Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Gênesis 32.3-32
EXÓRDIO
Haverá em nossas vidas acontecimentos, planejados por Deus, que não nos
agradarão. A perda de um emprego, a falência da empresa, a enfermidade de um
familiar, a morte de um ente querido. São coisas que sempre acontecem e, por mais
que não gostemos, que nos causem sofrimentos, devemos nos submeter à vontade
de Deus que é soberana.
NARRATIVA
A primeira parte do texto que lemos, que pega do versículo 3 até o versículo
21, mostra Jacó enviando mensageiros adiante dele para comunicar a Esaú que ele
está chegando com o seu rebanho e seus servos.
Mas essa rápida oração não acalmou Jacó e ele se dispôs a buscar a Deus de
maneira mais profunda. Porque o problema que se apresentava a ele era muito
grande, acima da sua capacidade humana. Ele precisava desesperadamente de
Deus. Ele estava disposto a lutar com Deus para alcançar a benção.
2
Mas, o que isso quer dizer? Deus permite que lutemos com Ele?
Será que Deus aumenta a nossa percepção do problema que está vindo e essa
percepção provoca em nós o desejo de orar mais intensamente para obter a solução
que pretendemos para o problema?
A análise do texto que lemos nos permite concluir que após uma luta intensa
em oração a Deus, receberemos a Sua bênção.
“ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia (v.
24)”.
Jacó encontra-se em uma situação difícil! Enrolou o seu irmão Esaú com a
questão da primogenitura e a benção de seu pai e agora está com medo de que ele
queira se vingar. Ele estava com a sua família, composta de quatro esposas e onze
filhos; muitos servos e grandes rebanhos de ovelhas e cabras. Além de gado,
jumentos e camelos. Tendo saído das terras de Labão recentemente, voltando para a
casa de seu pai, após cerca de vinte anos fora.
Jacó ficou perturbadíssimo de medo a ponto de achar que o irmão estava vindo
pronto para a guerra. O pavor de Jacó era grande porque ele acreditava
profundamente de que a luta com o seu irmão seria inevitável, que estaria nos
planos de Deus. Um castigo pelos pecados cometidos! Assim, dividiu o seu povo
em dois, para o caso de uma metade cair em luta, daria tempo para a outra metade
fugir. E na sequência, tentando ajeitar a situação com seu irmão Esaú Jacó enviou
cinco rebanhos de animais, como presente a Esaú.
3
Ou então ter o mesmo problema da viúva da parábola de Jesus que tinha uma
demanda judicial e somente o juiz (que era iníquo) poderia resolver:
Esse juiz não se importava com o que Deus e o povo esperavam dele, na
condução de suas obrigações judiciais. Não se importava com a aplicação da justiça.
Era um egoísta que se preocupava consigo mesmo. Mas a viúva, que não tinha
a quem recorrer, estava querendo apenas que se fizesse justiça para a demanda dela,
porque, pelo contexto, podemos inferir que alguém estava prejudicando a viúva de
alguma forma, porquanto clamava: “julga a minha causa...”.
===============
“Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa;
deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem. Disse este: Deixa-
4
Jacó já havia percebido que o homem com o qual lutava não era um homem
qualquer. Estava descadeirado e estava enfraquecido, porém ele continuava a lutar
com palavras. Sabia que este homem poderia abençoá-lo e insistia nesse propósito.
Jacó era muito rico, já tinha vencido na vida em busca da prosperidade, mas
precisava muito de sabedoria para vencer as batalhas no campo familiar e social pela
diplomacia, precisava conquistar e dominar os homens sem usar armas.
Vinte anos atrás Esaú havia dito: “Não é com razão que se chama ele Jacó?
Pois já duas vezes me enganou: tirou-me o direito de primogenitura e agora usurpa a
bênção que era minha.” (27.36):
O rei Ezequias, por sua vez, chorou e apelou a Deus lembrando da sua
fidelidade ao Senhor:
O rei Ezequias tinha cerca de 39 anos, era muito jovem para morrer. Mas ele
não se desvia de Deus, não fica bravo e nem negocia com Deus pedindo uma
retribuição pela sua fidelidade. Ele derrama os seus sentimentos diante de seu Deus e
Deus se comove.
“Ele, por algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem
que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum; todavia, como esta viúva
me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a
molestar-me.” (Lc 18.4-5).
Notem que podemos insistir com Deus tanto quanto essa viúva insistiu com o
juiz, mas tenhamos certeza de que Deus não terá a sua paciência esgotada com a
nossa insistência. Pois Ele é Deus paciente e misericordioso (Sl 86.15).
“Então, disse [o Anjo do Senhor]: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois
como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.” (v. 28).
O nome de Jacó é mudado para Israel e significa: “Aquele que luta com Deus”,
conforme o profeta Oséias que disse mais tarde a respeito de Jacó: “No ventre, pegou
do calcanhar de seu irmão; no vigor da sua idade, lutou com Deus; lutou com o anjo e
prevaleceu; chorou e lhe pediu mercê; em Betel, achou a Deus, e ali falou Deus
conosco.” (Os. 12.3-4).
6
A partir daquele momento ele passa a ser chamado por um nome mais nobre.
O novo nome reorienta a sua vida e ele abandona o critério da astúcia e passa a
prevalecer com Deus e com os homens através das palavras, demonstrando assim
uma mudança de caráter.
O resultado imediato na vida de Jacó é ter conseguido a paz com o seu irmão:
A vida fiel de um servo do Senhor conta muito, quando Deus resolve reverter
algum acontecimento que Ele havia planejado. Embora os pecados de uma pessoa
venham a afetar a terceira ou quarta geração, os resultados da fidelidade de uma
pessoa alcançarão até mil gerações (Êx 34.6,7).
Dessa forma, além de ter 15 anos a mais, o rei Ezequias os teria com paz em
relação aos seus inimigos que rondavam ao redor, principalmente a Assíria.
A viúva, por sua vez teve o seu caso julgado pelo juiz, pelo simples fato de que
ele não mais queria ser incomodado pela viúva.
“...todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não
suceder que, por fim, venha a molestar-me” (Lc 18. 5).
7
É claro que ele sabia que a viúva tinha a razão na demanda. Porém ela era
pobre e não poderia pagar um suborno para ele e também ela tinha pouca ou
nenhuma influência na cidade.
Não havia nenhuma chance dela alcançar vitória nesta questão, a não ser
insistir com o juiz, até encher as paciências dele.
“Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite,
embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça.
Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 15.7-8).
Com certeza o Nosso Senhor Jesus Cristo nos dará atenção aplicando a Sua
justiça sobre as nossas vidas, ainda que pareça demorado. A pergunta que Jesus faz
no final é se haverá pessoas de fé para perseverar como essa viúva?
Concluindo:
Leiamos Rm 15.30-33
Paulo pede aos irmãos para que lutem juntamente com ele em oração a Deus
em favor dele. Paulo estava incomodado com alguns rebeldes que viviam na Judéia,
se opondo ao seu ministério inclusive atentando contra a sua vida (At 20.3). Aqui
Paulo também descreve a oração a Deus como uma luta e roga aos irmãos para que
o ajudassem, como se a união de muitos contribuísse para obter o resultado que ele
esperava.
que é possível insistir com Deus e lutar com Ele em oração para que haja mudanças
em situações (que conseguimos enxergar), que vá afetar a nossa vida profundamente.
O próprio Deus nos incentiva à luta em oração no fim da qual Ele quer nos
abençoar.
Sendo que o
Augustus Nicodemus explica que: "Para dizer que a oração muda o plano de
Deus, você primeiro precisaria saber qual é o plano de Deus e esse plano Ele não
revela".
Não podemos esquecer que Deus toma sobre a nossa vida a decisão que Lhe
aprouver. Se houver a glorificação de seu nome nessa decisão.
Onde Ele anuncia o que há de acontecer e conforme o Seu conselho, fará toda
a Sua vontade.