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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


SERVIÇO SOCIAL

CRISTIANO ROCHA NEVES

A SAÚDE DO HOMEM TAMBÉM MERECE CUIDADOS:


Anunciando a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem.

Itaberaba
2010
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CRISTIANO ROCHA NEVES

A SAÚDE DO HOMEM TAMBÉM MERECE CUIDADOS:


Anunciando a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel
em Serviço Social.

Orientador: Profª. Edna Braun

Itaberaba
2010
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Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele, nada


seria possível e não estaríamos aqui reunidos, desfrutando,
juntos, destes momentos que nos são tão importantes.
Aos meus pais Celso e Claudemira; pelo esforço, dedicação e
compreensão, em todos os momentos desta e de outras
caminhadas.
A minha avó Eulina, pelo mútuo aprendizado de vida, por expor
sempre a suas experiências vividas e que quase sempre eu me
espelhei na sua sabedoria. A minha noiva e amada Daniele, que
durante nossa convivência, no campo profissional, particular e
amoroso, foi de extrema necessidade.
Aos Amigos e Colegas, gratidão eterna!

Londrina, _____de ___________de 20___.


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AGRADECIMENTOS

A todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram para que


este trabalho possa vir atingir aos objetivos propostos.

Em especial a Tutora de Sala Carla Aquino, por sua dedicação e


profissionalismo em lhe dar com nós formandos, desde inicio até o momento
presente, à Supervisora de Campo Madriane Solidade, por sua paciência e
sabedoria e a Professora e tutora Cássia que nos ajudou a iniciarmos uma grande
etapa de nossas vidas. E por fim, mais não tão importante, Edinail (Diná), que com
sua garra, seu empenho e sua determinação, nos mostrou um caminho de valores a
ser percorrido.

Aos professores que contribuíram para o vencimento de mais uma


etapa de vida, minha eterna gratidão.

A Luciana, uma guerreira, meu muito obrigado.


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“Se eu sou o que sei, então dentro de mim tem


uma parte de cada um que me ensinou”
Roberto Caproni
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NEVES, Cristiano Rocha. A Saúde do homem também merece cuidados:


Anunciando a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. 2010.
Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação Serviço
Social – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte
do Paraná, Itaberaba, 2010.

RESUMO

O CRAS veio para atuar com famílias e indivíduos inseridos na área de abrangência
dos Centros de Referência da Assistência Social, viabilizando o acompanhamento
psicossocial das famílias; e durante o período de estágio no CRAS de Boa Vista do
Tupim-ba, foi percebida uma ausência significativa da presença patriarcal da família.
O homem não é contemplado diretamente quando são trabalhadas as questões e os
indivíduos em seu contexto comunitário, sendo quase sempre ausentes nas oficinas,
reuniões ou atendimentos, por estarem sempre trabalhando ou simplesmente não
dão atenção a esse tipo de política. Com a deixa do Ministério da Saúde, que se
programou com uma Política voltada em especial para esse público, foi concluído a
necessidade de se dar também uma atenção especial a esse indivíduo dentro do
CRAS de Boa Vista do Tupim-ba. Desta forma o presente trabalho de conclusão de
curso, visa rever a idéia de se trabalhar mais a questão do homem junto ao CRAS,
incentivando-o a cuidar de sua saúde, uma vez que, durante todo o período do
estágio, não presenciamos sequer a presença deste indivíduo, durante a aplicação
das nossas atividades. Já que algumas ações da proteção social básica devem ser
desenvolvidas necessariamente nos CRAS, entendemos que se pode pensar em
atividades especiais voltadas ao público masculino, divulgando os cuidados com a
sua saúde e nesse trabalho de conclusão de curso poderemos entender melhor
essa questão. Os dados obtidos foram analisados e categorizados a partir de grupos
a posteriores, que foram relacionadas aos objetivos específicos da pesquisa. As
categorias foram analisadas de acordo com o seu conteúdo, no intuito de relacioná-
las aos resultados obtidos em campo com a fundamentação teórica e a construção
de argumentos do pesquisador.

Palavras-chave: Saúde do homem. Inclusão do homem no CRAS. Ausência do


homem do CRAS. Doenças mais acometidas do sexo masculino. Política Nacional
de Atenção integral à Saúde do homem.
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NEVES, Cristiano Rocha. A Man's health is also worth keeping: Announcing the
National Policy on Integrated Healthcare Human. 2010. Número total de folhas.
Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Serviço Social – Centro de
Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná,
Itaberaba, 2010.

ABSTRACT

The CRAS came to work with families and individuals within the coverage area of the
Reference Centers of Social Assistance, allowing monitoring of psychosocial
families, and was during the probationary period in the CRAS of Boa Vista do Tupim-
BA, which was a perceived no significant presence of the patriarchal family. The man
is not considered directly when they are worked on issues and individuals in their
community context, is almost always absent in the workshops, meetings or visits,
because they are always working or simply do not pay attention to this kind of
politics. With the leaves from the Ministry of Health to be programmed with a policy
geared to this audience in particular, was completed the need to also give special
attention to that individual within the CRAS of Boa Vista do Tupim-BA. Thus the
present work of completion, aims to review the idea of working more with the
question of man CRAS, one that made the entire period of the internship, not seen
even when the presence of this individual in our activities. Since some shares of
basic social protection should be developed in CRAS necessarily mean that you can
think of special activities aimed at male and work in this end of course we can better
understand this issue. The data were analyzed and categorized from the later groups
that were related to specific aims. The categories were analyzed according to their
content in order to relate them to results obtained in the field with the theoretical
arguments and the construction of the researcher.

Key-words: Men's health. Inclusion of man in CRAS. Absence of the man of CRAS.
Diseases more affected than males. National Policy on the Comprehensive Health of
man.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


AIH Autorização de Internação Hospitalar
BPC Benefício de Prestação Continuada
CAPS Centro de atenção Psicossocial
CEBRID Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas
CID Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
CONASS Conselho Nacional de Secretários de Saúde
CRAS Centro de Referência de Assistência Social
DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
DST Doença Sexualmente transmissível
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
MS Ministério da Saúde
OMS Organização Mundial da Saúde
PAIF Programa de Atenção Integral à Família
PNAISH Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem
PNAS Política Nacional de Assistência Social
SIA Sistema de Informação Ambulatorial
SIM Sistema de Informação de Mortalidade
SUAS Sistema Único de Assistência Social
SUS Sistema Único de Saúde
SVS Secretaria de Vigilância em Saúde
UNOPAR Universidade Norte do Paraná
USF Unidade de Saúde da Família
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................23
objetivos......................................................................................................................26
revisão bibliográfica.....................................................................................................28
metodologia.................................................................................................................44
análise e reflexão........................................................................................................47
considerações finais....................................................................................................50
APÊNDICE..................................................................................................................58
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INTRODUÇÃO

A década de 70 do século passado é considerada como o marco dos


estudos norte-americanos acerca da temática “Saúde do Homem”. Esses estudos
traduziam um pensamento exploratório tangenciado pela teoria e política feministas
e conceitualmente pressupunham que a masculinidade tradicional produzia déficit de
saúde.
A partir dos anos 90 do século XX, a temática em questão começou
a ser abordada sob uma perspectiva diferenciada. A discussão passou a refletir,
dentre outros aspectos, a singularidade do ser saudável e do ser doente entre
segmentos masculinos. Essa abordagem, sem perder a perspectiva relacional de
gênero, veio focalizando, sobretudo, a ressignificação do masculino para buscar-se
uma saúde mais integral do homem. O exemplo disso destaca-se publicações da
Organização Mundial da Saúde (OMS), que se volta para as especificidades da
saúde masculina e o seu comprometimento em diferentes fases da vida.
Defende-se uma abordagem específica para o público masculino
nas ações da área da saúde, porque as principais causas da mortalidade de
homens, em geral, relacionam-se com a forma de sua socialização e suas formas de
vida. Por outro lado, também se pontua que os comportamentos dos homens
adolescentes e adultos podem ser responsáveis por grande parte das morbidades
sofridas por mulheres adolescentes.
Em outras publicações da OMS, se propõe a estabelecer uma base
para que políticas e estratégias voltadas para os homens em processo de
envelhecimento sejam desenvolvidas. O documento endossa a pertinência das
abordagens de gênero específicas que costumam identificar as desigualdades
persistentes no status que as mulheres ocupam nas sociedades.
Também alerta para o fato de que há uma necessidade de
promoverem-se investigações e estudos em geral acerca da posição social
específica dos homens, especialmente os mais velhos, e as repercussões em
termos de determinantes da saúde masculina.
A perspectiva relacional de gênero perpassando as discussões a
respeito da saúde do homem é um dos eixos estruturantes dessas publicações.
Na literatura internacional, quando se busca refletir acerca da
temática “saúde do homem”, algumas considerações fundamentais se destacam.
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Essas considerações, que não se excluem mutuamente, podem ser resumidas da


seguinte forma:
(a) os homens, em geral, padecem mais de condições severas e
crônicas de saúde do que as mulheres e também morrem mais do que elas pelas
principais causas de morte;
(b) há uma relação entre a construção da masculinidade e o
comprometimento da saúde dos homens;
(c) tanto a construção da masculinidade quanto as suas implicações
no campo da saúde devem ser vistas a partir da perspectiva relacional de gênero;
(d) o desenvolvimento de habilidades agressivas por parte dos
homens, pode fazer deles um “fator de risco” quando cometem violência contra a
mulher e as crianças (principalmente por meio de abusos e a paternidade ausente),
contra os outros homens (através de acidentes, homicídios e lesões) e contra eles
mesmos (mediante o suicídio, alcoolismo, assim como as enfermidades
psicossomáticas);
(e) devido à centralidade que o trabalho ocupa na identidade do
homem como ser provedor, problemas relacionados ao desemprego podem também
comprometer o bem-estar masculino e contribuir para o aumento de suicídios de
jovens. As considerações aqui apontadas podem servir como ponto de partida para
o desenvolvimento de estudos específicos sobre diferentes segmentos masculinos,
a formulação de políticas de saúde voltadas para as relações de gênero e o
desenvolvimento de ações de saúde em geral. Como base nessa premissa, surge a
necessidade de investigar-se qual é o estado da arte da produção científica do
campo da saúde pública para que se possa fundamentar uma abordagem específica
para a saúde integral do homem nas relações de gênero.
A partir dessa perspectiva, o presente estudo tem como finalidade
analisar a produção do conhecimento da saúde pública sobre a temática “Saúde do
Homem”. Pretende-se, a partir dessa análise, problematizar as idéias mais
recorrentes nas considerações sobre as especificidades do ser homem no processo
saúde-doença, levando até aos usuários do CRAS, essas informações e a
apresentar a nova Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, que
está sendo configurada, dando uma ênfase maior à presença da figura masculina
dentro do Centro de Referência de Assistência Social.
Para que esse projeto possa vir a dar certo, estaremos
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problematizando aqui as principais causas do homem não freqüentar o CRAS para


que no final desse estudo, possamos no futuro contribuir para prevenção e
enfrentamento das situações de vulnerabilidade e promoção de protagonismo das
famílias, indivíduos e comunidades na melhoria das condições de vida, em especial,
a do homem, já que esse é um fato ou fenômeno que ainda não possui resposta ou
explicação.
Desta forma pretendemos responder o porquê que o homem não
procura as Unidades de Saúde para tratarem seus problemas de saúde; o porquê
que os homens não freqüentam o CRAS; freqüentando o CRAS o homem, parte da
família, teria um incentivo maior em cuidar da sua saúde?
Essas são pergunta que, ao final deste estudo, possam ser
respondidas e, para que possamos entender melhor toda essa problemática que
leva o homem a não freqüentar o CRAS e, principalmente as Unidades de Saúde,
vamos entender a essência da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Homem, que visa qualificar a saúde da população masculina na perspectiva de
linhas de cuidado que resguardem a integralidade da atenção.
O reconhecimento de que os homens adentram o sistema de saúde
por meio da atenção especializada tem como conseqüência o agravo da morbidade
pelo retardamento na atenção e maior custo para o SUS. É necessário fortalecer e
qualificar a atenção primária garantindo, assim, a promoção da saúde e a prevenção
aos agravos evitáveis.
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OBJETIVOS

2.1. Objetivos Gerais

Promover a melhoria das condições de saúde da população


masculina do município de Boa Vista do Tupim-BA. Contribuindo de modo efetivo,
para a redução da morbidade e mortalidade da população masculina, através do
enfrentamento racional dos fatores de risco e mediante a facilitação ao acesso, às
ações e aos serviços de assistência integral à saúde, através das atividades
desenvolvidas no CRAS deste município.

2.2. Objetivos Específicos

• Apresentar, a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem,


para o público do CRAS do município de Boa Vista do Tupim-BA,
juntamente com os princípios que regem o Sistema Único de Saúde, com
relação ao público masculino.
• Estimular os serviços de saúde, públicos e privados, através do CRAS,
uma rede de atenção à saúde do homem que garanta linhas de cuidado,
na perspectiva da integralidade da atenção primária.
• Fortalecer a atenção básica no cuidado com o homem, facilitando e
garantindo o acesso e a qualidade da atenção necessária ao
enfrentamento dos fatores de risco das doenças e dos agravos à saúde,
através do público freqüentador do CRAS.
• Estimular a implantação e implementação da assistência em saúde sexual
e reprodutiva, no âmbito da atenção integral à saúde, dentro do CRAS.
• Estimular a participação e inclusão do homem nas ações de planejamento
de sua vida sexual e reprodutiva dentro do CRAS, enfocando inclusive a
paternidade responsável.
• Ampliar, através da educação, o acesso dos homens às informações
sobre as medidas preventivas contra os agravos e enfermidades que
atingem a população masculina, destacando seus direitos sexuais e
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reprodutivos, através do Centro de Referência de Assistência Social.


• Estimular, na população masculina, através da informação, educação e
comunicação, o auto cuidado com sua própria saúde.
• Solicitar parceria com os movimentos sociais e populares, e outras
entidades organizadas para divulgação ampla das medidas preventivas.
• Manter atenção cuidadosa e permanente com as demais áreas
governamentais no sentido de efetuar, de preferência, ações conjuntas,
evitando a dispersão desnecessária de recursos.
• Informar sobre a implantação da PNAISH - Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde do Homem;
• Informar, discutir e debater sobre a saúde do homem, com questões
relacionadas ao acesso das informações;
• Conscientização da importância da prevenção da saúde do homem.
• Informar sobre os direitos do homem e sua dignidade;
• Popularização da idéia da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde
do Homem.
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A reflexão em teorias se faz necessária para a procura de


informação em múltiplos assuntos. Desta forma, a fim de se obter nitidez no tema
estudado, foi necessário a revisão da bibliográfica com objetivo de demonstrar as
fundamentais literaturas relacionadas a importância dos conceitos abordados no
trabalho.
Em dezembro de 2005 o município de Boa Vista do Tupim-BA, foi
contemplado com um CRAS (Pequeno Porte I), implantado em abril de 2006,
inaugurando uma nova modalidade de atendimento na política de assistência social
que rompe com o clientelismo / assistencialismo, passando a um atendimento
integral do individuo dentro do seu contexto familiar e comunitário respeitando-o na
sua integralidade.
No primeiro ano de funcionamento a comunidade ainda sentia a falta
da oferta de benefícios palpáveis e com isso não comparecia de forma espontânea
no CRAS e esse primeiro contato se deu através de encaminhamentos de órgãos e
secretarias municipais, como também através de convites para cursos e palestras
ofertados pelo centro. Porém os idosos tiveram participação efetiva e espontânea
desde a implementação através do grupo de convivência.
No ano de 2008 o CRAS foi contemplado com seis coletivos do
PROGRAMA PROJOVEM ADOLESCENTE, ampliando sua equipe de profissionais
que atuam diretamente no desenvolvimento de atividades voltadas para os
adolescentes das famílias beneficiadas com o programa Bolsa Família.
Com a finalidade de prestar assistência as famílias, grupos e
indivíduos em situação de vulnerabilidade social, O CRAS vem a ser a referência do
usuário na rede socioassistencial do SUAS, e também, ofertar os serviços e ações
do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), dentre outros serviços,
programas, projetos e benefícios de proteção social básica relativos às seguranças
de rendimento, autonomia, acolhida, convívio ou vivência familiar e comunitária e de
sobrevivência a riscos circunstanciais.
Serviços, benefícios, programas e projetos realizados nos CRAS que
estão referenciados no território de abrangência:
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Serviços
• Socioeducativo geracionais, intergeracionais e com famílias;
• Sócio-comunitário;
• Reabilitação na Comunidade;
• Outros.

Benefícios
• Transferência de Renda (Bolsa Família);
• Transferência de Renda (outros);
• BPC – Benefício de Prestação Continuada;
• Benefícios Eventuais – assistência em espécie ou material;
• Outros.

Programas e Projetos
• Capacitação e promoção de inserção produtiva;
• Promoção da inclusão produtiva para beneficiários do
Programa Bolsa Família – PBF e no Benefício de Prestação
Continuada – BPC;
• Projetos e Programas de Enfrentamento à Pobreza;
• Projetos e Programas de Enfrentamento à Fome;
• Grupos de Produção Economia Solidária;
• Geração de Trabalho e Renda;
• Outros.

O CRAS oferece a Proteção Social Básica, prevista na Política


Nacional de Assistência Social (PNAS/2004), tem como objetivo prevenir situações
de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, do
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Seus programas, projetos,
serviços e benefícios destinam-se à população em situação de vulnerabilidade social
decorrente da pobreza, privação e/ou fragilização de vínculos afetivos relacionais e
de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por
deficiências, dentre outras).
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Os serviços prestados no CRAS devem provocar impactos na


dimensão da subjetividade política dos usuários, fortalecendo o protagonismo e a
autonomia na garantia dos direitos visando à superação das situações de risco e
vulnerabilidade.
A NOB-SUAS, preconiza que cada Município identifique os territórios
de maior vulnerabilidade social e neles implantem um CRAS, de forma a aproximar o
serviço ao usuário e acessibilizando às políticas sociais de proteção a família,
criança e adolescente, idoso, gestantes e pessoas com deficiência.
Para a manutenção de CRAS são destinados recursos federais no
montante de R$ 200 milhões ao ano para todo o país. De acordo com a Portaria nº.
442 de 26/08/2005, que regulamenta os pisos da proteção social básica
estabelecida pela NOB-SUAS, define, no art. 3º, que o valor do Piso Básico Fixo, co-
financiado pela União, é de R$ 1,80 por mês, por família referenciada. No caso do
CRAS de Boa Vista do Tupim, na Bahia, que é classificado como Pequeno Porte I –
para até 2.500 famílias referenciadas, o financiamento federal é de R$ 4.500 ao mês
destinado às ações desenvolvidas pela instituição. Já as despesas com infra-
estrutura e os recursos humanos fica a cargo da contrapartida do município.
A população atendida por esse CRAS reside na sede do município,
ou seja, na zona urbana, compreendendo toda a população em situação de risco
e/ou vulnerabilidade que espontaneamente busque o auxilio do Centro, priorizando
as famílias, o idoso, as gestantes, totalizando cerca de 250 famílias atendidas e
acompanhadas pelos profissionais do CRAS.
O processo decisório é o resultado de discussões realizadas por
toda a equipe através de reuniões e debates, sempre respeitando a opinião de todos
os profissionais envolvidos visando uma melhoria da qualidade dos serviços
prestados à comunidade.
A presença do Assistente Social do CRAS é indispensável, pois este
profissional atua como um facilitador de direitos, um agente transformador da
realidade social em que se insere e é habilitado para avaliar, pesquisar e propor
soluções para as situações de risco e vulnerabilidade que afligem às famílias
atendidas, além disso, é inerente ao Assistente Social proporcionar ao seu usuário,
ferramentas para o alcance da autonomia na busca por direitos, financeira e de bem-
estar-social. O Assistente Social também precisa relacionar-se com os outros
profissionais que compõem a equipe do CRAS e buscar parcerias com diversos
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outros na rede, viabilizando ações interdisciplinares e multidisciplinares.


A equipe do CRAS de Boa Vista do Tupim é composta por uma
Assistente Social, uma Psicóloga, uma Psicopedagoga, um Auxiliar Administrativo e
um Auxiliar de Serviços Gerais. Funciona em uma residência alugada, em ótimas
condições físicas, que atendem as exigências mínimas para o seu funcionamento,
contando com uma ampla recepção, duas salas de atendimento (Assistência Social
e Psicologia), uma copa, um banheiro e um espaço para reuniões de grupos e
famílias.
Mesmo sendo o CRAS uma Unidade altamente atuante no município
de Boa Vista do Tupim-ba, no sentido de oferecer proteção social básica prevista na
PNAS/2004, como objetivo prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento
de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários. Seus programas, projetos, serviços, benefícios, dentre outros, ainda
assim o CRAS apresenta uma grande deficiência com relação ao atendimento e
atenção ao público masculino.
Geralmente, a saúde do homem é um tabu, pois eles não gostam de
prevenção, não gostam de ir ao médico. No nosso país a população consiste de
49% masculina e 51% feminina e apesar de menor, é um numero significativo que
merece uma atenção maior e especializada. (PORTARIA GM Nº. 1.944, DE 27 DE
AGOSTO DE 2009).
O Brasil é o segundo país a lançar uma política específica para o
público masculino, o primeiro é o Canadá. Existe razão para que o Ministério da
Saúde aborde a importância desse assunto, uma das razões é que os homens
morrem mais precocemente que as mulheres. De cada cinco pessoas que morrem
entre 20 e 30 anos, quatro são homem, de cada três pessoas que falecem entre 20
e 60 anos, dois são homens, os homens vivem em média sete anos a menos do que
as mulheres, adoecem com mais freqüência e tem mais doenças cardiovasculares,
hipertensão, infarto, derrames. São mais propensos à obesidade, ao câncer, á
diabetes, e ao colesterol elevado. (PORTARIA GM Nº. 1.944, DE 27 DE AGOSTO
DE 2009).
Há de se perguntar, porque que acontece esse numero de óbitos de
forma tão grande e de forma tão precoce? Infelizmente o homem não se cuida e
quando procura os serviços de saúde o homem o faz de forma tardia, ele só busca
serviços especializados, serviços de urgência e de emergência, e isso faz com que o
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homem só busque a atenção quando a doença já esteja instalada, quando ele


deveria fazer de forma precoce e preventivamente.
Desta forma, as mulheres são fundamentais na educação do homem
desde menos idade.
Existe uma série de barreiras que faz com que o homem não se
cuide ou que não procure os serviços de saúde, são as barreiras da sua própria
educação, socioeconômicas, socioculturais. O homem é educado para ser forte, pra
ele doença é sinal de fragilidade, ele é o machão, ele é educado para isso.
O homem também tem medo que a doença entre e ele não quer
exteriorizar, pois ele é o provedor, aquele que produz para a família. Mais isso não é
verdade, a mulher também produz e trabalha tanto quanto o homem e elas buscam
os serviços de saúde. Então essas razões fazem com que o homem tenha
dificuldades em cuidar de sua saúde.
O Brasil tem normativas nas empresas que orientam quanto aos
exames admissional e demissional em vista basicamente a segurança e a saúde do
trabalhador. Mas o que é importante é desenvolver estratégias para saber como
abordar os fatores de risco, por exemplo: a hipertensão a obesidade, o
sedentarismo, o aspecto da alimentação inadequada, o uso do álcool, o fumo, esses
são os fatores que fazem com que o homem morra de forma precoce.
O Ministério da Saúde lançou no dia 27 de agosto de 2009 uma
grande campanha nacional nos jornais, filmes, rádios, televisão e outdoors, uma
série de modalidades muito interessantes para despertar na população brasileira e
principalmente nos homem, o cuidado com a sua saúde, o tema é: O Homem que se
cuida não perde o melhor da vida.
Esse é um projeto que inicia todo esse processo a nível nacional e
que, obviamente, se estende para os Estados e Municípios. Irá se trabalhar,
inicialmente com 27 Estados e com 26 municípios selecionados, na sua grande
parte serão nas capitais onde será desenvolvido o plano piloto em que o Ministério
da Saúde, Estados e Municípios, juntos, abordem o homem, trazendo-os para as
Unidades de Saúde, principalmente para a Atenção Básica. (PORTARIA GM Nº.
1.944, DE 27 DE AGOSTO DE 2009).
Essa é uma estratégia toda formulada pelo Sistema Único de Saúde,
pois cabe ao Ministério da Saúde a coordenação do Sistema Único de Saúde no
Brasil e os grandes parceiros, por força da Constituição, que é o Estado, Secretaria
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Estadual e a Secretaria Municipal, cada um dentro do papel. Tendo o Ministério da


Saúde como ente normativo, coordenador, apoiador, financeiro e técnico, o Estado
como apoiador técnico e financeiro, e os municípios como executor, o importante é
que essas três cabeças trabalhem de forma articulada e integrada para darem os
resultados esperados. (PORTARIA GM Nº. 1.944, DE 27 DE AGOSTO DE 2009).
Vários estudos comparativos, entre homens e mulheres, têm
comprovado o fato de que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo
às enfermidades graves e crônicas, e que morrem mais precocemente que as
mulheres (Nardi, 2007).
A despeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de
morbimortalidade, os homens não buscam, como as mulheres, os serviços de
atenção básica. (Figueiredo, 2005; Pinheiro, 2002).
Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem,
com regularidade, as medidas de prevenção primária. A resistência masculina à
atenção primária aumenta não somente a sobrecarga financeira da sociedade, mas
também, e, sobretudo, o sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família,
na luta pela conservação da saúde e da qualidade de vida dessas pessoas.
Tratamentos crônicos ou de longa duração têm, em geral, menor
adesão, visto que os esquemas terapêuticos exigem um grande empenho do
paciente que, em algumas circunstâncias, necessitam modificar seus hábitos de vida
para cumprir seu tratamento. Tal afirmação também é válida para ações de
promoção e prevenção à saúde que requer, na maioria das vezes, mudanças
comportamentais.
As pesquisas qualitativas apontam várias razões, mas, de um modo
geral, podemos agrupar as causas da baixa adesão em dois grupos principais de
determinantes, que se estruturam como barreiras entre o homem e os serviços de
ações de saúde (Gomes, 2003).
Grande parte da não adesão às medidas de atenção integral, por
parte do homem, decorre das variáveis culturais. Os estereótipos de gênero,
enraizados há séculos em nossa cultura patriarcal, potencializam práticas baseadas
em crenças e valores do que é ser masculino. A doença é considerada como um
sinal de fragilidade que os homens não reconhecem como inerentes à sua própria
condição biológica. O homem julga-se invulnerável, o que acaba por contribuir para
que ele cuide menos de si mesmo e se exponha mais às situações de risco (Keijzer,
34

2003;).
A isto se acresce o fato de que o indivíduo tem medo que o médico
descubra que algo vai mal com a sua saúde, o que põe em risco sua crença de
invulnerabilidade.
Os homens têm dificuldade em reconhecer suas necessidades,
cultivando o pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer. Além disso,
os serviços e as estratégias de comunicação privilegiam as ações de saúde para a
criança, o adolescente, a mulher e o idoso.
Uma questão apontada pelos homens para a não procura pelos
serviços de saúde, está ligada a sua posição de provedor. Alegam que o horário do
funcionamento dos serviços coincide com a carga horária do trabalho. Não se pode
negar que na preocupação masculina a atividade laboral tem um lugar destacado,
sobretudo em pessoas de baixa condição social o que reforça o papel
historicamente atribuído ao homem de ser responsável pelo sustento da família.
Ainda que isso possa se constituir, em muitos casos, uma barreira importante, há de
se destacar que grande parte das mulheres, de todas as categorias sócio-
econômicas, faz hoje parte da força produtiva, inseridas no mercado de trabalho, e
nem por isso deixam de procurar os serviços de saúde.

A manutenção de um patamar mínimo de sobrevivência para os setores da


classe trabalhadora que estão fora do mercado de trabalho atende
contraditoriamente os interesses das classes subalternas e do capital. Pois,
esse processo favorece para a produção e a reprodução do exército
industrial de reserva, contribuindo assim, para baixar o valor dos salários.
Além disso, essa iniciativa tem por objetivo evitar convulsões sociais e a
proliferação de ideais revolucionários. Porém, como os serviços sociais não
atendem apenas os interesses das classes dominantes, esse processo
pode ser espaço para a ação profissional do Assistente Social no sentido
deste reforçar os interesses da classe trabalhadora. (IAMAMOTO; 2006).

Outro ponto igualmente assinalado é a dificuldade de acesso aos


serviços assistenciais, alegando-se que, para marcação de consultas, há de se
enfrentar filas intermináveis que, muitas vezes, causam a “perda” de um dia inteiro
de trabalho, sem que necessariamente tenham suas demandas resolvidas em uma
única consulta (Gomes, 2007).
Ainda que o conceito de masculinidade venha sendo atualmente
contestado e tenha perdido seu rigor original na dinâmica do processo cultural, a
concepção ainda prevalente de uma masculinidade hegemônica é o eixo
35

estruturante pela não procura aos serviços de saúde. Em nossa sociedade, o


“cuidado” é papel considerado como sendo feminino e as mulheres são educadas,
desde muito cedo, para desempenhar e se responsabilizar por este papel (Welzer-
Lang, 2004).
A compreensão das barreiras sócio-culturais e institucionais é
importante para a proposição estratégica de medidas que venham a promover o
acesso dos homens aos serviços de atenção primária, a fim de resguardar a
prevenção e a promoção como eixos necessários e fundamentais de intervenção.
A Política de Atenção Integral à Saúde do Homem deve considerar a
heterogeneidade das possibilidades de ser homem. As masculinidades são
construídas historicamente e sócio-culturalmente, sendo a significação da
masculinidade um processo em permanente construção e transformação. O ser
homem, assim como o ser mulher é constituído tanto a partir do masculino como do
feminino. Masculino e feminino são modelos culturais de gênero que convivem no
imaginário dos homens e das mulheres.
Essa consideração é fundamental para a promoção da equidade na
atenção a essa população, que deve ser considerada em suas diferenças por idade,
condição socioeconômica, étnico-racial, por local de moradia urbano ou rural, pela
situação carcerária, pela deficiência física e/ou mental e pelas orientações sexuais e
identidades de gênero não hegemônicas.
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem,
portanto, além de evidenciar os principais fatores de morbimortalidade explicita o
reconhecimento de determinantes sociais que resultam na vulnerabilidade da
população masculina aos agravos à saúde, considerando que representações
sociais sobre a masculinidade vigente comprometem o acesso à atenção integral,
bem como repercutem de modo crítico na vulnerabilidade dessa população às
situações de violência e de risco para a saúde.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o total da
população residente do Brasil, em 2005, segundo sexo e grupos de idade é da
ordem de 184.184.074, sendo 50,8% de população feminina (93.513.055) e 49,2%
de população masculina total (90.671.019).
36

População masculina do Brasil nas diferentes fases do ciclo de vida:

IDADE POPULAÇÃO %
0a4 9.068.319 10,0
5a9 9.132.084 10,1
10 a 14 9.520.248 10,5
15 a 19 9.780.457 10,8
20 a 24 8.752.300 9,7
25 a 29 7.421.610 8,2
30 a 34 6.925.476 7,6
35 a 39 6.470,059 7,1
40 a 44 5.552.259 6,1
45 a 49 4.568.323 5,0
50 a 54 3.691.489 4,1
55 a 59 2.785.679 3,1
60 e mais 7.002.716 7,7
TOTAL 9.671.019 100,0
Fonte: IBGE1981-2006

A violência é um fenômeno difuso, complexo, multicausal, com


raízes em fatores sociais, culturais, políticos, econômicos e psico-biológicos, que
envolve práticas em diferentes níveis.
O homem é mais vulnerável à violência, seja como autor, seja como
vítima. Os homens adolescentes e jovens são os que mais sofrem lesões e traumas
devido a agressões, e as agressões sofridas são mais graves e demandam maior
tempo de internação, em relação às sofridas pelas mulheres (Souza, 2005).
Determinados processos de socialização têm o potencial de envolver
os homens em episódios de violência. A agressividade está biologicamente
associada ao sexo masculino e, em grande parte, vinculada ao uso abusivo de
álcool, de drogas ilícitas e ao acesso as armas de fogo. Sob o ponto de vista
sociocultural, a violência é uma forma social de poder que fragiliza a própria pessoa
que a pratica.
A integralidade na atenção à saúde do homem implica na visão
sistêmica sobre o processo da violência, requerendo a des-essencialização de seu
papel de agressor, por meio da consideração crítica dos fatores que vulnerabilizam o
homem à autoria da violência, a fim de intervir preventivamente sobre as suas
causas, e não apenas em sua reparação.
A banalização ou naturalização quer da violência do espaço público
37

(violência da sociabilidade), quer da doméstica, faz com que comportamentos


violentos nem sejam percebidos como tais, sendo, portanto, imprescindível abordar
a questão do comportamento violento de modo explícito e direto, quer se trate de
violência entre homens, ou contra as mulheres.
Segundo o CONASS (2007), “saúde e violência tem uma relação
pouco explorada até hoje. Não só pelas vítimas que a violência produz, mas também
pelas suas causas. Seu crescimento avassalador tem tido características de uma
epidemia, e como tal pode e deve ser enfrentado”.
A violência no sentido amplo deve ser compreendida como
determinante dos indicadores de morbimortalidade por causas externas em todas as
suas dimensões, a saber: acidentes por transporte, agressões e lesões
autoprovocadas voluntariamente e/ou suicídios, de acordo com os dados que serão
apresentados na presente Política (CONASS, 2007).
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 2
bilhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas no mundo. O uso abusivo do
álcool é responsável por 3,2% de todas as mortes e por 4% de todos os anos
perdidos de vida útil. Na América Latina, cerca de 16% dos anos de vida útil
perdidos estão relacionados ao uso abusivo dessa substância. Este índice é quatro
vezes maior do que a média mundial e torna o problema da prevenção e do
tratamento dos transtornos associados ao consumo de álcool, um grande problema
de saúde pública.
A magnitude deste problema estigmatiza e promove exclusão social.
No Brasil, há cerca de 6 milhões de pessoas nesta situação.
Homens e mulheres bebem com freqüências diferentes. Este
fenômeno também se observa na América Latina, conforme Relatório do Banco
Mundial (2002). Mas há certas características a serem observadas: os homens
iniciam precocemente o consumo de álcool, tendem a beber mais e a ter mais
prejuízos em relação à saúde do que as mulheres.
No Brasil, as internações de mulheres por transtornos mentais e
comportamentais devido ao uso de álcool, segundo o DATASUS (2006),
representaram 2% de todas as internações por transtornos mentais e
comportamentais, enquanto os homens apresentaram um percentual de 20%.
Avaliar os determinantes sociais de vulnerabilidade do homem para
os problemas com o álcool torna-se, assim, imperioso para a construção de ações
38

efetivas de prevenção e promoção da saúde mental deste segmento. Na medida em


que o uso do álcool como aponta diversos estudos está sendo iniciado, cada vez
mais precocemente por homens e mulheres, as ações de promoção e prevenção
para jovens e adolescentes também merecem mais investimento e monitoramento.
Transtornos graves associados ao consumo de álcool e outras
drogas (exceto tabaco) afetam pelo menos 12% da população acima de 12 anos,
sendo o impacto do álcool dez vezes maior que o do conjunto das drogas ilícitas,
segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID,
2006).
A prevalência de dependentes de álcool também é maior para o
sexo masculino: 19,5% dos homens são dependentes de álcool, enquanto 6,9% das
mulheres apresentam dependência. Segundo estes dados, para cada seis pessoas
do sexo masculino que fazem uso de álcool, uma fica dependente. Entre as
mulheres, esta proporção é 10:1(CEBRID, 2005).
De acordo com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP,
2007), 52% dos brasileiros acima de 18 anos bebem, pelo menos, 1 vez ao ano.
Entre as mulheres, as que bebem representam 41% e, entre os homens, 65%. Do
conjunto dos homens adultos, 11% bebem todos os dias e 28% consomem bebida
alcoólica de 1 a 4 vezes por semana.
Em relação ao tabagismo, os homens usam cigarros também com
maior freqüência que as mulheres, o que acarreta maior vulnerabilidade às doenças
cardiovasculares, cânceres, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, doenças
bucais e outras.
Homens e mulheres devem ser conscientizados sobre os malefícios
dessas práticas por meio da promoção da saúde, de ações preventivas e de hábitos
saudáveis. O uso de álcool e do tabaco está diretamente relacionado aos
indicadores de morbimortalidade a serem apresentados como requerentes de ações
enérgicas na atenção integral à saúde.
A pessoa com deficiência é muitas vezes infantilizada e inferiorizada,
encontrando-se em situação de vulnerabilidade social que a expõe a riscos à saúde.
A crença na invulnerabilidade masculina é dissonante em relação à deficiência física
e/ou cognitiva, o que a leva ser mais vulnerável à violência e exclusão.
De acordo com o CENSO/2007, 25 milhões de brasileiros
declararam-se como pessoas com deficiência, com graus diferentes de dificuldade
39

ou de incapacidade de enxergar, ouvir, locomover-se e/ou com deficiência


intelectual.
Do total das pessoas com deficiência, aproximadamente, 11 milhões
são homens, dos quais 1,5 milhões têm deficiência intelectual e 900 mil são
deficientes físicos (falta de membro ou parte dele).
Considerando o grau de severidade da incapacidade, existem no
Brasil, 148 mil cegos (70 mil homens) e, aproximadamente, 2,4 milhões de pessoas
que declararam ter alguma dificuldade para enxergar.
O maior número absoluto de pessoas com deficiência encontra-se
na população de 40 a 49 anos de idade. Existem, no Brasil, quase 4,5 milhões de
pessoas de 40 a 49 anos com pelo menos uma deficiência ou incapacidade, sendo
2,1 milhões de homens. Predomina o grupo de pessoas com pelo menos alguma
dificuldade para enxergar.
No caso da deficiência intelectual, auditiva e física o maior
contingente é de homens. O resultado é compatível com o tipo de atividade
desenvolvida por eles e com o risco de acidentes por diversas causas.
Em relação ao sexo, depois dos 50 anos, a proporção de mulheres,
com pelo menos uma deficiência ou incapacidade, aumenta.
Na adolescência, há uma predisposição aos agravos à saúde pela
não adoção de práticas preventivas (gravidez indesejável, DST/AIDS) e por maior
exposição a situações de risco (uso de drogas, situações de violência).
Os altos índices de morbidade e mortalidade relativos a causas
externas entre adolescentes e jovens também merecem destaque, e podem ser
compreendidos à luz da crença na invulnerabilidade e na necessidade social de
auto-afirmação.
Os adolescentes e adultos jovens, são o principal grupo de risco
para mortalidade por homicídio na população brasileira, com ênfase em afro-
descendentes, que residem em bairros pobres ou nas periferias das metrópoles,
com baixa escolaridade e pouca qualificação profissional.
Na velhice, os homens são levados a se confrontar com a própria
vulnerabilidade, sobretudo porque nessa etapa do ciclo de vida muitos homens são
levados a procurar ajuda médica diante de quadros irreversíveis de adoecimento,
por não terem lançado mão de ações de prevenção ou de tratamento precoce para
as enfermidades (WHO, 2001).
40

A andropausa ao contrário da menopausa, não traz o fim da


fertilidade para o homem, apenas uma redução dela devido à menor produção de
espermatozóide.
Os principais sintomas da andropausa são:
• Aumento da proporção de gordura corporal;
• Diminuição da massa muscular;
• Tendência à anemia;
• Tendência à osteoporose;
• Perda do interesse sexual;
• Dificuldade de ereção;
• Dificuldade de concentração;
• Problemas de memória;
• Apatia e depressão;
• Queda de pêlos;
• Aumento de peso;
• Irritabilidade;
• Insônia.
Tanto para os homens que ainda apresentam os sintomas, quanto
para aqueles que desejam fazer a prevenção da Andropausa, atualmente pode ser
utilizada a Terapia de Reposição Hormonal Masculina.

Nos últimos anos tem ocorrido um aumento significativo de estudos


envolvendo o homem idoso e os andrógenos e a possível relação entre
estes hormônios e a função sexual, a osteoporose, a progressiva perda da
força muscular e da musculatura, a depressão e a qualidade de vida. A
reposição hormonal com testosterona em homens com hipogonadismo
relacionado ao envelhecimento somente deverá ser efetuada quando
houver a presença de sintomas clínicos tipicamente relacionados à
deficiência de testosterona e uma avaliação laboratorial indicando
efetivamente níveis séricos subnormais deste hormônio (FREGONESI et al,
2006, p. 1). (KORENMAN, 2003, p. 3442).

A seguir as principais causas de óbitos da população masculina:

Principais causas externas de óbitos nas diferentes faixas etárias da


população masculina de 15-59 anos (2005)
41

Faixa Agressões AC. Suicídios


etária % Transporte % %

15-19 7038 17,2 2377 9,7 418 7,5


20-24 9870 24,2 4281 17,5 829 14,8
25-29 7765 19,0 3779 15,4 772 13,8
30-34 5229 12,8 3178 13,0 692 12,3
35-39 3879 9,5 2834 11,6 709 12,6
40-44 2822 6,9 2600 10,6 709 12,6
45-49 1987 4,9 2300 9,4 601 10,7
50-54 1364 3,3 1812 7,4 471 8,4
55-59 894 2,2 1304 5,3 408 7,3
TOTAL 40848 100 24465 100 5609 100
Fonte: MS / SVS / DASIS - SIM, 2005.

Os tumores que incidem com maior freqüência na população


masculina são oriundos dos aparelhos digestivo, respiratório e urinário. Cerca de
43,2% de todos os tumores assinalados na CID I0, Cap. II, têm origem no aparelho
digestivo, ainda que imediatamente seguida pelo câncer de boca e de esôfago.
Percentual de mortalidade masculina por câncer do aparelho
digestivo (2005)

Fonte: MS / SVS / DASIS – SIM, 2005.

As neoplasias malignas do aparelho respiratório determinaram o


maior número de mortalidade na população masculina, tendo ocorrido um total de
12.005 óbitos no ano de 2005.
No contexto geral das 10 neoplasias malígnas que mais
freqüentemente causaram a morte, logo após o câncer de pulmão, traquéia e
brônquios, aparece o câncer de próstata, como se pode observar na próxima
Tabela:
42

Neoplasias que mais freqüentemente causaram a morte em 2005


Traquéia, brônquios, pulmão 12. 005
Próstata 10. 214
Estômago 8. 124
Esôfago 5. 022
Boca e faringe 4. 684
Colon, reto, anus 3. 840
Fígado e vias biliares 3. 418
Sistema Nervoso Central 3. 404
Pâncreas 2. 858
Laringe 2. 789
Fonte: MS / SVS / DASIS - SIM, 2005.

O câncer da próstata é uma neoplasia que geralmente apresenta


evolução muito lenta, de modo que a mortalidade poderá ser evitada quando o
processo é diagnosticado e tratado com precocidade.
Uma estimativa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA)
para o aparecimento de novos casos de cânceres no ano de 2008 aponta o câncer
de próstata como sendo o mais freqüente:

INCIDÊNCIA PROJETADA PARA O ANO 2008 DOS TUMORES MALIGNOS


Localização Primária Nº de casos
Maligna 55.890
Pele Não Melanoma 49.530
Próstata 17.810
Traquéia, Brônquio e Pulmão 14.080
Estômago 12.490
Cólon e Reto 10.380
Cavidade Oral 7.900
Esôfago 5.220
Leucemias 2.950
Pele Melanoma 55.610
Fonte: INCA - Incidência do câncer no Brasil, estimativa 2008.

Além das causas externas e dos tumores, há muitas outras causas


de mortalidade que podem ser assinaladas. Dentre as doenças do aparelho
digestivo, por exemplo, podem-se destacar as doenças do fígado que, em 2005,
foram responsáveis por 70% das causas de morte de homens de 25-59 anos.
Destas, 46% deve-se a doença alcoólica, 36% a fibrose e cirrose, e 18% a outras
doenças do fígado.
Entre os fatores de morbidade não se pode deixar de mencionar as
disfunções sexuais, notadamente a disfunção erétil, que acomete cerca da metade
43

dos homens depois dos cinqüenta anos. Pesquisas da Organização Mundial da


Saúde identificam a saúde sexual como fator que mais interfere na qualidade de vida
dos homens. Há de se mencionar também que a disfunção erétil é um importante
marcador para certas doenças, como a coronariopatia e as diabetes.
Infelizmente a maioria dos profissionais de saúde, não estão
capacitados para realizar o tratamento adequado (psicoterapia associada à
farmacoterapia) das disfunções sexuais masculinas. O tratamento limita-se,
geralmente a uma forma parcial de abordagem, esquecendo-se que cada vertente
terapêutica não é excludente, mas são essenciais e se complementam.

Entretanto, a história demonstra que a sociedade, ao adquirir algum grau de


desenvolvimento, conhecendo melhor o organismo, suas enfermidades e
tratamentos, trata de normatizar a formação dos médicos e, disciplinar o
exercício da Medicina. (SOUZA, 2001, p. 39).

Mobilizar a população masculina brasileira pela luta e garantia de


seu direito social à saúde aproveitando o gancho que os Centros de Referencias de
Assistência Social oferecem, é um dos desafios deste trabalho. Com ele, pretende-
se tornar os homens protagonistas de suas demandas, consolidando seus direitos
de cidadania.
44

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a realização deste Trabalho de


Conclusão de Curso, trata-se de estudo bibliográfico, descritivo, transversal,
analítico, baseado em verificação de morbidades nas USF - Unidades de Saúde
Família de Boa Vista do Tupim-BA e nos Hospitais: Municipal e Regional de
Itaberaba, com amostra aleatória de pacientes admitidos em enfermarias de clínica
médica e ortopédica, do município, conveniados com o Sistema Único de Saúde
(SUS), durante o período de 14 de maio a18 de junho de 2010. O presente estudo
se insere na proposta avaliativa do cuidado primário, com a hipótese de que os
pacientes assistidos pela ESF – Estratégia de Saúde Família, são menos propensos
à hospitalização por causas evitáveis e, tendo informações a respeito das doenças e
de prevenção à saúde, podem se prevenir, de maneira adequada à prevenção de
sua saúde.
A cidade representa um pequeno município no pólo regional e sua
população, de aproximadamente 19 mil habitantes, é predominantemente urbana.
Possui 10 Unidades de Saúde Básicas, que estão localizadas em áreas periféricas
da cidade e atendem as comunidades mais carentes, assumindo uma cobertura de
aproximadamente 60% da população total. A Secretaria Municipal de Saúde ainda
mantém 05 Postos de Saúde, distribuídos em outras localidades da cidade, divididos
entre zona urbana e zona rural, com atendimentos básicos. Em relação à rede
hospitalar, a cidade referencia seus pacientes para um município vizinho chamado
Itaberaba, que fica a 50 km de distancia e possui mais ou menos 70 mil habitantes,
onde conta com três hospitais gerais e uma Maternidade, com pronto-socorros
públicos e uma unidade de Serviço de Atendimento Médico de Urgência e
Emergência, em Gestão Plena.
Recentemente foi implantada no município uma central de regulação
de leitos, mas sua atuação ainda era considerada incipiente no período do estudo.
Não existe ainda um sistema organizado de referência e contra-referência.
O número de atendimentos de cada setor nas Unidades de Saúde
da Família foi fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela
regulação dos atendimentos conveniados com o SUS. Na determinação do cálculo
amostral, foram considerados como parâmetros os números de atendimentos
realizados em cada uma das instituições no ano anterior e a freqüência esperada de
45

50% do evento, considerando a inexistência de dados prévios sobre o indicador


estudado, com erro aceitável de 5% e nível de confiança de 99%. Esse cálculo
resultou em número amostral de 66 indivíduos.
Foram considerados elegíveis para a entrevista os pacientes
atendidos pelo SUS nas Unidades de Saúde da Família e Hospitais: Municipal e
Regional de Itaberaba, com clínicas médicas e ortopédicas, selecionados, residentes
no município, que pudessem responder à entrevista ou estivessem acompanhados
de algum familiar que pudesse fazê-lo. Foram excluídos os pacientes do CAPS –
Centro de atenção Psicossocial e cinco Postos de Saúde que não possuíam
atendimentos com clinicas médicas e por terem somente atendimento de atenção
básica. Os três hospitais que participaram do estudo possuíam pronto-socorros
abertos ao público.
Para a coleta de dados foi usado um questionário estruturado. Além
da averiguação acerca da condição da nosologia que gerou o atendimento, foram
conseguidos dados sobre variantes demográficas e socioeconômicas. Um estudo
auxiliar realizado em uma das instituições hospitalares avaliou as questões
utilizadas. As entrevistas para o trabalho de campo foram organizadas pelo próprio
estudante da graduação do curso de Serviço social, Cristiano Rocha Neves, o qual
foi especialmente treinado para o procedimento.
Cada uma das Unidades de Saúde foi visitada duas vezes por
semana, em um período de um mês, com triagem aleatória simples das Unidades de
Saúde e dos dias de visitação, um esquema de rodízio foi realizado aleatoriamente,
assim, cada Unidade de Saúde ou Hospital recebeu visitação em distintos setores e
em diversos dias a cada semana. Todos os pacientes da enfermaria foram
sorteados e prenotados para o estudo e o número variavam em cátedra do número
de leitos ocupados, os extras nas enfermarias ou de pacientes já entrevistados em
visitação precedente. Tais metodologias tiveram por intenção, obter maior
disparidade da amostra dentro da mesma Unidade de Saúde ou Hospital e ao longo
do período da coleta de dados.
Após determinar as variáveis autônomas e as características sócio-
demográficas, como: sexo, idade, escolaridade, estado civil e o tipo de morada, além
de variantes relacionadas ao emprego dos serviços de saúde internações prévias,
controle adequado de saúde, informação pela procura regular e periódica aos
serviços de saúde, localidade de referência para controle regular de saúde, registro
46

das unidades da USF, houve o imperativo de ter o atilamento sobre as


características da assistência à saúde recebida no ambulatório e os profissionais
que indicou as internações. Mas é importante salientar que dados de profissionais
não serão inclusos nessa pesquisa.
A definição das áreas geográficas assistidas pela USF foi fornecida
pela Secretaria Municipal de Saúde de Boa Vista do Tupim – BA, e o cadastro das
Unidades de Saúde foram confirmados pelo paciente ou acompanhante. Como o
vínculo com a equipe de saúde da família (cadastro), não implica essencialmente no
acompanhamento do paciente, buscou-se o local de referência para controle de
saúde para todos os pacientes. Para a definição das afecções cujas internações são
sensíveis ao cuidado primário utilizaram-se as relações publicadas pelo MS -
Ministério da Saúde, que foram citadas acima na revisão bibliográfica.
Foram entrevistados 66 pacientes nas clínicas, médica e ortopédica,
dos hospitais e das Unidades de Saúde Famílias selecionadas. As entrevistas foram
realizadas com autorização do próprio paciente ou da família, mediante termo de
aceitação aberto e esclarecido.
47

ANÁLISE E REFLEXÃO

As características sociodemográficas da população estudada são


apresentadas na tabela abaixo. O grupo se mostrou relativamente predominante
masculino e foi analisado não somente ao gênero, mas também em relação ao
estado civil. A idade dos entrevistados variou de 20 a 60 anos, com média de 30
anos. A escolaridade média do grupo foi de cinco anos, destacando-se um
percentual de 13% de pacientes analfabetos.

POPULAÇÃO ESTUDADA, INTERNADA NOS SETORES DE CLÍNICA MÉDICA


EM BOA VISTA DO TUPIM-BA E ITABERABA-BA, MAIO – JUN/2010.

VARIÁVEL N %

Idade (anos)
≤ 20 02 3.0
20-29 11 16.7
30-39 11 16.7
40-49 16 24.2
≥ 50 26 39.4
Sexo
Masculino 36 54.5
Feminino 30 45.5
Estado civil
Solteiro 12 18.2
Casado 54 81.8
Escolaridade
(anos de estudo)
Nenhum 13 19.8
1-5 21 31.8
6-10 16 24.2
≥ 10 16 24.2
Moradores no domicílio
1-3 28
4-6 30
≥7 08
Internação Prévia
Sim 28 42.4
Não 38 57.6
Controle de Saúde
Sim 46 69.7
Não 20 30,3
48

Duração da internação (dias)


1-4 32 48.5
5-9 15 22.7
10-14 7 10.6
≥ 15 12 18.2
Tipo de Morbidade
Câncer 02 3.0
Insuficiência Cardíaca 20 30.3
Pneumonia 20 30.3
Doença coronariana 06 9.1
Afecções cirúrgicas eletivas 01 1.5
Derrame 02 3.0
Diabetes e suas complicações 05 7.6
Tumores em geral 06 9.1
Infecções da pele e subcutâneo 01 1.5
Traumas e causas externas 03 4.6
Número de cômodos no
domicílio
1-3 08 12.1
4-6 40 60.6
≥7 18 27.3
Local onde realiza o
Controle de saúde
Centro de Saúde 17 25.8
USF 23 34.8
Consultório Particular 02 3.0
Policlínica 03 4.5
Não realiza 21 31.9

As condições sociais investigadas revelaram uma população com


acesso limitado aos bens e serviços em geral, residente em habitações pequenas
(até seis cômodos) e, freqüentemente, com muitos moradores no domicílio.
Entre os entrevistados, 36 (54.5%) eram do sexo masculino e 30
(45,5%) do sexo feminino, 46 (69,7%) referiam fazer controle de saúde
regularmente. Destes, 23 (34,8%) faziam acompanhamento em unidades da USF,
17 (25,8%) em Centros de Saúde, 03 (4,5%) em Policlínicas e 02 (3,%) em
Consultórios Particulares, outros 21 ((31,9%) não realizaram controle de saúde.
Outro dado importante foi à percentagem de internações sensíveis
ao cuidado primário, no grupo estudado foi de 38,8%. A duração média da
internação nos hospitais foi de nove dias e mediana de cinco dias.
Dos os pacientes entrevistados, 28 (42,4%) responderam episódio
de internação prévia. As fundamentais causas de internações identificadas por
49

entrevista foram: insuficiência cardíaca 20 (30,3%), pneumonia 20 (30,3%), tumores


em geral 06 (9,1%), doença coronariana 06 (9,1%), diabetes e suas complicações
05 (7,6%), traumas e causas externas 03 (4,6%), câncer 02 (3%), afecções
cirúrgicas eletivas 01 (1,5%) e infecções da pele e subcutâneo 01 (1,5%).
A moda foi 02 (dois), que foi o resultado que mais apareceu na
pesquisa.
A presente pesquisa mostra que os pacientes entrevistados
apresentam um culminante percentual de pessoas do sexo masculino 54,5%, as
internações por categoria deveriam ser mais bem atinadas na atenção primária
(38,8%). A não efetivação de controle de saúde na USF sugeriu maior agregação
com internações por condições sensíveis e a falta de vínculo com a USF manteve-se
no padrão multivariado final, armazenando uma expectativa duas vezes maior de
internações por espécie sensíveis ao cuidado primário.
No Estado, há problemas para se confrontar o percentual de
internações analisadas como sensível ao cuidado primário masculino com todos os
outros Estados, pelo fato da política de atenção integral ao homem ainda não ter
sido implantada em sua totalidade.
Ainda que não se tenha introduzido a renda familiar na presente
pesquisa, as particularidades da população pesquisada consentiram concluir que se
trata de uma população socialmente descuidada, pois mais da metade dos pacientes
não citou a escolaridade além do primeiro ciclo do ensino fundamental.
Quando o acompanhamento esteve associado às Unidades de
Saúde Básicas, foram observadas maiores chances de hospitalizações. Essa
constatação confirma a hipótese inicial do estudo e corrobora para outros estudos
avaliativos que enfatizam as vantagens da aplicação da Saúde no homem dentro do
CRAS.
50

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora este estudo tenha apontado o bom desempenho das


Unidades de Saúde da Família, os indicadores de internações por condições
sensíveis a atenção ambulatorial ainda é pouco difundido, sendo necessários outros
estudos para generalização dos dados. O município de Boa Vista do Tupim-ba,
possui particularidades que o distingue da maior parte do Estado baiano, pois sua
rede de atenção primária é composta em pequenas partes de médicos e enfermeiros
sem formação específica nas modalidades e sem especialidades.
Considerando as características e potencialidades do indicador e o
incremento que vem sendo aplicado à estratégia saúde da família, novos processos
avaliativos podem inseri-lo à rotina das equipes de saúde, possibilitando maior
discussão sobre a participação do CRAS nessa linha de divulgação sobre a
efetividade das ações dos serviços de atenção primária e em especial a Saúde do
Homem.
É oportuno lembrar que o CRAS encontra-se, situado sempre,
estrategicamente dirigida à população de maior vulnerabilidade, para a qual,
freqüentemente, o acesso precoce a um serviço de saúde de boa qualidade
representa a possibilidade de sobrevivência. Assim, avaliar-se a qualidade da
assistência prestada representa um compromisso ético com essa parcela da
comunidade e um dever também do Assistente Social.
Na presente pesquisa, alguns limitadores de referência foram
antecipados, a exemplo, a condição do diagnóstico no prontuário, que foi observado
aferido "in loco" e não a partir de dados secundários como a Autorização de
Internação Hospitalar coletada dos relatórios do Sistema SISAIH01.
A coleta de dados ao longo de todo o mês evitou a influência da
sazonal idade de algumas afecções. Mesmo assim, houve barreiras que ainda
permanecem e precisam ser ponderadas na explicação dos resultados. Uma das
principais foi a observação nas internações das clínicas médicas nos hospitais, por
exemplo, as internações de assistência ao parto, principal motivo de internação
apresentada ou internações da área da saúde mental, que não representam
condições sensíveis, segundo a lista do Ministério da Saúde. E por também por não
harmonizar-se com o principal tema da pesquisa. Assim, o percentual de 38,8%
reflete apenas a proporção de internações por condições sensíveis no grupo
51

avaliado.
52

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Acesso em: 06 abr. 2010.
58

APÊNDICE
59

APÊNDICE A - INSTRUMENTO DE PESQUISA UTILIZADO NA COLETA DE


DADOS

Questionário

1ª) Qual a sua idade?


( ) -20 ( ) 20-29 ( ) 30-39 ( ) 40-49 ( ) > 50

2ª) Qual o seu sexo?


( ) masculino ( ) feminino

3ª) Qual a sua escolaridade em ano de estudo?


( ) nenhuma ( ) 1-5 ( ) 6-10 ( ) >10

4ª) Quantos moradores há em sua residência?


( ) 1-3 ( ) 4-6 ( ) > 7

5ª) Já se internou previamente?


( ) sim ( ) não

6ª) Faz controle de saúde?


( ) sim ( ) não

7ª) Qual a duração do internamento?


( ) 1-4 ( ) 5-9 ( ) 10-14 ( ) >15

8ª) Quantos cômodos existem em sua residência?


( ) 1-3 ( ) 4-6 ( ) >7

9ª) Qual o local onde realiza o controle de saúde?


( ) centro de saúde ( )USF ( ) consultório particular
( ) policlínica ( ) nenhuma

10ª) Quais os tipos de morbidades?


( ) câncer ( ) insuficiência cardíaca ( ) pneumonia
( ) doença coronariana ( ) afecções cirúrgicas eletivas ( ) derrame
( ) diabete ( ) afecções da pele e subcutâneas ( ) traumas e causas externas

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