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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE- UFAC

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS- CFCH


BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS

N2

Discente: Beatriz Tayná Souza Brito


Docente: Prof. Dr. Leonardo Lessin
Disciplina: Antropologia do Brasil Indígena
3ºPeríodo

RIO BRANCO
2015
A etnologia brasileira possui modos distintos de se obter conhecimento sobre
os povos indígenas, sendo eles rotulados de etnologia clássica e etnologia do contato
interétnico. A etnologia clássica trata dos índios situados no Brasil, através de uma
perspectiva centrada no nativo, já a etnologia do contato interétnico toma os índios
como parte do Brasil, numa perspectiva voltada para o pólo colonial.

Com o passar do tempo, a etnologia brasileira foi se alterando, dedicando maior


atenção às instituições e organizações sociais indígenas, assim como às relações
existentes entre as sociedades indígenas brasileiras e as sociedades semelhantes em
várias partes do mundo:

(...) cujo interesse antropológico se resumia às suas contribuições à cultura


nacional ou a seu papel de símbolo – passado ou perene – dos processos de
sujeição político-econômica que se exprimiriam de modo mais ‘moderno’ na
dinâmica da luta de classes de nosso capitalismo autoritário. (CASTRO,
p.136-137)

Era necessário integrar o índio à história e não o tratar somente como mero
indivíduo que passou por um processo de colonização, foi dominado, amansado e aos
poucos civilizado, sofrendo um processo de aculturação pelo branco, que o inclui
numa cultura, com crenças, valores e costumes que não o pertencem e lhe são
impostos.

É nesse sentido, que a etnologia clássica foi se apropriando de algumas ideias


já tidas na etnologia do contato e “(...) incorporou a questão do contato interétnico,
valendo-se dos conhecimentos que viera acumulando desde as décadas anteriores,
(...) que lhe permitiu redefinir os brancos, o Estado ou o capitalismo. (CASTRO, p.143).

Dessa forma, agregar as perspectivas clássica e do contato, proporcionou


maior embasamento para uma nova sociologia indígena, que emergiu já nos anos 70
como uma indigenização da sociologia.
Referência
CASTRO, Eduardo Viveiros de. O que ler na ciência social brasileira (1970-1995). In:
MICELI. Sergio, (Org.). Etnologia brasileira. São Paulo: Sumaré vol.1, p. 109-223,
1999.

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