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ANGLADA, Paulo Roberto Batista. Soli Deo Gloria - O Ser e Obras de Deus.

Ananindeua:
Knox Publicações. 2007. pp. 31-53, 201-225, 227-245.

Resenha

As páginas acima referenciadas, dizem respeito a três capítulo da obra do Rev. Paulo
Anglada, Soli Deo Gloria: O Ser e Obras de Deus, respectivamente: o capítulo 3. Os Nomes
de Deus; 9. A Criação do Mundo Invisível e; 10. A Criação do Mundo Visível. Anglada
discorre, nesses capítulos, a importância de se conhecer os nomes de Deus, para assim
também conhecer seus atributos, sua soberania e eternidade; por conseguinte, os outros dois
capítulos, nos dão uma luz a respeito da doutrina da criação dos seres angelicais, do mundo
como o vemos e do ser humano. Anglada, é pastor da Igreja Presbiteriana Central do Pará,
também é Doutor em Ministério pelo Westminster Theological Seminary in California.
No terceiro capítulo, o autor expõe em detalhes os nomes, encontrados na Bíblia,
usados pelos homens para se referirem a Deus, direta ou indiretamente. Alguns desses nomes
foram ditos pelo próprio Deus, ao revelar-se aos seus servos. Para cada nome apresentado,
Anglada aponta seu significado nas línguas originais e as respectivas referências bíblicas
onde se cita o nome. O escritor defende que é impossível conhecer a Deus em sua totalidade,
visto que Ele não é limitado aos nossos conceitos humanos, mas aprouve a Deus se fazer
conhecido. Para tanto, uma das maneiras de conhecer a Deus se dá por meio dos nomes a
Ele atribuídos nas Escrituras.
No oriente antigo, os nomes próprios traziam significados relacionados as
características físicas, personalidade, circunstancias do nascimento, etc. Daí o fato, dos
nomes bíblicos serem "descritivos, simbólicos ou proféticos”, bem como, os nomes de Deus,
adotados com o objetivo de sinalizar quem é Deus, sua essência e singularidade. Vale
ressaltar que tais nomes são antropomórficos, aplicando conceitos humanos a Deus. De
maneira que os nomes de Deus revelam seus atributos e seu relacionamento com o
“verdadeiro Israel”, seu povo no Antigo e Novo Testamento.
A partir do nono capítulo, o reverendo passa a discorrer sobre aa doutrina da criação.
Atentando primeiramente, para a criação dos seres angelicais. Entende-se que a criação dos
anjos se dá na descrição de Genesis 1.1 “no princípio criou Deus os céus e a terra”. Esses
seres são denominados conforme seus atributos, anjo significa mensageiro, podendo também
serem chamados de espíritos, filhos de Deus e espíritos ministradores. Para Anglada, a
queda dos anjos, é descrita na Bíblia tendo origem no pecado do orgulho de Satanás, que
corrompeu alguns anjos, causando a “grande catástrofe” que deixou a terra sem forma e
vazia (Gn 1.2). O homem tornou-se escravo do pecado por ter cedido a tentação de Satanás
e a própria natureza sofre as consequências dessa corrupção, nós somos advertidos de que
lutamos contra esses seres espirituais malignos. Por outro lado, Cristo é o cabeça da Igreja e
dos Anjos Eleitos e esses, por sua vez, servem a Igreja.
Os anjos são seres invisíveis (Cl 1.16), portanto, são espirituais e sem forma corporal.
São imortais, com personalidade própria, faculdades mentais e sentimentais, possuindo
também, poder exercido sob autoridade de Deus. São numerosos e organizados. Realizam
as funções de adoração e execução da vontade Deus em diversas instancias. Os anjos caídos
são chamados de demônios e seu líder é Satanás (Mt 9.34; Ef. 2.2). São extremamente
corrompidos e essa é sua principal marca, induzem os homens a pecar e estão sempre prontos
para intentar contra as obras santas de Deus. Suas atividades são limitadas pela vontade
soberana de Deus, pela atividade dos anjos eleitos, pela vontade santificada do homem. Tais
anjos caídos, estão fadados a “condenação eterna” (2 Pe 2.4, Ap 20.10). Esses ensinos devem
nos levar a sermos gratos a Deus, sendo vigilantes, no discernimento contra a mitologia
angelical, tendo sempre confiança de que Cristo já venceu esses inimigos.
No capítulo dez, o autor elucida a respeito da Criação do Mundo Visível, a partir da
confissão de Westminster, concorda que a questão mais importante a ser respondida é: quem
é o criador do universo. Diante disso apresenta as cinco principais visões a respeito do
surgimento do mundo natural: o dualismo, o gnosticismo, o panteísmo, o materialismo e, o
teísmo, que é o único que afirma que “o universo é obra das mãos de Deus”, conforme
revelado na Escrituras.
Anglada, atenta que a teoria da evolução não é um fato científico comprovado e deixa
muitas perguntas sem respostas. Ele também aponta para a falibilidade dos métodos de
datação de fósseis, considerados ainda uma área recente. Ademais, fica cargo dos
evolucionistas e não dos pregadores, a tarefa de comprovar e explicar a existência de todo
este universo complexo, infinito e harmonioso em cada detalhe. É obvio que teólogos
também erram em suas intepretações, a isso se deve a própria limitação humana e a
corrupção do pecado, há coisas que jamais poderemos entender.
Anglada defende duas possíveis etapas da criação: criatio prima, Deus criou
inicialmente a matéria, em um primeiro estágio, do nada (Gn 1.1-2) e; criatio secunda, Deus
modela a matéria criada que se encontrava num estado caótico (sem forma e vazia), e assim,
cria a terra e seu conteúdo, havendo, possivelmente, milhares de anos de diferença entre os
versos 1 e 3 de Genesis 1. Quanto aos dias da criação, Anglada adota que são dias literais de
24h. Por outro lado, as genealogias bíblicas não são suficientes para estipular quando Adão
foi criado, e podem até mesmo serem consideradas apenas representativas, tornando
impossível datar idade da terra. Em tudo isso deve-se considerar o propósito da criação: a
glória de Deus.
A. W. Tozer, concorda com Anglada no que diz respeito a necessidade de conhecer
os nomes de Deus. Pois estes trazem o entendimento correto a respeito de Deus e seus
atributos. Ele afirma também: “Os conceitos deturpados de Deus terminam por destruir o
evangelho nos corações de todos aqueles que possuem esse conceito” (TOZER, 1989, p.10).
Ele também considera que Deus é incompreensível, mas que seus atributos são revelados
aos homens (TOZER, 1989, p. 12-18). O teólogo Wayne Grudem, também concorda que
Deus é incompreensível e que somos limitados, nunca o conheceremos plenamente. Contudo
ele defende que seus atributos nos levam a conhecê-lo (GRUDEM, 2015, p.102). Para
Anglada, esses atributos se revelam nos nomes de Deus. Daí a importância de aprofundarmos
o conhecimento dos nomes de Deus, para também conhecê-lo.
Quanto ao mundo invisível, Augustus H. Strong afirma que os anjos são seres finitos
superiores aos homens, servindo a soberana vontade de Deus (STRONG, 2003, p.649-650).
Para Strong, é importante que conheçamos a doutrina dos anjos, pois nos dá uma luz a
respeito dos recursos divinos, estimulando a nossa fé na providência divina. Bem como, a
natureza da corrupção humana provinda dos anjos caídos, isso por sua vez nos leva a
estarmos mais arraigados em Cristo (STRONG, 2003, p.677-679).
Strong, também defende que a criação, do universo visível e invisível, é um livre ato
de Deus para sua glória (STRONG, 2003, p.548). O teólogo afirma que “a criação é uma
verdade da qual a mera ciência ou razão não podem assegurar-nos completamente. [...] A
Escritura suplementa a ciência e torna sua explicação completa” (STRONG, 2003, p. 551).
No entanto, para ele, o relato mosaico une as ideias de criação e desenvolvimento, tendo as
coisas atuais como resultado do desenvolvimento e não de uma criação instantânea. Tal
desenvolvimento se deu conforme as leis de Deus (STRONG, 2003, p. 555-557). Na visão
de Strong, Gênesis 1 é apenas um relato simples, resumido e adequado a “mente comum e
às eras primitivas” (STRONG, 2003, p.579).
O Rev. Paulo Anglada, expõe com clareza o seu ponto de vista, sem desmerecer as
outras teorias, ao reconhecer que teólogos também erram e que a ciência e a teologia se
complementam, levando sempre em consideração que teologias e teorias podem mudar de
acordo com a evolução dos estudos no decorrer do tempo. O importante de tudo isso é que
o conhecimento adquirido estimule nossa fé em Cristo e que tudo seja para glória de Deus
somente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANGLADA, Paulo Roberto Batista. Soli Deo Gloria - O Ser e Obras de Deus. Ananindeua:
Knox Publicações, 2007.
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 2015.
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática -Volume I. São Paulo: Hagnos, 2003.
TOZER, Ainden Wilson. Mais perto de Deus - Os atributos de Deus e seus significados na
vida cristã. São Paulo: Mundo Cristão, 1989.

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