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Estima-se que mais de 50% do que chega à casa dos brasileiros passa pelo elo do atacado
distribuidor, responsável por levar produtos de consumo a mais de 1 milhão de pontos de venda,
em mais de 5.570 municípios do país. O segmento atacadista distribuidor apresenta uma linha
crescente na sua evolução. De acordo com o Ranking Abad Nielsen 2016, com ano base 2015,
realizado pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores, o setor cresceu 3,1% em
termos nominais, com faturamento anual de R$ 218,4 bilhões. Para comparação, em 2000 este
mercado tinha um faturamento de R$ 41,3 bilhões, alcançando os R$ 100 bilhões apenas em 2007.
Tal crescimento acompanha a evolução da tecnologia, que se transforma para oferecer meios
eficientes de sustentar operações seguras e com melhores margens de lucro. No início da
consolidação do segmento atacado distribuidor, a principal preocupação do empresário eram as
questões financeiras. Muitos problemas permeavam a manutenção dos negócios, como a inflação, a
valorização do estoque e a gestão dos produtos. A tecnologia evoluiu suas ferramentas para atender
a tais necessidades, chegando ao dia a dia dessas empresas por meio dos softwares de gestão. Com
este primeiro passo, a indústria obteve o controle da sua organização financeira e melhorou as suas
práticas de mercado.
O desafio seguinte dos empresários foi descobrir como realizar a gestão do estoque, uma vez que
havia muitos problemas com a apuração de inventário e com troca de mercadorias. Mais uma vez, a
tecnologia evoluiu os seus sistemas para oferecer funcionalidades específicas de eficiência de
estoque, garantindo produtividade dentro do armazém, com controle preciso da separação e
expedição das mercadorias, o que integra giro e margem de lucro sustentáveis para o negócio da
empresa. Essa transformação de cenário consolidou o WMS (sistema de gerenciamento de
armazém), que proporciona assertividade na gestão do estoque, sem a necessidade de aumentar o
número de funcionários envolvidos, garantindo a agilidade que o setor precisa.
Com a casa em ordem, outros pontos começaram a aparecer para o atacadista distribuidor, como a
importância da sua eficiência de transporte. As empresas passaram a buscar meios para aprimorar
a gestão de controle da frota com o objetivo de reduzir custos, questão fundamental,
principalmente para o pequeno atacadista distribuidor. Muitos empresários têm dúvidas quanto ao
melhor modelo a seguir: frota própria ou terceirizada. Acredita-se, no entanto, que o melhor
caminho é aquele que proporciona maior segurança. Se for dentro de casa, é necessário um apoio
tecnológico para suportar a operação com precisão e de acordo com as melhores práticas para a
área. Caso a escolha seja por terceirizar, que seja com uma empresa parceria, capaz de fornecer
informações confiáveis e feedbacks atualizados.
A evolução tecnológica continua e, hoje, caminha para melhorar a gestão de toda a operação do
atacado distribuidor, que ganha cada vez mais funcionalidades e avanços operacionais. O RFID
(radio-frequency identification), por exemplo, além de um aparato perfeito para o controle de
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15/02/2019 O papel da evolução tecnológica na transformação do atacado distribuidor - Portal Tecnologística
estoque, inventários mais rápidos e precisão na contagem das mercadorias, já é uma realidade
mundial. No entanto, ainda não é amplamente utilizado no Brasil. A adoção em escala deve
acontecer quando as indústrias tiverem que fazer a expedição dos seus produtos por meio de
etiquetas eletrônicas para garantir a rastreabilidade, movimento que já está em andamento para o
controle de medicamentos.
Ademar Alves
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