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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

LETRAS LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA

MÁRCIA CRISTINA REMÉDIO

O ENSINO DA GRAMÁTICA EM SALA DE AULA


Atividade Portfólio 3º Semestre - Individual

Nilópolis
2015
MÁRCIA CRISTINA REMÉDIO

TÍTULO DO TRABALHO:
Atividade Portfólio 3º Semestre - Individual

Trabalho do Curso de Letras apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para
a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Língua
Portuguesa: Conceitos Gerais, Leitura e Produção de
Textos I, Teoria da Literatura I, Metodologia Científica e
Seminário da Prática III.

Orientadores: Professores Juliana Fogaça Sanches


Simm, Vinícius Pires Rincão, Celso Leopoldo Pagnan,
Andressa Aparecida Lopes, Ednéia de Cássia Santos
Pinho.

Nilópolis
2015
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1 INTRODUÇÃO

A Gramática é a estrutura de regras de uma língua e por isso


padroniza a escrita e a fala de todos que a dominam.
São as regras da Gramática que preservam o sistema linguístico e
sem elas não podemos descrever nem prescrever a utilidade da língua aos falantes,
uma vez que a língua é mutável e viva.
Todo ser humano domina sua língua até seu primeiro triênio de vida,
formando frases perfeitas. Nesta fase ele já tem sua gramática internalizada,
adquirida com seus pais, no seio de sua família e se socializando com outras
pessoas.
Na escola, o aluno tem acesso às outras gramáticas que o ajudarão
a desenvolver sua inteligência, adquirindo o conhecimento necessário da sua língua
natal. A gramática descritiva ensinará tudo sobre a variedade da língua em sua
forma oral; a gramática normativa que trata de todas as regras que envolvem os
padrões de escrever e falar a língua (o que se deve ou não falar e escrever) e a
gramática tradicional que é exclusiva para a língua escrita e que é considerada a
gramática padrão por conter a forma culta da língua.
Para os educadores basta por em prática a Gramática Reflexiva
para ensinar todas as outras, considerando sempre o meio sociocultural que advém
seu aluno.
Eu acredito no ensino de todas as gramáticas. Um bom Educador
entende que ele não está programando o aluno como se ele fosse uma máquina,
mas sim o alimentando de informações que serão importantes para seu
desenvolvimento mental, social, cultural e profissional.
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2 DESENVOLVIMENTO

Não é de se admirar que os mais velhos tenham uma forma mais


bonita e mais inteligente de falar do que os que nasceram há apenas duas décadas
Ressalte-se imensa tristeza ao verificar que a gramática da Língua
Portuguesa está cada vez mais abandonada por conta das transformações que
ocorrem significativamente na necessidade da comunicação simplificada e nas leis
vigentes da Educação.
Todo aluno chega à escola com sua gramática internalizada trazida
do seu meio sociocultural e é dentro da sala de aula que ele aprende a ortografia e a
estrutura da língua que ele domina, conforme afirma Possenti “a função da escola é
de ensinar o padrão, em especial o escrito”. (2000, pág.31).
Cabe-se falar dos problemas sociais gravíssimos que nosso país
sempre enfrentou por causa da evasão escolar e citar que o número de leitores vem
diminuindo consideravelmente. Estes fatos não derivam da metodologia aplicada
pelo educador e isso seria um crime afirmar.
Com alunos se evadindo das escolas e os leitores diminuindo, o que
se pode esperar do futuro da Língua Portuguesa falada e escrita?
Para quem teve a sorte de estudar Língua Portuguesa nas décadas
de 1980-90 sabe que atualmente a gramática vem perdendo seu valor dentro da
sala de aula e isso é assustador.
Estudar as variações da língua que se domina não é somente
fundamental para qualquer pessoa que necessite de comunicação, seja ela verbal
ou escrita, mas também para a formação do sujeito, pois como afirma Vygotsky “o
estudo da gramática é de grande importância para o desenvolvimento mental da
criança”. (apud WISSMANN, 2003).
WISSMANN (2000) ressalta que:

“[...} isso se dá pelo fato de que, embora domine a gramática de sua língua
muito antes de entrar na escola, esse domínio é inconsciente, ou seja,
mesmo usando o tempo verbal correto ao se expressar, não saberá declinar
ou conjugar uma palavra quando isso lhe for solicitado. Nesse sentido, o
ensino da gramática torna-se válido não só porque permite à criança estar
consciente do que está fazendo, mas porque aprende a usar estas
habilidades de forma consciente, além de permitir a ela passar para m nível
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mais elevado do desenvolvimento da fala”.

Todos os tipos de gramáticas podem ser aplicados em sala de aula


como faziam os professores do século XX, mas com uma diferença que pode mudar
todo um contexto literário e dinamizar o ensino: utilizando textos atualizados que
trazem à tona a realidade que envolve o aluno, para que ele entenda e atribua à
forma adequada ou inadequada de se falar ou escrever.

“[...] Ao ensinar gramática, tenhamos sempre presente estas questões, que


nos orientam na direção de que é necessário levar em conta o capital
cultural da criança e incentivá-la no sentido de que aprender pela
colaboração é sempre mais válido e producente que aprender pela
competição”. (WISSMANN, 2000)

O educador da Língua Portuguesa encontrará muitas barreiras na


escrita de seus alunos por causa da fala. O preconceito não pode estar presente,
mas sim a boa vontade, a flexibilidade e a criatividade de fazer com que o aluno
entenda que “daquele jeito não pode ser”, pois há uma forma certa para ser dita ou
escrita.
“[...] Os Parâmetros Curriculares nacionais (PCNS) são documentos
registrados por lei que norteiam, guiam os professores para um sistema de
ensino melhor. Defendem que o ensino não deve concentrar-se na
gramática, mas também em leitura de textos. “A Gramática não é, pois, o
ponto base do ensino, já que os “fatos gramaticais” presentes nos textos
lidos jamais deveriam ser apresentados ‘a priore’, mas derivados das
observações feitas pelo aluno”. (PCN, 1998, p.262). Então, o professor de
Língua Portuguesa não deve utilizar a gramática como o único instrumento
de ensino, mas como apenas uma referência. É preciso aplicar produção de
texto que causem a reflexão entre os alunos”. (apud FONTENELE, 2012)

Deve-se destacar a dificuldade de cada sujeito para o aprendizado e


que o contexto de sua realidade influencia muito nisso, mas negar-lhe o
conhecimento gramatical tradicional seria como negar informações vitais para o
sujeito em formação, pois qualquer meio de comunicação que usa uma linguagem
codificada, tem sua estrutura numa Gramática Normativa.
Segundo Bechara (2014, pág. 19) “A língua não é o único recurso
que usamos para nos expressa”. Ele também diz (2014, pag. 19) que um bom
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falante desempenha três domínios de saber:


1) Elocutivo: falar em conformidade com: os princípios gerais do
pensamento; conhecimentos gerais do mundo em que vivemos;
interpretação de uma língua particular;
2) Idiomático: saber todo o tradicional de uma comunidade;
3) Expressivo: saber construir o discurso e o texto levando em conta
a situação e a pessoa com quem falamos ou que nos vai ler.

“[...] A gramática dita normativa só leva em conta a língua exemplar. Tanto o


correto como o exemplar integram a competência linguística geral dos
falantes. A competência linguística ideal é aquela que põe o falante na
condição de ser um poliglota da sua própria língua, isto é, estar em
condições de se expressar adequadamente na sua variedade e também
entender a variedade em que se expressa a pessoa com quem se
comunica”. (BECHARA, 2014, pág. 20).

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3 CONCLUSÃO

Analisando o conteúdo da pesquisa, concluo que o ensino da


Gramática da Língua Portuguesa precisa ser reformulado, mas não anulado.
Todas as gramáticas podem ser ensinadas, só que não no método
antigo de ensino, mas diversificando o conteúdo da aula estimulando o aluno a
entender melhor as regras gramaticais, quando motivados por textos que tragam a
realidade da vida para o exercício proposto em prática.
É através da língua falada que interagimos verbalmente com outas
pessoas.
Se a língua é usada para a comunicação, por que não seguir a
evolução dos meios de comunicação para modernizar a expressão?
Acredito no Educador de Língua Portuguesa que modera sua aula,
trocando informações com seus alunos, interagindo com todos, independentemente
de sua condição sociocultural. Desta forma, o conhecimento pode ser levado,
ultrapassando todas as barreiras.
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REFERÊNCIAS

BECHARA, Evanildo. Gramática Fácil.1. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.

FONTENELE, Kamila M. de Sá. Analise entre as gramáticas normativa, descritiva e


reflexiva. Que gramática cabe a escola ensinar?. Web Artigos. 12 abr 2012.
Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/analise-entre-as-gramaticas-
normativa-descritiva-e-reflexiva-que-gramatica-cabe-a-escola-ensinar/87004/ Acesso
em: 01 jun 2015.

Gramática. R7. Disponível em: http://www.portugues.com.br/gramatica/ Acesso em:


01 jun 2015.

POSSENTI, Sírio. Por que (não) Ensinar Gramática na Escola. São Paulo:
Mercado das Letras: Associação de Leitura do Brasil, 1996.

WISSMANN, Liane dal Molin. Por que ainda se ensina gramática nas escolas?. In
Revista Linguagem e Cidadania. 10. Ed., 2003. Disponível em:
http://coral.ufsm.br/lec/02_03/Liane.htm Acesso em: 01 jun 2015.

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