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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

DISCIPLINA: FIS124 – FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL IV-E / LABORATÓRIO

TURMA: P11

EXPERIMENTO 7

MEDIDA DO COMPRIMENTO DE ONDA DA LUZ POR MEIO DE UMA


REDE DE DIFRAÇÃO

AUTOR:

DOCENTE:

Maria das Graças Reis Martins

Dezembro
2018
I. OBJETIVOS

• Medir a constante de rede de difração utilizando um comprimento de onda


conhecido.
• Medir os comprimentos de onda de algumas das principais linhas espectrais
de um gás (Hg mercúrio) submetido à descarga elétrica.

II. APORTE TEÓRICO

II.1 Difração
O fenômeno da difração é descrito como uma aparente flexão das ondas em
volta de pequenos obstáculos e também como o espalhamento, ou alargamento, das
ondas após atravessar orifícios ou fendas.

II.2 Interferência
Quando duas ondas monocromáticas se superpõem em um ponto no espaço,
observamos o fenômeno da interferência. A intensidade da luz resultante, nesse
ponto, depende da diferença de fase existente entre as duas ondas. Se as ondas
estão em fase dizemos que há interferência positiva, se as ondas estão em oposição
dizemos que há interferência destrutiva, caso as duas ondas sejam provenientes da
mesma fonte, a diferença de fase equivale à diferença da distância percorrida
(diferença de caminho) e dizemos que há interferência positiva toda vez que a
diferença de caminho é um múltiplo inteiro do comprimento de onda e há
interferência destrutiva toda vez que a diferença de caminho for um múltiplo semi-
inteiro do comprimento de onda.

II.3 Rede de Difração


Uma rede de difração em transmissão é um dispositivo óptico constituído por
uma lâmina de vidro espessa, de faces planas e paralelas. Numa face é gravada
uma grande quantidade de sulcos finos, paralelos e igualmente espaçados. A
distância d entre dois sulcos (ou duas fendas) adjacentes chama-se constante de
rede.
Por geometria básica percebe-se os raios provenientes de sulcos adjacentes
de uma rede de difração possuirão uma diferença de caminho de d sen θ .
Figura 1: Esquema simplificado de uma rede de difração.

Portanto, numa rede de difração há interferência construtiva quando


d sen θ =m λ , m∈ℤ (1) , onde λ é o comprimento de onda, m é a ordem da
difração e θ é o desvio do raio luminoso para atingir o ponto de interferência
construtiva.

II.4 Dispersão
A dispersão angular de uma rede mede o grau de espelhamento angular do
espectro (Δθ) relacionado à variação do comprimento de onda (Δλ). É definida como

m
D(θ )= Δ θ , a partir de (1) pode-se deduzir que D(θ )= (2) .
Δλ √d −(m λ )2
2

III. PARTE EXPERIMENTAL

III.1 Lista de materiais utilizados


• Espectômetro;
• Rede de difração;
• Lâmpada de Hg com fonte de alimentação.

III.2 Ajustes Iniciais


A relação (1) só é válida quando a rede de difração estiver perpendicular ao
feixe de luz paralelo incidente e posicionada no centro de rotação do telescópio.
A rede foi posicionada no centro da mesa circular do espectômetro com a face
sulcada voltada para o telescópio e de modo manual tentou-se deixá-la
perpendicular ao eixo do colimador.
Para garantir a perpendicularidade posicionamos em frente ao colimador e
pomos a linha central na faixa brilhante e branca e anotamos a posição angular
T 0=180° 10 ' .
As linhas espectrais do Hg no espectro do visível serão denotadas por roxo 1,
roxo 2, azul-roxo, verde-azul, verde, amarelo 1 e amarelo 2. Na condição de
perpendicularidade o valor absoluto do desvio angular de uma mesma linha numa
mesma ordem deve ser o mesmo, quer observemos a linha ao rotacionar o
telescópio no sentido horário quer seja no sentido anti-horário. Para verificarmos
isso medimos a posição angular das linhas verde de primeira ordem, no sentido
horário encontramos T ' 1 =170° 59 ' , no anti-horário encontramos T 1 =189° 36 ' ,
logo os desvios foram θ ' 1=180 º 10 ' −170 º 59 '=9 º 11' e
θ 1=189 º 36 '−180 º 10 '=9 º 26 ' , como a diferença entre os desvios não foi superior
a 15’ consideramos a rede de difração perpendicular ao eixo do colimador e usamos
a relação (1).

III.3 Tomada de Valores


Para efeitos didáticos chamaremos de T’ i a posição angular da linha de i-ésima
ordem ao girarmos o telescópio no sentido horário, T i é definido de modo análogo
para o sentido anti-horário. A posição angular das linhas de i-ésima ordem será dada
por θ i=( T i−T ' i )/2 , explicitado isso construímos a tabela abaixo:

Cor T1 T’1 θ1 T2 T’2 θ2 T3 T’3 θ3


Roxo 1 187º06’ 173º22’ 6º52’ 194º09’ 166º24’ 13º52’30” - 159º12’ -
Roxo 2 187º13’ 173º20’ 6º56’30” 194º18’ 166º16’ 14º01’ - 159º -
Azul- 187º39’ 172º52’ 7º23’30” 195º16’ 165º18’ 14º59’ 203º06’ 157º30’ 22º48’
Roxo
Verde- 188º37’ 171º55’ 8º21’ 197º14’ 163º20’ 16º57’ 206º15’ 154º24’ 25º55’30”
Azul
Verde 189º36’ 170º59’ 9º18’30” 199º10’ 161º25’ 18º52’30” 209º22’ 151º17’ 29º02’30”
Amarelo 190º06’ 170º26’ 9º50’ 200º17’ 160º16’ 20º00’30” 211º13’ 149º30’ 30º51’30”
1
Amarelo 190º10’ 170º22’ 9º54’ 200º23’ 160º09’ 20º07’ 211º20’ 149º21’ 30º59’30”
2
Tabela 1
No cálculo do erro se faz presente metade da abertura angular da imagem da
fenda do colimador, para obter esse valor posicionamos o retículo na borda
esquerda e anotamos sua posição angular 180º10’ e fazemos o mesmo com a borda
direita 180º19’, logo a abertura angular da imagem da fenda do colimador é de 9’, e
a metade disso 4’30” e o erro associado à medida de θ é
Δθ=4’30”+1’=5’30”=0,001599885147661rad~=~0,0016rad.

III.4 Resultados
Sabendo que o comprimento de onda da linha verde é de 546,1nm, usando (1)
e a linha da tabela 1 que corresponde à linha verde podemos calcular a constante da
rede de difração:
• 1ª ordem: d 1= λ =0,003376253114 mm
sen θ 1

• 2ª ordem: d 2=2 λ =0,00337615004 mm


sen θ 2

• 3ª ordem: d 3=3 λ =0,003374837932 mm


sen θ 3
Como o valor do comprimento de onda foi dado então a única incerteza é

quanto ao ângulo, logo Δ d =|dθ|Δ θ = |−msenλ cosθ θ |Δθ


2
, daí Δ d 1≈0,00004 mm ,

Δ d 2≈0,00002mm e Δ d 3≈0,00001 mm , nos três casos o erro foi arredondado


para cima, logo d 1=( 0,00338±0,00004) mm , d 2=(0,00338±0,00002)mm e
d 3=(0,00337±0,00001) mm , intervalos próximos do valor da constante indicada
como 0,00333mm. O valor mais exato, ou seja, o que apresenta o menor erro é o d 3
que denotaremos simplesmente por d.
Usando d e a relação (1) podemos achar o comprimento de onda das linhas

d sen θ m
espectrais observadas sendo λ m= e o erro associado é
m

sen θ m dcos θ m
Δ λ =|λ d|Δ d +|λθ|Δ θ ≈ ⋅0,00001+ ⋅0,0016 . Façamos isto:
m m
Roxo 1
• λ 1≈402,9 nm , Δ λ 1≈6,5 nm
• λ 2≈404,1 nm , Δ λ 2≈3,8 nm
• λ ≈(403,5±5,2) nm
Roxo 2
• λ 1≈407,3 nm , Δ λ 1≈6,6 nm
• λ 2≈408,1 nm , Δ λ 2≈7,7 nm
• λ ≈(407,7±7,2)nm
Azul-Roxo
• λ 1≈433,6 nm , Δ λ 1≈6,6 nm
• λ 2≈435,6 nm , Δ λ 2≈3,9 nm
• λ 3≈435,3 nm , Δ λ 3≈2,9 nm
• λ ≈( 434,8±4,5)nm
Verde-Azul
• λ 1≈489,4 nm, Δ λ 1≈6,8 nm
• λ 2≈491,2 nm , Δ λ 2≈4,0 nm
• λ 3≈491,1 nm , Δ λ 3≈3,1 nm
• λ ≈(490,6±4,6) nm
Verde
• λ 1≈545,1 nm, Δ λ 1≈6,9 nm
• λ 2≈545,1 nm, Δ λ 2≈4,2 nm
• λ 3≈545,3 nm, Δ λ 3≈3,2nm
• λ ≈(545,2±4,8) nm
Amarelo 1
• λ 1≈575,5 nm, Δ λ 1≈7,0 nm
• λ 2≈576,5 nm, Δ λ 2≈4,2 nm
• λ 3≈576,2 nm, Δ λ 3≈3,3 nm
• λ ≈(576,1±4,8) nm
Amarelo 2
• λ 1≈579,4 nm , Δ λ 1≈7,0 nm
• λ 2≈579,5 nm, Δ λ 2≈4,3 nm
• λ 3≈578,4 nm , Δ λ 3≈3,3 nm
• λ ≈(579,1±4,9)nm
É perceptível que o erro associado à 3ª ordem foi o menor em todas as faixas
em que foi possível observar e excetuando-se a faixa Roxo 2, o erro associado à 2ª
ordem foi menor do o erro associado à primeira ordem, conjectura-se assim que se
fosse possível observar ordens de difração maiores o erro seria cada vez menor.
Nos limites da incerteza sobre as linhas espectrais limítrofes o espectro visível
do Hg ocupa a faixa de 3983Å-5840Å, o que corresponde a uma separação angular
de 1857Å, ou equivalentemente, cerca de 61,9% da separação angular para a luz
visível (cerca de 3000Å).
Usando a expressão (2), e os valores medidos para d e λ podemos calcular a
dispersão da linha verde para as ordens medidas, façamos isto:
1 2
D(θ 1)= ≈300,7 rad /mm , D(θ 2)= ≈627,2 rad /mm e
√ d −(λ 1 )2
2
√ d −(2 λ 2)2
2

3
D(θ 3)= ≈1018,2rad /mm .
√ d −(3 λ
2
3 )2

IV. CONCLUSÕES

Os valores obtidos para a constante de rede de difração apresentam-se


próximos ao valor indicado na rede e os valores para os comprimentos de onda das
linhas espectrais do gás de Hg apresentam-se dentro do intervalo ‘consagrado’
para as cores do contínuo do espectro visível e o valor teórico aqui adotado para a
faixa verde do gás de Hg encontra-se dentro do intervalo (por este experimento)
estipulado para a mesma, de modo que este experimento corrobora com a já
estabelecida teoria que este experimento visava estudar.

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