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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
VITÓRIA
2018
HIAGO NEUMANN RUTSATZ
SAILE TOMAZELLI
VITÓRIA
2018
RESUMO
Commercial, public and service buildings consume 42.8% of the national electricity,
requiring the implementation of measures, at the design or reform stage, to increase
the efficiency of these buildings. In 1985 the National Program for the Conservation of
Electric Energy was created to implement measures for guaranteeing the reduction of
electric energy consumption. One of them was the PBE-Edifica, which deals with
labeling in civil construction. In the State of Espírito Santo, until 2016, only 2
commercial, public or service buildings were certified. Therefore, it is necessary to
analyze the feasibility of implementation of practices to meet the requirements of RTQ-
C. For this, the energy performance of a state public building located in the city of
Vitória/ES is classified by the simulation method, using modeling and hygrothermal
analysis software. In order to obtain the necessary data, visits were made to the
building and also its architectural and complementary projects were analyzed in order
to generate a computational prototype of the real case and the reference models, as
well as to simulate them. After evaluating the prerequisites and the systems of
envelopment, lighting and air conditioning, and by comparatives of electric
consumption of the models, the building was classified with E-stamp. Improvements
were proposed to obtain classification A for the construction of the case study aiming
at Normative Instruction No. 2, June 2014, which requires federal public buildings to
be level A, and at the trend that, according to the National Energy Efficiency Plan, state
and municipal public buildings new or retrofitted also have compulsory labeling until
2021. From this, a financial feasibility analysis of the implementation was carried out,
through the NPV and payback of the investments, which proved viable in several
scenarios. The average consumption of lighting and air conditioning in public buildings
represents 70%, but in this case study, it was noticed a 50% of the total spending for
electrical equipment, which is interesting to study deeper to obtain an efficient use.
Thus, the study helps in the decision making on the implementation of practices aimed
at the thermal, energetic and financial performance in the building.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................. 20
2.2.2.2. Iluminação........................................................................................ 39
3. METODOLOGIA .............................................................................. 65
1. INTRODUÇÃO
A alta demanda de energia elétrica, somada à grave crise energética que o Brasil vem
enfrentando nos últimos anos devido, principalmente, a escassez das chuvas, dificulta
a produção hidroelétrica, que representa 61,5% da geração no país, conforme o
Balanço Energético Nacional (BRASIL, 2017). Dessa forma, intensificou-se a busca
por práticas que contribuem na diminuição do consumo em todos os setores, incluindo
o da construção civil.
Neste sentido, como uma das primeiras iniciativas, em 1985, o Ministério de Minas e
Energia instituiu, junto com a Eletrobrás, o PROCEL – Programa Nacional de
Conservação de Energia Elétrica para promover o uso eficiente da energia elétrica e
diminuir os desperdícios (BRASIL, 2011).
Dentro das áreas de atuação do PROCEL, está o PROCEL EDIFICA, que, em parceria
com o INMETRO, elaborou o Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de
Eficiência Energética Edificações Residenciais (RTQ-R), o Regulamento Técnicos da
Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços
e Públicos (RTQ-C) e o Requisito para Avaliação da Conformidade (RAC). Com isso,
foi possível etiquetar as edificações quanto a eficiência energética, por meio de cinco
21
níveis de classificação, que vão de A para mais eficientes até E para menos eficientes,
e, assim, estimular o consumo racional de energia no setor da construção civil.
Segundo pesquisa feita pela OI3E/CERTI (2016), o PBE Edifica é a certificação mais
conhecida dentre aqueles que responderam o questionário. Quase 50% indicou que
implantaria a etiquetagem do PBE Edifica motivados pelo fato de o método se adequar
bem a realidade brasileira, possuir visibilidade nacional e contribuir a valorização do
imóvel, entre outros motivos. Apesar disso, as maiores dificuldades apontadas para o
uso de projetos de edifícios eficientes são a falta de incentivos, profissionais não
capacitados e projetos não preocupados com a sustentabilidade, dentre outros.
1 A NBR 15575 define retrofit como sendo a remodelação ou atualização do edifício ou de sistemas,
através da incorporação de novas tecnologias e conceitos, normalmente visando a valorização do
imóvel, mudança de uso, aumento da vida útil e eficiência operacional e energética.
22
mínima, o que questiona sobre a real viabilidade de implantação dessas práticas para
atendimento da etiquetagem energética nesses edifícios no contexto capixaba.
1.1. OBJETIVOS
1.2. JUSTIFICATIVA
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Gráfico 1 - Variação percentual 2016/2015 do PIB, consumo final de energia, oferta interna
de energia e perdas
20,0%
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
-5,0%
-10,0%
-15,0%
-20,0%
Brasil (2016) Brasil (2015) Mundo (2014) OCDE (2014)
regiões atingidas para que ela fosse gerada tiveram, em lugar de desenvolvimento,
retrocesso insustentável”.
OCDE (2014)
Mundo (2014)
Brasil (2015)
Brasil (2016)
No setor elétrico, a oferta interna de energia teve um aumento de 4 TWh, 0,7% a mais
que o disponível em 2015, segundo o Balanço Energético Nacional (2016). Tal
aumento deve-se ao fato da maior importação elétrica de Itaipu, somado às condições
climáticas favoráveis para geração hidráulica. Também contribuiu para esse
incremento a expansão da geração eólica, que alcançou 33,5 TWh, crescimento de
54,9% só em 2016.
O setor de energia solar também teve uma grande expansão no país, 44,7% em
relação ao ano de 2015, mas ainda é o que menos contribui para a matriz elétrica,
com uma produção de apenas 85 GWh no ano de 2016, conforme mostra a Tabela 1,
onde pode-se ver a produção em GWh de cada fonte, sua contribuição percentual na
matriz nacional para os anos de 2015 e 2016, além das suas variações percentuais.
27
35,0%
30,0%
25,0%
20,0%
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
Assim, pode-se ver que o consumo de energia elétrica nas edificações representa
uma parcela considerável, e por a matriz ainda possuir parte proveniente de recursos
fosseis, é cada vez maior a preocupação com a eficiência energética nos mais
diversos setores de consumo, a fim de obter o menor consumo possível, diminuindo
os danos causados ao meio ambiente. Além disso, diminuindo o consumo de energia
elétrica da edificação, também se diminui seu gasto monetário, sendo mais um
motivador para a busca pela eficiência. No setor dos edifícios residenciais ou
comerciais, públicos ou de serviços, uma das medidas para melhorar a eficiência é a
etiquetagem energética aplicada nessas edificações, que vem sendo implementada
por inciativas do governo federal, através de programas e projetos de lei.
Com isso, foi criado o Decreto n° 4.059, de 19 de dezembro de 2001, que determina
processos e responsabilidades para a definição de indicadores e níveis de eficiência
energética, além de criar o Comitê Gestor de Indicadores e de Níveis de Eficiência
Energética (CGIEE) (SOUZA et al., 2009).
No dia 13 de Dezembro de 2002, foi criado pelo CGIEE o Grupo Técnico para
Eficientização de Energia nas Edificações no País (GT-Edificações), que tem como
atribuição a elaboração de regulamentações específicas para edifícios e é composto
pelo Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão (MPOG), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Ministério das Cidades, Ministério da Ciência e Tecnologia, PROCEL, CONPET,
Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (CONFEA), Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e
representante da Academia (SOUZA et al., 2009).
Diante dos resultados obtidos, tal regulamento foi revisado e, através dos Decretos-
Lei n° 78, 79 e 80/2006, tornou-se compulsória a certificação energética e da
qualidade do ar interno dos edifícios e aprovou-se regulamentos para climatização e
características de comportamento térmico para as edificações (PORTUGAL, 2006).
Outro exemplo é o Estados Unidos, onde foi instaurada, em 1992, a Lei da Política
Energética (EPA), que determinou que o Departamento de Energia (DOE) participasse
do processo de elaboração dos códigos nacionais de eficiência energética em
edificações, além de auxiliar os estados a adotá-los e implementá-los (LIVINGSTON
et al., 2014).
Para cumprir tal exigência, foi criado o Building Energy Codes Program (BECP),
também em 1992, que consiste em um portfólio de ações que visam melhorar a
eficiência energética em edifícios (LIVINGSTON et al., 2014).
Além do RTQ, que define os requisitos técnicos para avaliação da edificação, o PBE
Edifica também disponibiliza os Requisitos de Avaliação de Conformidade para
Eficiência Energética de Edificações (RAC), o qual apresenta uma metodologia para
que se possa obter a etiqueta, listando os documentos a serem enviados para um
Organismo de Inspeção Acreditado (OIA), bem como os direitos e deveres dos
envolvidos no processo.
● Escolas;
● Instituições ou associações de diversos tipos, incluindo práticas de esportes;
32
Obs.: As edificações com atividades listadas acima não excluem outras não listadas
e que possam se enquadrar em edifícios comerciais.
● Envoltória: 30%;
● Sistemas de iluminação: 30%;
● Sistema de condicionamento de ar: 40%.
2.2.2.1. Envoltória
O RTQ-C, segundo o INMETRO (2010) define envoltória como sendo os planos que
separam o ambiente interno do ambiente externo. O manual de aplicação do RTQ-C
ainda complementa que a envoltória pode ser considerada a pele da edificação,
compondo os fechamentos dos ambientes internos. Também se exclui a parcela
construída no sub-solo, considerando apenas a parte acima do nível do terreno
(INMETRO, 2017).
Para a envoltória alcançar nível A, devem ser avaliados 3 itens: transmitância térmica
das superfícies externas; cores e absortância térmica e iluminação zenital. Esses itens
devem atender a determinados limites, conforme apresentado em seguida, para os
níveis A e B e, para níveis C e D deverá atender limites apenas de transmitância
térmica, de acordo com a zona bioclimática onde se localiza a edificação em estudo.
A Tabela 2 abaixo mostra um resumo dos itens avaliados para cada nível de eficiência.
Além disso, a NBR 15220 (2005) conceitua como sendo o inverso da resistência
térmica total.
As aberturas zenitais, como Zeilmann (1999) define, são elementos situados nos
planos horizontais ou de coberturas da edificação que permitem que a luz entre de
forma vertical. Ou seja, a iluminação zenital é caracterizada pela luz natural que entra
na edificação por meio de aberturas situadas nos tetos ou coberturas.
37
Dessa forma, para alcançar cada nível de eficiência, são apresentados alguns
parâmetros conforme descritos abaixo.
● Para o nível A:
Para a transmitância térmica, são apresentados na Tabela 3 os limites para coberturas
e paredes e paredes externas:
● Material de revestimento das paredes externas com absortância solar α < 0,50
do espectro solar;
● Cor utilizada na cobertura com absortância solar α < 0,50 do espectro solar,
telhas cerâmicas não esmaltadas, teto jardim ou reservatórios de água.
No caso de aberturas zenitais, deve-se garantir que a edificação receba iluminação
natural, reduzindo o consumo de eletricidade com lâmpadas, de forma que não haja
um acréscimo de carga térmica em consequência. Dessa forma, o percentual de
abertura zenital é limitado em função do fator solar do vidro. Tais limites são
apresentados na Tabela 4.
● Para o nível B:
Para a transmitância térmica, são apresentados na Tabela 5 os limites para coberturas
e paredes e paredes externas:
Para a absortância solar das cores, são obrigatórios, para as zonas bioclimáticas 2 a
8 apenas que as cores das coberturas tenham α < 0,50 do espectro solar, ou utilização
de telhas cerâmicas não esmaltadas, teto jardim ou reservatórios de água. Para o
nível B não existem exigências ou restrições para as características das paredes
externas.
Para iluminação zenital são dados os mesmos limites de abertura e fator solar
apresentados na Tabela 4.
● Nível C e D
Para esses níveis, a única exigência é a transmitância térmica da cobertura ser no
máximo de 2,00 W/m²K para qualquer zona térmica e para paredes, 3,70 W/m²K para
zonas bioclimáticas 1 e 2, e 2,50 W/m²K para capacidades térmicas máxima de 80
kJ/m²K ou 3,70 W/m²K para superiores.
Não há limitações para absortância das paredes ou limitações das aberturas zenitais.
39
2.2.2.2. Iluminação
Devido ao alto consumo energético para a iluminação, ela é uma das áreas de análise
do RTQ-C. Segundo Goulart (2008) a melhoria nesse sistema pode significar uma
redução de até 40% no consumo de energia.
I) Para ambientes maiores que 250 m², o sistema de iluminação deve dispor
de dispositivos de desligamento automático. Ele pode ser programado para
horários pré-determinados ou sensor de presença para desligamento após
30 minutos de ausência de pessoas ou algum sinal de outro controle ou do
sistema de alarme indicando que a área está isenta de pessoas.
II) Contribuição de luz natural: aberturas direcionadas ao ambiente externo ou
para áreas não cobertas e que tenham duas ou mais fileiras de iluminação
paralelas às aberturas, devem ter, para a carreira de lâmpadas mais
próximas da abertura, um controle, automático ou manual, independente
das demais para aproveitamento da iluminação natural.
III) Divisão de circuitos: Cada ambiente fechado deve possuir pelo menos um
dispositivo de controle manual para acionamento da iluminação do
ambiente. Esse dispositivo tem que estar em fácil acesso e em um local que
seja possível visualizar todo o sistema a ser controlado por ele. Caso não
seja possível visualizar todo o ambiente, tem que existir um mapeamento
informando às pessoas sobre as áreas a serem controladas. Para
ambientes maiores que 250 m², cada dispositivo de controle deve abranger:
• Até 250 m² para ambientes de até 1000 m²;
• Até 1000 m² para ambientes com mais de 1000 m².
Para alcançar o nível B de classificação, deverá atender apenas os itens II e III
descritos acima e, para o nível C, atender apenas o item III.
40
2.2.2.3. Ar condicionado
O RTQ-C faz referência dos pré-requisitos para que o sistema atinja apenas o nível
A. Os requisitos são os seguintes:
2.2.3. Bonificações
Para a avaliação da edificação, existem dois métodos que podem ser utilizados: o
método prescritivo, que se baseia em uma equação numérica fornecida, válida para
edifícios condicionados, atribuindo notas para cada item avaliado e o método de
simulação, que analisa o edifício com auxílio de um software que modela o edifício
real e calcula seu desempenho energético.
𝐴𝐶 𝐴𝑃𝑇 𝐴𝑁𝐶
𝑃𝑇 = 0,30 ∗ {(𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝐸𝑛𝑣 ∗ ) + (5 ∗ + 𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝑉 )} + 0,30 ∗ (𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝐷𝑃𝐼) + 0,40 ∗
𝐴𝑈 𝐴𝑈 𝐴𝑈
𝐴𝐶 𝐴𝑃𝑇 𝐴𝑁𝐶 (1)
{(𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝐶𝐴 ) + (5 ∗ + 𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝑉 )} + 𝑏01
𝐴𝑈 𝐴𝑈 𝐴𝑈
Onde:
43
APT: Área útil dos ambientes de permanência transitória, desde que não
condicionados;
A metodologia de cálculo do método prescritivo não foi abordada por não fazer parte
do escopo deste trabalho, que utilizou o método de simulação. Tal método é, segundo
o RTQ-C, uma alternativa para avaliação da eficiência de forma mais completa e/ou
flexível. É indicado para permitir:
Onde:
(𝐼𝐶𝑀á𝑥𝐷 −𝐼𝐶𝑚í𝑛 )
𝑖= (4)
4
Além disso, a Tabela 10 mostra quais os paramêtros que deverão ser mantidos e
quais serão alterados nos modelos de referência e real, além do PAFT, a fim de gerar
os valores base de consumo de energia elétrica na simulação.
46
A ENCE, seja ela parcial ou geral, contém informações como tipo da etiqueta (projeto
ou edificação construída), dados da edificação como endereço, cidade/UF e zona
bioclimática, portarias do INMETRO, metodologia adotada para a avaliação, datas das
inspeções realizadas, classificação do nível de eficiência energética de cada sistema
e áreas relativas ao sistema avaliado, observações de validade, bonificações e
identificação da OIA que emitiu a ENCE, conforme Figura 2.
O projeto foi inspirado em moradias indígenas do Parque do Xingu, que são referência
em bioclimática. A edificação possui aproximadamente 30 metros de comprimento por
11 metros de largura e pé direito elevado. Como ilustra o corte apresentado na Figura
4, ela é dividida em dois pavimentos: o térreo, que possui um salão aberto, sem
divisórias; e o meio subsolo, com um auditório (SEBRAE, 2017). O layout da
edificação também pode ser visualizado pelo tour virtual disponível no site do
SEBRAE, que pode ser acessado pelo QR Code da Figura 5.
49
Sua cobertura consiste em duas cascas de concreto, que formam uma camada de ar
de 40 cm que permite a coleta de água da chuva através de frestas em seu topo. Toda
a fachada é composta por vidros, para aproveitamento da luz natural, e brises móveis,
metálicos e de madeira, para controle da luminosidade (SEBRAE, 2017). Pela Figura
3 é possível verificar a utilização de vidros e na Figura 6, os brises da fachada e as
frestas da cobertura.
50
Frestas na cobertura
Brise móvel
de madeira
Brise móvel metálico
2 Lâmpadas que captam a luz do sol e amplificando-a para o interior dos ambientes, sem consumo
elétrico.
51
Logo, tanto o projeto como a edificação construída obtiveram pontuação total de 5,6,
o que proporcionou dois selos de eficiência classe A para o prédio (INMETRO, 2018).
O Hotel GJP LINX recebeu certificação do projeto em 2014. O OIA foi o OI3E/CERTI,
que utilizou o método prescritivo de avaliação. A envoltória foi classificada como A, o
sistema de iluminação, B, e o sistema de condicionamento de ar como C. Obteve-se
bonificação pela economia de água e pelo aquecimento de água solar, o que resultou
numa pontuação final igual a 5,5 e, consequentemente, classificação geral A para a
edificação (INMETRO, 2018).
Sua certificação também foi feita pelo OI3E/CERTI, utilizando o método prescritivo.
Sua análise foi realizada em 2016 com o prédio já construído e obteve classificação
A tanto para a envoltória quanto para os sistemas de iluminação e condicionamento
de ar. Não se teve bonificação e a pontuação final do prédio foi igual a 5,0, o que
garantiu a etiqueta com classificação geral A (INMETRO, 2018).
Como resultado, são obtidos dados sobre transmitância e absortância das superficies,
DPI, valores de condiconamento de ar, consumo de energia elétrica por categoria e
total da edificação, etc.
O PROCEL indica dois softwares que atendem a esses requisitos para a elaboração
de projetos de eficiência energética em edificações: o Domus e o EnergyPlus.
O lançamento de dados no EP se faz todo por meio de tabelas, onde se lança o edifício
por meio de coordenadas cartesianas, bem como seus parâmetros, conforme mostra
Figura 13 abaixo. Embora sua interface seja pouco amigável num primeiro contato do
usuário, visto que não possui ambiente gráfico para modelagem da edificação,
59
A sua grande utilização deve-se ao fato de que ele permite estimar diversos
parâmetros sobre a edificação, inclusive consumos de energia. Gomes (2010)
também destaca que a vantagem de se trabalhar com o EP é que sua utilização é
gratuita, e pode ser baixado em seu site.
O Euclid pode então ser instalada para trabalhar junto com o SketchUp, um programa
de modelagem tridimensional que possui uma interface de fácil manuseio, conforme
mostra a Figura 14, permitindo aos usuários a criação fácil e rápida do modelo virtual
da edificação, gerando um arquivo no formato .idf, que é o formato na qual o EP
trabalha. Dessa forma, desenha-se o edifício em estudo e posteriormente abre-o no
EP, atribuindo então os outros dados de entrada necessários para a simulação,
usando o IDF Editor.
60
Mas Tavares (2012) aponta que o DesignBuilder possui algumas limitações para
simulação de edifícios mais complexos, como a ausência de resultados separados por
cada zona, prejudicando a obtenção de diversas informações realizando apenas uma
simulação. Assim, seria necessário, em ambientes não-condicionados, simular zona
por zona, e não se sabe se o software considera trocas térmicas entre ambientes
durante o estudo quando se analisa parte de um edifício apenas.
2.4.1. VPL
Segundo Puccini (2011, p. 136), o Valor Presente Líquido (VPL) “é igual ao valor
presente de suas parcelas futuras (que são descontadas com uma determinada taxa
de desconto), somado algebricamente com a grandeza colocada no ponto zero.”
63
𝑉𝑃 = 𝑉𝐹 (1 + 𝑖)−𝑛 (5)
(1+𝑖)𝑛 −1
𝑉𝑃 = 𝑃𝐺𝑇𝑂 (6)
𝑖 (1+𝑖)𝑛
Onde:
i: taxa %;
n: tempo; e
PGTO: Pagamentos.
Quando se obtém valor de VPL maior que zero, há ganhos com o investimento e o
projeto é considerado atrativo. Já quando o VPL é igual a zero, há equilíbrio entre
entradas e saídas, logo não há lucro nem prejuízos. E quando o VPL é menor que
zero, as entradas são menores do que o investimento e o projeto resultará em
prejuízo.
2.4.2. Payback
Puccini (2011, p. 285) define payback como “o tempo necessário para a recuperação
do investimento inicial, levando-se em consideração o custo de oportunidade do
capital investido.” E Filho e Kopittke (2010, p. 111), o definem como “o tempo
necessário para que o somatório das parcelas anuais seja igual ao investimento
inicial”.
64
Portanto, trata-se do tempo preciso para que a soma das receitas seja igual ao valor
da aplicação inicial.
Para projetos com pagamentos uniformes, pode-se calcular o payback com a equação
7.
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 = 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
(7)
Esse indicador não deve ser utilizado de maneira isolada, visto que “não considera os
valores do fluxo de caixa do investimento, a partir do ponto de retorno do capital
aplicado” (PUCCINI, 2011, p. 283). Além disso, a aplicação desse método tende a ser
complexa “quando o investimento inicial se der por mais de um ano ou quando os
projetos comparados tiverem investimentos iniciais diferentes” (FILHO; KOPITTKE,
2010, p. 112).
3. METODOLOGIA
1. Revisão bibliográfica;
2. Levantamento de dados sobre a edificação escolhida;
3. Avaliação e classificação da eficiência energética da edificação;
4. Elaboração de propostas de melhoria e/ou retrofit;
5. Análise de viabilidade econômica das propostas.
Inicialmente foi feita uma revisão bibliográfica, onde foram feitas contextualizações a
fim de direcionar o trabalho, apresentando um breve histórico da preocupação da
eficiência energética no mundo e também aplicados a edificações e o cenário
energético brasileiro, mostrando, entre outros, o percentual de energia consumida em
edifícios.
adequação das características do modelo real para que atenda aos níveis A, B, C e D
de eficiência energética.
Com base nos dados de saída da edificação real e dos quatro modelos de referência,
foram feitas as análises dos resultados e dos pré-requisitos definindo a classificação
da edificação.
A avaliação da eficiência do sistema de iluminação do prédio pode ser feita por dois
métodos: método da área do edifício, aplicável para edificações com até 3 atividades
principais e pelo método das atividades do edifício, o qual se avalia cada ambiente em
função da atividade desempenhada.
70
Para analisar a viabilidade econômica das intervenções foi feito o orçamento de cada
uma delas. Foram consultadas bibliografias do Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) e do Instituto de Obras Públicas do
Estado do Espírito Santo (IOPES), com data base de setembro de 2018. Além disso,
foram consultadas empresas que ofereçam produtos ou serviços necessários para a
execução das intervenções.
Também foi realizada uma comparação entre os valores do consumo atual de energia
da edificação e do consumo após as intervenções (a ser realizado através das
simulações de desempenho termo energético). O custo da diferença entre esses
valores foi comparado com o custo de implantação das melhorias, por meio do cálculo
do Valor Presente Líquido (VPL) e do Payback.
72
Além disso, no âmbito social, são desenvolvidos projetos como o Coral de Contas,
composto por servidores e estagiários do TCE-ES, que faz apresentações pelos
hospitais da Grande Vitória, e a Escola de Contas, que disponibiliza diversos cursos
presenciais e online para toda a sociedade.
No contexto ambiental, existe a coleta seletiva dos resíduos sólidos secos e úmidos,
estrutura de vestiários e bicicletários para a utilização de transportes alternativos pelos
funcionários, e preocupação com eficiência energética, existindo a previsão de troca
das lâmpadas fluorescentes por LED e da implantação de placas fotovoltaicas para a
geração de energia solar. Além disso, há previsão da implantação de um sistema de
captação de água de chuva.
Desta forma, este capítulo trata da descrição da edificação. Logo, são especificados
aspectos gerais, localização, características construtivas, padrões de utilização e
sistemas de iluminação e ar condicionado.
A sede do TCE-ES foi projetada em 1989, pelo arquiteto Luiz Paulo C. Dessaune, com
área total de 6.751,05 m², distribuída em 3 pavimentos. Sua obra foi finalizada no ano
73
de 1991. Logo, trata-se de uma construção anterior ao Decreto N° 4.059, que foi
publicado em 2001 e definiu, pela primeira vez no país, parâmetros para a
etiquetagem energética voluntária de edificações comerciais, públicas e de serviço.
Portanto, não existia regulamentações sobre a eficiência energética de edificações no
país até então e o tema não era uma diretriz para a elaboração de projetos imobiliários
da época.
4.1. LOCALIZAÇÃO
A sede do TCE-ES está localizada na Rua José Alexandre Buaiz, nº 157, no bairro
Enseada do Suá, em Vitória/ES. A Figura 17 apresenta a localização da edificação.
Ed. Work
Center
TCE
Shopping
Vitória
No pavimento térreo, as paredes da fachada são de concreto até 1,50 m. A partir daí
até o 1° pavimento, são de bloco sical duplo. Toda a fachada possui espessura de 20
cm.
No segundo pavimento, a maioria das paredes são em bloco sical simples, com 13 cm
de espessura e 2 cm de reboco em ambos os lados, exceto nas paredes das fachadas,
que são de bloco de sical duplo com reboco com espessura total de 20 cm, sendo
apenas a divisão entre as salas dos procuradores e de suas respectivas assessorias
em drywall, com 10 cm de espessura.
78
Quanto à cor das paredes, as internas das salas e a torre de banheiros são brancas,
a torre de escada é vermelha e a torre entre os jardins de inverno é preta.
As divisões das salas são feitas, em sua maioria, por divisórias de madeira MDF com
espessura de 4 cm na cor bege. As opacas separam setores e as que possuem
abertura em vidro transparente, com 4 mm de espessura, separam salas internas e
corredores. Os projetos arquitetônicos do ANEXO A – Projetos da Edificação Objeto
de Estudo ilustram os fechamentos por paredes e divisórias no térreo, primeiro e
segundo pavimentos.
Embora não exista sensores para balanceamento da luz natural com a artificial, existe
uma contribuição da luz natural que entra pelas janelas em vidro na divisória entre as
salas e o corredor, e no corredor.
Grande parte dos usuários utilizam carro individual para ir ao trabalho. Inclusive, o
TCE-ES possui 34 carros oficiais que ficam à disposição dos servidores para uso em
execução de suas atribuições. Transportes coletivos e bicicletas também são
utilizados por alguns usuários.
5.1. MODELAGEM
Por não existir memorial descritivo da construção, parte das informações, como
parâmetros de materiais e potência de equipamentos, foi coletada em visitas e em
referências bibliográficas. A seguir, serão apresentados todos os dados recolhidos.
5.2.2. Materiais
Para toda a edificação foram definidos os materiais que compõem as superfícies que
limitam as zonas térmicas. Para a envoltória, além disso, foram definidas as
propriedades relativas a cor das superfícies, que influencia diretamente o
comportamento térmico das mesmas.
5.2.3. Iluminação
5.2.4. Ar condicionado
5.2.5. Equipamentos
As impressoras ficam ligadas o dia todo, sendo utilizadas durante cerca de 2 horas
por dia e permanecendo em stand by no restante do tempo. As televisões também
ficam ligadas o dia todo, sendo utilizadas durante o horário de ocupação do ambiente
e permanecendo em stand by no restante do tempo.
90
Conforme definido no item 5.2, os corredores foram considerados como sendo áreas
de sombreamento na edificação, não caracterizando zonas térmicas. Dessa forma, a
iluminação presente nessas áreas foi considerada como iluminação externa durante
a atribuição de dados no EP.
Na Tabela 15 pode-se verificar o consumo de energia elétrica por uso final e sua
parcela percentual no consumo total da edificação.
93
5.3.3. Envoltória
5.3.4. Iluminação
5.3.5. Ar condicionado
Com base no valor de COP médio de cada zona, o EP calculou o consumo de energia
elétrica total devido ao uso para refrigeração e ventilação da edificação, conforme
visto na Tabela 15. Dessa forma, o consumo de energia elétrica com condicionamento
de ar representa 27,18% do gasto total da edificação.
Para a construção dos modelos de referência, deve ser calculado o IC env, o qual vai
determinar o nível energético da envoltória da edificação pelo método prescritivo e,
em seguida, possibilitar o cálculo do PAFT para os modelos de referência, em função
do nível energético (A a D).
O ICenv foi calculado seguindo a metodologia descrita no item 2.2.4 e com a equação
3, visto que Ape > 500 m², implementados numa planilha elaborada pelos autores. Os
valores atribuídos às variáveis utilizadas são apresentados na Tabela 17.
Aenv m² 4390,57
Vtot m² 24886,51
PAFT % 24,43%
PAFo % 27,90%
FS adm 0,72
AVS Graus 38,40
AHS Graus 0,00
FF Adm 0,18
FA Adm 0,35
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
Resultados
A 56,34
B 56,35 60,54
C 60,55 64,75
D 64,76 68,96
E 68,97
Classificação Env A*
EqNumEnv 5
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
Com base nos limites máximos para cada nível energético, apresentados na Tabela
18, calculou-se os PAFT referentes, a fim de configurar os modelos de referência para
a simulação desses casos. A Tabela 19, apresenta o valor percentual do PAFT em
função do nível almejado, conforme metodologia apresentada no item 2.2.4 e na
Tabela 9.
Na Tabela 20 é apresentado um resumo das variáveis que foram alteradas nos casos
de referência, em função do nível do modelo de referência. Esses valores são válidos
para o prédio do TCE-ES, visto que foram elaborados a partir do seu estudo. Os
valores de transmitância, absortância e DPI são definidos pelo RTQ-C em função do
nível energético e da zona bioclimática e o COP definido pelo INMETRO. No
APÊNDICE D – Parâmetros para Configuração da Envoltória dos Modelos de
Referência são apresentados detalhes para a adequação da envoltória para cada
modelo de referência.
99
A partir dos modelos gerados para simulação e para os casos de referência, pode-se
avaliar a eficiência global da edificação por meio do consumo de energia elétrica de
cada um.
5.5.2. Envoltória
Conforme visto no item 5.4, a envoltória da edificação possui potencial para atingir o
nível A, mas não alcança devido aos pré-requisitos exigidos pelo RTQ-C. A Tabela 23
apresenta a transmitância e absortância das paredes e coberturas da envoltória, a
partir da qual verificou-se que algumas delas não atendem os limites exigidos.
5.5.3. Iluminação
Como vimos nos casos de referência, o RTQ-C determina o DPIL para cada nível
energético, relativo à função da edificação. Na Tabela 24 podemos ver o DPIL para
cada nível energético e o percentual da edificação que se enquadra em cada nível.
Pode-se assim constatar que a maior parte da edificação, 77,42%, possui uma
densidade de iluminação superior ao limite aceitável para considerar como nível D.
Mas além disso é necessário ser feita a análise dos pré-requisitos, na qual verificou-
se que os ambientes não atendem desligamento automático e a contribuição de luz
natural só ocorre numa minoria dos ambientes, nos ambientes escadas e casa de
máquinas. Quanto ao pré-requisito de separação dos circuitos de iluminação, não foi
possível realizar sua avaliação, pois o prédio carece de informações e projetos
elétricos e luminotécnicos atualizados.
5.5.4. Ar condicionado
Dessa forma, a edificação não atende ao pré-requisito exigido pelo RTQ-C e assim o
sistema receberia classificação E.
5.5.5. Bonificações
Constatou-se assim na Tabela 26 que o consumo da edificação real ficou maior que
o máximo consumido pelo modelo de Nível C e menor que o máximo modelo de Nível
D, logo, pode-se afirmar que a edificação possui Nível D de eficiência pelo
comparativo de consumo, conforme demarcado. Porém, devido ao não atendimento
do pré-requisito de isolamento das tubulações do sistema de ar condicionado, a
edificação foi classificada como E (equivalente numérico 1).
6.1.1. Envoltória
Portanto, para a parede de concreto foi proposto o acréscimo de uma camada (interna)
de gesso de 2 cm. Com isso, obteve-se uma nova composição e transmitância da
superfície, como mostra a Tabela 28.
Para a divisória de madeira com vidro foi proposta a fixação de outra placa de madeira
de 10 mm a placa existente, formando uma camada de madeira de 20 mm. A Tabela
31 apresenta o novo valor da transmitância.
Com isso, foi proposta a pintura da cobertura na cor branca e das paredes externas
nas cores branca, devido a uma tendência de padrão nacional de tribunais de conta,
e azul bali, remetendo à cor da logomarca do TCE-ES, assim como apresenta a
Tabela 35.
Além da proposta analisada neste estudo, ainda pode-se alterar a cor da edificação
para diversas cores que atendem ao pré-requisito de absortância, como indica a
Tabela 36. Porém, vale ressaltar que essa troca influencia os resultados de eficiência
da edificação encontrados neste trabalho, bem como nos resultados térmicos e
financeiros que serão apresentados.
110
Acrílica Fosca
Flamingo 0,495
Marifim 0,336
Palha 0,367
Pérola 0,330
Pêssego 0,428
Amarelo Antigo 0,497
Branco Gelo 0,362
Semi-Brilho
Acrílica
Flamingo 0,473
Marfim 0,339
Palha 0,396
Pérola 0,339
Branco Neve 0,102
Branco Gelo 0,297
Acrílica Fosca
Marfim 0,267
Mel 0,418
Palha 0,272
Pérola 0,221
Pêssego 0,350
Vanila 0,239
6.1.2. Iluminação
6.1.3. Ar condicionado
O COP mínimo para o nível A igual a 3,23 foi definido pelo INMETRO em 14/08/2018,
logo, para que a edificação seja certificada como A, todos aparelhos adquiridos a data
anterior a essa, com COP menor que 3,23 devem ser trocados.
6.1.4. Bonificações
Tal projeto também define a adequação de 1/4 da cobertura (550 m²), como mostra a
área em azul na Figura 30, com a instalação de telas protetoras, calhas
impermeabilizadas e tubos verticais que direcionem o fluxo de água para a cisterna,
passando por um filtro de brita antes da armazenagem.
O volume de água captado poderá ser utilizado para atender demandas nos
ambientes externos e na garagem, como rega de jardim, lavagem de calçadas,
corredores e da garagem e limpeza geral das salas e banheiros. Para isso, deve-se
instalar um ponto de saída de água por andar. No capitulo 6.2.1 foi feita a análise
técnica do sistema.
Para obter 1,0 ponto de bonificação, o RTQ-C exige que a energia gerada por painéis
fotovoltaicos proporcione ao menos 10% de economia no consumo anual de energia
elétrica da edificação.
Com isso, definiu-se a primeira proposta com 400 painéis de 325 W, totalizando uma
capacidade instalada de 130 kW, alocados nas áreas da cobertura que recebem maior
irradiação solar como mostra a Figura 31.
De acordo com as propostas de melhoria apresentadas nos itens 6.1.1 a 6.1.4, definiu-
se quatro cenários para estudo.
116
O RTQ-C determina que, para uma edificação receber um ponto de bonificação por
racionamento de água, esta deve comprovar uma redução de 40% no seu consumo
mensal, ou pontuação proporcional em função da economia. Partindo dessa premissa,
foi feita a análise do rendimento do sistema proposto, em função do volume de
armazenamento da cisterna e o volume médio consumido na edificação.
117
Onde:
A: Área de captação;
Foi possível verificar que a cisterna com volume de 15 m³, com uma área de captação
de 550 m², é capaz de atender uma demanda de até 29,5 m³ mensais, com um
overflow (excesso de água, que é descartada) em apenas 6 meses ao longo do ano.
A partir disso, analisou-se a demanda real de água que poderia ser substituída pela
captada pelo sistema. Considerou-se a lavagem da garagem e calçadas (limpeza
externa) a cada 20 dias, rega de jardim 1 vez por semana e limpeza do edifício
(limpeza interna - corredores, banheiros e salas) 2 vezes semanais. Na Tabela 40
pode-se verificar a demanda de água para cada uma desses fins e seu consumo ao
final de um mês.
Vemos assim que se pode utilizar até 135 m³ de água pluvial, limitados pelo volume
de armazenamento da cisterna.
119
Dessa forma, ao considerar que use mensalmente todo o potencial de água pluvial,
foi possível determinar a economia gerada para a edificação. A Tabela 41 mostra a
média de consumo anual, considerando os anos de 2014 a 2017, o volume anual
captado pelo sistema pluvial e finalmente o percentual de economia.
Vimos então que o sistema de captação de água da chuva pode economizar até 10%
do consumo da edificação. Assim, para economias inferiores a 40%, a pontuação da
bonificação é proporcional à redução. Logo, foi possível obter um equivalente de 0,25
para o sistema.
Como já foi dito no capitulo 6.1.4, o RTQ-C define que, para a obtenção de 1,0 ponto
de bonificação por utilização de painéis fotovoltaicos, deve-se comprovar que a
energia gerada proporcione ao menos 10% de economia no consumo anual de
energia elétrica da edificação, ou pontuação proporcional em função da economia
120
alcançada. Para isso, fez-se a análise dos resultados gerados pelo software AzulSol
4.0 para as duas propostas.
Vale ressaltar que, nas simulações, foram consideradas as edificações vizinhas que
provocam sombreamentos no TCE-ES, como mostra a Figura 33.
Na proposta 1, as placas foram alocadas nas áreas de maior incidência solar (Figura
34) e resultaram numa produção anual de 189.204,28 kWh de energia. Considerando
o consumo da edificação no ano de 2017 (1.540.980,07 kWh), tem-se que essa
produção representa 12,3% do consumo da edificação, o que equivale a 1,0 ponto de
bonificação.
Na proposta 2, as placas foram alocadas por toda a área útil da cobertura, visto que a
incidência solar é adequada para a instalação do sistema (Figura 35), e resultaram
numa produção anual de 397.402,45 kWh de energia. Considerando o consumo da
edificação no ano de 2017, tem-se que essa produção representa 25,8% do consumo
da edificação e também equivale a 1,0 ponto de bonificação.
Foi possível perceber, que o consumo de energia elétrica foi similar para todos os
cenários, tendo somente o sistema de ar condicionado consumos distintos. Na
simulação considerou-se todos aparelhos com COP de 3,23 (mínimo para o nível A).
Assim, sua variação de gasto foi devido a composição proposta para a envoltória.
Analisando a Tabela 42, foi possível ver que o cenário 1 obteve o menor consumo de
energia elétrica, devido a adequação da transmitância térmica, destacando a
substituição das divisórias de madeira por termowall, e diminuição da absortância da
fachada.
O cenário 2, que embora também faça a substituição das divisórias de madeira por
termowall, obteve o terceiro maior consumo de energia elétrica, devido ao fato de ter
se mantido as cores originais da fachada.
Finalmente o cenário 4 obteve o maior consumo de energia elétrica, visto que este
também manteve as cores originais da fachada, e substituindo as divisórias de
madeira por drywall com lã de rocha.
No orçamento, parte dos quantitativos foram extraídos das plantas com reformas
iniciadas em 2018/2 ou previstas para 2019/1, disponibilizadas pelo TCE-ES, ou dos
projetos arquitetônicos existentes, e para orçamentação foram utilizados a base de
dados do IOPES (setembro/2018) e do SINAPI (setembro/2018). A seguir, na Tabela
43, Tabela 44, Tabela 45 e Tabela 46, são apresentados os valores estimados para
cada cenários:
126
Vale ressaltar também que o valor orçado para ar condicionado contempla todos os
equipamentos instalados na edificação e pode ser alterado em função da
comprovação da eficiência, sendo necessário a troca apenas dos que não atenderem.
Com base no orçamento de cada uma das propostas, definiu-se o investimento inicial
de cada cenário (Tabela 47), considerando as duas propostas de instalação de painéis
fotovoltaicos (PPF1 e PPF2).
Para a análise de viabilidade financeira, por meio do cálculo do Valor Presente Líquido
(VPL) e do payback, foram definidos os seguintes parâmetros:
Vale ressaltar que a TMA foi definida para acompanhar a inflação dos próximos anos.
Porém, a expectativa do Banco Central é de decréscimo, o que torna o valor adotado
conservador.
Real 1233180,15
Com isso, pôde-se determinar quais foram as receitas para cada cenário (Tabela 52),
considerando as duas propostas de instalação de painéis fotovoltaicos.
Pôde-se verificar que o cenário 4 apresentou resultados mais rentáveis, visto que
possui maior VPL e menor payback para ambos os casos de instalação de painéis
fotovoltaicos. Já o cenário 1 se apresentou como o menos rentável para ambos os
casos. A variação entre o VPL desses cenários foi de 3% e a variação do payback foi
de cerca de 3 meses.
8. CONCLUSÃO
Chama-se a atenção para o fato de que a troca das cores da fachada (de preto para
branco) não resultou, para a edificação em estudo que possui um sombreamento por
marquises em toda sua fachada, em ganhos expressivos na redução do consumo de
energia elétrica, mas rebaixaria sua classificação a B, devido ao não cumprimento do
pré-requisito de absortância. Com isso, dentre os cenários propostos, analisou-se a
manutenção das cores atuais da fachada aliado ao uso de bonificações de captação
de água da chuva e geração de energia fotovoltaica, retomando desta forma ao Nível
A. Além disso, verificou-se que qualquer cor que atenda o pré-requisito de
absortância, conforme apresentado neste trabalho, resultará também num selo de
classe A.
Assim, pôde-se constatar que, embora o Espírito Santo possua apenas duas
edificações comerciais, de serviços e públicas certificadas, é possível a
implementação de práticas que contribuam para a eficiência energética, por meio de
reformas e retrofit, com resultados financeiros positivos e bom desempenho
energético para o contexto capixaba.
Outro sistema de bonificação proposto, inclusive que é um projeto que está sendo
implementado pelo TCE-ES, foi a utilização de captação de água de chuva. O projeto
realizado pela edificação visa construir uma cisterna de 15 m³ e utilizar 1/4 da área do
telhado para captação. Esse sistema implicará numa redução aproximadamente 46
m³ no consumo de água proveniente da concessionária. Apesar disso, a edificação
possui uma demanda em torno de 135 m³ de água que poderiam ser de fontes pluviais.
Dessa forma, sugere-se um estudo de viabilidade para a administração do prédio,
visando obter maiores economias.
137
Apesar de que foi possível obter resultados satisfatórios com a aplicação do método
de simulação do RTQ-C, o regulamento ainda é carente em definir os parâmetros para
análise de edifícios que possuem átrio. Além disso, o regulamento não demonstra
clareza ao misturar passos utilizados pelo método prescritivo com a simulação,
gerando margem para interpretações equivocadas, principalmente nos estudos dos
pré-requisitos da envoltória. Vale ressaltar que os regulamentos estão sendo
atualizados e espera-se que esclareça seus conceitos e processos.
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Florianópolis, p. 20. 2010.
APÊNDICES
145
5 As bandeiras tarifárias são faixas de custo em função das circunstâncias de geração de energia
elétrica vigentes no Brasil. São representadas nas cores verde (condições favoráveis de produção),
amarelo (condições menos favoráveis) e vermelho (condições muito custosas).
148
Ganho de
Zona Quantidade
Padrão de uso Atividade calor
térmica (1) de pessoas
(W/pessoa)
14:00 às 16:00 hrs
ZTS-17 Sentado, quieto 108 12
(seg/qui/sex)
ZTS-18 08:00 às 19:00 Digitando 117 9
ZTS-19 08:00 às 19:00 Digitando 117 13
ZTS-20 10:00 às 19:00 Digitando 117 75
Ter/Qua 08:00 às
ZTS-22 Digitando 117 50
20:00
Fonte: (1)LBNL (2016); Elaborado pelos autores (2018).
152
Com base nos limites apresentados na Tabela 20, adequou-se o PAFT para o modelo
de referência A, que é de 18,17%. Além disso, definiu-se materiais apenas para efeito
de estudo, mantendo uma espessura média entre as superfícies com espessuras
próximas e alterando o valor do coeficiente de condutividade térmica, a fim de alcançar
a transmitância limite. As composições das superfícies utilizadas no programa de
simulação são apresentadas na Tabela 66.
e λ ρ c CT U
Material
(cm) (W/mK) (kg/m³) (J/kgK) (kJ/m²K) (W/m²K)
Com base nos limites apresentados na Tabela 20, adequou-se o PAFT para o modelo
de referência B, que é de 31,29%. Além disso, definiu-se materiais apenas para efeito
de estudo, mantendo uma espessura média entre as superfícies com espessuras
próximas e alterando o valor do coeficiente de condutividade térmica, a fim de alcançar
a transmitância limite. As composições das superfícies utilizadas no programa de
simulação são apresentadas na Tabela 67.
e λ ρ c CT U
Material
(cm) (W/mK) (kg/m³) (J/kgK) (kJ/m²K) (W/m²K)
Com base nos limites apresentados na Tabela 20, adequou-se o PAFT para o modelo
de referência C, que é de 44,45%. Além disso, definiu-se materiais apenas para efeito
de estudo, mantendo uma espessura média entre as superfícies com espessuras
próximas e alterando o valor do coeficiente de condutividade térmica, a fim de alcançar
a transmitância limite. As composições das superfícies utilizadas no programa de
simulação são apresentadas na Tabela 68.
e λ ρ c CT U
Material
(cm) (W/mK) (kg/m³) (J/kgK) (kJ/m²K) (W/m²K)
Com base nos limites apresentados na Tabela 20, adequou-se o PAFT para o modelo
de referência D, que é de 57,61%. Além disso, a transmitância e absortância das
coberturas e paredes externas são iguais para o nível C e D, assim, a composição
das superficies utilizadas na configuração do caso de referência D seguiu a mesma
apresentada na Tabela 68.
Dessa forma, optou-se por aproximar os resultados desse modelo de referência por
meio da obtenção de uma equação a partir de uma regressão linear baseada nos
valores encontrados durante a simulação dos níveis A, B e C. Embora os valores não
sejam tão precisos, são aceitáveis para a comparação do consumo do modelo real e
os de referência.
172
IOPES 010239 1.2.1 Retirada de divisórias com reaproveitamento m² 637,224 R$ 31,22 R$ 19.894,13
PREÇO - R$
FONTE ITEM ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS UN. QUANT.
Unitário Total
INSTALAÇÃO DE ISOLAMENTO COM LÃ DE
SINAPI 96372 1.2.4 ROCHA EM PAREDES DRYWALL (obs: m² 637,224 R$ 12,54 R$ 7.990,79
e=50mm)
RECOLOCACAO DE FOLHAS DE PORTA DE
SINAPI 72144 1.2.5 PASSAGEM OU JANELA, CONSIDERANDO und 71 R$ 73,98 R$ 5.252,58
REAPROVEITAMENTO DO MATERIAL
1.3 Parede de termowall R$ 138.840,22
IOPES 010239 1.2.1 Retirada de divisórias com reaproveitamento m² 637,224 R$ 31,22 R$ 19.894,13
PREÇO - R$
FONTE ITEM ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS UN. QUANT.
Unitário Total
CONTRAPISO EM ARGAMASSA TRAÇO 1:4
(CIMENTO E AREIA), PREPARO MECÂNICO
SINAPI 87630 1.6.2 COM BETONEIRA 400 L, APLICADO EM ÁREAS m² 156,38 R$ 26,71 R$ 4.176,91
SECAS SOBRE LAJE, ADERIDO, ESPESSURA
3CM
Pintura com tinta acrílica Suvinil, Coral ou
IOPES 160708 1.6.3 Metalatex, inclusive selador acrílico, em paredes m² 156,38 R$ 22,40 R$ 3.502,91
externas a três demãos
1.7 Pintura da fachada R$ 84.192,77
PREÇO - R$
FONTE ITEM ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS UN. QUANT.
Unitário Total
2.2 Sensores R$ 192,42
SENSOR DE PRESENÇA SEM FOTOCÉLULA,
SINAPI 97596 2.2.1 FIXAÇÃO EM PAREDE - FORNECIMENTO E und 6 R$ 32,07 R$ 192,42
INSTALAÇÃO.
2.3 Instalação R$ 92.363,74
Fio de cobre termoplástico, com isolamento para
IOPES 151402 2.3.1 m 3375,435 R$ 5,20 R$ 17.552,26
750V, seção de 2.5 mm2
Fio ou cabo de cobre termoplástico, com
IOPES 151405 2.3.2 m 168,77175 R$ 10,64 R$ 1.795,73
isolamento para 750V, seção de 10.0 mm2
Interruptor 127V 1 seção - Interruptor de uma tecla
IOPES 180204 2.3.3 und 66 R$ 24,35 R$ 1.607,10
simples 10A/250V, com placa 4x2"
Interruptor 127V 2 seção - Interruptor de duas
IOPES 180205 2.3.4 und 87 R$ 38,59 R$ 3.357,33
teclas simples 10A/250V, com placa 4x2"
Interruptor 127V 3 seção - Interruptor de três teclas
IOPES 180212 2.3.5 und 18 R$ 52,82 R$ 950,76
simples 10A/250V, c/ placa 4x2"
Eletroduto de PVC rígido roscável, diâm. 1"
IOPES 151127 2.3.6 m 964,41 R$ 20,67 R$ 19.934,35
(32mm), inclusive conexões
Condulete múltipo em PVC, com tampa e
MERCADO 2.3.7 daptadores, para eletroduto 1" - fornecimento e und 1356 R$ 23,76 R$ 32.218,56
instalação
Eletrocalha perfurada em chapa de aço
IOPES 150836 2.3.8 m 115 R$ 78,44 R$ 9.020,60
galvanizado nº16, 200x100mm, sem tampa
Mini-Disjuntor monopolar 20 A, curva C - 5KA
220/127VCA (NBR IEC 60947-2), Ref. Siemens,
IOPES 151302 2.3.9 und 60 R$ 18,86 R$ 1.131,60
GE, Schneider ou
equivalente
180
PREÇO - R$
FONTE ITEM ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS UN. QUANT.
Unitário Total
Mini-Disjuntor tripolar 40 A, curva C - 5KA
IOPES 151310 2.3.10 220/127VCA (NBR IEC 60947-2), Ref. Siemens, und 12 R$ 83,47 R$ 1.001,64
GE, Schneider ou equivalente
Quadro de distribuição de energia de sobrepor em
chapa metálica, para 18 disjuntores
MERCADO 2.3.11 termomagnéticos monopolares din, com und 12 R$ 316,15 R$ 3.793,80
barramentos trifásicos 100A, neutro e terra -
fornecimento e instalação
3 AR CONDICIONADO R$ 446.165,53
MERCADO 3.1 Condicionador de ar, tipo Janela de 7.500 BTU/h UND 8 R$ 898,05 R$ 7.184,40
MERCADO 3.1 Condicionador de ar, tipo Janela de 12.000 BTU/h UND 34 R$ 1.759,00 R$ 59.806,00
MERCADO 3.2 Condicionador de ar, tipo Janela de 18.000 BTU/h UND 55 R$ 1.853,00 R$ 101.915,00
MERCADO 3.3 Condicionador de ar, tipo Janela de 21.000 BTU/h UND 28 R$ 2.716,63 R$ 76.065,64
MERCADO 3.4 Condicionador de ar, tipo Janela de 30.000 BTU/h UND 1 R$ 3.394,02 R$ 3.394,02
Condicionador de ar “SPLIT”, tipo Hi Wall Inverter,
TCE-ES 3.5 UND 11 R$ 2.059,70 R$ 22.656,70
capacidade de refrigeração de 12.000 BTU/h
Condicionador de ar “SPLIT”, tipo Hi Wall Inverter,
TCE-ES 3.6 UND 9 R$ 2.935,71 R$ 26.421,39
capacidade de refrigeração de 18.000 BTU/h
Condicionador de ar “SPLIT”, tipo Hi Wall Inverter,
TCE-ES 3.7 UND 11 R$ 3.374,08 R$ 37.114,88
capacidade de refrigeração de 24.000 BTU/h
181
PREÇO - R$
FONTE ITEM ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS UN. QUANT.
Unitário Total
Condicionador de ar “SPLIT”, tipo Hi-Wall Inverter,
TCE-ES 3.8 UND 3 R$ 6.403,89 R$ 19.211,67
capacidade de refrigeração de 27.000 BTU/h
Condicionador de ar “SPLIT”; tipo Inverter,
TCE-ES 3.9 UND 5 R$ 9.510,09 R$ 47.550,45
capacidade de refrigeração de 36.000 BTU/h
Condicionador de ar “SPLIT CASSETE”;
MERCADO 3.10 UND 2 R$ 6.897,69 R$ 13.795,38
capacidade de refrigeração de 48.000 BTU/h
Instalação de aparelhos de ar condicionado, tipo
MERCADO 3.11 split, inclusive com fornecimento de tubulações UND 41 R$ 450,00 R$ 18.450,00
necessárias até 3 metros
Instalação de aparelhos de ar condicionado, tipo
MERCADO 3.12 janela, inclusive com fornecimento de tubulações UND 126 R$ 100,00 R$ 12.600,00
necessárias
4 BONIFICAÇÕES
4.1 Captação de água de chuva R$ 89.807,56
TCE-ES Orçamento em anexo UND 1 R$ 89.807,56 R$ 89.807,56
4.2 Sistema de energia fotovoltaica
MERCADO
4.2.1 Sistema da proposta 1 - Orçamento em anexo UND 1 R$ 517.476,19 R$ 517.476,19
(A&G)
MERCADO
4.2.2 Sistema da proposta 2 - Orçamento em anexo UND 1 R$ 1.155.961,27 R$ 1.155.961,27
(A&G)
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
182
Tabela 71 - Composição de orçamento: Pintura com fundo preparador, em paredes externas a uma demão
Preço
Código Componentes UNID. Coeficiente Subtotal
Unitário
Mão de Obra (inclusive leis sociais de 128,33 %)
AJUDANTE (LABOR) H 0,1333 12,38 R$ 1,65
PINTOR (LABOR) H 0,1667 14,66 R$ 2,44
Subtotal de Mão de Obra R$ 4,09
Materiais
LIXA PARA MADEIRA/MASSA Nº 150 (LABOR) UN 0,2500 0,56 R$ 0,14
Fundo Preparador Parede Suvinil ou Coral L 0,0800 11,64 R$ 0,93
Subtotal de materiais R$ 1,07
Total R$ 5,16
BDI de 30,90% R$ 1,59
Total Geral R$ 6,75
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
183
ANEXOS
193
2. SERVIÇOS R$213.078,43
2.1. Mobilização/desmobilização da equipe dia 110 R$120,00 R$13.200,00
2.2. Instalação estrutural pela equipe de
dia 110 R$860,00 R$94.600,00
montagem
2.3. Instalação elétrica estrutural dia 110 R$460,00 R$50.600,00
2.4. Equipamentos CA (cabos, disjuntores, e
Kit 1 R$15.856,75 R$15.856,75
acessórios)
2.5. Instalação eletrônica do Inversor On-Grid un 1 R$9.842,12 R$9.842,12
2.6. Parametrização, Start e Conexão com a rede
un. 1 R$8.201,76 R$8.201,76
da concessionária de energia local
2.7. Projeto completo Homologado junto a
un 1 R$20.777,80 R$20.777,80
concessionária de energia local
2. SERVIÇOS R$475.984,05
2.1. Mobilização/desmobilização da equipe dia 246 R$120,00 R$29.520,00
2.2. Instalação estrutural pela equipe de
dia 246 R$860,00 R$211.560,00
montagem
2.3. Instalação elétrica estrutural dia 246 R$460,00 R$113.160,00
2.4. Equipamentos CA (cabos, disjuntores, e
Kit 1 R$35.305,78 R$35.305,78
acessórios)
2.5. Instalação eletrônica do Inversor On-Grid un 1 R$21.913,93 R$21.913,93
2.6. Parametrização, Start e Conexão com a rede
un. 1 R$18.261,61 R$18.261,61
da concessionária de energia local
2.7. Projeto completo Homologado junto a
un 1 R$46.262,74 R$46.262,74
concessionária de energia local