Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
DISCIPLINA: HISTÓRIA
Justificativa
A finalidade do ensino de História tem sido uma preocupação constante dos historiadores.
Esses, por meio de suas pesquisas, têm apontado que questões relativas aos conteúdos e
“crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado
público da época em que vivem.” Nesse sentido, no Ensino Médio por blocos, o ensino de
História pode contribuir para que estudantes, por meio da intervenção pedagógica do professor,
cotidiano deles no presente, tendo em vista a construção de projetos de futuro. Esta intervenção
docente permite desenvolver uma espécie de consciência histórica nos estudantes. Para o
historiador Jörn Rüsen (2001), esta consciência diz respeito a vida pública, privada, individual e
coletiva dos estudantes e professores. Nesse sentido, os conteúdos sugeridos neste PPC tem por
objetivo possibilitar uma orientação histórica consciente para a vida prática dos estudantes no
Fundamentos Teórico-Metodológicos
o Ensino Médio por blocos pautam-se nas Diretrizes Curriculares de História do Estado do
Paraná. De acordo com este documento, o conhecimento histórico é provisório, ou seja, podem
existir várias explicações e interpretações para a mesma experiência do passado, mas deve-se
ter em mente que algumas interpretações são mais plausíveis que outras em relação ao objeto
investigado.
Este PPC segue a matriz disciplinar da História organizada pelo historiador Jörn Rüsen
(2001), que aponta como se dá a organização do pensamento histórico dos sujeitos. De acordo
com essa matriz, o aprendizado dos estudantes deve ser historicamente significativo. Assim, os
estudantes na sua vida cotidiana. As teorias utilizadas para fundamentar as aulas de História
deverão instituir uma racionalidade para relação entre o passado, o presente e o futuro. Além
disso, essas teorias articulam métodos que possibilitarão aos estudantes, a partir de critérios de
verificação, classificação e confrontação das fontes, que apreendam e dêem significados aos
conteúdos históricos sugeridos. A produção desses significados tem como finalidade a formação
da consciência histórica, que é expressa pelas narrativas históricas produzidas por estes sujeitos.
rurais e urbanos, crianças idosos, jovens, etc.) e fontes, tais como diários, poesias, canções,
tempo e no espaço, dos conteúdos estruturantes, básicos e específicos. Alguns conteúdos são
determinado contexto histórico. Nesse sentido, a relação entre a história local e a história geral
pode levar os estudantes a perceberem que os acontecimentos locais podem causar fissuras em
um processo histórico mais amplo, contribuindo dessa forma para transformações estruturais.
Por fim, os temas sugeridos nestas Orientações Pedagógicas de História para o Ensino
Médio por blocos são abordados de forma interdisciplinar, ressaltando que a interdisciplinaridade
no ensino de História se dará por meio do trabalho com as fontes, as quais promovem uma sólida
articulação com outras disciplinas curriculares da Educação Básica, pois textos literários e
poéticos, relatos filosóficos, mapas, diagramas, tabelas, relatos orais, canções, narrativas gráficas
Encaminhamentos Metodológicos
em mais de uma interpretação histórica. Essas interpretações podem aparecer em meio a textos
historiográficos do Livro Didático Público (LDP) de História ou estarem disponíveis nos diferentes
deste trabalho é possibilitar ao estudante a compreensão de que não existe uma única
que viveram no passado e que a narrativa do historiador é construída a partir de uma questão a
mesmo processo. Em outras palavras, não podemos encaminhar as aulas em forma de seminário
e no final do mês ou do bimestre avaliar os estudantes por meio de prova, mas sim entender, por
exemplo, o seminário como uma forma de desenvolver as ideias históricas dos estudantes em
critérios.
Trabalho Docente (PTD) que a avaliação em História deve observar as finalidades sociais e
teóricas da disciplina que são expressas nos critérios de avaliação referentes aos conteúdos
históricos. Qualquer instrumento de avaliação (prova, seminário, teatro, cartaz etc.) deve
estudantes conseguiram por meio da experiência dos diferentes sujeitos do passado refletir sobre
consciência histórica a partir da compreensão das experiências dos sujeitos no tempo. Assim, os
constituem e que é modificado por eles. Isto porque as experiências humanas do passado só têm
presente.
História que era ministrado nas últimas décadas não atende mais a demanda dos jovens da
atualidade. Além disso, precisa ter clareza em relação a organização pedagógica, que deve
Diante dessa constatação as aulas geminadas do Ensino Médio por Blocos precisam ser
dinâmicas. Poucos professores conseguem manter uma turma atenta por 90 minutos somente
por meio de aula expositiva. Assim, inserir fontes históricas ligadas ao uso da sala de informática
para que os estudantes consultem alguns sites previamente selecionados pelo professor por meio
imagens, fotografias, histórias em quadrinhos, são recursos que podem e devem ser inseridos na
professores da rede.
No caso do Ensino Médio por Blocos, como as aulas são geminadas totalizando 80 horas
no final do bloco, além de pensar a metodologia faz-se necessário pensar o tempo utilizado para
Nesse sentido, as fontes e as narrativas históricas passam a ser excelentes aliadas dos
professores para a organização do tempo na aula de História, pois cada uma delas exige uma
duração própria para sua análise e apropriação pelos estudantes, além de superarem algumas
etapas que, num ensino tradicional, exigiria uma quantidade imensa de aulas expositivas. As
fontes são ótimas opções para que professores e estudantes se aproximem das experiências e
ideias das pessoas que viveram no passado, seja através de uma forma mais direta, a partir de
historiadores como dos professores e dos estudantes, fornecem os conceitos históricos que
como forma de relativizar o excesso de uso de aulas expositivas, que poderão ser utilizadas em
associação a investigações e sistematizações coletivas das ideias históricas dos estudantes que
passam a ser confrontadas por meio de fontes e narrativas históricas, as quais revelariam
desconhecidas relações de temporalidade entre dois ou mais períodos históricos distintos. Desta
maneira, é possível agregar mais conhecimento que desenvolva o pensamento histórico dos
É claro que esta mudança de perspectiva na aprendizagem histórica dos estudantes leva
a uma necessária reestruturação das formas de se planejar as aulas de História por parte dos
professores, pois este deverá ser criterioso na escolha das historiografias que criam hipóteses e
fundamentam a sua abordagem do conteúdo, além de investigar fontes que possam sustentar
e/ou refutar as hipóteses construídas ao longo das aulas. Contudo, ao mesmo tempo em que esta
nova forma de trabalhar exige um pouco mais de tempo de preparação, ela dinamiza a
de possibilidades que permitem aos professores organizar os momentos de suas aulas de forma
durante as aulas.
O primeiro momento se refere à investigação das ideias históricas prévias dos estudantes,
histórico para o conhecimento dos jovens. Nesta etapa é(são) demarcado(s) o(s) contexto(os)
histórico(s) a ser(em) trabalhado(s). Aqui acontece a recolha e análise das ideias prévias dos
estudantes por meio das narrativas históricas dos mesmos sobre o tema abordado.
confrontada, inicialmente, com fontes históricas de várias naturezas e, depois, com narrativas
históricas produzidas por historiadores. O resultado desse confronto é a construção de uma nova
narrativas históricas selecionadas pelos professores em seu PTD e de como eles encaminharão
exigem poucos minutos de uma aula. No entanto, algumas narrativas históricas ou filmes
completos, quando necessários, podem tomar grande parte ou todo o tempo das aulas
geminadas. É preciso levar em conta que para explicar estas fontes e narrativas históricas o
professor pode fazer uso de breves momentos de aulas expositivas-dialogadas para demarcar as
Metodologicamente é importante que o professor faça uma distinção entre o trabalho com
professores proponha atividades para interpretação das mesmas. Depois disso os estudantes
produzirão narrativas históricas a partir destas fontes. Por fim, o professor trabalhará com as
elaboradas pelos estudantes, quando divulgarão para o professor e colegas de classe a sua
sistematização das ideias históricas sobre o tema abordado nas aulas. Essa sistematização pode
poemas, seminários, dramatizações, debates, etc. Estas diversas formas de apresentação são
apresentação, pois cada uma delas deve respeitar a natureza das fontes que as envolvem, por
exemplo, para se fazer uma histórias em quadrinhos é necessário levar em conta o roteiro, as
imagens, os diálogos além do plausibilidade histórica destas ideias a partir do tema estudado.
Estes três processos já contém visíveis elementos de avaliação, pois a recolha das ideias
prévias dos estudantes já é um diagnóstico, a produção das narrativas históricas a partir das
Urbanização e industrialização
2a Série
3a Série
Cultura e religiosidade
Seriação/carga horária
1o ano
• 40
O conceito de trabalho
• A divisão do trabalho
Trabalho escravo,
servil e assalariado
Americano
e no Brasil
Urbanização e 40
As cidades na História
contemporânea
2o ano
(Europa)
relações de poder
sociais e as guerras
escravos
gregos e romanos
hereges e doentes
ocidental moderna
revoltas e as guerras
no Brasil
40
3o ano
França e EUA)
• as guerras mundiais no século XX
Movimentos sociais,
e as guerras e as 40
América Latina
revoluções
contemporâneas
e europeus)
Cultura e 40
religiosidade
•
fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São
Gonçalo
Avaliação
finalidades, critérios e instrumentos revendo o que precisa ser melhorado ou que já foi
deve-se fazer uso de narrativas e fontes históricas, inclusive as produzidos pelos estudantes e da
históricas produzidas pelos estudantes. Esta sistematização pode ser aprimorada por meio do
históricos abordados no Ensino Médio. Esta metacognição apresenta dois momentos. A primeira
1a série:
• O trabalho com fontes históricas na aula de História fornece pistas para entender como se
• O trabalho com narrativas históricas de diversos autores com visões diferentes sobre os
nos mundos ocidental e oriental que se relaciona com a compreensão do nosso presente?
nos mundos ocidental e oriental que se relaciona com a compreensão de nossos projetos
de futuro?
2a série:
• O trabalho com fontes históricas na aula de História fornece pistas para entender como se
• O trabalho com narrativas históricas de diversos autores com visões diferentes sobre os
futuro?
3a série:
• O trabalho com fontes históricas na aula de História fornece pistas para entender como se
• O trabalho com narrativas históricas de diversos autores com visões diferentes sobre os
guerras e as revoluções nos séculos XVIII a XXI, assim como aos processos históricos
XXI, assim como aos processos históricos ligados à cultura e à religiosidade nos mundos
XXI, assim como aos processos históricos ligados à cultura e à religiosidade nos mundos
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
da aula oficina à unidade temática investigativa. In: Anais do VIII Encontro Nacional de
FONTANA. J. Introdução aos estudo da história geral. Bauru. São Paulo: Edusc, 2000.
HOBSBAWM, E. Era dos Extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras,
2002.
Revista Estudo da História. Associação dos Professores de História (APH), n. 3, out. 1998.
UnB, 2001.
SUGESTÕES DE LEITURAS
ANDERSON. P. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1985. Tra. João.
DECCA, E. de. O nascimento das fábricas. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Coleção Tudo é
História).
DUBY, G.; PERROT, M. (org.). História das mulheres no ocidente: a antiguidade. Porto:
________. Ano 1000 ano 2000 na pista dos nossos medos. São Paulo: UNESP/Imprensa
Oficial do Estado, 1999.
DUBY, G.; ARIÈS, Ph. História da vida privada: do Império Romano ao Ano 1000. São Paulo:
________. História da vida privada: da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Companhia
FERRO, M. História das Colonizações: Das Conquistas às Independências – Século XIII A XX.
História: 8).
FRANCO JUNIOR, H. O Feudalismo. 10 ed. São Paulo: Brasiliense, 1991. (Coleção Tudo é
História).
FRANCO JR, H. A Idade Média: nascimento do ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2004.
HILL, C. O mundo de ponta-cabeça: idéias radicais durante a Revolução Inglesa de 1640. São
HOBSBAWM. E.J. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia das
Letras, 1995.
__________. Nações e nacionalismo desde 1780. Programa, mito e realidade. Rio de Janeiro:
__________. Mundos do trabalho: novos estudos sobre história operária. 3 ed. Rio de Janeiro:
MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História e memória através de textos. São Paulo:
Contexto, 1994.
NOVAES, A. (org.). A descoberta do homem e do mundo. São Paulo: Companhia das Letras,
1998.
MONTESQUIEU, C.L. de S. O espírito das leis. Brasília: Universidade de Brasília, 1982. Trad.
e Terra, 1988.
SILVA, S. Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil. São Paulo: Alfa-Omega, 1986.
PINSKY. J. 100 Textos de História Antiga. 9 ed. - São Paulo: Contexto, 2006.
VERNANT, J.-P; NAQUET, P.-V. Trabalho e escravidão na Grécia Antiga. Campinas: Papirus,
1989.