Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
editora batista regular
Rua Kansas, 770 - Brooklin - CEP 04558-002 - São Paulo - SP
Telefone: (11) 5041-9137 – Site: www.editorabatistaregular.com.br
P................................................................................................................ 6
A ......................................................................................................... 8
I .......................................................................................................... 9
A. Lugar na história de Israel
B. Daniel, o homem
C. Línguas e a divisão judaico-gentílica do livro
D. O Autor do livro
E. Propósito do livro
F. Contexto histórico do livro
G. O cativeiro de Daniel
Cpí 1 ......................................................................................................... 26
(Os números que seguem cada subtítulo indicam versículos)
A.
Nabucodonosor ataca Jerusalém (1-2)
B.
Introdução de Daniel, Hananias, Misael e Azarias (3-7)
C.
Daniel e seus companheiros recusam a comida do rei (8-16)
D.
A bênção de Deus sobre os quatro jovens (17-21)
Cpí 2 ......................................................................................................... 48
A. O sonho perturbador de Nabucodonosor (1-13)
B. O sonho revelado a Daniel (14-30)
C. O sonho e sua interpretação (31-45)
D. Daniel é honrado (46-49)
Cpí 3 ......................................................................................................... 81
A. A ordem de Nabucodonosor (1-7)
B. A coragem de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (8-18)
C. O livramento milagroso (19-27)
D. A reação louvável de Nabucodonosor (28-30)
Cpí 4 ....................................................................................................... 104
A. A introdução signicativa (1-3)
B. O segundo sonho de Nabucodonosor (4-8)
C. O conteúdo do sonho (9-18)
D. A interpretação do sonho (19-27)
E. A insanidade de Nabucodonosor (28-33)
F. Nabucodonosor honra o Altíssimo (34-37)
Cpí 5 ....................................................................................................... 137
A. Uma festa ímpia (1-4)
B. A escrita milagrosa (5-9)
C. Daniel é chamado (10-16)
D. A interpretação (17-28)
E. O resultado (29-31)
Cpí 6 ....................................................................................................... 163
A. O novo governo (1-3)
B. Uma conspiração traiçoeira (4-9)
C. Fidelidade e acusação (10-15)
D. Sentença e livramento (16-23)
E. Os resultados signicativos (24-28)
Cpí 7 ....................................................................................................... 189
A. O contexto geral (1-3)
B. A própria visão (4-14)
C. A interpretação (15-28)
Cpí 8 ....................................................................................................... 221
A. O contexto geral (1-2)
B. A própria visão (3-14)
C. A visão interpretada (15-27)
Cpí 9 ....................................................................................................... 247
A. O contexto geral (1-2)
B. A oração de Daniel (3-19)
C. A profecia das “setenta semanas” (20-27)
Cpí 10 ..................................................................................................... 284
A. O contexto geral (1-3)
B. A aparição do mensageiro celestial (4-8)
C. Palavras de explicação do mensageiro celeste (9-14)
D. Daniel é fortalecido para entender (10.15–11.1)
Cpí 11 ..................................................................................................... 301
A. A história até a divisão do império de Alexandre (2-4)
B. Os ptolomeus e selêucidas até Antíoco Epifânio
(5-20)
C. Antíoco Epifânio (21-35)
D. O Anticristo (36-45)
Cpí 12 ..................................................................................................... 338
A. A Grande Tribulação (1-3)
B. Cronologia da Tribulação (4-13)
G C................................................................................. 354
B ..................................................................................................... 356
O livro de Daniel é como um monumento a uma das personalidades
marcantes do Antigo Testamento. Daniel, um executivo numa das grandes
cortes do tempo antigo, obteve uma elevada posição em fé e obediência
a Deus, mantendo um testemunho brilhante apesar da perversidade
pagã envolvente. Um estudo de suas experiências dá exemplo e desao
contínuos para o cristão de qualquer época. Deus honrou Daniel
inspirando-o a escrever o livro que leva o seu nome, e lhe deu informações
importantes relativas ao futuro através de uma série de visões. Por causa
dessas informações, o livro de Daniel tem sido chamado de contraparte,
no Antigo Testamento, do livro de Apocalipse, no Novo Testamento. Ele
fornece verdades centrais que nos ajudam entender grandes porções da
profecia preditiva encontrada em outras partes das Escrituras.
Numerosos comentários de Daniel têm sido escritos, mas poucos em
anos recentes. As obras usadas na redação desta exposição estão alistadas
nas notas de rodapé e/ou na bibliograa. Essas, se agrupam em quatro
categorias. Algumas são liberais, representadas pelo volume monumental
de James A. Montgomery. Outras são conservadoras, mas amilenistas em
sua escatologia, representadas pelas ótimas obras de C. F. Keil, Albert
Barnes, H. C. Leupold, e E. J. Young. Algumas são pré-milenistas, porém
mais populares em estilo, representadas pelos estudos úteis de A. C.
Gaebelein e H. A. Ironside. Uma é conservadora, pré-milenista, erudita, e
de data recente: a de John Walvoord. O desejo do autor é que esta última
obra tivesse aparecido a tempo de usá-la mais.
A intenção deste livro é prover um comentário gramático-histórico
do ponto de vista pré-milenar, usando informação recentemente desco-
berta por pesquisa arqueológica e linguística. Muito mais sobre o contexto
histórico de Daniel é conhecido hoje do que era há alguns anos. Especial-
mente importante tem sido a leitura das Crônicas Babilônicas, nas quais se
encontra a história ocial da Babilônia do ponto de vista da corte real. Na
Introdução faz-se um esforço especíco de correlacionar esta informação
com a história revelada no livro de Daniel.
O autor prefere comentários que seguem versículo por versículo
e frase por frase. Um comentário deste tipo deve tratar de cada questão
signicativa, ainda que seja para dizer muito pouco sobre ela ou mesmo
para declarar que nenhuma resposta é conhecida. Ele também aprecia
comentários que apresentam argumentação detalhada para pontos de vista
tratados. Este procedimento é visto como particularmente importante em
Daniel, uma vez que posições escatológicas, que desempenham um papel
maior no ponto de vista de alguém sobre o livro, diferem marcantemente.
Ele também gosta de comentários que gastam menos tempo refutando
um escritor de oposição e dá mais tempo apresentando evidência positiva
para a interpretação defendida. Um pouco de atenção deve ser dada, é
claro, a escritores oponentes, pois o ponto de vista próprio pode ser melhor
visto em sua singularidade quando comparado a outro; no entanto, o
esforço primordial deve ser analisar, não refutar. Essas considerações têm
fornecido orientações na redação deste comentário.
A tradução usada é a de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada,
2ª edição. Algumas referências às palavras originais foram consideradas
inevitáveis. Entretanto, a intenção foi dar explicação suciente para que
a pessoa que não tem conhecimento das línguas originais possa seguir o
pensamento sem diculdade. O uso do parágrafo traz a seguinte lógica:
inicia-se um parágrafo com cada versículo, e mais de um parágrafo é usado
para um único versículo se o comentário for extenso. A graa “Yahweh” é
empregada, ao invés da mais comum “Jeová” para o nome (tetragrama)
de Deus. Conforme explicado mais amplamente nos comentários dos
versículos 2 e 4 do capítulo 9, essa graa mostra a pronúncia original do
nome de modo mais preciso. O livro de Daniel emprega esse nome para
Deus somente no capítulo 9.
ANET Ancient Near Eastern Texts, James B. Pritchard, ed.
ASV American Standard Version
BD Barnes' commentary on Daniel
BDB Hebrew Lexicon , Brown, Driver, Briggs
DLD Daniel and the Laer Days , Robert D. Culver
DM Darius the Mede , John C. Whitcomb
DP Daniel the Prophet , E. B. Pusey
GD The Prophet Daniel, Arno C. Gaebelein
IABD In and Around the Book of Daniel, Charles Boutower
KDC Keil and Delisch commentaries
KJV King James Version
LCD Lange's Commentary on Daniel, O. Zockler
LED Exposition of Daniel , Herbert C. Leupold
MICC Commentary on the Book of Daniel, James A. Montgomery
NB Nabonidus and Belshazzar , Raymond P. Dougherty
NIP Nations in Prophecy , John F. Walvoord
SD Studies in Daniel , Robert Dick Wilson
SOTI A Survey of Old Testament Instroduction , Gleason L.Archer,Jr.
TTC Things To Come , J. Dwight Pentecost
WD Daniel, The Key to Prophetic Revelation , John F. Walvoord
YPD The Prophecy of Daniel , Edward J. Young
A. L Hó I
Os eventos históricos apresentados no livro de Daniel aconteceram
num tempo difícil da existência de Israel. Sob a mão de Deus, a nação is-
raelita foi punida através do cativeiro. Quando as tribos de Israel se esta-
beleceram, Deus lhes disse que prosperariam sob sua bênção, se eles per-
manecessem éis a ele (Dt 28.1-14), mas que sofreriam punição dolorosa se
fossem inéis (Dt 28.15-68). Essa última possibilidade foi o que aconteceu;
e punição, pelas mãos do inimigo, se seguiu já nos dias dos juízes (Jz 3-16).
O tempo de Davi trouxe alívio temporário, por causa de sua liderança em
delidade. Mas Salomão, após um bom começo, “desviou-se do Senhor” , e os
problemas surgiram, levando a uma separação completa dentro do reino,
logo após o seu reinado. Profetas foram usados para falar fortemente con-
tra o pecado e apregoar advertências de punição contínua e até cativeiro
em uma terra estrangeira, mas sem sucesso. O cativeiro realmente veio
para a divisão norte do reino, Israel, em 722 a.C, quando Samaria caiu sob
o poder da Assíria (2Rs 17.4-23); e também para a divisão sul, Judá, apenas
um século depois, sob o poder dos babilônios.
O golpe principal para Judá veio em 586 a.C, quando Jerusalém foi
destruída e o país se tornou província da Babilônia (2Rs 25.1-21). Onze anos
antes (597), no entanto, uma primeira leva de israelitas foi conduzida ao
cativeiro quando Jeoquim reinava, e cerca de 10 mil pessoas preeminentes
foram levadas para Babilônia (2Rs 24.11-16). Oito anos antes, Daniel, seus
três amigos, e outros jovens judeus haviam sido levados à força (605). Seu
cativeiro na Babilônia é a ocasião de interesse central no livro de Daniel.
Essa ocasião é, às vezes, chamada de primeira fase, na série de três, do
cativeiro judaico como um todo. Assim, Daniel já estava na Babilônia há
oito anos quando os judeus do cativeiro de 597 chegaram, e há dezenove
anos, quando os de 586 chegaram. Ele continuou a viver durante o período
completo do cativeiro, e foi capaz de testemunhar o retorno a Judá de
muitas das pessoas em 538/37 a.C.
10 Cmá D
mas ele claramente era descendente real ou nobre (Dn 1.3)1 , e seus pais
devem ter sido pessoas piedosas a quem podemos atribuir sua marcante
dedicação a Deus. Sua primeira casa foi provavelmente na capital, Jerusa-
lém, e de lá, ele foi levado cativo para Babilônia, junto com seus amigos
mais próximos — Hananias, Misael e Azarias. Cada um provavelmente
não tinha mais que 15 anos de idade.
O livro apresenta cinco eventos de destaque na vida de Daniel na Ba-
bilônia. Primeiro, a decisão que ele e seus amigos tomaram de pedir comi-
da diferente daquela que fora prescrita pelo rei Nabucodonosor (cap. 1).
Isso veio quase imediatamente após a chegada dos quatro na terra estran-
geira. O segundo, ocorrido cerca de dois anos depois, relativo à revelação
de Daniel ao rei, do sonho que ele havia tido e a sua interpretação (cap. 2).
O terceiro tem a ver com a interpretação de Daniel de um segundo sonho
de Nabucodonosor, o qual provavelmente ocorreu trinta anos após o pri-
meiro. Esse evento refere-se ao período de 7 anos de insanidade de Nabu-
codonosor, o qual considera-se melhor ter ocorrido próximo ao m do seu
reinado de 43 anos (cap. 4). O quarto foi a leitura da escrita milagrosa na
parede do palácio de Belsazar. Esse evento ocorreu na véspera da queda da
Babilônia sob os persas (539 a.C.), quando Daniel estava com pelo menos
80 anos de idade (cap. 5). O quinto, ocasião em que ele foi lançado na cova
dos leões, veio provavelmente depois de três anos da captura da Babilônia
por Ciro (cap. 6). Nesse tempo, Daniel havia escolhido honrar a Deus ao
invés de obedecer ao decreto inadequado e tolo do rei Dario. O regente
persa considerou necessário executar a punição designada no decreto as-
sinado por ele, mesmo que artimanhas tenham sido usadas pelos inimigos
de Daniel para convencê-lo a assinar. O episódio mencionado não diz res-
peito a Daniel, mas sim aos seus três amigos que se recusaram a se inclinar
diante da estátua que Nabucodonosor mandara construir e foram lançados
na fornalha ardente (cap. 3). Assim, todos os primeiros seis capítulos do
livro se referem principalmente a eventos históricos na vida de Daniel e/
ou seus três amigos.
Interligados com esses eventos, estão quatro períodos de revelação,
dados por Deus a Daniel. Eram eventos futuros envolvendo o povo de
Deus. Os primeiros dois vieram nos primeiro e terceiro anos, respectiva-
mente, do reino de Belsazar, quando Daniel tinha cerca de 64 a 66 anos; e
os dois últimos, nos primeiro e terceiro anos do reinado de Ciro, quando
1 Josefo ( Antiq. X,10,1) diz que Daniel e seus amigos foram todos parentes do Rei
Zedequias.
12 Cmá D
2 A visão de alguns estudiosos de que o Daniel mencionado por Ezequiel tem que ser
identicado com uma personagem semimitológica da literatura épica de Ras Shamra
deve ser rejeitada. É impensável que Ezequiel tenha comparado um pagão, um perso-
nagem adorador de Baal, com os dois baluartes históricos, Noé e Jó, especialmente no
que se refere à retidão.
3 As duas primeiras foram dadas seis anos após Ezequiel ter chegado ao país (Ez 8.1), e
a outra, onze anos após sua chegada (Ez 26.1), dando tempo suciente para a investi-
gação e conclusão de Ezequiel.
I 13
4 Da mesma forma, séculos antes, no Egito, Deus usou José e posteriormente Moisés.
Os faraós da época foram levados a mudar seu pensamento a respeito do Deus de
Israel (cf. Êx 5.2) como resultado da operação de Deus através desses dois homens.
14 Cmá D
5 Cf. L. Wood, A Survey of Israel’s History (Panorama da História de Israel) (Grand
Rapids: Zondervan Publishing House, 1970), pp. 385-87 para discussão.
6 Dois outros livros do Antigo Testamento apresentam seções mais curtas: Esdras 4.8-
6.18; 7.12-26; e Jeremias 10.11.
I 15
nosor, que permanece um enigma até que Daniel chega para dar seu sig-
nicado; e o último, a escrita milagrosa na parede do palácio de Belsazar,
que novamente precisa da interpretação de Daniel, agora muito idoso. O
primeiro par de capítulos ilustra o fato de que o mundo tem trazido per-
seguição ao povo de Deus há tempos e que Deus, por sua vez, concedeu
proteção graciosa aos que eram éis. O segundo ilustra a dependência do
mundo do Deus poderoso e a necessidade dos lhos de Deus dizerem às
pessoas do mundo sobre a verdade de Deus, se eles tiverem de conhecê-la.
D. O A Lv
A erudição crítica moderna nega a autoria de Daniel deste livro. Eles
creem que um escritor desconhecido escreveu-o cerca de 165 a.C. com o
propósito de encorajar judeus desanimados que haviam sofrido recente-
mente sob Antíoco Epifânio. A principal razão para este ponto de vista é
que o livro apresenta a história, pelo menos até o tempo de Antíoco, com
detalhes marcantes, e o pensamento liberal declara que tal material pode-
ria ter sido escrito somente após os eventos terem ocorrido. Aqueles que
aceitam a ideia de revelação sobrenatural não têm esse problema.
Há razões para crer, contrário a esse pensamento liberal, que o pró-
prio Daniel foi mesmo o autor do livro.
1. O livro diretamente apresenta Daniel como o autor de pelo menos a
segunda metade dele, porque ele é feito o recipiente das revelações divinas
dadas repetidamente, e ele, como o autor, fala regularmente na primeira
pessoa nos capítulos sete a doze. Também em 12.4, Daniel recebe a direção
de preservar “o livro”, uma referência a, pelo menos, uma porção substan-
cial do livro, se não todo.
2. Que Daniel deve ter escrito também a primeira metade supõe-se
pela unidade do livro, conforme demonstrado por várias considerações.
(1) As duas metades do livro são interdependentes, o que é visto, por
exemplo, numa comparação da interpretação feita por Daniel do sonho
de Nabucodonosor no capítulo dois com as revelações dadas diretamente
através dele nos capítulos sete até o doze. (2) A terminologia usada em
2.28; 4.2, 7, 10 da primeira metade é semelhante à usada em 7.1, 2, 15 da
segunda. (3) A unidade que existe na apresentação de Daniel como uma
pessoa no livro todo. (4) Todos os capítulos combinam no propósito de
mostrar a supremacia do Deus do céu sobre todas as nações e suas su-
postas divindades. (5) A unidade literária do livro é reconhecida até por
importantes eruditos liberais, tais como Charles, Driver, Pfeier e Rowley.
3. O autor mostra conhecimento marcante da história babilônica
I 17
Daniel, que viveu antes de cessar a pronúncia do nome (como de fato ocor-
reu depois do exílio). No capítulo nove, entretanto, o nome é usado pelo
menos sete vezes. Na mesma base, então, isso argumenta contra uma auto-
ria pós-exílica. Este raciocínio dos liberais não leva em conta o fato de que o
emprego de nomes para Deus no Antigo Testamento depende do contexto
de pensamento, cada nome carregando uma determinada conotação apro-
priada ao texto.
3. Apresentam-se evidências de que o livro de Daniel tem um estilo
literário semelhante ao dos livros apócrifos, cujas datas são muito poste-
riores a Daniel. Pode-se responder que, embora a semelhança realmente
exista, poderia muito bem ser porque os livros posteriores copiaram o es-
tilo estabelecido antes por Daniel. Esta explicação encontra apoio na pos-
sibilidade de que os escritores do período macabeu (do qual esses livros
datam), tendo visto a correspondência exata das predições de Daniel com
a história recentemente experimentada, teriam respeitado o livro grande-
mente e teriam sido levados a seguir o padrão do livro para seus próprios
livros.
4. Faz-se referência frequente a algumas palavras persas e gregas no
livro, armando-se que estas poderiam ter sido conhecidas apenas por um
escritor que viveu após o tempo de Daniel. O próprio Daniel, entretanto,
escreveu nos tempos iniciais da Pérsia e teria conhecido o vocabulário per-
sa; e as palavras gregas limitam-se ao nome de três instrumentos musicais,
que podem ter sido importados anteriormente, pela Babilônia. Descober-
tas arqueológicas mostram que havia comércio considerável e intercâmbio
cultural nesse tempo entre os países da região, incluindo Grécia e Babilô-
nia. Também foi dito que o aramaico de Daniel é ocidental e não o tipo usa-
do na Babilônia no tempo de Daniel. Descobertas recentes de documentos
aramaicos do quinto século, entretanto, mostraram que “Daniel foi, como
Esdras, escrito numa forma de aramaico imperial (Reichsaramäisch), um
dialeto ocial ou literário que era corrente em todas as partes do Oriente
Próximo”.10
10 Archer, SOTI , p. 376. Cf. E. M. Yamauchi, Greece and Babylon (Grécia e Babilônia)
(Grand Rapids: Baker Book House, 1967), pp. 17-24; também R. D. Wilson, “The
Aramaic of Daniel”, in Biblical and Theological Studies. (“O Aramaico de Daniel” em
Estudos Bíblicos e Teológicos), p. 296, que arma que, se Daniel tivesse vivido de-
pois, muitas outras palavras gregas teriam aparecido no livro do que são de fato
encontradas.
I 19
11 O rei Salmaneser III, no seu Obelisco Negro, fala de Jeú como “lho de Onri”; cf.
ANET , p. 281.
12 Para tratamento extenso de assuntos históricos, cf. Pusey, DP , 1891; ou Wilson, SD ,
1917. Embora ambas sejam antigas, essas obras são muito valiosas.
I 21
14 Cf. Thiele, The Mysterious Numbers of the Hebrew Kings (Os Números Misteriosos dos
Reis Hebreus), rev. ed. (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Pub. Co., 1965), pp. 16f.,
165-66.
15 A Batalha de Carquemis provavelmente não ocorreu antes de maio de 605 a.C. e
possivelmente não até o início de junho.
24 Cmá D
16 A própria terminologia de Nabucodonosor, cf. Thomas, ed., Documents From Old Tes-
tament Times (Documentos dos Tempos do Antigo Testamento), (New York: Harpers
& Brothers, 1958), p. 79.
17 Citado por Josefo, Contra Apion, I, 19; Antiq. X, 11, 1.
I 25
18 Nabucodonosor pode ter pensado deles como reféns, servindo para advertir o povo
em casa contra revolta.