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Base e Dimensão
α1 u1 + α1 u2 + ... + αr ur = 0, αi ∈ K,
é tomando α1 = α2 = ... = αr = 0.
α1 u1 + α1 u2 + ... + αr ur = 0, αi ∈ K,
linearmente independente (LI) se, e somente se, todo subconjunto finito de L é LI.
linearmente dependente (LD) se, e somente se, L contém um subconjunto finito LD.
Convenção: ∅ ⊆ V é LI.
45
Álgebra Linear - Notas de Aula 46
Exemplos:
3. • S1 = {1} ⊂ R é LI.
• De um modo geral, o conjunto de n elementos Sn = {(1, 0, ... , 0), (0, 1, ... , 0), ... ,
(0, 0, ... , 1)} ⊂ Rn é LI.
4. .
• Em (C, +, )C o subconjunto S = {1} ⊂ C é LI.
.
Note que: Em (C, +, )C , uma combinação linear de S = {1} é do tipo (a +
bi) .
1 .
escalar vetor
.
• Em (C2 , +, )C o subconjunto S = {(1, 0), (0, 1)} ⊂ C2 é LI.
.
• De um modo geral, no espaço vetorial complexo (Cn , +, )C o subconjunto de n
elementos S = {(1, 0, ... , 0), (0, 1, ... , 0), (0, 0, ... , 1)} ⊂ Cn é LI.
5. .
• Em (C, +, )R o subconjunto de dois elementos S = {1, i} ⊂ C é LI.
.
Note que: Em (C, +, )R , uma combinação linear dos vetorres de S = {1, i} é do tipo
a .
1 + i , para a, b ∈ R.
b .
escalar vetor escalar vetor
.
• Em (C2 , +, )R o subconjunto de quatro elementos S = {(1, 0), (0, 1), (i, 0),
(0, i)} ⊂ C2 é LI.
.
• De um modo geral, no espaço vetorial real (Cn , +, )R o subconjunto de 2n elementos
S = {(1, 0, ... , 0), (0, 1, ... , 0), (0, 0, ... , 1), (i, 0, ... , 0), (0, i, ... , 0), (0, 0, ... , i)} ⊂
⊂ Cn é LI.
Álgebra Linear - Notas de Aula 47
1 0 0 1 0 0 0 0
6. Em M2 (R) o subconjunto S = , , , é LI.
0 0 0 0 1 0 0 1
1 0 0 ··· 0 0 1 0 ··· 0 0 0 0 ··· 0
··· ··· ··· 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
S=
0. 0 0 ··· 0 ,
0. 0 0 ··· 0 ,···,
0. 0 0 ··· 0 .
.. .. .. ... .. .. .. .. ... .. .. .. .. ... ..
. . . . . . . . .
0 0 0 ··· 0 m×n 0 0 0 ··· 0 m×n 0 0 0 ··· 1 m×n
7. Em M2 (C), temos:
• considerando
M2 (C)
como
espaço
vetorial
complexo,
o subconjunto de quatro ele-
1 0 0 1 0 0 0 0
mentos S = , , , ⊂ M2 (C) é LI.
0 0 0 0 1 0 0 1
• considerando
M2 (C)como
espaço
vetorial
real,
o subconjunto
de oito
elementos
1 0 0 1 0 0 0 0 i 0 0 i 0 0 0 0
S= , , , , , , , ⊂
0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 i 0 0 i
⊂ M2 (C) é LI.
• De um modo geral, considerando Mm×n (C) considerado como espaço vetorial complexo
é possı́vel encontrar um subconjunto LI, formado por m.n matrizes e considerado como
espaço vetorial real é possı́vel encontrar um subconjunto LI, formado por 2.m.n matrizes.
Escreva estes subconjuntos!!!
Solução: Vamos resolver apenas o item (d). Os outros itens são deixados como exercı́cios para
o leitor.
a+2b+6c=0
S: 2a+4b+3c=0
4a + b + c=0
Portanto a única solução de S é a terna (a, b, c) = (0, 0, 0), o que mostra que L4 é L.I.
a. L1 = {1, x - 1, x2 + 2 x + 1 , x2 }.
b. L2 = {x4 + x - 1 , x3 - x + 1 , x2 - 1}.
Exercı́cio 3: Determine m para que o conjunto de vetores L = {(3, 5m, 1), (2, 0, 4),
( 1, m, 3)} do espaço R3 seja L.I.
Solução: Para que L seja LI é preciso que a única solução do sistema linear homogêneo
3a+2b+ c=0
5ma + mc=0
a+4b +3c=0
Álgebra Linear - Notas de Aula 49
seja a trivial (0, 0, 0) e para que isto aconteça o sistema deve ser compatı́vel determinado.
Escalonando o sistema temos
a+4b +3c= 0 a+4b +3c=0 a+4b +3c=0
−10 b − 8 c = 0 ∼ −10 b − 8 c = 0 ∼ −10 b − 8 c = 0
−20 m b − 14m c = 0 2mc=0 mc=0
1 2 −1 2 0 2 1 3
L = , , , .
1 0 −3 −2 0 0 2 1
P3 . Se L = {u1 , u2 , ... , ur } ⊂ V é LD, então um dos seus vetores é combinação linear dos
demais.
De fato: De L ser LD, segue que existem α1 , α2 , . . ., αr ∈ R, não todos nulos, tais que
α1 u1 + α2 u2 + . . . + αr ur = 0. Podemos, sem perda de generalidade, supor que α1 = 0
e, portanto:
u1 = α2 u2 + α3 u3 + . . . + αr ur ;
α1 u1 + α2 u2 + α3 u3 + . . . + 0.ur + . . . + 0.un = 0
u1 = α2 u2 + α3 u3 + . . . + αr ur (∆)
[1.] [ L ] ⊂ [ L - {u1 } ].
Dado v ∈ [ L ], provemos que v ∈ [ L - {u1 } ]:
Álgebra Linear - Notas de Aula 51
v = β 1 u1 + β 2 u2 + . . . + βr ur
∆
= β 1 (α2 u2 + α3 u3 + . . . + αr ur ) + β 2 u2 + . . . + βr ur
= (β 1 α2 + β 2 )u2 + (β 1 α3 + β 3 )u3 + . . . + (β 1 αr + βr )ur ; ou seja, é possı́vel escrever
v como combinação linear dos elementos de L - {u1 }.
[2.] [ L - {u1 } ] ⊂ [ L ].
Como L - {u1 } ⊆ L, a inclusão pretendida segue imediatamente da propriedade P2 da
página 38.
Exemplo: Considere L = {(1, 2, 1, 0), (-1, 2, -1, -2), (0, 2, 0, 0), (1, 3, 1, 1)} ⊂ R4 . É fácil
verificar que L é LD, uma vez que
Determine [ L ] e [ L-{ (-1, 2, -1, -2)}] = [(1, 2, 1, 0), (0, 2, 0, 0), (1, 3, 2, 1)]. Mostre que
′
L = {(1, 2, 1, 0), (0, 2, 0, 0), (1, 3, 1, 1)} é um conjunto LI de vetores.
x + z = 0
x + z = 0 x =0
2x + 2y + 3z = 0
∼ 2y + z = 0 ∼ 2y =0
x + z = 0
z = 0 z=0
z = 0
Exercı́cios
1. Dados os vetores u = (a1 , a2 , a3 ), v = (b1 , b2 , b3 ) e w = (c1 , c2 , c3 ) do R3 , considere os
vetores u′ = (a1 , a2 ), v′ = (b1 , b2 ) e w′ = (c1 , c2 ). Supondo que {u′ , v′ } seja LI, segue que
existem escalares α e β tais que w′ = α u′ + β v′ .
(a) Prove que: {u, v, w} é LD se, e somente se, w = α u + β v (com os mesmos α e β).
(b) Use o critério obtido no item (a) para determinar se os vetores u, v, w abaixo são LI
ou LD:
1 1 1 0 1 1
2. Mostre que as matrizes A = , B= e C= são LI.
0 0 0 1 1 1
5. Seja P3 (R) o espaço vetorial dos polinômios de grau 3. Estude a dependência linear dos
polinômios: p(x) = x3 - 3 x 2 + 5 x - 1, q(x) = x3 - x 2 + 6 x + 2 e r(x) = x3 - 7 x 2 + 4 x.
( ) Quando a intersecção entre os subespaços gerados por eles se reduz ao vetor nulo.
x1 + 2 x2 + 3 x3 + 4 x4 = 0
S : 2 x1 + x2 + x3 − x4 = 0
3 x1 − 2 x2 + x3 − 2 x4 = 0
A partir daı́, obtenha uma combinação linear nula dos vetores v1 = (1, 2, 3), v2 = (2, 1, -2),
v3 = (3, 1, 1) e v4 = (4, -1, -2), na qual os coeficientes não são todos iguais a zero.
(Sugestão: dada uma combinação linear nula, derive-a, depois divida por ex e prossiga.)
10. Se os vetores v1 , v2 , ... , vm são LI, prove que os vetores v1 , v2 - v1 , ... , vm - v1 também
são LI. Vale a recı́proca?
A = {(1, 1, 5), (2, 3, 13)}, B = {(1, -1, -2), (3, -2, -3)}, C = {(1, -1, -1), (4, -3, -1), (3, -1, 3)}.
a. [ B ] = V.
b. B é linearmente independente.
Exemplos:
• De um modo geral, o conjunto de n elementos Bn = {(1, 0, ... , 0), (0, 1, ... , 0), ... ,
(0, 0, ... , 1)} ⊂ Rn é uma base de Rn .
4. .
• Em (C, +, )C o subconjunto B1 = {1} ⊂ C é uma base de C.
.
• Em (C2 , +, )C o subconjunto B2 = {(1, 0), (0, 1)} ⊂ C2 é uma base de C2 .
.
• De um modo geral, no espaço vetorial complexo (Cn , +, )C o subconjunto de n
elementos Bn = {(1, 0, ... , 0), (0, 1, ... , 0), (0, 0, ... , 1)} ⊂ Cn é uma base de Cn .
Álgebra Linear - Notas de Aula 54
5. .
• Em (C, +, )R o subconjunto de dois elementos B1 = {1, i} ⊂ C é uma base.
.
• Em (C2 , +, )R o subconjunto de quatro elementos B2 = {(1, 0), (0, 1), (i, 0),
(0, i)} ⊂ C2 é uma base.
.
• De um modo geral, no espaço vetorial real (Cn , +, )R o subconjunto de 2n elementos
Bn = {(1, 0, ... , 0), (0, 1, ... , 0), (0, 0, ... , 1), (i, 0, ... , 0), (0, i, ... , 0), (0, 0, ... , i)} ⊂
⊂ Cn é uma base.
1 0 0 1 0 0 0 0
6. Em M2 (R) o subconjunto B = , , , é uma base.
0 0 0 0 1 0 0 1
Generalização: Em Mm×n (R) o seguinte subconjunto de m.n matrizes reais é uma base:
1 0 0 ··· 0 0 1 0 ··· 0 0 0 0 ··· 0
0 0 0 ··· 0 0 0 0 ··· 0 0 0 0 ··· 0
B=
0. 0 0 ··· 0 ,
0. 0 0 ··· 0 ,···,
0. 0 0 ··· 0 .
.. .. .. ... .. .. .. .. ... .. .. .. .. ... ..
. . . . . . . . .
0 0 0 ··· 0 m×n 0 0 0 ··· 0 m×n 0 0 0 ··· 1 m×n
7. Em M2 (C), temos:
• considerando
M2 (C)
como
espaço
vetorial
complexo,
o subconjunto de quatro ele-
1 0 0 1 0 0 0 0
mentos B = , , , ⊂ M2 (C) é uma base.
0 0 0 0 1 0 0 1
• considerando
M2 (C)como
espaço
vetorial
real, o subconjunto
de oito
elementos
1 0 0 1 0 0 0 0 i 0 0 i 0 0 0 0
B= , , , , , , , ⊂
0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 i 0 0 i
⊂ M2 (C) é uma base.
• De um modo geral, considerando Mm×n (C) considerado como espaço vetorial complexo
é possı́vel encontrar um subconjunto LI, formado por m.n matrizes e considerado como
espaço vetorial real é possı́vel encontrar um subconjunto LI, formado por 2.m.n matrizes.
Escreva estes subconjuntos!!!
Álgebra Linear - Notas de Aula 55
1. Como [ B ] = V, todo vetor v ∈ V é uma combinação linear dos vetores de B, isto é,
se B = {u1 , u2 , ... , un }, então existe uma n-upla de escalares (α1 , α2 , ..., αn ), αi ∈ K,
i = 1, 2, ... , n, tais que v = α1 u1 + α2 u2 + ... + αn un .
v = α1 u1 + α2 u2 + ... + αn un = β1 u1 + β2 u2 + ... + βn un
Então:
(α1 − β1 ) u1 + (α2 − β2 ) u2 + ... + (αn − βn ) un = 0
α1 − β1 = α2 − β2 = . . . = αn − βn = 0
e portanto
α1 = β1 ; α2 = β2 ; . . . ; αn = βn
Algumas vezes é conveniente associarmos às coordenadas de um vetor v em uma base B uma
matriz coluna n × 1, chamada matriz das coordenadas de v na base B,
Álgebra Linear - Notas de Aula 56
α1
α2
[v]B =
...
αn B
3
Exercı́cio 1: Encontre, respectivamente
nas bases
canônicas de R , M2 (R) e P 2 (R), a matriz
1 0
das coordenadas dos vetores: (1, 3, 2), e 5 + 2 t + t2 .
3 2
Solução: (a) Comecemos escrevendo o vetor v = (1, 3, 2) como combinação linear da base
canônica C = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} do R3 ; isto é,
1 0 a b
Ou seja: = , o que implica, pela definição de igualdade de matrizes,
3 2 c d
em a = 1, b = 0, c = 3 e d = 2, e, dessa forma,
1
0
[A]C = (1, 0, 3, 2)C = 3
2 C
a0 + a1 t + a2 t2 + a3 t3 = α (1) + β (1 + t) + γ (1 + t2 ) + δ (1 + t3 )
b. B é LI:
1 1 2 1 0 1 0 0
Exercı́cio: Mostre que B = , , , é uma base de M2 (R).
0 0 0 0 1 0
0 2
1 2
Qual é a matriz das coordenadas do vetor nesta base ?
2 3
Prova: Seja V um espaço vetorial finitamente gerado. Se V = {0}, então ∅ é uma base de
V, conforme convencionado anteriormente. Suponhamos, então, V = {0}. Então, existe um
subconjunto finito e não vazio L ⊂ V tal que V = [ L ]. Como L = ∅, segue que existem
subconjuntos de L que são não vazios e LI. Seja B um destes subconjuntos, com a propriedade
de ter o maior número possı́vel de elementos.
Álgebra Linear - Notas de Aula 58
Exercı́cios
1. Mostre que os vetores u= (1, 1) e v = (-1, 1) formam uma base do R2 . Exprima cada um
dos vetores e1 = (1, 0) e e2 = (0, 1) como combinação linear dessa base.
2. Seja B = {u1 = (2, 1), u2 = (1, -1)} uma base do R2 . Encontre as coordenadas do vetor
v = (a, b) em relação à base B. Idem para u = (3, 5) e w = (1, 1).
3. Mostre que os vetores u = (1, 1, 1), v = (1, 2, 3) e w = (1, 4, 9) formam uma base de R3 .
Exprima os vetores e1 , e2 , e3 da base canônica do R3 como combinação linear de u, v e w.
F = {(x, y, z, t) ∈ R4 : x = y = z = t} G = {(x, y, z, t) ∈ R4 : x = y e z = t}
H = {(x, y, z, t) ∈ R4 : x = y = z } K = {(x, y, z, t) ∈ R4 : x + y + z + t = 0}
Demonstraremos, nesta seção um importante teorema da Álgebra Linear, que nos levará à
definição de dimensão de um espaço vetorial finitamente gerado. Começaremos demonstrando
três resultados auxiliares.
Prova: Apenas para facilitar o trabalho com os ı́ndices, podemos supor, sem perda de genera-
lidade, i = 1; isto é, u ∈ V é tal que u = α1 u1 + α2 u2 + ... + αi ui + ... + αn un , sendo
α1 = 0. Mostremos que C = {u, u2 , ... , un } é base de V.
(a) C gera V:
v = γ 1 (β u + β 2 u2 + ... + βn un ) + γ 2 u2 + ... + γn un
= (γ 1 β) u + (γ 1 β 2 + γ 2 ) u2 + (γ 1 β 3 + γ 3 ) u3 + ... + (γ 1 βn + γn ) un
(b) C é LI
Lema 2: Seja V um espaço vetorial finitamente gerado e suponhamos V admita uma base
com n vetores. Então, se B = {u1 , u2 , ... , un } ⊂ V é um subconjunto LI com n vetores, B
também é uma base de V.
Prova: Seja C = {v1 , v2 , ... , vn } a base de V com n elementos. Então todo vetor de V pode
ser escrito como uma combinação linear dos elementos de C. Em particular, existem escalares
α1 , α2 , ... , αn tais que u1 = α1 v1 + α2 v2 + ... + αn vn . Como B é LI e u1 ∈ B, um destes
escalares deve ser não nulo. Suponhamos, sem perda de generalidade, que α1 = 0. Pelo Lema
1, temos que B1 = {u1 , v2 , ... , vn } é uma base de V. Logo, o vetor u2 , por ser um elemento
de V, se escreve como combinação linear de B1 ; ou seja, existem escalares β 1 , β 2 , ..., βn de
modo que u2 = β 1 u1 + β 2 v2 + ... + βn vn . Novamente não é possı́vel que β 2 = β 3 = ...
= βn = 0, pois se isto ocorresse, terı́amos u2 = β 1 u1 e, portanto {u1 , u2 } seria LD, contra a
hipótese de B ser LI. Desa forma, um dos escalares β 2 , β 3 , ... , βn é não nulo. Suponhamos,
por exemplo, β 2 = 0. Pelo Lema 1, B2 = {u1 , u2 , v3 , ... , vn } é uma base de V. Repetindo o
raciocı́nio anterior mais (n - 3) vezes, concluı́mos que B = {u1 , u2 , ... , un } é uma base de V.
Lema 3: Seja V um espaço vetorial finitamente gerado e suponhamos que V admita uma base
com n vetores. Então, todo subconjunto de V que seja LI tem, no máximo, n vetores.
1. dim {0} = 0.
2. dim V3 = 3.
Álgebra Linear - Notas de Aula 61
4. dimC C = 1, dimC C2 = 2,
e, de um modo geral, dimC Cn = n.
5. dimR C = 2, dimR C2 = 4,
e, de um modo geral, dimR Cn = 2 n.
x − y − z − t=0
S : 3 x− y+2 z−4t =0
2 y+5 z+t =0
x − y − z − t=0
2y + 5z−t =0
−2 t = 0
este não é um resultado válido apenas para o exemplo acima. É um caso particular do seguinte
resultado geral:
1. B é Li =⇒ B é base de V.
De fato: Basta ver que, dado u ∈ V, o conjunto {v1 , v2 , · · ·, vn , u} é LD (uma vez que
possui n + 1 elementos e dim V = n) e portanto u é combinação linear dos elementos
de B.
2. B gera V =⇒ B é base de V.
De fato: Suponha, por absurdo, que B não seja LI. Então existe um ı́ndice i para o qual
vi é combinação linear dos demais vetores de B . Logo, B′ = B - {vi } gera V, o que é um
absurdo, pois dim V = n.
x − y − z − t=0
S : 3x− y+2z−4t=0
2 y+5 z−t =0
x − y − z − t=0
S : 3x− y+2z−4t=0
2 y−5 z−t =0
Álgebra Linear - Notas de Aula 63
S = {u1 , u2 , · · ·, ur , v1 , v2 , · · · vn }
• S′ é LI;
• S′ contém L.
Seja B um destes subconjuntos, com a propriedade adicional de ter o maior número possı́vel de
elementos; ou seja, B = {u1 , u2 , · · ·, ur , v′1 , v′2 , · · · v′s } é LI e qualquer outro subconjunto de S
contendo L com mais de s + r elementos é LD (onde, para cada i = 1, 2, · · · s, o vetor v′i ∈ B
é um dos vetores vj do conjunto C).
Além disso, os vetores v′1 , v′2 , · · · , v′s são obviamente combinações lineares de B. Pela pro-
priedade P5 , os vetores v′s+1 , · · · , v′n também são combinações lineares de B. Em outras
palavras, todos vetores de C são combinações lineares de B. Mas: C é, por hipótese, uma
base de V e, portanto, todo vetor v ∈ V é combinação linear de C. Ou seja, todo vetor v ∈ V
é combinação linear de B, o que completa a prova de que B é uma base de V.
Exemplo : Se L = {v1 = (2, 1, 1, 0), v2 = (1, 2, 0, 1)}, então L é LI. Logo, pelo Teorema do
Completamento, existem dois vetores de v3 , v4 ∈ R4 que completam {v1 , v2 } para uma base
do R4 ; isto é, o subconjunto {v1 , v2 , v3 , v4 } é uma base do R4 .
Álgebra Linear - Notas de Aula 64
Prova: Pela Proposição anterior, W é finitamente gerado e, portanto, admite uma base. Como
dim W = dim V, toda base de W também é uma base de V. Logo, todo vetor de V também
pertence a W; ou seja, V ⊂ W e como W ⊂ V, segue que V = W.
a b c 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0
A = b d e = a 0 0 0 + b 1 0 0 + c 0 0 0 + d 0 1 0+
c e f 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
+ e 0 0 1 + f 0 0 0
0 1 0 0 0 1
1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
B = 0 0 0,1 0 0,0 0 0,0 1 0,0 0 1,0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1
gera S3 . Além disso, é fácil verificar (faça isso!!) que B é LI e portanto uma base de S3 .
Logo, dim S3 = 6.
Álgebra Linear - Notas de Aula 65
Exercı́cios
1. Obtenha uma base e a dimensão para o subespaço vetorial gerado por cada um dos seguintes
conjuntos: (a) {(1, 2, 3, 4), (3, 4, 7, 10), (2, 1, 3, 5)}
(b) {x3 + 2 x2 + 3x + 4, 5 x3 + 4 x2 + 3x + 2, 4 x3 - 2 x2 + x, 7 x3 + 2 x2 - 3x - 8}
(c) {(1, 3, 5), (-1, 3, -1), (1, 21, 1)} (d) {(1, 2, 3), (1, 4, 9), (1, 8, 27)}
2. Determine uma base e a dimensão do subespaço vetorial W de M2 (R), gerado pelos quatro
vetores
1 2 2 5 5 12 3 4
(a) A = B= C= D=
−1 3 1 −1 1 1 −2 5
1 −5 1 1 2 −4 1 −7
(b) A = B= C= D=
−1 2 −1 5 −5 7 −5 1
3. Obtenha uma base e determine a dimensão de cada um dos subespaços de Mn (R) abaixo:
(a) matrizes cujo traço é zero. (traço = soma dos elementos da diagonal principal)
(d) matrizes nas quais a soma dos elementos da primeira linha é igual à soma dos elementos
da segunda coluna.
4. Exiba uma base para cada um dos espaços vetoriais abaixo e daı́ calcule sua dimensão:
(d) vetores do Rn (n ≥ 6) nos quais a segunda, a quarta e a sexta coordenadas são iguais.
5. Determine se cada um dos seguintes subconjuntos é ou não uma base do espaço vetorial
P5 (R):
(a) {1, 1 + t, 1 + t + t2 , 1 + t + t2 + t3 , 1 + t + t2 + t3 + t4 , 1 + t + t2 + t3 + t4 + t5 }
7. Seja S(n) o conjunto das matrizes simétricas n × n. Para cada par (i, j) de números naturais
de 1 até n, com i j, seja sij a matriz n × n cujos elementos nas posições ij e ji são iguais a 1
e os demais são iguais a zero. Prove que o conjunto formadao por estas matrizes constitue uma
⊂
base para o subespaço vetorial S(n) sev Mn (R). De modo análogo, obtenha uma base para o
subesço A(n) das matrizes anti-simétricas n × n. A seguir, conclua a partir destes resultados,
que dim S(n) = n (n2+ 1) e que dim A(n) = n (n2− 1) .
8. A matrizes T = (tij ) ∈ Mn (R) tais que tij = 0 quando i < j são chamadas triangulares
inferiores. Prove que o conjunto L destas matrizes é um subespaço vetorial de Mn (R), obtenha
uma base para L e determine sua dimensão.
10. Seja V um espaço vetorial de dimensão finita. Dado um subespaço U ⊂ V, prove que é
possı́vel obter um subespaço W ⊂ V tal que V = U ⊕ W.
11. Seja {v1 , v2 , ... , vn } uma base do espaço vetorial V. Se os números a1 , a2 , ... , an não
são todos iguais a zero, prove que o conjunto F dos vetores v = x1 v1 + x2 v2 + ... + xn vn
tais que a1 x1 + a2 x2 + ... + an xn = 0 é um subespaço vetorial de V, com dim F = n - 1.
⊂
Seja V = [ u1 , u2 , · · ·, ur ] sev
Kn , 1 r n. Observemos que para quaisquer 1 i < j r,
estão na forma escalonada pois u1 não tem zeros iniciais, u2 tem dois zeros iniciais e u3 tem
cinco zeros iniciais. Logo, {u1 , u2 , u3 } são LI. Por outro lado, se considerarmos os mesmos
vetores u1 , u2 e o vetor v = (0, 0, 1, 1, 1, 1), então u1 , u2 e v não estão na forma escalonada,
pois o número de zeros iniciais de u2 é igual ao número de zeros iniciais de v. Isto não significa
que o conjunto de vetores S = {u1 , u2 , v} seja LD; significa apenas que, para decidir sobre a
dependência linear de S devemos usar outro critério (por exemplo, a definição).
Veremos a seguir, através de um exemplo, como aplicar este critério para se obter vetores LI a
partir de geradores de um subespaço:
Exemplo 1: Seja W = [(2, 1, 1, 0), (1, 0, 1, 2), (0, -1, 1, 4), (3, 1, 2, 2), (1, -1, 2, 6)].
Consideremos a matriz (simbólica) cujas linhas são formadas pelas coordenadas dos vetores de
W; ou seja:
2 1 1 0
1 0 1 2
0 −1 1 4
3 1 2 2
1 −1 2 6
Neste caso, para obter a situação (c) acima descrita, aplicamos sucessivamente as operações
dadas nos itens (a) e (b), do seguinte modo:
donde podemos concluir que W = [(1, 0, 1, 2), (0, -1, 1, -4)] e que {(1, 0, 1, 2), (0, 1, -1, -4)}
é uma base de W.
Portanto W = [(-1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 0), (0, 0, 0, 1)], e como B = {(-1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 0),
(0, 0, 0, 1)} é L.I., B é uma base de W, e assim dim W = 3. Pela definição do subespaço
U + W, temos que U + W = [(1, 0, 1, 0), (0, 1, 0, 0), (-1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 0), (0, 0, 0, 1)].
Vamos usar o critério anterior :
1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 0 0
0 1 0
0 0 1 0
0 0 1 0 0
−1 0 0 0
1 0 ∼ 0 0 1 ∼ 0 0 1
0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1
0 0 0 1 −1 1 0 0 0 0 0 0
Como B′ = {(1, 0, 0, 0), (0, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 0), (0, 0, 0, 1)} é L.I., B′ é uma base de U + W
⊆
e assim dim (U + W) = 4. Como U + W sev R4 , segue que U + W = R4 .
1. B é L.I.:
Suponhamos que
α1 v1 + α2 v2 + . . . + αr vr + β 1 u1 + β 2 u2 + . . . + βsus + γ 1 w1 + γ 2 w2 + . . . + γt wt = 0
Logo:
α1 v1 + α2 v2 + . . . + αr vr + β 1 u1 + β 2 u2 + . . . + βs us = −γ 1 w1 − γ 2 w2 − . . . − γt wt (∆)
∈U ∈W
Observe que: do lado esquerdo da igualdade acima, temos um elemento de U e do lado
direito, temos um elemento de W e portanto o vetor γ 1 w1 + γ 2 w2 + . . . + γt wt pertence
ao subespaço U ∩ W, sendo, dessa forma, combinação linear da base B1 de U ∩ W. Em
outras palavras, existem escalares λ1 , λ2 , . . . , λr tais que
γ 1 w1 + γ 2 w2 + . . . + γt wt = λ1 v1 + λ2 v2 + . . . + λr vr
e portanto
λ1 v1 + λ2 v2 + . . . + λr vr - γ 1 w1 - γ 2 w2 - . . . - γt wt = 0
Ou seja, obtivemos o vetor nulo escrito como combinação linear dos vetores v1 , v2 , . . .,
vr , w1 , w2 , . . ., wt . Mas estes vetores formam uma base de W e, portanto, são L.I., donde
concluı́mos que λ1 = λ2 = . . . = λr = γ 1 = γ 2 = . . . = γt = 0.
Substituindo-se em ∆, segue que:
α1 v1 + α2 v2 + . . . + αr vr + β 1 u1 + β 2 u2 + . . . + βs us = 0
e agora obtivemos o vetor nulo escrito como combinação linear dos vetores v1 , v2 , . . ., vr ,
u1 , u2 , . . ., us que, por sua vez, são L.I., por formarem uma base de U. Como conseqüência,
α1 = α2 = . . . = αr = β 1 = β 2 = . . . = βs = 0, concluindo, dessa forma, a prova de que B
é LI.
2. [ B ] = U + W:
De fato:
u ∈ [ B ] ⇐⇒ u = α1 v1 + α2 v2 + . . . + αr vr + β 1 u1 + β 2 u2 + . . . + βs us +
∈U
+ γ 1 w1 + γ 2 w2 + . . . + γt wt ⇐⇒ u ∈ U + W.
∈W
Desta forma
como querı́amos.
Álgebra Linear - Notas de Aula 70
dim U:
dim V:
Logo: V = [(1, 0, 0, -1), (0, 1, -1, 0)] e como estes geradores de V estão na forma escalonada,
segue que B′ = {(1, 0, 0, -1), (0, 1, -1, 0)} é uma base de V e portanto dim V = 2.
dim U + V:
1 1 0 0
0 1 −1 0
∼
0
0 1 0
0 0 0 −1
Assim U + V = [(1, 1, 0, 0), (0, 1, -1, 0), (0, 0, 1, 0), (0, 0, 0, -1)] e como estes vetores são
Álgebra Linear - Notas de Aula 71
dim U ∩ V:
dim U:
dim V:
Logo: V = [(1, 0, 0, 0), (0, 1, -1, 0), (0, 0, 0, 1)] e como estes geradores estão na forma
escalonada, segue que B′ = {(1, 0, 0, 0), (0, 1, -1, 0), (0, 0, 0, 1)} é uma base de V e portanto
dim V = 3.
dim U + V:
1 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0
0 0 1 0 0 1 −1 0 0 1 −1 0 0 1 −1 0
1 0 0 0 0 0 0 1 0
0 ∼ 1 1 ∼ 0 1 ∼ 0 0 ∼
0 1 −1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1
0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0
1 0 0 0
0 1 −1 0
∼
0 0 1 0
0 0 0 1
0 0 0 0
Assim U + V = [(1, 0, 0, 0), (0, 1, -1, 0), (0, 0, 1, 0), (0, 0, 0, 1)] e como estes vetores são
LI, segue que formam uma base de U + V e portanto dim (U+V) = 4.
dim U ∩ V:
Solução: Já vimos que o conjunto B = {(1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 0)} é uma base de U e que
V = {(x, y, -y, t) : x, y, t ∈ V}. Assim, se v ∈ U ∩ V, temos que v = (x, y, -y, t), pois v ∈
∈ V. Além disso, como v ∈ U, o conjunto de vetores C = {(1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 0), v} deve ser
LD, uma vez que v se escreve como combinação linear da base de U. Ao escalonarmos a matriz
simbólica cujas linhas são os vetores de C, obtemos:
1 1 0 0 1 1 0 0
0 0 1 0 ∼ 0 0 1 0
x y −y t 0 −x + y −y t
Para
que as linhas da matriz escalonada representem vetores de uma base de U, devemos ter
−x + y = 0
, ou seja, v = (x, x, -x, 0), para x ∈ R. Logo: U ∩ V = [(1, 1, -1, 0)].
t = 0
Álgebra Linear - Notas de Aula 73
Exercı́cios
1. Dar uma base e a dimensão do subespaço W de R4 sendo W = {(x, y, z, t) ∈ IR4 :
x - y = y e x - 3y + t = 0}.
6. Determinar uma base e a dimensão do subespaço de M3 (R) constituı́do das matrizes anti-
simétricas.
9. Determinar uma base e a dimensão do espaço solução de cada um dos sistemas lineares
homogêneos:
x−y =0 x+y+z=0 x−y−z−t =0
(a) 2x − 3y = 0 (b) 2x − y − 2z = 0 (c) 3x − y + 2z − 4t = 0
6x + y = 0 x + 4y + 5z = 0 2y + 5z + t = 0
10. Para que valores reais de reais de a o conjunto B = {(a, 1, 0), (1, a, 1), (0, 1, a)} é uma
base de R3 ?
11. Calcule a dimensão do subespaço vetorial do R5 gerado por v1 = (2, 4, 8, -4, 7),
v2 = (4, -2, -1, 3, 1), v3 = (3, 5, 2, -2, 4), v4 = (-5, 1, 7, -6, 2). A seguir, decida se o vetor
w = (6, 18, 1, -9, 8) pertence ou não a este subespaço.
Álgebra Linear - Notas de Aula 74
12. Mostre que se 0, 1, a, b, c são números dois a dois diferentes, então os vetores (1, 1, 1, 1),
(a, a2 , a3 , a4 ), (b, b2 , b3 , b4 ), (c, c2 , c3 , c4 ) são linearmente independentes. Generalize este
resultado.
14. Seja W o subespaço do R4 gerado pelos vetores u1 = (1, -2, 5, -3), u2 = (2, 3, 1, -4),
u3 = (3, 8, -3, -5). (a) Ache uma base e a dimensão de W. (b) Estenda a base de W a uma
base de todo espaço R4 .
15. Seja W o subespaço do R5 gerado pelos vetores u1 = (1, 2, -1, 3, 4), u2 = (2, 4, -2, 6, 8),
u3 = (1, 3, 2, 2, 6), u4 = (1, 4, 5, 1, 8) e u5 = (2, 7, 3, 3, 9). Encontre uma base para W.
⊆
16. Seja W = [u1 , u2 , u3 , u4 ] sev
R5 . Determine um subconjunto de {u1 , u2 , u3 , u4 } que seja
uma base de W, para:
(a) u1 = (1, 1, 1, 2, 3) u2 = (1, 2, -1, -2, 1) u3 = (3, 5, -1, -2, 5) u4 = (1, 2, 1, -1, 4)
(b) u1 = (1, -2, 1, 3, -1) u2 = (-2, 4, -2, -6, 2) u3 = (1, -3, 1, 2, 1) u4 = (3, -7, 3, 8, -1)
17. Ache uma base e a dimensão do espaço solução de cada um dos seguintes sistemas ho-
mogêneos:
x + 2y − 2z + 2s − t = 0 x + 2y − z + 3s − 4t = 0
(a) S1 : x + 2y − z + 3s − 2t = 0 (b) S1 : 2x + 4y − 2z − s + 5t = 0
2x + 4y − 7z + s + t = 0 2x + 4y − 2z + 4s − 2t = 0
18. Ache um sistema homogêneo cujo conjunto solução W é gerado pelos três vetores:
(b) u = (1, -2, 0, 3, -1), v = (2, -3, 2, 5, -3) w = (1, -2, 1, 2, -2)
20. Encontre dim (U + W) e dim (U ∩ W), sendo que U e W são os seguintes subespaços do
R4 : U = [(1, 1, 0, -1), (1, 2, 3, 0), (2, 3, 3, -1)] e W = [(1, 2, 2, -1), (2, 3, 2, -3), (1, 3, 4, -3)].
(a) U = [(1, 3, -2, 2, 3), (1, 4, -3, 4, 2), (2, 3, -1, -2, 9)]
(b) U = [(1, 3, -3, -1, -4), (1, 4, -1, -1, -2), (2, 9, 0, -5, -2)]
W = [(1, 6, 2, -2, 3), (2, 8, -1, -6, -5), (1, 3, -1, -5, -6)]
U = [t3 + 4 t2 - t + 3, t3 + 5 t2 + 5, 3 t3 + 10 t2 - 5 t + 5]
W = [t3 + 4 t2 + 6, t3 + 2 t2 - t, 2 t3 + 2 t2 - 3 t + 9]
26. No R5 , considere os subespaços: U = [(1, -1, -1, -2, 0), (1, -2, -2, 0, -3), (1, -1, -2, -2, 1)] e
W = [(1, -2, -3, 0, -2), (1, -1, -3, 2, -4), (1, -1, -2, 2, -5)]. Encontre:
v1 = a11 u1 + a21 u2 + · · · + an1 un
v2 = a12 u1 + a22 u2 + · · · + an2 un
(∆) .. .. .. ..
. . . · · · .
v = a u + a u + ··· + a u
n 1n 1 2n 2 nn n
n
ou seja, para cada j, 1 j n, vj = i=1 aij ui . A matriz quadrada de ordem n
Álgebra Linear - Notas de Aula 76
a11 a12 ... a1n
a21 a22 ... a2n
P =
.
. ... .
an1 an2 ... ann
Observe que: A matriz P = MB,C é obtida quando temos os (elementos de C) escritos como
combinação linear de (elementos de B). Dessa forma, de (∆), obtemos que as coordenadas dos
vetores v1 , v2 · · · , vn em relação à base B são dadas por:
a11 a12 a1n
a21 a22 a2n
[v1 ]B =
... , [v2 ]B =
... , · · ·, [vn ]B =
...
an1 an2 ann
Exemplo 1: Determine a matriz P de mudança da base B = {(-1, 1), (1, 1)} para a base
C = {(1, 0), (0, 1)}, ambas do R2 .
Solução: Para obter a matriz P = (aij ), devemos escrever os elementos da base C como
combinação linear dos elementos da base B; isto é:
−a11 + a21 = 1, −a12 + a22 = 0,
,
a11 + a21 = 0 a12 + a22 = 1,
− 12 1
2
segue que P =
1 1
2 2
Álgebra Linear - Notas de Aula 77
Exemplo 2: Determine a matriz de mudança da base B = {(-1, 2, 1), (0, 1, 1), (1, 0, 2)} do
R3 para a própria base B do R3
Solução: Para obter a matriz P = (aij ), devemos escrever os elementos da base B como
combinação linear dos próprios elementos da base B; isto é:
(−1, 2, 1) = a11 (−1, 2, 1) + a21 (0, 1, 1) + a31 (1, 0, 2) = (−a11 + a31 , 2a11 + a21 , a11 + a21 + 2a31 )
( 0, 1, 1) = a12 (−1, 2, 1) + a22 (0, 1, 1) + a32 (1, 0, 2) = (−a12 + a32 , 2a12 + a22 , a12 + a22 + 2a32 )
( 1, 0, 2) = a13 (−1, 2, 1) + a23 (0, 1, 1) + a33 (1, 0, 2) = (−a13 + a33 , 2a13 + a23 , a13 + a23 + 2a33 )
Observação: O resultado obtido no Exemplo 2 não é um caso particular, válido apenas para
este exemplo. De um modo geral, dada uma base B de um espaço vetorial V de dimensão finita
n, se P é a matriz de mudança da base B para a mesma base B, então P = In ; isto é, P é a
matriz identidade de ordem n = dim V.
Solução: Para obter a matriz P = (aij ), devemos escrever os elementos da base C como
combinação linear dos elementos da base B; isto é:
segue que
1
3
− 23
P =
1 1
3 3
Álgebra Linear - Notas de Aula 78
Exemplo 4: Considere as bases B = {(1, 1), (-1, 1)} e C = {(1, -1), (1, 1)} do R2 .
Solução:
(i) Para obter a matriz P = (aij ), devemos escrever os elementos da base C como combinação
linear dos elementos da base B; isto é:
(1, −1) = a11 (1, 1) + a21 (−1, 1) = (a11 − a21 , a11 + a21 )
( 1 , 1) = a12 (1, 1) + a22 (−1, 1) = (a12 − a22 , a12 + a22 )
segue que
0 1
P =
−1 0
(ii) a matriz Q = (bij ), devemos escrever os elementos da base B como combinação linear dos
elementos da base C; isto é:
(1, 1) = b11 (1, −1) + b21 (1, 1) = (b11 + b21 , −b11 + b21 )
(−1, 1) = b12 (1, −1) + b22 (1, 1) = (b12 + b22 , −b12 + b22 )
segue que
0 −1
Q =
1 0
Álgebra Linear - Notas de Aula 79
Exemplo 5: Mostre que a matriz de mudança da base B = {(1, 0, 2), (2, 1, 0), (0, 1, 2)}
para a base C = {(1, 1, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 3)}, ambas do R3 , é a matriz P abaixo e calcule sua
inversa P−1 :
1
− 3 −1 1
2 1
1
P = 3 −
2 2
1 1 1
3 2 2
Para tal, (a, b, c), (d, e, f) e (g, h, i) devem ser, respectivamente, soluções dos sistemas lineares
1a+2b+0c=1 1d+2e+0f=0 1g+2h+0i=0
0a+1b+1c=1 , 0d+1e+1f=1 , 0g+1h+1i=0
2a+0b+2c=0 2d+0e+2f=0 2g+0h+2i=3
e a inversa de P é :
Álgebra Linear - Notas de Aula 80
1 2 0
P−1 = −1 −1 1
2 2
3
0 3
Solução: Seja Q a matriz de mudança da base C para a base B. A matriz Q é obtida escrevendo-
se os elementos de B como combinação linear dos elementos de C; isto é:
a =1 d =2 g =0
a+ b=0 , d+ e=1 , g+ h=1
3c=2 3f=0 3i=2
a=1 d=2 g=0
b = −1 , e = −1 , h=1
c = 23 f=0 i = 23
1 2 0
e portanto Q = −1 −1 1
2 2
3
0 3
Observações:
e a matriz de mudança da base B para C é P = (aij ), para i,j = 1,...,n, então a matriz
das coordenadas de u na base C é
y1
y2
[u]C = −1
= P . [u]B
yn
Ou seja:
[u]C = MC,B.[u]B
Exercı́cio 2: No Exemplo 5, sabendo que as coordenadas de um vetor u na base B são
(2, 1, 4), calcule a matriz das coordenadas [u]C .
1 2 0 2 4
[u]C = P−1 . [u]B = −1 −1 1.1 = 1
2 2
3
0 3
4 4
q1 (t) = 1 (1) + 0 (1 + t) + 1 (1 − t2 ) = 2 − t2 ,
q2 (t) = 0 (1) + 1 (1 + t) + 1 (1 − t2 ) = 2 + t − t2 ,
q3 (t) = 2 (1) + 2 (1 + t) − 1 (1 − t2 ) = 3 + 2t + t2
Logo C = {2 - t2 , 2 + t - t2 , 3 + 2t + t2 }.
Álgebra Linear - Notas de Aula 82
Como
P = MB,C ;
segue que:
x1 2 2 1 0 2 2 12
[p]B = x2 = (P−1 )−1 . 1 = P. 1 = 0 1 2 . 1 = 11
x3 5 5 1 1 −1 5 −2
Exercı́cios
1. Considere a base D = {1, 1 - t, 1 - t2 } de P 2 (R). Encontre a matrizes de mudança das
bases C para D e de D para C, sendo C a base canônica de P 2 (R).
x y
6. Considere o seguinte subespaço vetorial de M2 (R): U = :x−y−z= 0
z t
(c)
Achar
uma base D de U de tal maneira que a matriz de mudança de D para B seja
1 2 0
0 0 2 .
0 3 1
7. Considere as bases do R2 : B = {(u1 = (1, -2), u2 = (3, -4)} e D = {(v1 = (1, 3),
v2 = (3, 8)}.
(d) Ache, de duas maneiras diferentes, a matriz Q de mudança da base D para a base B.
(e) Dado o vetor [u]B = (3, -5), encontre [u]D , usando matrizes de mudança de bases.
(f ) Dado o vetor [v]D = (3, -5), encontre [v]B , usando matrizes de mudança de bases.
(c) Usando matrizes de mudança de bases, encontre [u]B , sabendo que [u]C = (1, -2, 6).