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Com fundamento nos Art. 3, 6, inciso VIII e 14 do CDC , art. 300, do CPC e art. 186,
247 e 927 do cc/2002 e RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 414, DE 9 DE SETEMBRO DE
2010.
Em face de CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A, pessoa jurídica de direito publico, inscrita no
CNPJ sob o nº 06.981.180/0001-16,inscrição estadual n° 062.322136.0087 sito, à Av.
Barbacena n° 1200- 17° andar, Ala 01, Belo Horizonte-MG CEP: 30190-131, pelos fatos
e fundamentos que passa a expor.
I- PRELIMINARMENTE
I.1- DAS FUTURAS NOTIFICAÇÕES
Inicialmente, requer a autora, na forma do art. 272§ 5, do Novo Código de Processo
Civil, requer que sejam as futuras notificações/intimações encaminhadas ao endereço
de seus Patronos, situado à Av. Silva Guimarães, 104, sl 04, Jatobá, Belo Horizonte,
De modo que, atento ao Art. 5º inciso LXXIV da CR/88 e com o art. 98 a 99 do NCPC,
declarando sob os comandos legais seu estado de hipossuficiência econômica, como
condição de acesso à postulação da Jurisdição apropriada, requer o beneplácito da
JUSTIÇA GRATUITA, tendo em vista que a autora não reúne condições financeiras
para arcar com às custa oriundas do processo, bem como honorários de advogado,
sem prejuízo do sustento próprio e de sua família.
Ora, MM Juiz, não pode ser tida como hábil à cobrança do suposto
débito apresentado pela Ré com base no “Cálculo de Consumo Irregular” e
“Termo de Ocorrência e inspeção”, dado o procedimento por ela adotado, posto
que os respectivos documentos foram produzidos de forma unilateral. Logo se
questiona o valor jurídico de tais documentos como prova, sendo, portanto, nulos,
por cerceamento de defesa e vício nos respectivos procedimentos adotados pelos
funcionários da mesma. Assim, a autora faz jus que tais débitos sejam declarados
inexistentes.
Ademais, se houve irregularidade, esta deve ser atribuída à Ré, por não
cumprir com suas obrigações legais, ou seja, a inércia por parte da Ré por ter faltado
com o seu dever de fiscalização (e.g. não realizou verificações periódicas), conforme
lhe impõe a Resolução Aneel 414 de 03/09/2010.
Assim, atribuir a Autora fato de que a mesma não deu causa ou sequer concorreu
para o tal, e consequentemente cobrar-lhe dívida inexistente, é por si só ato ilícito,
passível de reparação pela legislação civil, senão vejamos.
"Em sentido restrito, ato ilícito é todo fato que, não sendo
fundado em direito, cause dano a outrem". (grifo nosso).
Enfim, Nobre Julgador, por todo exposto a Autora faz jus seja
declarada a inexistência da suposta irregularidade e principalmente a
inexistência de débito no valor de R$ 6.453,46 (seis mil quatrocentos e
cinquenta e três reais e quarenta e seis centavos), e seus consectários, caso
haja, em seu nome, em favor da Ré, bem como condenação a título de DANOS
MORAIS NO IMPORTE DE R$ 10.000,00 ou o valor que D. Juízo entender justo.
(...)
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TOTAL KWH: 7308 MÉDIA: KWH
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Ad argumentandum, caso Vossa Excelência não se convença da planilha com
base nos cálculos da conta “ Detalhamento do Cálculo do Consumo Irregular a
Autora trouxe aos autos as faturas anteriores ao período de irregularidade isto
é 10/2008 a 10/2009 uma vez que o período da suposta irregularidade teve inicio
em: 11/2009. Assim pela planilha abaixo a media de consumo da autora com
base nas três ultimas contas anteriores a irregularidade ( ago/set/out/2009)
ficou no patamar de 220,6 Kwh/mês conforme planilha abaixo.
Registra-se, apenas, que o referido custo administrativo tem por fim indenizar
a concessionária (Ré) pelas despesas que despendeu com a constatação da suposta
IV - DA TUTELA DE URGÊNCIA
A tutela de urgência esta elencada no art. 300 do novo código que assim dispõem:
Art. 300- a tutela de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
Nas palavras de Freddie Diddier Jr.
A probabilidade do direito a ser provisoriamente
satisfeito/realizado ou acautelado e a plausibilidade de
existência desse mesmo direito. O bem conhecido fumus boni
iuris (ou fumaça do bom direito). O magistrado precisa avaliar
se há “ elementos que evidenciem” a probabilidade de ter
acontecido o que foi narrado e quais as chances d êxito do
demandante ( art. 300, CPC). Um considerável grau de
plausibilidade em torno da narrativa dos fatos trazida
pelo autor É preciso que se visualize, nessa narrativa, uma
verdade provável sobre os fatos, independentemente da
produção de prova (DIDDIER JR,2015,p.595)
Neste caso in concreto, o pedido liminar inaudita altera pars visa garantir a
Autora a continuidade do fornecimento de energia elétrica à sua unidade consumidora,
ante a ofensa ao seu direito no caso de interrupção pela Ré frente à cobrança do débito
que aqui se discute. Para tanto, indispensável à presença do fumus boni iuris e do
periculum in mora.
a probabilidade do direito no presente caso, se consubstancia no ATO ILÍCITO
PRATICADO PELA RÉ. O Aviso de Débito de Irregularidade que foi enviado pela
Ré, acostado a presente ação, denota a mais pura e simples ameaça ao direito da
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Autora, pois em não satisfazendo seu pleito, tomará “as providências judiciais
cabíveis, sem prejuízo de outras providencias aplicáveis”.
É notória a prática reiterada da Ré em interromper o fornecimento de energia elétrica
numa forma de coagir os consumidores a liquidar seus débitos perante a mesma. In
casu, a cobrança ora discutida não se refere a débitos de conta regular, mas sim
de débitos relacionado à suposta irregularidade no medidor de energia elétrica.
Logo, paira dúvida acerca da legalidade da respectiva cobrança, cujo objeto desta ação
é obter a declaração de sua inexistência.
V - DOS PEDIDOS
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, inclusive
prova testemunhal, depoimento pessoal da representante da demandada sob pena de
confissão, juntada ulterior de documentos e tudo mais que se fizer necessário para a
perfeita resolução da lide, o que fica, desde logo, requerido.
V – DO VALOR DA CAUSA
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Nos termos do artigo 292 da se o valor da causa em R$ 16.453,46 ( Dezesseis mil
quatrocentos e cinquenta e três reais e quarenta e seis centavos).
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ADVOGADO
OAB/UF