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ADMINISTRATIVO............................................................................................................................................................ 11
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................................................................. 19
civil .................................................................................................................................................................................. 28
Empresarial ..................................................................................................................................................................... 33
p penal ............................................................................................................................................................................ 33
Penal................................................................................................................................................................................ 35
Internacional ................................................................................................................................................................... 41
Tributario ........................................................................................................................................................................ 41
Proverbios
15:1: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”
Constitucional
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O que acontece caso o ato normativo que estava sendo impugnado na ADI seja revogado antes do
julgamento da ação?
Regra: haverá perda superveniente do objeto e a ADI não deverá ser conhecida (STF ADI 1203).
Exceção 1: não haverá perda do objeto e a ADI deverá ser conhecida e julgada caso fique demonstrado
que houve "fraude processual", ou seja, que a norma foi revogada de forma proposital a fim de evitar
que o STF a declarasse inconstitucional e anulasse os efeitos por ela produzidos (STF ADI 3306).
Exceção 2: não haverá perda do objeto se ficar demonstrado que o conteúdo do ato impugnado foi
repetido, em sua essência, em outro diploma normativo. Neste caso, como não houve desatualização
significativa no conteúdo do instituto, não há obstáculo para o conhecimento da ação (ADI 2418/DF).
856
O STF, ao julgar as ações de controle abstrato de constitucionalidade, não está vinculado aos fundamentos
jurídicos invocados pelo autor.
Assim, pode-se dizer que na ADI, ADC e ADPF, a causa de pedir (causa petendi) é aberta.
Isso significa que todo e qualquer dispositivo da Constituição Federal ou do restante do bloco de
constitucionalidade poderá ser utilizado pelo STF como fundamento jurídico para declarar uma lei ou ato
normativo inconstitucional.
STF. Plenário. ADI 3796/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 8/3/2017 (Info 856).
É CONSTITUCIONAL lei estadual que preveja a possibilidade de empresas patrocinarem bolsas de estudo para
professores em curso superior, tendo como contrapartida a obrigação de que esses docentes ministrem aula de
alfabetização ou aperfeiçoamento para os funcionários da empresa patrocinadora.
Essa lei insere-se na competência legislativa do Estado-Membro para dispor sobre educação e ensino, prevista no
art. 24, IX, da CF/88.
STF. Plenário. ADI 2663/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 8/3/2017 (Info 856).
“A ‘prospective overruling’, antídoto ao engessamento do pensamento jurídico, possibilita ao STF rever sua postura
em casos de litígios constitucionais em matéria de competência legislativa, viabilizando o prestígio das iniciativas
regionais e locais, ressalvadas as hipóteses de ofensa expressa e inequívoca a norma da Constituição.”
857
Ao autorizar a consulta apenas dos registros relacionados com a parte pública das sessões, o STM
violou a decisão do Supremo, que deu acesso amplo aos áudios das sessões.
Além disso, a recusa do STM está em descompasso com a ordem constitucional vigente, que garante o
acesso à informação como direito fundamental.
STF. Plenário. Rcl 11949/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 15/3/2017 (Info 857).
Em regra, admite-se a intervenção do amicus curiae em qualquer tipo de processo, desde que:
a) a causa tenha relevância; e
b) a pessoa tenha capacidade de oferecer contribuição ao processo.
A intervenção do amicus curiae pode ocorrer não apenas em processos que tramitem em Tribunais, mas também em
feitos que estejam em 1ª instância.
Dessa forma, é cabível a participação de amicus curiae em processo de reclamação.
o Município é competente para legislar sobre o meio ambiente, juntamente com a União e o Estado-membro/DF, no
limite do seu interesse local e desde que esse regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais
entes federados (art. 24, VI, c/c o art. 30, I e II, da CF/88).
Se o Município legisla sobre Direito Ambiental, fazendo de forma fundamentada segundo seus interesses locais, não
há, em princípio, violação às regras de competência.
todas as leis que foram aprovadas até 15/10/2015 serão mantidas como válidas (hígidas) mesmo que
tenham sido fruto de contrabando legislativo. Os dispositivos legais aprovados após 15/10/2015 e que
tenham sido resultado de contrabando legislativo deverão ser julgados inconstitucionais.
858
O prazo prescricional para que o TCU aplique multas é de 5 anos, aplicando-se a previsão do
art. 1º da Lei nº 9.873/99.
Caso esteja sendo imputada ao agente público a conduta omissiva de ter deixado de tomar
providências que eram de sua responsabilidade, tem-se que, enquanto ele permaneceu no
cargo, perdurou a omissão. No momento em que o agente deixou o cargo, iniciou-se o fluxo
do prazo prescricional.
862
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
Cuidado! Há uma exceção a essa regra, conforme previsto no art. 242 da CF/88:
Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por lei estadual ou
municipal e existentes na data da promulgação desta Constituição, que não sejam total ou preponderantemente
mantidas com recursos públicos.
A garantia constitucional da gratuidade de ensino não obsta a cobrança por universidades públicas de
mensalidade em cursos de especialização.
STF. Plenário. RE 597854/GO, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 26/4/2017 (repercussão geral) (Info 862).
Por serem atividades extraordinárias desempenhadas de modo voluntário pelas universidades, estas mensalidades
são classificadas como TARIFA.
Dessa forma, por não ser taxa, a cobrança de mensalidade para os cursos de especialização não está sujeita à
legalidade estrita. Em outras palavras, as universidades podem regulamentar a forma de remuneração desse serviço
desempenhado sem necessidade de lei.
Por que essa diferenciação?
“Ensino”, “pesquisa” e “extensão” são atividades diferentes e, por essa razão, receberam tratamento diferenciado
por parte do texto constitucional. Um exemplo disso está nos arts. 212 e 213 da CF/88.
O art. 212, caput, afirma que determinado percentual da receita pública deverá ser obrigatoriamente destinado à
“manutenção e desenvolvimento do ensino”.
O art. 213, § 2º, por outro lado, preconiza que as atividades de pesquisa e de extensão "poderão receber apoio
financeiro do Poder Público".
A interpretação conjugada desses dispositivos permite chegar a duas conclusões:
Os recursos públicos são destinados de forma prioritária, para o ensino público;
A pesquisa e a extensão também são financiadas por recursos públicos, no entanto, a CF/88 autorizou que tais
atividades possam captar recursos privados para o desenvolvimento dessas áreas.
SV 12: A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, inciso IV, da
Constituição Federal.
Segundo entendeu o STF, esta súmula tem aplicação restrita às hipóteses de cursos de ensino oferecidos pela
universidade, não proibindo que haja cobrança de taxa de matrícula em casos de pós-graduação (pesquisa e
extensão).
863
Havendo três amici curiae para fazer sustentação oral, o prazo deverá ser considerado em dobro, ou seja, 30
minutos, devendo ser dividido pelo número de sustentações orais.
Logo, divididos os 30 minutos pelos três amici curie, devem ser disponibilizados 10 minutos para a manifestação
de cada um deles na tribuna.
STF. Plenário. RE 612043/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 4/5/2017 (Info 863).
Se o Deputado ou Senador for condenado a mais de 120 dias em regime fechado: a perda do cargo será uma
consequência lógica da condenação. Neste caso, caberá à Mesa da Câmara ou do Senado apenas declarar que
houve a perda (sem poder discordar da decisão do STF), nos termos do art. 55, III e § 3º da CF/88.
Se o Deputado ou Senador for condenado a uma pena em regime aberto ou semiaberto: a condenação criminal
não gera a perda automática do cargo. O Plenário da Câmara ou do Senado irá deliberar, nos termos do art. 55, §
2º, se o condenado deverá ou não perder o mandato.
STF. 1ª Turma. AP 694/MT, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 2/5/2017 (Info 863).
é vedado às unidades federativas instituir normas que condicionem a instauração de ação penal contra
Governador por crime comum à previa autorização da Casa Legislativa.
Se o STJ receber a denúncia ou queixa-crime contra o Governador, ele não ficará automaticamente suspenso de
suas funções. Cabe ao STJ dispor, fundamentadamente, sobre a aplicação de medidas cautelares penais, inclusive
afastamento do cargo.
STF. Plenário. ADI 5540/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 3/5/2017 (Info 863).
STF. Plenário. ADI 4764/AC, ADI 4797/MT e ADI 4798/PI, Rel. Min. Celso de Mello, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso,
julgados em 4/5/2017 (Info 863).
E quanto aos crimes de responsabilidade?
O STF entende que o Estado-membro não pode dispor sobre crime de responsabilidade, ainda que seja na
Constituição estadual. Isso porque a competência para legislar sobre crime de responsabilidade é privativa da União.
Definir o que é crime de responsabilidade e prever as regras de processo e julgamento dessas infrações significa
legislar sobre Direito Penal e Processual Penal, matérias que são de competência privativa da União, nos termos do
art. 22, I, e art. 85, parágrafo único, da CF.
O Supremo possui, inclusive, um enunciado destacando essa conclusão:
869
O conjunto de decisões questionadas, que resultaram em bloqueios, arrestos e sequestros para atender a
demandas relativas a pagamento de salários de servidores ativos e inativos, satisfação de créditos de prestadores
de serviço e tutelas provisórias de prioridades, são atos típicos do Poder Público passíveis de impugnação por
meio de APDF.
STF. Plenário. ADPF 405 MC/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 14/6/2017 (Info 869).
Na ADPF 405 MC/RJ, a Min. Rosa Weber afirmou que poderiam ser considerados preceitos fundamentais:
a separação e independência entre os Poderes;
o princípio da igualdade;
o princípio federativo;
a garantia de continuidade dos serviços públicos;
os princípios e regras do sistema orçamentário (art. 167, VI e X, da CF/88)
o regime de repartição de receitas tributárias (arts. 34, V e 158, III e IV; 159, §§ 3º e 4º; e 160 da CF/88;
a garantia de pagamentos devidos pela Fazenda Pública em ordem cronológica de apresentação de precatórios
(art. 100 da CF/88).
Multiplicidade de ações judiciais, nos diversos graus de jurisdição, nas quais se têm interpretações e decisões
divergentes sobre a matéria: situação de insegurança jurídica acrescida da ausência de outro meio processual hábil
para solucionar a polêmica pendente: observância do princípio da subsidiariedade. Cabimento da ADPF (...)
STF. Plenário. ADPF 101, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 24/06/2009.
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mesmo havendo medida provisória trancando a pauta pelo fato de não ter sido apreciada no prazo de
45 dias (art. 62, § 6º), ainda assim a Câmara ou o Senado poderão votar normalmente propostas de
emenda constitucional, projetos de lei complementar, projetos de resolução, projetos de decreto
legislativo e até mesmo projetos de lei ordinária que tratem sobre um dos assuntos do art. 62, § 1º, da
CF/88. Isso porque a MP somente pode tratar sobre assuntos próprios de lei ordinária e desde que não
incida em nenhuma das proibições do art. 62, § 1º.
STF. Plenário. MS 27931/DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 29/6/2017 (Info 870).
ADMINISTRATIVO
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A fixação do prazo prescricional de 5 anos para os pedidos de indenização por danos causados por agentes de
pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos,
constante do art. 1º-C da Lei 9.494/97, é constitucional.
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Com a edição da Lei nº 3.353/59, passou-se a exigir, para a contagem do tempo como aluno-aprendiz, que o interessado
demonstrasse que prestava serviços na instituição de ensino e que era remunerado como forma de pagamento pelas
encomendas que recebia. "O elemento essencial à caracterização do tempo de serviço como aluno-aprendiz não é a
percepção de vantagem direta ou indireta, mas a efetiva execução do ofício para o qual recebia instrução, mediante
encomendas de terceiros."
Como consequência, a declaração emitida por instituição de ensino profissionalizante somente comprova o
período de trabalho caso registre expressamente a participação do educando nas atividades laborativas
desenvolvidas para atender aos pedidos feitos às escolas.
STF. 1ª Turma. MS 31518/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 7/2/2017 (Info 853).
A redação originária do art. 192, I, da Lei nº 8.112/90 previa que o servidor público federal, ao se
aposentar, deveria receber, como proventos, a remuneração da classe superior a que pertencia. Esse
art. 192 foi revogado em 1997 pela Lei nº 9.527.
Determinado Juiz Federal completou os requisitos para se aposentar em 1994. No entanto, optou por
continuar trabalhando até 2010, quando pediu a aposentadoria.
O STF entendeu que, como ele preencheu os requisitos para se aposentar em 1994, ou seja, antes da Lei
nº 9.527/97, ele teria direito à regra prevista no art. 192, I, da Lei nº 8.112/90.
Logo, ele, ao se aposentar como Juiz Federal, tem direito de receber os proventos como se fosse
Desembargador Federal (classe imediatamente superior àquela em que ele se encontrava posicionado).
STF. 1ª Turma. MS 32726/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgado em
7/2/2017 (Info 853).
Súmula 359-STF: Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao
tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários
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“A negligência estatal no cumprimento do dever de guarda e vigilância dos detentos configura ato omissivo a dar
ensejo à responsabilidade objetiva do Estado, uma vez que, na condição de garante, tem o dever de zelar pela
integridade física dos custodiados” (trecho do voto do Min. Gilmar Mendes no ARE 662563 AgR, julgado em
20/03/2012).
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Os privilégios da Fazenda Pública são inextensíveis às sociedades de economia mista que executam atividades em
regime de concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas.
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A ocupação de novo cargo dentro da estrutura do Poder Judiciário, pelo titular do abono de permanência, não
implica a cessação do benefício.
STF. 1ª Turma. MS 33424, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 28/03/2017 (Info 859).
O Poder Judiciário possui caráter nacional, uno e indivisível. Dessa forma, não faz sentido exigir mais cinco anos no
cargo de Ministro se a pessoa já estava recebendo o abono de permanência em virtude de ter completado os
requisitos para se aposentar no cargo de Desembargador, que também integra a estrutura do Poder Judiciário
Reformado o militar sob a Constituição de 1967 e aposentado como servidor civil na vigência da Constituição de
1988, antes da edição da EC 20/98, não há que se falar em acumulação de proventos do art. 40 da CF/88, vedada
pelo art. 11 da EC 20/98, mas sim a percepção de provento civil (art. 40 CF/88) cumulado com provento militar (art.
42 CF/88), situação não abarcada pela proibição da emenda.
860
O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais
civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública.
É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos
classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para
vocalização dos interesses da categoria.
STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860).
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EC 70/2012
A situação acima foi muito criticada e o Congresso Nacional, alguns anos depois, decidiu "abrandar" a regra.
Para isso, foi editada a EC 70/2012 prevendo que:
- se o servidor ingressou no serviço público antes da EC 41/2003 e
- tornou-se inválido após a EC 41/2003
- ele terá novamente direito à integralidade (terá direito de receber a aposentadoria no mesmo valor da última
remuneração em atividade).
Os efeitos financeiros das revisões de aposentadoria concedida com base no art. 6º-A da EC 41/2003, introduzido
pela EC 70/2012, somente se produzirão a partir da data de sua promulgação (30/3/2012).
STF. Plenário. RE 924456/RJ, rel. orig. Min. Dias Toffoli, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017
(Info 860).
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As anuidades cobradas pelos Conselhos Profissionais possuem natureza de "tributo", da espécie “contribuições de
interesse das categorias profissionais”, também chamadas de “contribuições profissionais ou corporativas”, estando
prevista no art. 149 da CF/88
A execução fiscal, nesse caso, é de competência da Justiça Federal, tendo em vista que os Conselhos são autarquias
federais (Súmula 66 do STJ).
O art. 5º da Lei nº 7.347/85 (Lei da ACP) elencou o rol dos legitimados concorrentes para a propositura de ação civil
pública, nos quais se incluem as autarquias, em cuja categoria estão os Conselhos profissionais.
Por serem autarquias federais, os Conselhos Profissionais têm o dever de prestar contas ao Tribunal de Contas da
União (art. 71, II, CF/88).
STF. MS 28469 AgR-segundo, Rel. Min. Dias Toffoli, Relator(a) p/ Acórdão: Min. Luiz Fux, julgado em 19/02/2013.
Exceção: OAB (STF ADI 3026).
Como os Conselhos Profissionais são autarquias exercendo uma atividade tipicamente pública (fiscalização do
exercício profissional), precisam respeitar a regra do art. 37, II, da CF/88, que exige concurso público para a
contratação de servidores.
Assim, quando os Conselhos de Fiscalização Profissional vão fazer a contratação de seu pessoal é imprescindível a
realização de concurso público.
Como os Conselhos de Fiscalização Profissional têm natureza jurídica de autarquia, devem ser aplicados aos seus
servidores os arts. 41 da CF/88 e 19 do ADCT, razão pela qual não podem ser demitidos sem a prévia instauração de
processo administrativo.
Assim, o servidor de órgão de fiscalização profissional não pode ser demitido sem a prévia instauração de processo
administrativo disciplinar.
STF. 2ª Turma. RE 838648 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 07/04/2015.
Exceção: OAB (STF ADI 3026).
Os conselhos de fiscalização profissional têm como função precípua o controle e a fiscalização do exercício das
profissões regulamentadas, exercendo, portanto, poder de polícia, atividade típica de Estado, razão pela qual detêm
personalidade jurídica de direito público, na forma de autarquias. Sendo assim, tais conselhos não se ajustam à
noção de entidade de classe, expressão que designa tão somente aquelas entidades vocacionadas à defesa dos
interesses dos membros da respectiva categoria ou classe de profissionais.
STF. Plenário. ADC 34 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 05/03/2015.
STF. Plenário. ADPF 264 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 18/12/2014.
Exceção: o Conselho Federal da OAB é legitimado para propor ADI, ADC e ADPF (art. 103, VII, da CF/88).
Os Conselhos Profissionais, apesar de sua natureza autárquica, não estão isentos do pagamento de custas judiciais,
conforme previsão expressa do art. 4º, parágrafo único, da Lei nº 9.289/96.
Assim, o benefício da isenção do preparo conferido aos entes públicos previstos no art. 4º, caput, da Lei 9.289/1996
É INAPLICÁVEL aos Conselhos de Fiscalização Profissional
Os pagamentos devidos, em razão de pronunciamento judicial, pelos Conselhos de Fiscalização não se submetem
ao regime de precatórios.
STF. Plenário. RE 938837/SP, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgado em 19/4/2017
(repercussão geral) (Info 861).
862
A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à
Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir
a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis
É possível sim, excepcionalmente, que a Administração Pública responda pelas dívidas trabalhistas contraídas pela
empresa contratada e que não foram pagas, desde que o ex-empregado reclamante comprove, com elementos
concretos de prova, que houve efetiva falha do Poder Público na fiscalização do contrato.
§ 2º A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes
da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991
A CF/88 dá a entender que o subsídio dos
Desembargado-res e dos juízes estaduais não poderia
ser maior que 90,25% do subsídio do Ministro do STF. O
STF, contudo, declarou que esta interpretação é
inconstitucional (STF ADI 3.854). O teto para os
Desembargadores e juízes estaduais é 100% do sub-
sídio dos Ministros do STF, ou seja, eles podem, em
tese, re-ceber o mesmo que os Ministros do STF. Vale
ressaltar, no entanto, que o limite de 90,25% do
subsídio dos Ministros do STF aplica-se sim para os
servidores do Poder Judiciário esta-dual (na opção 1) e
para os servidores dos três Poderes esta-duais (na
opção 2).
A EC 46/2005 não interferiu na propriedade da União, nos moldes do art. 20, VII, da Constituição Federal, sobre os
terrenos de marinha e seus acrescidos situados em ilhas costeiras sede de Municípios.
os terrenos de marinha e seus acrescidos situados na ilha costeira em que está sediado o Município de Vitória (ES)
continuam sendo bens federais.
PROCESSO CIVIL
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A gratuidade da justiça passou a poder ser concedida a estrangeiro não residente no Brasil após a
entrada em vigor do CPC/2015.
Em 2015, antes do novo CPC, Juan, nacional da Colômbia, residente em Bogotá, propôs ação no Brasil e
requereu a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça.
O pedido foi negado pelo fato de ele não ser residente no Brasil, conforme exigia o art. 2º da Lei nº 1.060/50.
Juan não se conformou e recorreu contra a decisão.
Antes que o TJ julgasse o recurso, entrou em vigor o CPC/2015.
O TJ poderá aplicar a nova regra do art. 98 e conceder a gratuidade da justiça?
SIM. Isso porque se trata de norma de direito processual, portanto, a sua incidência é imediata, aplicandose
aos processos em curso, consoante dispõe o artigo 14 do CPC/2015:
§ 3o O acordo de colaboração premiada deixa de ser sigiloso assim que recebida a denúncia, observado o
disposto no art. 5o. Esse dispositivo não traz uma regra de observância absoluta, mas sim um termo final máximo.
Para que o sigilo seja mantido até o recebimento da denúncia, deve-se demonstrar a existência de uma necessidade
concreta. Não havendo essa necessidade, deve-se garantir a publicidade do acordo.
INFO 876
Configura, em tese, difamação a conduta do agente que publica vídeo de um discurso no qual a frase completa do
orador é editada, transmitindo a falsa ideia de que ele estava falando mal de negros e pobres
INF 875
a competência do CNJ é autônoma (e não subsidiária). Logo, o CNJ pode atuar mesmo que não tenha sido dada
oportunidade para que a corregedoria local pudesse investigar o caso
Se o CNMP decidir avocar um PAD que está tramitando na Corregedoria local por suspeita de parcialidade do
Corregedor, ele poderá aproveitar os atos instrutórios praticados regularmente na origem pela Comissão
Processante. Não há motivo para se anular os atos instrutórios já realizados pela Comissão Processante, sem
participação do Corregedor, especialmente se o interessado não demonstra a ocorrência de prejuízo. O princípio do
pas de nullité sans grief é plenamente aplicável no âmbito do Direito Administrativo, inclusive em processos
disciplinares
INF 873
Em auditoria realizada pelo TCU para apurar a gestão administrativa do órgão, os terceiros indiretamente afetados
pelas determinações do Tribunal (ex: pensionistas) não possuem direito de serem ouvidos no processo fiscalizatório.
desde a Constituição de 1934 é reconhecida a proteção da posse dos indígenas das terras que tradicionalmente
ocupam. Assim, desde a Carta de 1934, não se pode caracterizar as terras ocupadas pelos indígenas como devolutas
civil
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Questões atinentes à existência, validade e eficácia da cláusula compromissória deverão ser apreciadas
pelo árbitro, a teor do que dispõem os arts. 8º, parágrafo único, e 20 da Lei n. 9.307/1996. Trata-se da
denominada kompetenz-kompetenz (competência-competência), que confere ao árbitro o poder de
decidir sobre a própria competência, sendo condenável qualquer tentativa das partes ou do juiz estatal
de alterar essa realidade. O Poder Judiciário pode, nos casos em que prima facie é identificado um compromisso
arbitral
"patológico", isto é, claramente ilegal, declarar a nulidade dessa cláusula, independentemente do estado
em que se encontre o procedimento arbitral
Empresarial
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p penal
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Penal
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Internacional
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