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apostila
cpa20
tiago feitosa
Seja bem vindo a apostila com conteúdo
programático da certificação profissional Anbima
série 20, mais conhecida como CPA-20.

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Módulo 1
sistema financeiro
nacional e
participantes do mercado
3 a 6 questões na prova
sistema financeiro nacional

agente sistema financeiro agente


agente sistema financeiro agente
superavitário nacional deficitário
superavitário nacional deficitário

O objetivo do sistema nanceiro é a transferência de recursos entre os agentes


O objetivo do sistema nanceiro é a transferência de recursos entre os agentes do sistema.
do sistema.
conselho monetário nacional cnsp
conselho monetário nacional cnsp
cvm- comissão de
banco central do brasil susep
valores
cvm- mobiliários
comissão de
banco central do brasil susep Previ
valores mobiliários
instituições instituições
instituições
financeiras instituições
financeiras demais adm de seguradoras,
auxiliares adm de seguradoras,adm de
financeiras
captadoras captadoras demais
financeiras instituiçõesauxiliares recursos
captadoras captadoras instituições financeiros recursos adm de
previdência efpc
de depósito de depósito financeiras financeiros de terceiros
de depósito
à vista de depósito
à prazo financeiras de terceiros previdência
à vista à prazo

Uma
Uma vez vez
entendido o organograma
entendido o conforme gura acima,vamos
organograma entender a função
conforme guradeacima,
cada um dosvamos
órgãos do sistema:
entender a
função de cada um dos órgãos do sistema:

cmn - conselho monetário nacional


O CMN é o órgão máximo do sistema e responsável por estabelecer as diretrizes da política monetária, cambial e creditícia de
O CMN
nossa é o órgão máximo do sistema e responsável por estabelecer as diretrizes
economia.
O CMN é composto pelo ministro da fazenda que é o presidente do conselho, o presidente do banco central, e o ministro do
da política monetária, cambial e creditícia de nossa economia.
planejamento.
O CMN é composto pelo ministro da fazenda que é o presidente do conselho, o
Principais
presidente competências da CMN: central, e o ministro do planejamento.
do banco
Ÿ Autorizar as emissões de Papel Moeda;
Ÿ Fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária e de Crédito, inclusive quanto a compra e venda de ouro;
Principais
Ÿ Disciplinar ocompetências da CMN:
Crédito em todas as modalidades;
Autorizar
Ÿ Limitar, sempreasque emissões detaxas
necessário, as Papel Moeda;
de juros, descontos, comissões entre outras; Determinar o Percentual de
Ÿ recolhimento
Fixar asdediretrizes
compulsório; e normas da Política Cambial, Monetária e de Crédito,
Ÿ Regulamentar as operações de redesconto;
Ÿ inclusive quantoo funcionamento
Regular a constituição, a compra ee avenda
scalizaçãode ouro;
de todas as instituições nanceiras que operam no País.
Ÿ Disciplinar o Crédito em todas as modalidades;
Ÿ Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões entre
outras; Determinar o Percentual de recolhimento de compulsório;
Ÿ Regulamentar as operações de redesconto;
Ÿ Regular a constituição, o funcionamento e a scalização de todas as
instituições nanceiras que operam no País.

4
3
fique ligado!

O CMN, por ser o órgão máximo do sistema, é quem emite "ordens"


aos demais órgãos do Sistema Financeiro Nacional.
Por essa razão, tente lembrar das palavras: regula, estabelece e disciplina.

banco central do brasil

O Banco Central do Brasil (BACEN) é uma autarquia vinculada ao ministério da


Fazenda e tem como função principal exercer o controle da economia local
exercendo as políticas monetárias, cambial e creditícia.
Note que o CMN estabelece as diretrizes das políticas citadas acima, mas o
responsável por executar tais políticas é o Banco Central.

Principais atribuições e competências do BACEN:

Ÿ Formular e executar as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as


diretrizes do Governo Federal;
Ÿ Executar as diretrizes e normas do CMN;
Ÿ Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional;
Ÿ Conduzir a política monetária;
Ÿ Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio circulante;
Ÿ Emitir papel moeda;
Ÿ Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos;
Ÿ Autorizar e scalizar o funcionamento das instituições nanceiras, punindo-
as, se for o caso;
Ÿ Controlar o uxo de capitais estrangeiros;
Ÿ Exercer o controle do crédito.

fique ligado!

Fique ligado: O Banco Central é responsável por fazer cumprir as ordens


do CMN, portanto atente-se às palavras:
fiscaliza, executa e supervisiona.

Uma das funções do BACEN é scalizar as instituições nanceiras. Por


instituições nanceiras compreendemos bancos, corretoras e distribuidoras de
títulos e valores mobiliários, sobres essas falaremos um pouco mais adiante,
inicialmente, vamos entender as funções dos bancos.

4
comissões de valores mobiliários - cvm
Assim como o Banco Central do Brasil, a CVM é uma autarquia vinculada ao
ministério da Fazenda. Ela tem como função principal estimular o
desenvolvimento do mercado de capitais.

Ÿ Principais funções atribuídas à CVM:


Ÿ Estimular o desenvolvimento do mercado de capitais;
Ÿ Proteger os investidores do mercado de capitais;
Ÿ Fiscalizar o mercado de capitais;
Ÿ Estabelecer diretrizes para o bom funcionamento do mercado de capitais;
Ÿ Autorizar a emissão de títulos e valores mobiliários;
Ÿ Assegurar o funcionamento da Bolsa de Valores e do mercado de balcão
organizado.

Susep - Superintendência de seguros privados

Uma autarquia vinculada ao ministério da Fazenda e tem como objetivo regular,


estimular o mercado de seguros privados, previdência complementar aberta
(VGBL e PGBL) e capitalização.

Em sua prova da Anbima o entendimento da SUSEP de dará apenas na esfera de


previdência complementar aberta.

fique ligado!

a Susep tem como principal função fiscalizar e estimular o mercado


de seguros privados, previdência complementar aberta e capitalização.

PREVIC - Superintendência nacional


de previdência complementar

Ÿ Autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e


nanceira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Previdência Social;
Ÿ Fiscalização e supervisão das atividades das entidades fechadas de
previdência complementar e de execução das políticas para o regime de
previdência complementar operado pelas referidas entidades;
5
Ÿ Diretoria Colegiada composta por um Diretor-Superintendente e quatro
Diretores, escolhidos entre pessoas de ilibada reputação e de notória
competência, a serem indicados pelo Ministro de Estado da Previdência Social
e nomeados pelo Presidente da República.

anbima

A ANBIMA foi criada no dia 21 de Outubro de 2009 através da Fusão entre a


ANDIMA (Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro) e a
ANBID (Associação Nacional dos Bancos de Investimento). No entanto, apesar da
jovem idade, a ANBIMA traz a história dessas duas associações que têm mais de
40 anos no mercado.

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de


Capitais) é a representante das instituições que atuam nos mercados nanceiro e
de capitais. A Associação representa mais de 340 instituições, dentre bancos
comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras,
distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento.

Atuando como agente regulador privado, a ANBIMA criou e supervisiona o


cumprimento das regras dos Códigos de Regulação e Melhores Práticas,
atuando conjunta e construtivamente com as instituições públicas brasileiras
para regular as atividades das entidades que atuam nos mercados nanceiro e
de capitais.

códigos de regulação e melhores práticas anbima

Ÿ Programa de Certi cação Continuada;


- Determina os princípios e regras que devem ser observados pelas
instituições participantes e pelos pro ssionais que atuam no mercado
nanceiro, no que diz respeito a sua conduta no desempenho das atividades.

Ÿ Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários;


Ÿ - Estabelece as melhores práticas a serem adotadas pelo mercado
(coordenadores de ofertas), quando de uma oferta pública de valores
mobiliários. Os principais documentos a serem analisados são os prospectos
da oferta, os anúncios legais e publicidade, e a carta de conforto (auditoria
independente)
6
Ÿ Fundos de Investimento;
- Delimita os princípios que a indústria de fundos de investimento
(administradores e gestores) deve adotar, visando aumentar a qualidade e a
disponibilidade de informações e elevar os padrões duciários.

Ÿ Serviços Quali cados ao Mercado de Capitais;


- De ne e regulamenta as atividades relacionadas ao serviço de custódia,
contabilidade e controladoria de ativos e passivos, determinando que as
instituições observem um conjunto de exigências mínimas superiores às
exigidas pela legislação.

Ÿ Private Banking ao Mercado Doméstico;


- De ne as atividades que caracterizam a prestação do serviço de private
banking no mercado brasileiro e estabelece requisitos mínimos a serem
respeitados pelas instituições participantes que atuam nesse segmento.

Ÿ Regulação e Melhores Práticas para Novo Mercado de Renda Fixa;


- Estabelece os princípios e normas que devem ser adotados nas emissões
de ofertas de títulos e valores mobiliários no ambiente do Novo Mercado de
Renda Fixa. O objetivo desse código é assegurar ao mercado de renda xa
privada menores custos de transação, mais transparência e liquidez e,
consequentemente, a emissão de ativos com prazos mais longos.

Ÿ Regulação e Melhores Práticas para o Mercado Aberto;


- Contém os princípios e as regras que devem ser observados pelas
instituições associadas e aderentes no exercício de suas atividades de
estruturação e negociação de ativos e instrumentos nanceiros nos mercados
de renda xa e derivativos de balcão. O objetivo é estabelecer parâmetros pelos
quais as atividades das instituições participantes, relacionadas à negociação de
produtos nanceiros, devem se orientar, com a nalidade de: propiciar a
transparência no desempenho de tais atividades; promover a padronização de
práticas e processos; promover credibilidade e adequado funcionamento; e
manter os mais elevados padrões éticos, consagrando a institucionalização de
práticas equitativas.

Ÿ Regulação e Melhores Práticas para Gestão de Patrimônio Financeiro no


Mercado Doméstico;
- De ne e regulamenta a Atividade de Gestão de Patrimônio Financeiro,
estabelecendo os requisitos mínimos a serem respeitados pelas instituições

7
participantes que atuam nesse segmento. O objetivo desse Código é
estabelecer, para as instituições participantes, os parâmetros relativos à
Atividade de Gestão de Patrimônio Financeiro, com as seguintes nalidades:
manter os mais elevados padrões éticos e de qualidade no desenvolvimento e
prática da Atividade de Gestão de Patrimônio Financeiro; manter a transparência
no relacionamento com os Investidores; e exigir dos pro ssionais envolvidos na
Atividade de Gestão de Patrimônio Financeiro quali cação mínima necessária
para o exercício da referida atividade de acordo com os padrões estabelecidos
pelo Código.

bancos comerciais

O bancos comerciais são a base do sistema monetário, pois são responsáveis por
levar ao agente do sistema a possibilidade de captação de recursos
(empréstimo) e rentabilidade de recursos (investimentos). Além disso, os bancos
comerciais são prestadores de serviços que tornam a transferência de recursos
viável entre os agentes do sistema.

Principais funções atribuídas aos bancos comerciais:


Ÿ Captação de recursos através do depósito à vista (conta corrente);
Ÿ Captação de recursos através de depósitos a prazo: CDB, Letra Financeira;
Ÿ Aplicação de recursos através de desconto de títulos;
Ÿ Abertura de crédito simples em conta corrente: cheque especial;
Ÿ Operações de crédito rural, câmbio e comércio internacional;
Ÿ Prestação de serviços: cobrança bancária, arrecadação de tarifas e tributos
públicos, etc.

bancos de Investimento

Os bancos de investimentos são responsáveis por fomentar os investimentos a


médio e longo prazo para pessoa física e jurídica, em outras palavras, são
responsáveis por conceder crédito a médio e longo prazo.

Principais funções atribuídas aos bancos de investimento:


Ÿ Captação de recursos através de depósito a prazo: CDB; Administração de
fundos de investimentos;
Ÿ Abertura de capital e subscrição de novas ações de uma empresa (IPO e
underwriting);
8
Ÿ Conceder empréstimo para ns de Capital de Giro;Capital Fixo
(investimentos): Sempre acompanhado de projeto;
Ÿ Conta corrente desde que não movimentáveis por cheques.

outros bancos

Ÿ Sociedade de Crédito Imobiliário;


Ÿ Sociedade de Crédito Financiamento e Investimento ( nanceiras);
Ÿ De Desenvolvimento (PÚBLICO);
Ÿ De Arrendamento Mercantil (Leasing).
Ÿ
Ÿ Agora que entendemos as modalidades que os bancos podem operar no
mercado, vamos entender o conceito de Banco Múltiplo.

banco múltiplo

Um banco que possui duas ou mais carteiras, em que uma dela seja comercial ou
investimento, é considerado um banco múltiplo.

Cada carteira que mencionamos um pouco mais acima, quando existente em


um banco, deve ter CNPJ próprio, ou seja, um para cada carteira. No entanto, o
banco múltiplo pode operar com várias carteiras, mas publicar o seu balanço em
um único CNPJ, o do banco multiplo.

Em outras palavras, um banco múltiplo é um banco que concentra 2 ou mais


modalidades de operação no mercado, desde que uma das modalidades seja
comercial ou investimentos.

bolsa de valores: b3 s.a. - brasil, bolsa e balcão


(fusão da bm&Fbovespa com a cetip)

A bolsa de valores tem um papel importante de intermediação pois fornece um


ambiente eletrônico para negociação de títulos e valores mobiliários. Através da
bolsa que investidores podem comprar e vender ativos no mercado.

9
A negociação em ambiente de bolsa busca a melhor formação de preços, por
meio de um nível elevado de transparência anterior e posterior à negociação,
uma vez que a bolsa divulga em tempo real as ofertas de compra e venda
inseridas em seus sistemas, assim como as operações realizadas.
No Brasil, a B3 é a bolsa multiativos e multimercado que atua como central
depositária de a vos, câmara de compensação e liquidação, bem como
contraparte central garantidora. Como administradora de mercados
organizados de bolsa e balcão no Brasil, a B3 oferece estrutura integrada de
negociação e pós-negociação para todas as principais classes de ativos.
As negociações na bolsa de valores são feitas por meio de instituições
habilitadas, ou seja, o investidor não pode acessar o ambiente de negociação da
bolsa, a não ser por meio de uma instituição nanceira habilitada.
Na B3 negocia-se, entre outras coisas:
- ações de empresas sociedades anônimas;
- derivativos (contratos que derivam de um outro ativo, podendo ser esse
outro ativo ações, commodities, moedas e taxas);
- cotas de fundos de investimentos;

Vamos falar, agora, sobre as instituições habilitadas para operar no ambiente da


bolsa, as sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários.

Distribuidoras e Corretoras de Tit́ ulos e


Valores Mobiliaŕ ios e de Futuros

As distribuidoras, antes da decisão conjunta (nº 17 em 2009) do BACEN e da CVM,


não podiam operar no ambiente da Bolsa de Valores, agora as distribuidoras e
corretoras possuem a mesmas funções.

As principais funções das Corretoras/Distribuidoras são:


Ÿ Intermediar operações no mercado acionário;
Ÿ Intermediar operações no mercado Futuro;
Ÿ Intermediar operações de câmbio;
Ÿ Intermediar a negociação de Títulos Públicos Federais;
Ÿ Administrar clubes de investimento;
Ÿ Oferecer o serviço de HomeBroker (Sistema eletrônico de compra e venda de
ativos pelo computador, o "Internet Banking" das corretoras);
Ÿ Administrar fundo de investimento.

10
fique ligado!

um investidor só tem acesso aos valores mobiliários através de uma


corretora ou distribuidora. Uma Corretora ou Distribuidora não capta
recursos para si, mas faz a intermediação deles.

clearing house

As clearing house são responsáveis por trazer segurança ao sistema nanceiro.


Imagine que todos os dias milhões de transações circulam no mercado, como
faríamos o controle disso? Como teríamos a certeza de que uma ação comprada
por um investidor foi mesmo, após a compra, colocada em nome desse
investidor?

Como teríamos certeza de que um investidor que oferece ações para vender no
leilão eletrônico é, de fato, o proprietário das ações que pretende vender?
Para isso existem as Clearing House.

As Clearing House têm como função custodiar e liquidar todas as transações


realizados no mercado nanceiro.

Temos 2 Sistemas independentes responsáveis por custodiar e liquidar as


transações:
- SELIC: sistema especial de liquidação e custódia, responsável pela
custódia (guarda) e liquidação de Títulos públicos Federais negociados no
mercado interbancário ou mercado de balcão;
- Clearing da B3: É responsável por custodiar e liquidar os ativos
negociados no ambiente da Bolsa de Valores, bem como o registro de títulos de
renda xa e derivativos no mercado de balcão, além de títulos públicos que são
negociados no via tesouro direto.

11
tipos de investidor

Investidor Profissional
O Investidor pro ssional é o investidor que atende aos critérios descritos na
instrução CVM 554. É considerado um investidor com conhecimentos
avançados de mercado.

Os Investidores pro ssionais são:


Ÿ Instituições nanceiras;
Ÿ Companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
Ÿ Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
Ÿ Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos nanceiros em valor
superior a R$ 10.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor quali cado mediante termo próprio;

Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados


pela CVM em relação a seus recursos próprios.

Investidor Qualificado
Os Investidores quali cados são:
Ÿ Todos investidores pro ssionais; e
Ÿ Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos nanceiros em valor
superior a R$ 1.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor quali cado mediante termo próprio;

Investidor não-residente
É a pessoa física ou jurídica, os fundos e outras entidades de investimentos
individuais ou coletivas, com residência, sede ou domicílio no exterior, que
investem os seus recursos no país.

Fundos de investimentos

Embora não seja tema deste módulo, convém fazermos uma breve introdução
aos fundos de investimentos.
Fundos de Investimentos é uma comunhão de recursos com objetivo comum. O
Fundo de investimento possui CNPJ próprio e deve ser gerido de forma
segregada da instituição nanceira participante.

12
EFPC

Sociedade limitada ou fundação, sem ns lucrativos, com objeto social de


instituir planos privados de concessão de pecúlios ou de rendas, de benefícios
complementares ou assemelhados aos da previdência social, mediante
contribuição de seus participantes, dos respectivos empregadores ou de ambos.

São acessíveis exclusivamente aos empregados de uma só empresa ou de um


grupo de empresas, as quais são denominadas patrocinadoras.

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Módulo 2
compliance legal,
Ética e Análise do perfil
do investidor
9 a 15 questões na prova
Controles Internos

A área de controles internos das instituições nanceiras é determinada pelo


CMN através de resolução própria (Res. 2554 de 1998) e tem como objetivo:
Ÿ Determinar às instituições nanceiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil a implantação e a implementação de
controles internos voltados para as atividades por elas desenvolvidas, seus
sistemas de informações nanceiras, operacionais e gerenciais e o
cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis;
Ÿ Os controles internos, independentemente do porte da instituição, devem
ser efetivos e consistentes com a natureza, a complexidade e o risco das
operações por ela realizadas.
Ÿ
São de responsabilidade da diretoria da instituição:
I. A implantação e a implementação de uma estrutura de controles internos
efetiva mediante a de nição de atividades de controle para todos os níveis de
negócios da instituição;
II. O estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos
mesmos;
III. A veri cação sistemática da adoção e do cumprimento dos
procedimentos de nidos no item acima.

Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos os


funcionários da instituição, de forma a assegurar que sejam conhecidas a
respectiva função no processo e as responsabilidades atribuídas aos diversos
níveis da organização, devem prever:
I. A de nição de responsabilidades dentro da instituição;
II. A segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição, de
forma que seja evitado o con ito de interesses, bem como meios de minimizar e
monitorar adequadamente áreas identi cadas como de potencial con ito da
espécie;
III. Meios de identi car e avaliar fatores internos e externos que possam
afetar adversamente a realização dos objetivos da instituição;
IV. A existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários,
segundo o correspondente nível de atuação, o acesso a con áveis, tempestivas e
compreensíveis informações consideradas relevantes para suas tarefas e
responsabilidades;
V. A contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades da
instituição;

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VI. O acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas, de forma que
se possa avaliar se os objetivos da instituição estão sendo alcançados, se os
limites estabelecidos e as leis e regulamentos aplicáveis estão sendo cumpridos,
bem como a assegurar que quaisquer desvios possam ser prontamente
corrigidos;
VII. A existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de
informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico.

Risco Legal

Risco de perda devido à impossibilidade de se executar os termos de um


contrato, incluindo os riscos provenientes de documentação insu ciente, falta
de poderes dos representantes da contraparte para assumir o compromisso,
desconhecimento de algum aspecto jurídico relevante, gerando a incapacidade
de se implementar uma cobrança por falta de amparo legal.

Exemplo: Empréstimo de recursos a clientes que possuem garantias amplas


porém, com a documentação da operação não calçada em instrumentos legais
corretos, ou com a documentação incompleta, ou com falta de assinaturas, ou as
pessoas que assinaram não são os reais representantes, no caso do tomador ser
uma empresa.

Risco de Imagem

Impacto negativo da opinião pública sobre as operações/atividades da


instituição. O risco de imagem pode dani car o negócio de uma instituição de
muitas formas, como por exemplo: queda no valor da ação, perda do apoio da
clientela e desaparecimento de oportunidades de negócios.

Exemplo: Instituição sendo alvo de investigações na operação "Lava Jato" da


Polícia Federal.

16
Prevenção a Lavagem de dinheiro

coaf - Conselho de Controle


de Atividades Financeiras

Órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro. O COAF está vinculado ao


Ministério da Fazenda e tem como nalidade disciplinar, aplicar penas
administrativas, receber, examinar e identi car as ocorrências suspeitas de
atividades ilícitas previstas na Lei, sem prejuízo da competência de outros
órgãos e entidades.

Porém, para que as atividades do COAF sejam bem-sucedidas, é importante que


todas as instituições visadas, no que diz respeito à lavagem de dinheiro,
proveniente do crime, mantenham em registro todas as informações de
relevância sobre seus clientes e suas operações.

Além dos bancos, devem combater a lavagem de dinheiro empresas e


instituições que trabalham com a comercialização de joias, metais preciosos e
obras de arte.

Dito isso, vamos a lavagem de dinheiro propriamente dita.

lavagem de dinheiro

Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso transforma recursos


obtidos através de atividades ilegais em ativos com uma origem aparentemente
legal.

Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de


dinheiro realiza-se por meio de um processo dinâmico que requer: primeiro, o
distanciamento dos fundos de sua origem, evitando uma associação direta deles
com o crime; segundo, o disfarce de suas várias movimentações para di cultar o
rastreamento desses recursos; e terceiro, a disponibilização do dinheiro
novamente para os criminosos depois de ter sido su cientemente
movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado “limpo”.

17
Há mais de 20 anos percebeu-se a necessidade da adoção de um esforço
internacional conjunto para combater a lavagem de dinheiro, envolvendo não
só os Governos dos diversos países, mas também o setor privado, especialmente
o sistema nanceiro. Mais recentemente, os atentados terroristas em diversas
partes do mundo revigoraram a necessidade desse esforço global com o
objetivo de buscar a eliminação das fontes de nanciamento ao terrorismo.

Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem de dinheiro envolvem


teoricamente essas três etapas independentes que, com frequência, ocorrem
simultaneamente.

colocação ocultação integração


(fazer o dinheiro sujo passar (dificultar o rastreamento do (fazer o dinheiro voltar
pelo caixa ou balcão dos bancos) dinheiro sujo) para a economia com
aparência limpa)

A colocação se efetua por meio de:


Ÿ depósitos;
Ÿ compra de instrumentos negociáveis;
Ÿ compra de bens.

Para di cultar a identi cação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam


técnicas so sticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como:
Ÿ fracionamento dos valores que transitam pelo sistema nanceiro;
Ÿ utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com
dinheiro em espécie.

A ocultação se efetua, via de regra, por meio de:


Ÿ múltiplas transferências entre contas preferencialmente por meios
eletrônicos;
Ÿ transferência para conta de "laranjas";
Ÿ transferência para contas em países amparados pela lei de sigilo bancário;
Ÿ transferência para contas em países conhecidos como "paraíso scal" para
não confrontar com a scalização do país de origem;
Ÿ troca de moedas (ex.: de Real para Dólar).
Ÿ A fase de integração, via de regra, é feita por meio de:
Ÿ As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que
facilitem suas atividades podendo tais sociedades prestarem serviços entre si.
Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro
ilegal.
18
penalidades

Caracteriza-se como crime de lavagem de dinheiro ocultar ou dissimular a


natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de
bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração
penal.
Também estão sujeitos a mesma pena (multa + reclusão de 3 a 10 anos) aquele
que ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes
de infração penal:
I. Os converte em ativos lícitos;
II. Os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda,
tem em depósito, movimenta ou transfere;
III. Importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos
verdadeiros.

IMPORTANTE: A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser


cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la
por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar
espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que
conduzam à apuração das infrações penais de sua autoria ou à localização dos
bens, direitos ou valores objeto do crime.

Traduzindo: Se você acompanha ou acompanhou as investigações da LAVA


JATO viu que de tempos em tempos algum condenado colabora via "delação
premiada". Essa delação pode reduzir a pena de quem já fora condenado.
A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes de nidos na lei forem
cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.

Principais Operaçoẽ s que sao


̃ Indic
́ ios de
Crimes de Lavagem de Dinheiro

Ÿ Aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa física ou


jurídica, sem causa aparente, em especial se tais depósitos são posteriormente
transferidos, dentro de curto período de tempo, a destino anteriormente não
relacionado com o cliente;
Ÿ Troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas de
grande valor;

19
Ÿ Proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda
estrangeira e vice-versa;
Ÿ Compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de
pagamento ou outros instrumentos em grande quantidade - isoladamente ou
em conjunto -, independentemente dos valores envolvidos, sem evidências de
propósito claro;
Ÿ Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras;
Ÿ Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade
econômica ou a ocupação pro ssional e a capacidade nanceira presumida do
cliente;
Ÿ Numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em nome de um
mesmo cliente, cujos valores, somados, resultem em quantia signi cativa;
Ÿ Abertura de conta em agência bancária localizada em estação de passageiros
- aeroporto, rodoviária ou porto - internacional ou pontos de atração turística,
salvo se por proprietário, sócio ou empregado de empresa regularmente
instalada nesses locais;
Ÿ Utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a capacidade
nanceira do usuário.

Identificaçao
̃ dos Clientes

A lei sobre crimes de “lavagem” de dinheiro exige que as instituições nanceiras,


entre outros:

Ÿ Identi quem seus clientes mantendo cadastro atualizado, inclusive dos


proprietários e representantes das empresas clientes;
Ÿ Mantenham registro das transações em moeda nacional ou estrangeira,
títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo
passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite xado pela
autoridade competente e nos termos de instruções por essa expedidas;
Ÿ Atendam no prazo xado pelo órgão judicial competente, as requisições
formuladas pelo COAF, que se processarão em segredo de justiça;
Ÿ Arquivem por cinco anos os cadastros e os registros das transações.

20
Comunicação ao COAF

De acordo com a Circular 2852/98, Carta-Circular 2826/98 e a complementação


da Carta-Circular 3098/03, as instituições nanceiras deverão comunicar ao
Banco Central:
Ÿ depósito em espécie, retirada em espécie ou pedido de provisionamento
para saque, de qualquer valor, se forem suspeitas;
Ÿ depósito em espécie, retirada em espécie ou pedido de provisionamento
para saque, de valor igual ou superior a R$ 50.000,00, independentemente de
serem suspeitas ou não;

Toda operação realizada por uma instituição nanceira acima de R$ 10 mil deve
car registrada no banco.

dica importante

nas transações feitas via TED não é necessário avisar ao COAF,


pois essas transações são feitas via SPB e esse sistema já se encontra
sob a gestão do Banco Central do Brasil.

Normas e Padroe
̃ s Et́ icos

Representa toda e qualquer informação relevante, fora do domínio público, que


se venha a obter no exercício das funções diárias de qualquer pro ssional.

“Insider Trader”

O Insider Trader é o indivíduo que, tendo acesso a informações privilegiadas, as


usa em seu próprio benefício ou em benefício de terceiros.

“Front Runner”

O Front Runner é o indivíduo ou instituição que se utiliza de ordens de clientes


para o seu próprio benefício, realizando antes para si próprio a operação
ordenada pelo cliente.

21
venda casada

Sabe aquela história de "melhorar o relacionamento" do cliente junto ao banco


para, então, conceder um produto que o cliente tenha interesse? Pois é, isso é
venda casada.

A venda casada é caracterizada quando um consumidor, ao adquirir um


produto, leva conjuntamente outro seja da mesma espécie ou não. O instituto da
venda casada pode ser visualizado quando o fornecedor de produtos ou
serviços condiciona que o consumidor só pode adquirir o primeiro se adquirir o
segundo.
Na prática eu quero dizer o seguinte: nada de "empurrar" um seguro de vida para
aquele cliente que quer contratar um empréstimo, ok?

Análise do perfil do investidor - API

Segundo a ANBIMA, as instituições participantes administradoras de Fundos de


Investimento deverão adotar procedimentos formais, estabelecidos de acordo
com critérios próprios, que possibilitem veri car que as instituições
responsáveis pela distribuição de Fundos de Investimento tenham
procedimentos que veri quem a adequação dos investimentos pretendidos
pelo investidor a seu per l de investimentos.

Na distribuição de Fundos de Investimento, deverá ser adotado processo de


coleta de informações dos investidores, que permita a aferição apropriada da
situação nanceira do investidor, sua experiência em matéria de investimentos e
seus objetivos de investimento.

Ÿ A coleta de informações deverá fornecer informações su cientes para


permitir a de nição de um per l de investimento para cada cliente (“Per l”);
Ÿ O Per l deverá possibilitar a veri cação da adequação dos objetivos de
investimento dos clientes à composição das car teiras por eles
pretendidas/detidas em cada Instituição Participante;
Ÿ Caso seja veri cada divergência entre o Per l identi cado e a efetiva
composição da carteira pretendida/detida pelo cliente, deverão ser
estabelecidos procedimentos, junto ao cliente, para tratamento de tal
divergência.

22
Nota importante: Quando se tratar da distribuição de Fundos de Investimento
via agências, no varejo, deverão ser adotados os procedimentos mencionados
acima apenas para os cotistas dos Fundos de Investimento pertencentes às
categorias Ações, Multimercado, e, no caso de cotistas de Fundos de
Investimento pertencentes à categoria Renda Fixa, apenas para aqueles com o
atributo Crédito Privado.

➜ 1. o que é a api?
É uma metodologia desenvolvida para obter o per l de investidor do cliente
pessoa física e veri car a adequação dos investimentos pretendidos a esse per l.

➜ 2. Como será obtido o perfil do investidor?


Será utilizado um questionário, cujas respostas apresentadas darão subsídios
para obtenção do per l do investidor, tais como objetivo de investimento e
tolerância a riscos.

➜ 3. Qual o objetivo da API?


Auxiliar o cliente na tomada de decisão de investimentos e proporcionar mais
transparência no momento do investimento.

➜4. Em que situaçao


̃ será solicitado o preenchimento do
questionar
́ io?
Quando o cliente desejar aplicar em fundos de ações, renda xa crédito privado
ou multimercados. As respostas apresentadas no questionário terão validade de
24 meses, sendo necessário novo preenchimento quando ocorrer nova
aplicação, subsequente a esse prazo.

➜5. O cliente poderá recusar-se a preencher o questionar


́ io?
Sim, mas deverá declarar por escrito ou eletronicamente que optou por não
responder o questionário.

➜ 6. Quais sao
̃ os perfis definidos na API?
Perl Conservador: Cliente que busca segurança acima de tudo em seus
investimentos. Per l voltado para aplicações em renda xa.

Perl Moderado: Cliente disposto a correr um pouco de risco para obter


ganhos maiores que a in ação. Esse per l sugere aplicações em fundos de renda
xa, multimercados, podendo aplicar uma pequena parte em fundos de ações.

23
Perl Agressivo: Cliente disposto a correr risco para obter ganhos no me dio e
longo prazo. Esse per l sugere que o cliente pode disponibilizar a maior parte de
seus recursos em fundos multimercados e fundos de ações.

➜ 7. Como será utilizada a informação do perfil do investidor, após


preenchido o questionário?
Será sugerida, ao cliente, uma carteira de investimentos adequada ao seu per l
de investidor. Dessa forma, o Banco estará veri cando a coerência entre o per l
do investidor e a sua carteira de investimentos.

➜ 8. Que tratamento será dado ao cliente com Perfil Conservador e que


deseja aplicar em fundo de ações?
O cliente será alertado pelo Banco das implicações de sua decisão, através de
noti cação por escrito, a m de possibilitar ao investidor uma melhor avaliação
da composição de sua carteira de aplicações mantida no Banco face ao seu per l
indicado.

➜ 9. De que maneira o cliente poderá preencher o questionário?


O questionário estará disponível para preenchimento nas agências bancárias e
nos meios eletrônicos (Internet Banking), quando da solicitação de aplicação em
um dos fundos considerados na API (fundos de ações, renda xa crédito privado
ou multimercados).

➜10. Que providência será tomada em relação ao cliente que possui


saldo aplicado, antes da vigência da API, em um dos fundos contemplados
pela API?
O Banco realizará a convocação dos clientes nessa situação para preenchimento
do questionário em uma de suas agências ou por meio eletrônico (Internet
Banking).

Finanças pessoais

Através das nanças pessoais podemos ajudar o cliente na tomada de decisão


nanceira.

Ÿ Fluxo de caixa: saldo de entradas (salários, rendimentos, etc…) e saídas


(despesas xas e despesas variáveis)
Ÿ Despesas Fixas: divide-se em 2 grupos

24
Ÿ Despesas xas obrigatórias (água, luz, aluguel ou prestação o imóvel, etc)
Ÿ Despesas xas facultativas (Tv a cabo, assinatura de jornais e revistas, etc)

O Saldo líquido do orçamento do investidor (entradas - saídas) é considerado


o poder de poupança. O poder de poupança deve ser canalizado a
investimentos que estejam de acordo com os objetivos do investidor.
Os objetivos do investidor são divididos em 3 categorias:
Ÿ curto prazo;
Ÿ médio prazo;
Ÿ longo prazo.

Objetivos de curto prazo trazem necessidade de investimentos que


apresentem maior liquidez ao investidor, pois no seu objetivo de curto prazo
tende estar incluído sua reserva de emergência.

Objetivos de médio prazo aceitam investimentos com menos liquidez com a


possibilidade de apresentar rentabilidades maiores ao longo do tempo.

Objetivos de longo prazo podem estar em busca de maiores rentabilidades,


com disposição de assumir maiores riscos. No entanto quando se trata de
produtos conservadores é recomendável que o investidor esteja sempre em
busca de auferir ganho real com seu investimento, isto é, sempre ganhando
acima da in ação que o dinheiro não perca seu valor com o passar do tempo.

Finanças comportamentais

As Finanças Comportamentais tem como principal objetivo identi car e


compreender as ilusões cognitivas que fazem com que pessoas cometam erros
sistemáticos de avaliação de valores, probabilidades e riscos.
Consideram que os indivíduos nem sempre agem racionalmente, pois estão
propensos aos efeitos das ilusões cognitivas.

As Finanças Comportamentais não negam que a maioria das decisões


econômicas é tomada de forma racional e deliberada. Mas consideram que, se
não forem levadas em conta também as decisões emocionais e automáticas, os
modelos econômicos serão falhos para explicar o funcionamento dos mercados.

As nanças comportamentais a rmam que as decisões do investidores possuem


um viés (também chamado de Heurística). Esse viés é, invariavelmente
in uenciado pelo histórico emocional do investidor.
25
➜ Heurística da Representatividade
A rma que os indivíduos avaliam a probabilidade de um evento “B” pelo nível em
que um evento “A” se assemelha de “B”. Um exemplo dado por Tversky e
Kahneman (1974) ajuda na compreensão desta heurística:

Considerando que um indivíduo é muito tímido e retraído, está sempre pronto a


ajudar, porém possui pouco interesse nas pessoas e no mundo a sua volta; é
tranquilo e organizado; tem necessidade de ordem e estrutura e uma paixão por
detalhes. Além disso, podemos supor que este indivíduo é engajado em uma
pro ssão especí ca.
Dessa forma, com base nas características do indivíduo as pessoas tendem a
imaginar a possível pro ssão dele utilizando o estereótipo de diversas pro ssões
(como por exemplo, físico, matemático, bibliotecário, vendedor, médico ou
fazendeiro). Contudo, utilizar esta abordagem a julgamentos de probabilidade
pode conduzir a sérios erros, pois a similaridade (ou representatividade) não é
in uenciada por diversos fatores que deveriam afetar julgamentos de
probabilidade.

Em outras palavras, representatividade é a tendência em utilizar estereótipos


para realizar julgamentos. Um exemplo desta heurística no campo das
nanças é crer que o desempenho brilhante de uma organização no passado é
"representativo" de um desempenho geral que a empresa continuará a obter no
futuro (Boussaidi, 2013).

➜ Heurística da disponibilidade
A segunda heurística é a da disponibilidade. Signi ca que as pessoas de forma
geral julgam a frequência ou a probabilidade de um evento pela facilidade com
que exemplos ocorrem em suas mentes (Tversky e Kahneman, 1974).
Por exemplo, um indivíduo pode calcular a probabilidade de um jovem ter
problemas cardíacos recordando quantos casos deste tipo já ocorreram com
seus conhecidos.

A disponibilidade acompanha os seres humanos na vida cotidiana e de maneira


geral é um método de e cácia relativa na tomada de decisões sobre frequência
(Matlin, 2004).

➜ Heurística da ancoragem
A terceira heurística é a da ancoragem. Pode-se dizer que a ancoragem é um
desdobramento da heurística da representatividade. Nela os indivíduos
focalizam a atenção sobre uma informação recentemente recebida e a
usam como referência para fazer uma estimativa ou tomar uma decisão.
26
A âncora é um valor relevante que está disponível ao tomador de decisão. As
pessoas fazem estimativas a partir de um valor inicial, que é ajustado para
produzir a resposta nal. A âncora pode ser inserida na formulação do problema
em questão, ou pode ser resultado de uma análise parcial. (Tversky e Kahneman,
1974).

Ainda a respeito da ancoragem, Tversky e Kahneman (1974, p.1128) pediram


aos participantes de seu estudo que girassem uma roleta para sortear um
número qualquer entre zero e cem. Após o sorteio os autores realizaram
algumas perguntas sobre certas quantidades (como por exemplo, quantos
países africanos eram membros da ONU). Como resultados os pesquisadores
perceberam que aquele número aleatório previamente sorteado teve forte
in uência nas respostas dos participantes. Grupos de pessoas que receberam
números próximos a 10 no sorteio estimaram que cerca de 25 países africanos
eram membros da ONU, enquanto esta estimativa subiu para 45 quando o
número retirado na roleta foi próximo a 65.

Aversão à perda

Sabe aquela história de não poder trocar o "certo pelo duvidoso" esse fenômeno
está estudo em nanças comportamentais através do viés da aversão a perda.
A aversão à perda deriva do medo do arrependimento.

Por medo de se arrepender por sua decisão ou até mesmo pelo medo de
reconhecer seus erros na tomada de decisão o investidor tende a desenvolver
um certo grau de aversão à perda.

Por essa razão o investidor tende a manter decisões perdedoras e se desfazer de


posições ganhadoras.

A aversão à perda não pode ser comparada a aversão o risco. Muitos investidores
tem um certo apetite para o risco mas possuem aversão à perda.

Um exemplo de aversão à perda aplicada nos investimentos:


Imagine-se tendo de tomar a decisão de investir em um dos produtos abaixo:

Investimento A = apresenta 95% de probabilidade de ter uma um excelente


resultado e você ter um rendimento acima da média.
27
Investimento B = apresenta 5% de probabilidade de apresentar prejuízo e você
perder 100% do capital investido.

Qual dos 2 você escolheria?


A maior parte das pessoas escolheria A em detrimento de B. O Fato é que
estamos nos referindo ao mesmo produto. A forma como foi apresentada pode
in uenciar na decisão justamente pela aversão à perda.

adequação de investimentos

A coleta de informações sobre o cliente é necessária para possibilitar a análise


apropriada da situação nanceira, experiência e objetivos de investimentos do
cliente.
As informações necessárias devem ser obtidas através do seguinte processo e
devem estar formalizadas no Manual de Suitability que todas as instituições
devem possuir:

Informações sobre o investidor


Para a de nição do per l do investidor, deverão ser abordados, no mínimo, os
seguintes aspectos:
1. Experiência em matéria de investimentos;
2. Horizonte de tempo;
3. Objetivos de investimentos;
4. Tolerância ao risco.

28
Módulo 3
princípios básicos de
economia e finanças
3 a 6 questões na prova
IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo

O IPCA é o índice o cial de in ação do Brasil, calculado pelo IBGE (Instituto


Brasileiro de Geogra a e Estatística) e serve de parâmetro ao CMN para de nir a
meta de in ação.

O IPCA é calculado pelo consumo das famílias que ganham de 1 a 40 salários


mínimos, de qualquer fonte de renda e residentes nas regiões metropolitanas de
São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte,
Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Goiânia.

tipo de gasto peso % do gasto

alimentação 25,21%

transportes e comunicação 18,77%

despesas pessoais 15,68%

vestuário 12,49%

habitação 10,91%

saúde de cuidados pessoais 8,85%

artigos de residência 8,09%

total 100%

Uma vez entendido o funcionamento do IPCA e sua amplitude, podemos


compreender que é por esse índice que nossa economia é balizada para saber se
há ou não in ação e, havendo, se essa está sob controle.

A meta para a in ação do ano é de nida pelo Conselho Monetário Nacional e o


Banco central, por sua vez, terá em suas mãos a missão de executar as políticas
monetárias a m de enquadrar e economia dentro do parâmetro estabelecido
pelo CMN.

pib(produto interno bruto)

O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos


em um país durante certo período.

30
O índice só considera os bens e serviços nais, de modo a não calcular a mesma
coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No
caso de um pão, a farinha de trigo usada não entra na contabilidade.

O PIB é obtido pela equação:

PIB = Consumo + Investimentos + Gastos do Governo + Saldo da Balança


Comercial (Exportação – Importação)

Fórmula do PIB sob a ótica do Consumo = C + I + G + NX. Onde:


C = Consumo
I = Investimentos
G = Gastos do Governo
NX = Exportações Líquidas (Exportações – Importações)

O cálculo do PIB deve considerar apenas o valor agregado, descontando sempre


o valor dos insumos, ou seja, imaginamos que uma indústria tem um custo de
matéria prima de R$ 1.000,00, para produzir determinado produto e o vende a R$
1.800,00, concluímos que essa indústria contribui com R$ 800,00 para o PIB de
cada produto vendido (R$ 1.800,00 – R$ 1.000,00).

IGP-M (In
́ dice Geral de Preços do Mercado)

Ÿ Calculado pela FGV;


Ÿ Divulgado mensalmente;
Ÿ IGP-M/FGV é composto pelos índices:
- 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA);
- 30% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
- 10% do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC).

políticas monetárias

O Conselho Monetário Nacional estabelece as medidas de políticas monetárias,


que por sua vez são executadas pelo Banco Central. Essas políticas têm como
objetivo manter a nossa economia em desenvolvimento, promovendo o
fomento ao investimento das empresas, gerando emprego e renda a m de que
tenhamos um crescimento de nossa economia (medida pelo PIB).

As políticas monetárias têm como objetivo aumentar ou diminuir a liquidez


(quantidade de dinheiro disponível na economia) do mercado, uma vez que a
liquidez pode provocar aumento ou diminuição da in ação.
31
copom

O Comitê de políticas monetárias, COPOM, é responsável por executar a política


monetária denominada como Taxa Selic.

Ÿ Criado em Junho de 1996;


Ÿ Em junho de 1999 o Brasil passou a adotar as “Metas de In ação” (de nidas
pelo CMN);
Ÿ Índice utilizado na meta: IPCA;
Ÿ É composto atualmente pela diretoria colegiada do BACEN (7 Diretores + 1
Diretor Presidente);
Ÿ É quem de ne a taxa de juros “Selic – Meta” e também a existência ou não do
Viés;
Ÿ Uma vez de nido o viés, compete ao presidente do BACEN a tarefa de
executa-lo;
Ÿ Reunião em dois dias (terças e quartas), sendo o primeiro dia reservado para
apresentação de dados e discussões e o segundo para votação e de nição da
taxa de juros;
Ÿ Calendário de reuniões (8 vezes ao ano) divulgado até o m de Outubro,
podendo reunir-se extraordinariamente, desde que convocada pelo
Presidente do Banco Central;
Ÿ Divulgação da ATA de reunião em 6 dias úteis em português e em 7 dias em
Inglês;
Ÿ Caso a In ação (medida pelo IPCA) ultrapasse a meta estipulada pelo CMN
(somado o intervalo de tolerância), o Presidente do Banco Central deve explicar
os motivos do não cumprimento da meta através de uma Carta Aberta ao
Ministro da Fazenda.

32
Ÿ
Taxa de Juros - Selic

A Selic, também conhecida como a Taxa de juros básica da economia ou taxa


livre de risco, é o parâmetro para sabermos o "real custo do dinheiro".

O Banco central, através do COPOM (Comitê de Política Monetária), de ne a


alteração da taxa Selic, e seu eventual viés, em suas reuniões.
A Taxa Selic Meta é a taxa utilizada para remunerar as LFTs, Letras Financeiras do
Tesouro.
Uma vez de nida a Taxa Selic Meta, teremos a Taxa Selic Over que é obtida
mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de
nanciamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no
referido Sistema na forma de operações compromissadas.

Deixe-me exempli car esse contexto para facilitar sua compreensão:


Imagine um cenário em que a in ação esteja completamente descontrolada.
Imagine que o CMN tenha de nido como meta de in ação 4,5% a.a e, ao chegar
no mês de Junho, já estamos com in ação em 10% a.a.
Qual é o desa o para o COPOM executar uma política monetária que derrube
esse índice?

Nesse cenário, é altamente recomendado que o COPOM aumente a taxa Selic. A


lógica é a seguinte: quanto maior o for a taxa Selic, maior será a rentabilidade
obtida para quem investir seu dinheiro nos títulos públicos federais. Os bancos,
por sua vez, são os maiores investidores do Governo e, com uma taxa alta
tenderão a investir seu dinheiro no governo ao invés de conceder crédito ou até
mesmo aumentar muito a taxa de juros dos empréstimos nas agências. Dessa
forma, com o crédito mais caro, menos pessoas tendem a tomar dinheiro
emprestado dos bancos para investir em produção. Com menos dinheiro em
circulação (porque os bancos, ao invés de injetar na economia com crédito
investiram no governo), menos consumo, com menos pessoas dispostas a
consumir, os comerciantes tendem a baixar seus preços, dessa forma, tendemos
a uma baixa da in ação.

Esse exemplo super cial da economia nos faz entender que:


Ÿ Quanto maior for a taxa Selic, menor tenderá a ser o consumo e,
consequentemente, menor será a in ação;
Ÿ Quanto menor for a taxa Selic, maior tenderá a ser o consumo e,
consequentemente, maior será a in ação.

33
Open Market (Mercado Aberto)

Open Market é quando o Banco Central faz oferta de compra ou venda de títulos
públicos federais. É considerado a política monetária mais ágil, pois não precisa
de reuniões para deliberação, o Banco Central pode, como convém, fazer ofertas
de compra ou venda de títulos públicos federais.

fique ligado!

quanto maior a liquidez do mercado, isto é, quanto mais dinheiro em


circulação na economia, maior tende a ser a inflação. Portanto,
as políticas monetárias têm a função não de controlar a liquidez,
mas sim a inflação. A liquidez é um meio de controle da inflação.

Depósito Compulsório
Depósito compulsório é mais uma política monetária que tem como objetivo
aumentar ou diminuir a liquidez do mercado.
Todos os bancos são obrigados a recolher junto ao Banco Central um percentual
dos depósitos feitos em suas agências.
Assim como a taxa Selic, o Compulsório tem como objetivo controlar a in ação
através do controle de oferta de dinheiro na economia.

Operaçao
̃ de Redesconto

Em cenários onde o banco não possua em suas reservas o su ciente para


recolher via compulsório junto ao Banco Central esse banco pode tomar
empréstimo junto ao próprio BC para cobrir esse dé cit. Essa linha de crédito é
usada somente em último caso pois possui taxa maiores a m de "punir" o banco
tomador. Via de regra os bancos tomam empréstimos de outros bancos no
mercado interbancários que, aliás, é tema do próximo tópico.

CDI - Certificado de depósito interfinanceiro

Os Certi cados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão das


instituições nanceiras que lastreiam as operações do mercado interbancário.
Suas características são idênticas às de um CDB, mas sua negociação é restrita ao
mercado interbancário. Sua função é, portanto, transferir recursos de uma
instituição nanceira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja
mais uido, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem não tem.
34
Os Certi cados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão das
instituições nanceiras que lastreiam as operações do mercado interbancário.
Suas características são idênticas às de um CDB, mas sua negociação é restrita ao
mercado interbancário. Sua função é, portanto, transferir recursos de uma
instituição nanceira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja
mais uido, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem não tem.

A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar a


rentabilidade de fundos, como os DI, por exemplo. O CDI é utilizado para avaliar
o custo do dinheiro negociado entre os bancos no setor privado e, como o CDB
(Certi cado de Depósito Bancário), essa modalidade de aplicação pode render
taxa de pre xada ou pós- xada.

Os CDI’s são registrados no CETIP, que por sua vez publica a taxa média
ponderada dos CDI’s, conhecida como DI.
O DI é o principal benchmark da renda xa. Por falar em benchmark, vamos
entender o que é, pois os próximos indicadores econômicos que abordaremos
são considerados, além de indicadores, como benchmark.

Benchmark

O Benchmark é um parâmetro de comparação de rentabilidade.


Se eu disser que uma aplicação nanceiro rendeu, no último ano, 10% o que você
tem a me dizer? Foi uma boa rentabilidade? Foi uma rentabilidade ruim?

Para acharmos a melhor resposta a essa questão é necessário que tenhamos um


parâmetro de comparação.
Imagine que enquanto essa aplicação rendeu 10% em um ano, no mesmo ano a
in ação subiu 30%. Nesse exemplo, estou comparando a nossa rentabilidade
com o IPCA e, nesse caso, foi um péssimo investimento, pois rendeu muito
menos do que a in ação.
Ao passo que se imaginarmos que no mesmo período tivemos uma in ação de
2%, teremos um bom investimento.

Nesse exemplo, nós utilizamos como benchmark o IPCA, ou seja, a in ação, mas
podemos utilizar qualquer indicador econômico em nosso benchmark.

35
Taxa de Câmbio

Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em


unidades monetárias de uma outra moeda.

PTAX é a taxa que expressa a média das taxas de câmbio praticada no mercado
interbancário. Divulgada pelo BACEN.

TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no SISBACEN pelas


instituições autorizadas por ele a atuar.

taxa referencial

A TR, deriva da TBF (Taxa Básica Financeira) que, por sua vez, será composta das
taxas de juros das Letras do Tesouro Nacional (LTN) praticadas nas operações
de nitivas no âmbito do mercado secundário e registradas no Sistema Especial
de Liquidação e de Custódia (Selic). A TBF de um mês será uma média ponderada
entre as taxas médias das LTNs com vencimentos imediatamente anterior e
imediatamente posterior ao prazo de um mês, seguida da aplicação, ao valor
resultante, de um fator multiplicativo xado em 0,93 (noventa e três centésimos)

Com base na TBF, o banco central aplica um fator redutor e chega na TR,
conforme a seguir:

tr= 100x( 1+tbf


r ) -1
Onde:

Ÿ TBF = Taxa básica nanceira;


Ÿ R = fator dedutível.

fique ligado!

é correto afirmar que a TR deriva das LTNs, assim como é correto afirmar
que a TR deriva da TBF, uma vez que a TBF deriva dos LTN’s também.

36
IMA - Índice de mercado anbima

O IMA é composto por outros índices, conforme abaixo:


Ÿ IMA-S - Composto por Letra nanceira do tesouro; (LFT)
Ÿ IMA-B - Composto por Nota do tesouro nacional série B (NTN-B)
Ÿ IRF-M - Composto por Letra do tesouro nacional e nota do tesouro nacional
série F (LTN e NTN-F).

Para maior compreensão desse tema consulte o módulo 4 quando estudamos os


títulos públicos federais.

ibovespa

O Ibovespa é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo


com os critérios estabelecidos em sua metodologia.
Aplicam-se ao Ibovespa todos os procedimentos e regras constantes do manual
de de nições e procedimentos dos índices da BM&FBOVESPA.

➜ objetivo
O objetivo do Ibovespa é ser o indicador do desempenho médio das cotações
dos ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações
brasileiro.
dica útil

Quer saber quais ações compõem o índice IBovespa? Clique nesse link:
http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/produtos/indices/indices-amplos/indice-ibovespa-ibovespa-composicao-da-carteira.htm

Outros índices da Renda Variável

➜ IBRx100
O objetivo do IBrX 100 é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos
100 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações
brasileiro.

➜ IBRx50
O objetivo do IBRx50 é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos
50 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações
brasileiro.

37
➜ Ise
O ISE índice de sustentabilidade empresarial é uma ferramenta para análise
comparativa da performance das empresas listadas na BM&FBOVESPA sob o
aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada em e ciência econômica,
equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa.

Política Fiscal

Conjunto de medidas adotadas pelo Governo, dentro do orçamento do Estado,


que visam obter as rendas indispensáveis à satisfaçã1o das despesas públicas.

Chamamos de política scal as decisões do governo sobre como e quanto irá


arrecadar de tributos (impostos, taxas e contribuições) e sobre quanto e de que
forma irá gastar os recursos disponíveis.

política cambial

Política federal que orienta o comportamento do mercado e da taxa de câmbio.


O Brasil adota um regime de Política Cambial Flutuante SUJA sem Banda
Cambial. O que signi ca isso?

Signi ca que o Banco Central atua ativamente comprando ou vendendo Dólar


de forma a interferir na cotação da Moeda no País.
Em um regime de taxas perfeitamente utuantes, o Bacen não intervém no
mercado, permanecendo inalteradas as reservas internacionais.

política cambial

As Reservas Internacionais de um país são formadas por ativos em moedas


estrangeiras, como títulos, depósitos bancários, ouro, etc, que podem ser usados
para pagamentos de dívidas internacionais.

38
Contas externas e balança de pagamentos

É o registro das transações de um país com o resto do mundo. No Brasil, os


valores são expressos em dólares americanos, mesmo quando são efetuados
com outros países que não os EUA. Duas grandes contas formam o balanço de
pagamentos de um país:

Ÿ Balança comercial:
- Registra o comércio de bens, na forma de exportações e importações.
Quando as exportações são maiores que as importações temos um superávit na
Balança Comercial. Um dé cit ocorre quando as importações são maiores que as
exportações.

Ÿ Conta de Serviços e Rendas:


- Inclui os pagamentos/recebimentos relacionados com o comércio de
bens, como fretes e seguros, as receitas/despesas com viagens internacionais, o
aluguel de equipamentos, os serviços governamentais, a exportação e
importação de serviços e o pagamento/recebimento de juros e de lucros e
dividendos.

Ÿ Conta Corrente:
- Engloba os registros de três outras contas: a balança comercial, a conta de
serviços e rendas e as transferências unilaterais.

Ÿ Transferências Unilaterais:
- Contabilizam o saldo líquido das remessas de recursos ou doações feitas
entre residentes no Brasil e residentes em outros países.

Ÿ Conta de Capitais:
- Registra o saldo líquido entre as compras de ativos estrangeiros por
residentes no Brasil e a venda de ativos brasileiros a estrangeiros.

Para facilitar sua compreensão sobre esse assunto:


Balança comercial = Exportação + Importação;
Conta Corrente = Balança comercial + Contas de serviços e rendas +
Transferências unilaterais;
Balança de pagamentos = Conta corrente + Conta de Capitais.

Deixemos um pouco a economia para trás e vamos estudar Finanças.


39
Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real

Imagine que você tem em suas mãos hoje a quantia exata para comprar um
computador e que, ao invés de fazer essa compra você resolve investir esse
dinheiro e um investimento que te paga 20% a.a, para que daqui 1 ano você
compre o tão sonhado computador.
Um excelente negócio, não?

Agora imagine que esse computador sofra um reajuste de 30% em um ano.


Imaginou? Pois é, nesse exemplo, por mais que você tenha ganho 20% em uma
ano você perdeu poder de compra, pois o preço do computador subiu 30% e,
caso queira comprar, terá que desembolsar um pouco mais de grana.

Esse exemplo representa o ganho nominal e o ganho real de uma aplicação.


Ganho nominal é quanto um investidor recebe ao fazer uma aplicação e ganho
real é quanto o investidor realmente ganha com essa aplicação. Confuso?

Ganho nominal é quanto o investidor recebe em um investimento, o ganho real


é quando descontamos do valor recebido a taxa de in ação no período.

Vamos analisar isso na prática:


Imagine que um investimento rendeu 15% em um ano e que a in ação medida
pelo IPCA tenha sido de 5% ao ano. Nesse caso, para sabermos o ganho real basta
descontar da taxa nominal 15% no IPCA 5% e chegamos na taxa real, certo? Basta
fazer:

taxa real = taxa nominal - ipca ⇒ taxa real = 15 - 5 = 10%

Certo? Errado.
Na verdade, o cálculo não é tão simples assim. Para achar a taxa real de um
investimento é necessário abusar um pouco mais do conceito de matemática
nanceira através da fórmula:
1+taxa nominal 1 + 0,15
taxa real = ( 1+ipca ) -1 ⇒ taxa real = ( 1 + 0,05 )-1
1,15
taxa real = ( 1 ,05 ) - 1 ⇒ taxa real = 1,09523 - 1

taxa real = 0,9523 ⇒ taxa real = 9,53%

40
fique ligado!

mostrei a você o jeito errado e o jeito certo de fazer essa conta para te mostrar
um detalhe importante: a taxa real é sempre um pouco inferior
a subtração da taxa nominal pela inflação.

Pergunta: Em uma aplicação nanceira, o ganho nominal pode ser igual ao


ganho real?
Resposta: Sim, quando a in ação for igual a zero.

Pergunta: Em uma aplicação nanceira, o ganho real pode ser superior ao


ganho nominal?
Resposta: Sim, quando a in ação for inferior a zero, ou seja, houver de ação.

Entendidos os conceitos de taxa nominal e taxa real, vamos compreender como


calcular os juros abusando do conceito de capitalização composta e
capitalização simples.

Capitalização simples

Como o próprio nome sugere, esse regime de capitalização é o mais simples,


pois o juros não incorpora ao capital para efeito de novos juros periódicos.

Se tivermos uma taxa de juros de 2% ao mês e quisermos encontrar qual é a taxa


proporcional a 1 ano, basta multiplicar a taxa pelo prazo desejado, que nesse
caso é 12, cando assim:

2 x 12 = 24%

No regime de capitalização simples podemos calcular o montante de uma


aplicação com a mesma simplicidade que o nome desse regime nos concede.

v f = v p (1 + taxa x prazo)

Onde:
VF = Valor Futuro ou montante;
VP = Valor Presente ou capital inicial.
41
Vamos colocar isso na prática. Quanto teríamos em um regime de capitalização
simples se aplicarmos R$ 1.000,00, a uma taxa de 1% a.m, por um período de 12
meses? Dessa forma temos:

➜ VP = R$ 1.000,00
➜ Taxa = 1%
➜ Prazo = 12
➜ VF = ?

VF = VP(1+ taxa x prazo) ⇒ VF = 1000(1+0,01x12) ⇒ 1000x1,12 ⇒


VF = 1.120,00

fique ligado!

sempre que vamos fazer cálculos com números que são expressos
em percentual (%) é preciso convertê-los para o formato decimal.
Para fazer isso, basta dividir o número por 100. Que, no caso
de 1%, ficaria 1/100 = 0,01.
Agora que aprendemos fazer o cálculo de juros simples, vem a pergunta:
Quanto teríamos ao aplicar R$ 1.000, a uma taxa de 24% ao ano, no período de 6
meses?
Agora você tem uma taxa expressa ao ano e precisa saber o resultado do
semestre. Tão simples como o nome dessa capitalização é a fórmula para
calcular.

v f = v p ( 1 + taxa x prazo)
6
vf = 1000 ( 1 + 0,24x 1 2 ) ⇒ v f = 1000 (1 + 0,12)

v f = 1000x1,12 ⇒ v f = 1120

fique ligado!

note que nesse caso tínhamos a taxa expressa ao ano e precisávamos


capitalizar nosso investimento por um prazo menor, 6 meses.
Para encontrarmos o resultado, nós dividimos nossa taxa pelo período desejado.

42
Capitalização composta

Aqui temos que abusar um pouco mais de nossas habilidade matemáticas.


Não gosta de matemática? não se preocupe, vamos deixar as coisas bem simples
para você.

No regime de capitalização composta os juros incorporam ao capital para efeito


de capitalização, é o famoso "juros sobre juros".

A fórmula matemática para encontrar um montante no regime de capitalização


composta é, diferente do nome aplicado à ela, muito simples:

v f = v p (1 + taxa) prazo

Para enriquecer nosso poder de comparação, vamos analisar com os mesmos


dados que utilizamos no exemplo de capitalização simples.

Quanto teríamos, em um regime de capitalização composta, se aplicarmos R$


1.000,00 a uma taxa de 1% a.m por um período de 12 meses?

v f = v p (1 + taxa) prazo ⇒ v f = 1000 (1 + 0,01) 12 ⇒ v f = 1000 (1,01) 12


v f = 1000 x 1,1268 ⇒ v f = 1.126,82

Feito isso, agora vamos também entender o segundo exemplo, em que


tínhamos um capital inicial de R$ 1.000,00 com uma taxa de 24% e período de
capitalização composta:

v f = v p (1 + taxa) prazo

v f = v p (1 + taxa) prazo ⇒ v f = 1000 (1 + 0,24) ⇒


v f = 1000(1,24)

v f = 1000x1,24 ⇒ VF = 1240,00

fique ligado!

no regime de capitalização composta devemos observar que o prazo


está na potência, ao passo que no regime de capitalização simples
o prazo é multiplicado pela taxa.
43
Agora que sabemos diferenciar um regime do outro, vamos entender um pouco
melhor sobre taxas equivalentes e taxas proporcionais.

Taxa de Juros Proporcional e


Taxa de Juros Equivalente

Cada regime de capitalização que mencionamos um pouco mais acima possui


suas peculiaridades matemáticas para cálculo, certo?

Vamos usar essas peculiaridades para entender e calcular taxas equivalentes e


proporcionais.

Imagine que tenhamos uma taxa expressa ao mês de 1%, quanto será essa taxa
expressa ao ano?

No regime de capitalização simples, nós chamamos essa taxa de proporcional e


calculamos da seguinte forma:

taxa proporcional = taxa x prazo

taxa proporcional = 1 x 12 = 12 ⇒ Taxa proporcional = 12% a.a

Questão resolvida, agora vamos encontrar qual taxa é equivalente a 1% a.m no


período de 1 ano no regime de capitalização composta.

taxa equivalente = [(1 + taxa)prazo ] - 1

taxa equivalente = [(1 + 0,01)12 ] - 1 ⇒ Taxa equivalente =


[(1,01)12 ] -1

Taxa equivalente = (1,1268) - 1 ⇒ Taxa equivalente = 0,1268

Taxa equivalente = 12,68%

Perceba que enquanto no regime de capitalização simples nós encontramos a


taxa proporcional de 1% ao mês no período de 12 meses, isto é, 1 ano igual a 12%
ao ano, no regime de capitalização composta o resultado é 12,68%.
44
fique ligado!

taxa proporcional é obrigatoriamente no regime de capitalização simples,


de forma que 1% ao mês é proporcional a 12% ao ano.
Taxa equivalente é obrigatoriamente no regime de capitalização composta,
de forma que 1% ao mês equivale a 12,68% ao ano.

Para encontrar a resposta é necessário saber se vamos capitalizar ou


descapitalizar a taxa. Confuso?
Veja, se temos a taxa expressa ao mês e queremos descobrir num período maior,
por exemplo ao ano, estamos capitalizando a taxa. Se temos uma taxa expressa
ao ano, e queremos saber a respeito de 1 período menor, por exemplo 1 mês,
estamos descapitalizando, faz sentido para você? Vamos colocar na prática:

➜ Capitalização
Ÿ 1% ao mês é equivalente a 12,68% ao ano. (vide conta anterior)
Ÿ 1% ao mês é proporcional a 12% ao ano. (vide conta anterior)

➜ Descapitalização
Ÿ 12% ao ano é equivalente a 0,94% ao mês.
Ÿ 12% ao ano é proporcional a 1% ao mês.

Resumindo: quando estamos capitalizando, usar o regime de capitalização


composta é melhor. Quando estamos descapitalizando, usar o regime de
capitalização simples é melhor.

Agora que você já sabe usar e abusar da matemática, vamos compreender sobre
uxo de pagamentos.

Prazo médio ponderado

Média ponderada do prazo entre vários ativos com vencimentos diferentes. Para
encontrarmos a média ponderada de um ativo devemos considerar o valor de
cada títulos com seu respectivo prazo. Ao aplicarmos vamos perceber que títulos
com valores maiores tendem a "puxar" o prazo médio ponderado para perto de
si conforme exemplo a seguir.

45
prazo em dias valor dos títulos prazo ponderado

20 R$ 100,00 R$ 2.000,00

70 R$ 2.000,00 R$ 140.000,00

total títulos total ponderado


R$ 2.100,00 R$ 142.000,00

*Para encontrar o prazo médio ponderado basta multiplicar o valor de cada


título pelo prazo.

Para encontrar o prazo médio ponderado basta dividir o total ponderado pelo
valor total de títulos, conforme abaixo:

142.000/2100 = 67,62 dias

Perceba que o título de R$ 2.000,00 "puxou" o vencimento médio da carteira para


perto de si conforme citado no começo deste tópico.

Fluxo de pagamentos

Em todo investimento nós temos um uxo de pagamentos que representa as


entradas e saídas de caixa e suas características.

➜ Valor Presente (VP)


É o valor investido em uma aplicação na data atual. Ou o valor de um montante
no futuro, descontado por alguma taxa de juros (trazido a valor presente).

➜ Valor Futuro (VF)


É o valor atual do investimento, acrescentado dos juros de determinado período
(descontando os pagamentos no meio desse período, se houver).

46
➜ Taxa de Desconto
É a taxa utilizada para determinar o valor do dinheiro na data de hoje que será
recebido somente em algum momento do futuro.

➜ Cupom Zero
Tipo de título que não paga nenhum juros durante o seu prazo de duração. O
rendimento total, acrescido do valor principal que foi investido, será pago no
vencimento do título.

➜ Taxa Interna de Retorno (TIR)


É a taxa que visa determinar a rentabilidade de um investimento. Um
investimento é atrativo quando sua TIR é superior à taxa do Custo de
Oportunidade.

➜ Custo de Oportunidade
É quanto o investidor deixa de ganhar por optar por um outro investimento. Ao
escolher outra opção, está deixando de ganhar uma taxa na primeira opção que
o mesmo possuía.

PU - Preço Unitário

O PU é um termo utilizado no mercado nanceiro para identi car o preço de


negociação de um título de valor mobiliário calculado em determinada data.
Representa o valor presente dos uxos futuros de pagamento de um título de
crédito.

Mercado Primário

Mercado primário é quando há captação de recursos pelo emissor do título, isso


é, quando o investidor, ao comprar o título, compra direto do emissor.

Mercado secundário

Esse é o mercado que possibilita a liquidez dos ativos negociados. É quando os


ativos são negociados de investidor para investidor e não geram caixa para a

47
Módulo 4
INSTRUMENTOS DE
RENDA VARIÁVEL,
RENDA FIXA E DERIVATIVOS
10 a 15 questões na prova
Renda Fixa x Renda Variável

Uma coisa bem simples, mas que sempre está presente em nossas aulas de tira-
dúvidas é essa: o que, de fato, é renda xa?

Um título de renda xa representa a dívida do emissor, que pode ser uma


empresa nanceira, uma empresa não nanceira ou o governo. Quando alguém
lhe pede um dinheiro emprestado qual a primeira coisa que você vai perguntar a
seu devedor? Imagino que seja algo parecido com "Quanto você me paga de
juros e quando você devolve minha grana?" Certo?

Pois é exatamente isso que acontece com um investimento de renda xa. Na


prática, quando investe seu dinheiro nesse tipo de instrumento o investidor está
emprestando dinheiro ao emissor.

Exemplo: ao investir seu dinheiro em um CDB, o investidor está emprestando o


seu dinheiro ao banco emissor desse CDB, que por sua vez promete devolver o
dinheiro ao investidor em uma data especí ca, com uma taxa previamente
negociada.

Essa é a característica da renda xa, sempre o investidor conhece o prazo e a taxa


negociada.

fique ligado!

títulos de renda fixa podem ter rentabilidades pré ou pós fixadas.

Renda variável é exatamente o contrário disso. O investidor não conhece o prazo


para ter seu dinheiro de volta, tão pouco possui uma taxa negociada. Um
exemplo disso são ações, ao investir em ações o investidor não negocia prazo
nem taxa com o emissor e caso queira resgatar seu dinheiro, deve vender suas
ações no mercado secundário.

iof

Investimentos em renda xa obedecem uma tabela regressiva de IOF que


prejudica investidores que estão em busca de investimentos de curtíssimo
prazo. Essa cobrança obedece a tabela a seguir.

49
tabela de iof
n° de dias % do rendimento n° de dias % do rendimento n° de dias % do rendimento
1 96 11 63 21 30
2 93 12 60 22 26
3 90 13 56 23 23
4 86 14 53 24 20
5 83 15 50 25 16
6 80 16 46 26 13
7 76 17 43 27 10
8 73 18 40 28 6
9 70 19 36 29 3
10 66 20 33 30 0

Na prática é assim que funciona:

Imagine que o investidor tenha investido R$ 1000,00 e 10 dias depois ele resolve
sacar seu investimento com um rendimento de R$ 100,00. Esse investidor pagará
66% sobre a rentabilidade, ou seja, sobre os R$ 100,00.
Nesse caso o investidor terá um ganho de apenas R$ 34,00, no entanto sobre
esse saldo será calculado o IR que, aliás, é nosso próximo tema.

IR em instrumentos de renda fixa

Assim como o IOF o IR também está disposto em uma tabela regressiva que visa
estimular o investimento a longo prazo, fazendo com que investidores mais
"apressados" tenham uma carga tributária maior.

Eis a famosa tabela de IR:

período de aplicação alíquota de ir

Até 180 dias 22,5%

De 180 a 360 dias 20%

De 361 a 720 dias 17,5%

Acima de 720 dias 15%

A partir de agora essa tabela deve ser sua nova companheira, certo? A cada
olhada no celular para conferir suas redes sociais você deve olhar 2 vezes para
50
Na prática essa tabela funciona assim: Imagine que um investidor tenha
investido R$ 1.000,00 em um instrumento de renda xa e ao solicitar o resgate
tenha aferido, 7 meses depois, ganho de R$ 200,00. No período de 7 meses o
investidor está sujeito a alíquota de 20%, nesse caso, pagará R$ 40,00 reais de IR
tendo apenas R$ 160,00 de lucro líquido.

IR em investimentos de renda variável

O IR na renda variável é um pouco mais simples do que na renda xa.


Nos instrumentos de renda variável o investidor está sempre isento do IOF e
paga alíquota única de IR de 15%, independente do prazo nos dois casos.

FGC – Fundo Garantidor de Crédito

Antes de conhecer alguns dos principais investimentos, vamos entender sobre


um mecanismo de proteção aos investidores, o FGC.
O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) é uma instituição privada que visa proteger
os investidores contra o risco de crédito existente nas instituições nanceiras.
Basicamente, os bancos se reuniram para criar um "seguro" contra o calote e
também trazer uma vantagem competitiva para os bancos de menor porte.
O Fundo oferece aos investidores uma cobertura de até R$ 250.000,00 por CPF
por instituição. Isto é, se o investidor tem até R$ 250.000,00 em um banco, ele
conta com cobertura integral em caso de solvência daquela instituição.
Essa cobertura é limitada a R$ 1.000.000,00 por um período de 4 anos. Se um
investidor investiu dinheiro em um banco e esse banco entrou em falência, o
investidor poderá sacar seus recursos pois esses são garantidos pelo FGC,
limitados, é claro, pelo valor de R$ 250.000,00 por CPF/CNPJ.
Para entender melhor: vamos assumir que o Sr. Investonildo da Silva tenha R$
1.000.000,00 aplicados em quatro bancos diferentes.

Banco A: R$ 250.000,00
Banco B: R$ 250.000,00
Banco C: R$ 250.000,00
Banco D: R$ 250.000,00

Se o banco A entra em recuperação judicial na data de hoje, o investidor terá


cobertura integral do valor aplicado no banco A (R$ 250.000,00).
51
cooperativas, o FGCoop, embora seja um fundo diferente, possui as mesmas
características. de R$ 250.000,00 por instituição, porém, agora, limitado somente
a R$ 750.000,00 (pois ele já usou R$ 250.000,00). Sua garantia voltará a ser de R$
1.000.000,00 somente 4 após o recebimento da garantia.
Quais investimentos possuem a garantia do FGC? Via de regra, investimentos
feitos em instituições nanceiras em conta corrente, CDB, LCI, LCA e caderneta
de poupança. Por falar em caderneta de poupança, vamos deixar a introdução
ao módulo e partir para conhecer os produtos de investimentos e começaremos
pela tradicional caderneta de poupança.
Caderneta de poupança
A poupança é de longe o investimento mais popular do Brasil, mas está longe de
ser o investimento mais rentável ao investidor.
Ÿ Possui rentabilidade mensal, isto é, paga juros ao investidor somente 1 vez
por mês. Esse pagamento é feito no dia do aniversário da poupança, que se dá
sempre no dia de sua aplicação. Exemplo: se o investidor colocou o dinheiro na
Poupança no dia de 10 fevereiro, receberá sua rentabilidade no dia 10 de Março
e nos meses subsequentes. Uma observação a essa regra: poupanças com
depósito inicial nos dias 29, 30 e 31 farão aniversário no dia 01 do mês
subsequente ao próximo mês da aplicação;
Ÿ Possui liquidez diária, porém com perda de rentabilidade em caso de saque
efetuado antes do aniversário;
Ÿ Rentabilidade: a poupança tem duas regras para pagar o investidor e essa
regra está condicionada a taxa Selic:
taxa selic reumeração poupança
se selic > 8,5% 6% a.a + TR
se selic < 8,5% 70% da Selic + TR

➜ Mais algumas regras sobre a Rentabilidade da Poupança:


Ÿ Aplicações feitas antes do dia 03 de Maio de 2012 não obedecem a tabela
acima, mas recebem 6% aa + TR independente de qual seja a Selic;
Ÿ Pessoa Jurídica recebe rentabilidade trimestral;
Ÿ Aplicações em cadernetas de poupança realizadas através de depósito em
cheque, têm como data de aniversário o dia do DEPÓSITO e não o dia da
compensação do mesmo.
Ÿ Possui garantia do FGC;
Ÿ Não tem IOF;
Ÿ Pessoa Física e pessoa Jurídica imunes estão isentas de IR.
Ÿ Pessoa Jurídica não imune paga IR conforme tabela regressiva.

52
CDB - Certificado de Depósito Bancário

O CDB É um título privado de renda xa para a captação de recursos de


investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos.

O CDB pode ser emitido por bancos comerciais, bancos de investimento e


bancos múltiplos, com pelo menos uma destas carteiras descritas.

➜ Rentabilidade
Ÿ Pré-Fixada;
Ÿ Pós-Fixada.

➜ Liquidez
Ÿ O CDB pode ser negociado no mercado secundário. O resgate antecipado e
facultativo ao emissor.

➜ Garantias
Ÿ Possui cobertura do FGC.

➜ Tributação
Ÿ Obedece tabela regressiva de IOF e IR.

letra financeira

Semelhante ao CDB, a Letra Financeira é um instrumento de captação emitido


por bancos comerciais e bancos múltiplos, porém pode ser emitido também por
outras instituições a saber:
Ÿ Sociedades de crédito, nanciamento e investimento;
Ÿ Caixas econômicas;
Ÿ Companhias hipotecárias;
Ÿ Sociedades de crédito imobiliário;
Ÿ BNDES.

53
➜ Prazo mínimo
Ÿ A LF terá prazo mínimo de 24 meses para o vencimento, vedado o resgate,
total ou parcial, antes do vencimento pactuado, no entanto a LF admite
pagamento de cupom semestral ao investidor.

➜ Garantia
Ÿ Não possui garantia do FGC;
Ÿ Pode apresentar cláusula de subordinação que, nesse caso, não dá
preferência para investidor frente aos demais credores em caso de solvência da
Instituição emitente.

➜ Valor Mínimo para emissão


Ÿ 150 mil reais;
Ÿ 300 mil reais caso tenha cláusula de subordinação.

➜ Vantagem ao investidor
Ÿ Letra Financeira normalmente oferece rentabilidade superior a do CDB.

DPGE - Depósito a prazo com garantia especial

O DPGE é um título de renda xa representativo de depósito à prazo criado para


auxiliar instituições nanceiras – bancos comerciais, múltiplos, de
desenvolvimento, de investimento, além de sociedades de crédito,
nanciamento e investimentos e caixas econômicas – de porte pequeno e
médio a captar recursos. Assim, confere ao seu detentor um direito de crédito
contra o emissor.

Os DPGEs podem remunerar a taxas pré ou pós- xadas. O prazo de resgate é


determinado no momento da contratação, mas não pode ser inferior a 6 meses
nem superior a 36. Uma característica importante é a não poder resgatar
antecipadamente nem parcialmente.

O DPGE apresenta garantia especial do FGC de até R$ 20.000.000,00 (vinte


milhões de reais). Essa garantia se torna possível pois a instituição oferece a
contrapartida de alienar a favor do FGC sua carteira de crédito ja concedido.

54
LCI - Letra de Crédito Imobiliário

Título emitido por bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira de crédito
imobiliário, Caixa Econômica Federal, sociedades de crédito imobiliário,
associações de poupança e empréstimo, companhias hipotecárias e demais
espécies de instituições que venham a ser expressamente autorizadas pelo
Banco Central. Obrigatoriamente registrada na Cetip.

Emitido sob a forma nominativa, podendo ser transferível mediante endosso em


preto. É lastreado por créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por
alienação duciária de coisa imóvel, conferindo aos seus tomadores direito de
crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária nelas
estipulados.

A letra conterá: o nome da instituição emitente e as assinaturas de seus


representantes; número de ordem, o local e a data de emissão; a denominação
“Letra de Crédito Imobiliário”; o valor nominal e a data de vencimento; a forma, a
periodicidade e o local de pagamento do principal, dos juros e, se for o caso, da
atualização monetária; os juros, xos ou utuantes, que poderão ser
renegociáveis, a critério das partes; a identi cação dos créditos caucionados e
seu valor; o nome do titular; e a cláusula à ordem, se endossável.

A LCI poderá contar com garantia dejussória adicional de instituição nanceira.

A LCI poderá ser garantida por um ou mais créditos imobiliários, mas a soma do
principal das LCI emitidas não poderá exceder o valor total dos créditos
imobiliários em poder da instituição emitente.

Prazos: o prazo de vencimento desses papéis é limitado pelo prazo das


obrigaçães imobiliárias que serviram de base para o seu lançamento.

Garantias: aplicações em LCI contam com garantia real e também com a


cobertura do Fundo Garantidor de Crédito – FGC.

IR Obedece tabela regressiva para PJ e PF é isento.

55
CRI - Certificado de recebível imobiliário

São títulos de renda xa de longo prazo emitidos exclusivamente por uma


companhia securitizadora, com lastros em um empreendimento imobiliário que
pagam juros ao investidor.

A oferta pública de distribuição de CRI só pode ser iniciada após a concessão de


registro e estando esse de companhia aberta da securitizadora atualizado junto
a CVM.

Os CRIs representam uma ótima opção de investimento para pessoas físicas,


bancos, fundações e fundos de investimento.

Algumas das vantagens de se investir em CRIs:

Ÿ Investimento de longo prazo com rentabilidade acima dos títulos públicos;


Ÿ Possuem garantia real, porém não estão cobertos pelo FGC;
Ÿ Isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas;
Ÿ Substitui os investimentos imobiliários, reduzindo os custos administrativos
de vacância e reformas.

fique ligado!

Investimentos em CRI nao ̃ estao


̃ cobertos pelo FGC;
Somente PF está isento de IR. PJ paga conforme tabela regressiva.

LCA - Letra de Crédito do Agronegócio

São títulos de crédito representativos de promessa de pagamento em dinheiro,


de execução extrajudicial, emitidos com base em lastro de recebíveis originados
de negócios realizados com produtores rurais e cooperativas, relacionados com
produção, comercialização, bene ciamento ou industrialização de produtos ou
insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na atividade
agropecuária.

56
Título de crédito representativo de uma promessa de pagamento em dinheiro,
só pode ser emitido por bancos e por cooperativas de crédito (instituição
nanceira pública ou privada).

Os recebíveis vinculados ao LCA deverão ser registrados em sistemas de registro


e liquidação nanceira de ativos e custodiados em instituição autorizada.

➜ Garantias
Ÿ as LCA’s estão cobertas pelo FGC.

➜ Tributaçao ̃
Ÿ IOF: alíquota zero aplicável sobre as operações realizadas com LCA;
Ÿ IR: os rendimentos são isentos de IR, quando a LCA for emitida em favor de
pessoa física e mantidos em aplicação até o vencimento do título.

CRA - Certificado de Recebível do Agronegócio

Podem emitir CRA as companhias securitizadoras de direitos creditórios do


agronegócio, ou seja, instituições não nanceiras constituídas sob a forma de
sociedade por ações com a nalidade de aquisição e securitização desses
direitos e de emissão e colocação de Certi cados de Recebíveis do
Agronegócio no mercado nanceiro e de capitais.

O CRA deverá conter, no mínimo, os requisitos exigidos na legislação aplicável ao


título.
Pode ser distribuído publicamente e negociado na Bolsa, bem como em
mercados de balcão organizados autorizados a funcionar pela Comissão de
Valores Mobiliários.

➜ Garantias
CRA não está coberto pelo FGC.

➜ Tributaçao ̃
PF está isento de IR. PJ paga conforme tabela regressiva.

57
CPR - Cédula do Produtor Rural

Título no qual o emitente, produtor rural (pessoa física ou jurídica) ou


cooperativa de produção, vende antecipadamente certa quantidade de
mercadoria, recebendo o valor negociado (ou insumos) no ato da venda e
comprometendo-se a entregá-la na qualidade e no local acordado em uma data
futura.

O emitente deve procurar uma instituição (banco ou seguradora) que dê


garantia à CPR, pois aumenta o universo de compradores interessados em
adquiri-la. Essa instituição, após análise do cadastro e garantias que o emitente
oferecer, acrescenta seu aval ou agrega um seguro.

Garantias: dentre os tipos de garantia real admitidos para a CPR, o penhor rural
tem sido apontado como o mais utilizado. São destacados dentre os fatores
responsáveis pela pouca utilização da hipoteca e da alienação duciária,
respectivamente, a maior di culdade de execução da garantia e a falta de prática
na utilização do instrumento pelos emissores.

De posse da CPR avalizada ou segurada o emitente pode negociá-la no mercado.


A CPR pode ser negociada por intermédio do mercado de balcão ou por meio do
leilão eletrônico do Banco do Brasil, em bolsas de mercadorias.

Isenção de Imposto de Renda para pessoa física.

COE - Certificado de operações estruturadas

O Certi cado de Operações Estruturadas - COE é um novo investimento que


passa a ser disponibilizado ao mercado brasileiro. É instrumento inovador e
exível, que mescla elementos de Renda Fixa e Renda Variável. Traz ainda o
diferencial de ser estruturado com base em cenários de ganhos e perdas
selecionadas de acordo com o per l de cada investidor. É a versão brasileira das
Notas Estruturadas, muito populares na Europa e nos Estados Unidos.

Este instrumento foi criado pela Lei 12.249/10, mesma que instituiu as Letras
Financeiras, mas foi regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)
do Banco Central no segundo semestre de 2013. Representa uma alternativa de

58
Segundo a norma, a emissão desse instrumento poderá ser feita em duas
modalidades: valor nominal protegido, com garantia do valor principal
investido, ou valor nominal em risco, em que há possibilidade de perda até o
limite do capital investido. Nos dois casos deve ser observada a regra de
suitability, ou seja, o investimento deve ser adequado ao per l do investidor.

➜ Documentação
DIE - Documento de informações essenciais deve contemplar o regulamento do
certi cado, os mercados que o certi ca vai explorar, risco envolvidos na
negociação, prazo de duração, cenários prováveis de rentabilidade.

A tributação obedece a tabela regressiva da renda xa.


O COE pode ser oferecido por um banco de investimento, CTVM, DTVM e pode
ser solicitado por um cliente.

Compromissada

Operação compromissada é aquela em que o vendedor assume o compromisso


de recomprar os títulos que “emprestou” em uma data futura pré de nida e com
o pagamento de remuneração pré estabelecida. Um operação compromissada
deve ser feita exclusivamente por uma instituição nanceira em uma ponta. Isto
é, o banco para outro banco ou o banco para outro investidor.

CCB - Cédula de Crédito Bancário

Título de crédito emitido por pessoa física ou jurídica em favor de instituição


nanceira ou de entidade a esta equiparada, credora original da CCB,
representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação
de crédito, de qualquer modalidade.

A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo


admitida a emissão da Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição
domiciliada no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à
lei e ao foro brasileiros.

A Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior


pode ser emitida em moeda estrangeira.

59
Pode ser emitida com ou sem garantia, real ou dejussória, especi cada no
corpo do título.

Na prática, é quando um cliente toma um empréstimo do banco com promessa


de pagamento periódico e o banco negocia essa promessa de pagamento com
um investidor.

Títulos Públicos Federais

Os títulos públicos federais são instrumentos de renda xa que proporcionam ao


governo federal a captação de recursos para nanciar seus projetos e ao
investidor a possibilidade de investir junto ao governo.

Por se tratar do governo federal, os títulos públicos são considerados de


baixíssimo risco de crédito.

Os títulos são representados por letras e notas, sendo que as letras por padrão
não pagam cupom de juros, enquanto as notas têm por padrão pagar ao
investidor cupom.

São eles:
Ÿ LFT - Letra Financeira do Tesouro;
Ÿ LTN - Letra do Tesouro Nacional;
Ÿ NTN - B (Principal) - Nota do Tesouro Nacional série B Principal;
Ÿ NTN - B - Nota do Tesouro Nacional série B;
Ÿ NTN - F - Nota do Tesouro Nacional série F.

➜ LFT - Letra Financeira do Tesouro


Título pós- xado indexado a taxa Selic que permite ao investidor ter como
indexador de seu investimento a taxa básica de juros da economia.

Indicado em cenários de elevação dessa taxa.

➜ LTN - Letra do tesouro nacional


Título pré- xado que tem sua taxa negociada quando da emissão do título.
Indicado seu investimento em cenários de queda da taxa de juros Selic.

60
➜ NTN-B - Nota do Tesouro Nacional série B
Título pós- xado indexado a variação do IPCA que permite ao investidor
proteger seus investimentos da in ação.

O que difere a NTN-B Principal da NTN-B é o fato da NTN-B pagar ao investidor


cupom semestral, ao passo que a NTN-B principal paga os juros ao investidor
somente no resgate ou no vencimento.

➜ NTN-F - Nota do Tesouro Nacional série F


Título pré- xado que tem sua taxa negociada quando da emissão do título.
Paga ao investidor cupom semestral.

Tesouro direto

Criado em 2002 a plataforma do tesouro direto permite que o investidor PF


possa investir em títulos públicos por meio de um agente de custódia
(Corretora).

Características do Tesouro direto:


Ÿ Títulos registrados na BM&FBovespa;
Ÿ Limitado a R$ 1.000.000,00 por mês;
Ÿ Recompra antecipada garantida pelo Tesouro nacional diariamente;
Ÿ Mercado acessível somente a PF;

Para facilitar o acesso ao investidor comum a esse mercado o Tesouro Nacional


deu um nome, digamos, mais familiar aos seu títulos para que o investidor não se
confunda com a sopa de letrinhas que tem os títulos e caram da seguinte forma:
Ÿ LFT ⇒ Tesouro Selic;
Ÿ LTN ⇒ Tesouro Pre xado;
Ÿ NTN-B Principal ⇒ Tesouro IPCA+;
Ÿ NTN-B ⇒ Tesouro IPCA+ com juros semestrais;
Ÿ NTN-F ⇒ Tesouro pre xado com juros semestrais.

61
fique ligado!

Em sua prova pode ser cobrado os nome dos títulos das duas formas.

Notas Promissor
́ ias - NP

São instrumentos de captação de recursos emitidos por empresas não


nanceiras. No entanto, esse título é exclusivamente para curto prazo.
A venda de nota promissória comercial necessita obrigatoriamente de uma
instituição nanceira atuando como agente colocador, podendo ser uma
distribuidora ou corretora. Pode ser resgatada antecipadamente (o que implica
na extinção do título) caso o prazo mínimo de 30 dias seja cumprido, e o titular
(investidor) da NP concorde.
Outra diferença da NP para a Debênture é que a nota promissória não possui
garantia real, por isso é um instrumento para empresas com bom conceito de
crédito.

➜ O prazo máximo para emissão de NP é:


Ÿ S/A Capital aberto 360 dias;
Ÿ S/A Capital fechado 180 dias.
➜ Tributação
IR e IOF obedece tabela regressiva.

Uma vez que entendemos os instrumentos de renda xa, podemos então partir
para conhecer a renda variável. Vamos falar de ações.

debêntures

Debêntures são títulos de renda xa emitidos por empresas de sociedade


anônimas (S/A) para captação de recursos de longo prazo.
Não existe padronização das características desse título. Ou seja, a debênture
pode incluir:
Ÿ Qualquer prazo de vencimento;
Ÿ Amortização (pagamento do valor nominal) programada na forma anual,
semestral, trimestral, mensal ou esporádica, no percentual que a emissora
decidir;
Ÿ Remunerações através de correção monetária ou de juros;

62
Ÿ Remunerações através do prêmio (podendo ser vinculado à receita ou lucro
da emissora);
Ÿ Direito dos debenturistas: além das três formas de remuneração, o
debenturista pode gozar de outros direitos/atrativos, desde que estejam na
escritura, com o propósito de tornar mais atrativo o investimento neste ativo;
Ÿ Conversão da debênture em ações da companhia;
Ÿ Como regra geral, o valor total das emissões de debêntures de uma empresa
não poderá ultrapassar o seu capital social;
Ÿ Resgate Antecipado: as debêntures podem ter na escritura de emissão
cláusula de resgate antecipado, que dá ao emissor (a empresa que está
captando recursos) o direito de resgatar antecipadamente, parcial ou
totalmente as debêntures em circulação;
Ÿ Aplicação em debêntures não estão cobertas pelo FGC, mas apresenta outros
tipos de garantias, que aliás veremos a seguir com detalhes.

➜ garantia debêntures
A debênture poderá, conforme dispuser a escritura de emissão, ter garantia real,
garantia utuante, garantia sem preferência (quirografária), ou ter garantia
subordinada aos demais credores da empresa.
Ÿ Garantia real: fornecida pela emissora, pressupõe a obrigação de não alienar
ou onerar o bem registrado em garantia, tem preferência sobre outros
credores, desde que averbada no registro.
Ÿ Garantia utuante: assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da
companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo.
Ela marca lugar na la dos credores e está na preferência, apo s as garantias
reais, dos encargos trabalhistas e dos impostos. É uma garantia fraca, sua
execução privilegiada é de difícil realização, pois caso a emissora esteja em
situação nanceira delicada, di cilmente haverá um ativo não comprometido
pela companhia;
Ÿ Garantia quirografária: ou sem preferência, não oferece privilégio algum
sobre o ativo da emissora, concorrendo em igualdade de condições com os
demais credores quirografários (sem preferência), em caso de falência da
companhia;
Ÿ Garantia subordinada: na hipótese de liquidação da companhia, oferece
preferência de pagamento tão somente sobre o crédito de seus acionistas;

➜ Escritura
É o documento legal que declara as condições sob as quais a debênture foi
emitida. Especi ca direitos dos possuidores, deveres dos emitentes, todas as
63
Ÿ condições da emissão, os pagamentos dos juros, prêmio e principal, além de
conter várias cláusulas padronizadas restritivas e referentes as garantias (se a
debênture for garantida).

➜ Agente Fiduciar ́ io
A função do agente duciário é proteger o interesse dos debenturistas
exercendo uma scalização permanente e atenta, veri cando se as condições
estabelecidas na escritura da debênture estão sendo cumpridas.

Entende-se por relação duciária a con ança e a lealdade estabelecidas entre a


instituição participante (administradora, gestora, custodiante, etc.) e os cotistas.

A emissão pública de debêntures exige a nomeação de um agente duciário.


Deve ser ou uma pessoa natural capacitada ou uma instituição nanceira
autorizada pelo Banco Central para o exercício dessa função e que tenha como
objeto social a administração ou a custódia de bens de terceiros (ex.: corretora de
valores).

O agente duciário não tem a função de avalista ou garantidor da emissão.

O Agente Fiduciário poderá usar de qualquer ação para proteger direitos ou


defender interesses dos debenturistas, sendo-lhe especialmente facultado, no
caso de inadimplemento da emitente:
Ÿ Executar garantias reais, receber o produto da cobrança e aplicá-lo no
pagamento, integral ou proporcional dos debenturistas;
Ÿ Requerer falência da emitente, se não existirem garantias reais;
Ÿ Representar os debenturistas em processos de falência, concordata,
intervenção ou liquidação;
Ÿ Extrajudicial da emitente, salvo deliberação em contrário da assembleia dos
debenturistas;
Ÿ Tomar qualquer providência necessária para que os debenturistas realizem
os seus créditos;
Ÿ IR e IOF obedecem tabela regressiva.
Ÿ
➜ Debêntures incentivadas

No nal de 2010, o Governo brasileiro editou uma série de medidas com o


objetivo de estimular a construção de um mercado privado de nanciamento de
longo prazo.

64
O objetivo dessas mudanças foi prover recursos para a área de infraestrutura do
nosso país, portanto toda Debênture se capta recursos para as áreas lista abaixo
são consideradas, desde autorizada pelo ministério competente, debêntures
incentivadas.

Ÿ logística e transporte
Ÿ mobilidade urbana
Ÿ energia
Ÿ telecomunicações
Ÿ radiodifusão
Ÿ saneamento básico e
Ÿ irrigação.

Características das Debêntures incentivadas:


Ÿ Isenção de IR para PF;
Ÿ IR para PJ de 15%;
Ÿ Vencimento mínimo de 48 meses
Ÿ Prazo mínimo para resgate de 24 meses;

ações

Ação representa a menor “fração” do capital social de uma empresa, ou seja, a


unidade do capital nas sociedades anônimas. Quem adquire essas “frações” é
chamado de acionista, e vai ter uma certa participação na empresa,
correspondente a quantas dessas “frações” ele detiver.

➜ Tipos de ações
Ÿ Ordinárias (ON): Garante aos acionistas o direito a voto nas assembleias;
Ÿ Preferenciais (PN):
Ÿ Têm preferência no recebimento de dividendos em relação as ordinárias;
Ÿ Não têm direito a voto;
Ÿ Recebem 10% a mais de dividendos em relação a ordinárias;
Ÿ Caso a companhia que 3 anos sem distribuir dividendos passa a ter direito a
voto.

65
Underwriting - Subscrição

Underwriting é o processo de subscrição feito pelas companhias que vão colocar ações no
mercado. Para a emissão de ações no mercado é necessária a contratação de um banco de
investimento ou DTVM ou até mesmo uma CTVM, que será chamado de agente underwriter
e vai estruturar a operação para levar ao mercado e, se for o caso, oferecer garantias a
empresa emissora.

Para ofertar as ações no mercado o primeiro passo é a elaboração do bookbuilding, isto é, do


livro de ofertas que trará, como o nome sugere, o valor médio que o mercado estará
disposto a pagar pela ação da companhia.

Uma vez de nido o bookbuilding, a empresa emissora e o agente underwriter de nem se


haverá garantia no lançamento das ações, podendo ser uma entre as três disponíveis:
Ÿ Garantia rme: prevê que caso a oferta de ações não seja consumida integralmente pelo
mercado a IF se comprometa a comprar todas as ações que não foram vendidas, para
vender posteriormente no mercado secundário;
Ÿ Garantia Stand-by: caso não sejam vendidas todas as ações da companhia, será, em um
segundo momento feita uma nova oferta para o mercado e, caso não seja vendida
integralmente, poderá ser comprada pelo agente underwriter;
Ÿ Garantia de melhor esforço: prevê que a IF vai ofertar ao mercado, mas caso essa não seja
integralmente absorvida pelo mercado as ações voltaram à empresa emissora.

Distribuiçao
̃ de Lote Suplementar

O ofertante poderá outorgar à instituição intermediária uma opção de distribuição de lote


suplementar, que preveja a possibilidade de, caso a procura dos valores mobiliários objeto
de oferta pública de distribuição assim justi que, ser aumentada a quantidade de valores a
distribuir junto ao público. Isso deve ocorrer nas mesmas condição e preço dos valores
mobiliários inicialmente ofertados, até um montante pré-determinado, que constará
obrigatoriamente do Prospecto e que não poderá ultrapassar a 15% da quantidade
inicialmente ofertada.

Uma vez de nido o processo de subscrição, vamos ao IPO (Initial Public Offering), isso é,
oferta pública de ações.

fique ligado!

O processo de subscrição deve ser feito para emissão de todos os


títulos de valores mobiliários (Ações, Debêntures, CRI, CRA)

66
IPO - Initial Public Offering

A oferta pública de ações é feita após a construção do bookbuilding e é nesse


momento que os investidores podem comprar ações da companhia no mercado
primário.

Ÿ Período de reserva: é o período que o investidor tem para solicitar uma


reserva de ações junto a sua corretora;
Ÿ Ordem a mercado: é quando o investidor, ao fazer sua reserva não estabelece
valor para compra das ações e está disposto a pagar o preço que for negociado
no mercado;
Ÿ Ordem limitada: nesse caso o investidor limita sua compra a um determinado
valor cando de fora da operação caso o valor da ação seja superior ao limite
estabelecido pelo investidor.

Termos utilizados no mercado

Ÿ Day trade: Combinação de operação de compra e venda realizadas por um


investidor com o mesmo título em um mesmo dia;
Ÿ Circuit breaker: Sempre que acionado, interrompe o pregão. Na Bovespa é
acionado sempre que o Índice Ibovespa atinge uma queda de 10% (30 minutos
de paralisação) e persistindo a queda, 15% (1 hora de paralisação);
Ÿ Home broker: É um moderno canal de relacionamento entre os investidores e
as sociedades corretoras, que torna ainda mais ágil e simples as negociações
no mercado acionário, permitindo o envio de ordens de compra e venda de
ações pela Internet, possibilitando o acesso às cotações, o acompanhamento
de carteiras de ações, entre vários outros recursos;
Ÿ Liquidez: Maior ou menor facilidade de se negociar um título, convertendo-o
em dinheiro;
Ÿ Lote-padrão: Lote de títulos de características idênticas e em quantidade pré-
xada pelas bolsas de valores.

Direitos e proventos de uma ação

Ÿ Ganho de capital: Quando o investidor vende as ações por um preço superior


ao da compra;
Ÿ Dividendos: Distribuição de parte do lucro aos seus acionistas. Por lei as
empresas devem dividir no mínimo 25% do seu lucro líquido. É importante
ressaltar que sempre que uma empresa paga dividendos aos acionistas o
67
Ÿ valor pago é descontado do valor das ações;
Ÿ Juros sobre o Capital Próprio: São proventos pagos em dinheiro como os
dividendos, sendo, porém dedutíveis do lucro tributável da empresa;
Ÿ Ganho de capital: Quando o investidor vende as ações por um preço superior
ao da compra;
Ÿ Boni cações: Correspondem à distribuição de novas ações para os atuais
acionistas, em função do aumento do capital. Excepcionalmente pode ocorrer
a distribuição de boni cação em dinheiro;
Ÿ Subscrição: Direito aos acionistas de aquisição de ações por aumento de
capital, com preço e prazos determinados. Garante a possibilidade do acionista
manter a mesma participação no capital total;
Ÿ Grupamento (Inplit): Reduzir a quantidade de ações aumentando o valor de
cada ação (Objetivo: Menor risco);
Ÿ Desdobramento (Split): Aumenta a quantidade de ações reduzindo o valor da
ação (Objetivo: Maior liquidez).

Como tudo na vida tem bônus e ônus, aqui não é diferente. Falamos sobre os
direitos agora vamos falar sobre as despesas que o investidor tem ao investir
nesse mercado.

Tag Along

Quando há mudança de controle de companhia aberta, os demais acionistas


detentores de ações com direito a voto devem receber uma oferta pública de
compra de suas ações pelo mesmo valor pago pelas ações do controlador e os
acionistas preferenciais. Quando for o caso, deverão receber uma oferta de, no
mínimo, 80% do valor pago por ação com direito a voto, integrante do bloco de
controle.

Despesas incorrentes na negociação

Ÿ Corretagem: Custo pago para corretoras pelas operações executadas;


Ÿ Custódia: Uma espécie de tarifa de manutenção de conta, cobrada por
algumas corretoras;
Ÿ Emolumentos: Os emolumentos são cobrados pelas Bolsas por pregão em
que tenham ocorrido negócios por ordem do investidor. A taxa cobrada pela
Bolsa é de 0,035% do valor nanceiro da operação;
Ÿ Imposto de renda: O Imposto de renda no mercado de ações tem como regra
alíquota única de de 15%, no entanto, devido a riqueza de detalhes que
68
Ÿ envolve a tributação nesse tipo de operação, vamos dedicar um tópico para
tratar sobre esse assunto.

Riscos incorrentes na negociação

O mercado de ações, assim como outros investimentos, apresenta riscos e esses


riscos são:
Ÿ Risco de mercado: as ações têm como características apresentar grandes
oscilações no preço do ativo deixando o investidor sujeito a risco de mercado.
Ÿ Risco de liquidez: caso o investidor encontre di culdades em vender seu ativo
por preço justo estará sujeito ao risco de liquidez;
Ÿ Risco de crédito: as ações não apresentam risco de crédito em hipótese
alguma.

Tributação

A tributação no mercado de ações, como citei acima, possui alíquota única de


15%, mas há alguns detalhes que cabe destacar.

Operação tipo normal:


Ÿ Recolhimento de IR sempre feito pelo próprio investidor via DARF. O imposto
é apurado dentro do mês em que houve a negociação e deve ser recolhido até
o último dia útil do més subsequente;
Ÿ A corretora que intermediou a operação recolhe um percentual na fonte de
0,005% a título de antecipação de IR. Esse percentual é conhecido no mercado
como "dedo duro", pois tem a função de informar a Receita Federal sobre a
movimentação do contribuinte.

Isenção Fiscal
Ÿ Investidor PF que aliena, isto é, vende dentro de um mesmo mês até o valor de
R$ 20.000,00 estará sempre isento de IR;
Ÿ Toda operação no mercado de ações está livre de IOF.

Operação tipo Day trade


Ÿ Nesse tipo de operação a alíquota é de 20%;
Ÿ Recolhimento de IR é sempre feito pelo próprio investidor via DARF. O
imposto é apurado dentro do mês em que houve a negociação e deve ser
recolhido até o último dia útil do mês subsequente;
69
Compensaçao
̃ de Perdas

Já que o IR é cobrado sobre o ganho nominal, imagine uma situação em que o


investidor, ao invés de ganhar dinheiro com seu investimento, registre uma
perda. Nesse caso, o investidor pode compensar perdas em investimento futuro.

Prejuízo auferidos no mercado de ações podem ser compensados em operações


futuras. No entanto essa compensação só pode ser feita em operações de
mesma natureza. Ex. Day trade com day trade e operação normal com operação
normal.
Governança Corporativa

Governança corporativa é o conjunto de práticas que tem por nalidade alinhar


os objetivos da administração da companhia aos interesses dos acionistas.

Para tanto, estabelece um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e


monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre investidores
(acionistas/cotistas), Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria
Independente e Conselho Fiscal. A análise das práticas de governança
corporativa aplicada ao mercado de capitais envolve, principalmente:
transparência, equidade de tratamento dos acionistas, prestação de contas e
responsabilidade corporativa. Boas práticas de governança corporativa logram
aumentar o valor de uma companhia, facilitar seu acesso ao capital e contribuir
para sua perenidade.

Governança corporativa é o conjunto de mecanismos de incentivo e controle


que visam assegurar que sejam tomadas decisões alinhadas com os objetivos de
longo prazo das organizações. Entre os mecanismos de governança, destacam-
se a existência de:
Ÿ Conselho de administração ativo e que atue com independência;
Ÿ Maioria obrigatória de conselheiros independentes, todos com excelente
reputação no mercado, experiência e rme compromisso de dedicação ao
Conselho;
Ÿ Comitê de Auditor ia composto exclusivamente por membros
independentes.

➜ Segmentos de Governança Corporativa


- Niv́ el 1: Principais Exigências
Ÿ Realização de reuniões públicas com analistas e investidores, ao menos uma
70
vez por ano;
Ÿ Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações, representando
25% do capital social da companhia.

-Niv́ el 2: Principais Exigências


Ÿ Realização de reuniões públicas com analistas e investidores, ao menos uma
vez por ano;
Ÿ Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações, representando
25% do capital social da companhia.;
Ÿ Divulgação de demonstrações nanceiras de acordo com padrões
internacionais IFRS ou US GAAP;
Ÿ 100% tag along; (Tanto para ON quanto PN);
Ÿ Conselho de Administração com mínimo de 5 (cinco) membros e mandato
uni cado de até 2 (dois) anos, permitida a reeleição. No mínimo, 20% dos
membros deverão ser conselheiros independentes.

- Novo Mercado: Principais Exigências


Ÿ Realização de reuniões públicas com analistas e investidores, ao menos uma
vez por ano;
Ÿ Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações, representando
25% do capital social da companhia.;
Ÿ Divulgação de demonstrações nanceiras de acordo com padrões
internacionais IFRS ou US GAAP;
Ÿ 100% tag along; (Tanto para ON quanto PN);
Ÿ Conselho de Administração com mínimo de 5 (cinco) membros e mandato
uni cado de até 2 (dois) anos, permitida a reeleição. No mínimo, 20% dos
membros deverão ser conselheiros independentes;
Ÿ Transparência maior na gestão e na publicação;
Ÿ 100% das ações devem ser ordinárias.

Análise Técnica

A Análise Técnica, ou grá ca, estabelece projeções para os preços das ações
baseadas na observação do comportamento passado: sua demanda e oferta, a
evolução passada dos volumes negociados e os preços das ações.

Em resumo, a análise técnica estuda as movimentações nos preços passados e, a


partir daí, explica a sua evolução futura.

71
Análise fundamentalista

A rma que há um valor para cada ação baseado no desempenho econômico-


nanceiro da empresa, comparando empresas do mesmo setor, setores
diferentes e análises conjunturais, considerando variáveis internas e externas à
empresa e suas in uências sobre o valor da ação.

Portanto, a análise fundamentalista utiliza-se de informações quanto à empresa,


ao setor a que ela pertence, ao mercado de ações e à conjuntura econômica.

Determinação do preço de um ação

O preço de uma ação é determinada por, entre outras coisas, pela lei de oferta e
demanda, isto é, se muitos investidores quiserem comprar o preço da ação tende
a subir e o contrário é verdadeiro, se muitos investidores estiverem vendendo o
preço tende a cair.

Mas como de nir o preço da ação não somente pela lei de oferta e demanda?
Como descobrir o valor intrínseco de uma ação? a análise fundamentalista
apresenta alguns fundamentos que nos ajudam medir o potencial de retorno da
ação, entre eles:
Ÿ LPA (Lucro por ação);
Ÿ P/L (índice de preço líquido);
Ÿ EBITDA (Lucro antes dos impostos e depreciações).

➜ O LPA representa a parcela do lucro líquido pertencente a cada ação, sendo


que sua distribuição aos acionistas é de nida pela política de dividendos
adotada pela companhia.
LPA = Lucro Líquido / Número de Ações Emitidas.

➜ O P/L é calculado da seguinte forma: Índice P/L = preço por ação dividido por
lucro por ação.
É uma indicação do número de anos que se levaria para se reaver o capital
aplicado na compra de uma ação, por meio da distribuição de dividendos.

Exemplo um P/L = 10 indica que em 10 anos o investidor tende a ter o retorno de


100% do capital investido na empresa.

72
➜ EBTIDA
Para se chegar ao Ebitda de uma empresa é preciso utilizar a seguinte conta:
lucro bruto (gerado pelos ativos operacionais) menos as despesas operacionais,
excluindo-se destas a depreciação e as amortizações do período e os juros.
Dessa forma, é possível avaliar o lucro referente apenas ao negócio,
descontando qualquer ganho nanceiro (derivativos, aluguéis ou outras rendas
que a empresa possa ter gerado no período.

São também retirados para a apuração do Ebitda os juros dos empréstimos que
muitas vezes as empresas contratam para alavancar as suas operações, sendo
assim, é importante ter em conta que o Ebitda pode dar uma falsa perspectiva
sobre a efetiva liquidez da empresa.

Recibos de depósitos ADR's e BDR's

São títulos negociados em um país que têm como lastro ações de uma empresa
que está instalada fora desse país.
Do ponto de vista do Brasil, DRs são recibos de depósitos lançados por empresas
brasileiras que desejam (e podem) colocar ações no mercado internacional.
Esses recibos têm como lastro as ações dessas mesmas empresas.

➜ ADR's - American depositary recipty: São títulos de empresas com sede fora
dos EUA e com títulos negociados na bolsa de valores daquele país.
➜ BDR's - Brazilian depositary recipty: São títulos de empresas com sede fora do
Brasil com títulos negociados aqui na BM&FBovespa.

Clubes de investimentos em ações

O Clube de Investimento é um condomínio constituído por no mínimo 3 e no


máximo 50 pessoas físicas, para aplicação de recursos em títulos e valores
mobiliários, sendo administrado por corretoras, distribuidoras e bancos de
investimento. Quando se tratar de empregados de uma mesma empresa, o
número de condôminos pode ser maior.

A carteira é composta por 67%, no mínimo, em ações, sendo o restante em renda


xa e derivativo. O máximo que um único investidor pode ter de um clube de
investimento é de 40% sobre o patrimônio do clube.

73
Introdução ao Mercado de Derivativos

Os instrumentos de investimentos estudados até aqui são chamados de ativos


nanceiros. A partir de agora vamos estudar instrumentos de investimentos que
derivam de um ativo, por isso o nome "Derivativo". Esses instrumentos
possibilitam que o investidor tenha acesso a um ativo, via de regra, com outro
ativo ou até mesmo por uma fração do preço do ativo objeto.
O objetivo de um derivativo é a transferência de risco. Quando um investidor
procura se proteger de algum risco especi co, ele contrata um derivativo que o
manterá posicionado com a proteção.

Ficou complicado? Calma, vou explicar melhor cada um desses instrumentos!


Antes, deixe-me explicar quais são os tipos de derivativos, e seus agentes.

Tipos de derivativos:
Ÿ Derivativos agropecuários: têm como ativo objeto commodities agrícolas,
como café, boi, milho, soja e outros;
Ÿ Derivativos nanceiros: têm seu valor de mercado referenciado em alguma
taxa ou índice nanceiro, como taxa de juro, taxa de in ação, taxa de câmbio,
índice de ações e outros;
Ÿ Derivativos de energia e climáticos: têm como objeto de negociação energia
elétrica, gás natural, créditos de carbono e outros.

Tipos de transações no mercado de Derivativos


Ÿ Mercado de Swap;
Ÿ Mercado a Termo;
Ÿ Mercado de Opções;
Ÿ Mercado Futuro;

Participantes
Ÿ Hedger: opera nesse mercado buscando proteção contra oscilações de
preços dos ativos;
Ÿ Especulador: assume o risco da operação com o objetivo de auferir ganhos
com a oscilação dos preços;
Ÿ Arbitrador: obtém vantagens nanceiras em função de distorções nos preços
do ativo nos diferentes mercados.

Agora vamos entender como cada um dos mercados se comporta.

74
Mercado de SWAP

Consiste em operações que envolvem a troca de indexadores. O Hedger (que


busca a proteção) possui um ativo nanceiro e gostaria de proteger esse ativo de
eventuais mudanças no preço que iriam contra seu objetivo.

Essa troca de indexadores pode ser feita por indexadores de taxa juros, moedas,
ou índice de preços.
Exemplo: Imagine que seu cliente tenha um CDB-Pré emitido pelo seu banco,
mas esse cliente, por manter relações comerciais em Dólar, precisa se proteger
da variação cambial. Como alternativa, esse cliente contrata um SWAP trocando
assim a remuneração pré- xada pela variação do Dólar.
Perceba nesse exemplo que o seu cliente possui um ativo (CDB-Pré) com
rentabilidade pré- xada, mas passa a receber como rentabilidade a variação
cambial.
Ÿ Os contratos de Swap são registrados na CETIP;
Ÿ Os contratos de Swap são liquidados em D +1;
Ÿ A melhor data para renovar um contrato de Swap, para que o investidor não
que nenhum dia desprotegido, é um dia antes do seu vencimento (D–1).

Mercado de opções

Mercado em que são negociados direitos de compra ou venda de um lote de


ações, com preços e prazos de exercício preestabelecidos, em outras palavras, é
quando um investidor compra ou vende uma ação por preço previamente
acordado.

O Mercado de opções possui alguns termos que vamos conhecer antes mesmo
de conhecer a operação propriamente dita:
Ÿ Ativo objeto: ativo que dá origem à negociação de opção;
Ÿ Call: uma opção de compra;
Ÿ Put: uma opção de venda;
Ÿ Call In-The-Money: preço do ativo objeto é superior ao preço de exercício da
opção;
Ÿ Call Out-of-The-Money: preço do ativo objeto é inferior ao preço de exercício
da opção;
Ÿ Put In-The-Money: preço do ativo objeto é inferior ao preço de exercício da
opção;
75
Ÿ Put Out-of-The-Money: preço do ativo adjacente é superior ao preço de
exercício da opção;
Ÿ Call ou Put At-The-Money (ATM): preço do ativo objeto é igual ao preço de
exercício da opção;
Ÿ Lançador: aquele que vende uma opção, assumindo a obrigação de, se o
titular exercer, vender ou comprar o lote de ações objeto a que se refere;
Ÿ Titular de opção: aquele que tem o direito de exercer ou negociar uma opção;
Ÿ Prêmio: preço de negociação, por ação objeto, de uma opção de compra ou
venda pago pelo comprador de uma opção;
Ÿ Exercício de opções: operação pela qual o titular de uma operação exerce seu
direito de comprar o lote de ações objeto, ao preço de exercício;
Ÿ Opção americana: opção que pode ser liquidada durante a vigência do
contrato, a qualquer momento;
Ÿ Opção Europeia: opção que pode ser liquidada apenas na data de
vencimento do contrato de opções.

Agora que vimos todos os termos desse mercado, vamos "montar" uma
operação com opções para facilitar seu aprendizado.

Imagine que seu cliente tenha em sua carteira ações do Banco do Brasil que
foram compradas por R$ 20,00 e gostaria de "travar" o preço de sua ação a R$
21,00, para que ele não perca em caso de desvalorização do papel. O que esse
cliente precisa fazer? Comprar uma call? Uma put? Pagar ou receber o prêmio?

Esse cliente quer ter a opção de vender sua ação do BB a R$ 21,00 daqui a 3
meses. Se ele quer vender, então ele deve comprar uma put (opção de venda)
que lhe conferirá o direito de vender essa ação a R$ 21,00.

Por essa opção ele pagará um prêmio, que é considerado a perda máxima nesse
mercado.

No vencimento dessa opção ele vai exercer seu direito ou não?


Se no dia do vencimento a ação do Banco do Brasil estiver cotada a um valor
inferior ao valor de exercício, esse investidor vai exercer essa opção, pois vai
vender por R$ 21,00 algo que vale menos. Nesse caso, essa seria uma opção in
the money e o cliente estaria exercendo com lucro.

Se no dia do vencimento a ação do Banco do Brasil estiver cotada a um valor


superior ao valor de exercício, esse investidor vai não exercer essa opção, pois

76
não vai vender por R$ 21,00 algo que vale mais. Nesse caso, essa seria uma opção
out the money e o cliente cou com prejuízo no valor do prêmio.

Lembre que o cliente que compra uma opção está comprando um direito e esse
direito pode ou não ser exercido e quem decide se o fará é sempre o titular da
opção, isto é, aquele que pagou o prêmio por isso.

A seguir, você pode conferir um quadro que simpli ca o papel de cada tipo de
opção.
opções Titular Lançador

Ÿ Compra a opção; Ÿ Vende uma opção;


Ÿ Paga o prêmio; Ÿ Recebe o prêmio;
Ÿ Possui o DIREITO de comprar uma Ÿ Possui OBRIGAÇÃO de vender uma
call determinada opção por um preço determinada quantidade de ações
previamente acordado; a um preço previamente
Ÿ Esse investidor tem expectativa acordado;
de alta do ativo objeto. Ÿ Esse investidor tem expectativa
de alta do ativo.
Ÿ Vende uma opção;
Ÿ Compra a opção;
Ÿ Recebe o prêmio;
Ÿ Paga o prêmio;
Ÿ Possui OBRIGAÇÃO de comprar
Ÿ Possui o DIREITO de vender uma
uma determinada quantidade de
put determinada opção por um preço
ações a um preço previamente
previamente acordado;
acordado;
Ÿ Esse investidor tem expectativa
Ÿ Esse investidor tem expectativa
de queda do ativo objeto.
de alta do ativo.

Mercado a termo

Negócio com ativos, títulos e valores mobiliários que se liquida a um tempo


certo de vista, normalmente 30, 60 ou 90 dias depois. Prazo de um contrato a
termo deve ser de 16 a 999 dias.

Compreende as operações de compra e venda realizadas em pregão, relativas a


contratos autorizados pela BM&FBovespa, para liquidação no nal do prazo
estabelecido nos contratos ou, antecipadamente, por solicitação do cliente
comprador.

Principais Características:
Ÿ Do vendedor: compromisso de entregar o bem negociado;
Ÿ Do comprador: pagamento do preço previamente ajustado;
Ÿ Não há ajuste diário;
Ÿ Tem negociação secundária;
Ÿ Contratos NÃO PADRONIZADOS;
Ÿ Direitos e Proventos:

77
- Os direitos e proventos distribuídos às ações objeto do contrato a termo
pertencem ao comprador e serão recebidos, juntamente com as ações objeto,
na data de liquidação ou segundo normas especí cas da Câmara de ações.
- No caso de boni cações em ações, grupamentos ou desdobramentos, a
quantidade de ações contratadas será ajustada proporcionalmente, mantendo-
se inalterado o compromisso nanceiro original.
- A liquidação de uma operação a termo, no vencimento do contrato ou
antecipadamente, se assim o comprador o desejar, implica a entrega dos títulos
pelo vendedor e o pagamento do preço estipulado no contrato pelo comprador.

Mercado Futuro

No mercado futuro são negociados um preço de um ativo ou commodities a ser


negociado em uma data futura, o que garante ao hedger uma proteção contra
variação de preço de seu ativo e ao especulador a possibilidade de ganhar
dinheiro com a variação de preço desse mesmo ativo.
Ÿ A liquidação dos contratos pode ser física ou nanceira.
Ÿ Os contratos são PADRONIZADOS (quantidade, peso, vencimento, local de
entrega). Por isso, são menos exíveis que os contratos no mercado a termo;
Ÿ Ajustes diários: agregam maior garantia às operações;
Ÿ Exige uma “Margem de Garantia”;
Ÿ Negociação em Bolsa de Valores;
Ÿ Possibilidade de liquidação antes do prazo de vencimento;
Ÿ Risco da contraparte é da B3.

Para entrar uma uma operação no mercado futuro, os investidores precisam


recolher junto a B3 uma margem de garantia, que via de regra é um percentual
do valor total do contrato.

Essa margem de garantia pode ser paga em dinheiro ou em ativos nanceiros,


por exemplo Títulos Públicos Federais, Ações, CDBs. É cobrada com o objetivo de
eliminar o risco de contraparte dos investidores devido ao ajuste diário dessa
operação.

78
Módulo 5
fundos de
investimento
11 a 15 questões na prova
Introdução a fundos de investimentos

Fundo de investimento é uma comunhão de recursos sob a forma de


condomínio em que os cotistas têm o mesmo interesse e objetivos ao investir no
mercado nanceiro e de capitais.

A base legal dos fundos de investimento é o condomínio, é dessa base que


emerge o seu sucesso, pois, o capital investido por cada um dos investidores
cotistas é somado aos recursos de outros cotistas para, em conjunto e
coletivamente, ser investido no mercado, com todos os benefícios dos ganhos
de escala, da diversi cação de risco e da liquidez das aplicações.

Registro dos Fundos

O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos e


informações:
Ÿ Regulamento do fundo;
Ÿ Dados relativos ao registro do regulamento em cartório de títulos e
documentos;
Ÿ Formulário de informações complementares, exceto para fundos destinados
a investidores quali cados;
Ÿ Declaração do administrador do fundo de que rmou os contratos com
terceiros para prestação de serviços junto ao fundo, quando for o caso;
Ÿ Nome do auditor independente;
Ÿ Inscrição do fundo no CNPJ;
Ÿ Formulário padronizado com as informações básicas do fundo, conforme
modelo disponível na página da CVM na rede mundial de computadores,
devidamente preenchido; e
Ÿ Lâmina elaborada de acordo com a legislação, no caso de fundo aberto que
não seja destinado exclusivamente a investidores quali cados. (incluído pela
CVM nº 522, de 8 de maio de 2012).

Cota

As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio e sempre


são escriturais e nominativas. A cota, portanto, é a menor fração do Patrimônio
Líquido do fundo.
80
Valor da cota = Patrimônio Líquido/Quantidade de Cotas

➜ Propriedade dos Ativos de Fundos de Investimentos


A propriedade dos ativos de um fundo de investimento é do fundo, a cada
investidor cabe a fração ideal representada pelas cotas.

Tipos de Fundos

➜ Fundos Abertos
Nesses, os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo. O
número de cotas do fundo é variável, ou seja: quando um cotista aplica, novas
cotas são geradas e o gestor compra ativos para o fundo; quando um cotista
resgata, suas cotas desaparecem, e o gestor é obrigado a vender ativos para
pagar o resgate. Por esse motivo, os fundos abertos são recomendados para
abrigar ativos com liquidez mais alta.

➜ Fundos Fechados
O cotista só pode resgatar suas cotas ao término do prazo de duração do fundo
ou em virtude de sua eventual liquidação. Ainda há a possibilidade de resgate
das cotas caso haja deliberação neste sentido por parte da assembleia geral dos
cotistas ou haja essa previsão no regulamento do fundo.

➜ Fundos Restritos
Os fundos classi cados como “Restritos” são aqueles constituídos para receber
investimentos de um grupo restrito de cotistas, normalmente os membros de
uma única família, ou empresas de um mesmo grupo econômico.

➜ Fundos Exclusivos
Fundos classi cados como “Exclusivos” são aqueles constituídos para receber
aplicações exclusivamente de um único cotista. Somente investidores
pro ssionais podem ser cotistas de fundos exclusivos.

➜ Fundos com Carência


O regulamento do fundo pode estabelecer prazo de carência para resgate, com
ou sem rendimento. Esses fundos têm resgate após o término da carência.

➜ Fundos sem Carência


Resgates a qualquer momento, isto é, liquidez diária.

81
➜ Fundo de crédito privado
O fundo de investimento que realizar aplicações em quaisquer ativos ou
modalidades operacionais de responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas
de direito privado ou de emissores públicos outros que não a União Federal que,
em seu conjunto, exceda o percentual de 50% (cinquenta por cento) de seu
patrimônio líquido, deverá observar as seguintes regras, cumulativamente
àquelas previstas para sua classe:

Ÿ Na denominação do fundo deverá constar a expressão “Crédito Privado”;


Ÿ O regulamento, o formulário de informações complementares e o material de
venda do fundo deverão conter, com destaque, alerta de que o fundo está
sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido em caso de
eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de sua
carteira, inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de
administração temporária, falência, recuperação judicial ou extrajudicial dos
emissores responsáveis pelos ativos do fundo.

FI x FIC

Agora que você está craque com o assunto de fundos de investimentos, vamos
entender o que são FI (Fundo de Investimentos) e FIC (Fundo de Investimento
em Cotas).

Ÿ FI = Fundo de Investimento que investe em ativos negociados no mercado


nanceiro de acordo com sua classi cação e política.
Ÿ FIC = Fundo de Investimento que investe no mínimo 95% de seu PL em cotas
de FI que, por sua vez, investem em ativos no mercado nanceiro de acordo
com sua classi cação e política.

Segregaçao
̃ de Funçoe
̃ s e Responsabilidades

Ÿ ADMINISTRADOR: Responsável legal pelo funcionamento do fundo.


Controla todos os prestadores de serviço e defende os interesses dos cotistas.
Responsável pela comunicação com o cotista;
Ÿ CUSTODIANTE: Responsável pela “guarda” dos ativos do fundo. Responde
pelos dados e envio de informações dos fundos para os gestores e
administradores;
Ÿ DISTRIBUIDOR: Responsável pela venda das cotas do fundo. Pode ser o
próprio administrador ou terceiros contratados por ele;
82
Ÿ GESTOR: Responsável pela compra e venda dos ativos do fundo (gestão)
segundo política de investimento estabelecida em regulamento. Quando há
aplicação no fundo, cabe ao gestor comprar ativos para a carteira. Quando
houver resgate o gestor terá que vender ativos da carteira;
Ÿ AUDITOR INDEPENDENTE: Todo fundo deve contratar um auditor
independente que audite as contas pelo menos uma vez por ano.

Documentos dos Fundos

Ÿ Regulamento: documento que estabelece as regras de funcionamento e


operacionalização de um fundo de investimento, segundo legislação vigente;
Ÿ - o regulamento deve dispor sobre a taxa de administração, que
remunerará todos os serviços do fundo, podendo haver remuneração baseada
no resultado do fundo (taxa de performance), bem como taxa de ingresso e
saída;
Ÿ Formulário de informações complementares: documento que contém as
informações relevantes para o investidor relativas à política de investimento
do fundo e aos riscos envolvidos;
Ÿ Lâmina de informações essenciais: a lâmina do fundo reúne, de maneira
concisa, em uma única página, as principais características operacionais da
aplicação, além dos principais indicadores de desempenho da carteira. No
documento você encontra o resumo dos objetivos e da política de
investimento, os horários de aplicação e resgate, os valores de mínimos de
movimentação e as taxas de administração e performance;
Ÿ Termo de Adesão: ao investir, todo cotista assina um termo con rmando que:
Ÿ - Recebeu o regulamento e o Formulário de informações complementares
do fundo;
Ÿ - Tomou ciência dos riscos envolvidos e da política de investimento.
Ÿ O investidor deve receber os documentos acima sempre ANTES da primeira
aplicação no fundo.
Ÿ A elaboração de formulário de informações complementares é facultativa
para os fundos exclusivos, por decisão do cotista.
Ÿ O administrador deve entregar ao cotista versão vigente do regulamento e
atualizada da lâmina;
Ÿ O administrador deve disponibilizar ao cotista versa o atualizada do
formulário de informações complementares do fundo.

83
Ÿ
Dinâmicas de aplicação e resgate

➜ Cota de Abertura
Chamamos de cota de abertura aquela que já é conhecida no início do dia. O seu
cálculo é feito com base no valor do PL do fundo no dia anterior, acrescido de um
CDI. A cota de abertura é permitida apenas para os Fundos Curto Prazo,
Referenciados e Renda Fixa Não Longo Prazo (segundo a classi cação CVM), e é
indicada apenas para fundos pouco voláteis, como os Fundos DI.

A cota de abertura apresenta a vantagem de permitir que o investidor planeje de


forma melhor as suas movimentações, pois já se sabe o valor da cota no início do
dia.

➜ Cota de Fechamento
A cota de fechamento é calculada com base no valor do PL do próprio dia. A cota
de fechamento tem a vantagem de re etir mais elmente o PL do Fundo,
evitando distorções na aplicação/resgate do fundo. A desvantagem está em que
o investidor somente vai saber o resultado de sua aplicação/resgate no dia
seguinte.

Assembleia Geral de Cotistas (Competências e Deliberaçoe


̃ s)

É a reunião dos cotistas para deliberarem sobre certos assuntos referentes ao


fundo. Compete privativamente à Assembleia Geral de cotistas deliberar sobre:

Ÿ As demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;


Ÿ A substituição do administrador, do gestor ou do custodiante do Fundo;
Ÿ A fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do Fundo;
Ÿ O aumento da taxa de administração (a redução de taxa de administração
não necessita de assembleia);
Ÿ A alteração da política de investimento do Fundo;
Ÿ A emissão de novas cotas, no Fundo fechado;
Ÿ A amortização de cotas, caso não esteja prevista no regulamento; e
Ÿ A alteração do regulamento.

➜ Convocaçao
̃
A convocação da Assembleia Geral deve ser feita por correspondência

84
relação à data de realização.
A presença da totalidade dos cotistas supre a falta de convocação.
Podem convocar a Assembleia Geral administrador do fundo, cotista ou grupo
de cotista que detenham no mínimo 5% das cotas emitidas do fundo.

Ÿ A Assembleia Geral é instalada com a presença de qualquer número de


cotistas;
Ÿ Assembleia Geral Ordinária (AGO) e Assembleia Geral Extraordinária (AGE);
Ÿ AGO é convocada anualmente para deliberar sobre as demonstrações
contábeis do Fundo. Deve ocorrer em até 120 dias após o término do exercício
social. Essa Assembleia Geral somente pode ser realizada no mínimo 30 dias
após estarem disponíveis aos cotistas as demonstrações contábeis auditadas
relativas ao exercício encerrado;
Ÿ Quaisquer outras Assembleias são chamadas de AGE.

Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos componentes da carteira do


fundo, inclusive em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com a
liquidez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento tributário
do fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo desses últimos, o
administrador poderá declarar o fechamento do fundo para a realização de
resgates, sendo obrigatória a convocação de Assembleia Geral Extraordinária,
no prazo máximo de 1 dia, para deliberar, no prazo de 15 dias, a contar da data do
fechamento para resgate, sobre as seguintes possibilidades:

Ÿ Substituição do administrador, do gestor ou de ambos;


Ÿ Reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para resgate;
Ÿ Possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários;
Ÿ Cisão do fundo;
Ÿ Liquidação do fundo.

➜ Direitos e Obrigaçoe
̃ s dos Condôminos
O cotista deve ser informado:
Ÿ do objetivo do fundo;
Ÿ da política de investimento do fundo e dos riscos associados a ela.
Ÿ das taxas de administração e de desempenho cobradas, ou critérios para sua
xação, bem como das demais taxas e despesas cobradas;
Ÿ das condições de emissão e resgate de cotas do fundo e, quando for o caso, da
referência de prazo de carência ou de atualização da cota;
Ÿ dos critérios de divulgação de informação e em qual jornal serão realizadas;
Ÿ quando for o caso, da referência a contratação de terceiros para gestão dos
85
recursos;
Ÿ de que as aplicações realizadas no fundo não contam com a proteção do
Fundo Garantidor de Crédito;
Ÿ de que a rentabilidade obtida no passado não representa garantia de
rentabilidade futura;
Ÿ para avaliação da performance do fundo de investimento, é recomendável
uma análise de período de, no mínimo, 12 meses.

➜ O cotista deve ter acesso:


Ÿ ao regulamento e ao formulário de informações complementares do fundo;
Ÿ ao valor do patrimônio líquido, ao valor da cota e à rentabilidade no mês e no
ano civil;
Ÿ à composição da carteira do fundo (o administrador deve colocá-la à
disposição dos cotistas).

➜ O cotista deve receber:


Ÿ mensalmente o extrato dos investimentos;
Ÿ anualmente um demonstrativo para Imposto de Renda com os rendimentos
obtidos no ano civil;
Ÿ o número de cotas possuídas e o seus valores.

➜ Obrigaçoe
̃ s dos cotistas
Ÿ O cotista deve ser informado e estar ciente de suas obrigações, tais como:
Ÿ O cotista poderá ser chamado a aportar recursos ao fundo nas situações em
que o PL do fundo se tornar negativo;
Ÿ O cotista pagará taxa de administração, de acordo com o percentual e critério
do fundo;
Ÿ Observar as recomendações de prazo mínimo de investimento e os riscos que
o fundo pode incorrer;
Ÿ Comparecer às assembleias gerais;
Ÿ Manter seus dados cadastrais atualizados para que o administrador possa lhe
enviar os documentos;
Ÿ Assinar o TERMO DE ADESÃO, atestando que recebeu o formulário de
informações complementares e o regulamento do fundo, estando ciente da
política de investimento, bem como todos os riscos envolvidos.

➜ Informaçoe
̃ s Relevantes (Disclaimers)
Os fundos de investimentos precisam, periodicamente, publicar informações
relevantes aos seus cotistas e ao mercado, sendo as seguintes:

86
Ÿ divulgar, diariamente, o valor do patrimônio líquido e da cota.
Ÿ mensalmente, remeter aos cotistas um extrato com as seguintes informações:
Ÿ - nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;
Ÿ - nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
Ÿ - nome do cotista;
Ÿ - saldo e valor das cotas no início e no nal do período e a movimentação
ocorrida ao longo do mesmo;
Ÿ - rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o
último dia útil do mês de referência do extrato;
Ÿ - data de emissão do extrato da conta; e
Ÿ - o telefone, o correio eletrônico e o site.
Ÿ Anualmente, colocar as demonstrações nanceiras do fundo, incluindo o
Balanço, à disposição de qualquer interessado que as solicitar.

➜ Regras Gerais sobre Divulgaçao


̃ de Informação
Ÿ As informações divulgadas pelo administrador relativas ao fundo devem ser
verdadeiras, completas, consistentes e não induzir o investidor a erro;
Ÿ Todas as informações relativas ao fundo devem ser escritas em linguagem
simples, clara, objetiva e concisa;
Ÿ A divulgação de informações sobre o fundo deve ser abrangente, equitativa e
simultânea para todos os cotistas;
Ÿ As informações fornecidas devem ser úteis à avaliação do investimento;
Ÿ As informações relativas ao fundo não podem assegurar ou sugerir a
existência de garantia de resultados futuros ou isenção de risco para o
investidor;
Ÿ Informações factuais devem ser diferenciadas de interpretações, opiniões,
projeções e estimativas. Devem vir acompanhadas da indicação de suas fontes.
Ÿ As regras se aplicam ao Formulário de informações complementares, à lâmina
e a qualquer outro material de divulgação do fundo;
Ÿ Caso as informações divulgadas apresentem incorreções ou impropriedades
que possam induzir o investidor a erros de avaliação, a CVM pode exigir:
- a cessação da divulgação da informação; e
- a veiculação, com igual destaque e por meio do veículo usado para
divulgar a informação original, de reti cações e esclarecimentos, devendo
constar, de forma expressa, que a informação está sendo republicada por
determinação da CVM.

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➜ Cessão e transferência de cotas

As cotas de um fundo de investimento não podem ser objetos de transferência


de titularidade com exceção de:

Ÿ Decisão judicial ou arbitral;


Ÿ Operações de cessão duciária;
Ÿ Execução de garantia;
Ÿ Sucessão universal;
Ÿ Dissolução de sociedade conjugal ou união estável por via judicial ou
escritura pública que disponha sobre a partilha de bens; e
Ÿ Transferência de administração ou portabilidade de planos de previdência.

Aplicação por conta e ordem

O fundo de investimento pode autorizar o distribuidor a realizar a subscrição de


cotas do fundo por conta e ordem de seus respectivos clientes.

Para a adoção do procedimento de que trata esta seção, o administrador e o


distribuidor devem estabelecer, por escrito, a obrigação deste último de criar
registro complementar de cotistas, especí co para cada fundo em que ocorra tal
modalidade de subscrição de cotas, de forma que:
o distribuidor inscreva no registro complementar de cotistas a titularidade das
cotas em nome dos investidores, atribuindo a cada cotista um código de cliente
e informando tal código ao administrador do fundo; e
o administrador, ou instituição contratada, escriture as cotas de forma especial
no registro de cotistas do fundo, adotando, na identi cação do titular, o nome do
distribuidor, acrescido do código de cliente fornecido pelo distribuidor, e que
identi ca o cotista no registro complementar.

As aplicações ou resgates realizados nos fundos de investimento por meio de


distribuidores que estejam atuando por conta e ordem de clientes devem ser
efetuadas de forma segregada, de modo que os bens e direitos integrantes do
patrimônio de cada um dos clientes, bem como seus frutos e rendimentos, não
se comuniquem com o patrimônio do distribuidor.

88
indiretamente por qualquer obrigação contraída por tais distribuidores, sendo-
lhes vedada a constituição, em proveito próprio, de ônus reais ou de direitos
reais de garantia em favor de terceiros sobre as cotas dos fundos.

Os distribuidores que estejam atuando por conta e ordem de clientes assumem


todos os ônus e responsabilidades relacionadas aos clientes, inclusive quanto a
seu cadastramento, identi cação e demais procedimentos que, na forma desta
Instrução, caberiam originalmente ao administrador, em especial no que se
refere:

Ÿ ao fornecimento aos clientes de lâminas, se houver, regulamentos, termos de


adesão e ciência de riscos, notas de investimento e extratos a serem
obrigatoriamente encaminhados pelos administradores aos distribuidores,
para tal nalidade;
Ÿ à responsabilidade de dar ciência ao cotista de que a distribuição é feita por
conta e ordem;
à obrigação de dar ciência aos clientes de quaisquer exigências formuladas pela
CVM;
Ÿ ao controle e à manutenção de registros internos referentes à
compatibilidade entre as movimentações dos recursos dos clientes, e sua
capacidade nanceira e atividades econômicas, nos termos das normas de
proteção e combate à lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e
valores;
Ÿ à regularidade e guarda da documentação cadastral dos clientes, nos estritos
termos da regulamentação em vigor, bem como pelo cumprimento de todas
as exigências legais quanto à referida documentação cadastral;
Ÿ à prestação de informação diretamente à CVM sobre os dados cadastrais dos
clientes que aplicarem nos fundos, quando esta informação for solicitada;
Ÿ à comunicação aos clientes sobre a convocação de assembleias gerais de
cotistas e sobre suas deliberações, de acordo com as instruções e informações
que, com antecedência su ciente e tempestivamente, receberem dos
administradores dos fundos de investimento.
Ÿ à manutenção de serviço de atendimento aos seus clientes, para
esclarecimento de dúvidas e pelo recebimento de reclamações;
Ÿ ao zelo para que o investidor nal tenha pleno acesso a todos os documentos
e informações previstos nesta Instrução, em igualdade de condições com os
demais cotistas do fundo de investimento objeto da aplicação;
Ÿ à manutenção de informações atualizadas que permitam a identi cação, a
qualquer tempo, de cada um dos investidores nais, bem como do registro

89
atualizado de todas as aplicações e resgates realizados em nome de cada um dos
investidores nais; e
Ÿ à obrigação de efetuar a retenção e o recolhimento dos tributos incidentes
nas aplicações ou resgates em fundos de investimento, conforme determinar a
legislação tributária.

Políticas de investimentos

➜ Fundos Passivos (fundo Indexado)


Os fundos passivos são aqueles que buscam acompanhar um determinado
benchmark e por essa razão seus gestores têm menos liberdade na seleção de
ativos.

➜ Fundos Ativos
São considerados ativos aqueles em que o gestor atua buscando obter melhor
desempenho, assumindo posições que julgue propícias para superar o seu
benchmark.

➜ Fundos Alavancados
Um fundo é considerado alavancado sempre que existir possibilidade (diferente
de zero) de perda superior ao patrimônio do fundo, desconsiderando-se casos
de default nos ativos do fundo.

Limites de concentração por emissor

Os fundos de investimentos tem como uma de suas características apresentar


diversi cação dos investimentos e pulverização de riscos, por essa razão a CVM
determina que há um limite máximo de concentração por emissor de ativos que
compõem a carteira do fundo.

Ÿ até 100% Governo Federal;


Ÿ até 20% (vinte por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor
for instituição nanceira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
Ÿ até 10% (dez por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor for
companhia
Ÿ aberta;
90
Ÿ fundo de investimento;
Ÿ até 5% (cinco por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor
for pessoa natural ou pessoa jurídica de direito privado que não seja
companhia aberta ou instituição nanceira autorizada a funcionar pelo Banco
Central do Brasil.

Limites de concentração por modalidade

Ainda na linha de limitar a concentração de ativos para diminuir os riscos a CV


limita também a concentração em ativos com os seguinte limites:

Ÿ até 20% (vinte por cento) do patrimônio líquido do fundo, para o conjunto
dos seguintes ativos:
a) cotas de fundos de investimento registrados com base nesta Instrução;
b) cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de investimento
registrados conforme instrução CVM 555;
c) cotas de fundos de investimento destinados exclusivamente a
investidores quali cados registrados conforme instrução CVM 555;
d) cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de investimento
destinados exclusivamente a investidores quali cados registrados com base
conforme instrução CVM 555;
e) cotas de Fundos de Investimento Imobiliário – FII;
f ) cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC;
g) cotas de Fundos de Investimento em Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios – FIC-FIDC;
h) cotas de fundos de índice admitidos à negociação em mercado
organizado;
i) Certi cados de Recebíveis Imobiliários – CRI
Ÿ não há limite de concentração por modalidade de ativo nanceiro para o
investimento em:
a)títulos públicos federais e operações compromissadas lastreadas nestes
títulos;
b) ouro, desde que adquirido ou alienado em negociações realizadas em
mercado organizado;
c) títulos de emissão ou coobrigação de instituição nanceira autorizada a
funcionar pelo Banco Central do Brasil;
d) valores mobiliários, desde que seja objeto de oferta pública registrada
na CVM.
e) notas promissórias, debêntures e ações, desde que tenham sido
emitidas por companhias abertas e objeto de oferta pública; e
91
f ) contratos derivativos.

Marcaçao
̃ a Mercado

Este conceito diz que o fundo deve reconhecer, todos os dias, o valor de mercado
de seus ativos. A marcaça o a mercado faz com que o valor das cotas de cada
fundo re ita, de forma atualizada, a que preço o administrador dos recursos
venderia cada ativo a cada momento (mesmo que ele o mantenha na carteira).

Os ativos que fazem parte da carteira de responsabilidade do administrador


devem ter um preço u nico.
O administrador deve divulgar no mi nimo uma versa o simpli cada da
metodologia de cálculo da marcaça o a mercado.

Segregaçao ̃ entre Gestao


̃ de Recursos Prop ́ rios
e de Terceiros (Chinese Wall) – Barreira de Informaçaõ

As instituições nanceiras devem ter suas atividades de administração de


recursos próprios e recursos de terceiros (Fundos) totalmente separadas e
independentes, de forma a prevenir potenciais con itos de interesses.

Taxa de Administraçao
̃ e outras

➜ Taxa de Administraçao
̃

Percentual pago pelos cotistas de um fundo para remunerar todos os


prestadores de serviço. É uma taxa expressa ao ano calculada e deduzida
diariamente.

A cobrança de taxa de administração afeta o valor da cota.


A rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento é sempre líquida de
taxa de administração.

➜ Taxa de Performance

Percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade do fundo supera a de um


indicador de referência. Nem todos os fundos cobram taxa de performance.
92
Cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de
administração.
Ÿ Linha d’água: Metodologia utilizada para cobrança de taxa de performance.
Periodicidade: Semestral.

➜ Taxa de Entrada ou de Said


́ a

As taxas de entrada e saída não são tão comuns, mas também podem ser
cobradas dependendo do fundo de investimento que você escolher. Elas são
cobradas na aquisição de cotas do fundo ou quando o investidor solicita o
resgate de suas cotas.

A taxa de saída normalmente é cobrada quando existe um prazo para resgate


das cotas, mas o investidor não quer (ou não pode) esperar esse tempo para
receber o dinheiro.

Classificação CVM

A instrução normativa CVM 555 prevê que os fundos devem, de acordo com o
mercado em que atuam, se enquadrar em uma categoria especí ca, sendo elas:
Ÿ Fundo de Renda Fixa;
Ÿ Fundo Cambial;
Ÿ Fundo Multimercado;
Ÿ Fundo de Ações.

➜ Fundos de Renda Fixa

Investem no mínimo 80% de seu Patrimônio Líquido em ativos de renda xa


expostos a variação da taxa de juros doméstica ou a um índice de preços, ou
ambos.

Sua carteira é composta por títulos que rendem uma taxa previamente
acordada. Estes fundos se bene ciam em um cenário de queda de juros, mas têm
risco de taxa de juros e eventualmente de crédito.

É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundo


destinado a investidor quali cado.

93
fundo, conforme tabela a seguir.

Classificação CVM Subcategoria Regra


Prazo médio ponderado
Curto Prazo dos ativos da carteira
é inferior a 60 dias.

Possui um indicador
referênciado de referência.
73
renda fixa Investe no mínimo 80%
Dívida Externa do seu PL em ativos de
renda fixa emitidos fora do país.
Investe no mínimo 95% do seu PL
Simples em Títulos Públicos Federais.

➜ Fundo Cambial

Investe no mínimo 80% de seu PL em ativos que busquem acompanhar a


variação de preços de moedas estrangeiras.

Os Fundos Cambiais Dólar são os mais conhecidos. A aplicação é feita em R$


(reais), e sua carteira é composta por papéis que buscam acompanhar a variação
da moeda norte americana.

➜ Fundos Multimercado
Os fundos classi cados como “Multimercado” devem possuir políticas de
investimento que envolvam vários fatores de risco, sem o compromisso de
concentração em nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das demais
classes previstas na instrução.
Ÿ podem usar derivativos para alavancagem;
Ÿ podem cobrar taxa de performance.

➜ Fundo de Ações
Investe no mínimo 67% do seu Patrimônio Líquido em ações negociadas no
mercado à vista de bolsa de valores.
A performance destes fundos está sujeita à variação de preço das ações que
compõem sua carteira. Por isso, são mais indicados para quem tem objetivos de
investimento de longo prazo.

Em resumo, essas são as 4 classi cações de fundo de investimento:

94
renda Multi-
Câmbial Ações
fixa mercado

Classificação Anbima

A Classi cação Anbima foi criada com objetivo de melhorar a tomada de decisão
do investidor esta classi cação agrupa fundos de investimento com as mesmas
características, identi cando-os pelas suas estratégias e fatores de risco.

Esse agrupamento facilita a comparação de performance entre os diferentes


fundos e auxilia o processo de decisão de investimento, além de contribuir para
aumentar a transparência do mercado.

A nova Classi cação conta com três níveis de detalhamento, que buscam re etir
a lógica do processo decisório na hora de investir.

Os níveis de detalhamento dos fundos são os seguintes:


Ÿ Classe de ativos;
Ÿ Níveis de Risco;
Ÿ Estratégia.

➜Classe de ativos:
Obedece a classi cação CVM 555 separando os fundos em 4 categorias: Renda
xa, Cambial, Multimercado e Ações.
➜Níveis de Risco:
Ÿ Neste nível, os fundos são classi cados conforme o tipo de gestão (passiva ou
ativa). Para a gestão ativa, a classi cação é desmembrada conforme a
sensibilidade à taxa de juros. (Ativos, indexados, investimento no exterior).

➜Estratégia:
Ÿ Neste nível os fundos são classi cados de acordo com a estratégia.
Enquadram-se aqui, por exemplo, os fundos soberanos, os fundos dinâmicos e
os setoriais, entre outros.

95
Tributação

Vamos entender a partir de agora o sistema de cobrança de IR de renda dos


fundos de investimentos. Essa cobrança é semelhante a de renda xa e renda
variável que vimos no Módulo 6, no entanto, para fundo de investimentos, há um
provisionamento de cobrança semestral, o famoso "come cotas".

O "come cotas" provisiona semestralmente uma cobrança de IR e diminui a


quantidade de cotas do investidor. A cobrança se dá SEMPRE pelo rendimento
nominal da aplicação.

Vejamos como é feita a cobrança de IR em fundos de investimentos (exceto


fundo de ações):
Ÿ Fator gerador do imposto: resgate ou semestral - come cotas;
Ÿ Semestral: último dia útil dos meses de MAIO e NOVEMBRO;
Ÿ Responsável pelo recolhimento: administrador do fundo, isto é, recolhido na
fonte;
Ÿ Alíquota semestral (come cotas): 15%;
Ÿ Alíquota no Resgate: obedece à tabela de IR para renda xa;

Para fundos de Curto Prazo há uma diferença nas alíquotas:


Ÿ Alíquota semestral (come cotas): 20%;
Ÿ Alíquota no Resgate: até 180 dias, 22,5%; acima de 181 dias, 20%.

IOF:
Ÿ Obedece a tabela regressiva.

notas importantes!

No fundo de curto prazo a menor alíquota SEMPRE será de 20%,


independente do prazo de permanência do investidor.

Fundo com carência em caso de resgate antes do prazo tem alíquota


de 0,5% ao dia de IOF, limitado a 100% do ganho nominal do investidor.

➜ Tributação em fundo de Ações


O Imposto de Renda em fundo de ações é recolhido na fonte do investidor para
alíquota única de 15% somente no resgate (não há come cotas).

Não tem cobrança de IOF.


96
➜ Compensaçao
̃ de Perdas
Já que o IR é cobrado sobre o ganho nominal, imagine uma situação em que o
investidor, ao invés de ganhar dinheiro com seu investimento, registre uma
perda. Nesse caso, o investidor pode compensar perdas em investimento futuro.

Quando o investidor aplica em vários fundos do mesmo administrador, a perda


realizada em um fundo pode ser utilizada para abater o rendimento que será
tributado em outro, desde que os fundos tenham a mesma classi cação
(exemplo: “Fundos de Longo Prazo” só podem compensar prejuízos de outro
“Fundo de Longo prazo”, do mesmo administrador; “Fundos de Curto Prazo” só
podem compensar com “Fundos de Curto Prazo” e “Fundos de Ações” só podem
compensar com “Fundos de Ações”).

O administrador dos fundos não é obrigado a oferecer essa compensação,


porém sua capacidade de oferecê-la ao cliente é uma vantagem competitiva. A
perda de um fundo somente pode ser utilizada para compensar lucros futuros
após a ocorrência do resgate do fundo com prejuízo.

Outros Fundos

➜ Fundos de Investimento Imobiliar


́ io (FII)
Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) destinam-se ao desenvolvimento de
empreendimentos imobiliários, tais como construção de imóveis, aquisição de
imóveis prontos, ou investimentos em projetos visando viabilizar o acesso à
habitação e aos serviços urbanos, inclusive em áreas rurais, para posterior
alienação, locação ou arrendamento.

Esses fundos destinam-se a investidores que procuram imóveis como uma


forma de diversi cação de sua carteira de investimentos, e esperam ganho de
capital moderado e rendimentos em forma de aluguel.

São fundos fechados que podem ter duração determinada ou indeterminada;


devem distribuir, no mínimo, 95% do lucro auferido, apurados segundo o regime
de caixa;
uma vez constituído e autorizado o funcionamento do fundo, admite-se que
25% de seu patrimônio, no máximo e temporariamente, seja investido em cotas
de FI e/ou em Títulos de Renda Fixa;

97
justi cativa do administrador do fundo;
é vedado ao fundo operar em mercados futuros ou de opções.

➜ Tributação em FII
Em caso de valorização de cotas e rendimentos de aluguel.
Alíquota: 20% para PF, PJ e até mesmo para PJ isento (ex.: igreja);
Recolhimento: até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do
período de apuração;

Ÿ Compensação de perdas: perdas incorridas na alienação de cotas de fundo de


investimento imobiliário só podem ser compensadas com ganhos auferidos na
alienação de cotas de fundo da mesma espécie.
Ÿ Responsável pelo recolhimento: Administrador do Fundo.

Em caso de distribuição de renda proveniente de aluguel, há uma regra que


garante isenção a investidor PF:
Ÿ Será concedida somente nos casos em que o fundo de investimento
imobiliário possua, no mínimo, 50 cotistas;
Ÿ Não será concedida ao cotista pessoa física titular de cotas que representem
10% ou mais da totalidade das cotas emitidas pelo fundo de investimento
imobiliário ou cujas cotas lhe derem direito ao recebimento de rendimento
superior a 10% do total de rendimentos auferidos pelo fundo.

ETF's - Exchange Traded Funds

Os ETF's, também chamado de Fundo de Índices, são comercializados no


ambiente da BM&FBovespa e visam acompanhar um índice de referência.

Fundo deve manter 95%, no mínimo, de seu patrimônio aplicado em valores


mobiliários ou outros ativos de renda variável autorizados pela CVM, na
proporção em que esses integram o índice de referência, ou em posições
compradas no mercado futuro do índice de referência, de forma a re etir a
variação e rentabilidade de tal índice.

➜ Fundos de Investimento Imobiliar


́ io (FII)
Esse é um fundo de renda variável, portanto sua tributação obedece a regra
estabelecida para esse tipo de renda.
Ÿ 15% somente no resgate;
Ÿ Livre de IOF.

98
Fundos de Investimento em Direitos Creditor
́ ios
(FIDC E FIC-FIDC)
São fundos constituídos por títulos de crédito originários de operações
realizadas em instituições nanceiras, indústria, arrendamento mercantil,
hipotecas, prestação de serviços e outros títulos que possam ser admitidos
como direito de crédito pela CVM.

Dessa forma, as operações de crédito originalmente feitas podem ser cedidas


aos fundos que assumem estes direitos creditórios. Esta operação permite aos
bancos, por exemplo, que cedam (vendam) seus empréstimos aos FIDC,
liberando espaço para novas operações, e aumentando a liquidez deste
mercado.

Estes Fundos podem ser:


Ÿ Abertos: quando os cotistas podem solicitar resgate das cotas, de acordo com
o estatuto do fundo;
Ÿ Fechados: quando as cotas podem ser resgatadas somente ao término do
prazo de duração do fundo, ou no caso de sua liquidação.

➜ Benefícios dos FIDC


Ÿ Para quem cede os direitos creditórios: diminuição dos riscos de crédito e
“liberação de espaço no balanço”;
Ÿ Para as empresas: mais liquidez no mercado de crédito;
Ÿ Para os investidores: uma alternativa de investimento que tende a oferecer
uma rentabilidade maior do que a renda xa tradicional.

➜ Tipos de Cotas
Ÿ Cota sênior: aquela que não se subordina às demais para efeito de
amortização e resgate;
Ÿ Cota subordinada: aquela que se subordina à cota sênior ou a outras cotas
subordinadas, para efeito de amortização e resgate.

➜ riscos
Ÿ O principal risco para o investidor em FIDC é o crédito da carteira de
recebíveis. Ou seja, o retorno está diretamente ligado ao nível de
inadimplência dos recebíveis que formam o lastro da carteira.

99
Os FIDC podem operar no mercado de derivativos (bolsas e balcão com sistema
de registro) somente para proteger suas posições à vista.
No caso de Fundo aberto, esse será liquidado ou incorporado a outro se
mantiver PL médio inferior a R$ 500.000 durante 3 meses consecutivos, ou 3
meses após a autorização da CVM.

Os cotistas dos FIDC somente podem ser investidores quali cados.


O FIDC deve ter, no mínimo, 50% de seu patrimônio em direitos creditórios.

FIP - Fundo de investimentos em participações

O Fundo de Investimento em Participações (FIP) é uma comunhão de recursos


destinados à aplicação em companhias abertas, fechadas ou sociedades
limitadas, em fase de desenvolvimento. Cabe ao administrador constituir o
fundo e realizar o processo de captação de recursos junto aos investidores
através da venda de cotas.

O FIP é um investimento em renda variável constituído sob a forma de


condomínio fechado, em que as cotas somente são resgatadas ao término de
sua duração ou quando é deliberado em assembleia de cotistas a sua liquidação.

O fundo deverá participar do processo decisório da companhia investida, com


efetiva in uência na de nição de sua política estratégica e na sua gestão,
notadamente através da indicação de membros do Conselho de Administração.

A participação do fundo no processo decisório da companhia investida pode


ocorrer:
Ÿ pela detenção de ações que integrem o respectivo bloco de controle;
Ÿ pela celebração de acordo de acionistas; ou
Ÿ pela adoção de procedimento que assegure ao fundo efetiva in uência na
de nição de sua política estratégica e na sua gestão.

100
EFPC - Vedações e Segmentos

No edital do exame, esse conteúdo é abordado no módulo 5, no entanto, eu


trago para este módulo devido sua semelhança com os fundos de
investimentos.

A EFPC é uma sociedade limitada ou fundação, sem ns lucrativos, com objetivo


social de instituir planos privados de concessão de pecúlios ou de rendas, de
benefícios complementares ou assemelhados aos da previdência social,
mediante contribuição de seus participantes, dos respectivos empregadores ou
de ambos.

São acessíveis exclusivamente aos empregados de uma só empresa ou de um


grupo de empresas, as quais são denominadas patrocinadoras.

A constituição, organização e funcionamento dependem de prévia autorização


do Governo Federal, através da PREVIC - Superintendência Nacional de
Previdência Complementar.

Os recursos garantidores dos planos de benefícios da entidade fechada de


previdência complementar devem ser alocados em quaisquer dos seguintes
segmentos de aplicação:

I. segmento de renda xa;


II. segmento de renda variável;
III. segmento de imóveis; ou
IV. segmento de empréstimos e nanciamentos.

Podem cobrar taxa de Performance.


Os índices de referência admitidos para as carteiras de renda xa são a taxa Selic
e a taxa DI.

Os índices de referência admitidos para as carteiras de renda variável são o


Ibovespa, o IBrX, o IBrX-50, o FGV-100, o IGC, o ITAG, o ISE ou outros índices
aprovados por decisão conjunta da Secretaria de Previdência Complementar do
Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores Mobiliários.

101
Módulo 6

Previdência
complementar aberta
3 a 6 questões na prova
Previdência social x Previdência privada

A previdência privada foi criada com intuito de complementar a previdência


social gerida pelo INSS. Na previdência o cial do Estado o trabalhador ativo
contribui e suas contribuições são destinadas a pagar os trabalhadores inativos
via aposentadoria ou pensão. O recebimento possui um teto estabelecido pelo
INSS a m de manter em equilíbrio as contas públicas.

Na previdência complementar a contribuição do trabalhador é investida no


mercado nanceiro e gera uma poupança que será revertida em renda para o
contribuinte quando da aposentadoria ou pagamento de pensão. Nessa
modalidade não há um teto de recebimento uma vez que o valor recebido pelo
trabalhador e a soma dos aportes feita durante a vida laboral mais a
rentabilidade auferida no período de contribuição.

Características

➜ Taxa de Carregamento

Corresponde às despesas administrativas das instituições nanceiras com


pessoal, emissão de documentos e lucro. É cobrada logo na entrada do plano e a
cada depósito ou contribuição que você faz.
Isso quer dizer que, se esse custo for de 5%, a cada R$ 100,00 investidos só R$
95,00 vão ser creditados efetivamente no seu plano.

Em outras palavras, quanto maior o percentual, menor a fatia da contribuição ou


depósito feita por você que vai “engordar” o seu capital.

As instituições nanceiras têm liberdade de cobrar taxas de até 10% nos planos
VGBL e PGBL, com aprovação da Susep, mas a concorrência forte impede a
imposição deste limite.

➜ Taxa de Administração

Refere-se às despesas com a gestão nanceira do fundo, contratada a uma


empresa especializada. A cobrança ocorre durante toda a fase de contribuição e
incide sobre o capital total, incluindo o rendimento.
103
➜ Taxa de Saída

Desde 2008 não se aplica mais a cobrança de taxa de saída, pois essa foi criada
para cobrir despesas com CPMF. Como não há mais CPMF não há mais
necessidade dessa cobrança.

➜ Taxa de Performance

Semelhante aos fundos de investimentos a Previdência podem cobrar taxa de


performance desde ultrapasse em 100% do seu benchmark.

➜ Resgate

É a restituição ao participante do montante acumulado na Provisão Matemática


de Benefícios a conceder relativa ao seu benefício. O Resgate é obrigatório nos
planos de benefício por sobrevivência (aposentadoria), sendo concedido ao
participante que desistir do plano, no valor correspondente ao montante
acumulado em sua provisão matemática de benefícios a conceder.

Nos demais planos, deverá ser observado o contrato (Regulamento).

➜ Tipos de Planos / Benefícios

Os planos previdenciários podem ser contratados de forma individual ou


coletiva (averbados ou instituídos); e podem oferecer, juntos ou separadamente,
os seguintes tipos básicos de benefício:
Ÿ Renda por sobrevivência: renda a ser paga ao participante do plano que
sobreviver ao prazo de diferimento contratado, geralmente denominada de
aposentadoria.
Ÿ Renda por invalidez: renda a ser paga ao participante, em decorrência de sua
invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois
de cumprido o período de carência estabelecido no plano.
Ÿ Pensão por morte: renda a ser paga ao(s) bene ciário(s) indicado(s) na
proposta de inscrição, em decorrência da morte do Participante ocorrida
durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência
estabelecido no Plano.
Ÿ Pecúlio por morte: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao(s)
bene ciário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte
do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido
o período de carência estabelecido no Plano.
104
Ÿ Pecúlio por invalidez: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao
próprio participante, em decorrência de sua invalidez total e permanente
ocorrida durante o período de cobertura e após cumprido o período de
carência estabelecido no Plano.

➜ Classificação Susep

Ÿ Soberano: investe essencialmente em títulos públicos federais;


Ÿ Renda Fixa: além de títulos públicos federais essa modalidade pode investir
em outros ativos de renda xa;
Ÿ Composto: também permite aplicações em renda variável, como, por
exemplo, ações ou fundos de ações, commodities, desde que não ultrapassem
49% do patrimônio do fundo.

➜ Portabilidade

Os planos de previdência permitem portabilidades entre administradores. Isto


é, o investidor é livre para migrar seus recursos entre instituições sem a
necessidade de resgatar o recurso em uma instituição para só então aplicar na
outra instituição.

Ÿ Portabilidade externa: Migração de plano de previdência entre instituições;


Ÿ Portabilidade interna: migração entre planos administrados pela mesma
instituição nanceira.

Tributação

Os planos de previdência complementar abertos possuem regra própria quanto


a tributação dos rendimentos (VGBL) ou contribuição mais rendimento (PGBL)

O contribuinte deve escolher entre 2 regimes de tributação possível.

➜ Tabela regressiva

Essa modalidade de IR considera o prazo de permanência do investidor no


plano de previdência, conforme tabela a seguir:

105
prazo aliquota

Até 2 anos 35%

de 2 a 4 anos 30%

de 4 a 6 anos 25%
de 6 a 8 anos 20%

de 8 a 10 anos 15%
acima de 10 anos 10%

Como podemos constatar, esse modelo é recomendado para investidores que


possuem um horizonte de tempo maior pois, quanto mais tempo o investidor
permanecer no plano menor será sua tributação.

➜ Tabela progressiva

A Tabela progressiva, também chamada de compensável, obedece a mesma


regra do IR aplicado a renda obtida através de salários que vai aumentando na
medida que os valores de recebimentos vão aumentando.
Conforme tabela abaixo.

Base de cálculo mensal aliquota Fator dedutível

até R$ 1903,98 isento -

de R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65 7.5% R$ 142,80

de R$ 2.825,66 a R$ 3.751,05 15% R$ 354,80

de R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 22.5% R$ 636,13

acima de R$ 4.664,68 27.5% R$ 869,36

Perceba que nessa tabela o que devemos analisar não é necessariamente o


prazo de permanência do investidor/contribuinte, mas sim o valor que ele
receberá em forma de renda quando da saída do plano.

Na prova não é necessário esses valores decorados, até porque anualmente


esses valores tendem a ser corrigidos, no entanto é necessário uma
compreensão da dinâmica de aplicações e cobrança de IR.

106
Migração entre planos

O contribuinte pode, caso queira migrar seu regime de tributação de


compensável (progressivo) para regressivo. No entanto em caso de mudança o
tempo de contribuição passa a contar a partir da mudança do plano.

Migração de regressivo para progressivo não é permitido.

VGBL x PGBL

➜ vgbl

O VGBL, ou Vida Gerador de Benefício Livre, é aconselhável para aqueles que não
têm renda tributável, já que não é dedutível do Imposto de Renda, ainda que seja
necessário o pagamento de IR sobre o ganho de capital.

➜ pgbl

O PGBL, Plano Gerador de Benefício Livre, é mais vantajoso para aqueles que
fazem a declaração do imposto de renda pelo formulário completo. O PG, como
é chamado no mercado, permite que o contribuinte deduza até 12% de sua base
de cálculo de IR através de sua declaração de ajuste anual de IR.

Isso na prática signi ca que o investidor/contribuinte deixa de pagar IR no dia de


hoje para investir essa parcela de seu rendimento mensal e pagar IR la na frente
quando do recebimento do resgate.

Diferente de todas as modalidades de investimentos estudadas até aqui o PGBL


é tributado na fonte sobre as contribuições e sobre os rendimentos. Isto é,
quando o investidor vai receber os rendimento será tributado inclusive sobre o
que ele contribuiu.

107
Módulo 7
Mensuração e gestão
de performance e riscos
6 a 12 questões na prova
Rentabilidade Absoluta
x
Rentabilidade Relativa (benchmark)

Rentabilidade absoluta é expressa em percentual. Ex.: fundo rendeu 10% ao ano.


Rentabilidade relativa faz referência a um benchmark. Ex.: fundo rendeu 90% do
DI.

➜ Rentabilidade Esperada x Rentabilidade Observada


Ÿ rentabilidade observada: está relacionada com o conceito de passado.
Ÿ rentabilidade esperada: é calculada como a média da rentabilidade
observada.
- representa uma expectativa (esperança) de retorno do investidor.

➜ Liquidez
Maior ou menor facilidade de se negociar um ativo, convertendo-o em dinheiro.
Quanto mais fácil for converter um ativo em poder de compra sem perda, mais
líquido é considerado o ativo.

➜ Risco
Risco pode ser de nido como a probabilidade de perda ou ganho numa decisão
de investimento. Grau de incerteza do retorno de um investimento.
Normalmente, o risco tem relação direta com o nível de renda do investimento:
quanto maior o risco, maior o potencial de renda do investimento.

➜ Risco x Retorno
Considerando que os investidores são racionais, concluímos que os mesmos só
estarão dispostos a correrem maior risco em uma aplicação nanceira para ir em
busca de maiores retornos.

Segundo o princípio da dominância, entre dois investimentos de mesmo


retorno, o investidor prefere o de menor risco e entre dois investimentos de
mesmo risco, o investidor prefere o de maior rentabilidade.

➜ Risco de mercado
Risco de mercado é a potencial oscilação dos valores de um ativo durante um
período de tempo. O preço dos ativos oscila por natureza. Uns mais, outros
menos. A isso chamamos de volatilidade, que é uma medida dessa oscilação.
Assim, os preços das ações são mais voláteis (oscilam mais) que os preços dos
109
O Risco de Mercado é representado pelos desvios (ou volatilidade) em relação ao
resultado esperado.

Risco de mercado, Volatilidade e Desvio Padrão, na prática, podem ser utilizados


como sinônimos.

Exemplo: se esperarmos que um determinado fundo de investimento apresente


um retorno de 25% ao ano, temos a expectativa de que ao aplicarmos R$ 100,
obteremos um retorno de R$ 25. Quaisquer rentabilidades observadas acima ou
abaixo são consideradas risco de mercado.

Risco sistemático: é a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem em


fatores comuns a todos os ativos do mercado.
Por exemplo, determinado resultado das eleições presidenciais afeta, em maior
ou menor grau, todos os ativos do mercado.
grau
de risco

risco não-
sistemático

risco sistemático

n° de ações
1, 2, 3...
10 - 15 na carteira

➜ Risco de Liquidez
Trata-se da di culdade de vender um determinado ativo pelo preço e no
momento desejados. A realização da operação, se ela for possível, implica numa
alteração substancial nos preços do mercado.

Caracteriza-se quando o ativo possui muitos vendedores e poucos


compradores. Investimento em imóveis é um exemplo de uma aplicação com
alto risco de liquidez.

➜ Risco de Cred ́ ito


Risco de crédito está associado a possíveis perdas que um credor possa ter pelo
não pagamento por parte do devedor dos compromissos assumidos em uma
data acertada, seja este compromisso os juros (cupons) ou o principal. Há vários
tipos de risco de crédito: um investidor, ao comprar um título, sempre estará

110
➜ Risco de Liquidez
Trata-se da di culdade de vender um determinado ativo pelo preço e no
momento desejados. A realização da operação, se ela for possível, implica numa
alteração substancial nos preços do mercado.

Caracteriza-se quando o ativo possui muitos vendedores e poucos


compradores. Investimento em imóveis é um exemplo de uma aplicação com
alto risco de liquidez.

➜ Risco de Cred ́ ito


Risco de crédito está associado a possíveis perdas que um credor possa ter pelo
não pagamento por parte do devedor dos compromissos assumidos em uma
data acertada, seja este compromisso os juros (cupons) ou o principal. Há vários
tipos de risco de crédito: um investidor, ao comprar um título, sempre estará
incorrendo em um ou mais destes tipos de risco de crédito.

➜ Cross Default (Vencimento Cruzado)


A situação onde o emissor de um título está em atraso com outros credores, mas
ainda não está em atraso com o investidor se chama “cross default”. Ou seja, é
uma situação que mostra que o devedor está em má situação nanceira, não
pagando a outros credores. Nesse caso é mais prudente tentar receber
imediatamente os recursos investidos no título de renda xa.

➜ Risco Pais ́
O risco país tem sua origem na possibilidade de um país não honrar seus
compromissos, ou seja, não ter capacidade de gerar recursos para o pagamento
de suas obrigações com credores externos.

O risco país também pode ser gerado pelo risco político ou soberano quando se
criam restrições ao livre uxo de capitais, impondo controles cambiais que
Impossibilitam a remuneração dos investidores externos.

Golpes militares, políticas econômicas, resultado de novas eleições entre outros


podem trazer esse tipo de restrição.

➜ Risco de Contraparte
É o risco de que alguém como Banco, empresa ou indivíduo com a qual se fez
uma transação nanceira não honre suas obrigações, ou seja, o risco de

111
Esse risco pode ser mitigado (amenizado) utilizando-se de:
Ÿ Aprovação de linhas de crédito para contrapartes;
Ÿ Procurando utilizar sistemas de liquidação ou clearings;
Ÿ Acompanhamento das avaliações de créditos da contraparte.

Introdução à Estatística

A Estatística é um ramo da matemática que serve para análise da interpretação e


apresentação de massas de dados numéricos.

Moda

É o valor que ocorre com maior frequência em uma série de valores.


Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de
um determinado mês:
Ÿ 1 ⇒ + 3%;
Ÿ 2 ⇒ + 4%;
Ÿ 3 ⇒ − 2%;
Ÿ 4 ⇒ − 2%;
Ÿ 5 ⇒ + 1%;

A Moda é −2%.

Um conjunto de resultados pode apresentar uma ou mais modas, sendo


classi cado como:

Ÿ 1 moda = unimodal;
Ÿ 2 modas = bimodal;
Ÿ 3 ou mais = multimodal.

Mediana

É o valor que divide o conjunto em dois subconjuntos, em que estes


subconjuntos formados terão exatamente a mesma quantidade de elementos.
Exemplo para amostra ímpar:

112
1 ⇒ + 3%;
2 ⇒ + 4%;
3⇒ − 2%;
4 ⇒ − 3%;
5 ⇒ + 1% .

A primeira coisa a fazer é colocar as oscilações em ordem:


- 3%; - 2%; + 1%; 3%; 4%.
Assim a Mediana = + 1%.

E se tivermos uma amostra de dados par?

Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de
um determinado mês:

1 ⇒+ 3%;
2 ⇒+ 4%;
3 ⇒ + 2%;
4 ⇒+ 6%.

Colocando as oscilações em ordem: + 2%; + 3%; + 4%; + 6%


Mediana será a média entre os valores centrais:

mediana = 3 + 4 = 3,5
2

Med
́ ia

A principal vantagem do cálculo da média é o cálculo do retorno esperado de


um investimento.

Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de
um determinado mês:

Ÿ 1 ⇒ + 3%
Ÿ 2 ⇒ + 4%
Ÿ 3 ⇒ − 2%
Ÿ 4 ⇒ − 1%
Ÿ 5 ⇒ + 1%

113
Assim podemos calcular o “retorno me dio” deste ativo, calculando a me dia
destes valores.

X=Σx
n

Onde:
Ÿ X=Média;
Ÿ Σx =Soma de todos elementos da série
Ÿ n=quantidade de elementos da série

X= n X=3+4+(-2)+(-1)+1 X= 5 X=1
x 5 5

Concluímos que o investimento analisado possui média igual a 1%, em outras


palavras, o investimento pagou 1% ao mês, em média.
Ainda sobre média, cabe uma boa observação: Se acrescentamos 3% a cada um
dos retornos, quanto impacta na média?

Ÿ 1 ⇒ + 3% +3% = 6%
Ÿ 2 ⇒ + 4% +3% = 7%
Ÿ 3 ⇒ − 2% +3% = 1%
Ÿ 4 ⇒ − 1% +3% = 2%
Ÿ 5 ⇒ + 1% +3% = 4%

X= x X= 6+7+1+2+4 X= 20 X=4
n 5 5

Ou seja, notamos que a média é de 4%, exatamente 3% maior que a média


anterior. Coincidência? Não. Como somamos o mesmo valor em TODOS os
retornos, é de se esperar que a média sofra o mesmo ajuste.

Variância

Uma vez que entendemos a média, torna-se possível encontrar a variância e


medir o grau de dispersão de um conjunto de dados pelos desvios em relação a
média desse conjunto.

114
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de
um determinado mês:

1°+ 3%;
2° + 5%;
3° + 7%;
4° − 2%;
5° + 2%.
Primeiro efetuar o cálculo da média: 3%
Calcular agora a variância:

Isso é, a variância é 11,5%

Agora que sabemos a variância, podemos, a partir desse dado, encontrar o


desvio padrão, nosso próximo assunto, mas antes disso façamos mais 2
observações:
Quanto maior for a variância, maior será o desvio padrão e, consequentemente,
maior será o risco.
Ativos com retornos constantes possuem variância nula.

Ufa, agora sim, podemos ir ao próximo assunto.

Desvio Padrão

O Desvio Padrão é a medida de risco para calcularmos a volatilidade de um ativo,


em outras palavras, com o desvio padrão podemos mostrar, matematicamente,
o risco de determinado investimento.
115
Para encontrarmos o desvio padrão, basta extrairmos a raiz quadrada da
variância.
No exemplo do tópico anterior, temos variância igual a 11,5, logo, temos desvio
padrão igual a √11,5=3,39%

Agora que você entendeu como calcular o risco de um determinado ativo, que
tal aprendermos a probabilidade de um investimento dar um determinado
retorno? Bora estudar a curva de Gauss?

Distribuição Normal

Imagine que tenha um investimento com média de retorno 2% e desvio padrão


1% e seu cliente quer saber qual a probabilidade de, no próximo mês, esse
investimento dar uma rentabilidade de 3%, como encontrar essa resposta?
Num passe de mágica e com um pouco que matemática, você pode ter essa
resposta se souber usar a distribuição normal.

A Distribuição Normal, também conhecida como curva de Gauss, explica a


probabilidade de um evento ocorrer.
Observe o grá co a seguir:

Entendeu? Acho que falta uma explicação sem tanto "Matematiquês”, certo?
Vamos lá: essa teoria a rma que dados uma média e um desvio padrão, nós
podemos a rmar qual a probabilidade de um evento acontecer no futuro,
obedecendo a seguinte distribuição.

116
X+ 1σ=68,26, isso é, média + 1 desvio padrão e média –1 desvio padrão tem
68,26% de chance de acontecer.

Vamos usar o exemplo do começo desse tópico para car claro.


Se eu tenho um investimento de média 2 e desvio padrão 1, signi ca que eu
tenho 68,26% de probabilidade de ter no próximo mês uma rentabilidade no
intervalo compreendido entre [1,3].
Como chegamos a essa conclusão?

Cálculo para um desvio padrão:


2% (média) – 1% (um desvio padrão) = 1%;
2% (média) + 1% (um desvio padrão) = 3%.
Assim, é de se esperar que os retornos deste fundo estejam entre:
1 a 3% Com aproximado 68% de con ança.

Vamos explorar um pouco mais? E se usarmos 2 desvios padrão?

Cálculo para dois desvios padrão


2% (média) – 2% (dois desvio padrão) = 0%;
2% (média) + 2% (dois desvio padrão) = 4%.
Assim é de se esperar que os retornos desse fundo estejam entre:
0% a 4%. Com aproximadamente 95,44% de con ança.

Para obter-se exatamente 95% de probabilidade, é necessário utilizarmos 1,96


desvios padrão.

Quer ter ainda mais con ança na análise?

Cálculo para três desvios padrão:


Ÿ 2% (média) – 3% (três desvios padrão) = –1%;
Ÿ 2% (média) + 3% (três desvios padrão) = 5%.
Ÿ Assim, é de se esperar que os retornos desse fundo estejam entre:
Ÿ –1% a 5%. Com aproximadamente 99% de con ança.

Covariância

A covariância é uma medida que avalia como as variáveis X e Y se inter-


relacionam de forma linear, ou seja, como Y varia em relação a uma determinada
variação de X.
117
Algo do tipo: se sobe a taxa de juros, o preço das ações da Vale cai, ou se sobe o
preço do Dólar, o preço das ações da Petrobras sobe.

Quando a covariância é positiva, duas variáveis tendem a variar na mesma


direção; isto é, se uma sobe, a outra tende a subir e vice-versa. Quando a
covariância é negativa, duas variáveis tendem a variar em direções opostas; isto
é, se uma sobe a outra tende a cair e vice-versa. Quanto mais próxima de zero for
a covariância, menor a possibilidade de se identi car um comportamento
interdependente entre as variáveis.

A covariância entre duas variáveis pode ser obtida de dados de variância. Para
isso, precisamos ter a variança dos dois ativos analisados e incorporá-los a
seguinte fórmula matemática:

Quer ter ainda mais con ança na análise?

cov(X,Y) = var(aX + bY) - a var(X) - b var(Y)


2ab
Onde:
Ÿ Var(X) é a variância do ativo X;
Ÿ Var(Y) é a variância do ativo Y;
Ÿ Var(X+Y) é a variância dos ativos X e Y obtida a partir da soma simples das
variáveis X e Y;
Ÿ "a" e "b" são constantes.

E você achou que nunca fosse usar tudo aquilo que aprendeu no ensino médio
com aquele professor de Matemática, hein?
Vamos agora aprender sobre Correlação e isso fará você entender, na prática,
como usamos esses dados.

Correlação

A covariância busca mostrar se há um comportamento de interdependência


linear entre duas variáveis. Porém, a covariância é uma medida dimensional,
sendo afetada pelas unidades de medida das séries X e Y. Para corrigir esse
problema da covariância, chegou-se a medida de correlação que é um número
adimensional que varia entre –1 e 1 (inclusive).

118
A correlação (ou coe ciente de correlação linear de Pearson) é dada pela
seguinte fórmula:

ρx,y = COVxy
σ x x σy

O coe ciente de correlação mostra se há relação linear entre duas séries de


dados X e Y Se o coe ciente de correlação for igual a ₁ signi ca que existe relação
linear perfeita entre X e Y de tal forma que se X aumenta Y aumenta na mesma
proporção também

Se o coe ciente de correlação for igual a –1 signi ca que existe relação linear
perfeita entre X e Y de tal forma que se X aumenta Y diminui na mesma
proporção também Quando a correlação é zero não existe relação de
linearidade entre as variáveis X e Y
Vamos ver na prática alguns exemplos de Correlação:

fique ligado!

Ÿ Não confunda Variância com Covariância;


Ÿ Para calcular a variância e o desvio padrão precisamos dos
dados de um único ativo;
Ÿ Conhecendo a variância de um ativo é possível conhecer o
desvio padrão apenas
extraindo a raiz quadrada;
Ÿ Para calcular a covariância e a correlação são necessários
dados históricos de
dois ativos, uma vez que essas medidas buscam medir a relação
entre duas variáveis;
Ÿ Conhecendo a covariância de dois ativos é possível determinar
a correlação
entre eles.

119
Coeficiente de Determinação

O coe ciente de determinação (R2) mostra quanto da variação de Y é explicada


pela variação de X e quanto da variação de Y é devida a fatores aleatórios.
O coe ciente de determinação (R2) está relacionado com o coe ciente de
correlação, pois a correlação mostra se os pontos estão alinhados sobre a reta ou
se estão dispersos. A fórmula do coe ciente de determinação é:

R₂ = 2 xy

Portanto, o coe ciente de determinação é o quadrado do coe ciente de


correlação.
Chegando ao nal desse módulo, nós vamos falar sobre Distribuição Normal.

Agora que já aprendemos como analisar os investimentos, vamos ao próximo


módulo para aprendermos sobre os investimentos propriamente ditos.

Gestão de riscos e performance

Duration de Macaulay

A duration de Macaulay é o prazo médio ponderado do título de renda xa.


O prazo médio calculado pela duration de Macaulay permite supor um título
sintético que possua apenas um cash ow no futuro com prazo de vencimento
igual à própria duration.
Em geral, quanto maior a duration mais cairá o preço do título, se a taxa de juros
aumentar.
Duration Modificada

Pode-se interpretar de maneira simpli cada a duration modi cada como o


quanto o preço do título vai subir ou cair se o juros subir ou cair.

Beta (β)

Em relação ao coe ciente Beta, esse tornou-se uma medida popular de risco,

120
performance média relativa ao mercado. Alguns clientes com perspectivas de
investimento de longo prazo acreditam que uma volatilidade alta não é
necessariamente ruim, já que pode ser recompensada, no tempo, com um
excesso de retorno. A maioria concorda, no entanto, que dados dois conjuntos
de taxas de retorno idênticas, é preferível aquele que atingiu seu objetivo de
forma mais consistente. O Beta pode assumir vários valores como:

Se b > 1, a carteira de ativos oscila mais que a carteira de mercado, ou seja, tem
um risco maior se comparada ao risco do mercado. Então, se o mercado está em
alta, o retorno da carteira de ativos é maior do que o retorno da carteira de
mercado.

Se o mercado está em baixa, o retorno da carteira de ativos é menor do que o


retorno da carteira de mercado. Em outras palavras, ou o ativo “sobe mais” ou “cai
mais”. O ativo também se caracteriza por ser agressivo.

Se b = 1, a carteira de ativos tem o mesmo risco que a carteira de mercado.


Se b < 1, a carteira de ativos é menos arriscada do que a carteira de mercado e o
ativo se caracteriza por ser defensivo.

Caso o investidor deseje obter um retorno próximo ao Ibovespa ou ao IBr-X sem


precisar comprar todas as ações da carteira, deverá procurar ações que façam
parte do índice e que tenham o coe ciente beta próximo de 1.

O coe ciente β é usado para medir o risco não-diversi cável.

In
́ dice de Sharpe Original

Mede quanto de prêmio é recebido por risco assumido:

IS = E₍Rrisco₎  Rsem risco


σrisco

Onde,

E(Risco): rentabilidade esperada de um investimento com risco maior que zero.


R sem risco: rentabilidade de um investimento sem risco.
risco: volatilidade ou desvio-padrão do investimento com risco.

121
Calcula a rentabilidade de um ativo, considerando o seu risco (Risco x Retorno).

Quanto maior o Índice Sharpe, melhor a relação risco x retorno, melhor o


desempenho do fundo.

Índice Sharpe: Considera em seus cálculos uma taxa livre de risco, por exemplo, a
Selic.
O valor do Índice Sharpe não pode ser negativo.

Analisando os ativos listados no grá co a seguir, notamos que:

b a

Ÿ A e B possuem o mesmo retorno, porém B possui menor risco que A, logo:


- Índice Sharpe de B é maior que o Índice Sharpe de A;
Ÿ A e C possuem o mesmo risco, porém A possui maior retorno que C, logo:
- Índice Sharpe de A é maior que o Índice Sharpe de C.

In
́ dice de Sharpe Modificado

Para alguns fundos, principalmente os fundos de ações, o investidor pode ter


como referência o benchmark, e não o ativo livre de risco. O índice de Sharpe
modi cado considera o retorno acima do benchmark como o prêmio pelo risco,
e a volatilidade das diferenças dos retornos do fundo e do benchmark como
medida de risco.

In
́ dice de Treynor

O Índice de Treynor é uma medida similar ao Índice de Sharpe, com a diferença


de em vez de usar como medida de risco o desvio padrão ou semidesvio, usa o
coe ciente Beta. Além disso, é uma medida de excesso de retorno em relação ao
risco sistemático. O risco de ativos individuais ou de um pequeno grupo de
ativos pode ser melhor descrito pelo seu comovimento com o mercado (Beta).
Assim, o Índice de Treynor parece ser particularmente útil para essa tarefa,
quando a carteira do investidor é uma de muitas carteiras incluídas num grande
fundo.
122
Value At Risk

A cálculo do Valor em Risco (ou VAR) é um método de se obter o valor esperado


da máxima perda (ou pior perda) dentro de um horizonte de tempo com um
intervalo de con ança.

Exemplo de um fundo de investimento que possui em seu prospecto:


“VAR de 1% para 1 dia e 95% de con ança”.
Signi ca que, para o dia seguinte, há 95% de chances de o valor da perda da
carteira não ser maior que 1% do Patrimônio Líquido do fundo.
O valor real da perda pode ser maior que 1%, pois há 5% de chances de a
estimativa ser ultrapassada.

Stop Loss

O Stop Loss é a ferramenta utilizada quando os limites de VAR são ultrapassados.


Por exemplo, seja um fundo que tenha um limite, de nido em estatuto, de VAR
de 1% em um dia, com 95% de con ança. Ou seja, o gestor desse fundo não pode
posicionar sua carteira de modo que possa perder mais que 1% do seu valor em
um dia, com 95% de chances.

Digamos que, em determinado momento, a volatilidade dos mercados aumente


de maneira generalizada. Utilizando esta nova volatilidade, o gerente de risco
descobre que o fundo está correndo o risco de perder 2% em um dia, com 95%
de chances.

Neste momento, o gestor é obrigado a se desfazer de posições, de modo que o


risco de perdas diminua para 1% em um dia, com 95% de chances. A este
movimento de reversão de posições para diminuição do risco chamamos Stop
Loss.

Portanto, no contexto do VAR, o stop loss não necessariamente “corta” um


prejuízo, mas apenas diminui posições de risco.

123
Stress Test

O VAR estará correto 95% do tempo, e errado 5% das vezes (outros graus de
con ança são possíveis). Como podemos avaliar qual a perda máxima que uma
instituição nanceira ou um fundo de investimento pode sofrer?

O VAR não fornece a informação de quanto pode chegar a perda máxima. Por
exemplo, quando dizemos que o VAR é de 1%, não conseguimos imaginar se a
perda máxima, que pode acontecer com probabilidade menor do que de 5%,
será 2%, 10% ou 50%.

Para saber até onde a perda de valor de uma carteira pode chegar temos que
usar a técnica chamada de stress test.

O stress test mede quanto um Portfolio pode perder em uma situação hipotética
de Stress macroeconômico, chamado Cenário de Stress.

O Stress Test normalmente é utilizado como um complemento do VAR, com o


objetivo de medir as perdas quando o grau de con ança (normalmente 95%) é
ultrapassado. São, em geral, situações de stress de mercado, conhecidas como
fat tail (cauda grossa), que é uma referência à “ponta” da distribuição normal dos
retornos, e que pode assumir valores muito altos, imprevisíveis se apenas o VAR
for utilizado.

Back Testing

Qualquer modelo de VAR deve ser testado para aferir a sua precisão. O Back
Testing é uma ferramenta utilizada para este teste. Ou seja, o modelo é
alimentado com dados históricos, e o número de violações (ocorridas no
passado) do limite de VAR é medido, de modo a veri car se estão dentro do nível
de con ança estabelecido.

Normalmente o Back Testing é utilizado para testar modelos derivados através


de simulações.

124
Resumo de Gestao
̃ de Risco de uma Carteira

Ÿ VAR: Perda máxima de uma carteira dentro de um intervalo de con ança;


Ÿ Back Testing: Testa a veracidade do modelo de VAR com dados históricos;
Ÿ Stop Loss: Movimento feito pelo gestor para reduzir as perdas e restabelecer
os parâmetros do VAR;
Ÿ Stress Test: Simula cenário de estresse no mercado nanceiro a m de
mensurar o risco da carteira em casos extremos.

Tracking Error X Erro Quadrat́ ico Med


́ io

Tracking Error e Erro Quadrático Médio são duas medidas do descolamento dos
retornos de um fundo em relação a um benchmark ou parâmetro de
performance.
Mensuram o comportamento de um fundo, por exemplo, em relação a um índice
de referência (benchmark).
Quanto menor o índice, maior aderência do fundo em relação ao seu
benchmark.
Fundos passivos tendem a apresentar menor tracking error e erro quadrático
médio em relação aos fundos ativos.

125
resumo
Instrumentos utilizados na gestão
de risco e performance em carteiras
de Renda Fixa e Renda Variável

Instrumentos auxiliares de Instrumentos de gestão de per-


gestão de risco: formance:
Ÿ stress test Ÿ tracking error
Ÿ back test Ÿ eqm
Ÿ stop loss Ÿ índice sharpe
Ÿ índice treynor

Instrumentos de Performance
Instrumento conceito aplicação
Indica a relação risco x retorno passada de
uma Fundo de investimento ou carteira de Bom para Fundos de Gestão Ativa. Quanto
ÍNDICE SHARPE ativos em relação a um benchmark, num dado maior o índice, melhor para o investidor
período

É uma medida similar ao índice Sharpe, com a


diferença: em vez de usar como medida de risco Bom para Fundos de Gestão Ativa. Quanto
ÍNDICE TREYNOR o desvio-padrão, usa-se o coeficiente beta; maior o índice, melhor para o investidor
indica a relação risco x retorno

Representa o desvio da rentabilidade do Fundo


TRACKING frente à variação do benchmark, período a
Fundo de Gestão Passiva- quanto mais
próximo de zero melhor;
período. Quanto mais próximo de zero,
ERROR melhor
Gestão ativa - deseja-se TE alto

Raiz quadrada do somatório do quadrado das


ERRO QUADRÁTICO diferenças entre os retornos do fundo e do fundo de Gestão Passiva - quanto mais
benchmark. Quanto próximo de zero, melhor próximo de zero melhor
MÉDIO (EQM)

Instrumentos de Auxiliares ao VAR


Instrumento conceito aplicação
Mecanismo de controle interno que limita o
tamanho de eventuais perdas em posições de Permite que o VAR seja respeitado quando o
stop loss investimento. A posição é automaticamente
revertida quando a perda atinge o nível
mercado apresenta grandes perdas

máximo autorizado.

Simula perdas financeiras em cenários


Administrar e antever situações anormais
stress test críticos com expressivas variações nos
preços dos ativos que compõem uma carteira
(caudas grossas)

Ferramenta auxiliar para validar o modelo


Verificar a consistência entre o resultado
back test estatístico utilizado para prever perdas (
testar o modelo estatístico do VAR)
obtido pelo modelo do VAR

127
Instrumentos de Gestão de Risco
Instrumento conceito aplicação
Quanto o preço do título vai subir ou cair; se
A duration modificada representa a variação o juros subir ou cair 1%;
DURATION MODIFICADA percentual do preço atual do título em
função de variações de 1% na taxa de juros.
Avaliar o risco de marcação a mercado de
instrumentos de Renda Fixa;
Quanto menor, menor o risco.
É a medida de curvatura de um título de renda
Títulos com a mesma Duration: quanto maior
fixa. A convexidade é uma característica
a convexidade melhor e menor é o risco de
CONVEXIDADE desejável em um título, e entre dois títulos
com a mesma Duration - o que tiver maior
preços do título frente a alta da taxa de
juros.
convexidade deve ser o escolhido.

É o benchmark para medir o desempenho


diário do risco dos países emergentes. EMBI sobe ⇒ preços caem
EMBI Relativo os títulos de dívida externa EMBI cai ⇒ preços sobem
soberana no mercado secundário.

O VAR, valor em risco, é a perda máxima


provável de uma carteira (por exemplo: Permite ao gestor saber qual é o valor
VAR $3mm) para um nível de confiança (por
exemplo: 99%) determinado, num horizonte de
monetário do risco de mercado da carteira.

VALUE AT RISK tempo (por exemplo: 1 dia). Sua metodologia


baseia-se em movimentos normais do
Quanto maior o VAR, maior a perda prevista em
condições normais de mercado
mercado.

Instrumentos de Gestão de Risco


Instrumento conceito aplicação
Medida de risco total de um ativo;

DESVIO PADRÃO Raiz quadrada da variância Quanto maior maior a volatilidade;

Usada para Renda Fixa e Renda Variável


Indica se há correlação entre dois ativos e se Obter a melhor diversificação possível, ou
COEFICIENTE DE ela é positiva (se movem na mesma direção) ou
se é negativa (se movem em direções opostas);
seja, correlação perto de -1;

CORRELAÇÃO Será entre +1 e -1.


Mais usado na Renda Variável mas pode ser
usado em todas as carteiras.
Avaliar o perfil de risco do fundo ou
carteira:
Indica a sensibilidade das ações de uma
β > 1= agressivo
BETA empresa ou fundos de investimentos em
relação ao benchmark. β =1 = neutro
β < 1= defensivo

Mais utilizado na Renda Variável

É o prazo médio das operações ponderado Avaliar o risco de marcação a mercado de


DURATION pelo valor presente dos fluxos de caixa de um
título ou carteira de investimento,
instrumentos de renda fixa;

descontados à taxa de juros de mercado Quanto menor, menor o risco.

128
glossário
glossário

➜ Ação - Parcela representativa do capital social de uma sociedade

➜ Ação Ordinária - Ação que atribui ao seu titular direito de propriedade e


voto em assembleias de acionistas.

➜ Ação Preferencial - Ação que confere ao seu titular preferência no


recebimento de dividendos sobre lucros e também no reembolso de seu valor
nominal em caso de liquidação de ativos da sociedade. Este tipo de ação
geralmente não tem direito a voto.

➜ ADR (American Depositary Receipt) - Ações de empresas estrangeiras


negociadas em bolsas de valores dos EUA. As ações lastro são custodiadas em
uma instituição nanceira e negociadas em bolsa frações desse depósito.

➜ After Market - É um sistema da Bovespa que permite negociações de


ações fora do horário regular de funcionamento, de forma eletrônica.

➜ Agente econômico - Pessoas físicas ou jurídicas, além do próprio governo,


que participam do sistema econômico.

➜ Ágio - Diferença encontrada entre valor pago por um ativo e seu valor
teórico.

➜ Alavancagem - Utilização de recursos de terceiros com a nalidade de


incrementar a rentabilidade de um investimento. Quando o ativo de um Fundo
de Investimento superar o montante de seu patrimônio líquido, diz-se que o
Fundo é alavancado.

➜ Amortização - Em Contabilidade corresponde ao valor da depreciação de


um ativo. Sob o ponto de vista nanceiro, representa o pagamento do principal
de uma dívida.

➜ Análise Fundamentalista - Processo de análise dos principais


fundamentos econômicos e nanceiros da empresa. Adota a hipótese da
existência de um valor intrínseco para cada ativo.

130
➜ Ativo - Termo que re ete todos os direitos a benefícios futuros. Há diversas
categorias de ativos. Ativos reais (ou tangíveis) são bens físicos, como prédios,
terrenos, máquinas, etc. Ativos intangíveis são representados por marcas e
patentes, pesquisas em desenvolvimento, entre outros. Ativos nanceiros são
formados por títulos e valores mobiliários em geral.

➜ Aumento de Capital - Aumento do capital social de uma sociedade


mediante emissão de novas ações ou incorporação de reservas patrimoniais.

➜ Balança Comercial - Diferença entre as exportações e importações


realizadas por um país e incluídas no Balanço de pagamentos.

➜ Balanço de Pagamentos - Demonstrativo de todas as transações


internacionais realizadas pelos residentes de um país.

➜ Banco custodiante - Banco depositário. Instituição credenciada que se


responsabiliza pela guarda de títulos e valores mobiliários lastros de um
investimento.

➜ Basis Point (Ponto-Base) - um ponto-base equivale a 0,01%. Por


exemplo, se a taxa de rentabilidade de um título variou de 6,5% para 7,3%, diz-se
que a variação foi de 80 pontos-base.

➜ Benchmarck - Referência para comparações entre preços, custos,


qualidade, etc.

➜ Beta - Medida estatística que re ete o risco de um ativo em relação ao risco


da carteira de mercado. Se o beta do ativo for igual a 1,0, diz-se que seu risco varia
com o mercado; beta maior que 1,0 revela risco maior que o de mercado; beta
menor que 1,0 indica risco menor que o de mercado.Medida de risco
sistemático.

➜ Blue-Chips - Expressão adotada em bolsas de valores para identi car as


ações de maior negociação e melhor avaliadas pelos investidores. A expressão
blue-chip origina-se da cor das chas de jogos de cassinos com maior valor.

131
➜ Bônus de Subscrição - São títulos negociáveis emitidos por companhias
de capital autorizado, que atribuem a seus titulares o direito de subscreverem
ações do capital social no mercado primário.
A emissão de bônus de subscrição será dentro dos limite de aumento de capital
previstos no estatuto da companhia.

➜ CALL- No mercado nanceiro é entendido como uma opção de compra de


um ativo por um preço pre xado e por um determinado prazo.

➜ Câmbio - Permuta, troca, escambo. No sentido econômico, toda operação


que negocia com moedas de diferentes economias.

➜ Capital Social - montante dos recursos aportado pelos acionistas ou


sócios na subscrição de ações ou cotas de uma empresa. O valor do capital social
é xado pelo estatuto da sociedade.

➜ Carteira (Portfólio) - Conjunto de ativos mantidos por um investidor.


Pode ser formada por ações, títulos de renda xa, obrigações, etc.

➜ CDB - Certi cado de Depósito Bancário. Títulos emitidos por instituições


nanceiras lastreados em depósitos a prazo xo realizados por investidores.

➜ CDI - Certi cado de Depósito Inter nanceiro ou DI - Depósito Inter nanceiro.


Títulos emitidos por instituições nanceiras que lastreiam suas operações de
empréstimos no mercado inter nanceiro.

➜ CETIP - Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos. Local onde são


processados o registro, custódia e liquidação das operações com títulos
privados.

➜ Chinese Wall - Normas de conduta e segregação de atividades e funções


adotadas por uma instituição nanceira. Tem por objetivo evitar o con ito de
interesses e o uso de informações privilegiadas.

➜ Clearing - Também conhecida por Clearing House ( Câmara de


Compensação). É um setor das bolsas que realiza o registro, acompanhamento,
controle e liquidação das operações realizadas em bolsas, garantindo a plena
execução de todos os compromissos assumidos nas operações realizadas em
pregões.
132
➜ Commercial Paper - Nota promissória de natureza comercial emitida por
sociedades anônimas abertas ou fechadas, cuja colocação no mercado é
intermediada por uma instituição nanceira. O prazo de emissão desses títulos é
geralmente inferior a um ano e os títulos não possuem garantias reais.

➜ Commodities - Mercadorias físicas, com valor econômico, negociadas em


bolsas de mercadorias. Exemplos: cereais, metais, petróleo, etc.

➜ Companhia Aberta - Uma companhia é considerada aberta quando tem


títulos e valores mobiliários (ações, debêntures, bônus de subscrição, etc)
negociados (colocados) em bolsas de valores ou no mercado de balcão.

➜ Compliance - Estar em conformidade. Atender ao que for determinado por


leis e regulamentos internos ou externos à organização.

➜ Contrato Futuro - Acordo no qual uma parte se compromete a adquirir


um ativo e a outra parte a entregar esse ativo em uma data futura, por um preço
previamente pactuado. O acordo prevê reajustes do preço contratado em razão
de variações que venham a ocorrer na cotação de mercado do ativo.
Os contratos futuros são regulamentados e negociados em bolsas de valores.

➜ Contrato de Opção - Acordo rmado entre duas partes, no qual uma


paga um prêmio a outra para ter o direito, em uma data futura e a um preço
previamente acertado, de adquirir ou vender o ativo objeto. Ao desejar exercer
esse direito, a parte vendedora tem a obrigação de vender ou comprar o mesmo
ativo objeto do contrato.

➜ COPOM - Comitê de Política Econômica do Banco Central, que decide


questões básicas de política monetária, como taxa básica de juros da economia e
quantidade de moeda em circulação.

➜ Cota - Participação de um investidor no patrimônio de um Fundo de


Investimento. Todo Fundo vende cotas de participação, e seu preço varia de
acordo com o desempenho de sua carteira de ativos.

➜ Cotação - Preço de um ativo xado no mercado como consequência da


livre interação das forças de oferta e procura.

133
➜ CUPOM - Valor dos rendimenos periódicos prometidos pelos títulos de renda
xa. É geralmente de nido em taxa anual com pagamentos semestrais. Pode ser
também mensal ou trimestral.

➜ Day Trade - Negociação ao longo de um dia. Todas as operações que


envolvem compra e venda de ativos no mesmo dia são conhecidas por day
trade. São operações especulativas, produzindo ganhos a partir de pequenas
oscilações nos preços do mercado.

➜ Depósitos Compulsórios - São depósitos obrigatórios efetuados pelas


instituições nanceiras no Banco Central referentes a parcela dos recursos
captados no mercado. É um instrumento de política monetária. São também
conhecidos por Reservas Compulsórias.

➜ Dividendo - Parcela do lucro líquido auferida pelas empresas ao nal do


exercício social que é distribuída, em espécie, aos seus acionistas
proporcionalmente à quantidade de ações possuídas.

➜ Debênture - Obrigação de longo prazo emitida por sociedades anônimas.


Costumam pagar juros periódicos e o principal no vencimento. Podem ser
lançadas com cláusula de conversão (optativa ao investidor) em ações. Os
recursos levantados na colocação de debêntures são geralmente aplicados no
nanciamento de projetos e/ou reestruturação de dívidas.

➜ Especulação - Operações de compra e venda de ativos, de forma bastante


ágil, com o intuito de se aproveitar de certas oportunidades de ganhos de curto
prazo no mercado. Os especuladores negociam seguindo suas expectativas e
previsões de comportamento dos preços, muitas vezes contrariando a
tendência mais geral do mercado. Assumem riscos maiores que dos investidores
tradicionais.

➜ Fundos de Investimento - Fundo de aplicações em títulos e valores


mobiliários, que se encontra dividido em unidades de participações (cotas) que
são adquiridas por investidores. Podem ser aberto, dirigido a todo investidor e
fechado que regula os movimentos de entrada e saída de recursos pelos
investidores.

134
➜ Ganho de Capital - Ganho produzido por um investimento. Há ganho de
capital quando o valor de venda de um bem é superior ao seu valor aquisição.

➜ Hedge - Operação realizada com derivativos que tem por objetivo minimizar
(proteger) posições de carteiras ou aplicações existentes contra risco de perdas
de valor causado por variações nos preços, nas taxas de juros, etc. O hedge é
geralmente formado assumindo-se no mercado de derivativos posição inversa à
assumida no mercado a vista.

➜ Índice de Bolsa de Valores - Índice de ações negociadas em Bolsa de


Valores que retrata o comportamento de seus preços (valorização ou
desvalorização).

➜ Índice de Preços - Indicadores que acompanham a evolução de preços de


bens e serviços constantes de uma cesta básica. Há diversos índices de preços na
companhia brasileira e se diferenciam basicamente pela composição da cesta
básica e periodicidade de apuração.

➜ Indexação - Processo que permite corrigir o valor aplicado de um capital,


em determinada data passada, visando atualizá-lo às variações veri cadas

➜ Initial Public Offering (IPO) - (Oferta Pública Inicial) - Primeira oferta de


ações realizada por uma sociedade no mercado.

➜ Inside Trading - Obtenção de informação privilegiada (ou não disponível


ao público) para obtenção de maiores ganhos no mercado nanceiro. Prática
ilegal.

➜ Intermediários Financeiros - Instituições que têm a função de viabilizar


as operações do mercado nanceiro e contribuir para uma alocação mais
e ciente dos recursos da economia.

➜ Investimento - De maneira ampla, é toda aplicação de capital com o intuito


de produzir um retorno.

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➜ Ganho de Capital - Ganho produzido por um investimento. Há ganho de
capital quando o valor de venda de um bem é superior ao seu valor aquisição.

➜ Hedge - Operação realizada com derivativos que tem por objetivo minimizar
(proteger) posições de carteiras ou aplicações existentes contra risco de perdas
de valor causado por variações nos preços, nas taxas de juros, etc. O hedge é
geralmente formado assumindo-se no mercado de derivativos posição inversa à
assumida no mercado a vista.

➜ Índice de Bolsa de Valores - Índice de ações negociadas em Bolsa de


Valores que retrata o comportamento de seus preços (valorização ou
desvalorização).

➜ Índice de Preços - Indicadores que acompanham a evolução de preços de


bens e serviços constantes de uma cesta básica. Há diversos índices de preços na
companhia brasileira e se diferenciam basicamente pela composição da cesta
básica e periodicidade de apuração.

➜ Indexação - Processo que permite corrigir o valor aplicado de um capital,


em determinada data passada, visando atualizá-lo às variações veri cadas

➜ Initial Public Offering (IPO) - (Oferta Pública Inicial) - Primeira oferta de


ações realizada por uma sociedade no mercado.

➜ Inside Trading - Obtenção de informação privilegiada (ou não disponível


ao público) para obtenção de maiores ganhos no mercado nanceiro. Prática
ilegal.

➜ Intermediários Financeiros - Instituições que têm a função de viabilizar


as operações do mercado nanceiro e contribuir para uma alocação mais
e ciente dos recursos da economia.

➜ Investimento - De maneira ampla, é toda aplicação de capital com o intuito


de produzir um retorno.

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➜ Leasing - Modalidade de nanciamento que se realiza através do
arrendamento mercantil de um bem xo durante certo intervalo de tempo. O
arrendatário paga um valor pelo uso do bem, geralmente a cada mês,
denominado de contraprestação. Ao nal do contrato há uma opção de compra
do bem pelo usuário.

➜ Letra do Tesouro Nacional - Título representativo da dívida nacional


negociado com deságio em relação ao seu valor nominal (resgate). Este deságio
é que determina a remuneração paga pelo título. O prazo de emissão é
geralmente inferior a um ano.

➜ Marcação a Mercado - Procedimento de avaliação dos ativos pelo seu


valor de venda de mercado, e não pelo seu valor de compra. Obrigatório em
todos os fundos de investimento do Brasil.

➜ Macroeconomia - Expressão da ciência econômica que estuda a


economia como um todo, abordando os grandes agregados como renda
nacional, nível de emprego, preços, consumo e investimento.

➜ Mercado de Balcão - Mercado aberto onde são negociados, de forma


organizada, valores mobiliários de companhias abertas não cotados em bolsas
de valores. O mercado de balcão não tem espaço físico de nido (é virtual), sendo
as transações realizadas por meios eletrônicos. O mercado de balcão foi
disciplinado no Brasil pela CVM em 1996 (Instrução nº 243/96).

➜ Mercado Interfinanceiro - Mercado onde as instituições nanceiras


movimentam recursos entre si, emprestando ou tomando emprestado, visando
suprir eventuais necessidades de caixa (problemas de liquidez) ou aplicar
momentâneos excessos de disponibilidades, a curto prazo.

➜ Mercado Primário - Mercado onde os títulos são negociados pela


primeira vez, revertendo os recursos provenientes das negociações diretamente
ao seu emitente.

➜ Mercado Secundário - Mercado onde se realizam a compra ou revenda


de títulos junto a terceiros, fora do mercado primário.

137
➜ Nota Promissória - É um documento representativo de uma dívida
emitido e rmado pelo devedor, que indica o reconhecimento da obrigação e
seu compromisso de quitá-la no vencimento.

➜ Opção Americana - Opção de compra ou venda que pode ser exercida


pelo titular em qualquer momento antes de seu vencimento

➜ Opção Européia - Opção que somente pode ser exercida pelo titular na
data de vencimento.

➜ Open Market - (Mercado Aberto) - É um instrumento de política monetária


de responsabilidade do Banco Central. Neste mercado, são realizadas operações
de compra e venda de títulos públicos federais através de leilões, promovendo o
enxugamento ou expansão dos meios de pagamento da economia.

➜ Preço de Exercício - Preço predeterminado a ser pago na hipótese do


exercício de uma opção de compra, ou o preço a ser recebido no exercício de
uma opção de venda.

➜ Poupança - Postergação da capacidade de consumo. Através da poupança,


os agentes gastam menos no momento atual, porém com expectativas de
poderem realizar maiores gastos no futuro.

➜ Prêmio (Opção) - Valor pago pelo investidor de uma opção para ter direito
de adquirir ou vender o ativo objeto do contrato, por um preço predeterminado,
em uma data futura. O investidor exerce esse direito somente se for de sua
conveniência.

➜ FIP (Private Equity) - Títulos privados. Tipo de fundo de investimento que


aplica em participações acionárias de empresas.

➜ Ptax - Taxa média do dólar calculada no mercado de câmbio.

➜ PUT - No mercado nanceiro, é entendida como uma opção de venda de um


ativo por um preço pre xado e por um determinado prazo.

➜ Rating - Avaliação e classi cação de ativos nanceiros em termos de seu


risco. Esta classi cação é relevante para as decisões de investimento.
138
➜ Redesconto - Instrumento de política monetária em que o Banco Central
redesconta os títulos já descontados pelos bancos. É um socorro nanceiro
disponibilizado às instituições nanceiras para suprir suas necessidades
imediatas de caixa.

➜ SBP - Sistema Brasileiro de Pagamentos - Conjunto de regras , procedimentos


e sistemas operacionais integrados utilizados nas transferências de fundos entre
os agentes econômicos, visando elevar sua e ciência e reduzir os riscos.

➜ Securitização - Corresponde à emissão de um título negociável no


mercado lastreado em algum ativo da empresa emitente. Tem por objetivo
levantar recursos no mercado.

➜ SELIC - Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Aplicado às operações


com títulos públicos sob a responsabilidade do Banco Central.

➜ Split - (Desdobramento) - Desdobramento de uma ação em duas ou mais


ações com a consequente elevação da quantidade em circulação. O split ocorre
sem qualquer alteração na estrutura de participação societária da companhia e
não deve também modi car o valor agregado de mercado dos papéis.

➜ SPREAD - Margem de ganho medida pela diferença entre a taxa de aplicação


e a taxa de captação. Pode ser entendido também como um acréscimo de risco à
taxas de juros. Por exemplo, um empréstimo pode ser concedido cobrando-se
uma taxa de juro mais um percentual representativo do risco da operação,
de nido por spread.

➜ SWAP - Operação que consiste na troca de uxo de caixa futuros. São


geralmente praticados swaps de taxas de juros, em que se troca uma taxa xa de
juros por uma taxa utuante (ou vice-versa), e swaps de taxas de câmbio, em que
se trocam duas moedas diferentes.

➜ Tag Along - Transferência parcial ou total, a todos os demais acionistas de


uma companhia das condições e preços negociados pelos controladores por
ocasião da alienação do controle acionário.

➜ Taxa de Câmbio - Valor que uma determinada moeda é cotada no mercado


em relação a outra.

139
➜ Taxa Selic - Taxa média diária representativa da negociação de títulos
públicos na Selic. No âmbito da política monetária, o Banco Central xa metas
para a taxa Selic.

➜ Underwriting - (Subscrição) - É um processo de aumento de capital social


através da emissão de novas ações e consequente colocação desses valores
junto ao público em geral.

➜ Viés de Taxa de Juros - Direito do Banco Central em elevar ou reduzir a


meta da taxa Selic a qualquer momento entre as reuniões mensais do Copom,
sempre que as condições da economia assim o exigirem.

➜ Volatilidade - Medida que re ete a intensidade e a frequência das


utuações dos preços de um ativo no mercado. O coe ciente beta é uma medida
de volatilidade de uma ação em relação à carteira de mercado.

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