Sei sulla pagina 1di 8

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

LETRAS LICENCIATURA LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

EDNA LÚCIA DOS SANTOS


MÁRCIA CRISTINA REMÉDIO

O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA E OS PARÂMETROS


CURRICULARES NACIONAIS
Atividade em Grupo - Portfólio 4º Semestre

Nilópolis
2015
EDNA LÚCIA DOS SANTOS
MÁRCIA CRISTINA REMÉDIO

O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA E OS PARÂMETROS


CURRICULARES NACIONAIS
Atividade em Grupo - Portfólio 4º Semestre

Trabalho apresentado ao Curso de Letras da UNOPAR -


Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas:
Metodologias do Ensino de Língua Portuguesa e
Literatura, Literaturas de Língua Portuguesa,
Estruturalismo e Sociolinguística e Seminário da Prática
IV.

Professores: Andressa Aparecida Lopes, Rosemari


Bendlin Calzavara, Celso Leopoldo Pagnan, Anderson
Teixeira Rolim, Juliana Fogaça Sanches Simm, Ednéia
de Cássia Santos Pinho e Antônio Lemes Guerra Júnior.

Nilópolis
2015
3

1 INTRODUÇÃO

Até as primeiras quatro décadas do século XX o ensino da Língua


Portuguesa mantinha a gramática, a retórica e a poesia. Época das coletâneas de
textos dotados de muita gramática, que preservava o dito “bom gosto literário” e a
“pureza da língua” dos letrados. De dentro desse contexto os professores faziam
suas análises e propunham exercícios aos alunos e aprofundamento do estudo da
língua. Cada professor seguia sua linha de ensino.
Em 1959 o Ministério da Educação e Cultura, designou um grupo de
gramáticos à tarefa de reunir termos técnicos, no campo da gramática, que deveriam
ser empregados uniformemente em todo o país, patrocinando um glossário sob a
forma de portaria, com a finalidade de padronizar as referências descritivas sobre a
língua, tentando redimensionar os estudos: tratava-se da Nomenclatura Gramatical
Brasileira, a NGB, vigorando até a atualidade, mesmo rodeada de críticas.
Em 1961 mais uma tentativa de aperfeiçoamento do ensino, a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sob o número 4024/61 determina que
“a educação é direito de todos e será dada no lar e na escola” (Art.2º); entretanto,
em parágrafo único, admite a insuficiência de escolas e a possibilidade de
encerramento de matrícula em caso de falta de vagas. Cria os Conselhos Estaduais
de Educação, com a tarefa de tentar melhorar a qualidade do ensino. Levar-se-ão
em conta, a partir da Lei, a variedade dos cursos, a flexibilidade dos currículos e a
articulação dos diferentes graus (Art.12). Assim, a organização do ensino obedecerá
às peculiaridades de cada região e de seus grupos sociais.
Durante toda a década de 60 o país passa por uma metamorfose
sociopolítica, ditadura militar, a regularização da educação para o povo e para todos
e o ensino público deixou de ser elitista e passa a atender às camadas mais
populares, causando impacto nos professores habituados a lidar com alunos mais
distintos e acostumados com a norma culta da língua portuguesa. Os alunos da
classe rica abandona o ensino público para o privado e os professores passam a
direcionar o ensino para as camadas populares. A mudança também ocorreu para os
professores que eram formados pelas Escolas Normais, as melhores do Magistério
Público. A nova lei criada retira o poder do Estado e Município de formarem seus
professores e desde então o prestigio do professor cai juntamente com a política
salarial.
4

Em 1971 é sancionada a Nova Lei de Diretrizes e Bases, a 5692/71,


estabelecendo a língua nacional como instrumento de comunicação e expressão da
cultura brasileira. A disciplina de Língua Portuguesa passa a ser Comunicação e
Expressão no que foi considerado 1º segmento do 1º grau (1ª à 4ª série);
Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa, no 2º segmento (5ª à 8ª série),
só se tornando como Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no 2º grau. Fica
provado que o ensino vive um verdadeiro caos, pois os professores têm em sala de
aula, alunos divididos por séries e faixa etária que não conciliam o conhecimento
entre uma e outra, resultando em reprovação em massa.
Nos últimos anos da década de 80 Criam-se os PCNs (Planejamento
de Currículo Nacional), visando orientar e padronizar o ensino seguindo os mais
modernos parâmetros.
Com a nova lei federal n.º 9394 de 1996 – a LDB (Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional) conhecida como Lei Darcy Ribeiro – fica determinado
como competência da União estabelecer, junto aos estados e municípios, diretrizes
que orientem os currículos e seus devidos saberes, de forma a garantir uma
formação básica comum a todos.
Unificado o ensino da Língua Portuguesa em todo o território
brasileiro, começa então uma nova era onde Professor-Aluno passam a trocar
informações em sala e um apende com o outro.
A língua passa a ser respeitada em toda a sua regionalidade e com
suas variedades.
Os textos que traziam a tão requerida pureza da língua perdem seus
lugares para textos atualizados, para que o professor possa trazer o contexto do
texto para a realidade do aluno.
O ensino da Gramática Normativa, a forma Culta ou Padrão e a
Literatura passam a ser aplicadas por outro tipo de Pedagogia que não é mais a
tradicional e nem a tecnicista.
O ensino da Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas foi
reformulado para moldar, em sala de aula, um sujeito crítico, reflexivo e pensante.
5

2 DESENVOLVIMENTO
O Parâmetro Curricular Nacional tem como objetivo auxiliar o
educador no cumprimento do seu trabalho, juntamente aos educandos, visando
assim um bom aproveitamento de ambos: mestre e aluno.
Serve também, como instrumento de discussão entre professores e
orientadores na elaboração das aulas, criação de projetos, feiras estudantis, etc.
É o documento que visa criar bases educacionais comuns em todo o
País e orienta aos professores sob os conteúdos que devem ser trabalhados, a fim
de garantir, assim, práticas pedagógicas de maior qualidade. Ele foi elaborado para
respeitar as diversidades regionais, culturais, políticas existentes no país e unificar o
ensino num todo.
Segundo o PCN, um dos objetivos no ensino fundamental é que o
aluno seja capaz de:
• Compreender a cidadania como participação social e política
assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no
dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando
o outro e exigindo para si o mesmo respeito.
• Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas
diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e
de tomar decisões coletivas.
Para que o PCN venha ter um resultado positivo é necessário que o
professor vivencie o que ensinará: o gosto pela leitura, pelo conhecimento, o
respeito à diversidade linguística, entre outros devem ser requisitos indispensáveis
do professor.
Uma das maiores dificuldades que o mestre tem encontrado na sala
de aula é ensinar seus alunos a ler e a escrever, este obstáculo é encontrado no fim
da 1ª série do ensino fundamental (alfabetização) e na 5ª série do mesmo
(ineficiência da linguagem).
O PCN também aborda conceitos para a literatura, de acordo com
Zilberman (1993), o ensino da literatura contribui com a leitura e tem como foco
transformar o indivíduo em leitor. O aluno alfabetizado não se torna um leitor pelo
simples fato de ter aprendido a ler, para ser “transformado” num leitor, é necessária
a intervenção do professor, fundamentada numa concepção de ensino que conceba
a prática da leitura como possibilidades de novas perspectivas ao indivíduo
6

permitindo-lhe refletir e posicionar-se criticamente diante da realidade. Logo, é


importante que o estudo da obra literária faça parte da trajetória escolar, pois:
“[...] o recurso à literatura pode desencadear com eficiência um novo pacto
entre os estudantes e o texto, assim como entre o aluno e o professor. No
primeiro caso, trata-se de estimular uma vivência singular com a obra,
visando ao enriquecimento pessoal do leitor, sem finalidades precípuas ou
cobranças ulteriores. Já que a leitura é necessariamente uma descoberta de
mundo, procedida segundo a imaginação e a experiência individual, cumpre
deixar que este processo viabilize-se na sua plenitude” (ZILBERMAN, 2009,
p.35).
7

2 CONCLUSÃO

Analisamos os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua


Portuguesa e concluímos que o documento propõe positivamente suas diretrizes.
Quando o Magistério superar sua tradicionalidade prescritiva
relacionada ao ensino da Língua Portuguesa, adotando todas as práticas existentes
nos PCNs, a proficiência do uso de nossa língua materna ganharia mais qualidade
entre nossos educandos.
Não é impossível de colocar em prática tudo o que está dentro dos
PCNs, desde que os professores tenham todos os recursos disponibilizados para
interagir livremente. Infelizmente vivemos num país onde a Política Educacional
Pública sofre de paralisia, negando-se a progredir junto com a modernidade e
intencionalmente formando analfabetos funcionais, pois a situação que encontramos
na rede pública de ensino é: o professor na condição de Gladiador contra o Sistema
Educacional Público que não deixa reprovar o aluno só porque ele é participativo e
assíduo às aulas e, mesmo que ele não aprenda nada, que zere suas provas, ele
tem que ser aprovado para a série seguinte.
É difícil acessarmos tal documento sem considerarmos que é muito
bem elaborado e perfeito, mas que infelizmente nem 40% do que contém nele pode
ser aplicado na educação pública, tornando-a deficiente de si mesma.
8

3 REFERÊNCIAS

A Educação no Brasil nos dias atuais. Web Artigos. Disponível em:


http://www.webartigos.com/artigos/a-educacao-no-brasil-nos-dias-atuais/25509/
Acesso em 28 out 2015.

BETTIO, Maira Altoff de. Ensino da Língua Portuguesa. Info Escola. Disponível em:
http://www.infoescola.com/pedagogia/ensino-da-lingua-portuguesa/ Acesso e: 11 nov
2015.

CLARE, Nícia de Andrade Verdini. 50 Anos de Ensino de Língua Portuguesa (1950-


2000). Info Escola. Disponível em: http://www.filologia.org.br/vicnlf/anais/caderno06-
05.html Acesso em: 25 nov 2015.

VEZZOSI, Carina Rafael. Ensino de Literatura: reflexões e possibilidades. UFRGS –


Instituto de Letras – Departamento de Línguas Clássicas e Vernáculas. Porto
Alegre, 2009. Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/21504/000737495.pdf?
sequence=1 Acesso em: 8 nov 2015.

ZILBERMAN, Regina. A leitura na Escola. In: ZILBERMAN, Regina (Org.). Leitura


em crise na escola: alternativas do professor. Porto Alegre: Mercado Aberto,
1993.

ZILBERMAN, Regina. A leitura na Escola. In: ROSING, M.K. e ZILBERMAN, Regina


(Org.). Escola e Leitura: velha crise, novas alternativas. São Paulo: Global, 2009.

Potrebbero piacerti anche