perde seu cajado, e sem o mesmo não podia exercer suas funções a contendo. Ìfá nos fala aqui sobre a
perda de um objeto importante (ou algo semelhante) que de uma forma ou de outra poderá nos atrasar consideravelmente.
Devido a maus tratos, Ìfá nos fala sobre a separação entre familiares.
Ìfá diz que se fizermos as oferendas prescritas, conseguiremos desfrutar de vida longa. Mas ele também nos
aconselha fazer ëbö para que tenhamos quem nos cuide quando a idade avançada chegar. Ele diz que dos filhos que teremos,
poderemos contar apenas um para cuidar de nossas necessidades. Os outros poderão continuar nos amando, mas no fundo não
nos desejarão por perto em virtude de nossa idade.
7
Comportamento
Como já foi visto, Îyûkú está relacionado à escuridão, que por sua vez simboliza segredo. Aqui Ìkú tinha um poder
ilimitado. Ele poderia matar qualquer um, desde que assim desejasse. As criaturas só puderam se defender depois que
conheceram os íntimos segredos de Ìkú que revelavam suas fraquezas. Analogicamente Ìfá nos ensina que na revelação de
nossos segredos pode estar nossa perdição. Devemos nos esforçar para não revelar de forma tola e superficial características de
nossa personalidade, que se vierem à tona nos prejudicarão consideravelmente. Se possuirmos inimigos numa situação
influenciada por Îyûkú, só poderemos nos defender dos mesmos se descobrirmos seus segredos.
Îyûkú Meji é o Odù Ìfá que nos ensina que tudo o que conseguirmos em nossa vida, deve ser usado para favorecer
nossa família ou linhagem. Ìfá ensina que independente de onde andarmos e do que fizermos, o bem estar familiar deve ser
nossa primeira prioridade. Esse fato sugere que a pessoa “afilhada” desse Odù terá um papel importante na criação, formação e
prosperidade de seus familiares.
Ìfá nos ensina aqui a importância de honrar nossos pais, especialmente na velhice. Ele diz que a boa vontade dos
pais pode encher a casa dos filhos de bênçãos. Se um filho zela de seus pais com carinho, consideração e paciência, Ìfá diz que
as Divindades não o esquecerão e encontrarão meios inusitados de recompensá-lo por sua benevolência.
Através desse Odù, Ìfá nos explica o porquê dos morcegos não possuírem amigos. Ele diz que uma pessoa pode
desenvolver o desejo de se isolar de outras, simplesmente por não confiar no gênero humano. É claro que isso diminuirá
consideravelmente as chances de sofrer decepções, mas os aspectos positivos das relações interpessoais também não se
manifestarão. Devemos encontrar um meio termo nessa equação, que talvez seja se relacionar socialmente sem manter
expectativas de ganhos, recompensas ou considerações. Se optarmos por nos tornar solitários e desconfiados, criaremos uma
imagem desconfortável para as outras pessoas, que simplesmente desejarão se afastar, assim como ninguém está interessado
em ser amigo de um morcego.
Îyûkú é um Odù que fala sobre vaidade. Na maioria das ocasiões essa vaidade limita-se ao físico, mas várias
circunstâncias da vida podem estender esse comportamento ao psicológico. Em casos extremos um indivíduo pode se tornar
consideravelmente preocupado com sua aparência física, ou desenvolver um comportamento que não admita críticas ou
observações.
Como será visto, Îyûkú Meji é Odù de grande prosperidade. Ìfá nos aconselha a direcionarmos para nossa vida
familiar os benefícios que encontraremos nos mais diversos aspectos da vida. Tudo que conseguirmos no trabalho, em viagens ou
quaisquer outras atividades devem beneficiar nossa “casa”, ou seja, a vida familiar. Esse fato faz de Îyûkú um Odù de estreitos
laços familiares.
Através desse Odù recebemos de Ìfá a orientação para sempre sermos prestativos em relação a nossos pais. Ele
nos diz que chegará o momento de nossa vida que a relação com os pais exigirá paciência, carinho e benevolência dos filhos. Ìfá
assegura bênçãos àqueles que tratarem seus pais com todo o respeito e amor que eles merecem. Aos que não tiverem tal
comportamento, Ìfá diz que oportunidades únicas de crescimento se perderão.
Ao longo de sua vasta obra, Ìfá evidencia a importância de uma nobre conduta. Ao longo de nossa vida, cada Odù
nos favorecerá de maneira distinta se mantivermos a nobreza de atitudes, apesar das dificuldades e tentações que o àiyé
oferece. Particularmente no caso de Îyûkú Meji, Ìfá nos avisa que a pessoa que viveu uma nobre vida, que procurou viver a
verdade, favorecer a evolução do mundo e tratar seus irmãos com bondade e justiça; essa pessoa usufruirá de uma morte
tranquila, cercado por entes queridos que o admirarão e não permitirão que o mundo esqueça seu nome.
8
Îyûkú Meji é o Odù que ensina que o fogo só arde na presença de um comburente. De forma análoga se um
comburente (uma situação motivadora qualquer) é extinto na vida do consulente, sua chama (alegria de viver, entusiasmo)
também se esvai. Por estar relacionado à noite e à escuridão, sob certos aspectos Îyûkú pode representar estados mentais
semelhantes à tristeza ou depressão. Nesse caso será necessário definir qual o “comburente” que está faltando na vida de uma
pessoa, para que a mesma volte a brilhar como o fogo recém alimentado.
Îyûkú Meji é o Odù Ìfá que ensina aos jovens sobre a importância de conviver com os mais velhos, para que a
experiência adquirida por uma geração possa ser sabiamente passada à seguinte. Uma série de contratempos e dificuldades
surge quando há emancipação precoce; quando alguém acredita estar apto para encarar os desafios impostos pela vida, sem
primeiro ter ouvido e aprendido sobre o que é a vida no àiyé. Essa situação dá a Îyûkú Meji uma conotação toda especial de
ancestralidade: a transmissão de experiências. Àqueles que forem sábios e pacientes, Ìfá diz que a sabedoria transmitida pelos
Anciãos se converterá em bênçãos. Àqueles desprovidos de tal paciência, desastres de toda a ordem serão a punição. Essa
mesma questão, ainda que encarada sob outro ponto de vista, pode ser entendida como a necessidade da geração mais nova
absorver conhecimentos e tradições de seus mais velhos, pois Îyûkú também fala sobre a tristeza e calamidade social que ocorre
quanto uma tradição importante morre. Esse Odù aponta para o gosto pelas tradições, e também sob uma certa resistência em
abraçar o novo.
Quando em ibi, Îyûkú Meji fala sobre a tristeza e toda a negatividade que a envolve. Nos caminhos desse Odù
recebemos de Ìfá orientações e informações para lidar com esse grande problema. A relação de Îyûkú com o negro e
desconhecido pode representar estados mentais específicos caracterizados pela presença da tristeza. A compreensão desses
fatores e consequentes oferendas a Ìbejì nos capacitarão a enfrentar as situações que a princípio poderiam gerar tal infortúnio.
Îyûkú Meji retrata o desespero de uma mãe quando percebe que seu filho não vencerá na vida. Ìfá diz que essa
mesma mãe estará disposta a fazer tudo o que puder para mudar a sorte de sua prole, mas nada poderá ser feito se a pessoa em
questão não se mostrar interessada em fazer sua parte. Aqui nasce a máxima de que não se faz ëbö para quem não demonstra
interesse. O caso em questão pode não se limitar à relação mãe/filho, e sim a muitas outras situações que se encaixem no
contexto.
Îyûkú Meji é o Odù dos reformadores. Aqui os Grandes do Universo mandam um enviado para ajudar a
humanidade a evoluir e conhecer um pouco mais sobre sua natureza Divina. O problema é que esse Odù também fala sobre a
resistência em fazer ëbö de alguém que possui uma missão reformadora, mas age como se não soubesse sobre a fortíssima
resistência que encontrará daqueles que não desejam reformas. Essa situação pode levar um reformador ao insucesso, ou até
mesmo colocá-lo em grande risco.
Como todo Odù Meji , Îyûkú fala sobre a necessidade de buscar desenvolvimento espiritual e sabedoria. Mas aqui as
questões profissionais têm muita força, pois esse Odù está relacionado à lavoura e ao comércio. Quando houver desequilíbrios
haverá também a tendência em priorizar em demasia questões temporais, em detrimento das espirituais. Nada de bom advirá
dessa situação.
9
Amores e relacionamentos
Nos caminhos de Îyûkú Meji aparece a situação em que Ògún precisa resgatar sua esposa. Isso pode ser
interpretado de diversas maneiras, mas a princípio é preciso salientar que especificamente nos caminhos desse Odù, a felicidade
conjugal é algo que precisa ser conquistada, pois não serão poucas as adversidades que dificultarão ou impedirão o sucesso
nesse importante aspecto da nossa vida. A forma como Ògún obtém êxito evidencia que a inteligência, a tenacidade e a astúcia
serão armas importantes em nossa “batalha” pelo amor, pois uma ou mais situações podem surgir para nos impedir de vivenciá-
lo.
Esse Odù alude às complexas situações e problemas que podem envolver uma pessoa graças a sua vida sentimental
por demais agitada. Îyûkú Meji é Odù de múltiplos pretendentes, de paixões, adultério, etc.
Aqui a mulher tenta mandar no homem e consegue. Mas Ìfá avisa que chegará o dia em que o home dirá basta, e
as mudanças que daí advirem podem não ser boas para uma mulher dominadora.
10
Saúde e bem estar
Ìfá nos aconselha a sermos cuidadosos com nossa saúde. Ele diz que devemos cuidar de uma doença enquanto ela
ainda é tratável. Se assim não o fizermos, essa doença poderá encurtar nossa vida ou consumir todas as nossas economias.
Como já foi visto, foi Îyûkú Meji que ensinou a humanidade a fazer oferendas para resistir por mais tempo à ação
de Ìkú; mas Ìfá também nos revela que devido essa situação Ìkú se uniu aos demais Ajogún para matar o ser humano. Os
aspectos míticos e simbólicos desse Odù sugerem que doenças, acidentes, calamidades e outros males se unirão para encurtar
nossa vida. Por isso as constantes consultas a Ìfá (e posteriores oferendas) são imprescindíveis para alongar saudavelmente
nossa estadia no àiyé.
Como já foi visto, Ìfá nos aconselha a fazermos ëbö por vida longa. A longevidade permitirá que presenciemos o
sucesso de nossos filhos, que certamente ocorrerá se seguirmos atentamente os conselhos trazidos por esse Odù.
Já foi dada uma possível interpretação para a presença do fogo nesse Odù, numa relação com o ostracismo,
esquecimento ou decadência. Seria imprudente não considerar que essa mesma metáfora possa ser aplicada à questões físicas, e
nesse caso a decadência do fogo poderia representar diversos tipos de doenças. Havendo a confirmação de Ìfá sobre essa
possibilidade interpretativa, caberá ao sacerdote fazer o que estiver a seu alcance para ajudar uma pessoa cuja saúde se
extingue, assim como o fogo quando os comburentes se consumem.
Ìfá avisa à mulher grávida que desenvolva bom gênio, pois esse Odù expressa dificuldades gestacionais à mulher
“brigona”. Îyûkú também fala sobre o parto precocemente induzido devido a um susto ou outra situação estressante.
11
Ìfá diz;
- Aqui se tem muitos problemas por possuir vários pretendentes (ou amantes, ou mulheres, etc.);
- Ìfá diz que haverá dificuldades antes de alcançar objetivos, mas a persistência será compensada com prosperidade;
- Aqui as pessoas gostam de tradições; preferem as coisas como elas sempre foram; há resistência a mudanças;
- Há o desejo de ver os filhos alcançarem posições importantes na vida. Para isso, será preciso viver muito tempo;
- A prole dessa pessoa lhe trará grandes alegrias quando a mesma alcançar a velhice;
- Odù de pessoas fisicamente fortes (urso), mas nem por isso imunes a doenças ou perigos;
- Ìfá fala sobre a necessidade de prudência, pois uma doença pode levar alguém à bancarrota;
- Aqui a esposa de Ìkú revela seus segredos. Infelizmente será preciso evitar partilhar segredos com outras pessoas;
- Aqui a mulher manda no homem, até que ele se cansa e faz feitiço para mudar a situação;
- Ìfá diz que a mulher mandona terá problemas para engravidar, ou para manter sua gravidez;
- Representa a sabedoria dos anciões. Ìfá alude sobre os benefícios de viver com gente mais velha.
- Pessoa tem potencial para ser um reformador; mas só o será se houver ëbö.
12
- Sonhos com Òrìñà;
- Agradeça a Ñàngó;
- Ìkú pode confundi-lo com um amigo. Evite roupas iguais ou comportamento semelhante;
- Dívidas constantes;
- Desgostos;
- Chuva traz bênçãos. Não se desvia dela nem se usa guarda chuva;
- Quando em ibi, esse Odù fala sobre consideráveis dificuldades. Mas apesar disso, ouvindo Ìfá essa pessoa poderá
enriquecer;
- Aquele que viveu digna e honradamente terá uma morte tranquila, cercado por pessoas que o ama;
- Aqui a pessoa pode passa a vida toda se preocupando com trabalho, negligenciando sua espiritualidade;
- Ìfá fala sobre inimigos que não desejam que a pessoa fique onde ela acabou de chegar;
- Apesar de propiciar ganhos, Îyûkú fala sobre instabilidade financeira. Num dia se tem muito, no outro não se tem nada;
- Ìfá fala sobre a relação de auxílio para com a família. Tudo o que essa pessoa ganhar deve beneficiar sua casa
- Pessoas se oporão entre o consulente e seu verdadeiro amor. Para vivê-lo será preciso coragem;
- Odù de força de vontade e àñë. Com fé se resolve os problemas, pois há a força necessária para tal;
- Esse Odù fala sobre o comportamento arredio do morcego. Aqui a pessoa terá muitos conhecidos, mas poucos amigos;
- Uma virtude de Îyûkú é que ao resolver um problema, a pessoa na verdade resolve mais de um;
- Aqui Ìkú perde seu öpá. A pessoa pode ter tendência a perder objetos. Ìfá aconselha oferendas a Èñù;
- Ìfá ensina que Ìkú prefere os prósperos. Ao prosperar, a pessoa deve tomar todo cuidado possível com Ìkú;
13
- Aqui a pessoa deve mostrar interesse em relação a seu próprio desenvolvimento. Há coisas que ninguém fará para ela;
- Há irritação perante conversas sem sentido, longas e Inúteis. Ìfá aconselha falar pouco e agir mais;
- Quando em ire, Ìfá fala sobre uma abundância de filhos. Quando em ibi, a pessoa pode ser estéril ou não reter gravidez;
- Devido a um ëbö feito por Îyûkú para prosperidade, seus filhos não devem usar gorros.
14
Obras de Îyûkú Meji
2) Se faz um complexo ëbö contendo os èwî de Ìkú para afastar a morte precoce.
3) Se faz oferendas a Èñù e um banho com água de chuva, para que possamos adquirir prosperidade e boa sorte nos negócios,
especialmente o comércio.
4) Îrúnmìlà receberá oferendas para nos abençoar em atividades profissionais que envolvam viagens ou constantes
deslocamentos (ire awàntòlókun).
5) Îrúnmìlà é fonte de bênçãos e abundância em Îyûkú Meji. Oferendas a essa Divindade atrairão consideráveis oportunidades
de crescimento, desenvolvimento e prosperidade.
6) Se oferece a Ìfá o corpo de um animal já morto. Essa obra se faz para que Ìfá faça uma grande revelação ao ofertante.
7) Uma mulher deve oferecer uma galinha e nove ovos à Noite, devido a uma velha àjý que lhe está fechando os caminhos ou
criando dificuldades.
8) A mulher grávida deve fazer oferendas a Ògún, para evitar acidentes que possam lhe causar sangramento e eventual aborto.
10) Egún receberá seis carneiros como oferenda daquele que deseja conquistar grande poder. Os carneiros devem ser imolados
em intervalos regulares de seis meses.
11) Um carrego especial é preparado e entregue numa casa em ruínas, para que algum espírito que lá viveu acompanhe e auxilie
aquele que fez o ëbö.
12) Devido a estreita relação de Îyûkú Meji com Ìkú, é mais do que prudente consultar Ìfá como regularidade e fazer as
oferendas prescritas, pois aqui Ìkú se unem aos demais Ajogún para matar o ser humano.
13) Èñù receberá oferendas para frustrar os planos dos que desejam nos prejudicar ou impedir nosso sucesso.
15
14) Inhames serão oferecidos em grande quantidade às Divindades que Ìfá indicar. Essa oferenda visa afastar a terrível ação de
Òfo quando Îyûkú se manifesta em ibi.
15) Ògún receberá oferendas para nos ajudar a vencer as dificuldades que podem impedir que vivamos um bom relacionamento.
16) O carrego de algumas oferendas serão colocadas num buraco cavado à margem de um rio. Isso nós faremos para receber
das Divindades inspiração e intuição para resolvermos problemas aparentemente insolúveis.
17) Îrúnmìlà receberá oferendas para interceder por alguém perante Ìkú.
18) Nesse Odù o fogo representa vida, alegria e entusiasmo. Oferendas devem ser realizadas às Divindades associadas a esse
elemento, para que as mesmas nos ajudem a voltar a ter uma vida repleta das positividades aqui expostas.
19) Esse Odù ensina que oferendas que contenham peixes visam representar e atrair abundância em suas mais diversas formas
de manifestação.
20) Oferendas a Orí e Ìbejì favorecerão a remoção da tristeza quando a mesma ameaçar nossa vida.
21) Lavaremos com 201 folhas a cabeça da pessoa que enfrentará um grande desafio, para que ela possa se sair bem, vencer as
dificuldades e atingir seus objetivos. Todo o ritual será realizado perante o assento de Èñù.
22) Orí e Ûlûdà receberão oferendas para nos ajudar a descobrirmos qual o talento especial que possuímos e que pode fazer
grande diferença em nossa vida.
23) Àkàrà será oferecido a uma Divindade que o aceite. Depois o mesmo será consumido sobre uma esteira, na qual estará
também o assento da Divindade que questão. Isso tudo nós faremos para atrair ire ölà.
24) Para questões amorosas, algumas obras serão preparadas com o àñë das folhas îdúndún e tûtû. A finalidade de tais obras
será vencer dificuldades ou resistências que impeçam nosso sucesso sentimental.
25) Èñù receberá oferendas para nos ajudar a encontrar um importante objeto perdido.
26) Ìfá índica o banho desse Odù àqueles que não possuem cabeça suficientemente forte para lidar com as situações aqui
expressas. Esse banho, juntamente com todo o ritual que o envolve, favorecerá saúde, vida longa, sabedoria e prosperidade.
27) Ìfá aconselha a um homem que faça ëbö com uma cabeça de cobra, para que não seja mais dominado por sua mulher.
28) Para complexas situações envolvendo o poder deletério de Àjý, Ìfá indica a preparação do tambor de Îyûkú.
16
Îyûkú perde sua posição para Eji Ogbè
17
Îyûkú chega ao àiyé e prospera
18
O nascimento inusitado de Îyûkú Meji
19
Îyûkú torna-se senhor da noite
20
O banho de Îyûkú Meji
21
Îyûkú conquista imensa prosperidade
22
Ìkú prefere perseguir os prósperos
23
A vaidade de Îyûkú
24
Todos os lucros devem beneficiar Casa
25
Casa arrumou outro quarto para ele.
Depois que Îrúnmìlà acabou, fechou a porta atrás de si.
Foi aí que Îrúnmìlà disse a Casa para limpar o primeiro quarto;
Quando Casa foi fazê-lo, encontrou muito dinheiro.
No segundo quarto, encontrou uma bolsa cheia de pérolas.
Então Ìfá determinou que dali em diante,
Os lucros conseguidos por Guerra, Estrada, Lavoura e Mercado,
Todos os lucros deveriam beneficiar Casa.
Ìfá diz que um visitante virá nos ver;
E que devemos cuidar bem desse visitante,
Para que sua bondade e favores não passem por nós;
Para que esse visitante nos traga abundância.
26
Ìkú prefere a carne humana
27
Ìkú pensou, “Os humanos conseguem comer isso”?
Ele pensou, “Suas mandíbulas são assim tão poderosas”?
Ìkú começou a se preocupar..
Sim, apesar de seu poder,
Ìkú não é muito corajoso;
Foi nesse exato momento que o pequeno frango cantou muito alto.
Ah! Ìkú se assustou!
Ele partiu imediatamente, acreditando estar sofrendo algum ataque.
Se os humanos eram donos de mandíbulas tão poderosas,
E possuíam encantamentos de proteção,
Como ele, Ìkú, poderia continuar a comê-los?
Ah! Ele se uniu aos demais Ajogún!
Desde então Ìkú não mata um humano diretamente;
Ele conta com a ajuda de um de seus irmãos;
Àrun adoece o ser humano, daí Ìkú o mata.
Ûjö põe um humano contra o outro, e eles se matam;
Àkîbà gera acidentes, e aí Ìkú os mata;
Fìtìbò atrai cataclismos, e aí Ìkú os mata.
É assim que Ìfá nos ensina,
Sobre os estratagemas que Ìkú usa,
Para continuar a matar os seres humanos.
28
Ìfá revela os ëwî de Ìkú
29
O ferramenteiro preguiçoso
30
Ölasùmògbè vive para ver seu filho receber oyè
Àgádá criou Ìfá para Ölasùmògbè, quando elo chorava por não ter descendência.
Instruíram-no a oferecer uma cabra,
Um ìruûñìn ,
Uma roupa feita em casa e dinheiro.
Ölasumogbe ouviu e ofereceu o ëbö;
Disseram-lhe então para oferecer um segundo ëbö,
Para que ela pudesse viver o suficiente,
Para ver seu filho receber um oyè.
Depois de um tempo Ölasumogbe engravidou e teve um filho;
Quando o menino cresceu,
Tornou-se o sumo-sacerdote do Ìmîlû Òsàrà.
No dia que ele receberia o oyè,
Começou a chover muito forte,
Mas ele quis parar para cumprimentar sua mãe,
Pois se cumprimenta amigos e parentes quando se recebe um oyè;
A chuva foi ficando mais forte,
E o filho de Ölasumogbe começou a cantar:
31
Îrúnmìlà faz pacto com Ìkú
32
Ìkú não reconhece bujë
33
Urso quase morre doente
34
Chuva chega ao àiyé
35
Apè faz ëbö para não perder tudo o que tem
36
Nasce a arte de modelar argila
37
A boa morte de quem viveu uma boa vida
38
Ògún vai buscar sua mulher em Èsèjè
39
Verborragia desnecessária
40
Noz de Palmeira fez ëbö;
Morim Vermelho também;
Agora Morim Vermelho não vai para o îrun;
É usado em oferendas para ire àikú;
É exatamente o que fazem os awo.
Observemos o caso de Torrão de Terra;
Não sigamos seu exemplo,
Pois ele se quebra no solo.
Uma cabana serve para nos proteger,
Mas jamais para prender um ladrão;
É assim que conhecemos Hiena Manchada.
Consultaram Ìfá para Alapá, o sobrevivente;
Filho de “Aquele que saúda o awo”;
A pessoa que não reconhece esses muros manchados (varíola),
Jamais andará por um caminho torto.
Alapá é um oyè assassino,
O visitante que se veste com uma mortalha.
Quem envelheceria o suficiente para andar num caminho cheio de curvas?
Palavras fortes não cabem aqui, covarde!
Consideremos o caso de Leopardo,
Também chamado “Quem não tem beleza, não tem valor”;
Ele usava ferramentas de ferreiro como amuleto contra caçadores;
Esse é aquele que chamamos de velho!
Ëbö por vida longa; é isso que os awo fazem.
Eri rebenta, suporta e depois mostra suas folhas;
Pela manhã estarei casado.
Bom e velho àñë, filho de Îrúnmìlà;
Ìfá diz que ele deve apoiar-me.
A bananeira veio ao mundo com seus filhos praticamente feitos;
Desde o îrun eu carrego minha cabaça de boa sorte.
Orí carrega o doce amadurecimento de uma criança;
O Ancião que Estava Sempre Triste foi se consultar com Ìfá;
Öbalúwayé da cabeça febril, “enxames de insetos ao redor”;
Ancião que caminhava contra o tempo,
Sempre em agitação.
A morte negra apresenta-se como peste negra;
A morte vermelha apresenta-se como osùn;
Se você não passar o unguento, o sol o derrubará.
Disseram, “Matem o aleijado, e o amarrem a um corcunda”.
Filho de um covarde, que sentia o coração bater;
O ancião que finge ser corajoso não gagueja como um covarde;
Um velho covarde não dá grandes passos;
A bebida dos antigos espíritos é servida no instrumento de Orò.
Nosso rei não manda uma mulher cobrir suas costas;
Palavras, palavras...
Consultaram Ìfá para Bode Preto,
Marido de Cabra...
41
“Conversa Incoerente” consultou Ìfá para Carneiro,
Marido de Ovelha...
Palavras assim são constrangedoras...
Criaram Ìfá para Grande Galo,
Marido de Galinha Gorda...
Palavras, palavras...
Criaram Ìfá para Proprietário Robusto;
Disseram a ele, “Mate o aleijado, e prenda-o a um corcunda”,
“Mate o corcunda, e faça um remédio”.
Ouçam covardes,
Bravos Anciões,
Não fiquem falando exageradamente.
Criaram Ìfá para Mãe Extraordinária,
No dia que ela entrou no mundo com muitas crianças.
Ìfá disse, “Aonde viemos parar”?
Eu respondo, “Esse lugar é chamado Orò”,
Onde as crianças alcançam idade respeitosa,
E as pessoas saúdam seus superiores.
Eu digo, “Qual será o resultado disso”?
Eles dizem, “Alguém se casará na casa de meu pai; com belas e intocadas noivas”.
Quando elas engravidarem,
Seus filhos se tornarão homens de beleza e coragem.
42
Os dois amigos que morreram no mesmo dia
43
Fogo readquire sua saúde
44
Encantamento para alegria em casa e no trabalho
Iyöyö ke wa fun mio Júbilo, deixe as pessoa virem a mim com alegria
A miyö nìlé, a miyö lájò Alegria em casa, alegria no sítio.
45
Não se faz ëbö para quem não se mostra interessado
46
“Quero ser awo”; o rei que veio da pobreza
47
Pano Vermelho é aquele que traz vida longa
48