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Resenha Acadêmica

Letícia Venancio Moreira

Circe Maria Fernandes Bittencourt possui graduação em História pela Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas - USP (1967), pós-graduação em Metodologia e Teoria de História
pela faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP (1969), mestrado em História Social
pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP (1988) e doutorado em História
Social pela Universidade de São Paulo (1993).

Em seu texto "Os confrontos de uma disciplina escolar: da história sagrada à história profana" ,
Circe aborda o surgimento do ensino da história nas escolas públicas e sua evolução desde o
século XIX até o ínicio do século XX , onde os intelectuais discutiam a melhor forma de aplicar os
conhecimentos históricos nas salas de aula em uma época em que o espaço educacional era
dominado pela Igreja Católica.

No inicio , a história que seria ensinada nas instituições públicas brasileiras foi um motivo de
divergência entre os vários intelectuais das classes dominantes que eram ligados ao poder
educacional, isso pôde ser percebido pelo embate entre a História Sagrada e a História Laica.

Após isso , ocorreram várias propostas para o programa curricular de ensino nas escolas públicas
brasileiras ,em 1855 a História do Brasil foi introduzida como matéria autonôma de História
Geral. Tais reformas ocorridas neste momento foram inspiradas na Reforma Francesa de 1850 ,
graças a essa influência houve a volta da inteferência religiosa no âmbito econômico e político.
No meio dessas propostas e disputas , a História que antes tinha como objeitvo relatar e ensinar
a história do cristianismo desde a descoberta do Brasil, sofreu várias mudanças como matéria e
com isso passou a ter como objetivo a formação da política do cidadão nacional, mas continuou
como uma disciplina fundamental no currículo.

Mesmo com o estabelicmento do regime republicano a História Sagrada permanceu como


disciplina deixando claro a grande influência da igreja católica na educação. Essa disciplina
apresentava os acontecimentos de ordem histórica contidos na Bíblia, para fins de manipulação
moral . Com isso , os alunos dessa matéria liam os textos não para questioná-los e crescerem
mentalmente , esses textos eram lidos para se rememorar. No periodo do século XIX com essa
grande influência da Religião Católica na educação , a visão que histórica que predominou nesse
tempo foi a cristã , mesmo tendo vários opositores.

Na década de 50 a história sofria vários contestamentos sobre o seus objetivos e seu papel na
formação dos jovens , Victor Duruy em sua obra coincilicou as tendências históricas dessa
época , não excluindo a História Sagrada do currículo mas mantendo-a separada da História
Nacional e a da História Universal Profana. Ainda nessa época os franceses continuaram como
fundamento pedagógico nas escolas publicas.

Já na segunda metade do século XIX ,com os avanços das indústrias pela Europa e pelas
Américas , os historiadores tanto conservadores , quanto os liberais ,passaram a concordar na
idéia de que teria que haver uma divisão entre "período contemporâneo" e "periodo moderno"
e no papel que o Estado e seu papel politico que controlava as transformações históricas . As
divergências que ocorreram entre elas foram causadas quanto ao fato político fundamental
desencadeador das mudanças, isso pode ser percebido nas leituras das obras da época.

Em 1886 com as obras de Seignobos e seu ideais (que foram traduzidas na época da revolução
franscesa), a elite brasileira considerava tais ideais a representação de seus desejos e sonhos
onde o Brasil , um país com grandes oportunidades de ampliação em relação as exportações na
área da agricultura possuía um destino á caminho da modernização. Com isso a versão histórica
de Seignobos foi imposta na vida acadêmica dos brasileiros , tendo alguns opositores e entre
eles , se destacou foi Manuel Bonfim que tinha como objetivo introduzir o conhecimento
histórico do continente Americano no currículo escolar . Manuel conseguiu estabelecer um curso
e História da América para algumas escolas , entretando suas tentativas sempre foram limitadas.

A partir da década de sessenta do século XIX , houve uma preocupação em como narrar a
história do Brasil , a dificuldade nisso estava em estruturar e articular uma noção histórica que
tinha como sujeito principal o Estado Brasileiro. Graças as obras do cronista cônego Joaquim
Caetano Fernandes Pinheiro foi possível fazer uma adaptação da história do Brasil , a partir da
seleção do fatos de acordo com uma lógica transcendental.

Essa história do Brasil enfrentou outros problemas , sendo objeto de disputa entre os
intelecturais e pela sua falta de nacionalismo. Nesta fase só eram considerados cidadãos os
afalbetizados e os que sabiam escrever ,com isso surge a obrigatoriedade dp ensino da História
Nacional em diferentes curriculos escolares e esse ensino tinha como objetivo situar o Brasil no
mundo civilizado. Após isso , os historiadores começaram a pesquisar nos fatos nacionais
possíveis "heróis" da pátria para enaltecer o espírito de Amor à Pátria e a Nação, neste momento
que grandes figuras históricas como Tiradentes foram postas nos papéis que contavam a História
do País.

Então , a partir dessa análise é possível perceber que a forma que a história se desenvolveu ,
conquistou sua importância e tomou esse sentido como matéria que vemos hoje nas escolas
brasileiras , isso ocorreu graças a luta dos historiadores brasileiros para exaltar a riqueza histórica
do nosso país , dessa forma provando que o Brasil apesar de ser visto como apenas um país
colonizado para os europeus o nosso país tem sua própria história mesmo antes dos
portugueses "descobrirem" nossa terra.

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