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Artigo Técnico

Boletim Cosmecêutico – Julho / 2007

Cosmética Antipoluição

Com a modernização tecnológica e o crescimento urbano, torna-se inevitável expor-se


continuamente aos poluentes, em níveis cada vez mais alarmantes. Não somente nosso
organismo, internamente, sofre com esta realidade. Também a pele é agredida pela
poluição e necessita cuidados específicos para manter-se saudável.

Resumo

Poluição & Stress Cutâneo


Muito se tem falado em preservação do meio-ambiente, redução dos níveis de poluentes e menor
agressão à natureza. Os movimentos pró-ecologia estão empenhados em combater os efeitos
nocivos destes agentes agressores, e também evitar sua emissão. Também a pele, órgão mais
extenso de nosso corpo, é afetada diretamente pela ação deletéria da poluição.

A emissão de material poluente é cada vez mais freqüente e, desta forma, a pele fica mais
vulnerável à ação destes agentes agressores. Embora não seja facilmente perceptível, diariamente
ocorre acúmulo de sujidade e resíduos da poluição, que não podem ser removidos totalmente
somente com uma higienização simples.

As partículas de poluentes podem alterar o funcionamento das células na epiderme, resultando em


divisão e renovação celular mais lenta. Da mesma forma, as trocas gasosas da pele são
perturbadas e podem resultar em irritações cutâneas.

Os poluentes são responsáveis por danos estruturais na epiderme e também por irritações na cútis,
deixando-a muito mais sensível e menos resistente do que uma pele saudável.

Pesquisas recentes demonstraram que os queratinócitos têm a capacidade de produzir de forma


autônoma glicocorticóides, catecolaminas e citocinas, substâncias conhecidas como Stress
Hormones. Quando a pele está exposta de maneira excessiva a estes agentes estressantes, a
produção de stress hormones é feita de maneira descontrolada, causando danos ao tecido.

Estes danos envolvem vasoconstrição periférica ou vasodilatação, hiperidrose, prurido, aumento da


fragilidade capilar e outros dismorfismos, muitos dos quais semelhantes àqueles apresentados pela
pele envelhecida.

O stress cutâneo pode ter origem em agentes de ação global, como acontece com a pele de uma
pessoa estressada, mas também em agentes locais, como a poluição ambiente, a fumaça dos
cigarros, a radiação solar, calor ou frio excessivos, aplicação de substâncias potencialmente
irritantes, dentre outros.

Radicais Livres & Pele


Os Radicais Livres são resultantes de reações químicas incompletas, que resultam em espécies
altamente reativas.

Dentre elas, destacam-se os Ânions Superóxidos (OH- e O2-) e as Espécies Reativas de Oxigênio
(ROS – Reative Oxigen Species, como o Peróxido de Hidrogênio – H2O2). São produzidos tanto por

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fatores intrínsecos, relacionados ao metabolismo celular, quanto por fatores extrínsecos, tais como
radiação ultravioleta, fumo e outros poluentes do ar.

São responsáveis pela perda de função de várias estruturas do tecido cutâneo (lipídeos, enzimas e
até mesmo DNA), afetando a capacidade de regulação hídrica da pele, tornando-a mais seca e
menos hidratada. Além disto, desestruturam a integridade da barreira cutânea, tornando a pele
mais sensível e mais susceptível às alergias ou a hipersensibilidade. Também as irritações cutâneas
ocasionadas pela agressão poluente aceleram a produção endógena de Radicais Livres (RL),
desencadeando reações de envelhecimento celular.

Reagem com as moléculas de colágeno, DNA, enzimas e outras, através de ligações cruzadas
(também conhecidas como Reação de Maillard, Cross-linking ou Glicação de Colágeno), resultando
em menor elasticidade e mobilidade cutânea. Além disto, os produtos destas reações podem ser
defeituosos e de difícil reparo por proteases, o que acarreta em envelhecimento celular, flacidez e
rugas.

Ativos Disponíveis
É fundamental, desta forma, evitar o contato da pele com estes agentes agressores, de maneira
que o envelhecimento celular seja reduzido ou, ao menos, retardado. Abaixo encontramos algumas
sugestões de ativos, disponíveis para manipulação de dermocosméticos, que se propõem a atuar
de forma protetora contra as agressões causadas pela poluição.

Acs – Anti Cyto Stressor®


Trata-se de uma fração extrativa das raízes de Krameria triandra, capaz de modular a produção de
Stress Hormones pela epiderme, protegendo a pele e prevenindo danos cutâneos resultantes desta
superprodução hormonal.

Apresenta propriedades anti-aging; antiinflamatória cutânea; inibidora da peroxidação lipídica,


protegendo a função barreira cutânea; corretora de disqueratoses; calmante da pele frente a
agressores externos; queratoplástica; além de ser moduladora da atividade endócrina da
epiderme, normalizando a produção de Stress Hormones.

Utilizado em concentrações entre 2 e 3%, em géis, géis-creme ou emulsões não-iônicas.

Aldenine®
Atua contra as espécies reativas de oxigênio, geradas pela poluição e estresse oxidativo, através
do estímulo da produção de colágeno III, recuperando a elasticidade e firmeza da pele. Age
eliminando as carbonilas reativas, protegendo os queratinócitos e evitando a glicação (inativação)
do colágeno.

Utilizado em concentrações entre 2 e 5% em emulsões ou géis para uso facial ou corporal,


podendo ser associada a filtros solares.

Enteline 2®
É uma fração de peptídeos isolados da alga verde (Chlorophycea) Enteromorpha compressa. Atua
no estágio inicial da inflamação, através do bloqueio de acesso dos neuromediadores às células
receptoras. Reduz descamação, tensão, eritema e irritações da pele.

Sugere-se a utilização de concentrações entre 2 e 3%, em emulsões ou géis não-iônicos.

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Protectami®
Contém a fração hidrossolúvel do extrato da alga Padina pavonica, que possui a capacidade de
atuar diretamente nas estruturas cálcio-dependentes da epiderme, induzindo a síntese de
citoqueratinas (proteínas sintetizadas pelos queratinócitos, responsáveis pela resistência celular) e
proteínas desmossômicas (estruturas responsáveis pela manutenção da coesão dos
queratinócitos), mesmo na presença de agentes deletérios presentes na poluição, além de atuar
suprimindo a irritação da pele.

Utilizado em cremes e géis, em concentrações entre 2 e 4%.

Vital ET®
Trata-se de um complexo estável formado por fosfato de tocoferol e laurimino-dipropionato
dissódico. Esta complexação otimiza a biodisponibilidade da Vitamina E (tocoferol), que é
responsável pela significativa redução de danos ao DNA e da peroxidação de lipídeos.

Recomendam-se concentrações entre 0,3 e 3,0% de ativo em cremes, géis ou géis-creme,


inclusive associado a filtros solares.

Referências
1. BRENCI, S.; RIALDI, V. ; RIALDI, G. Stress hormones, proinflamatory e antiinflamatory cytokines
and autoimmunity. Acad. Sci., v. 066, p. 290-303. 2002.

2. ELENKOV, I. J; CHROUSOS, G. P. Stress hormones, proinflamatory e antiinflamatory cytokines and


autoimmunity. Acad. Sci., v. 066, p. 290-303. 2002.

3. MIYAMOTO, Maristela. Organização cromatínica, fragmentação de DNA e morte celular em eritrócitos


circulantes de algumas espécies de serpentes. Disponível em:
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000302172

4. OLSZEWER, Efraim. Clínica Ortomolecular; São Paulo: Roca, 2000.

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