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1 Origem
2 Significado
Ferramentas 3 Hebraísmo / Judaísmo
4 Conceito da Igreja Católica
Páginas afluentes 5 A visão teosófica
Alterações relacionadas 6 Outras opiniões
7 Links externos
Páginas especiais
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Link permanente Origem
Até o século IV da era Cristã, o nome Lúcifer era um nome como outro qualquer e não tinha nada de diabólico. A prova mais eloqüente disto é que
houve, no século IV, até um bispo católico chamado Lúcifer de Cagliari. Este Bispo brigou com o Papa, pois o Papa, para agradar ao imperador
Constantino, estava voltando a aceitar a doutrina do Bispo Arius, segundo a qual Jesus seria uma criatura de Deus e não da mesma substância que
Deus (ou seja negando a Santíssima Trindade). A doutrina do Bispo de Arius já havia sido banida pelo Concílio de Nicéia.
O Bispo Lúcifer de Cagliari foi muito agressivo em sua condenação ao Papa. De fato o conflito foi longo.
S. Jerônimo não gostava da intransigência nem das opiniões do Bispo Lúcifer de Cagliari e seus seguidores. S. Jerônimo inclusive escreveu um livro
criticando detalhadamente tais opiniões.
Pouco depois, quando S. Jerônimo traduziu a Bíblia do Grego para o Latim, ao traduzir Isaias 14, S. Jerônimo tradiziu "Estrela da Manhã" por
Lúcifer (Lúcifer em Latim realmente quer dizer "Estrela da Manhã").
Note que a expressão "Estrela da Manhã" é usada na Bíblia várias vezes para indicar Grandeza, Grandiosidade. Em Apocalipse, a expressão "Estrela
da Manhã" é usada duas vezes para designar Jesus. Em Isaias 14, a expressão "Estrela da Manhã" é usada como adjetivo para o rei da Babilônia (um
homem, não um espirito). Mas S. Jerônimo escolheu usar a palavra Lúcifer, como tradução de "Estrela da Manhã" neste único ponto: em Isaias
14,12. Em todos os outros pontos S. Jerônimo usou a expressão composta "Estrela da manhã", em Latim.
Por isso, todas as traduções da Bíblia baseadas na tradução de S. Jerônimo têm uma única ocorrência da palavra Lúcifer e é precisamente em
Isaias 14. As Bíblas que não são baseadas na tradução de S. Jerônimo simplesmente não tem a palavra Lúcifer.
Pouco depois da tradução da Bíblia por S. Jerônimo, Santo Agostinho criou a fábula da revolta dos anjos contra Deus. E pouco depois, no século V,
início da Idade Média, o nome Lúcifer passou a ser o nome do anjo chefe de tal rebelião. A fábula da revolta dos anjos contra Deus se tornou tão
popular que muitas pessoas acreditam que ela está na Bíblia, mas na realidade não está.
Antes de Santo Agostinho, a única menção a anjos caídos era no Livro de Enoch (que não é parte da Bíblia). Este livro conta a estória de 200 anjos
que tendo se apaixonado por mulheres comuns escolheram VOLUNTARIAMENTE abandonar os Céus e descer à Terra para serem seus maridos. Deus
não aprovou a decisão deles, enviou cinco Arcanjos que os localizaram e os prenderam em lugares remotos da Terra, onde esperam o julgamento
no fim dos tempos. O Livro de Enoch foi escrito no século II (dois) antes de Cristo, e há evidências (por exemplo, Epístola de São Judas e Segunda
Epístola de São Pedro) que os Apóstolos e os chamados Pais da Igreja Católica conheciam este livro (ou, pelo menos, a estória contida nele). No
Livro de Enoch também NÃO aparece o nome Lúcifer nem Heilel (o correpondente em hebraico de Lúcifer).
Além disto, algumas pessoas citam Ezequiel 28 como sendo relativo a Lucifer, mas não há fundamento para isto. Ezequiel 28 é uma repreensão
feita por Deus ao rei de Tyro (um homem, não um espirito). Não há nada que ligue este texto ao nome de Lúcifer, nem mesmo o uso da expressão
"Estrela da Manhã".
Significado
O nome Lúcifer ocorre uma vez nas Escrituras Sagradas e apenas em algumas Traduções da Bíblia em língua portuguesa. Por exemplo, a tradução
de Figueiredo verte Isaías 14:12: "Como caíste do céu, ó Lúcifer, tu que ao ponto do dia parecias tão brilhante?"
Lúcifer (do latim Lux fero, portador da Luz, em hebraico, heilel ben-shahar, ;הילל בן שחרem grego na Septuaginta, heosphoros) significa o que
leva a luz', representando a estrela da manhã, o planeta vênus, que é visível antes do alvorecer. A designação descritiva de Isaias 14:4, 12,
provém duma raiz que significa “brilhar” (Jó 29:3), e aplicava-se a uma metáfora aplicada aos excessos de um “rei de Babilônia”, não a uma
entidade em si, como afirma o pesquisador iconográfico Luther Link "Isaías não estava falando do Diabo.Usando imagens possivelmente retiradas
de um antigo mito cananeu, Isaías referia-se aos excessos de um ambicioso rei babilônico".
A expressão hebraica (heilel ben-shahar) é traduzida como “o que brilha”, nas versões NM, MC, So. A tradução “Lúcifer” (portador de luz), (Fi,
BMD) deriva da Vulgata latina de Jerônimo e isso explica a ocorrência desse termo em diversas versões da Bíblia.
Mas alguns argumentam que Lúcifer seja satanás e por isso, também foi o nome dado ao anjo caído, da ordem dos Arcanjos. Assim, muitos nos
dias de hoje, numa nova interpretação da palavra, o chamam de Diabo (caluniador, acusador), ou Satã (cuja origem é o hebraico Shai'tan,
Adversário).
Hebraísmo / Judaísmo
Os judeus o chamam de heilel ben-shachar, onde heilel significa Vênus e ben-shachar significa "o luminoso, filho da manhã". Alguns judeus
interpretam Lúcifer como uma referência bíblica a um rei babilônico. Mais tarde a tradição judaica elaborou a queda dos anjos sob a liderança de
Samhazai, vindo daí a mesma tradição dos padres da Igreja.
http://www.ocultura.org.br/index.php/L%C3%BAcifer 1/3
12/02/2019 Lúcifer - Ocultura
Segundo a igreja católica, Lúcifer era o mais forte e o mais belo de todos os Arcanjos. Então, Deus lhe deu uma posição de destaque entre todos
os seus auxiliares. Segundo a mesma, ele se tornou orgulhoso de seu poder, que não aceitava servir a uma criação de Deus,"O Homem",e revoltou-
se contra o Altíssimo. O Arcanjo Miguel liderou as hostes de Deus na luta contra Lúcifer e suas legiões de anjos corrompidos; já os anjos leais a
Deus o derrotaram e o expulsaram do céu, juntamente com seus seguidores. Desde então, o mundo vive esta guerra eterna entre Deus e o Diabo;
de seu lado Lúcifer e suas legiões tentam corromper a mais magnífica das criaturas mortais feitas por Deus, o homem; do outro lado Deus, os
anjos, arcanjos, querubins e Santos travam batalhas diárias contra as forças do Mal (personificado em Lúcifer). Que maior vitória obteria o
Anticristo frente a Deus do que corromper e condenar as almas dos humanos aos infernos, sua morada verdadeira?
A aparência de Lúcifer pode variar; acredita-se que ele (chamado agora de Diabo), pode assumir
a forma que desejar, podendo passar-se por qualquer pessoa. Seu aspecto físico criado pela
Igreja em seus primeiros séculos (e posteriormente herdado pelas várias religiões cristãs) fora
copiado de várias entidades das mitologias e religiões de diferentes povos antigos (não
exatamente ligadas a maldade); Seu reino, os Infernos, sofreu infuência do Tártaro da mitologia
grega, morada de Hades, local para onde iam as almas dos mortos, cuja porta de entrada era
guardada por Cérbero, o Cão de três cabeças; seus chifres eram de Pam , uma entidade grega
protetora da natureza; sua fama de representar uma força eternamente em conflito com Deus
veio do Zoroastrismo. Ainda encontramos coincidências com as crenças dos antigos Egipcios,
quando se acreditava que o Deus Anubis (o Chacal) carregaria a alma dos mortos cujo coração ao
ser pesado numa balança, seria mais pesado que uma pluma.
Durante a " baixa Idade Média",entretanto, que o "Anjo Decaído" ganhou a hedionda aparência
com a qual o conhecemos hoje; asas de morcego, pés de bode, olhos de fogo, chifres enormes na
cabeça, olhar aterrorizante, etc. A idade das trevas fora um momento fértil para a propagação
nas crenças nas ações de forças demoníacas agindo sobre o mundo. Os milhões de mortos nas
epidemias de peste negra vieram, juntamente com a ocorrência de guerras sangrentas, de que "o
Anticristo estaria atuando no mundo". Foi aí que Lúcifer passou a representar a personificação do
mal da forma mais intensa e poderosa que conhecemos hoje. Surge a crença de que para cada
ser humano vivo na Terra, Lúcifer criou um Demônio particular, encarregado de corromper aquele
indivíduo; já Deus, não poderia deixar por menos, e criou para cada ser humano um "Anjo da
Guarda" ao qual incumbia da missão de proteger e zelar pela alma daquela pessoa.
Interessante observar que o próprio Jesus Cristo é a estrela da manhã que ilumina até o fim dos A queda de Lucifer, Ilustação de Gustave Doré
para o livro O Paraíso Perdido de John Milton.
tempos toda escuridão(trevas), como em Apocalipse 22:16 onde está escrito: "Eu, Jesus,enviei o
meu anjo.Ele atestou para vocês todas essas coisas a respeito das Igrejas. Eu sou a raiz e o
descendente de Davi, sou a estrela radiosa da manhã.". Assim como em II Pedro 1,19 que diz: "E
temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumina em lugar escuro, até que o dia
amanheça, e a estrela D'alva apareça em vossos corações.".
A palavra Lúcifer significa "o portador da luz" ou "o portador do archote" (a palavra tem sua origem no latim, lux ou lucis com o significado de
"luz"; ferre com o significado de "carregar"). Ou seja, de acordo com a origem, seu significado é "aquele que carrega a luz". Apesar de Satanás ser
originalmente conhecido como Lúcifer, perdeu seu posto ao desejar subir a alturas acima de Deus e de Seu Ungido (Jesus Cristo).
A visão teosófica
Corroborando outras opiniões, o Glossário Teosófico de Helena Blavatsky diz que Lúcifer é a Estrela da Manhã, o planeta Vênus, e literalmente a
palavra significa O Portador da Luz. Rejeita a atribuição a Lúcifer dos defeitos do orgulho e da arrogância que o cristianismo lhe imputou, nem diz
que ele é a origem do mal e tampouco o identifica com o diabo e similares, que considera produtos apenas da imaginação humana sem existência
autônoma real. Blavatsky faz notar, como já foi dito acima, que o próprio Cristo, no Apocalipse (cap. XX, 16) chama a si mesmo de "Estrela da
Manhã".
Mas o nome também esconde uma multiplicidade de significados alegóricos, dos quais talvez o mais importante é sua identificação com Manas, a
Mente dual, a inteligência espiritual que habita em todos os homens, que tanto condescende voluntariamente em cair na matéria como é o agente
que foge por si mesmo da animalidade e resgata-se para uma vida superior, sendo ao mesmo tempo o Tentador e o verdadeiro Redentor interno de
cada um.
Outras opiniões
Muitos exegetas afirmam que não existe fundamentação bíblica para identificar Lúcifer como o Satã tentador. Esta confusão com Satã foi
ocasionada por uma má interpretação de Isaías 14:12-15: "Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por
terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte
da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás
ao (Seol) inferno, ao mais profundo do abismo.".
Esta interpretação é geralmente atribuida a São Jerônimo, que ao traduzir a Vulgata atribuiu
Lúcifer ao anjo caído, a serpente tentadora das religiões antigas, embora antes dele esta
interpretação não existisse. Oficialmente a Igreja não atribui a Lúcifer o papel de Diabo, mas
apenas o estado de "caído" (Petavius, De Angelis, III, iii, 4).
Por exemplo, a enciclopédia Estudo Perspicaz das Escrituras, vol.1, pág, 379, explica que “o
termo “brilhante”, ou “Lúcifer”, é encontrado na “expressão proverbial contra o rei de
Babilônia” que Isaías mandou profeticamente que os israelitas proferissem. De modo que faz
parte duma expressão dirigida à dinastia babilônica.
Que o termo “brilhante” é usado para descrever um homem e não uma criatura espiritual é
notado adicionalmente na declaração: “No Seol serás precipitado.” Seol é a sepultura comum da
humanidade — não um lugar ocupado por Satanás, o Diabo. Além disso, os que vêem Lúcifer
levado a essa condição perguntam: “É este o homem que agitava a terra?” É evidente que
“Lúcifer” se refere a um humano, não a uma criatura espiritual. — Isaías 14:4, 15, 16.”
Por que se dá tal ilustre descrição à dinastia babilônica? Temos de dar-nos conta de que o rei de
Babilônia seria chamado de brilhante apenas depois da sua queda e de forma escarnecedora.
(Isaías 14:3)
O orgulho egoísta induziu os reis de Babilônia a se elevarem acima dos em sua volta. A arrogância
da dinastia era tão grande, que ela é retratada fazendo a seguinte declaração jactanciosa:
“Subirei aos céus. Enaltecerei o meu trono acima das estrelas de Deus e assentar-me-ei no
monte de reunião, nas partes mais remotas do norte. . . . Assemelhar-me-ei ao Altíssimo.” —
Isaías 14:13, 14.
As “estrelas de Deus” são os reis da linhagem real de Davi. (Números 24:17) A partir de Davi,
essas “estrelas” governavam desde o Monte Sião, e com o tempo, o nome Sião passou a ser
aplicado a toda a cidade. Por decidir subjugar os reis judeus e depois removê-los daquele monte,
Jerusalém, Nabucodonosor declara sua intenção de se colocar acima dessas “estrelas”. Em vez de
atribuir a Deus o mérito dessa vitória sobre eles, coloca-se arrogantemente no lugar Dele. Imagem de Lúcifer na catedral Saint-Paul de
Portanto, é depois da sua queda que a dinastia babilônica é chamada zombeteiramente de Liège, na Bélgica.
“brilhante”.
Com certeza a arrogância dos governantes babilônicos realmente refletia a atitude de Satanás, o Diabo também chamado de o “deus deste
sistema de coisas” ou o “deus deste mundo”.-(2 Coríntios 4:4)
“Satanás também anseia ter poder e deseja colocar-se acima de Deus. Mas a Bíblia não atribui claramente o nome Lúcifer a Satanás”.- it-1 379.
Links externos
http://www.ocultura.org.br/index.php/L%C3%BAcifer 2/3