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Assembleia Municipal do Seixal

EDITAL
N.º 06/2019

Alfredo José Monteiro da Costa


Presidente da Assembleia Municipal do Seixal
Torna público, nos termos da alínea b) do n.º 1 do art.º 30.º do anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de
setembro, que a Assembleia Municipal do Seixal reunirá em Sessão Ordinária, a 1.ª de 2019, no
próximo dia 25 de Fevereiro, pelas 20H00, nas instalações dos Serviços Centrais da Câmara
Municipal do Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, 45.
I – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.
II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

III.1. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.


III.2. Ata da 2.ª Sessão Extraordinária de 28 de março de 2018.
III.3. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atvidade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.4. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atvidade do município e
situação fnanceira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.5. Contrato interadministratvo de delegação de competências no âmbito da atribuição da
concessão destnada ao exercício, em exclusivo, da atvidade de exploração da rede
municipal de distribuição de eletricidade em baixa tensão, a celebrar entre a Área
Metropolitana de Lisboa e o Município do Seixal. Autorização e aprovação de minuta.
III.6. Contrato interadministratvo de delegação de competências no âmbito do serviço público
do transporte de passageiros, a celebrar entre a Área Metropolitana de Lisboa e o
Município do Seixal. Autorização e aprovação de minuta.
III.7. Opções do plano e proposta de orçamento em vigor, nos termos da alínea a) do n.º 1 do
art. 25.º, por força da alínea c) do n.º 1 do art. 33.º, ambos do Anexo à Lei n.º 75/2013 de
12 de setembro, alterada pela Lei n.º 50/2018 de 16 de agosto. Revisão. Aprovação.
III.8. Mapa de pessoal, nos termos da alínea o) do n.º1 do art. 25.º do Anexo à Lei n.º 75/2013
de 12 de setembro, que vigora com as alterações da Lei n.º 50/2018 de 16 de agosto.
Alteração. Aprovação.

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Assembleia Municipal do Seixal

Nos termos do n.º 2 artgo 18º do Regimento da Assembleia Municipal, a presente sessão poderá
ser repartda por duas reuniões, fcando desde já convocada a segunda reunião, a ter lugar no dia
útl imediatamente seguinte, no caso o dia 26 de Fevereiro de 2019, para o mesmo horário e no
mesmo local, caso se verifque a necessidade da sua realização para conclusão do Período da
Ordem do Dia.

Para conhecimento geral se publica o presente e outros de igual teor que vão ser afxados nos
lugares habituais estabelecidos na Lei, por cinco dias (úteis) dos dez dias subsequentes à data do
presente.

Seixal, 21 de Fevereiro de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal

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Alfredo José Monteiro da Costa

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Ata nº 3/2018
2ª Sessão Extraordinária – 28 de março de 2018

A T A nº 3/2018

Aos vinte e oito dias de março de dois mil e dezoito, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na
sua 2ª sessão extraordinária de 2018, nas instalações dos Serviços Centrais da Câmara Municipal
do Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, presidida por Alfredo José Monteiro da
Costa e secretariada pelo 1º Secretário Américo Augusto de Oliveira da Costa, e por Sara Sofa
Oliveira da Silva Lopes Oliveira, primeiro em substtuiçço de Angelina Dias Pereira e depois como
2ª Secretária eleita no segundo ponto do Período da Ordem do Dia.
Estveram presentes, para almm dos membros da Mesa
Da CDU Paulo Alexandre da Conceiçço Silva, Custódio Luís Quaresma Jesus Carvalho, Maria Júlia
dos Santos Freire, Hernâni José Pereira Peixoto Magalhçes, Nuno Filipe Oliveira Graça, Fernando
Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Ana Luísa Pereira Inácio, Rui Fernando
Valente Algarvio, Maria Joço Evaristo de Oliveira dos Santos e Nuno Filipe Pombo Soares Nunes;
Do PS Samuel Pedro da Silva Cruz, Bruno António Ribeiro Barata, Tomás Baptsta Costa dos
Santos, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Célia Maria Martns Cunha, Jorge Leonel Vaz Freire, Nelson
Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Miguel Santos Brás e Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete e
Marta Sofa Valadas Barço;
Do PSD Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Rui Alexandrino Calçço Mendes, Maria Luisa Marques
da Gama e Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia;
Do BE Vítor Manuel Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Sandra Anabela Alves de Sousa;
Do PAN António Sota Martns;
Do CDS-PP Joço Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Corroios, Fernço Ferro
e da Uniço das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetvamente, Manuel
Ferreira Araújo, Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.
Registaram-se as seguintes substtuições:
No grupo municipal do PAN, André Nunes por António Sota Martns.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estveram presentes os seguintes Vereadores:
Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves, Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho
Tavares, José Carlos Gomes, Eduardo Manuel Rodrigues, Marco Paulo Fernandes, Elizabete
Manuela Adriço, Nuno Moreira e Bruno Vasconcelos em substtuiçço de Manuel Pires.
A Sessço teve início cerca das 20:35 horas e constou de duas reuniões tendo a segunda tdo lugar
pelas 20.00h do dia 3 de abril, no mesmo local, depois de a primeira reuniço ter terminado pela 1
hora do dia 29 de março, nos termos do artgo 18º do Regimento da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora boa noite a todos. Antes de mais em primeiro
lugar cumprimentar o Sr. Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, os senhores
Vereadores e Sras. Vereadoras, cumprimentar os senhores Membros da Assembleia Municipal,
cumprimentar a populaçço que está connosco nesta sessço extraordinária da Assembleia

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Ata nº 3/2018
2ª Sessão Extraordinária – 28 de março de 2018

Municipal, cumprimentar os trabalhadores da Câmara e da Assembleia Municipal, portanto a


equipa que nos apoia, e vamos dar início à sessço da Assembleia Municipal começando, em
termos de ordem de trabalhos, pelo primeiro ponto que é a intervençço da populaçço; cada
intervençço tem um limite de 5 minutos, como está defnido no regimento da Assembleia
Municipal. Abro aqui um parenteses para pedir ao membro, neste caso uma senhora, da
Assembleia Municipal, Sara Lopes, que nos tem apoiado na mesa da Assembleia Municipal, que
naturalmente o contnuasse a fazer, fcando assim a mesa preenchida; e sendo assim damos a
palavra em primeiro lugar à senhora Maria Salpico Botelho em referência a um processo de
contraordenaçço; se faz favor, tem a palavra, fala aqui do microfone que temos aqui do lado
esquerdo se faz favor.”

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


I.1. Maria Salpico disse “O meu nome é Maria Salpico, tenho 72 anos, sou viúva, moro em Vale de
Milhaços numa casa que estou a pagar ao banco; eu estou a dar estas explicações porque num
processo de que fui alvo, um processo de contraordenaçço por parte da Câmara, fazem diversas
perguntas incluindo da minha parte a situaçço de casa e de pagamentos e de tudo isso; eu recebi
um processo de contraordenaçço de que fui alvo em outubro de 2017, vim cá logo para fazer a
minha alegaçço, apresentar a minha defesa, isto porque apareceu na rua ao pé do ecoponto
vários lixos no chço, incluindo um papel com a minha morada e o meu nome, papel esse que eu
depositei, tenho a certeza que depositei, dentro do ecoponto; ele apareceu no chço, nço sei
como, nço sei quem é que o trou, mas eu nço fui, tenho a certeza que nço o pus no chço, nço
pus; eu fz sempre a divisço dos detritos para a reciclagem e pus no ecoponto e sempre pus nos
respetvos ecopontos todo o lixo; portanto nço fui eu que depositei aquele lixo no chço, nço sei
quem foi; eu vim cá fazer a minha defesa, apresentar a minha defesa, apresentei testemunhas que
me veem sempre depositar o lixo no ecoponto, mesmo dentro dos bidons, e a verdade é que
passado este tempo todo, recebo uma notfcaçço para pagamento de uma coima de 326 euros;
que eu acho que nço tenho que pagar porque nço fui eu que pus o papel no chço, porque eu nço
pus lixo nenhum no chço, porque também nço tenho dinheiro para pagar e porque acho que nço
devo pagar aquilo que os outros fazem, os erros dos outros; quem foi nço sei, mas eu nço fui;
tenho 10 dias apenas para fazer este pagamento, mas eu nço posso pagar e também nço posso
pagar a um advogado para me defender desta causa; eu venho apelar para que seja feita justça
porque eu penso que, como eu, deve haver muita gente nesta situaçço porque sei também que
há, e vejo que há muita gente a remexer nos ecopontos e trar o lixo que lhes interessa, como
cartço e outras coisas; tram o que lhes interessa e o que nço lhes interessa vai para o chço;
portanto, certamente que foi isso que aconteceu, digo eu, penso que sim, mas a verdade é que eu
nço depositei o papel no chço; enviaram-me esta coima para pagar sem me consultarem, sem me
dizerem, sem me darem mais justfcaçço nenhuma e apenas com um prazo de 10 dias para o
fazer; penso que nço o devo fazer porque eu nço deposito lixo no chço; atendendo à minha idade,
aos meus problemas de saúde e ao meu civismo, porque eu nço tenho falta de civismo, apelo a
todos para que isto nço vá à frente e para que nço se verifque também com outras pessoas.
Obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Tiago Miguel Seco, sobre segurança
na escola EB1 da Quinta da Cabouca, se faz favor.”

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I.2. Tiago Miguel Seco disse: “Venho aqui hoje à vossa presença como pai preocupado e
consternado com algumas situações que põem em causa a segurança dos meus dois flhos bem
como outras 118 crianças que frequentam a escola EB1, JI da Quinta da Cabouca em Vale de
Milhaços; primeiramente acabo de frisar que sou pai de duas crianças que adotei este ano, uma
de 5 e outra de 9, que frequentam respetvamente a sala do pré-escolar e do 4.º ano da escola já
citada sendo o primeiro ano que frequentam este estabelecimento de ensino; o meu flho mais
novo apresenta um atraso de desenvolvimento global havendo nele limitações quanto à
compreensço de regras e à condiçço de perigo para si e para os outros e, por esta situaçço,
apresenta ainda alguma tendência de fugir do adulto sem que se aperceba do perigo que isso
possa apresentar para si; tendo isto em consideraçço, espero que compreendam a minha
preocupaçço e a necessidade de recorrer à vossa presença para abordar os assuntos que passarei
a evidenciar; em primeiro lugar irei referir-me ao estado das caleiras de escoamento de água que
circunda o páto exterior e que se apresentam em mau estado de conservaçço tornando-se um
risco de segurança fsica das crianças; as caleiras encontram-se quebradas e com buracos em
vários pontos havendo a necessidade de estarem tapadas com caixotes do lixo invertdos para
evitar e limitar o acesso das crianças que brincam no páto exterior; esta situaçço já foi reportada
em outubro de 2017 pela coordenaçço da escola com recurso a suporte fotográfco sem que até à
data tenha havido resoluçço por parte da Câmara. Em segundo lugar desde o início do ano que se
verifca uma infestaçço de lagartas do pinheiro nas árvores de maiores dimensões junto ao espaço
exterior, estando assim as 120 crianças limitadas a circularem à volta da escola sem poderem
aceder a este espaço; a infestaçço de lagartas do pinheiro, a processionária do pinheiro, pode,
pela Direçço Geral de Saúde disponível a todos e como deveis saber, causar problemas
dermatológicos graves bem como problemas ofalmológicos e respiratórios; esta situaçço torna-se
especialmente grave em contexto escolar dado à populaçço que aí se encontra sendo por isso
considerado pela Direçço Geral de Saúde um problema de saúde pública e a necessitar de
mediadas de intervençço urgentes para solucionar o problema bem como medidas de prevençço
para que se evite repetr a situaçço; novamente esta situaçço já foi reportada à Câmara em
fevereiro deste ano via e-mail pela coordenaçço da escola sem que, mais uma vez, tenha sido
dada alguma resposta; em terceiro lugar, e para mim o ponto mais importante e que requer a
vossa total atençço e compreensço, e que a meu ver bem como de outros encarregados de
educaçço, de toda a comunidade educatva, necessita de uma intervençço urgente, com isto
pretendendo referir mais situações de segurança, melhor, de insegurança que se verifca com o
portço da escola; este é um portço de ferro de duas portas, já velho, já com sinais de degradaçço;
oscilante e com difculdade em encerrar; encontram-se assim em más condições de conservaçço,
na sequência deste facto, tem-se verifcado já há alguns anos que o portço se encontra
regularmente aberto; ora esta situaçço implica riscos graves para a segurança das nossas crianças
e nomeadamente dos meus flhos; como já referi, o meu flho mais novo nço tem noçço do perigo
e já foi encontrado mais do que uma vez fora do portço da escola por este estar mal fechado;
felizmente nço houve consequências graves deste facto, mas coloquem-se na minha posiçço e
consideram o grau de ansiedade que esta situaçço provoca em mim e na minha esposa, mas
também nos docentes e funcionários da escola e do ATL, para além do risco que isto representa
para a segurança das crianças; tal como o meu flho, outras podem fugir do recinto da escola;
apresenta também um risco elevado de pessoas estranhas no recinto, podendo estas terem
intenções maldosas com as crianças, funcionários ou mesmo com as instalações da escola;
qualquer uma destas situações poderço acarretar situações danosas e gravíssimas para as
crianças, para as famílias e para a comunidade escolar e municipal. Por todos estes motvos é

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urgente, prioritário e fundamental encontrar uma soluçço rápida para esta situaçço como, por
exemplo, um portço novo com uma porta única ou com uma mola que feche automatcamente
que, para mim, parece-me a situaçço mais viável; acrescento ainda que esta situaçço já foi
reportada pela coordenaçço da escola e pelo ATL e em todas as visitas dos responsáveis da
Câmara, bem como por escrito sendo o últmo ofcio de novembro de 2017 sem que, atá à data,
tenha havido resoluçço do problema; enquanto pai, pergunto quem é que se responsabilizará
pelas consequências destas situações, nomeadamente o desaparecimento ou rapto de uma
criança por um portço aberto, pelos danos na saúde das crianças por uma limpeza e manutençço
dos espaços exteriores, por danos que podem pôr em causa a saúde fsica e ter consequências a
longo prazo no desenvolvimento das crianças, por um acidente causado devido a buracos no chço
que, se nço estvessem tapados e, repito, com caixotes do lixo invertdos, já teriam decerto
acontecido; enquanto cidadço, munícipe e pai de duas crianças que felizmente tveram a
oportunidade de mudar de ambiente escolar e de vida, peço-vos que tomem uma posiçço em
relaçço às situações que expus e que nos ajudem a tornar o ambiente escolar mais seguro;
qualquer pessoa aqui presente e que seja pai ou mçe quer e necessita categoricamente de saber
que os seus flhos estço seguros durante o período que passam na escola, já que todos temos
funções laborais para desempenhar e nço podemos proteger os nossos flhos durante 24 horas; é
preciso tomar medidas que protejam as nossas crianças e que promovam o seu desenvolvimento
seguro. Grato pela atençço que me dispensaram nesta exposiçço e aguardo uma posiçço perante
as situações que aqui apresentei. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra a comissço de utentes de
transportes do Seixal e para intervir António Freitas se faz favor.”
I.3. António Freitas disse: “Convocados, todos os utentes dos transportes fuviais a incorporar esta
comissço em outubro de 2017 imediatamente e com toda a rapidez realizaram-se duas reuniões
preparatórias, defniu-se como principal linha de açço fazer chegar os protestos de indignaçço dos
utentes a todas as entdades responsáveis ou com ligações diretas ou indiretas com o rio que nos
une; assim, e no dia seguinte à reuniço do dia 25 de outubro, iniciou-se um processo de recolha de
assinaturas para uma petçço a entregar na Assembleia da República; para tal utlizamos o vulgar
facebook para divulgar as anomalias e as ações que fomos tomando e, ao contrário do que se
possa referir, esta comissço ganhou vida própria e uma dinâmica cujos responsáveis sço os
próprios utentes que nos fazem chegar as suas próprias preocupações e que nos apoiam nesta
espinhosa missço. Assim, um pequeno resumo da nossa linha de trabalho: em 9 de novembro
reunimos com o vereador aqui da Câmara Municipal Eng.º Jorge Gonçalves; em 10 de novembro
reunimos com a comissço de trabalhadores da Transtejo, discutmos também entre nós os novos
eixos de açço e ponto de situaçço da recolha de assinaturas para a petçço que decorria;
apresentámos nesta Assembleia, a 14 de novembro, os problemas dos utentes dos transportes
fuviais vindo desta Assembleia a tomada de posiçço n.º 07/XII/2017, a 15 de novembro reunimos
com os membros do conselho de administraçço da Transtejo; posteriormente reunimos com o
Presidente da Uniço de Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires; ainda em novembro
reunimos com a comissço de utentes do Cais do Seixalinho, Montjo, que também se revê nesta
causa e se juntou nesta caminhada de açço e protesto recolhendo também assinaturas na carreira
fuvial do Montjo e Cais do Sodré; em 15 de dezembro realizámos uma açço conjunta da comissço
de utentes do Seixal e do Montjo, no Cais do Sodré, com entrega de prendas de Natal à Transtejo,
barquinhos de papel exatamente iguais àqueles que nós usamos tço fáveis que se derretem na
água, em 19 de janeiro conseguimos reunir com o vereador dos transportes da Câmara de Lisboa,

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no fnal de janeiro tnhamos mais de 4 mil assinaturas, foram 3 meses de busca e de procura de
todos aqueles que assinaram esta petçço, isto só demonstra que em 3 meses houve uma clara
insatsfaçço com toda a situaçço que os utentes tnham atngido; a 8 de fevereiro entregámos esta
petçço na Assembleia da República e solicitámos uma reuniço a todos os grupos parlamentares
inclusive ao Sr. Deputado do Partdo do PAN, o deputado é sozinho portanto nço tem um grupo
tvemos que fazer a entrega diretamente a ele; a 22 de fevereiro fomos recebidos pelo grupo
parlamentar do PCP e também do grupo parlamentar do BE; fomos informados, nesta mesma
data, que a petçço tnha sido admitda e que se encontrava na comissço de economia inovaçço e
obras públicas, para efeitos de apreciaçço e pareceres nos termos regimentais; reunimos no dia 7
de março com a comissço de trabalhadores também da SOFLUSA; no dia 8 de março fomos
ouvidos por esta comissço de economia, inovaçço e obras públicas na Assembleia na República, no
âmbito desta petçço entregue no dia 14 de março; realizamos, Seixal e o Montjo, uma iniciatva
conjunta denominada “navegar é preciso”, consistu numa marcha organizada do Cais do Sodré ao
ministério das Finanças para entregar uma carta aberta ao Sr. Ministro, fomos recebidos pelos
assessores do Secretário-estado adjunto e das fnanças; no passado dia 26, fomos recebidos pela
AML. Exmos. Senhores o nosso trabalho nço está concluído, faltando-nos ainda contatos e
diligências com algumas autoridades, em partcular com a autoridade de mobilidade e transporte
e a tutela, a saber, o Ministro de Planeamento e Infraestruturas; este tormento de falta de barcos
para chegar a lisboa dura há 6 anos, desde 2011, com a chegada da troika; agudizou-se a partr dos
meados de 2016 e achamos que o Governo nço pode adiar mais esta situaçço. As embarcações
têm um tempo médio de vida e todos sabemos quando cuidamos bem os nossos bens eles duram
um pouco mais do que aquilo que nós prevemos, mas quando sço tço mal tratados, quando nço
há manutençço, nço é possível contar com eles, as avarias sço constantes e as falhas de serviço
nço garantem o mínimo do serviço público. A comissço de utentes solicita mais uma vez a esta
Assembleia o vosso apoio para que connosco façamos ouvir de uma forma bem alta as nossas
preocupações a todas as entdades que têm responsabilidades na resoluçço deste problema, o
grupo Transtejo, Ministério das Finanças e respetvo ministro da tutela e de mais intervenientes da
navegabilidade do rio Tejo para serem céleres e rápidos na decisço sobre a renovaçço da frota tço
prometda, anunciada e propagandeada. Esta comissço de utentes apela, nesta fase, em que se
caminha para uma tomada de posiçço para a resoluçço deste problema que enfrentamos, o apoio
de todas as entdades para chegar a bom porto a soluçço deste problema. Deixo dois pedidos
adicionais, um que tem a ver com a nossa difculdade de comunicaçço, nço temos meios, nço
temos infraestrutura, toda e qualquer divulgaçço que seja possível ser feita dentro do Boletm
Municipal agradecemos a sua divulgaçço; a outra tem a ver com parque de estacionamento; nós
sabemos que nço é uma responsabilidade da Câmara, mas gostaríamos que houvesse as máximas
diligências possíveis para resolvermos de vez aquele problema daquele parque, juntamente com a
Transtejo, com a Câmara; gostávamos que chegasse a bom porto este problema; enfm os utentes
precisam da decisço dos seus problemas, precisam da decisço dos seus problemas já, e queremos
barcos já, nço daqui a um ano. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra José Craveiro e tem a ver com
questões de trânsito em Fernço Ferro, se faz favor.”
I.4. Josm Craveiro disse: “Sr. Presidente na Assembleia no passado dia 15 do 12, apresentei uma
proposta para alteraçço do trânsito em Fernço Ferro e já passaram três meses e ainda nço recebi
qualquer resposta do executvo da Câmara ao documento apresentado; nço sei se foi arquivada se
está a ser estudada ou se teve outro caminho; uma coisa eu sei, até ao momento nço recebi

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qualquer informaçço sobre os assuntos expostos; tve conhecimento que uma das questões
colocadas está a ser encaminhada por ter sido objeto posteriormente de uma moçço por parte do
PS e de uma petçço pública; na altura fui informado pelo Sr. Presidente da Câmara que nço fazia
parte do Plano e Orçamento mas que iriam verifcar a possibilidade de integrarem essa obra de
acordo com as verbas disponíveis, depois de contatarem a GNR para confrmarem o número e a
gravidade dos acidentes e da necessidade ou nço da construçço da rotunda; e quanto as
alterações de trânsito na freguesia que faz parte da primeira parte da proposta, nço sei se me
poderá adiantar alguma informaçço; eu anexei ao meu pedido de intervençço a minha
intervençço do dia 15 do 12 para o Sr. Presidente ter a possibilidade de me informar; esta situaçço
faz-me lembrar um pouco aquilo que acontece quando envio e-mails para a Junta de Freguesia de
Fernço Ferro, fco sentado à espera que me respondam, o últmo tenho a impressço que ainda nço
tnha cabelos brancos e, desculpem a ironia, o Presidente da Junta está aqui desculpe a ironia e
espero que nço me leve a mal, Sr. Presidente, gostaria de publicamente congratular-me com o
facto de se verifcar nos últmos meses o melhoramento da limpeza da freguesia de Fernço Ferro
no que respeita à recolha do lixo e na limpeza propriamente dita, a Câmara Municipal do Seixal
tem feito ultmamente um esforço adicional considerável na recolha e na limpeza urbana para
minimizar o lixo e as lixeiras na Freguesia; falta fazer a segunda parte para completar o ciclo, ou
seja, falta fazer a educaçço ambiental falar, olhos nos olhos, com os fregueses, nas casas deles
ganhá-los para a soluçço do problema e penalizar severamente os infratores, é preciso chamar os
bois pelos nomes; existe na Freguesia uma percentagem signifcatva de fregueses que por falta de
educaçço, por falta de instruçço, por desprezo pelos outros, por maldade, por serem
genuinamente porcos nço sabem viver em sociedade deveriam de viver em lixeiras as suas
vivências confundem-se com o mundo das minhocas, mas ao contrário enquanto estas
transformam o lixo em matéria orgânica, esses seres transformam a matéria orgânica em lixo e
fazem-no proliferar pela freguesia dando origem às lixeiras de céu aberto temos que acabar com
esta pouca vergonha; na anterior legislatura fz uma proposta na Assembleia Freguesia e na
Assembleia Municipal, tentando envolver todos os membros eleitos na freguesia no sentdo da
resoluçço do problema, mas como é habitual todas as ideias externas caem em saco roto; e
porquê? Por nço terem saído daquelas cabecinhas eleitas; é altura da humildade vencer a
intolerância e retomarem a minha proposta e outras que possam aparecer para resolver o
principal problema da freguesia, o lixo; se a câmara puder ajudar será bem-vinda. Sr. Presidente e
senhores Eleitos, tve conhecimento que a Câmara Municipal do Seixal pretende retrar à Junta de
Freguesia de Fernço Ferro competências e respetvas verbas associadas; considerando que a Junta
assumiu compromissos laborais com trabalhadores precários prestadores de serviço antes de
saber se dispunha de verbas para o efeito assumindo como certas essas competências e verbas,
proponho a ponderaçço desta decisço desde que a junta se comprometa a respeitar com honra os
compromissos assumidos ou em alternatva absorver esses trabalhadores precários e do quadro
nas tarefas que passam a ser da Câmara, porque é indiferente que as tarefas sejam prestadas por
qualquer entdade desde que as façam com critério, com efciência e a menos custos, respeitando
postos de trabalho existentes. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Rui Sado sobre as juntas de freguesia
e outros; bom, e eu pedia ao Sr. Presidente António Santos que apoiasse na intervençço do Rui
Sado se faz favor.”
I.5. António Santos, em nome de Rui Sado disse: “Boa noite para todos e para todas, diz o Rui
Sado: Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal e Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal,

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eleitos da Assembleia Municipal, senhores Vereadores e Populaçço em geral. Pois é, cá estou eu


de novo a partcipar nesta assembleia porque o que vi em Lisboa no dia 16 de Março e as notcias
que tenho ouvido e aquelas que leio nço me têm agradado como cidadço de corpo inteiro nesta
sociedade portuguesa; primeiro gostava de saber ao certo se vai ser a restauraçço das freguesias;
nem eu, nem a maior parte da populaçço sabe como vai ser, nço é depois do decreto-lei aprovado
por certos senhores que se dizem ser a favor da democracia e dos trabalhadores que na hora certa
têm o voto ao contrário; já parece aquela cena de teatro que diz ao trinta um qual é tua mço
direita, a minha mço direita é a do lado do coraçço; como se vê na Assembleia da República,
quando o PCP apresentou uma proposta de legislaçço de trabalho e o PS votou com o PSD e com o
CDS-PP; segundo, como funcionário da Administraçço Local estve presente com os meus colegas a
exigir o que temos direito, descongelamento das carreiras e aumento justo dos salários; pelo meu
espanto apanhámos com a polícia de choque; terceiro, ontem de novo por minha surpresa ou nço,
porque gato escaldado de água fria tem medo, quando estava a ouvir o telejornal ouvi o Sr.
Primeiro-ministro dizer, se o atual Presidente da República se candidatar-se num 2.º mandato, o
PS vai apoiar; quarto, como nasci no meio da Cultura estou sempre interessado por ela e na últma
assembleia muitos deputados nço congratularam a Câmara Municipal do Seixal por ter recebido o
prémio da SPA; mas esquecem-se que a Cultura neste Concelho é todo o ano promovido pela
Câmara Municipal do Seixal e com os seus parceiros culturais do concelho posso dizer com muita
honra e vaidade que desde o dia 14 de junho de 2013 faço parte dos Toca a Rufar e esta orquestra
por ano tem 100 atuações trando as bandas e ranchos folclóricos que levam a cultura musical,
teatral e tradicional do Seixal aos quatro cantos de Portugal e além-fronteiras; como cidadço
nacional e munícipe do concelho do Seixal só exijo ao PS que clarifque a sua polítca no nosso
Município e no nosso País, disse Rui Sado Duarte.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Jacinto Sado, sobre a atribuiçço do
prémio para a melhor programaçço cultural autárquica 2017, se faz favor.”
I.6. Jacinto Sado disse: “A minha presença aqui hoje prende-se com o facto de recentemente, a
semana passada, a Câmara Municipal do Seixal ter sido distnguida com o prémio da melhor
programaçço cultural autárquica de 2017 pela sociedade Portuguesa de Autores. Antes de mais,
enquanto munícipe e um produto da cultura desta terra, nço posso de deixar de felicitar a Câmara
Municipal do Seixal na pessoa do Sr. Vereador da Cultura e, naturalmente, a divisço de cultura da
nossa Câmara Municipal. É para nós, agentes culturais deste município, um orgulho poder contar
com uma câmara que apoia e tem apoiado desde sempre, desde que há um conjunto eleito
democratcamente nesta terra, que apoia, como disse, a atvidade cultural vendo-a de várias
formas nomeadamente através do movimento associatvo que é uma aposta fortssima da nossa
Câmara Municipal. Gostava de dar nota também da importância do prémio da SPA que nço é só
mais um prémio, é um prémio atribuído pela única e exclusiva sociedade ou associaçço de agentes
culturais que existe no nosso País; portanto, todos os que fazem cultura, aqueles que vivem da
cultura, dependem da SPA porque daí recebem os benefcios do seu trabalho intelectual; estamos
a falar daquela, nço só a única, mas a mais importante insttuiçço Cultural do nosso País, portanto
a atribuiçço nço é de um prémio qualquer; gostava de dar também uma segunda nota e dizer que
a Câmara Municipal do Seixal tem vindo a promover junto dos agentes locais uma forte polítca
cultural, junto das coletvidades, dos grupos de teatro, dos grupos de animaçço de rua, dos
músicos, do teatro, de todos aqueles que fazem da cultura uma forma de vida e um meio de
sustento; nço nos podemos esquecer nunca que a Cultura nunca é nem será um gasto ou uma
despesa dentro daquilo que é o orçamento de uma, nesta caso de uma Câmara Municipal, ou

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mesmo do nosso País; o investmento que se faz na área cultural é fundamental para todos nós, na
aprendizagem que fazemos sobre aquilo que é uma sociedade justa, uma sociedade igualitária e,
acima de tudo, ensina aquilo que é vivermos iguais no mundo. Portanto, termino, e como o Sr.
Presidente da Assembleia disse que o tempo era de 5 minutos para cada um, termino como
comecei, a dar os parabéns à Câmara Municipal do Seixal e a apelar a esta Assembleia que faça um
voto de parabéns, como disse ainda há pouco, à programaçço que foi desenvolvida; e dizer
também uma últma nota, naturalmente que é motvo de muito orgulho quando ouvimos na
atribuiçço do prémio o Sr. Presidente da Câmara a partlhar a atribuiçço do prémio com todos
aqueles que fazem a cultura no nosso concelho; muito obrigado Sr. Presidente, muito obrigado Sr.
Vereador da Cultura por tudo aquilo que têm feito pela cultura dentro do nosso concelho porque
aquilo que se faz no nosso concelho é de facto uma marca identtária e deveria servir de exemplo
para aquilo que se deveria fazer no nosso País, e nço é feito, por todos os governos do poder
central. Portanto muitos parabéns e muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Teresa Santos se faz favor tem a ver
com o ponto 7 do Período da Ordem do Dia, se faz favor.”
I.7. Teresa Santos disse: “Boa noite, o meu nome é Teresa Santos e estou aqui em representaçço
dos trabalhadores da Junta de Freguesia de Fernço Ferro. Gostaria que a Câmara Municipal me
respondesse sobre o ponto 7: queria saber qual vai ser a situaçço dos funcionários da Junta de
Freguesia de Fernço Ferro, nomeadamente da área da jardinagem, e o que é que vai acontecer – e
também gostaria que me respondessem – também aos funcionários que estço de baixa de longa
duraçço; o que é que lhes vai acontecer? É só isso, boa noite e obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Terminaram as intervenções da populaçço dou a
palavra ao Sr. Presidente da Câmara Se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “E para responder às questões colocadas pela
populaçço, que também agradecemos, naturalmente, as questões postas, pedia a intervençço do
Sr. Vereador Joaquim Tavares e da Sra. Vereadora Manuela Calado e do Sr. Vereador Jorge
Gonçalves, por esta ordem, por favor, para as várias matérias colocadas no âmbito das vossas
competências, em termos dos pelouros que dirigem, para que depois também possa dar uma
últma palavra sobre umas outras áreas que sço da minha responsabilidade; Sr. Vereador Joaquim
Tavares tem a palavra.”
O Vereador Joaquim Tavares disse: “Ia-me referir essencialmente às questões colocadas pelo Sr.
Craveiro que têm a ver com dois aspetos que evidenciou, designadamente um pedido de
esclarecimento relatvamente à proposta que fez sobre alterações do trânsito em Fernço Ferro e
dar nota que essa proposta foi considerada, naturalmente, e o que foi visto com os serviços foi
avaliarem quais eram as questões que lhe estavam subjacentes, o que é implicava a sua
implementaçço e que outras medidas eram necessários, complementarmente, para podermos
levar por diante essa sua proposta; nço quer dizer que assim o façamos porque, naturalmente, é
preciso também depois, se entendermos que essa soluçço é viável e que implicaria melhorias,
como o senhor aqui referiu, na qualidade de vida da populaçço, teríamos depois também de
discutr com o resto da populaçço se realmente haveria o mesmo entendimento para podermos
implementar; e portanto nço é uma situaçço que esteja esquecida, é uma situaçço que está a
tramitar em avaliaçço técnica.
------------------------------------------------------------------------------------------Em relaçço às questões da
educaçço ambiental, à penalizaçço de infratores na área ambiental, nós temos vindo a

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desenvolver várias ações, nço tantas quanto seriam desejadas, pensamos que todas as soluções
têm várias componentes e essa soluçço da limpeza também a tem; da parte da Câmara temos
reforçado a nossa intervençço, temos tentado colmatar aspetos que estavam menos bem
resolvidos e temos também desenvolvido ações do Fórum Seixal, no âmbito do Seixal mais limpo,
realizámos também uma açço dessas em Fernço Ferro, insufcientes sem dúvida; este ano
estamos a retomar esse tema e a desenvolver novas ações paralelamente com a nossa fscalizaçço
municipal; temos feito algumas ações junto dos infratores e nço sço também fáceis de apanhar,
mas tem-se encontrado alguns e têm sido penalizados por essas infrações sendo que o papel da
Câmara e aquilo de que gostaríamos era que nço tvéssemos que fazer esse trabalho; queríamos
que cada um pudesse dar o seu contributo para que todos, conjuntamente, pudéssemos ter o
maior desempenho ambiental; é isso que desejamos, é por isso que também trabalhamos. Disse,
Sr. Presidente.” -------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A Vereadora Manuela Calado disse: “Em resposta às questões que aqui foram levantadas pelo
encarregado de educaçço da EB1 da Quinta da Cabouca, queria-lhe dizer que estes três pontos
aqui referidos foram sinalizados; dizer-lhe e também sossegá-lo, que estço previstas intervenções
nesta escola; que, se forem pequenas intervenções, estço previstas para a pausa letva agora da
Páscoa; as grandes intervenções serço feitas na pausa letva de verço; mas também dizer-lhe que
nesta escola já foram feitas intervenções, nomeadamente a substtuiçço de portas,
sombreamento dos logradouros, estores e também ali na zona de sujos, a alteraçço do vinílico;
foram algumas alterações, estas que aqui referiu estço referenciadas, mas como também calcula
sço obras que levam muito tempo e, portanto, só podem ser feitas em época de pausa letva em
que haja o maior tempo possível; no que diz respeito à lagarta do pinheiro, é prátca desta
Câmara, assim que seja notfcada e que sejam referenciadas os serviços atuam de imediato;
provavelmente ainda nço o fzeram até agora também por questões climatéricas, mas tenho a
certeza absoluta que a Divisço irá atuar na conformidade no que diz respeito a esta questço.
Portanto às restantes questões aqui apontadas vamos dar contnuidade ao processo para que nas
pausas letvas elas sejam colmatadas e desejar que aquela escola possa contnuar a ser também
uma escola em que os meninos estejam em segurança, assim como todo o pessoal, quer docente
quer auxiliares de açço educatva, que também tenham o melhor conforto possível. É isto que me
apraz dizer, Sr. Presidente.” ---------------------------------------------------------------------------------------------
O Vereador Jorge Gonçalves disse: “Queria em primeiro lugar saudar a vinda do representante da
comissço de utentes dos transportes e por essa via toda a açço que a comissço de utentes tem
desenvolvido tal e qual como foi referido. Temos acompanhado desde o primeiro momento quer
os problemas que já estavam identfcados há cerca de dois anos quer aquilo que tem sido a açço
por parte da comissço de utentes e junto da Transtejo nço só porque o transporte fuvial é um
transporte que desempenha um papel estratégico, quer na mobilidade da regiço como tem uma
importância muito grande para o nosso concelho, a verdade é que o que houve durante vários
anos foi um desinvestmento estrutural da Transtejo que se traduziu numa degradaçço do serviço
público e em falhas concretas nos horários, nas ligações que nço foram feitas por claro
desinvestmento, durante vários anos quer na manutençço quer na renovaçço da frota. Esta
questço foi colocada pela primeira vez com os primeiros sinais de degradaçço, ainda no fnal do
ano de 2016, na altura apenas como um sinal do que vinha a acontecer, tendo em conta o fm de
vida das várias embarcações e a necessidade de manutençço do conjunto delas que fez com que,
durante vários meses, a Transtejo tvesse funcionado, podemos chamar assim, com serviços
mínimos, ou seja, com as embarcações mínimas para prestaçço de serviço o que fez com que se

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uma dessas embarcações falhasse, falhavam as ligações e falhava a prestaçço do serviço público.
Daí que desde o ano passado há um compromisso e um investmento claro no plano de
manutençço que, de acordo com o balanço feito com a administraçço da Transtejo, foi apenas
parcialmente alcançado com uma necessidade de um plano de manutençço pratcamente de
todas as embarcações de forma a repor a normalidade do serviço atualmente prestado; mas a
verdade é que é necessário mais do que isso, é necessário um plano de renovaçço da frota que
acautele o futuro do ponto de vista da prestaçço de serviço púbico que temos hoje, mas acautele
o futuro no sentdo daquilo que defendemos, que é um reforço do serviço público que é prestado
às populações mesmo hoje, garantndo todos os horários que nço está a acontecer, garantndo
todas as frequências; o que nós temos é uma má prestaçço de serviço público às populações e o
que é necessário é um reforço com maior frequência com alargamento de horários quer durante a
semana quer durante o fm-de-semana e isso só é possível com um plano de renovaçço da frota
que, necessariamente, demorará tempo mas que é urgente que se ponha de imediato em
andamento.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-Por últmo, uma questço relacionada com o parque de estacionamento, que é uma questço que
nós já pusemos à administraçço da Transtejo, também há mais de um ano. Na altura foi-nos
colocado um constrangimento relacionado com o contrato de concessço, nesta últma reuniço
que houve com o Sr. Presidente, comigo com o Vereador Joaquim Tavares que tem também as
questões do estacionamento já foi apresentado alguma abertura por parte da Transtejo para
encontrar uma soluçço de nova gestço do parque que permita nço só que sirva a populaçço que
se garanta do ponto de vista da utlizaçço que se maximize a utlizaçço de um parque de
estacionamento que está muito subaproveitado e naturalmente que isso traduza uma diminuiçço
no estacionamento indevido depois na envolvência do parque com degradaçço de infraestruturas
e etc. por isso julgamos que haverá notcias em relaçço a esta matéria e valorizamos naturalmente
esta abertura, por últmo, quer em relaçço à comissço de utentes quer em relaçço à populaçço e
aos utentes da Transtejo dizer que por um lado a Câmara Municipal do Seixal em devido tempo
tomou posiçço em relaçço a esta matéria e reuniu com as entdades respetvas quer com a
administraçço da Transtejo quer com o Secretário de Estado do Ambiente que tem a tutela dos
transportes quer com o próprio Ministro do Ambiente de forma a acautelar as questões a verdade
é que o plano falhou e é o Governo tem que assumir isso mas que é necessário investmento e é
um investmento concreto que nço pode estar preso por catvações nem por qualquer mecanismo
fnanceiros de forma a resolver os problemas concretos que estço colocados mas a Câmara tomou
essa posiçço em devido tempo artculou aquilo que foi possível do ponto de vista da discussço na
Assembleia da República devido à petçço que foi entregue pela comissço de utentes assume o
papel da Assembleia da Repúblico daquilo que é transporte fuvial e que se aprofunde também a
prestaçço deste serviço público.-----------------------------------------------------------------------------------
Uma segunda nota em relaçço à rotunda da PAVIL julgo já ter sido prestado este esclarecimento
mas tendo em conta que foi colocado também por um munícipe a dizer que estço em
desenvolvimento desde o fnal do ano passado os projetos referentes a esta rotunda e por isso
haverá com o seu desenvolvimento e com a sua consignaçço necessariamente começar o
pagamento do enquadramento da obra, e em terceiro lugar em relaçço ao prémio para melhor
programaçço autárquica do ponto de vista desta Assembleia Municipal inclusive uma moçço sobre
esta matéria, a Câmara também já teve uma tomada de posiçço na passada reuniço de Câmara o
que naturalmente valorizamos o reconhecimento nço só de uma entdade como é a SPA do
reconhecimento e passo a citar da qualidade dos eventos da diversidade dos públicos e da
excelência dos trabalhos desenvolvidos da programaçço cultural autárquica do município, e este

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reconhecimento para nós é sempre um estmulo para contnuarmos a trabalhar mais e para
contnuarmos a trabalhar melhor mas é um estmulo para contnuarmos aquilo que consideramos
ser um eixo central da nossa polítca autárquica que é o trabalho em parceria com o nosso
movimento associatvo e cultural com os agentes culturais que permite atngir nço só este papel
referenciado do ponto de vista do projeto cultural autárquico como também chegar a patamares
superiores, por isso está o município de parabéns está o movimento associatvo cultural e está a
populaçço do concelho. Disse, senhor Presidente.”---------------------------------------------------------------
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado aos senhores Vereadores. Bom, mais umas
notas sobre as questões que foram colocadas; a primeira sobre o processo de contraordenaçço;
de facto o município desenvolveu desde há pelo menos desde 2014 uma campanha “Seixal limpo”
direcionadas a todas as freguesias, começamos primeiramente em Fernço Ferro onde, para além
de uma campanha de sensibilizaçço forte, desenvolvemos também uma açço de fscalizaçço forte
associada a um incremento de meios; felizmente que hoje a situaçço é completamente diferente
daquilo que assistmos há anos; apesar da melhoria verifcada ainda existem muitos munícipes que
nço se dignam colocar por exemplo as embalagens nos ecopontos, quem diz as embalagens diz as
caixas de cartço, nço se querem incomodar em dobrá-las e coloca-las dentro do recipiente
adequado e deixam-nas ao lado dos ecopontos; ou até os comerciantes que deixam sacos cheios
de garrafas junto do vidrço e nem sequer se dignam a colocá-las lá dentro; como deve imaginar se
todos nós fzermos isto, nço estamos a contribuir para um concelho ambientalmente sustentável e
limpo, por isso a Câmara Municipal tem necessidade de se socorrer de medidas um pouco menos,
podemos dizer assim, menos simpátcas no sentdo de prevenir más prátcas; e claro que, por
vezes, na dimensço que temos no Concelho da aplicaçço deste princípio, e a nossa fscalizaçço
municipal tem essa orientaçço de tentar identfcar todo o lixo que existe fora dos recipientes
adequados, quer falemos de contentores de solos urbanos, quer falemos de ecopontos, ou mesmo
de resíduos espalhados um pouco nos espaços verdes e noutros locais do município, e claro está o
princípio será de, identfcada essa pessoa ou essa entdade, o município desenvolve um processo
de contraordenaçço que vai originar, no fnal, a aplicaçço de uma multa; pois bem, a munícipe
colocou-nos aqui que nço foi ela que o fez, mas a verdade é que um documento com a sua
identfcaçço surgiu fora do equipamento adequado; é uma questço que vamos analisar
internamente, responderemos à Sra. Maria Botelho; mas no entanto gostava de dizer que tem
sido essa a prátca do município de ter tolerância zero com todos aqueles que desenvolvem,
digamos assim, esse tpo de más prátcas e que nço respeite o ambiente e nço respeitando os
outros; apesar da melhoria, vamos contnuar com este caminho.---------------------------------------
Depois, sobre as escolas, ainda dizer – aliás, no Boletm Municipal que saiu hoje está lá patente – o
conjunto de investmentos que estamos a fazer nas escolas que sço responsabilidade do município
num valor superior a 3 milhões de euros; é verdade que este esforço é partlhado também com as
juntas de freguesia porque as chamadas pequenas obras sço desenvolvidas pelas juntas de
freguesia ao abrigo de protocolos das suas competências e também para esta Assembleia
Municipal será deliberado também um reforço fnanceiro e de competências para que as nossas
juntas de freguesia possam complementarmente à Câmara Municipal desenvolver essas
intervenções, o nosso objetvo é o mais cedo possível neste mandato termos todas as nossas 36
escolas do 1º ciclo e jardim de infância com as excelentes condições de funcionamento, é verdade
que ainda temos insufciências estamos a trabalhar de forma muito séria para conseguirmos
qualifcar no mais curto espaço de tempo todas as escolas inclusive esta que o Sr. Munícipe aqui
nos trouxe, também dizer as questões da Transtejo só uma breve ilustraçço daquilo que foi

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transmitdo quer pela comissço de utentes quer pelo Sr. Vereador dos transportes, Vereador Jorge
Gonçalves, ainda há umas semanas a presidente da Transtejo telefonou muito incomodada
pedindo desculpa porque só tnha um barco a operar no Seixal e nço sabia se havendo esse barco
se esse barco avariasse nço tnha forma de fazer essa ligaçço por outra via e aliás até se avançou
com aquela substtuiçço por autocarros em vez de fazer a carreira pela Transtejo, pois bem o que
transmit à Sra. Presidente da Transtejo foi o que já transmitmos ao Sr. Secretário de Estado dos
transportes, foi o que já transmitmos ao Sr. Ministro do Ambiente é que de facto o Governo tem
que dar os meios necessários à Transtejo para repor a operacionalidade da frota da Transtejo
porque na verdade o que se tem assistdo em termos da operacionalidade da frota já atngiu
valores de mais de 70% eu diria que é uma situaçço inadmissível, o que diriam os Sr. eleitos desta
Assembleia se a Câmara Municipal estvesse na sua funçço de frota 70% de imobilizaçço o que nço
teria sido dito pela Assembleia Municipal ou pela Câmara Municipal e por isso eu acho que o que
temos que exigir é que deem meios à Transtejo, porque tem uma administraçço capaz, um corpo
técnico capaz, trabalhadores capazes para poder fazer face às necessidades de transporte da
Transtejo; e por isso esta nossa determinaçço em que o Governo atribua os recursos necessários
para esta empresa; também dizer, o Sr. Vereador também já o referiu, mas eu gostaria também de
enfatzar que acabámos de enviar para a Transtejo uma proposta de protocolo para que a Câmara
Municipal passe a gerir o estacionamento de apoio à estaçço fuvial da Transtejo e se a Transtejo
estver de acordo nós iremos disponibilizá-lo à populaçço de forma gratuita; a mesma proposta
que fzemos à Fertagus e à Infraestruturas de Portugal; mas como as receitas sço partlhadas em
50% entre a Fertagus e a Infraestruturas de Portugal, aí nço houve abertura para que a Câmara
Municipal do Seixal gerisse o espaço de apoio ao estacionamento da Fertagus, Corroios, Foros de
Amora também do Fogueteiro e de Coina; no entanto, isso nço invalida que contnuemos atrás
deste objetvo de ser a Câmara Municipal a gerir os parques de estacionamento e só dessa forma
os parques de estacionamento estarço cheios de carros e nço os espaços públicos envolventes e
foi para isso que os Portugueses pagaram aquele parque de estacionamento, é preciso recordar
que quem fez os parques de estacionamento foi a REFER, paga pelo dinheiro dos contribuintes
Portugueses e que expropriou terrenos; em vez de fcarem abandonados, com um parque de
estacionamentos sem carros, deviam estar ocupados com carros para os quais os portugueses
pagaram os terrenos, e um parque de estacionamento; e por isso a Câmara Municipal vai
contnuar junto das entdades – Governo, Infraestruturas de Portugal e Fertagus – a tentar que
esses parques de estacionamento venham à posse do município, pelo menos a sua gestço; por
isso, dizer também à comissço de utentes que contnuaremos ao vosso lado na luta por melhor
transporte público aqui no nosso Concelho e na regiço; agradecia também ao Sr. José Craveiro
pelas questões que nos trouxe; naturalmente que estamos a trabalhar para lhes dar sequência nço
foi ainda possível; também sobre a questço das juntas de freguesia é preciso dizer que houve
quem, antes das eleições legislatvas, dissesse que iria dar a voz à populaçço e aos órgços
autárquicos para a reposiçço das freguesias extntas, mas a partr do momento em que se
apanhou no poder já remeteu esta questço para depois de 2019, exatamente após as próximas
eleições legislatvas; estamos a falar do atual Governo e da força polítca que o suporta e nessa
perspetva, de facto, aqui também há uma diferença entre aqueles que de facto acreditam e
apoiam as juntas de freguesia e aqueles que nço acreditam e nço apoiam as juntas de freguesia
afastando milhares de cidadços da vida democrátca dos Concelhos. Porque foi isso que aconteceu
com as extnções das freguesias fcando mais distante a açço próxima das nossas juntas de
freguesia e afastámos milhares de cidadços que voluntariamente eram eleitos na assembleia de
freguesia ou no executvo das juntas de freguesia, dando o melhor de si, das suas vidas, em prol da

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nossa populaçço; e o que é que foi feito? Foi afastar, dizemos nós; é inaceitável, é irracional estas
pessoas afastando as juntas de freguesia das populações! E por isso, muito bem, o Sr. Rui Sado
veio aqui dizer-nos que é necessário a retoma das freguesias e também apelar àqueles que foram
eleitos para que tudo façam nesse sentdo. -------------------------------------------------------------------------
Ainda antes de terminar, o prémio da SPA de facto foi uma honra; o Sr. Vereador Jorge Gonçalves
Vereador também da Cultura, já o referiu mas eu gostaria também de deixar aqui um
compromisso, um compromisso junto dos agentes culturais, o compromisso com a populaçço
deste Concelho, no sentdo de dizer que vamos contnuar a investr nesta área, neste sector,
porque acreditamos que a cultura é um fator determinante no desenvolvimento da nossa
sociedade e das nossas populações e por isso temos um conjunto de investmentos e novos
projetos alguns dos quais já foram anunciados, como o parque urbano de Miratejo, com a
qualifcaçço da olaria romana do Brasileiro/Rouxinol, que foi apresentada e discutda em Miratejo
no últmo fm de semana; mas iremos apresentar muitos outros projetos e equipamentos na área
cultural que, de facto, demonstram que o município é reconhecido nço só interna como
externamente. Mas nço nos bastam só os prémios; os prémios sço exatamente para nós
contnuarmos a trabalhar mais e melhor em prol da populaçço.-----------------------------------------------
Por fm, sobre a questço dos espaços verdes das juntas de freguesia, deixar uma nota de
tranquilidade; tranquilidade porque, antes de mais, o município fez uma avaliaçço recente sobre o
modelo de gestço dos espaços verdes na área do território do Concelho e, tal como tnha
acontecido há 4 anos, no início de mandato, quando tnhamos decidido que iríamos prescindir de
empresas privadas a tratar dos espaços verdes do concelho – aliás estavam repartdas pelo
município, nós tnhamos mais ou menos 50% da área sob gestço da Câmara Municipal de forma
direta e outra metade sob gestço de empresas privadas – e da mesma forma como decidimos há 4
anos que o modelo a seguir seria substtuir as empresas privadas partlhando essa
responsabilidade com as juntas de freguesia, agora é nosso entendimento que esse modelo de
gestço deve fcar exclusivamente na Câmara Municipal que é quem tem a competência legal dos
espaços verdes do município; temos cinco modelos de gestço, que é o que temos hoje, um por
cada freguesia e o da Câmara Municipal; nós só queremos ter um modelo de gestço e achamos
que realizado pelos trabalhadores da Câmara Municipal, com os técnicos da Câmara Municipal,
será o que melhor responderá ao interesse das populações; por isso eu gostaria de tranquilizar
todos os trabalhadores, todas as juntas de freguesia que estço preocupados com esta questço
dizendo o seguinte: Se houver acordo do Sr. Presidente e da junta de freguesia, em dois dias esses
trabalhadores estço na Câmara Municipal, através de uma fgura que hoje é muito recorrente na
administraçço pública e na Câmara que se chama mobilidade interna; nós já recebemos 40
trabalhadores provenientes de outras entdades e, em dois dias, havendo acordo, opera-se; se nço
houver acordo de todas as partes é claro que nço se opera, mas havendo acordo opera-se e nós
no município decidimos contratar 32 novos trabalhadores para esta área e estamos disponíveis,
naturalmente, para, em vez de contratar 32, se houver interesse, contratar 22, se 10 entrarem
para a Câmara imediatamente, ou menos, ou mais, consoante aquilo que for o interesse dos
trabalhadores e das juntas de freguesia; como estava a dizer, esta decisço que tomámos nço é
para uma freguesia, é para as 4 freguesias. No prazo de 2 anos, 2018 e 2019, a Câmara Municipal
quer gerir todos os espaços verdes deste município porque entendemos que é isso que melhor
responde ao interesse das populações e essa é a nossa determinaçço.----------------------------------
Sobre os precários, também dizer o seguinte: se houve entdade, se houve alguma entdade que
nço aproveitou a legislaçço que saiu em 29 de dezembro de 2017 – que dava 30 dias para as

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entdades reconhecerem trabalhadores precários e abrirem concursos para os seus quadros – se


existram entdades que nço o fzeram, deviam ter feito; a Câmara Municipal fê-lo; nós
reconhecemos 12 trabalhadores que estavam numa situaçço considerada equivalente a precária,
decidimos na Câmara Municipal, aprovámos na Assembleia Municipal a alteraçço ao Mapa de
Pessoal e, neste momento, estço a decorrer os concursos para essas pessoas; se entdades
públicas nço aproveitaram esta oportunidade, tvessem aproveitado. Obrigado Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, terminámos o Período de Intervençço da
Populaçço e passamos para o Período de Antes da Ordem do Dia.”

II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Temos um conjunto de documentos apresentados
pelos diversos grupos municipais vamos seguir a ordem com que foram entregues e o primeiro é
uma moçço “O passe social intermodal, a Área Metropolitana de Lisboa e o sistema de transportes
públicos de passageiros», é da CDU e subscrita por Hernâni Magalhçes que tem a palavra se faz
favor.
II.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção “O passe social intermodal, a Área
Metropolitana de Lisboa e o sistema de transportes públicos de passageiros», subscrita por
Hernâni Magalhães.
(Documento anexo à Ata com o número 1)
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “ Nço vou ler a moçço porque ela foi distribuída, mas gostaria
de frisar dois ou três aspetos dos considerandos e da parte deliberatva; em Portugal como
resultado da revoluçço de Abril foi criado o passe social intermodal; num primeiro tempo, em
1976, limitado à cidade de Lisboa e depois, a partr de 1977, estendido à sua periferia; foi
seguramente uma das muitas medidas de enorme alcance social que foram tomadas, visando o
bem-estar das populações, só possível pela nacionalizaçço da esmagadora maioria das empresas
de transportes públicos que operavam na área geográfca do que hoje consttui a Área
Metropolitana de Lisboa. O custo dos passes tornou-se, ao longo dos tempos, excessivamente
elevado, traduzindo o seu verdadeiro desvirtuamento com o sistemátco aumento
desproporcional do seu custo face ao salário mínimo nacional. Importa aqui ter presente que o
peso relatvo do preço do passe social intermodal face ao salário mínimo nacional, por exemplo e
no que ao passe L123 concerne, no início da década de 80 representava 8,67% do valor, em 2011
estava já em 11,34% e, em 2016, já passou para 15,7%, refetndo o signifcatvo agravamento do
custo dos transportes públicos, em que o peso do passe L123 do SMN aumentou 60%. A
Assembleia Municipal do Seixal reunida em Sessço Extraordinária no dia 28 de Março de 2018 nas
instalações dos Serviços Centrais da Câmara, delibera:-----------------------------------------------------------
- Reafrmar que a existência de uma rede de transportes públicos devidamente artculada e com
uma oferta adequada em termos de cobertura geográfca, de horários e com custos atratvos é
condiçço essencial de defesa dos direitos dos cidadços no que à mobilidade concerne, seja nas
deslocações casa/trabalho, seja nas deslocações casa/escolas, seja ainda nas deslocações de lazer;
- Que só com uma rede de transportes públicos devidamente artculada e com uma oferta
adequada em termos de cobertura geográfca, de horários e com custos atratvos é que é possível
equacionar a mais que necessária e urgente diminuiçço de utlizaçço dos transportes individuais,

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seja pela carga ambiental e problemas de saúde pública que esta soluçço acarreta para a
Comunidade Metropolitana, logo para o País, seja pela fatura energétca que o País paga;------------
- Manifestar totalmente o seu apoio à existência de um passe social intermodal que cubra toda a
Área Metropolitana de Lisboa, a ser estendido obrigatoriamente a todos os operadores e ligações
por si prestadas, como condiçço necessária e estruturante do funcionamento de uma verdadeira
rede intermodal de Transportes Públicos e fator de atraçço à sua utlizaçço pelas Populações, com
os evidentes ganhos económicos, ambientais e de mobilidade, seja a nível local, seja da Regiço,
seja do País.” ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O documento seguinte que é uma moçço que é em
defesa do transporte fuvial no fator do esforço da Mobilidade Sustentável na Área Metropolitana
de Lisboa, é do partdo Socialista e nço tenho aqui quem apresenta mas bom também vamos fazer
primeiro a apresentaçço e fazemos a apreciaçço em conjunto porque é um conjunto com o
mesmo tema e portanto seguimos desta maneira portanto tem a palavra se faz favor.”----------------
II.2. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Compromisso para a mobilidade».
(Documento anexo à Ata com o número 2)
Tomás Santos, do PS disse: “Sr. Presidente, só dar-lhe a nota de que a moçço que aqui
apresentamos nço é sobre o transporte Fluvial mas sim sobre o Compromisso para a Mobilidade.
(…) Eu entço deixaria a grande maioria dos considerandos para o fnal das intervenções.--------------
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora muito bem; apresentadas as duas moções,
intervenções para discussço? Que é conjunta, como vimos. Intervenções? Nço registamos pedidos
de intervençço; sendo assim dou a palavra aos proponentes, se o desejarem, é claro. Hernâni
Magalhçes.”------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Portanto sobre a moçço que nós apresentamos eu penso que
ela é clara, nço necessitará de mais nenhum elemento adicional; mas sobre a moçço que o Partdo
Socialista apresenta nós só temos uma questço a colocar, que é uma questço que eu chamaria de
essencial: nço há qualquer referência ao pacote fnanceiro associado a esta transferência da
gestço dos transportes para a Área Metropolitana de Lisboa; ora, sem referência a um pacote
fnanceiro que vai permitr de facto a Área Metropolitana de Lisboa gerir os transportes, quer
dizer, nada disto passa a nço ser de uma boa vontade e, portanto, nós nço podemos votar
favoravelmente se nço for aqui considerada qualquer coisa relatvamente à existência de um
pacote fnanceiro que garanta de facto que a autoridade ligada à Área Metropolitana de Lisboa vai
ter poder de gestço sobre os transportes públicos, disse.” -----------------------------------------------------
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Tomás Santos, se o entender, se
faz favor.”---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Tomás Santos, do PS disse: “Bom, eu passaria entço aos considerandos, sobre a moçço
apresentada pela CDU em primeiro lugar e depois também para dar resposta àquilo que foi
mencionado; aquilo que temos a dizer sobre a moçço da CDU é que nós estamos de acordo com o
princípio por trás esta moçço, no entanto achamos que ela é parca na forma que ela aborda o
problema porque a questço é mais abrangente do que apenas o passe intermodal; aliás na cimeira
que existu das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, que é o documento em que nos
baseámos para formular esta moçço, é abordado mais um conjunto de outras questões,
nomeadamente a atribuiçço de maiores competências e maior capacidade de infuência às Áreas

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Metropolitanas, nomeadamente à Área Metropolitana de Lisboa, e às autarquias, na capacidade


para intervir nas empresas públicas e na gestço e direçço do sistema dos transportes; e também a
existência de um fundo, nomeadamente ao passe, nço o passe intermodal que existe hoje mas um
modelo mais abrangente que é o modelo de passe único Metropolitano; respondendo à questço:
como disse, foi discutdo nesta cimeira um documento que foi consensual entre todas as forças
polítcas, nomeadamente a CDU, e como vocês bem sabem, a questço do fnanciamento ainda é
uma questço em discussço; agora, nós sabemos uma coisa que é: tem que existr vontade polítca
e a vontade polítca é o primeiro passo a dar para a verdadeira e efetva concretzaçço de uma
lógica e uma estratégia que parece que nço existe ou pelo menos nço existe enquanto estratégia
de total funcionamento dos serviços, nesta Assembleia, relatvamente a esta moçço da CDU.” ------
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, vamos colocar à votaçço o primeiro
documento a moçço, «Passe social intermodal, a Área Metropolitana de Lisboa e o sistema de
transportes públicos de passageiros, que é da CDU.”-------------------------------------------------------------
Votação do ponto II.1.
Aprovada a Tomada de Posiçço nº18/XII/2018 por maioria e em minuta com:
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do grupo municipal do BE: 3
 Do grupo municipal do PAN: 1
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
 Dezasseis (16) abstenções dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal do PS: 11
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moçço foi aprovada com os votos da
CDU, BE e do PAN e do Sr. Presidente da Junta de Fernço Ferro, e a abstençço do PS, PSD e do
CDS, obrigado. Passamos para o documento dois, a moçço «Compromisso para a Mobilidade», é
do grupo municipal do PS.”----------------------------------------------------------------------------------------------
Votação do ponto II.2.
Aprovada a Tomada de Posiçço nº19/XII/2018 por maioria e em minuta com:
 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal do PS: 11
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do BE: 3
 Do grupo municipal do PAN: 1
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1

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 Dezassete (17) abstenções dos seguintes eleitos:


 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moçço foi aprovada com os votos a
favor do PS, do PSD, do BE, do CDS e do PAN e a abstençço da CDU e do Sr. Presidente de Fernço
Ferro. Declarações de voto? Paulo Silva se faz favor.”-------------------------------------------------------------
Paulo Silva informou que a CDU irá apresentar declaraçço de voto no tempo regimental, mas tal
nço se verifcou.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
II.3. Os Grupos Municipais do PSD e do PS apresentaram em conjunto a moção «Resolução do
estrangulamento rodoviário na Ponte da Fraternidade».
(Documento anexo à Ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte, uma moçço
conjunta do PS e do PSD, subscrita pelos dois grupos municipais; inttula-se «Resoluçço do
estrangulamento rodoviário na Ponte da Fraternidade»; bom, e aqui a questço objetva é: quem é
que vai apresentar? Rui Belchior, tem a palavra se faz favor.” -------------------------------------------------
Rui Belchior, do PSD, leu integralmente o documento anexo à Ata com o número 3.-------------------
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Apresentada a moçço quem quiser
utlizar da palavra faz favor de a solicitar; Joço Rebelo.”---------------------------------------------------------
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Muito rapidamente, oferecer a minha concordância com a
proposta; gostaria só de recordar que o CDS, em Assembleias Municipais passadas, também
apresentou propostas parecidas e foram chumbadas; registo que, desta vez, esta proposta, em
princípio, será aprovada e eu gostaria de destacar isso. Obrigado.” ------------------------------------------
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Presidente Manuel Araújo.”-----
Manuel Araújo, Presidente da Junta de Freguesia de Amora, disse: “Sobre a moçço que está aqui
em discussço da Ponte da Fraternidade, é uma velha discussço, muito debatda na Assembleia de
Freguesia de Amora e também nesta Assembleia e eu, enquanto presidente da Junta de Freguesia
de Amora, nço podia deixar de intervir porque é, de facto, do lado da Amora que mais se faz sentr
este problema; desde logo, a discordância de reconhecer que este é um dos principais eixos
rodoviários de ligaçço entre as freguesias; de facto, está a funcionar como tal, mas nunca
deveremos admitr que este passe a ser um principal eixo rodoviário de ligaçço, porquanto o
principal eixo terá que ser sempre a estrada nacional 10; esta é uma pequena questço sobre a
questço do congestonamento que se verifca ali; eu diria que se, de facto, a ponte servisse apenas
para fazer a ligaçço entre Amora, Arrentela e Seixal, seria sufciente; o problema é que grande
parte do trânsito vem de Almada, vem de Corroios, e infete para dentro da cidade de Amora
porque de facto há problemas na estrada nacional 10; quem vem de Corroios, quem vem de
Almada, quem vem do lado norte, chega à Cruz de Pau, passa muito bem pela passagem
desnivelada, mas chega à rotunda da Cordoaria, a conhecida rotunda da muleta, está o trânsito
parado e há logo um ponto de estrangulamento que é mais abaixo, que é a rotunda das Paivas, do
monumento à industria, da roda dentada, que apenas permite que entre um veículo; quer isto
dizer que todo o trânsito que vira à direita para a Timor Lorosae nço consegue entrar porque o
estrangulamento que está ali dá apenas para passar um carro; bastava que essa curva fosse

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alargada e permitsse que duas viaturas pudessem circular, quem vai para a direita e quem segue
para o Fogueteiro, que diminuiria todo aquele caudal de trânsito que costuma estender-se até à
Cruz de Pau, permitria que quem vai, por exemplo, para a Torre da Marinha pudesse entço usar
só a rotunda do Fogueteiro, evitando a Ponte da Fraternidade. Voltando à Ponte da Fraternidade é
falso que se diga que a ponte teve 4 faixas de rodagem; a ponte nunca teve 4 faixas de rodagem,
experimentem por lá 4 carros a par, o tabuleiro da ponte tem apenas 10 metros considerando as
ciclovias; os 4 carros nunca conseguiriam cruzar-se em simultâneo; imaginem o que é 4 carros a
circular em faixas de 2 metros e meio; portanto, isso é falso, é evidente que as marcações
anteriores, quer dizer, a sinalizaçço horizontal que exista, permita ultrapassagens em cima da
ponte e isso facilitava muito o trânsito; a soluçço que se aponta aqui, a soluçço provisória de criar
uma terceira faixa de rodagem alternatva, à hora de ponta, eu nço sei qual é a hora de ponta, de
que lado à hora de ponta, porque há flas muitas vezes até ao Seixal para ir para o lado da Amora,
e sabemos qual é a tendência dos Portugueses também para circularem na faixa do meio;
portanto estço a ver a disputa que haveria para tentar ultrapassar pela terceira faixa. Mesmo para
construir ali uma terceira faixa teria que se eliminar as ciclovias; o tabuleiro, volto a repetr, tem
apenas 10 metros de largura; de acordo com o regulamento municipal que aqui foi aprovado, as
faixas de rodagem nunca podem ter menos de 3 metros de largura; 3 metros e qualquer coisa nço
posso precisar agora; quer isto dizer que para se construir uma terceira faixa de rodagem teria que
se eliminar a ciclovia; será que queremos as ciclovias pela ponte pedonal? É uma questço que se
poderá colocar. Sobre o alargamento da ponte eu tenho dúvidas e, portanto, aqui é um apelo
pessoal e a opiniço de alguns técnicos que eu conheço; a ponte difcilmente poderá ser alargada
porque o tabuleiro está muito baixo, está totalmente assoreado por baixo; portanto, ao construir-
se, ao alargar-se os tabuleiros, estaríamos a estrangular mais todo aquele caudal que é necessário
estar aberto por baixo da ponte; quer isto dizer que, e isso já deixo à consideraçço da Câmara
Municipal, que uma soluçço para o futuro terá que passar sempre pela construçço de uma nova
ponte. É esta a opiniço que eu tenho; dizer que de facto é de evitarmos que o centro de Amora, a
Av. Marcos de Portugal e a Av. Afonso Costa se transformem num principal eixo de rodagem de
ligaçço, entre os dois lados, ao fm e ao cabo; nesse sentdo dizer que de facto penso que terá que
se estudar tudo até que a ponte terá que ser requalifcada mais tarde ou mais cedo; considerar-se
a construçço de uma nova ponte sim, mas nço as soluções que aqui sço apontadas de construir de
marcar uma terceira faixa ou de até, no futuro, vir a alargá-la. Obrigado Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nço estando ninguém inscrito, a palavra para o Sr.
Presidente da Câmara, se faz favor, peço desculpa, se faz favor Sr. Deputado Rui Belchior.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Responder e fazer uma súmula fnal; inevitavelmente responder ao
Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Amora, uma pessoa que muito respeito, mas que discordo
em toda a linha daquilo que aqui afrmou porque, em rigor, quem o ouvir nço compreenderá e
com certeza muitas das pessoas que estço aqui nesta sala hoje nço compreenderço sequer o
propósito; porque o problema é evidente, é um facto e todos os dias se verifca e nço melhorou
estamos todos cientes disso, com a alternatva criada como eu há pouco disse aqui pela rotunda
do Fogueteiro como, aliás, dizia e defendia o Sr. Presidente, que ia resolver o problema; nço
resolveu, bom e quanto a isso e quanto à importância do eixo ou da infraestrutura ou se é ou nço
central, bom isso é opçço dos condutores, é opçço das pessoas que evidentemente fazem a sua
vida e necessitam de ali passar; bom, mas quem o ouvisse aqui diria que a culpa é de todos, é dos
que vêm de Almada, que eu nço sei onde é que o Sr. Presidente foi buscar esse argumento ou esse
facto, como é que o pode demonstrar que aqueles condutores que estço ali vêm de Almada ou

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vêm de Corroios ou vêm nço sei de onde? Nço sei se já fez algum inquérito, porque eu nço
consigo perceber e tenho o trabalho e vivo exatamente naquela zona e aquilo está ali e em hora
de ponta é como sabe; a hora de ponta que todos aqui conhecem, de manhç ou ao fnal da tarde,
e basta chover umas pinguinhas de água para que na Afonso Costa o trânsito confua inclusive
com a Marcos de Portugal, até cá acima, ao centro de emprego; se isto nço é um problema
evidente, entço nço sei o que é um problema; quanto ainda à questço do alargamento, as
promessas, os projetos nço sço nossos, eram do executvo CDU em 2007, em 2008, em 2006,
diziam que iam alargar; bom se iam alargar e em tempos teve 3 faixas naturalmente pressupõe-se
que seja para 4 faixas, ou uma coisa a caminho disto; portanto nço compreendo também que se
diga agora que nço se pode alterar o que quer que seja; pode-se, olhe basta repor a situaçço que
havia antes de 2013, que isto já nço sucederia porque eram as 3 faixas pelo menos; portanto, há
que assumir porque as pessoas sentem-se ofendidas quando se fazem determinadas afrmações;
dizer que nço temos ali um problema, temos um problema e, é preciso que se diga isto, um
problema grave, sério e persistente há 4 anos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tomás Santos, proponente; vai o Samuel, com
certeza, faça o favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Três breves notas. Quanto ao alargamento, nço é uma proposta do
programa eleitoral do PS e do PSD, é uma proposta do programa eleitoral do PCP e aquilo que aqui
pedimos é apenas que cumpram aquilo que prometeram, nada mais; nço foi sequer o PS, ou o
PSD, que colocou um Outdoor no início da ponte a anunciar o seu alargamento; portanto,
cumpram o que prometem. Em relaçço ao alargamento estamos conversados. Agora em relaçço
às outras rotundas da freguesia, Sr. Presidente da Junta, faça a moçço traga-as aqui que nós
aprovaremos porque aquilo que disse que era necessário nas outras rotundas é exatamente aquilo
que nós estamos, de alguma forma, a defender para estas duas e para a ponte: a soluçço do
trânsito; o repto fca feito, traga as moções contará com a solidariedade do PS, espero também
contar com a sua, em relaçço às três faixas; a ponte tem 12 metros e 80, 13 metros, a ciclovia
pode decorrer como passeios mas, que eu saiba, se se fzer uma ponte pedonal, os passeios
podem ser naturalmente eliminados; eu diria que até um cego vê isto e o Sr. presidente da Junta
andaria muito distraído se nunca viu passar 4 carros ao mesmo tempo naquela ponte, eu durante
anos vi isso, e funcionava.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bom, em primeiro lugar gostaria de dizer que de facto
já se notam notórias melhorias em termos de reduçço de flas de tráfego na Av. Afonso Costa em
direçço à ponte da fraternidade em face da obra que o município desenvolveu através de uma
parceria na rotunda do Fogueteiro, obra que ainda nço está concluída; aliás, tenho informaçço
que amanhç mesmo vço iniciar as marcações, já iniciaram? Muito bem já iniciaram as marcações e
iremos executar a seguir uma rotunda na estrada nacional 10, na Av. 1º de Maio, com a Avenida
do MFA, mais preciso, no Correr de Água; com essa rotunda nova que vamos concretzar agora já a
seguir, iremos cumprir um objetvo que traçamos desde um ou dois anos atrás, de retrar todos os
semáforos da estrada nacional 10, exceto os dos peões; como é preciso recordar que em Corroios
estavam lá semáforos, fzemos uma rotunda junto à pista Carla Sacramento, ainda nço está a
rotunda, mas vai ser feita uma rotunda; no nó da Cruz de Pau toda a gente se recorda do caos que
aquilo era, fzemos um nó desnivelado; na rua da Cordoaria exatamente a mesma coisa, fzemos
uma rotunda cá em baixo, na nacional 10 com a rua Timor Lorosae, de acesso aos Foros de amora

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e às Paivas; junto ao Centro Comercial de Amora, uma rotunda em que retrámos os semáforos;
agora no Fogueteiro, uma rotunda, retrámos os semáforos, só existem dois semáforos rodoviários
na nacional 10, no acesso da rua do Grémio como é mais conhecida, rua do grémio é rua General
Humberto Delgado; com a concretzaçço desta nova rotunda iremos retrar esse semáforo e aquilo
que o Sr. Presidente da Junta de Freguesia referiu é inteiramente correto, isto é, a via estruturante
de mobilidade inter-freguesias é a estrada nacional 10 e nço sço as ruas interiores de Amora. Com
todas as medidas que nós tomámos para melhorar a capacidade da estrada nacional 10, estamos a
contribuir para retrar o trânsito das ruas interiores de Amora que nço têm a capacidade, nem a
mesma natureza para o mesmo serviço e, nessa perspetva, após a vossa intervençço nós iremos
empreender um estudo de tráfego para, exatamente, fazer esta verifcaçço sobre a melhor
soluçço técnica que depois apresentaremos à Assembleia Municipal para se constatar se é aquilo
que o Sr. Eleito Rui Belchior disse, ou aquilo que o eleito Samuel Cruz disse, ou se sço as soluções
que o município do Seixal empreende; existe uma entdade idónea tecnicamente habilitada para
fazer esse estudo e depois cá estaremos para ver se as medidas preconizadas pelo município
foram ou nço as adequadas ou entço aquelas que V. Exas aqui colocaram; portanto seria a
proposta de soluçço que deixaria sendo certo que, de facto, hoje é notório que a operaçço que
fzemos de condiçço daquela rotunda já deveria ter sido feita. Uma segunda nota: achei curioso o
Sr. Eleito Samuel Cruz dizer que acompanhará uma proposta, se houver, sobre uma intervençço na
Av. 1º de Maio; é preciso recordar que a Av. 1º de maio é uma estrada nacional sob competência
da Infraestruturas de Portugal com tutela do Governo e era bom que esta rotunda que foi feita
pelo município, a rotunda do Fogueteiro, nço tvesse sido feita pelo município ou por conta do
município, mas tvesse sido as Infraestruturas de Portugal a fazê-la; aliás, como está agora a fazer,
fnalmente, no cruzamento da estrada nacional 10 com a estrada nacional 10/2 junto à Siderurgia
Nacional, após pressço do município, abaixo assinado da Junta de Freguesia, abaixo assinado das
populações; por isso fcarei também muito satsfeito ver o Sr. eleito do PS Samuel Cruz ao lado dos
eleitos da CDU, também na defesa das melhorias da Estrada Nacional 10. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, o eleito Samuel Cruz quer intervir em defesa
da honra, nós em defesa da honra consideramos que sço intervenções parcimoniosas, o mais
breves possíveis, se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “É muito breve Sr. Presidente, e apenas para dizer ao Sr. Presidente da
Câmara, se fez a rotunda do Fogueteiro, se fez todas as outras rotundas, também pode intervir em
todas as outras, na 1º de maio, e escusa de vir aqui dizer que é das Estradas de Portugal a
responsabilidade; todos nós aqui sabemos que nço foi a Câmara que fez, se vai haver uma nova
rotunda é porque vai nascer um novo supermercado; sempre foi assim no Concelho do Seixal e
sempre assim contnuará a ser.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz, Sr. eleito e líder municipal isto nço foi
propriamente em defesa da honra, nço foi uma intervençço em defesa da honra; eu peço aos
senhores Líderes municipais, quando o fzerem, que o façam exatamente em nome do que é. Vou
dar uma nota e vou dar a palavra ao Sr. Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Ainda bem que fquei esclarecido, que de facto nço
ofendi a honra de ninguém e, portanto, ainda bem que o Sr. Eleito ali foi usar essa prerrogatva
para aduzir mais argumentos para a sua tese e que eu respeito naturalmente, democratcamente;
agora gostava só, porque há pouco nço foi possível e aproveitando também esta oportunidade de
referir que a nossa opçço é retrar os carros junto à Baía e deixar que as margens da baía sirvam

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para as bicicletas, para as pessoas, para as caminhadas; e tudo aquilo que sirva para retrar
viaturas junto da Baía será importante para este objetvo; porque, de facto, todas as polítcas,
hoje, quando se fala em mobilidade sustentável, quando se fala em modos suaves, quando se fala
em cidades saudáveis e quando se fala em urbanismo inteligente, tudo aquilo que se diz é de facto
que nço se deve colocar uma autoestrada junto à baía, com 4 faixas de rodagem, como alguns dos
senhores pretendem. Últma nota apenas para dizer o seguinte: quando vou ao Lidl pago tudo o
que trago, acho que ninguém acredita que o Lidl ofereça seja o que for a alguém, a nço ser num
período especial de Natal, ou a alguma associaçço; agora meus senhores, acho que ninguém
acredita que uma superfcie comercial faça uma rotunda só porque lhe apetece; claro que foi o
município que obrigou à sua execuçço e, reduzindo as suas taxas municipais e partlhando esse
investmento, como é natural. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto vamos colocar à votaçço esta moçço
“Resoluçço do estrangulamento rodoviário na Ponte da Fraternidade”.
Rejeitada a Tomada de Posiçço nº20/XII/2018 por maioria e em minuta com:
 Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal do PS: 11
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do PAN: 1
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
 Dezanove (19) votos contra dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do grupo municipal do BE: 3
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto esta moçço foi rejeitada com os votos a
favor do PS do PSD do PAN do CDS e do Sr. Presidente de Junta de Fernço Ferro, e os votos contra
da CDU e do BE.”
II.4. O Grupo Municipal do BE apresentou um voto de protesto «Contra a perseguição judicial
por razões polítcas de membros da Generalitat da Catalunha».
(Documento anexo à Ata com o número 4)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Entço passamos para o documento seguinte que é
moçço, ou melhor, um voto de protesto “Contra a perseguiçço judicial por razões polítcas de
membros da Generalitat da Catalunha”, é do grupo municipal do BE; Vítor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, leu integralmente o documento anexo à ata com o número 4.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para este voto de protesto, quem é
que pretende intervir? Joço Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “É só para manifestar a minha discordância em relaçço a este voto
de protesto do BE; sço várias as razões, sinto-me aliás compelido a falar porque como uma das
propostas é enviar à Assembleia da República também este voto, e sendo eu deputado da

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Assembleia da República, também gostaria de estar aqui a me prenunciar. Eu gostaria de recordar


que este referendo aconteceu inconsttucionalmente, violou a consttuiçço Espanhola que foi
aprovada por referendo em 1975; e portanto todos os dirigentes polítcos espanhóis, sejam eles a
nível nacional sejam eles a nível das regiões, conhecem a consttuiçço Espanhola; este refendo foi
feito de uma forma inconsttucional; portanto nço foi a violaçço dos direitos consttucionais dos
cidadços da Catalunha, foi uma violaçço da consttuiçço feita por dirigentes irresponsáveis que
governavam infelizmente a Catalunha; gostaria de recordar que com este referendo que
aconteceu só dois milhões de pessoas é que votaram; nas eleições seguintes, em dezembro, dois
meses depois, foram eleições convocadas para depois da dissoluçço dos órgços regionais da
Catalunha, votaram quase 5 milhões de pessoas, e que a maioria desses 5 milhões de pessoas,
cerca de 51%, votaram em partdos que eram contra a independência; mas pelo método de Hondt
e pelos agrupamentos que havia na regiço da Catalunha, permitu uma maioria absoluta de um em
relaçço aos partdos que eram a favor de uma autonomia alargada ou do separatsmo; gostaria de
recordar isso também nos resultados; portanto o que está a acontecer em Espanha é o
cumprimento da consttuiçço, como se em Portugal a assembleia legislatva regional dos Açores
declarasse ou convocasse o referendo para a independência, obviamente que os poderes da
república tnham que intervir para evitar que acontecesse, que isso era uma violaçço da
Consttuiçço da República Portuguesa. Portanto esta explicaçço breve que acontece, gostaria aqui
de invocar porque é que voto contra a proposta que aqui foi feita dos nossos colegas do BE,
obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Duarte se faz favor.”
Duarte Correia, do PSD, disse: “Só para dizer o seguinte, nço é competência desta Assembleia
Municipal pronunciar-se sobre polítcas externas, sobre o que se passa na Catalunha sobre o que
se passa em Espanha, e para vir aqui repudiar atos que se passam em Espanha ou na Catalunha,
temos aqui a populaçço que quer ouvir falar dos problemas da nossa terra e nço problemas de
Espanha, muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora mais intervenções? Nço há mais pedidos de
intervençço, eu perguntava ao proponente Vítor Cavalinhos se pretende intervir? Vítor Cavalinhos
se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Respondendo ao Duarte, é competência desta Assembleia
pronunciar-se sobre tudo o que se passa no mundo desde que queira; esta Assembleia Municipal,
por proposta do PSD, já propôs aqui votos de condenaçço de presos polítcos em Cuba, e aí,
quando é para referir condenaçço de presos polítcos em Cuba, a Assembleia Municipal pode-se
prenunciar; referir presos polítcos em Espanha já nço pode pronunciar-se, portanto está resolvido
o problema, passamos à frente. O problema aqui nço é a Assembleia Municipal saber quem é
contra ou a favor ou contra a independência, isso nço é o problema, isso é um problema de cada
um e já agora isso é um problema até dos Catalçes; o problema que se coloca aqui é o problema
dos direitos humanos; há pessoas na Uniço Europeia, nos Países da Uniço Europeia, há pessoas
presas por delito de opiniço, porque nço fzeram nenhum golpe de Estado nço pegaram em
armas, nço assassinaram ninguém, nço fzeram nenhum crime de sangue, nço roubaram banco
nenhum, nço roubaram nada, nço destruíram nenhum bem; simplesmente têm uma opiniço
diferente; têm o direito de querer ser independentes e é um problema deles; com o qual eu posso
ter a minha opiniço, mas isso nço faz parte aqui da nossa conversa; há presos polítcos, sço
cidadços que estço presos há meses, sem julgamento; já alguém se questonou? Vço ser julgados

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quando? Já alguém ouviu falar quando é que pessoas que estço presas há meses, quando é que
vço ser julgados, é quando o Rajoy quiser? É quando um tribunal qualquer quiser, presos sem
culpa formada é até à eternidade? Portanto esse é um problema, é um problema essencial aqui da
nossa discussço; o problema que o Joço Rebelo falou, ah, mas a maioria votou, a maioria até
votou, nço votou a favor da independência, mas de acordo com o método de Hondt obtveram
essa maioria; com o método de Hondt também já se obtveram maiorias; ou o método de Hondt
também nço serviu para atribuir maiorias aqui neste País já? independentemente do número de
votos? E há um outro problema, recordo-vos o seguinte: durante muitos anos, em Portugal nunca
se fez um referendo à adesço à Uniço Europeia, à moeda única, ao tratado orçamental, nunca se
fez um referendo porquê? O bloco central, e o CDS também, a argumentaçço foi sempre o
seguinte, como mais de 80% dos eleitores votam nos partdos que defendem integraçço Europeia,
conclusço lógica, os eleitores nço necessitam nenhum referendo porque na sua votaçço estço a
equacionar essa polítca que é associamos esses mecanismos europeus e acordos europeus sem
necessidade de referendo; portanto esse problema vale para os dois sítos objetvamente; a
sociedade Catalç está dividida, mas há milhões de pessoas na Catalunha que defendem a
independência, estço no seu legítmo direito, é um debate democrátco, resolver será como os
Catalçes entenderem; nço quero gastar mais latm, o problema essencial é um problema de
direitos humanos, de liberdade de expressço, e a liberdade de expressço e as opiniões tratam-se
no debate democrátco; o que se está a passar hoje, o Governo Espanhol está a tentar limitar o
resultado das eleições através da justça, está a tentar decapitar o parlamento legitmamente
eleito e está a fazer tudo para impedir que um Governo, em resultado dessas eleições, tome
posse; isto de facto é um golpe como há muitos que a gente está a assistr aí por esse Mundo fora;
resumindo, estamos perante um problema de direitos fundamentais e de presos polítcos de
opiniço e o BE está radicalmente contra isso e por isso propõe aqui este voto, é só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, vamos colocar à votaçço este voto de
protesto.”
Aprovada a Tomada de Posiçço nº21/XII/2018 por maioria e em minuta com:
 Vinte e três (23) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do grupo municipal do PS: 2 (Samuel Cruz e Sara Lopes)
 Do grupo municipal do BE: 3
 Do grupo municipal do PAN: 1
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
 Catorze (14) votos contra dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal do PS: 9
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a Moçço foi aprovada com os votos a
favor da CDU do BE 2 do PS do PAN e do Sr. Presidente de Fernço Ferro, os votos contra 9 do PS
do PSD e do CDS. Declarações de Voto? Samuel Cruz se faz favor.”

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Samuel Cruz, do PS, disse em declaraçço de voto: “Bom, como facilmente se deu conta, nesta
matéria o Partdo Socialista tem liberdade de voto e naquilo que a mim concerne, nço porque
concorde com todos os considerandos, mas o que é importante é o princípio.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, passamos para o documento seguinte,
mas primeiro uma referência, naturalmente que os senhores Líderes estço a contabilizar os
respetvos tempos no quadro do regimento, e dizer que nesta altura a CDU tem 8 minutos, o PS, 8
minutos, o PSD, 2 minutos, nós já devíamos ter dado a informaçço antes porque o BE já esgotou o
tempo e os restantes têm tempo, o CDS tem 3 minutos, o PAN tem 4 e o Sr. Presidente de Fernço
Ferro também.”
II.5. O Grupo Municipal do PAN apresentou a recomendação «Pela criação de uma rede de
bebedouros municipais».
(Documento anexo à Ata com o número 5)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte que é do
PAN e é uma recomendaçço «Pela criaçço de uma rede de bebedouros municipais» tem a palavra
se faz favor.”
António Martns, do PAN, disse: “Eu estou aqui hoje em substtuiçço do André Nunes que foi o
primeiro eleito do PAN no Concelho do Seixal nas primeiras eleições em que concorremos;
apresentamos hoje uma recomendaçço à Câmara Municipal porque consideramos que o ambiente
necessita urgentemente de uma atençço especial e o excesso de plástco poderá ser uma das vias
em que podemos reduzir e melhorar as questões ambientais e nomeadamente no Seixal; a nossa
proposta é que a Câmara Municipal aumente a rede de bebedouros públicos disponíveis à
populaçço e que estes tenham possibilidade de encher garrafas que possam ser reutlizáveis e que
ao mesmo tempo se diminua ou desapareçam de iniciatvas camarárias todas e quaisquer garrafas
de água que nço sço da água da rede pública; tanto mais que o Seixal é um dos municípios que
tem um nível de qualidade de água que é conhecido a nível nacional; é por isso que fazemos esta
recomendaçço, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado António Martns. Intervenções em
relaçço a esta recomendaçço? Pedidos de intervençço? Só há uma intervençço, se faz favor Nuno
Graça.”
Nuno Graça, da CDU, disse: “O grupo municipal da CDU irá abster-se; vamos abster-nos até
porque nço concordamos com a maioria das recomendações; indo diretamente às quatro
recomendações, já temos uma rede pública de bebedouros, claro que pode ser sempre melhorada
há ali uma referencia em que os bebedouros sirvam para encher garrafas, a maior parte deles só
dá para consumo local, se calhar futuramente, eu nço consigo pensar, imagino os bebedouros e
imagino sempre aqueles que as pessoas bebem água; é difcil encher a garrafa, só se for uma fonte
ou outro género de infraestrutura que permita encher a garrafas mas o que é certo é que há uma
rede pública de bebedouros; também em relaçço ao ponto 2, há a existência de várias campanhas
para o consumo de água de forma sustentável, para o consumo de água de rede que é de
excelente qualidade, como referiu, nomeadamente estas campanhas no programa municipal de
educaçço para a sustentabilidade; há também distribuiçço à populaçço de material de promoçço
como garrafas reutlizáveis, inclusivamente a prenda de aniversário aos trabalhadores da Câmara
Municipal do Seixal, sço garrafas reutlizáveis; em relaçço ao ponto 3 é completamente impossível
nço distribuir água a eventos desportvos por exemplo; nço há outra forma, numa prova de

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atletsmo, as pessoas nço podem parar para ir ao bebedouro, é impossível isso; e em relaçço ao
ponto 4 é o único que faz sentdo, a questço da georeferenciaçço, acho que sim, acho que a
Câmara poderia no seu site fazer essa georeferenciaçço, mas no geral e pelos motvos que já
referi, o nosso voto será de abstençço.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, pergunto mais uma vez, mais intervenções?
Nço registamos, pergunto ao proponente se pretende ainda intervir? Nço, entço nesse caso
passamos à votaçço
Aprovada a Tomada de Posiçço nº22/XII/2018 por maioria e em minuta com:
 Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal do PS: 11
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do PAN: 1
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
 Dezanove (19) abstenções dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do grupo municipal do BE: 3
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a Recomendaçço foi aprovada com os
votos a favor do PS, do PSD, do PAN, do CDS, do Presidente da Junta de Fernço Ferro e abstenções
da CDU e do BE.”
II.6. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Pela requalifcação da EN 378», subscrita
por Carlos Pereira.
(Documento anexo à Ata com o número 6)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte que é a
moçço «Pela requalifcaçço da EN 378», é da CDU e subscrita por Carlos Pereira tem a palavra se
faz favor.”
Carlos Pereira, da CDU, disse: “Como residente permanente em Fernço Ferro, há 42 anos, verifco
que a últma intervençço na estrada nacional 378 foi feita há mais de 40 anos; portanto aumentou
grandemente o tráfco na estrada nacional quer pela populaçço de Fernço Ferro quer pela
populaçço de Sesimbra, pelo turismo, as pessoas que vêm de Lisboa rumando às praias, à Lagoa
de Albufeira, etc. Verifca-se há muitos anos que há necessidade de rotundas na estrada nacional
nomeadamente, no acesso aos Morgados, na zona conhecida pela Quinta das Conchas, na Av. da
Liberdade, na Av. do Seixal; portanto há necessidade da consolidaçço das bermas e drenagem das
águas da estrada nacional, a iluminaçço pública é pontual, há necessidade de ver a iluminaçço,
fazer a ligaçço dos esgotos dos loteamentos na zona nascente da estrada nacional, por esses
motvos foi feita a seguinte moçço, que vou passar a ler. (Leu integralmente o documento anexo à
ata com o número 6).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções, para esta moçço? Samuel Cruz se faz
favor.”

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Samuel Cruz, do PS, disse: “Esta moçço está quase completa, falta no entanto apenas dizer uma
coisa: que nço se aplica apenas à 378, mas se aplica a todas as estradas nacionais do Concelho;
sempre que há construçço à volta das estradas nacionais do concelho, há sempre construçço; a
Câmara para que isso aconteça, nas operações de loteamento, cobra uma taxa que é muito
elevada, que a maior parte de vós sabe, que se chama TRIU; este acrónimo quer dizer, taxa de
reforço de infraestruturas; as taxas têm sempre um sinalagma, isto é, têm que ter uma
contrapartda em investmento; no caso, como o próprio nome da taxa diz, em infraestrutura;
infraestruturas que a Câmara Municipal repetdamente nço faz; e a Câmara, nestas vias, tem
responsabilidade porque recebeu taxas para as adaptar às novas funções, transformou as estradas
nacionais em vias urbanas, recebeu taxas para as adaptar às infraestruturas e nada fez; mais, em
tempo, as estradas de Portugal quiseram entregar, desclassifcar as estradas e entregá-las à
Câmara Municipal, com o devido envelope fnanceiro; mas mais uma vez a Câmara recusou
porque a Câmara recusa as suas responsabilidades porque quanto pior, melhor; dizer mal do
Governo é fácil, fazer é difcil. Disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Mais? Rui Belchior.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Vço-me perdoar a provocaçço mas nço posso deixar de referir a
oportunidade desta moçço, logo hoje que temos aqui muita gente de Fernço Ferro aparece aqui
uma súbita preocupaçço com Fernço Ferro, com as pessoas de Fernço Ferro, e com a Junta de
Freguesia de Fernço Ferro; logo hoje, e depois era também necessário e nós em funçço do tempo
que temos nço podemos fazer uma apresentaçço de documentos muito abrangente, era também
necessário que tvesse hoje aqui chegado uma moçço sobre a requalifcaçço das estradas que
dizem respeito à Câmara Municipal, com a manutençço também na sua maioria; basta dar aí uma
volta, para as pessoas perceberem que as mesmas estço numa verdadeira miséria; era também
preciso nço só que se reivindique mas que se execute naquilo que se pode fazer, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Eu inscrevo-me para 30
segundos até porque o tempo da CDU está curto. 1º - Nço é verdade a preocupaçço em relaçço à
378, que tem comigo enquanto Presidente da Câmara muitos anos de reivindicaçço contnuada e
pelo Sr. Presidente da Câmara desde o início do mandato anterior; portanto isso nço é verdade;
2.ª questço, na intervençço do Samuel Cruz também nço é verdade, eu próprio faço parte,
represento a Associaçço Nacional de Municípios, na negociaçço com o Governo em relaçço à
transferência das estradas municipais, nço houve nenhuma questço que se quisesse entregar; a
Associaçço é que nunca aceitou, porque nço aceitou as condições em Governos anteriores, ao
longo dos governos; agora eu testemunho, porque eu represento a Associaçço, sou um dos que
representa a Associaçço, e na negociaçço com o Governo agora é que isto está a ser negociado;
antes nunca foi aceite pela Associaçço Nacional de Municípios Portugueses; bom gastei, creio eu,
30 segundos da CDU; já nço há mais intervenções? Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu pedia a intervençço do Sr. Vereador da mobilidade,
Jorge Gonçalves, por favor.”
O Vereador Jorge Gonçalves disse: “Nço vou precisar de gritar para fngir que o que estou a dizer
é verdade ao contrário de outros eleitos; a estrada nacional 378 é uma estrada do plano
rodoviário nacional que teve, como já aqui foi referido, um estudo de qualifcaçço que foi
abandonado e tristemente mais recente quando investmento de proximidade das infraestruturas
de Portugal, com exceçço das duas rotundas da estrada nacional, foi perfeitamente ignorada
enquanto estrada nacional com necessidade de intervençço, importa esclarecer que as estradas

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nacionais e a sua requalifcaçço sço pagas com impostos que todos pagamos 85% dos nossos
impostos sço para o Estado e é através delas que sço feitas as qualifcações das estradas
nacionais, como o Sr. Eleito do PS que a seguir vai defender a honra, bem sabe que aprovou a
fundamentaçço económica e fnanceira das taxas nomeadamente a taxa da realizaçço e reforço de
infraestruturas gerais ela contempla aquilo que sço as competências municipais e apenas as
competências municipais na realizaçço de infraestruturas gerais, estamos a falar do centro de
distribuiçço de água, das ETAR, dos Aterros, daquilo que diz respeito a todos, mas nço diz respeito
a ninguém e nço se aplica a construções em torno das estradas nacionais, aplicam-se a todas as
atvidades de construções do município; por isso no que diz respeito à estrada nacional 378 temos
que contnuar a reivindicar é nço só aquela ter uma verdadeira requalifcaçço; se ela for estudada
pelas infraestruturas de Portugal o que deve ser colocado é que volte ou que assumam o estudo
que a própria infraestruturas de Portugal fez para a sua requalifcaçço inclusivamente inclua o seu
plano de proximidade ou entço que realize um novo estudo de requalifcaçço, devo dizer também
que no quadro do Plano Diretor Municipal na estratégia de mobilidade e transportes este estudo
foi transposto para o Plano Diretor Municipal com a concordância das infraestruturas de Portugal
que na altura nço disse nada por isso a estratégia do ponto de vista da mobilidade imediatamente
com a inclusço das rotundas previstas nesse estudo e das entradas e saídas em mço estço
previstas na estratégia da mobilidade e cabe naturalmente às infraestruturas de Portugal e ao
fnanciamento através do Governo para a sua garanta, obrigado.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Ainda uma últma nota só para também dizer que, de
facto, o município tem sido o grande obreiro daquilo que tem sido a reconversço de Fernço Ferro
em termos de investmento; quis nço só recordar o investmento que fzemos no mercado
municipal de Fernço Ferro que é uma obra municipal, no investmento que fzemos na construçço
da ETAR de Fernço Ferro, nas redes de drenagem que estamos agora a concluir com a 6.ª fase nos
Morgados, nas pavimentações e ações de requalifcaçço da rede viária que temos vindo a apoiar,
nço só as AUGI e as comissões de coproprietários como fzemos nas estradas de açço municipal, a
escola básica dos Redondos que foi construída pela Câmara Municipal, até agora mais
recentemente o apoio que estamos a dar ao quartel dos bombeiros de Fernço Ferro cuja obra está
em construçço e que se prevê a sua abertura para junho deste ano, ou mesmo o centro
distribuidor de água de Fernço Ferro que está a ser feito pelo município com um investmento
superior a 1,4 milhço de euros; isto sim, sço investmentos que sço da responsabilidade do
município e que estamos a concretzar; nço podemos é querer que o município com 15% das
receitas dos impostos dos Portugueses e da populaçço do Seixal faça 85% das intervenções que
deveriam ser feitas pelo estado; e por isso é fácil dizer mal da Câmara mas é difcil fazer melhor,
obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto vamos colocar à votaçço esta moçço
«Pela requalifcaçço da EN 378».”
Aprovada a Tomada de Posiçço nº23/XII/2018 por maioria e em minuta com:
 Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do grupo municipal do PS: 11
 Do grupo municipal do BE: 3

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 Do grupo municipal do PAN: 1


 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro:1
 Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moçço foi aprovada com os votos a
favor da CDU, do PS, do BE, do Sr. Presidente de Fernço Ferro, do PAN, e a abstençço do PSD e do
CDS.”
II.7. O Grupo Municipal da CDU apresentou um voto de pesar por António Francisco Monteiro
Pepe, subscrito por Manuel Araújo.
(Documento anexo à Ata com o número 7)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Uma nota como estamos de tempos: CDU, 1
minuto, PS, 6,30 minutos, o PSD, 30 segundos, PAN tem 4 minutos, CDS, 2 minutos e meio e a
Junta de Fernço Ferro tem o tempo todo; o BE já tnha esgotado; entço passamos ao documento
seguinte que é um voto de pesar para António Francisco Monteiro Pepe, é da CDU, é subscrita
pelo Sr. Manuel Araújo, Sr. Presidente da Junta tem a palavra se faz favor.”
Manuel Araújo, presidente da Junta de Amora, disse: “Este voto de pesar que hoje aqui trazemos
sobre o António Pepe, dirigente do Clube Desportvo das Paivas mas que tem um longo percurso
dedicado ao movimento associatvo desde a Comissço de Moradores do Fogueteiro, esteve na
origem da criaçço da Associaçço de Reformados, do Clube Recreatvo e Desportvo do Fogueteiro,
de facto era uma personalidade muito querida do movimento associatvo e da populaçço em
geral; era um homem que tnha sempre as portas abertas do seu clube para todas as associações
basta dizer que é lá que a Uniseixal tem um dos seus principais núcleos, é lá que o Águias Unidas
treina, é lá que o futsal do Amora treinou, é lá que estço os escuteiros da Amora também
sediados, e de facto era um homem que tnha as portas abertas a toda a populaçço, a todas as
associações e de facto merece esta homenagem que eu espero que de facto a Assembleia
Municipal lhe preste; portanto eu passo os considerandos, por nço termos muito mais tempo,
aprovar o voto de pesar pelo falecimento de António Francisco Monteiro Pepe, reconhecendo o
seu inestmável contributo ao Concelho do Seixal ao desporto e à Cultura apresentando à família e
ao Centro Cultural e Desportvo das Paivas as mais sinceras condolências, fazer 1 minuto de
silêncio em homenagem a António Pepe e propor à Câmara Municipal que seja atribuído o nome
de António Pepe a uma artéria da Freguesia de Amora.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Intervenções? Mais intervenções? Tomás Santos,
nço, Rui Mendes certo.”
Rui Mendes, do PSD, disse: “Obviamente que o PSD vai votar a favor deste voto de pesar só é de
lamentar que o voto de pesar apareça como a 2.ª ou a 3.ª moçço apresentada pela CDU, devia de
ser a primeira; o PSD quando tver um voto de pesar será sempre o 1º documento a ser
apresentado, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervençço? Nço há mais
intervenções, o proponente Manuel Araújo pretende fazer alguma intervençço ainda? Nço, entço
vamos colocar à votaçço.”

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Aprovada a Tomada de Posiçço nº24/XII/2018 por unanimidade e em minuta com:


 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do grupo municipal do PS: 11
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do BE: 3
 Do grupo municipal do PAN: 1
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Foi aprovado por unanimidade, vamos proceder ao
minuto de silêncio se faz favor.”
Foi feito um minuto de silêncio em memória de António Pepe.
II.8. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Ausência de capacidade de gestão e
estratmgia no Município do Seixal», subscrita por Bruno Barata.
(Documento anexo à Ata com o número 8)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Passamos para o documento seguinte, nesta altura
os tempos, o PS 6 minutos e meio, PAN 4 minutos, PSD dois e meio, o Presidente de Fernço Ferro
tem todo o seu tempo, Passamos para o documento seguinte que é do PS uma moçço «Ausência
de capacidade de gestço e estratégia no Município do Seixal», o subscritor é o Bruno Barata tem a
palavra se faz favor.”
Bruno Barata, do PS, disse: “Sr. Presidente permita-me que cumprimente e saúde em primeiro
lugar a populaçço que aderiu hoje em massa a esta Assembleia que é sempre um motvo de
congratulaçço, posto isto e também tendo em consideraçço a grande parte da populaçço está
aqui como é bem sabido para ouvir o tema da descentralizaçço e eu antes de apresentar esta
moçço dou indicaçço ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal que o PS abdica das três moções
que tem para apresentar a seguir e portanto apresento esta moçço para passarmos à fase
seguinte com respeito também à populaçço. Sr. Presidente da Câmara há pouco terminou a sua
intervençço a dizer que era difcil fazer melhor, temos efetvamente uma grande discordância
nesse aspeto, como sabe tenho dito várias vezes nesta Assembleia que nço concordo nço estou
efetvamente alinhado com a forma como a Câmara tem gerido os destnos do nosso município,
caros cidadços o município do Seixal tem uma posiçço geo-estratégica privilegiada como muitos
municípios nço têm, reparem estamos a 10 minutos da capital do país estamos a 20 minutos da
capital do distrito e estamos rodeados por uma natureza efetvamente deslumbrante, dispomos
ainda de uma baía única a nível nacional com enorme potencial de desenvolvimento, o
desenvolvimento dos municípios depende de vários fatores, destes geo-estratégicos, mas também
com a capacidade, ou neste caso em concreto, da incapacidade dos decisores polítcos em
dirigirem os municípios; no Concelho do Seixal, para além dos vários indicadores orçamentais que
apresentei aqui quando discutmos o orçamento, que apontam para uma enorme falta de
investmento, que é pratcamente inexistente, existem outros indicadores da falta de visço polítca
e visço estratégica e os indicadores que foram publicados no fnal de 2017 dizem que o Seixal se

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encontra abaixo da média do distrito em volume de negócios, variaçço do valor acrescentado


bruto, variaçço do pessoal ao serviço das empresas; ou seja, em termos económicos o Concelho
do Seixal é dos piores concelhos do distrito; nço existem polítcas de incentvo à atvidade
económica; outro estudo e outro dado, porque falo sempre efetvamente com factos, e que
demonstra a enorme incapacidade deste executvo e do executvo de 40 anos do Partdo
Comunista Português, é o ranking do City Brand Ranking; isto é um trabalho de investgaçço
económica que coloca o concelho do Seixal em 16.º lugar da Área Metropolitana de Lisboa; a Área
Metropolitana de Lisboa tem 18 concelhos o Seixal, é o 3.º pior Concelho, é o 3.ª pior Concelho no
que requer a polítcas de atraçço de investmento, atraçço de turistas, atraçço de talento,
aumento da proeminência, aumento da atvidade económica, o Concelho do Seixal está
lamentavelmente nos últmos lugares para viver, para visitar e para negócios, fruto de total
ausência de capacidade de gestço e estratégia para o território, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A CDU tem tempo? Arranjava? Certo, obrigado, o
Sr. Presidente de Fernço Ferro cedeu o seu tempo à CDU. Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Já sabemos que o Partdo Socialista sço especialistas em vender banha
da cobra, mas nunca pensei, confesso, que fossem tço longe e quando li esta moçço fquei
perplexo. O que é o City Brand Ranking? Decidi fazer a minha investgaçço; portanto, este City
Brand Ranking é da autoria de uma empresa de consultadoria que é a Blung consultng, e que na
apresentaçço do estudo começa com as mensagens de boas vindas do nosso CEO e que diz que
têm processos de desenvolvimento, marca e ferramentas de mediçço, e que estço disponíveis
para trabalharem com os municípios; depois, o diretor geral de Portugal diz que nos escritórios
de Lisboa, a nossa equipa contnua a crescer e a partcipar cada vez mais de forma atva na criaçço
de estratégias de marca para os nossos municípios, estando sempre disponível para ajudar quem
nos contacta e qual é que é os próximos passos para os municípios, de melhorar a sua
performance; e depois termina com esta história dos ranking e a dizer qual os próximos passos
para os municípios que desejam melhorar a sua performance e diz a Blung consultng de Portugal
é preciso só um ponto de partda para a refexço que será levada a cabo pelos municípios; a Blung
consultng dispõe de um serviço personalizado para cada cliente criando estratégias efcazes para
cada município, tendo em consideraçço todos os aspetos relevantes para melhorar a sua
performance; este estudo é evidentemente uma banha da cobra que tem como único objetvo de
quem a faz vender os seus serviços, e lamentamos que o PS se fundamente na banha da cobra
para vir aqui dizer que o Seixal é dos piores lugares para viver.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? os que podem, Joço Rebelo se
faz favor.”
João Rebelo, do CDS, disse: “Este assunto que é levantado pelo Partdo Socialista, eu compreendo
algumas reservas que o nosso colega da CDU aqui fez sobre a origem do estudo, mas o importante
é destacar os que já existem e que estço disponíveis e parece-me que o últmo resultado eleitoral
que nós tvemos nas eleições autárquicas demonstraram algum cansaço dos Seixalenses em
relaçço às opções que a governaçço maioritária da CDU tnha tdo em relaçço aos anos em que
governa a Câmara e era também um apelo à mudança; e na verdade, se olharmos a números que
existem disponíveis sobre captaçço de investmento para o concelho, há grandes problemas
existentes e o Sr. Presidente da Câmara sabe que é verdade; ainda recentemente, se estço
recordados, só falando de turismo, capa do JN, ainda há uma semana atrás, margem sul a 15
minutos de Lisboa e sem hotéis para turistas, Almada, Seixal, Barreiro, Montjo e Alcochete nço

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conseguem aproveitar o turismo em Portugal, principalmente ao Montjo, que é Socialista, eu


gostaria de relembrar isso; este género de informações e de números deveria alertar e incentvar a
Câmara Municipal do Seixal a pensar num novo modelo de captaçço de investmento para o
concelho, e também outros números; para nço dizer que é só uma crítca à gestço comunista, eu
vou falar de Palmela que é um concelho aqui perto e que tem captaçço, e é gestço comunista,
gestço CDU, e que tem captaçço de investmento dentro desse mesmo concelho e ainda
recentemente anúncios importantes de outros investmentos estço a acontecer; e portanto o
Seixal tem tanta populaçço e tem populaçço jovem disponível e a maioria dos seus jovem e da
populaçço que trabalha tem que sair do concelho para outros concelhos para trabalhar, devia de
pensar outro modelo para fxar e atrair investmento neste concelho; portanto o que aqui está
presente, e daí o nosso voto favorável a esta moçço do Partdo Socialista, nço é sobre a
identfcaçço de quem fez este estudo, têm dados que já existem, estço disponíveis noutro tpo de
estudos, mas também é de abrir um debate que eu acho que é importante e que eu falei no meu
discurso de tomada de posse; é que se pense em captar mais investmento em todas as áreas
possíveis; o Seixal é bonito, pode-se crescer aqui dentro se a populaçço trabalhar aqui no
concelho; é pensar nisso e uma discussço tem que ser feita, aliás lanço este desafo; eu termino
aqui, nço sei se já estou a ultrapassar o tempo, mas termino aqui: na mudança que nós fzemos no
regimento, que a partr de agora nas Assembleias Municipais ia-se discutr um tema, isto era um
tema importante, com o contributo dos vários partdos, sem qualquer fxaçço em atacar este ou
aquele, acho que para aqui nço serve isso e nem isso as pessoas estço à espera que isso seja; o
debate que o PS aqui abriu é importante e merece a atençço de todos; obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Nço há mais intervenções,
pergunto ao proponente se pretende intervir? Se faz favor.”
Bruno Barata, do PS, disse: “Existe aquela máxima quando nço se gosta da mensagem tenta-se
matar o mensageiro; é aqui o caso que o eleito Paulo Silva estava a fazer, porque descredibilizou a
fonte mas nço falou em nenhuma polítca de captaçço de investmento ou de desenvolvimento
económico que o executvo tenha feito e portanto atacou só a fonte; mas digo-lhe também que a
sua fonte foi referida no jornal expresso e portanto eu sei que descredibilizam tudo o que é
privado mas, por favor, este estudo tal como o eleito do CDS-PP disse é para abrir o debate e
efetvamente abrir consciências neste executvo que está a ser feito muito pouco pelo Concelho
do Seixal, que poderia ser muito melhor e existem com certeza forças polítcas – tal como muito
bem referiu o meu colega eleito foram mais os votos da populaçço nas outras forças polítcas do
que na CDU – efetvamente há um sinal de preocupaçço, que a populaçço começa a ganhar
consciência, que é preciso fazer melhor, muito melhor, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Os tempos estço esgotados, vou dar a palavra ao
Sr. Presidente da Câmara mas por acaso nço me lembro de nenhum investmento da AICEP que
tenha vindo para o Concelho do Seixal nço estou recordado, nço sei o que é que o Governo anda a
fazer nisto. Sr. Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu acho que assistmos aqui a um exercício de que
tudo o que for dizer mal do concelho do Seixal, alguns eleitos de algumas forças polítcas
aproveitam tudo aquilo que disser mal do Seixal, aproveitam para denegrir o nosso concelho; e já
vale tudo, já valem até as empresas que querem vender serviços ao município como supostos
brand manegements que sço imagens de marca para levar o município a subir no ranking que eles
próprios criaram; há negócios fantástcos; portanto criaram uma empresa que avalia municípios e

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ao mesmo tempo, a mesma empresa que avalia é aquela que está disponível para apoiar o
município para aumentar a sua notoriedade exterior; é um grande negócio de facto, eu gostaria de
felicitar o Sr. Eleito do PS por ter trazido aqui este negócio para que a populaçço conheça de facto
aquilo que o PS defende para, se um dia pretender gerir o município, que é alimentar estes
negócios que de facto muito pouco trazem a nço ser a venda, digamos assim, da imagem; o que
nós queremos nço é imagem, o que nós queremos é emprego, criaçço de riqueza e aumento da
produçço, que é para isso que estamos a trabalhar, para a concretzaçço de vários projetos na
área do desenvolvimento económico e, em primeiro lugar, está para breve a vinda de uma grande
fábrica para o concelho que foi a Câmara Municipal do Seixal que conseguiu e vai conseguir trazer
esta grande fábrica, que signifcam 100 milhões de euros de investmento e 200 postos de
emprego direto; será anunciada brevemente e será uma questço clara do município em termos
daquilo que é a nossa tese do poder económico, depois também dizer que sobre a questço dos
hotéis é verdade, hoje em dia há uma pressço crescente na procura turístca do município e em
toda a margem sul e é verdade que nço existe a resposta necessária por parte dos operadores
privados para ter a correspondente oferta hoteleira; mas eu diria que isso é um bom sinal e é um
bom sinal a que o município está atento e que o município se está a preparar concretamente para
o futuro; e por isso, numa próxima reuniço da Câmara Municipal, no mês de abril, nço na primeira
mas talvez na segunda, iremos levar a hasta pública de lançamento do hotel na Mundet, um hotel
que vai ter como tema a cortça, terá cerca de 120 quartos e será um primeiro fator, nço tenho
nenhuma dúvida, de consolidaçço da procura crescente de turistas no nosso concelho, nço só
portugueses mas também estrangeiros como há dias no nosso Boletm Municipal vinha uma
informaçço; por isso eu nço desdigo o concelho do Seixal, eu nço desmereço os empresários do
concelho do Seixal, eu nço desmereço todos os trabalhadores do concelho do Seixal como fazem
algumas forças polítcas, antes pelo contrário, eu valorizo os trabalhadores do concelho, os
trabalhadores do município, os empresários, e valorizo todas as empresas que trabalham neste
concelho e que valorizam todos os dias a imagem do concelho do Seixal, e nesse sentdo… (Aqui o
Sr. Presidente da Câmara foi interrompido, por alguns membros da Assembleia e Vereadores)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Desculpe lá mas se é com esse tom, eu tenho que
lhe perguntar se no gabinete onde trabalha, no Governo, se é assim que intervém? Desculpe lá o
senhor nço pode interromper, desculpe lá mas o senhor Vereador nço é membro da Assembleia
nço intervém aqui, desculpe lá mas que falta de respeito é este Sr. Vereador, ou pensa que eu vou
à Câmara e o interrompo a si! Samuel Cruz isso discute-se na reuniço de líderes (…) agora o Bruno
Barata, como qualquer membro da Assembleia, nço interrompe! Desculpe lá mas o Sr. nço é líder,
reúna lá, faça como quiser, nço estamos aqui a discutr isso; Sr. Presidente da Câmara vamos
concluir, se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu acho que em democracia temos que saber ouvir e
respeitar as opiniões que sço diferentes, eu gostaria que pudesse prosseguir a minha intervençço
porque tve com muito cuidado a ouvir as intervenções dos senhores eleitos, mas como eu dizia,
nós nço desmerecemos ninguém, nço desmerecemos nenhum trabalhador deste concelho, nço
desmerecemos nenhum empresário e nenhuma empresa e por isso valorizamos muito e estamos
ao seu lado em todos os sectores, no sector primário, no sector secundário, no sector terciário o
município é um parceiro e quer ser sempre um parceiro, muito obrigado Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, estamos em condições de votar e portanto
vamos colocar à votaçço esta moçço que é do Partdo Socialista e portanto terminamos aqui

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certo, o PS ainda tem 1 minuto mas prescinde das moções seguintes? Bom sendo assim
terminamos o Período de Antes da Ordem do Dia.”
Rejeitada a Tomada de Posiçço nº25/XII/2018 por maioria e em minuta com:
 Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal do PS: 11
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do grupo municipal do BE: 3
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
 Uma (1) abstençço dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal do PAN: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moçço foi rejeitada com os votos a
favor do PS, do PSD e do CDS-PP, a abstençço do PAN, e os votos contra da CDU do BE e do Sr.
Presidente de Fernço Ferro. Terminámos o Período de Antes da Ordem do Dia e vamos de
imediato entrar no Período da Ordem do Dia. Vítor, força.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse, em declaraçço de voto: “O Bloco votou contra esta moçço e vai
apresentar uma declaraçço de voto e fá-lo-á em dois momentos, fá-lo-á por escrito no prazo
regimental mas dirá duas notas sobre esta declaraçço de voto e também funciona como tal sobre
o que aqui se passou muito rapidamente, quem está a assistr a esta Assembleia Municipal só
ouviu o que os proponentes aqui disseram mas nço ouviu porque a moçço tem essas
considerações e a moçço tem deliberações, e duas razões para já porque nós votámos contra é
que esta moçço propõe que a proposta de orçamento e grandes opções do plano para 2019,
ouviram, que esta moçço está a tomar decisões para as grandes opções do plano para 2019 e
nomeadamente que uma dessas opções no ponto dois diz que os encargos com pessoal nço sejam
superiores aos valores previstos para o ano em curso corrigindo dos encargos estmados para os
efeitos remuneratórias, como é que uma Assembleia Municipal qualquer que seja em março pode
tomar decisões destas quando condiciona o orçamento para 2019, isto é uma completa…. Ficamos
só por aqui.”
(Documento anexo à Ata com o número 8-A)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Passamos para o Período da Ordem do Dia.”

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA

III.1. Conselho Municipal de Segurança – Tomada de Posse.


(Documento anexo à ata com o número 9)

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Os membros que vço integrar o Conselho
Municipal de Segurança para além dos quinze indicados pela Assembleia Municipal que já
tomaram posse e já estço aqui a algum tempo, naturalmente a assistr à Assembleia Municipal e
podem contnuar mas vamos proceder à tomada de posse, vamos chamando os membros do
Conselho Municipal e dirijam-se aqui à Mesa para assinarem a ata desta tomada de posse”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Senhores membros da Assembleia, vamos retomar;
tvemos aqui uma reuniço de líderes. É meia-noite, a sessço como sabem no quadro do regimento
tem o limite da uma da manhç e a sessço da assembleia é convocada no sentdo de terminado o
tempo, só se houver o entendimento para prolongar por parte dos membros da assembleia é que
prorrogaremos para além da uma hora. Em relaçço à contnuidade da sessço, assentávamos desde
já nisto: tendo em conta que amanhç há uma tolerância de ponto, a Assembleia, se for caso disso,
prosseguirá na próxima terça feira com a mesma convocatória, retomada no ponto onde estver;
se nço houver prolongamento para depois da uma da manhç e entretanto, em relaçço aos pontos
seguintes da ordem de trabalhos: o 3 e o 4 sço as atas e o 5, seguros de acidentes pessoais, do que
vimos também em termos de metodologia, que se passe desde já para os pontos 6 e 7 até porque
também temos populaçço connosco que poderá também ter interesse em assistr a este ponto na
ordem de trabalhos. Nós vamos entrar já nos pontos 6 e 7 e prosseguiremos na Assembleia
Municipal, na segunda parte da Assembleia Municipal, com os restantes pontos da ordem de
trabalhos. Sendo assim, ponto 6 e 7, dou a palavra ao Sr. Presidente da Câmara”.
III.6. Delegação legal de competências nas Juntas de Freguesia. Minutas dos acordos de
execução. Aprovação
(Documento anexo à ata com o número 14)
III.7. Delegação contratual de competências nas Juntas de Freguesia. Minutas dos contratos
interadministratvos. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 15)
O Presidente da Câmara Municipal disse: “O município do Seixal tem sido pioneiro, inovador na
delegaçço de competências e meios para freguesias, opçço que tem possibilitado que desde há
muito anos a prestaçço de um serviço mais próximo, mais efcaz e de maior qualidade.
Efetvamente para este novo mandato foi aprovado pela Câmara Municipal do Seixal uma
transferência anual de 1,6 milhões de euros para as quatro juntas de freguesia do concelho, mais
14% que no mandato anterior, garantndo condições e recursos fnanceiros para que possam
exercer um conjunto muito signifcatvo de competências como a gestço de mercados municipais,
a realizaçço de intervenções nas escolas básicas, a gestço de cemitérios, a execuçço de obras de
proximidade, a realizaçço de eventos de interesse municipal, a desmataçço de terrenos, a
manutençço de espaços verdes, mobiliário urbanos entre outras. Fruto de uma gestço criteriosa
as juntas de freguesia do concelho encontram-se hoje com melhores condições que no mandato
passado para o exercício das suas funções o que motvou, nço só este reforço de verba como
também o alargamento e aprofundamento da delegaçço de competências. No entanto, gostaria
aqui de recordar que precisamos de colocar na ordem do dia algumas das principais conclusões
tomadas no Congresso da Associaçço Nacional de Freguesias, a ANAFRE, que em Janeiro deste ano
defendeu a alteraçço da Lei das Finanças Locais, no sentdo de aumentar de 2 para 3% as
transferências do Estado para o Fundo de Financiamento das Freguesias, pois segundo a ANAFRE
desde 2008 até hoje as freguesias viram subtraídas em cerca de 200 milhões de euros em virtude

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da progressiva reduçço do fundo de fnanciamento de freguesias. Outra das conclusões da


ANAFRE e que acompanhamos prende-se com a necessidade premente de repor as freguesias
extntas, no nosso concelho as três: Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires que como também já
referi há pouco afastou da vida democrátca, dezenas de populares do concelho, tornando menos
próximas a açço da Junta de Freguesia junto destas populações, pese embora reconhecemos o
grande esforço que o executvo da Uniço tem feito para suprir aquilo que seria o trabalho de três
executvos de Junta de Freguesia. Podemos observar que, enquanto os governos prometem mais
recursos e competências para as freguesias e suas populações, na verdade têm sido as câmaras
municipais, como é o caso do Seixal a garantr uma importante fata do orçamento anual das
Juntas de Freguesia mas estamos de acordo que primeiramente as freguesias deveriam ter uma
maior partcipaçço dos impostos do Estado garantndo a sua autonomia polítca e de gestço e nço
dependerem de uma outra autarquia, neste caso de uma Câmara Municipal, para melhor
desempenharem a sua funçço e estamos de acordo que se deveria dar novamente voz aos órgços
autárquicos eleitos e populações sobre o regresso das freguesias extntas; nço podemos deixar de
recordar os compromissos de antes de Outubro de 2015 que algumas forças polítcas fzeram, que
se fossem eleitos dariam novamente a voz às populações, foram eleitos e nço deram a voz às
populações. Por isso, pode ver a diferença entre aqueles que dizem e que apoiam as freguesias
mas de facto, fazem o contrário e entre aqueles que verdadeiramente apoiam as freguesias e
estço com as nossas juntas de freguesia, por isso a nossa proposta no concelho do Seixal é de
reforçar a delegaçço de competências avançando com uma nova verba para apoio à limpeza de
mercados levante, com o reforço das verbas na realizaçço de pequenas reparações nos
estabelecimentos de ensino, quer no pré-escolar, quer no 1º ciclo. Também na manutençço de
equipamentos de lazer, também na execuçço de obras de proximidade e também na realizaçço de
eventos e queremos fazê-lo de forma equitatva através de um critério base baseado na
demografa de cada território que garante o principio da igualdade e da proporcionalidade entre
todas as juntas de freguesia, por isso mais competências, mais verbas, mais confança no trabalho
das nossas juntas de freguesias. Senhor Presidente, senhores eleitos, em nossa opiniço, com este
novo quadro de delegaçço de competências as juntas de freguesia terço melhores condições para
desempenhar as suas funções até porque sobre elas se fez uma análise e se verifcou que
nalgumas áreas seria melhor o município reverter essas competências como é o caso dos espaços
verdes, onde decidimos que o município que vai gerir os espaços verdes entre 2018 e 2019 de
forma universal, isto é será só o município a gerir os espaços verdes do concelho mas existem
outras áreas onde efetvamente as juntas de freguesia provaram que conseguem ser melhores e
por isso este reforço de verbas e de competências, por exemplo nas escolas do 1º ciclo em
pequenas manutenções que aprovámos e que queremos que sejam concretzadas mas também
existem outras competências que no passado tnham sido delegadas e para as quais as juntas de
freguesia nço conseguiram fazê-lo, falamos da fscalizaçço de eventos, falamos da questço da
ocupaçço do espaço público, falamos do licenciamento de guardas noturnos, falamos de
licenciamento de fogueiras e queimadas e por isso, propomos que nço se deleguem essas
competências nas juntas de freguesia e que fque na Câmara Municipal, bem como também
propomos uma outra situaçço inversa é que hoje as juntas de freguesia têm competências na área
do ruído mas quem as tem exercido tem sido a Câmara Municipal e por isso, aquilo que propomos
também nesta proposta de acordos de execuçço e contratos interadministratvos é que essas
competências que sejam as juntas a delegar na Câmara Municipal e que seja a Câmara Municipal a
fazer exatamente, a dar essa resposta em termos da legislaçço do ruído. Por isso, Senhor
Presidente, senhores eleitos, esta proposta ou estas propostas de delegaçço de competências vêm

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melhorar o serviço à populaçço, vêm equilibrar a prestaçço do município por todas as juntas de
freguesia e vem dar as condições necessárias e o reforço de verbas necessário para que as nossas
juntas de freguesia possam fazer mais e melhor ao serviço de toda a populaçço”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos dar a palavra aos senhores membros da
assembleia. Carlos Reis, Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernço Ferro, se faz favor”.
Carlos Reis, presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, disse: “A intervençço seguinte tem
como objetvo esclarecer, em primeiro lugar, a forma em como o processo “Delegaçço de
Competências para 2017/2021” aconteceu entre a Câmara Municipal do Seixal e a Junta de
Freguesia de Fernço Ferro e, por outro lado, demonstrar que o Estado de Direito, nço foi
respeitado pela Câmara Municipal do Seixal, ao ter impedido o direito à partcipaçço e à igualdade
democrátca, quando decide nço discutr com a Junta de Freguesia de Fernço Ferro a proposta que
está aqui hoje em discussço, numa attude discriminatória para com os eleitos da junta, da
assembleia e trabalhadores da freguesia e consequentemente numa profunda desigualdade de
tratamento. No dia 20 de novembro de 2017 o executvo da Junta enviou para o e-mail da
presidência da câmara, um ofcio a solicitar uma reuniço com o assunto “Delegaçço de
Competências”. Essa reuniço, só acontece por vontade da Câmara, no 21 de fevereiro de 2018, ou
seja, três longos meses depois. A reuniço durou menos de uma hora, tendo o Sr. Presidente da
Câmara, usado a maior parte do tempo para tecer um conjunto de considerandos negatvos ao
trabalho realizado pelo anterior executvo da CDU. Em apenas cinco minutos, e sem ter promovido
durante toda a reuniço um momento para em conjunto defnirmos qual o modelo de delegaçço de
competências que melhor servia os interesses da populaçço, o Presidente da Câmara concluiu a
reuniço informando que ia retrar todas as delegações de competências, com exceçço da
manutençço das escolas básicas. Incrédulos com a proposta e com a postura e porque estávamos
a ser impedidos de partcipar democratcamente no processo, o executvo da Junta de Freguesia
no dia 22 de fevereiro por ofcio, solicita ao Sr. Presidente uma proposta por escrito. Até ao dia de
hoje o Sr. Presidente simplesmente nço respondeu. Só para terem uma ideia dos incumprimentos
referidos pelo Sr. Presidente da Câmara para justfcar a razço pela qual nço ia delegar
competências na Junta de Freguesia de Fernço Ferro foi a nço entrega dos relatórios trimestrais,
ferramenta de acompanhamento dos contratos. Apesar de eu achar que isto sço assuntos do
mandato anterior, nço devendo por isso ter qualquer peso no processo agora em discussço, mas
confesso que me irrita solenemente a deselegância polítca do Sr. Presidente da Câmara, quando o
vejo constantemente a tecer falsas acusações ao executvo da CDU em funções no mandato
anterior. Assim, no exercício das minhas funções como membro desta Assembleia Municipal e
como Presidente de Junta do anterior mandato, faço uso agora da palavra para fazer o devido
esclarecimento, em prol da verdade. O contrato assinado entre as duas autarquias e que vigorou
no mandato anterior, nço defne qual o modelo de relatório trimestral, só fala na obrigaçço de
entregar um relatório trimestral. Por essa razço, considerou o executvo CDU que, existndo
relatórios trimestrais que sço analisados, discutdos e aprovados pela Assembleia de Freguesia,
três em três meses, seriam estes documentos, que melhor espelhavam e demonstravam de forma
clara e transparente, toda a informaçço pretendida pela Câmara Municipal do Seixal e pelo seu
presidente. Para além de Fernço Ferro, também outras juntas de freguesia do concelho, por
consideraram uma duplicaçço desnecessária de trabalho e de informaçço, nço satsfzeram a
vontade do Sr. Presidente da Câmara, mantendo a entrega da informaçço através de um
documento que se chama relatórios trimestrais, os mesmos que sço aprovados em assembleia de
freguesia, tal como nós fzemos. Podia-vos dar outros exemplos das acusações feitas pelo Sr.

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Presidente da Câmara, na reuniço do dia 21 de fevereiro mas, sendo elas do conhecimento de


todos, até porque o assunto das duas lojas construídas no átrio interior do mercado ou, a
transferência da sede da junta ocupando 4 das 7 lojas que se encontravam vazias, já foi, por várias
vezes falado em sessões de Câmara. Para tornar este processo de esclarecimento mais rápido e
fel, convido-vos a todos a fazerem uma consulta aos processos que estço na Junta de Freguesia,
as portas estço abertas, onde poderço constatar que todas estas ações, tveram a concordância do
executvo CDU, e dos eleitos da CDU na Assembleia de Freguesia, tendo a Câmara Municipal e o Sr.
Presidente acompanhado estes processos bem de perto nas várias reuniões que tvemos neste
âmbito. Talvez seja este o momento para perguntar o seguinte: porque razço o Sr. Presidente da
Câmara nunca renunciou com a Junta de Freguesia durante o mandato anterior a delegaçço de
competências, suspendendo no imediato o pagamento das verbas após a deteçço das
irregularidades? Se nço suspendeu, e se afrma que há irregularidades, entço é conivente! Porque
razço o Sr. Presidente da Câmara informa a populaçço via Boletm Municipal, em 2016, sobre a
nova sede da Junta no Mercado se sabia que a sua construçço estava revestda de irregularidades?
Porque razço incluiu a construçço do Parque das Lagoas ou a construçço do Parque Infantl dos
Redondos no presta contas que a CDU apresentou na campanha eleitoral se nço concorda com
elas? Disse-me no dia 21 de fevereiro que eram só irregularidades! Estou certo que o Sr.
Presidente terá respostas para estas perguntas todas. No que diz respeito concretamente à
proposta dos contratos aqui hoje em análise e que eu tve conhecimento pela primeira vez através
da Assembleia Municipal, note-se no dia 23 de março às 16:17 horas. Nço é preciso ser
engenheiro para perceber que a proposta está recheada de má fé e com um enorme sentdo de
discriminaçço na atribuiçço de verbas, quando para Fernço Ferro é proposto a verba 24 mil e 500
euros e para as outras três freguesias do concelho um total de 637 mil 754 euros. Sr. Presidente,
porque razço nço foi aqui atribuída a Fernço Ferro a delegaçço de competências para a
manutençço e reparaçço de mobiliário urbano com uma verba de 20 mil euros, trabalhos que
sempre fzemos ultrapassando a responsabilidade defnidas nos acordos de execuçço,
contrariando a sua tese de que a junta nada faz? Quando prosseguimos a análise das propostas,
ainda fcamos mais chocados com a discriminaçço que é absolutamente assustadora! Sr.
Presidente, porque razço nço foi atribuída uma verba para a limpeza da zona envolvente do
mercado, trabalhos que a junta de freguesia já faz há vários anos, sem nunca ter recebido um
tostço? Vejo fnalmente e bem, satsfeita uma reivindicaçço antga dos presidentes de junta com a
atribuiçço agora de uma verba de 26 mil euros para esse efeito. E para Fernço Ferro zero,
porquê?! Sr. Presidente, porque razço vemos ser atribuída a delegaçço de competências na área
da desmataçço e limpeza de terrenos de domínio municipal às outras freguesias com uma verba
de quase 80 mil euros e para Fernço Ferro que é uma freguesia com as característcas que todos
conhecemos, isso nço é proposto, porquê?! Sr. Presidente, com que fundamentaçço é que o Sr.
retra a Fernço Ferro a manutençço dos espaços verdes e retra consequentemente uma verba na
ordem dos 61 mil euros empurrando por esta razço, trabalhadores para o desemprego? Sr.
Presidente, é inadmissível a discrepância entre os valores atribuídos a Fernço Ferro e as restantes
freguesias do concelho, para realizar obras de proximidade, quando Fernço Ferro é uma freguesia
onde quase tudo falta. Onde há ruas inteiras cheias de buracos! Onde nço há passeios, onde várias
sço as famílias privadas de terem água da rede pública em sua casa. Atençço que nço estou a falar
de falta de pressço de água. Vivem permanentemente há mais de 40 anos em Fernço Ferro e nço
têm água em casa! Sr. Presidente, a água é um bem essencial à vida e o Sr. está a discriminar mais
uma vez, as pessoas que moram numa freguesia que também é do concelho do Seixal e pior, água
é um tema ao qual o PCP é muito sensível e o Sr. insiste em governar esta Câmara a seu belo

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prazer, sem honrar os valores defendidos de Abril, porquê? Sr. Presidente, para realizar eventos
de interesse para uma freguesia em franco crescimento como é Fernço Ferro, onde todos os dias
chegam novas famílias, o Sr. dá 30 mil euros quando para outras dá 90 mil? Eu nço estou a dizer
que os 90 mil é muito. O que eu estou a dizer é que há uma clara discriminaçço para Fernço Ferro,
e mais, atençço quando tudo isto nunca foi discutdo, violando a Lei 75 de 12 de setembro de
2013, onde diz que as Câmaras têm que discutr os modelos de delegaçço de competências com as
Juntas de Freguesia. Sr. Presidente, já reparou que a sua posiçço antdemocrátca, está a causar o
pânico, ansiedade e uma profunda instabilidade no seio das famílias de pelo menos quatro
trabalhadores precários, que nço gozam do direito da mobilidade, e que dependem de uma justa
delegaçço de competências para poderem ser integrados no mapa de pessoal da Junta de
Freguesia? Já reparou que a proposta aqui hoje analisada prevê menos cerca de 150 mil euros,
valor que coloca em causa a estrutura criada na Junta de Freguesia de Fernço Ferro entre 1993 e
2017 …”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente esgotou o tempo”.
O Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro Assembleia Municipal disse: “Eu admito que
sim, Sr. Presidente, mas há aqui coisas que têm que ser esclarecidas”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nço tenho condições para … mas dá quanto?
Espere aí!”.
(Samuel Cruz cedeu tempo do PS)
O Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro Assembleia Municipal disse: “Obrigado.
Entço, dizia eu que a retrada de 150 mil euros coloca em causa a estrutura criada na Junta de
Freguesia de Fernço Ferro desde 1993 a 2017, estes anos todos da responsabilidade da CDU.
Caros amigos eleitos da Assembleia de Municipal, acham normal, eu nunca ter tdo acesso à
proposta de delegaçço de competências que estamos aqui hoje a analisar? Nço vale a pena
taparmos o Sol com a peneira. Isto é ilegal! Já se percebeu que estamos na presença de uma
verdadeira trapalhada e desafo todos os presentes que votarem favoravelmente esta proposta
violando as regras da democracia a explicarem aos trabalhadores da junta que hoje tem um
contrato de prestaçço de serviços que, em Abril, mês da Liberdade e da Igualdade, estço
desempregados sendo que alguns deles nem têm direito a fundo de desemprego. Para além de
nada estar garantdo aos trabalhadores do mapa de pessoal, como aqui se viu há bocadinho pela
intervençço dos trabalhadores da Junta. Nço deveriam estar os trabalhadores do mapa da junta
afetos aos serviços que estço agora, portanto aqui implícitos que a Câmara quer retrar
relatvamente aos espaços verdes, a trabalhar já no dia de hoje ou pelo menos com um processo
de transferência já iniciado para a Câmara. Nço deveriam ter sido os trabalhadores envolvidos
nesta discussço? Alguém perguntou aos trabalhadores se eles querem mudar de local de
trabalho? Se a proposta for hoje aprovada, quem lhes paga o vencimento, até eles deixarem de
ser trabalhadores da junta? Quem lhes paga o vencimento do mês de Abril? Caros eleitos. Vamos
lá ver se nos entendemos: O que está aqui hoje garantdo, para além de toda a ilegalidade
implícita, caso esta proposta seja aprovada é a extnçço de postos de trabalho. Sim! Eu vou
repetr: Extnçço de postos de trabalho porque é disto que estamos a falar! Se nço há delegaçço
de competência dos espaços verdes - departamento onde estço afetos a maioria dos
trabalhadores, e se os trabalhadores no dia de hoje nço estço na câmara, é ou nço é extnçço de
postos de trabalho? Sr. Presidente da Câmara, nço conte comigo para isto. Nço conte comigo para
esta trapalhada, nço conte comigo para esta ilegalidade e nço conte comigo para esta tragédia.

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Conte comigo sim, para trabalhar e para defender a populaçço de Fernço Ferro. Por todas estas
razões, faço um apelo aos eleitos desta Assembleia Municipal: Esta casa é uma casa da
Democracia. É nossa responsabilidade defende-la! Neste processo, os valores defendidos por ela,
foram profundamente violados. Foram violados os princípios gerais da Lei 75 de 12 de setembro
de 2013. Artgo121º onde é referido na alínea: a) Igualdade, na alínea b) Nço Discriminaçço. Foi
ainda violado o artgo 118 da mesma lei onde salvaguarda que a delegaçço de competências deve
ter em conta a racionalizaçço de recursos humanos. Já se percebeu que nço foi. Também foi
violado o artgo 16, competências materiais da Junta de Freguesia por termos sido impedidos de:
alínea i) Discutr e preparar com a câmara municipal contratos de delegaçço de competências e
acordos de execuçço, nos termos previstos da presente lei; alínea j) submeter à assembleia de
freguesia, para efeitos de autorizaçço, propostas de celebraçço de contratos de delegaçço de
competências e de acordos de execuçço. E mais grave do que tudo isto, refere o artgo 9, alínea g)
que compete à assembleia de Freguesia “Autorizar a celebraçço de contratos de delegaçço de
competências e de acordos de execuçço entre a junta de freguesia e a câmara municipal”. Assim,
eu hoje, para além de nço estar mandatado pelo executvo da Junta de Freguesia uma vez que
nunca tvemos conhecimento da proposta, logo nço existe deliberaçço, também nço estou
mandatado pela Assembleia de Freguesia porque também esta nço teve oportunidade de se
pronunciar. Nço acham estranho, no dia de hoje, estarmos na Assembleia Municipal com uma
proposta que só foi aprovada pelo executvo municipal? Entço eu nço deveria pelo menos estar
aqui, exatamente nos mesmos termos? Ou seja, com esta proposta aprovada pelo executvo da
Junta de Freguesia, pelo menos isso! É ou nço é? Parece-me que sim! Caros eleitos, eu voto contra
a ilegalidade na defesa dos interesses da populaçço da freguesia de Fernço Ferro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu já tnha dito em relaçço às palmas e nço queria
voltar a repetr, seja quem for e seja que intervençço for, nós nço estamos num festval e,
portanto, nço gostaria de voltar a colocar esta questço porque a democracia tem regras e estço a
exceder as regras. Uma coisa é a partcipaçço, outra coisa é o excedente que é o caso. Portanto
apelava à vossa compreensço para que nço voltasse a acontecer seja no que for e em que
intervençço for. Mais intervenções? Rui Belchior se faz favor”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Carlos Reis bem-vindo, estvemos seis meses sem dizer uma palavra e
hoje muito nos contou e, de facto, a oposiçço precisava de um reforço desta qualidade; obrigado
por hoje fnalmente ter dito aqui os seus argumentos e fnalmente o termos ouvido. Há seis meses
que estávamos à espera disto, repito! O Movimento Independente “Somos Fernço Ferro” fez
história ao ganhar a junta de freguesia de Fernço Ferro. E ganhou categoricamente diga-se. Por
outro lado, e preciso de o dizer o Carlos Reis, aqui nesta Assembleia desde dessa vitória, nço
conseguiu até hoje ser independente e tem alinhado em tudo o que é votaçço com a CDU, em
tudo! Sendo que, consideramos partcularmente grave, que o tenha feito, em termos daquilo que
se consttui ser, um prejuízo para as populações, designadamente, na questço do orçamento
partcipatvo que ajudou a chumbar. Sabe agora, o Carlos Reis, que a técnica e a estratégia que
adotou, de subserviência e vassalagem nço lhe serviu de nada. Por ironia do destno, precisa agora
dos partdos de quem desprezou as propostas e que, sendo de menor expressço, sço todos
fundamentais para as decisões que aqui se tomam, todos!Em certos quadros, como o de hoje, o
voto singular do PAN ou o voto singular do CDS, pode decidir a votaçço. Pelo que, para essa
conduta de vassalagem a nossa censura contundente. De resto, fca a liçço a todos aqueles que
prescindem das suas próprias ideias e das ideias do seu partdo, muitas vezes, apenas porque
querem agradar aos detentores do poder, apenas porque querem agradar a quem muitas vezes os

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desconsidera e despreza em quase todas as circunstâncias. Mas aqui chegados, também nço
podemos deixar de exortar o Sr. Presidente da Câmara, a mudar o paradigma, e de vez, o seu
paradigma, visto que a realidade do concelho se modifcou naquela que é hoje a conjugaçço de
forças. Com efeito, nço detendo a CDU a maioria, como sempre deteve, cabe-lhe a si, procurar os
entendimentos e as pontes de convergência necessárias à prossecuçço dos interesses do
município, e nço, a imposiçço e a teimosia nas posições assumidas. Posto isto, importa dizer, há
neste tema, que agora discutmos, muita controvérsia e sobretudo subjetvidade. Tal controvérsia,
sabemos nós, vem até do interior do PCP, onde se diz que há pessoas descontentes com esta
medida de centralizaçço, exatamente pelo que ela está a provocar, a criaçço de enorme facto
polítco. Por conseguinte a Câmara, insiste em afrmar, que tudo se trata de uma reconfguraçço e
de uma mudança de critérios, afrmando ainda o Sr. Presidente que tem a melhor relaçço e o
máximo de respeito com todas as juntas de freguesia” e aqui nesta parte estou a parafrasear o Sr.
Presidente da Câmara. Sendo que tal frase é contraditória quer com os factos, quer com o que diz,
depois de sobretudo confrontado com o descontentamento, por exemplo de Fernço Ferro. E é
exatamente no que diz, como reaçço ao descontentamento desta, digamos, reforma de critérios,
que nos enchemos de perplexidade. Assim, admitu o Sr. Presidente em sede da comissço do
orçamento e do plano e para justfcar esta alteraçço de critérios que: “As coisas nço estavam a
correr bem”. Aqui, referindo-se a todas as freguesias. Ora, aqui chegados somos levados a
perguntar é aliás, legítmo questonar nesta fase mas afnal as freguesias servem para quê? Entço,
nço estamos nós, em face de um poder local, ainda hoje o fez aí repetdamente que é a favor e
apregoa a necessidade da proximidade às populações? Que levanta há 5 anos a bandeira da
reposiçço das freguesias agregadas? E que durante 5 anos defendeu infamadamente todas as
virtualidades e qualidades das freguesias? Nço estamos no município em que tnhamos e vamos
ter uma comissço específca sobre a necessidade de repor as freguesias? Afnal em que é que
fcamos? Pela necessidade de descentralizaçço ou pela centralizaçço quase absoluta, como no
caso de Fernço Ferro? Ou ainda, se fcamos por uma terceira via, mais preocupante diga-se que
faz a seguinte afrmaçço nas redes sociais, passo a citar: “A freguesia de Fernço Ferro estava
melhor no concelho de Sesimbra ou no Barreiro, nço acrescenta nada de bom ao Seixal”. Esta
afrmaçço é feita por um destacado defensor da CDU e muitos dos que estço nesta sala
certamente a ouviram. Nós, Partdo Social Democrata, nço sabemos em concreto se tais e tais
medidas, que agora sço anunciadas e que segundo os seus autores se traduzem numa alteraçço
dos critérios, se há ou nço há uma discriminaçço com a Junta de Fernço Ferro. Mas em funçço da
reduçço de 260 mil euros para 105 mil euros, admitmos que possa haver essa dita discriminaçço.
Ao admitrmos que possa haver essa discriminaçço, somos forçados a admitr por outro lado que
haja a intençço ou um ato deliberado nesse sentdo, o que é extremamente grave, lamentável e
até perturbador. Há ainda um facto, neste processo que nos tem chamado a atençço e que nos
levanta uma questço pertnente e objetva. Porque vota o Partdo Socialista contra a deliberaçço
da Câmara a favor, em especial da Junta de Fernço de Ferro? Entço, nço foi com o Partdo
Socialista que este executvo estabeleceu um entendimento? Um acordo, enfm, ainda que nço
escrito, mas que é evidente nos dois pelouros atribuídos, nos dois assessores, nas pessoas que
integram no executvo da Amora, Corroios e aqui nesta Assembleia Municipal. Entço o
entendimento nço devia prever questões, que este executvo considera de interesse fundamental
para o município? Como de resto fzeram com o orçamento. E o resto? Sço agora os outros
partdos, mais pequenos em representaçço, muitas vezes desconsiderados e até digamos assim,
humilhados nas expressões que sço aqui com que se referem a eles nalgumas circunstâncias, ou
quase todas as circunstâncias, que agora vço viabilizar as ideias deste executvo, ainda por cima,

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sem ou com escassa informaçço. A isso respondemos nem pensar! E nço aceitamos, que nos
digam que estamos a entorpecer ou boicotar, ou que, se queira dizer, em relaçço à gestço do
concelho, até porque está por demonstrar, que as medidas propostas sejam da conveniência das
populações. Mas os factos sço os factos e neste jogo de passa culpas e de versões antagónicas,
nço cabe aos eleitos do Partdo Social Democrata afastarem-se das suas ideias e estas passam,
pelo diálogo, pela negociaçço, pela convergência, pelas populações e por fm dizer, pela
descentralizaçço de competências”.
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “A palavra ao Sr. Deputado Bruno Barata”.
Bruno Barata, do PS, disse: “O Partdo Socialista como sabe, também o Partdo Comunista é por
principio favorável á descentralizaçço de competências. Aliás, o Partdo Comunista é um acérrimo
defensor desta estratégia e desta maneira de estar e de enfatzar o Poder Local e portanto,
achamos que esta centralizaçço é uma contradiçço nos termos. Acresce também e também passo
a referir a intervençço da deputada Paula Santos na Assembleia da República sobre esta matéria
em que defende que o PCP estará presente em defesa da afrmaçço e valorizaçço da autonomia
do Poder Local. Ainda a Sra. deputada disse também que a proximidade e o conhecimento da
realidade em concerto sço aspetos que valorizamos. Entço, nço sço as freguesias as insttuições
que estço mais perto da populaçço e sabem atuar onde é necessário, parece-me que o Partdo
Comunista está numa contradiçço de termos e da sua linha ideológica ou entço será só o Partdo
Comunista do Seixal que está contra ciclo do Partdo Comunista Português. Porque se eles tnham
determinadas competências e se sço retradas é um atestado de incompetência aos presidentes
de junta eleitos no mandato passado pelas listas da CDU. Relatvamente a factos o Sr. Presidente
referiu que os montantes a transferir iam subir 14%, estes 14% que sobe representa apenas 1,8%
do orçamento da câmara, oiçam bem o que a Câmara Municipal descentraliza para as juntas é
apenas 1,8% do orçamento da Câmara isto é muito pouco ambicioso, isto nço é acreditar no Poder
Local e na descentralizaçço. Relatvamente a este aumento há duas freguesias que reduzem a
partcipaçço, a contrapartda fnanceira. Corroios vai ver reduzida as suas transferências no âmbito
da delegaçço de competências em 3% e Fernço Ferro vê as suas transferências reduzidas em 60%,
é mais de metade, isto é amputar uma freguesia de qualquer capacidade de executar qualquer
trabalho. Houve aqui também uma questço que o Sr. Presidente nço referiu, aliás peço desculpa
que alteraram os critérios. No anterior mandato havia um critério para atribuiçço dos valores que
era o critério geográfco e agora com esta alteraçço de critérios que é o critério populacional o que
é que acontece. Nós temos freguesias com característcas demográfcas bastante diferentes,
Fernço Fero tem uma grande geografa mas tem pouca populaçço porque o género de habitaçço,
nço é habitaçço em altura é habitaçço horizontal enquanto as outras freguesias têm enorme
densidade populacional, a alteraçço deste critério faz com que estas transferências sejam
bastante reduzidas para Fernço Ferro que por coincidência apenas é a freguesia que nço foi ganha
pelo PCP. É apenas só um facto que queria relatar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Eduardo Rosa”.
Eduardo Rosa, Presidente da Junta de Freguesia de Corroios disse: “Descentralizaçço de
competências. Duas notas que aqui gostaria de deixar e pegando nas palavras há pouco de um dos
elementos desta Assembleia, efetvamente já devia ter sido discutdo numa outra altura e nço
nesta altura que estamos aqui a discutr mas dizer que, no âmbito da Lei, temos 180 dias depois da
tomada de posse para o fazer. Portanto, estamos dentro do prazo para o executar mas há aqui
algo que eu gostaria de ressalvar. Nço é nada que nço se estvesse à espera e quando aqui se fala

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e diz que nço foi discutdo, nço foi falado, nada é discutdo e falado em dois dias. Relatvamente a
Corroios esta matéria foi discutda ao longo dos quatro anos nas mais variadas vertentes. Pegando
na questço dos espaços verdes, quando foi dito que foi retrado a Corroios os espaços verdes, nço
foi retrado, sempre o dissemos à Câmara Municipal que nço queríamos ter, porque nço temos
pessoal para fazer, era uma subempreitada. Quando aqui diz o Partdo Socialista que temos menos
verba está enganado, temos mais 110 mil euros. Têm é que saber fazer contas porque entregar
dinheiro dos espaços verdes onde se dá ao subempreiteiro entra na junta por uma porta e sai pela
outra. Neste momento temos verbas para fazer trabalho, espaços verdes nço os queremos e como
foi dito e muito bem porque foi aquilo que nós dissemos ao longo de quatro anos, os espaços
verdes têm que ser vistos de uma forma objetva, nço podemos nuns espaços verdes ser tratados
de uma maneira e outros tratados de outra, os números sço isso que o dizem mas algo que
também é aqui importante dizer e foi dito no jornal «Seixalense» por um responsável do Partdo
Socialista numa forma muito extraordinária que vamos dar aos municípios competências e
qualquer coisa para as freguesias, neste caso nço vai haver esquecimento para as freguesias mas
aqui convêm defnir o que é esquecimento, porque esquecimento aqui com certeza e como aqui já
foi dito será dar cumprimento à Lei das Finanças Locais será repor freguesias, será aquilo que na
outra legislatura foi feito que era quando num Congresso da ANAFRE tnhamos 2,5% do
Orçamento Geral do Estado, 2% e pedimos 2,5 e 3 o que foi dado foi 2% e quando agora no ultmo
congresso da ANAFRE e lá foi discutdo um conjunto de matérias entre elas também a Lei das
Finanças Locais era passar de 2 para 3,5% mas naquilo que sço as atribuições aos municípios e que
as freguesias nço sço esquecidas eu nço vejo nada do Partdo Socialista sobre esta matéria. O que
é que vço dar efetvamente? Mas também aqui dizer que quando se fala em critérios também o
dissemos que os nossos critérios em relaçço à freguesia de Corroios nço eram correspondentes
com a sua realidade. Hoje poderço sê-lo muito mais aproximados e eu digo isto de outra forma,
quando aqui foi dito que temos menos dinheiro, nço temos! Temos mais dinheiro, temos menos
10 mil euros mas é mais dinheiro porque os 120 que entravam dos espaços verdes eram dados ao
empreiteiro mas eu sei que é preciso e que tem que ser mais de engenharia fnanceira para saber
disto. Se eu tnha um dinheiro que entrava por um lado e saia pelo outro, neste momento tenho
dinheiro, perto de 10 mil euros, ganho 110 mil euros. Portanto, nço se perdeu dinheiro façam as
contas e vejam de uma forma clara e objetva até porque a sala hoje está cheia e convêm dizer
exatamente isto, mas quando falamos aqui em critérios expliquem-me lá o que eu nço percebi
ainda, a freguesia de Corroios é muito semelhante à freguesia de Amora. Entço, porque motvo é
que do Orçamento Geral do Estado temos em 2016 para a freguesia de Corroios 310 mil euros,
números redondos. Esqueçam os trocos nço vale a pena 407 mil para a Amora, menos 97 mil
euros. Em 2017, um ano depois 319 mil para Corroios 419 para a Amora, menos 100 mil. Em 2018,
3323 mil para Corroios, 425 para a Amora, menos 102 mil o fosso cada vez acentua-se entço, o
critério é este: já para nço falar do Serviço Nacional de Saúde, o que descontamos todos os meses,
todos os anos, de que forma? Sem explicaçço portanto dizer que relatvamente a esta matéria,
neste caso em relaçço à Freguesia de Corroios temos aquilo que acertámos com a Câmara
Municipal. Obviamente se perguntarem se queríamos mais verba, obviamente que sim mas para
isso também dizemos que da parte do Orçamento Geral do Estado deviam de haver as verbas para
a Junta de Freguesia de Corroios, porque se inclusivamente falam em independência fnanceira e
politca nós somos politcamente, entço devíamos ser fnanceiramente vindo do Orçamento Geral
do Estado e é isso que de uma forma sistemátca seja porque Governo for nunca foi posto em
prátca e é verdade que naquilo que alguns designam de “gerigonça” a geringonça neste caso e
para as freguesias está a falhar toda esta matéria mas dizer também aqui que relatvamente às

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verbas em causa, a freguesia de Corroios este ano fez três orçamentos. Entço, um orçamento era
de sermos independentes, descobri agora depois de fazer as contas, nço consigo ser independente
autonomamente. Entço, fzemos um segundo orçamento que era aquilo que a gente gostaria de
ter, cheguei à conclusço que nço consigo tê-lo e pô-lo na net, está aqui para toda a gente ver,
quem nço quis ver foi porque nço interessou ver e depois temos o possível. Dizer aqui também
que entre o possível e aquilo que é o desejável estamos a falar apenas destes números,
precisávamos de um orçamento de 2 milhões 829 mil euros para responder às necessidades da
populaçço. Temos um orçamento de 1 milhço 695 mil, mas para que seja mais percetvel esta
matéria dizer de outra forma com um orçamento de 2 milhões e 800 mil tnhamos 992 de
investmento. Com um orçamento de 1 milhço e 600 temos um investmento de 185 mil a isto
chama democracia, liberdade e independência das freguesias e entretanto, fzemos o nosso
orçamento com aquilo que sço as nossas condições. Este orçamento e com estes acordos de
execuçço feitos com a Câmara como digo e vou repetr fzemos e acertámos ao longo de uma
discussço de quatro anos com um livro e um caderno de encargos sobre estas matérias, sobre as
várias transferências, desde os interadministratvos, aos acordos de execuçço das escolas, aos
espaços verdes o que queríamos e foi fácil de discutr. Dizer que temos mais 110 mil euros do que
o que tnhamos em valores reais de trabalho e dizer aqui também que gostaríamos que fosse
possível o Orçamento das Finanças Locais ser revisto e para se chegar a esta conclusço muito
simples, receitas próprias da Juntas de Freguesia de Corroios sço 57% do nosso orçamento. Do
Fundo de Financiamento das Freguesias, arredondando os números sço 22% o mesmo que os
acordos de execuçço, mas se formos aos números reais a Câmara consegue dar mais dinheiro que
o estado, do Fundo de Financiamento das Freguesias temos 319 mil euros, da Câmara temos 359 é
disto que temos que falar de uma forma clara e objetva, nço é vir aqui dizer números que nço
batem com a realidade, nem batem rigorosamente com nada. Estes sço os números reais, sço os
números que estço aqui afxados e sço números que com certeza tem do Orçamento Geral do
Estado, se quiserem também os posso fundamentar com documentaçço, tenho-a aqui e dizer
outra questço, hoje vamos aqui aprovar os acordos de execuçço, se os mesmos nço forem
aprovados também nço há problema nenhum sobre esta matéria até porque o tenho defendido
sempre no âmbito da ANAFRE e como representante da ANAFRE regional que temos que ter
competências próprias para o fazer e neste momento o nosso orçamento próprio nço chega para
aquilo que sço as nossas necessidades, mas se nço tvermos esta competência da parte da Câmara
que nos ajuda naquilo que sço as nossas necessidades, passamos a fazer apenas o tapa buracos,
nço é reparaçço de calçadas por inteiro, é tapa buracos, e alguém nço sabe o que isso seja e pensa
que sço calçadas; ou entço ainda dizer e eu quero perguntar ao Sr. Presidente da Câmara que
sendo da nossa competência o material de limpeza das escolas, se a câmara por acaso informou o
Estado que nós temos mais uma escola na freguesia; é que o orçamento foi o mesmo, mas temos
mais uma escola; naturalmente será o centro de saúde e eu penso que é a escola que lá está sair
porque só pode ser esta situaçço; e dizer se isto nço for aprovado os protocolos com o movimento
associatvo, e nço vejo da parte do Governo fazerem rigorosamente nada sobre esta matéria, nço
temos condições para os fazer. Sobre a questço das escolas do 1º ciclo e as reparações também
deixamos de o fazer. Sobre o material urbano, aquilo que já fazíamos também deixamos de fazer e
sobre a colocaçço de pilaretes por causa dos carros mal estacionados em cima dos passeios,
também o deixamos de fazer porque é uma questço de polícia e de cumprimento do código da
estrada. Dizer em resumo, sobre esta matéria, que os acordos de execuçço nço sendo hoje
aprovados duas coisas se irço passar: atestados conseguimos passar todos os dias, os canídeos
também e o pessoal da ofcina, uns limpam de manhç e outros de tarde para no dia fazer a troca e

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estarem ocupados porque nço temos condições para fazer mais; mas isto é o real orçamento da
Junta de Freguesia de Corroios e quando a Câmara consegue dar mais dinheiro que o Estado trem
as conclusões que quiserem sobre esta matéria e digam se as freguesias aí podem ser
independentes”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz se faz favor”
Samuel Cruz, do PS, disse: “A últma intervençço que ouvimos é o mundo ao contrário, o Sr.
Presidente de Junta em vez de vir reivindicar mais competências e mais verbas vem aqui atacar o
Governo o que nço admira porque aquilo que se passa no concelho do Seixal é de facto, o mundo
ao contrário. Nço é normal que, em qualquer concelho, o município ou a Câmara transfra mais
dinheiro para as associações do que para as juntas de freguesia e, atençço para nço deturparem
aquilo que eu estou a dizer, o PS nço defende que se deva dar menos dinheiro ao movimento
associatvo, o PS defende que se deve dar mais dinheiro às juntas de freguesia e de facto, o
executvo municipal que transfere mais dinheiro para as associações do que aquele que transfere
para os seus parceiros naturais que sço as juntas de freguesia só pode ter uma leitura: nço confa
nas suas juntas de freguesia, o que é normal porque já aqui se falou de relatórios e eu queria
perguntar ao Sr. Presidente da Junta de Corroios, tenho aqui uma missiva da Câmara Municipal
datada de 9 de março de 2018 se já entregou o relatório referente ao 4º trimestre de 2017 porque
no dia 9 de março ainda nço tnha entregue, nço é o único pois nço é só Fernço Ferro. Também
lhe posso dizer que também numa carta que deve ter conhecimento foi a Câmara Municipal que
lhe enviou nço fui eu, tal como outros receberam, qual é a avaliaçço que a Câmara faz do seu
trabalho, da junta naturalmente e diz assim a carta da Câmara Municipal do Seixal para a Junta de
Freguesia de Corroios: «Exmo. Sr. Presidente, analisados que foram os relatórios entregues, junto
remetemos documentos de avaliaçço dos mesmos elaborados pela Câmara Municipal, destacando
o facto de pela análise efetuada se concluir em jeito de recomendaçço fnal o seguinte: da análise
realizada apurou-se contnuar a existr saldos por justfcar, quer dizer que recebeu o dinheiro e
que nço justfcou o que indicia a possibilidade de ir mais longe no desenvolvimento das
competências delegadas. Importa clarifcar que as juntas de freguesia a justfcaçço de dados em
falta, bem como a clarifcaçço que nço deverço ser imputadas as competências próprias nos
valores apresentados, quer dizer para justfcar aquilo que era a delegaçço de competências pôs
no relatório competências próprias o que estava errado. Subsiste o reporte de informaçço
genérica o que inviabiliza a análises mais rigorosas.» Bem! Eu estou-lhe a ler isto porque também
lhe posso ler um quadro que o Sr. Presidente da Câmara nos leu na comissões específca e devo
dizer que nesse caso é muito pior. Aliás, em relaçço ao Centro da Junta de Corroios diz que
aceitava as recomendações da Câmara Municipal do Seixal concordava e pura e simplesmente nço
respeitava as outras, é aquilo que foi dito. Posto isto, já temos os relatórios e vamos falar de outra
coisa: critérios o que diz a lei é que a Câmara Municipal para delegar competências tem que
designadamente aferir estes critérios populacionais, geográfcos, económicos e sociais, poder-se-á
aqui discutr-se designadamente é taxatvo ou nço se é imperatvo, existem vários acordos do
Supremo Tribunal de Justça sobre isso. Em princípio será e portanto, a Câmara para delegar
competências deveria atender a critérios populacionais, geográfcos, económicos e sociais, é
evidente ainda que a Lei nço o dissesse que assim teria que ser, nço é a mesma coisa limpar
passeios em Fernço Ferro ou aquilo que quiserem que tem um tpo de estrutura de ocupaçço do
solo, moradias unifamiliares de um local onde nço tem prédios, porque existe menos é muito mais
extensa a freguesia, é fácil compreender isto. O Sr. Presidente da Câmara também sabe, o que
quis ao reduzir o único critério populacional porque foi asfxiar a freguesia de Fernço Ferro porque

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já nço é do seu partdo, porque nço tem interesse nisso. O Partdo Socialista já aqui disse que é a
favor de mais delegaçço de competências e é e será sempre contra a perseguiçço polítca foi
também por isso que eu votei a favor da moçço do Cavalinhos. Portanto, é só para repor a
verdade, eu sei que outros presidentes de junta vço intervir também se necessário for para virem
cá repor a verdade também”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma da manhç e portanto, no quadro do
regimento termina esta parte da Assembleia Municipal e portanto, a sessço prossegue a data que
vimos é terça feira, nós estamos com uma hora em relaçço ao período da ordem do dia e os
tempos disponíveis e vou dizer: CDU 25 minutos, PS 12 minutos, PSD 9, nço utlizados ainda Bloco
de Esquerda 14, PAN 10, CDS 10 e a Câmara Municipal tem 23 e a Junta de Freguesia de Fernço
Ferro já esgotou, o que perfaz este somatório de tempos, grosso modo o tempo que falta de
término da assembleia, mais hora e meia porque estamos com a assembleia a chegar a uma hora
e agora a questço que se coloca a Assembleia decidirá só o pode fazer por unanimidade, é se o
entender, é soberana a Assembleia evidentemente, se o entender nós podemos prorrogar hoje se
for o entendimento pleno dos membros da Assembleia, e nço estamos a falar da gestço dos
pontos da ordem de trabalhos, estamos a falar do tempo, signifca que ele irá provavelmente
ainda neste ponto porque estço tempos disponíveis nos vários grupos, aqueles que dissemos mais
hora e meia, portanto até ás 2 e meia da manhç. A mesa nço queria fechar a assembleia desta
forma, digamos do rigor do regimento porque do rigor do regimento terminámos esta parte da
sessço da Assembleia Municipal. Portanto, coloco à vossa consideraçço senhores líderes? Podem
intervir em relaçço a isto. Vítor Cavalinhos se faz favor”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O Bloco de Esquerda acha que a Assembleia Municipal deve
terminar agora! Isto nço é conforme as conveniências, é que os camaradas do PS e outros
camaradas, quer dizer quando a gente discute o regimento, isto nço pode ser até às tantas da
manhç, nço pode ser até às 2 da manhç, isso acabou! E agora também acabou e começa a acabar
hoje. O Bloco de Esquerda pronuncia-se contra o prolongamento da assembleia municipal. PSD e
PS sço grandes lutadores sempre com assembleias municipais intermináveis e agora e porque lhes
convém já pode contnuar, somos contra!”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu pedia que interviessem os líderes sobre esta
matéria. Intervençço dos líderes. Joço Rebelo se faz favor”.
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Sr. Presidente é para intervir sobre este tema ou dar a minha
opiniço sobre contnuar ou nço?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Agora é a opiniço sobre contnuar”.
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Eu sou favorável que se contnue, a minha intervençço sço três
minutos, o PS e o PSD já manifestaram vontade de nço esgotar o seu tempo, acho que em menos
de 1 hora conseguimos despachar isso e fazer a votaçço, pelo menos permitr os partdos que nço
falaram sobre este assunto que falassem e que sinalizassem o seu desejo de votaçço, pelo menos
isso”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu repito o que disse em relaçço aos tempos que
faltam sço mais de hora e meia. Rui Belchior se faz favor”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Sob pena de contnuarmos aqui a queimar o tempo, queria dizer o
seguinte, as coisas nço sço pretas, nem brancas, temos que ver os momentos e as situações, isto é

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uma assembleia, creio eu, verdadeiramente extraordinária e nós temos que ter essa fexibilidade.
Acho que é uma falta de consideraçço com as pessoas que estço aqui que esperaram até esta hora
e nço conseguirem contnuar e perceberem o que é que vai acontecer; é por isso preciso que haja
fexibilidade no entendimento e na perceçço do momento que se está aqui a viver”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu vim aqui apenas dizer que nço se trata do interesse do Partdo
Socialista, do partdo A ou do partdo B; trata-se do interesse da populaçço. Para o Partdo
Socialista nço é conveniente, nem deixa de ser, o Partdo Socialista sabe ler aquilo que a
populaçço aqui presente pretende e a populaçço aqui presente o que pretende é que os seus
interesses sejam acautelados por isso o Partdo Socialista retrou, tnha tempo e tnha moções
para discutr que tnha trabalhado nelas e tnham elaborado e o Partdo Socialista retrou-as para
que pudéssemos rapidamente chegar a este ponto. De seguida o Partdo Socialista em sede de
conferência de líderes através de mim próprio, foi quem propôs que este plano passasse à frente
de todos os outros para que as pessoas que aqui estço presentes pudessem ouvir aquilo por que
cá vieram hoje. Por fm, tenho-te a dizer, Vítor Cavalinhos, muito provavelmente foi por attudes
deste tpo que o Bloco de Esquerda perdeu o seu eleito em Fernço Ferro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu até me apetecia em relaçço às palmas dizer que
isto nço é o festval da cançço. Tenham respeito! Respeitem! Vejam lá se respeitam a Assembleia
Municipal. Nço volto a dizer mais nada! Mesmo que batam palmas outra vez! Tem a palavra
Presidente de Fernço Ferro”.
Carlos Reis, presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, disse: discurso inaudível
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva. Depois é Vítor Cavalinhos a seguir”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Em termos de discussço do regimento devem estar recordados que a
CDU esteve contra a limitaçço temporal da Assembleia Municipal, dissemos isso no lugar próprio,
aceitámos as pretensões das outras forças polítcas, nomeadamente do PS e do PSD, nço sei se me
estou a esquecer de algum, mas esses lembro-me, de limitaçço temporal porque lembro-me bem
do que disseram os argumentos que utlizaram foi que a partr de determinada altura já nço
estamos lá a fazer nada porque já nço estamos com a cabeça na assembleia queremos é ir-nos
embora para casa. Foi este o argumento que vocês utlizaram. Da parte da CDU se víssemos que a
Assembleia Municipal terminaria hoje, poderíamos estar disponíveis, a Assembleia Municipal nço
vai terminar hoje. Também nço vemos nenhuma vantagem, nem sei qual é que é o momento que
se está a viver que o Rui Belchior parece que falou no momento, já estve em assembleias com
mais gente, agora há algum prejuízo de nço se votar hoje, eu nço estou a ver, tvemos até às duas
e meia, se fosse para terminarmos a assembleia poderia abrir uma exceçço, nço vai ser, todos nós
temos consciência disto e temos que voltar cá na terça-feira. Portanto, na terça-feira vamos
contnuar a Assembleia Municipal com o cumprimento do regimento, com uma norma que foi
imposta e proposta pelo PSD e pelo PS em termos de discussço do regimento”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É verdade que o PSD defendeu o limite horário,
isso é verdade! Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Sobre demagogia aqui para esta conversa nço adianta nada. Nço
vale a pena porque as coisas sço o que sço e o Bloco de Esquerda assume. Oh! Rui tens que te
habituar uma coisa, eu nço te interrompi e tu também nço me interrompes e acabou a conversa!

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Interrompes quem quiseres mas a mim nço me interrompes, porque eu nunca te interrompo a t!
Nço há aqui respeito por ninguém! Nço admito ser interrompido, tal como eu nço te interrompo a
t. O Bloco de Esquerda foi um dos partdos que na discussço do regimento se bateu porque que as
assembleias municipais nço excedessem a uma hora, até chegámos a propor que nço deviam
passar da meia-noite e meia hora e os partdos PS e PSD ao longo dos anos sempre se bateram
para que as assembleias municipais nço podiam durar até à eternidade e chegámos a uma altura e
estamos de acordo e eu presumo que nço estou aqui em discussço e em debate com nenhum
munícipe, estou em debate com o pessoal da Assembleia Municipal e já agora para dizer que as
palmas também nço me pressionam e também nço me assustam. Nço tenho problema nenhum
com isso e podem bater palmas à vontade e o Bloco de Esquerda perdeu, se querem vamos
discutr aqui se o Bloco de Esquerda perdeu. Perdeu num síto e ganhou noutros, nço estamos
aqui a ter essa discussço. Os camaradas do PS vêm para aqui, porquê que só apresentaram 11
documentos, 11 moções foram apresentadas nesta Assembleia Municipal, o Bloco de Esquerda
apresentou uma! E o Bloco de Esquerda tem 6 minutos neste período para discutr moções, se
todos tvessem feito como o Bloco de Esquerda fez, a gente já estava todos em casa a dormir mas
todos quiseram trazer muitos documentos e agora estamos nesta situaçço”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Presidente da Junta de Fernço Ferro”.
Carlos Reis, presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, disse: “Parece-me que há uma
questço que nos está aqui a passar, eu fui convocado para estar aqui hoje às 20 horas e aquelas
pessoas que ali estço a esta hora estço aqui também desde as 20 horas e parece-me a mim, salvo
melhor opiniço, que esta sessço começou a um quarto para as 9. Portanto, nço teremos nós que
respeitar os 45 minutos que aquelas pessoas que ali estço estveram aqui à espera que nós
começássemos e será que esses 45 minutos nço servem para nós arrumarmos estes dois pontos
que dizem muito respeito e interessa aquelas pessoas que ali estço? Eu nço me sinto bem ir-me
embora daqui hoje sem resolver este assunto, ainda para mais quando começámos esta sessço 45
minutos depois. Eu estava aqui às 8 horas”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu pergunto ao PAN se quer intervir e fechávamos.
Só uma nota em relaçço ao Sr. Presidente da Junta de Fernço Ferro nço começámos às 20 e 45,
nós temos um registo feito e nço foi 45 minutos depois, foi às 20h35; de qualquer maneira é
verdade que o horário é às 20 horas, mas a Assembleia começa quando estço reunidas as
condições e isso depende; porque a mesa também cá estava e havia condições de começar a
Assembleia Municipal. Depois, a outra questço tem a ver com e só é possível prolongar havendo
acordo por unanimidade, agora creio que nço há nenhum prejuízo para as pessoas porque nós
voltamos na terça-feira e a populaçço, se o entender, as pessoas que estço aqui hoje, ou outras,
voltarço na terça-feira e de forma, se calhar, muito mais serena do que prolongar isto porque a
questço do Sr. Presidente de Fernço Ferro nço é os 45 minutos, é que há ainda hora e meia de
tempo de intervençço e nço é possível dizer se utliza ou nço utliza; hora e meia até passa um
bocadinho, mas neste sentdo creio que a conclusço é objetva pronunciaram-se os lideres, nço há
unanimidade, portanto a Assembleia Municipal prossegue na próxima terça-feira, às 20 horas. Boa
noite a todos, boa Páscoa para todos”.

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SEGUNDA REUNIÃO – DIA 3 DE ABRIL DE 2018


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Agradecemos antes de mais, a Mesa e os líderes e
o Sr. Presidente da Câmara, agradecemos a vossa disponibilidade por este período, tanto no que
se refere aos membros da Assembleia Municipal, como à populaçço e a democracia é mesmo
assim, houve a necessidade e a Assembleia tem essa competência, de o decidir, houve a
necessidade de um período de reuniço da mesa com os líderes e com o Sr. Presidente da Câmara
até porque estamos também numa possibilidade regimental; já agora queria dizer isto, ou seja, a
reuniço que aqui tvemos, o regimento integra isso. Portanto, é possível interromper a Assembleia
Municipal, aliás cada grupo municipal pode no quadro do regimento requerer à mesa e está
determinado o número de vezes que o pode fazer evidentemente, mas foi no quadro regimental e
foi uma necessidade face às matérias em discussço e a esta matéria em concreto, delegaçço de
competências para as juntas de freguesia. Estamos em condições de prosseguir os trabalhos da
Assembleia Municipal. Vou em primeiro lugar recordar os tempos disponíveis. Portanto, a Câmara
Municipal 23 minutos, a CDU 25 minutos, o PS 12 minutos, o Bloco de Esquerda 14, nço utlizou
ainda, o PAN também 10 minutos, também nço tnha utlizado, o CDS 10 minutos e o Sr.
Presidente da Junta de Freguesia de Fernço Ferro tem o tempo esgotado, como já tnha
acontecido na primeira parte da sessço da Assembleia Municipal. Nós estamos nos pontos III.6 e
III.7. Ah! Falta o PSD, peço desculpa, 9 minutos. Estamos nos pontos III.6 e III.7 e foi o que
tnhamos visto, começar no Período da Ordem do Dia, depois da instalaçço do Conselho Municipal
de Segurança, nestes pontos e prosseguiremos normalmente a ordem de trabalhos, retomando
em sequência deste ponto, o ponto 2, já que o primeiro já tnha sido preenchido. Nesse sentdo,
eu pergunto se mantêm as inscrições que já estavam agendadas do Sr. Presidente da Junta de
Freguesia de Amora, e do Sr. Presidente da Uniço de Freguesias, António Santos, estas estavam
agendadas, creio que nço estava mais nenhuma. Agora vou registar os novos pedidos de
intervençço, mantêm-se estes e tem a palavra o Sr. Presidente da Junta de Amora, Manuel Araújo
e a seguir Presidente António Santos, depois Hernâni Magalhçes e Vítor Cavalinhos foram as
inscrições que tveram lugar já agora. O Rui Belchior a seguir também. Faz favor Sr. Presidente”.
Manuel Araújo, Presidente da Junta de Freguesia de Amora, disse: “No retomar desta segunda
sessço da Assembleia, eu gostava aqui de dizer que a questço que estamos hoje aqui a discutr, já
iniciada na anterior sessço nço pode de forma alguma ser discutda da forma como se discute
algumas moções aqui em que nço tem grandes consequências, se for chumbada fca em ata, se for
aprovada segue para as entdades destnatárias. O que estamos hoje a contnuar a discutr sço
questões de extrema importância e nço podem ser discutdas com a ligeireza que foram discutdas
no passado. Eu lembro os antgos os protocolos de delegaçço de competências que depois deram
origem aos acordos de execuçço e aos acordos interadministratvos e que passavam nesta
assembleia quase sem discussço, eram de imediatos votados porque nço lhes davam grande
importância, mas também nço podem ser discutdos estes novos acordos com a agressividade que
se tem verifcado e que já se deu nas primeiras intervenções. Estamos a falar de questões muito
importantes para as populações em primeiro lugar. Estamos a falar de escolas onde é necessário
as freguesias contnuarem a intervir. Estamos a falar do espaço público, estamos a falar de
espaços verdes, estamos a falar de muita coisa de extrema importância para as populações,
nomeadamente apoio social, apoio às associações, portanto para as IPSS, é disto que estamos a
falar e de facto, a questço que se coloca aqui é que se nço fosse esta questço de nós termos
competências delegadas, se tvéssemos competências próprias como acontece, por exemplo em

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Lisboa, esta questço nço se poria porque nço se compreende de forma alguma, como é que Lisboa
com 24 freguesias tem uma lei própria para onde sço transferidos cerca de 70 milhões de euros
anualmente e como é que as outras três mil freguesias restantes do país recebem 196 milhões de
euros, é uma diferença enorme e que está a acontecer aqui, aconteceu já no Porto, onde
divergências entre a Câmara Municipal do Porto e a Uniço de Freguesias do centro Histórico do
Porto de facto, por interpretaçço de um contrato interadministratvo levou a que houvesse
salários em atraso que estarço neste momento a ser regularizados. Portanto, é isso que nós nço
queremos aqui, nós defendemos competências próprias para as juntas de freguesia, dessas que
têm que vir do Orçamento de Estado com os respetvos recursos necessários. Também sobre os
critérios, eu gostava de dizer que o critério, especialmente para os contratos interadministratvos
relacionado com a populaçço, com o número de habitantes por freguesia é, de facto, o mais justo
e eu estou à vontade para o dizer porque a Amora é a freguesia que tem maior área geográfca.
Portanto, se alargássemos o critério da área geográfca também teríamos vantagem, mas também
todos nós sabemos que 1/3 do território da freguesia de Amora é pinhal. Portanto, o Pinhal das
Freiras tem grande incidência na Freguesia de Amora onde nós nço temos qualquer intervençço. A
nossa intervençço é onde estço as pessoas, é onde estço as escolas, onde estço as coletvidades, é
onde as pessoas precisam da intervençço da Junta. Nesse aspeto estou completamente à vontade
também para defender a questço dos critérios por habitante”.
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Presidente da Uniço das
Freguesias, António Santos”.
António Santos, Presidente da União de freguesias, disse: “Gostaria de começar por dizer aliás,
como já foi aqui referido na primeira parte nesta nossa sessço, penso que pelo Sr. Presidente da
Câmara que a Câmara Municipal do Seixal foi pioneira e referência para os municípios e freguesias
do país, através das associações nacionais de municípios e da ANAFRE no que aos protocolos de
descentralizaçço diz respeito. Sem dúvida que ao longo dos tempos foi um exemplo a seguir e
digno de ser registado e valorizado. No entanto, há muito que as freguesias do nosso pais através
da sua associaçço, defendem que esses protocolos, esses contratos de execuçço e acordos
interadministratvos que viessem diretamente da Administraçço Central via Orçamento de Estado
e nço dos municípios, nço pretendemos ser meros prestadores de serviços dos municípios,
queremos sim, novas competências claras e nço como até agora tem acontecido onde essas
competências sço atribuídas de forma atabalhoada por parte do Estado promovendo uma enorme
confusço entre municípios e freguesias e nço sendo acompanhados do respetvo envelope
fnanceiro para as juntas de freguesia fazer face às mesmas. Como é evidente ao longo dos anos os
critérios nunca sço do agrado de todos pois, nço se pode, nem deve tratar de forma igual
realidades que por vezes sço bastante diferenciadas. Nço podemos ser fundamentalistas, todos
percebemos que tem que haver fatores comuns e perfeitamente identfcados e mensuráveis,
podendo nós concordar ou nço com os mesmos. No entanto, nço existem como tem sido visto ao
longo dos anos soluções perfeitas, assim como as verbas a descentralizar serço sempre escassas
pois, naturalmente nós pretendemos sempre mais para fazer face às necessidades e objetvos de
intervençço em prol sempre da melhoria da qualidade de vida das nossas populações. No
respeitante à Uniço das Freguesias, os acordos de execuçço e os contratos interadministratvos
agora propostos promovem a criaçço de novas competências e alargamento das mesmas,
anteriormente assumidas. Casos concretos: aumento da área da desmataçço em mais de 20
hectares, atribuiçço de verbas para a limpeza do exterior dos mercados, no caso concreto dos
mercados levante num total de cinco que nós temos por semana. Novas atribuições nas escolas do

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1º ciclo do ensino básico como sço os casos das limpezas dos algerozes, logradouros e a instalaçço
e montagem de equipamentos elétricos, o total do valor a descentralizar será da ordem dos 600
mil euros o que representa um aumento de aproximadamente 134 mil euros, em relaçço ao ano
de 2017, o equivalente aproximadamente mais de 20% em relaçço ao ano anterior, representando
a verba a descentralizar pela Câmara Municipal do Seixal uma percentagem de aproximadamente
46% no respeitante ao orçamento inicial desta Junta de Freguesia que é de 1 milhço 396.294,
verba esta que contrasta com 361 mil 512 euros que vêm atribuídos via Fundo de Financiamento
das Freguesias e convêm aqui deixar uma nota bem clara que as descentralizações da parte da
Câmara sço precisamente o dobro das verbas que vêm via Fundo de Financiamento das Freguesias
do Orçamento de Estado. Ao falarmos do processo de descentralizaçço de competências via
contratos de execuçço ou acordos interadministratvos, estamos a falar de um processo dinâmico
e nço estátco e isto nço é de somenos que é objeto de avaliaçço periódica e se for caso disso, será
objeto da respetva correçço ou aditamento, como aliás aconteceu no mandato anterior e de uma
forma muito objetva com a nossa junta, no âmbito dos protocolos de desmataçço e no caso
também da Junta de Freguesia de Amora, na manutençço e construçço de parques infants. Como
tal, facilmente se compreende com a importância de que se reveste a aprovaçço dos respetvos
protocolos para o normal e regular funcionamento desta e de todas as juntas de freguesia do
nosso município e volto a referir estamos a falar de um processo dinâmico e nço estátco que é
objeto de avaliações periódicas e se for o caso disso, será objeto das respetvas correções ou
alargamentos de competências. Como tal, o nosso parecer só pode ser positvo e favorável aos
presentes contratos e acordos, pese embora os mesmos terem de ser submetdos após aprovaçço
desta assembleia a aprovaçço em sede de reuniço de Junta e de assembleia de freguesia. A nço
viabilizaçço dos respetvos protocolos por esta Assembleia, como os membros desta assembleia
tço bem conhecem, irá obrigar a uma enorme carga administratva e burocrátca que passaria por
uma nova renegociaçço, pela aprovaçço em reuniço de câmara e assembleia municipal, a
aprovaçço em sede de reuniço de junta e assembleias de freguesia e convêm relembrar que a
próxima reuniço ordinária de assembleia de freguesia terá de ter lugar durante todo o mês de
Abril, a seguinte será tço somente em Junho, correndo o risco de existr um hiato de tempo onde
as juntas de freguesia poderço nço ter condições para executar as presentes competências. Como
tal, nço podemos deixar de votar favoravelmente a respetva proposta, recordando a todos os
membros a responsabilidade e a importância pelos motvos aduzidos e outros de que se reveste a
aprovaçço da respetva proposta hoje nesta assembleia”.
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado Hernâni
Magalhçes”.
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Estamos a apreciar as propostas de acordo e contratos de
descentralizaçço entre a Câmara Municipal e as juntas de freguesia, o que nço é curial fazer-se
sem se atender aos critérios propostos. Trata-se de uma discussço que nço é técnica, é
marcadamente polítca porque se refere aqui a vontade polítca do executvo da Câmara Municipal
em descentralizar competências para as juntas de freguesia e neste caso concreto, esta vontade
polítca verifca-se pelo aumento signifcatvo das verbas envolvidas que aumentam de facto, perto
de 30% face aos acordos e contratos anteriormente frmados. O aspeto central da nossa discussço
deverá ser a análise dos critérios pelos quais as verbas sço afetas às diversas juntas de freguesia.
Penso poder falar em nome de todos ao afrmar que os critérios devem ser justos, equitatvos,
traduzindo uma igualdade entre munícipes, independentemente de morarem em Miratejo, na
freguesia de Corroios e onde resido, na Cruz de Pau, freguesia de Amora, na Torre da Marinha,

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freguesia de Arrentela que queremos repor ou nos Redondos, freguesia de Fernço Ferro. Nem
uns, nem outros devem ser tratados que nço de forma igual pois ninguém compreenderia, nem
aceitaria que o nço fossem. Analisando factualmente alguns dos critérios claramente expressos
nas propostas que estamos a discutr podemos afrmar com toda a verdade de uma maneira clara
e transparente que tratam o munícipe de igual maneira, resida ele onde residir no nosso concelho.
No caso das escolas que refere a verba é atribuída em funçço do número de escolas, esteja a
escola onde estver. A verba aumenta mais de 51% no seu conjunto e por exemplo, no caso da
freguesia de Fernço Ferro aumenta precisamente 51,75% no concelho aumentando 51,31%. No
que à realizaçço de eventos se refere a atribuiçço é determinada pelo número de habitantes da
freguesia face ao total de habitantes do concelho. O mesmo no que há gestço da manutençço de
equipamentos de lazer diversos. Estamos perante situações de total igualdade de critérios face aos
munícipes. Poderíamos contnuar a analisar todos os pontos que chegaríamos à mesma conclusço,
o executvo na proposta apresentada teve a preocupaçço em utlizar critérios o mais justos
possível, de tratamento dos munícipes em igualdade aspeto central da presente proposta,
naturalmente que freguesias com mais escolas, com mais habitantes, etc. recebem mais dinheiro
que freguesias com menos escolas, com menos habitantes; nço é justo que assim seja? Responda
cada um, perante a sua consciência. Eu afrmo peremptoriamente que sim, que é assim que é
justo pois, como morador em Miratejo, nço aceitaria ser tratado de forma diversa que outro
qualquer munícipe, seja da freguesia A, B, C, ou D, nem ser privilegiado, nem ser prejudicado; esta
é a regra e é isso que estas propostas fazem, tratam-nos como iguais e é assim que deve ser”.
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O Bloco de Esquerda consultou diversa documentaçço de balanço
e execuçço da delegaçço legal e contratual de competências, por parte das juntas de freguesia e
constatou que várias freguesias nço cumpriram integralmente os contratos, tanto na execuçço das
competências delegadas como no envio dos respetvos relatórios de acompanhamento a que
estço legalmente obrigadas. A Câmara teve um comportamento displicente e com manifesta falta
de rigor no controle de execuçço dos acordos. A Câmara é corresponsável pelo seu
incumprimento e pela defciente qualidade de serviço público que eventualmente se tenha
verifcado. A Câmara nço fscalizou diligentemente a implementaçço dos acordos. No âmbito dos
acordos de execuçço nço exerceu os deveres constantes da cláusula 14.ª, no âmbito dos acordos
interadministratvos nço exerceu os deveres constantes da cláusula 5. O ponto 5 das duas
cláusulas diz o seguinte: a entrega do relatório de avaliaçço referida no ano anterior possibilita a
transferência fnanceira correspondente aos meses seguintes. Ora, a Câmara contnua a transferir
as verbas sem que algumas juntas nço entregassem os respetvos relatórios, tanto o
comportamento de algumas juntas, como da Câmara merecem do Bloco forte reprovaçço. A
Câmara submete hoje à consideraçço e eventual aprovaçço desta Assembleia Municipal nova
proposta de delegaçço legal de competências e de delegaçço contratual de competências. O
executvo nço justfca, nem sustenta em estudos de viabilidade, efciência e maior justça as
propostas que faz, nço demonstra as vantagens das mesmas para as juntas de freguesia, para a
Câmara Municipal e principalmente para os munícipes e fregueses e exige que o fzesse no
preâmbulo das propostas que submete a esta Assembleia. A Câmara Municipal construiu as
propostas em análise, alterando alguns critérios que sustentara nas propostas aprovadas no
mandato de 2013/2017. Argumenta o executvo que tais critérios eram injustos para algumas
freguesias e benefciavam outras, mas em lado nenhum das propostas apresenta argumentos,
dados e números que solidamente demonstrem que tem razço. Afnal onde radica a injustça

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invocada? No âmbito da delegaçço legal de competências, acordos de execuçço, a proposta retra


a gestço e manutençço dos espaços verdes a Corroios menos 116 mil 625 euros e a Fernço Ferro
retra 100 mil e 660 euros, mas o problema maior prende-se com os contratos interadministratvos
ao alterar o critério base para a atribuir fnanciamento deixando de ser como era em 2014, a
média aritmétca da percentagem da área urbana com a percentagem de habitantes e passando a
ser só o número de habitantes como critério único a considerar e apesar de serem transferidas
novas responsabilidades e o fnanciamento subsequente e apesar de ainda da gestço dos espaços
verdes ser retrado tanto a Corroios como a Fernço Ferro a conclusço que se chega é a seguinte:
em 2014 o valor global de transferências foi para a Amora 370 mil 447 mil euros e em 2017 será
467 mil e 53 euros mais 96 mil e 608 euros. Portanto, mais 26%, em Corroios era 399 mil 772
euros que vai passar a 348 mil 850 euros menos 50 mil euros, menos 12,7%. Fernço Ferro era 291
mil 892 menos 105 mil e 500 euros, dá uma transferência global de menos 186 392 euros, menos
64%. A Uniço de Freguesias era de 525 mil euros 847, passa para 579 mil 501 euros, mais 53 mil
653 euros mais 12,2%. Em conclusço, de acordo com a Lei 75/2013, nomeadamente no disposto
no artgo 175 sob o ttulo «igualdade e não discriminação» e que diz no ponto 1, a concretzaçço
da delegaçço de competências e o respeito pelos princípios da igualdade e nço discriminaçço
referidos nas alíneas a) e b) do artgo 121, os municípios consideram designadamente critérios
relacionados com a caracterizaçço geográfca, demográfca, económica e social de todas as
freguesias abrangidas pela respetva circunscriçço territorial. Na opiniço do Bloco de Esquerda
estamos perante uma clara discriminaçço exercida sobre a freguesia de Fernço Ferro porque
mesmo perdendo a verba de 100 mil e 660 euros relatva à gestço dos espaços verdes perde em
virtude da alteraçço de critérios mais 80 mil euros, relatvamente a 2014. O Bloco de Esquerda
está de acordo com os acordos propostos para Corroios, Amora e Uniço de Freguesias mas nço
está de acordo com o acordo proposto para Fernço Ferro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Quero dizer muito frontalmente que nço estamos nada sensibilizados
com os argumentos que foram aqui trazidos, sobretudo pelos representantes da CDU, pois se
algum bloqueio vier a haver junto das juntas de freguesia, em termos de fnanciamento nço é por
nossa responsabilidade, é por sua responsabilidade que nço cedem, nem um milímetro no que
quer que seja e isto é preciso que se diga, nós nço nos sentmos minimamente responsabilizados
com nenhuma das consequências que possa advir desta reprovaçço desta deliberaçço. Queria
dizer ainda o seguinte, apesar do PSD já no dia 28 ter feito aqui a sua intervençço sobre esta
matéria mas em face de alguns comentários e rumores sobre o sentdo de voto da nossa bancada
relatvamente a esta deliberaçço da delegaçço de competências. Por um lado, questonando a
diferença nesse sentdo em relaçço ao voto do nosso vereador na Câmara. Por outro lado,
afrmando que a nossa bancada do PSD, é uma bancada radical, deste modo impõe-se uma
resposta peremptória e esclarecedora, o PSD é um partdo plural e democrátco onde é admitdo o
conforto de ideias e a divergência de opiniões. Nço é portanto, inédito e certamente nço será a
últma vez que a bancada do PSD vota de forma diversa em relaçço ao seu vereador. Enquanto uns
vêm nisso divisço e desentendimento, bom senso de uns e radicalismo de outros, nós vimos
diversidade, pluralismo, personalismo, democracia e sobretudo liberdade. É aliás, neste ponto que
nos distnguimos acentuadamente de tal ou tal partdo. Assim, a todas essas pessoas que nos
imputam determinadas classifcações queremos dizer o seguinte: se ser radical é recusar ser servil,
obediente, submisso ao poder instalado entço, somos radicais. Se ser radical é prosseguir o nosso
programa, respeitar as orientações da nossa comissço polítca, ser leal ao nosso eleitorado e aos

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interesses das populações entço, somos radicais. Se ser radical é recusar apoiar medidas
autoritárias, discriminatórias, ant-populares e ant-democrátcas entço, somos radicais. Por
últmo, queremos aqui afrmar embora com dúvidas e com interrogações que as temos mas que
mesmo apesar dessas dúvidas e dessas interrogações votaremos hoje contra esta deliberaçço ao
lado de Fernço Ferro e por Fernço Ferro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Joço Rebelo”.
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Seria natural que quando nós olhamos para a ordem de trabalhos
e vemos um ponto que fala de delegaçço legal de competências nas juntas de freguesia e
delegaçço contratual das competências nas juntas de freguesias e noutros contratos
administratvos e para quem acredita que a descentralizaçço nas juntas de freguesia é algo de
positvo e que deve ser incrementado e apoiado que nesta Assembleia Municipal tantas pessoas e
tantas grupos têm opiniço divergente sobre a proposta que aqui vem. Eu vou explicar as razões,
mais do que estarem aqui a esgrimir os elementos que levam legitmamente o Presidente da Junta
de Freguesia de Fernço Ferro a manifestar a sua oposiçço à proposta da Câmara, nós gostaríamos
de ver isto no seu todo e isso seria perigoso tentar meter freguesias contra freguesias, eu nço
quero fazer isso e nço gostaria de fazer isso. Todas merecem exatamente a mesma visço e o
mesmo respeito, quer pelos senhores eleitos, quer também e em primeira mço pelas suas
populações. O CDS vai votar contra esta proposta que a Câmara traz aqui hoje a primeira razço é
pouco ambiciosa, eu já o disse na reuniço da comissço, há concelhos no país que dço mais às suas
juntas de freguesia, também é verdade que há quem faça menos, mas eu acho que o Seixal pode e
se todos os partdos assim manifestem essa vontade podem e deve ser exemplo em relaçço a
outras câmaras e é pouco ambicioso em relaçço à proposta que aqui está presente. Em segundo
lugar tem uma visço paternalista da relaçço entre Câmara e Juntas de Freguesia. Nós lemos a
documentaçço que sustenta esta proposta da Câmara Municipal e há uma visço nço só
paternalista como centralista. A Câmara faz uma avaliaçço negatva de algumas das competências
que transferiu para as juntas de freguesia em correspondência que teve com as juntas de
freguesia, se eu fosse Presidente de Junta e já o disse pessoalmente na reuniço de comissço, eu
tnha uma reaçço absolutamente agastado perante os termos que sço utlizados nessa
correspondência, é uma análise da forma como as juntas atuaram em certas competências muito
negatvas. Por outro lado, há referências também objetvas à forma como as juntas nço prestaram
contas como deviam e nço utlizaram os meios como era suposto. Portanto, há uma crítca
implícita a todas as juntas de freguesia feito pelo executvo municipal, mas essa visço também
pode estar errada pode ser numa perspetva que eles nço têm razço que os serviços municipais
analisaram mal a forma como as juntas de freguesia o fzeram, nço sei, a populaçço é que dirá
sobre o que pensa nas funções que foram exercidas pelos senhores presidentes de junta mas esta
visço centralista e paternalista como é o apontar o dedo e a maneira como é feita é na minha
visço uma forma absolutamente incorreta no desempenho dessas funções. Depois é incongruente,
como foi aqui dito, há critérios que vço mudando ao longo do tempo, agora sço estes, podem ser
outros e desculpe lá Sr. Presidente que o diga mas parece um ajuste de contas que é feito
especifcamente com um ex-membro da CDU que agora foi eleito de uma forma independente,
cheira a isso, parece que é um acerto de contas. Isso também é negatvo que assim o seja.
Finalmente é incoerente porque se no passado valiam certos critérios, neste momento já nço é e
aqui fca sempre a pergunta mas porquê? Mas porquê que entretanto, alteraram esses critérios,
se antes eram bons e agora já nço sço. Nço há sustentaçço objetva para isso, que nos levam
eventualmente a ser convencidos das boas intenções da Câmara Municipal. Perante este quadro

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que é incoerência, razço paternalista, centralista e uma proposta pouco ambiciosa, obviamente
nço podia merecer da nossa parte a concordância. Em segundo lugar, eu gostaria aqui de
desmistfcar algumas afrmações feitas, sobretudo os Presidentes que eu respeito a sua
argumentaçço mas que eu nço concordo, ou seja, se isto vier a ser chumbado há a possibilidade,
há tempo para isso para a Assembleia Municipal temos é que trabalhar muito mais, mas isso toda
a gente estará disponível para o fazer, há possibilidade da Câmara numa convocaçço de uma
reuniço aprovar uma nova proposta, com maior dialogo e esta foi uma crítca que foi aqui dita
pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernço Ferro que eu lamento ser verdade isso, a falta
de diálogo que existu e de confrontar perante uma proposta que era esta nço era nada, a Câmara
tem a possibilidade temporal de ainda apresentar uma nova proposta e a Assembleia Municipal
tem ainda a possibilidade temporal de aprovar essa nova proposta. É preciso, é boa vontade e
também a semana passada foi proposto que a Câmara retrasse esta proposta e apresentasse uma
nova esta semana. Portanto, vocês vço ouvir ainda no tempo que falta e no futuro e no dia que
vai, se isto for chumbada, ah! vamos retrar as verbas às juntas de freguesia que nço podem fazer
o que querem e também eu contesto esse argumento! Lamento muito, mas contesto a Câmara diz
que tem o parecer jurídico eu tenho uma visço diferente sobre os efeitos do chumbo aqui mas a
verdade é que se isso acontece, deve-se exclusivamente ao executvo camarário que nço procurou
uma soluçço mais consensualizada e propor aqui retrar a proposta e vir a contraproposta. Como
disse o meu colega e eleito do PSD o Rui Belchior eu acho que o executvo que foi sempre maioria
absoluta da CDU ainda nço enfou o novo chapéu que é que nço há mais maioria absoluta.
Portanto, é preciso dialogar, é preciso discutr, é preciso procurar aqui consensos e agora a bola
está na vossa mço da Câmara Municipal para encontrar uma soluçço. Parece-me que será
chumbada mas nço sei, na volta eu já disse isso na semana passada que achava que uma das
resoluções que foi aqui aprovada devia ser aprovada e afnal nço foi aprovada, portanto agora
posso estar enganado, mas ao que parece é o que vai acontecer e lamento profundamente mas se
há aqui um responsável foi porque a Câmara Municipal nço meteu ainda na cabeça que já nço tem
maioria absoluta. Portanto, por estas razões e este alerta que eu vos faço hoje de que as
consequências sço estas, gostaria aqui de manifestar a nossa oposiçço a esta proposta da Câmara
Municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto quem é que pretende intervir? Nelson
Patriarca”.
Nelson Patriarca, do PS, disse: “A avaliaçço que nós aqui fzemos já no outro dia por parte do
nosso líder de bancada Samuel Cruz, penso que deixou claro o sentdo de voto da bancada do
Partdo Socialista. No entanto e visto que este é um órgço também fscalizador da atuaçço do
município e da vida do município. Da nossa parte estvemos a consultar aquilo que aqui já foi
referido também pelo eleito Vítor Cavalinhos sobre como é que correram este ano, visto que os
processos estavam disponíveis e fcámos a saber deles a partr de uma reuniço de uma comissço
que existu no dia 26 de março. A partr daí, elaborámos o documento que passo a ler: O Partdo
Socialista sempre considerou e sempre foi favorável ao princípio da descentralizaçço de
competências e de aproximar a resoluçço de problemas de quem está mais perto do dia-a-dia das
pessoas, defende também o princípio de subsidiariedade que determina que o nível de
intervençço mais pertnente nos domínios de açço e este princípio mostra que deve executar a
tarefa ao nível da administraçço se estverem em condições de executar o trabalho de forma mais
efcaz. Nesse sentdo o Partdo Socialista é favorável que o nível operatvo de execuçço de
proximidade esteja delegado com os devidos meios humanos e fnanceiros nas juntas de freguesia

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desde logo pelo contacto com as populações é mais próximo, mais rápido e porventura mais
efcaz. Este deveria ser um princípio universal e também de igualdade entre as várias entdades e
nço discriminaçço por nenhuma circunstância. No reverso da medalha e também da consulta da
documentaçço que fzemos é também importante que quem recebe a descentralizaçço de
competências deva prestar contas, mostrar onde gastou, como gastou, de forma mais efcaz,
detalhando aquilo que fez, como fez e porque fez. Ao consultar a documentaçço técnica de
avaliaçço da descentralizaçço de competências entre 2014 e 2017 fcamos com a ideia que o
formato atual nço é totalmente funcional, entendemos que nço podemos fazer apesar de tudo
uma avaliaçço deste modo simplista e que a passagem de competências deve ser contnuada,
reforçada com meios humanos e fnanceiros e acima de tudo importante mais escrutnado com
modelos de suporte 37:25 similares para todos e com o cumprimento de metas e objetvos. A Lei
75/2013, no seu artgo 115.º diz exatamente isso que os recursos humanos patrimoniais e
fnanceiros necessários ao exercício pelos órgços das autarquias locais devem ser para eles
transferidos, refere ainda no ponto 3 que o Estado deve promover os estudos necessários de
modo a que a concretzaçço da transferência de competências assegure requisitos como o
aumento da efcácia da gestço, o aumento dos ganhos de efcácia. Nesta proposta que nos é
colocada à consideraçço nço temos a evidência desses estudos. Mais! Da consulta da
documentaçço trocada entre a Câmara Municipal e as juntas de freguesia entre 2014 e 2017
percebemos que muito disso nço foi executado. É de notar que nço é um simples desejo do
Partdo Socialista, a própria Lei do nº 2 do artgo 122 refere que os contraentes públicos devem
promover os estudos necessários à demonstraçço dos requisitos previstos. Consideremos que
aquilo que está aqui em cima da mesa nço está devidamente fundamentado. Aliás, é também
importante que consideremos este momento, como um momento de refexço e de melhoria para
o futuro, enquanto órgço fscalizador temos essa obrigaçço e desde 2014 até á data de 2016/2017
vários técnicos da própria autarquia referem situações como as juntas de freguesia apresentam
dados com pouco detalhe e com verbas globais que difcultam a análise, que as conservações
deviam ter informaçço prévia à Câmara Municipal para acompanhamento se necessário, que as
juntas de freguesia e Câmara Municipal incumprem a cláusula 14ª, pois as vistorias e as inspeções,
reuniões trimestrais nço estço a ser realizadas, alertava um técnico que a cláusula 16 sobre a
conservaçço de sinalizaçço vertcal também estava a ser feita pelo seu departamento quando era
competência própria das juntas de freguesia. Mais á frente um técnico também da área de
educaçço e juventude diz que para além das obras havia vários gastos com viaturas, combustveis,
seguros, energia e pessoal que nço era possível averiguar de forma rigorosa a aplicabilidade do
acordo de execuçço em que numa das freguesias se falam em intervenções em escolas de forma
genérica e englobada nço discriminada o que difculta o rigor e a avaliaçço da aplicabilidade das
verbas. Uma outra técnica em 2016 solicita por duas vezes que o preenchimento detalhado dos
modelos de relatórios dos contratos interadministratvos devem identfcar as verbas para
intervenções, recomendando uma clarifcaçço das juntas de freguesia sobre a necessidade de nço
serem imputados custos com competências próprias das freguesias a estes relatórios. Refere
ainda que existem saldos por justfcar, o que numa primeira análise indicia a possibilidade de ir
mais longe no desenvolvimento de competências. Há várias circunstâncias que aqui sço referidas,
nço vou ser demasiado exaustvo, estço disponíveis para todas as pessoas mas apresentam
relatórios com verbas demasiado generalistas que nço vêm detalhas, nem especifcadas o que
torna difcil à própria Câmara Municipal fazer uma verifcaçço se as verbas que descentralizaram e
o valor que entregaram a cada uma das freguesias é ou nço bem aplicado. A certa altura um dos
relatórios diz mesmo que foram detetadas incongruências nas somas pois, os valores das parcelas

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nço coincidem com o total apresentado. Portanto, mais uma vez aqui dizemos que esta é uma boa
oportunidade, o eleito do CDS acabou de falar nisso há pouco, se tver que haver uma
renegociaçço que ela seja rápida e que inclua também outros detalhes que possibilitem uma
maior avaliaçço e um melhor escrutnio de todas as situações que muitas vezes aqui sço
representadas. Sugere-se mesmo ao fm de vários anos que de futuro os relatórios sejam
apresentados com datas especifcas o que quer dizer que elas nço eram. Existe nestes mesmos
dossiers, e o eleito Samuel Cruz fez referência a isso também na últma reuniço, documentos da
própria Câmara a solicitar às freguesias o envio de reportes que estavam atrasados, alguns deles
até mais do que um semestre, o que desta maneira se torna difcil na verdade acompanhar o
trabalho que tem sido feito; mas estes relatórios e a análise dos relatórios anuais também tem
situações que do nosso ponto de vista nço sço totalmente congruentes; o Sr. Presidente de
Câmara já nos referiu que acredita que com a entrada de 25 novos funcionários para a área de
jardins e espaços verdes poderá prestar um melhor serviço; enfm, assim será mas no entanto,
vários sço os pontos, como por exemplo, um relatvo a 2016 em que diz por exemplo situando
neste caso à Uniço das Freguesias que a manutençço dos espaços verdes no ano de 2016, a Uniço
de Freguesias contnua a fazer um trabalho muito positvo, quer na manutençço dos espaços
verdes, etc… caleiras, arruamentos, refere tudo isso. No entanto, esta é uma das competências
que o Sr. Presidente já anunciou que a dois tempos será retrada, acreditando nessa maior
efcácia. Vêm referidas situações também por exemplo, em relaçço á Amora que a gestço e
manutençço dos espaços verdes mais uma vez é positva, refere também sobre um dos pontos
que estava descentralizado o controle prévio e a realizaçço de vistorias e fscalizaçço apreciam de
forma global as juntas de freguesia nço executam qualquer competência delegada, exceto parte
da utlizaçço da ocupaçço da via pública pelo que nço se justfca manter esta delegaçço de
competências. Em resumo sço várias as situações que nos levam a pensar que realmente a
delegaçço de competências deve ser alargada mas deve ser feita também de uma forma mais
consensualizada e mais acompanhada de parte a parte. Por isso mesmo, o voto fnal do Partdo
Socialista será contra em face da situaçço aqui resumida. A informaçço disponível que aqui falei
está disponível em mais de 10 volumes que sço muito exaustvos e muito demorados de consultar
e de ler. Portanto, muito certamente fcará aqui por dizer. De toda a maneira votamos também
contra porque esta decisço de reduçço de competência de dois tempos nço é de facto, aquilo que
nós achamos mais efcaz respeitando naturalmente a posiçço do Sr. Presidente e seguramente
poderá tem razço daqui a algum tempo ou nço. Acreditamos também que nço respeita os critérios
geográfcos de democracia e de economia que o artgo 135 da Lei mandata. Aliás, esta
descaracterizaçço geográfca, demográfca, económica e social penso que nço está aqui bem
espelhada há pouco foi referido que o valor que a Câmara transfere é superior ao que o Estado
transfere. Há uma coisa fundamental, o valor que o Estado transfere é para as competências
próprias das Juntas de Freguesia, nço podemos comparar as duas coisas, aquilo que é
descentralizado por parte da Câmara Municipal é aquelas competências que a Câmara entende e
negoceia com as juntas de freguesia para lhe poder passar, portanto nço podemos comparar duas
coisas que nço sço comparáveis. Uma é a verba para competência própria que vem do Orçamento
de Estado, a outra sço para descentralizaçço de competências. Finalmente o Partdo Socialista
apela ainda que sejam adotadas medidas de normalizaçço administratva funcional, de reuniço de
vistoria e de reporte detalhado, como é pedido em vários dos momentos, e em vários dos
documentos da própria câmara municipal há muito identfcados, mesmo até por pessoas que em
mandatos anteriores tnham a área da modernizaçço administratva e que hoje em dia já nço sço
vereadores desta câmara, e que sejam muito rapidamente desenvolvidos novos processos

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negociais de preparaçço técnica para que possa vir a este órgço nova matéria para apreciaçço que
seja mais justa, mais capaz, mais equilibrada para todas as freguesias e consequentemente para os
munícipes, neste caso julgamos que tal nço se verifca”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Temos duas inscrições: Vítor Cavalinhos e Paulo
Silva mas dar-vos o quadro de tempos, creio que é útl nesta altura. A CDU tem 12 minutos, o PS 2
minutos, PSD 6, o Bloco 5, o PAN nço utlizou ainda, o CDS 4. A Câmara tem 23 minutos, o Sr.
Presidente da Junta de Junta de Fernço Ferro tem o tempo esgotado. Tem a palavra Vitor
Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu dá-me ideia que só falei 5 minutos, portanto 5 para 14 nço
tenho 5 minutos, tenho mais!
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nem as mesas sço perfeitas, nem esta nossa mesa.
Tem toda a razço. Tem 9 minutos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Este processo começou torto porque as propostas de acordos
foram elaboradas com um pecado original discriminar uma freguesia, no caso Fernço Ferro por
razões polítcas e tal facto, confgura uma violaçço da Lei 75 de 2013 de 12 de setembro. O Bloco
defendeu que uma soluçço era retrar as propostas de acordos para voltarem a ser apreciadas na
Câmara e voltarem depois à Assembleia Municipal e o Bloco reafrma essa posiçço. Reafrma que a
melhor soluçço é o Sr. Presidente porque tem autoridade para isso retrar estas propostas desta
Assembleia Municipal, elas serem reanalisadas na Câmara, voltarem á Assembleia Municipal,
algum atraso poder-se-á verifcar mas no fm terá só vantagens. Outra soluçço, que o Bloco
defendeu na semana passada era que a reuniço de líderes rejeitou e nço foi só a CDU, rejeitou a
CDU, rejeitou o PS, rejeitou o PSD era que os acordos fossem votados em separado freguesia a
freguesia e na interpretaçço do Bloco de Esquerda a Assembleia Municipal tem competência para
alterar decisões da Câmara Municipal. Esta Assembleia Municipal já alterou uma decisço da
Câmara Municipal, nomeadamente quando se tratou aqui da votaçço e análise de um empréstmo
para comprar estes edifcios, alterou um ttulo e o ttulo teve consequência no conteúdo dessa
proposta. A Assembleia Municipal já alterou uma decisço da Câmara, estço errados a CDU, está
errado o PS e está errado o PSD. Este modelo permita que nço fossem prejudicadas nenhuma das
três freguesias e obrigaria a que de imediato se encetassem ou retomassem as negociações com a
freguesia de Fernço Ferro para que rapidamente se aprovassem acordos para a mesma. È preciso
dizer o seguinte: tomar consciência disso. A CDU já nço tem a maioria absoluta nesta Assembleia
Municipal. A CDU devia ter tdo a preocupaçço de negociar com os outros partdos, devia ter
falado com o Bloco de Esquerda e com os outros se bem entendesse e antes de trazer a proposta
à Assembleia Municipal devia ter tdo essa preocupaçço porque de facto, no mandato anterior a
CDU com a maioria absoluta decidiu o que quis, a realidade polítca é outra e devia ter tdo outro
comportamento e nço o teve e a responsabilidade, a CDU tem que a assumir. Falando com toda a
franqueza, a CDU devia procurar junto do PS que é o parceiro com quem celebrou um acordo
informal a viabilizaçço destes acordos. A CDU celebrou com o PS um acordo informal nço está
escrito mas existe, ele existe e toda a gente sabe que existe. Devia de procurar junto do PS, aliás o
PS tem a responsabilidade maior de viabilizar as propostas que aqui estço que foi o parceiro
preferencial que a CDU escolheu para fazer o dito cujo. O Bloco de Esquerda nço aceita ser
encurralado nesta Assembleia Municipal, entre a CDU que quer forçar entre aspas o Bloco de
Esquerda a viabilizar as suas propostas e entre o PS, o PSD e o CDS que querem forçar entre aspas
ou sem elas o Bloco de Esquerda a rejeitar os acordos para alimentar a sua guerra contra o

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executvo. O Bloco nço aceita ser encurralado por uma força polítca e nço somos condicionados e
também nço temos medo como diz o Manuel Alegre e acho muito bem. O Bloco está de acordo
com os acordos propostos para a Amora, Corroios e Uniço de Freguesias e contra o acordo de
Fernço Ferro pelas razões que já apresentámos, se esta proposta e se ela vier à votaçço o Bloco
abster-se-á na sua votaçço”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU ouviu com muita atençço todas as intervenções,
nomeadamente a do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernço Ferro e quando ouvimos
tvemos a certeza de uma coisa, é que foi importante que em termos regimentais a CDU se tvesse
batdo com as outras forças polítcas para que V. Exa. tvesse tempo para intervir; fzemo-lo
porque consideramos que isso é um exercício de democracia e que o Sr. está aqui a representar a
populaçço da freguesia que o elegeu e tem que ter tempo como todos os outros eleitos para
intervir, ao contrário do que defendiam outras forças polítcas, como o PS e o PSD. Ao contrário e
algumas aqui falaram, o PSD pelo menos, lembro-me que falou aqui quanto a isso, isso demonstra
Sr. Presidente que nós nço discriminamos nenhum dos eleitos, nem nenhuma força que aqui está
representada, nem nenhuma freguesia e foi importante esta luta que nós tvemos e temos aqui
que dizer que também anotámos a disponibilidade que V. Exa. aqui teve de dizer que estaria
disponível para assumir outras competências como desmatações e equipamentos urbanos, iremos
analisar devidamente essa sua disponibilidade para outro contrato de execuçço. Também temos
que dizer que ao mesmo tempo que alguns agora lhe davam pancadinhas nas costas o apelidavam
de subserviente e , característcas que nós nunca lhe reconhecemos. Ouvimos igualmente com
atençço as intervenções dos outros eleitos, nomeadamente do PSD que vem aqui falar daqueles
que apenas votam favoravelmente algumas questões para agradar a quem tem o poder e aí,
concluímos porque que é que o PSD votou várias vezes contra o hospital do Seixal para agradar ao
Governo do seu partdo que era quem tnha o poder, demonstrando assim o seu radicalismo e o
seu conceito de liberdade, ou seja a sua obediência e vassalagem ao poder do seu Governo do seu
partdo. Também ouvimos bem que enquanto o CDS veio aqui dizer que votava contra por causa
da visço paternalista que se tnha, nomeadamente de exigir relatórios de execuçço por parte da
Câmara, o PS vir aqui dizer que vota contra porque na verdade faltavam esses relatórios,
demonstra bem os critérios que temos aqui da oposiçço. Dizer aqui também que registámos a
afrmaçço do PS de que nço se pode comparar as transferências para as freguesias vindas do
Orçamento de Estado, daquelas que vêm do orçamento camarário por via da delegaçço de
competências, enquanto que as primeiras que vêm do Orçamento de Estado sço competências
próprias das freguesias as que vêm do orçamento camarário sço para competências delegadas o
que demonstra uma coisa, é que no concelho do Seixal como as verbas que vêm do orçamento
camarário, os senhores Presidentes aqui disseram isso, sço superiores às que vêm do Orçamento
de Estado, quer dizer que as juntas de freguesia têm mais competências delegadas pela Câmara
Municipal do que competências próprias que o Estado lhes atribui e aí sço os diferentes governos
do PS, PSD e CDS que têm estado e que têm feito as leis e que se tem visto a visço que têm para as
freguesias, redutora com poucas competências próprias das mesmas. Nço é essa a nossa maneira
e quem vem aqui critcar que a delegaçço de competências devia de ser mais exigente, devia de
ser mais delegações de competências, primeiro deve de critcar os partdos que fazem parte
porque sço os primeiros a nço dar competências às juntas de freguesia e isso vê-se pelas verbas
que transferem do Orçamento de Estado. Também aqui notámos que o Partdo Socialista veio aqui
falar que havia uma discriminaçço de Fernço Ferro quando os critérios e como o meu camarada

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Hernâni Magalhçes já aqui disse estamos perante critérios objetvos que nço sço discriminatvos
mas o Partdo Socialista no passado nço muito distante defendeu que houvesse amputaçço de
competências para a junta de freguesia de Fernço Ferro e aí, era só para essa junta de freguesia e
passo aqui assim a citar a intervençço do Sr. Vereador Eduardo Rodrigues na reuniço de Câmara
Municipal de 2 de março de 2017, referindo-se ao mercado municipal de Fernço Ferro em que
disse que as competências eram da Junta de Freguesia, mas a Câmara está cá para fscalizar e para
por também um ponto de ordem, espera que a Câmara tome medidas sobre o assunto dizendo
que estavam a haver irregularidades na gestço do mercado por parte da Junta de Freguesia de
Fernço Ferro. Portanto esta aqui é que era uma situaçço em que era o mercado que era trado a
uma junta de freguesia mantendo-se para as outras juntas de freguesia. Para nós e o critério que
aqui temos é que um habitante de Amora tem o mesmo valor que um habitante de Fernço Ferro,
que um habitante do Seixal ou que um habitante de Corroios e é esse o critério que estamos a ver.
Depois destes quatros anos achamos que é o critério mais justo o número de habitantes
porquanto como já aqui foi dito pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Amora 1/3 da área
geográfca da freguesia é o pinhal das formas 57:49 e sobre esse nço fazem nada, onde fazem é
nas zonas urbanas e é aí que se tem que ter em atençço às pessoas e é esse o critério que nós
temos em consideraçço para estes contratos que aqui estço em discussço. Ouvimos também com
muita atençço a intervençço da populaçço e lembro-me que no Período Aberto á Populaçço
esteve aqui um morador, um pai que tem um flho na Quinta da Cabouca em Corroios em que veio
aqui levantar algumas questões de segurança, nomeadamente relatvas às caleiras e ao portço de
entrada. Penso que a Câmara Municipal estava com atençço a essa situaçço e por isso, o aumento
da delegaçço de competências na área escolar relatvamente às caleiras e aos portões e aos vídeo-
porteiros. Portanto, essa atençço de problemas concretos que foi aqui levantado por um eleitor e
que estas propostas que vço estar aqui a ser discutdas tveram em consideraçço na delegaçço de
competências. Para nós, estamos perante propostas objetvas que efetvamente têm os seus
critérios e que consideramos que nço sço discriminatvos para nenhuma das freguesias, sço
critérios objetvos e iguais para todas as freguesias. Repito, iguais para todas as freguesias.
Estamos disponíveis, como já disse, e iremos analisar a disponibilidade do Sr. Presidente da Junta
de Freguesia de Fernço Ferro para assumir outras competências e iremos fazer uma proposta
quanto a isso, sendo que as propostas estço hoje aqui assim em discussço e esperemos que todos
vocês quando votarem nço discriminem nenhuma populaçço e que tenham em consideraçço que
todos os habitantes deste concelho têm igual valor e que ao atribuirmos um critério assente no
valor estamos em critérios objetvos e nada discriminatvos quanto a nenhuma junta de
freguesia”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Já nço contávamos vir dizer nada, mas a intervençço do Sr. eleito da
CDU obriga-nos a isso é esta tátca de guardar para o fm que nós mais deploramos porque quer
fcar para o fm para depois vir contestar ponto a ponto o que os outros partdos disseram. Mas
estava tudo bem, se nço se viesse para aqui dizer mentras. Em primeiro lugar isto é quase uma
defesa da honra, e é preciso que o diga e vou dizê-lo, para fcar gravado, para memória futura para
ninguém se esquecer. O que o PSD defendeu no regimento relatvamente ao tempo da freguesia
de Fernço Ferro, ou do eleito de Fernço Ferro, era que deveria ter tempo; o que o PSD disse
claramente é que devia fcar fora dos 60 minutos, à semelhança do que sucede com a Câmara.
Nunca quisemos calar ninguém, isto é preciso que se diga, seja legal, seja a vossa interpretaçço ou
nço, esta foi a nossa proposta; foi aquilo que dissemos e para fcar claro, para ninguém ter

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nenhuma margem para dúvidas, nem hoje, nem nunca, nem no futuro, nós nço queremos trar a
voz a ninguém ao contrário de outros. Um registo fnal, e tenho pena porque isto nem sequer tem
nada a ver com o tema em concreto que estamos hoje aqui a discutr, sobre esse já falámos
abundantemente. Sobre a questço do hospital ainda é mais falacioso, ainda neste mandato
aprovou o PSD uma moçço sobre o hospital. O PSD tem dito sempre é que nço alinha em
determinados discursos que nço se deixa arrastar para determinados discursos como é evidente,
nço é porque os senhores escrevem determinadas coisas sobre o ttulo de uma moçço ter um
determinado ttulo que nós porque é o hospital ou deixa de ser e nós vamos aprovar com o vosso
argumentário. Era só isto Sr. Presidente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Defesa da honra?”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sr. eleito Rui Belchior o que V. Exa. disse sobre a disponibilidade de
tempo para o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernço Ferro está gravado e lembro-me
perfeitamente de V. Exa. ter dito para quê? Isso nem vai fazer falta, nço vai ser necessário e vamos
estar a desperdiçar o tempo. Quanto ao hospital, a sua intervençço só me veio dar razço, este
mandato votaram! Sabe porquê? Porque o PSD já nço está no Governo porque enquanto o PSD
esteve no Governo, vocês prestaram vassalagem e subserviência ao Governo do seu partdo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dizer-vos os tempos: a CDU tem 4 minutos, PS 2
minutos, PSD 4 minutos, Bloco de Esquerda 4 e CDS 4, PAN 10. Portanto, nço temos inscrições
nesta altura. Pergunto se há mais pedidos de intervençço porque ainda há tempos. Joço Rebelo”.
1 05 29
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “A expectatva que o Sr. Presidente da Câmara também que
explique melhor as perguntas que eu coloquei. Ouvi o eleito da CDU, respeito as opiniões que tem,
mas gostaria de corrigir em dois aspetos. As alterações à Lei 2012/2013 feita pelo Governo
PSD/CDS reforçou as competências próprias das juntas de freguesia e reforçou os poderes da
Assembleia Municipal através de proposta da Câmara, através das delegações que podem
entregar. Essas alterações foram no nosso tempo. Eu sei que é fácil esse discurso, também faz o PS
aqui com vocês e vocês com o PS quando vocês estço lá na Assembleia da República. O Governo
da República existe porque o PS tem o apoio da CDU e do Bloco de Esquerda e se os senhores
querem mais poderes e mais competências próprias para as juntas de freguesia, proponham isso e
tenho a certeza absoluta que o Partdo Socialista irá aprovar, agora nço responsabilize a nós que
mudámos a lei e reforçámos essas funções e eu admito que possa ser mais, nço ponho isso em
causa mas reforçámos. Agora ainda estamos à espera, neste mandato, onde vocês apoiam o
Governo Socialista, de fazer ainda melhor do que nós em relaçço ao reforço dessas funções. Os
presidentes das juntas de freguesia já disseram aqui que estço disponíveis em termos de
competências próprias para abraçar essa alteraçço, desafo-vos aqui a fazerem essas propostas
porque vocês é que apoiam o Governo. Portanto, gostaria de fazer essa correçço ao que foi aqui
dito”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É a últma pergunta em relaçço a intervenções. Eu
pedia que quem pretende intervir que se inscrevesse. Vítor Cavalinhos. Mais? Nço há mais
pedidos de intervençço, confrma-se?”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “É importante reafrmar há objetvamente nestas propostas da
Câmara dos contratos uma alteraçço de critérios, mas nço há argumentaçço escrita, nço está nas
propostas nenhuma argumentaçço escrita, nem estudos que sustentem as propostas

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apresentadas; eventualmente o executvo até pode ter razço o facto é que nço o escreve, nço está
lá dito e tem que estar, de acordo com a lei as propostas têm que estar sustentadas em estudos
fundamentados que a sustentem e nço estço lá e deviam de estar, objetvamente e sço números
nço é um problema de opiniço a Amora tem mais 26% de percentagem de fnanciamento,
Corroios tem menos 12,7 porque perde os espaços verdes. Fernço Ferro tem menos 64% de
fnanciamento e a Uniço de Freguesias tem mais 10,2% isto sço números, é objetvo. Portanto, há
objetvamente uma diferenciaçço no fnanciamento e essa argumentaçço, e estas propostas têm
que ser baseadas e têm que ser argumentadas, têm que ser escritas e têm que ser
fundamentadas. O Bloco de Esquerda nço defende e já o afrmei aqui que nós estamos de acordo
com três acordos para as três freguesias que eu já aqui referi. Essa votaçço só nço é feita assim
porque a Câmara Municipal nço quer e reafrmo e acabo o meu latm, mais uma vez sugerindo que
a melhor soluçço para a gente resolver este problema era retrar a proposta e ela voltar ao
executvo. Acho que fazia todo o sentdo e era forma de nós e a Assembleia Municipal de resolver
entre todos este problema que é uma questço que existe aqui e que é motvo polémica e é um
problema difcil para todos acho eu. É uma questço incómoda e difcil para toda a gente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Terminámos o período de intervençço dos
senhores membros da Assembleia, vou dar a palavra ao Sr. Vereador Eduardo Rodrigues em
defesa da honra”.
O Vereador Eduardo Rodrigues disse: “É a primeira vez que me é dada a honra de falar nesta
Assembleia e acabo por ter essa oportunidade porque o meu nome foi referido e nesse caso
podemos pedir a defesa da honra. Pois bem! Acabamos de falar aqui de um assunto que data do
ano passado numa reuniço de câmara e é muito normal aquilo que aqui acabou de ser dito pelo
Sr. deputado Paulo Silva. A questço aqui nço é o que ele disse é a forma como o diz ou onde é que
ele quer chegar, este é que é o cerne da questço porque nós bem conhecemos as intervenções do
Sr. deputado Paulo Silva na sua capacidade de tentar infuenciar ou de manipular aquilo que ele
quer levar a bom termo, esta é que é a questço, mas para falar do assunto e é isso que nos traz
aqui o Partdo Socialista em todos os casos sempre esteve do lado da legalidade e da lei, em
determinada altura, tal como o Sr. deputado Paulo Silva referiu é nos comunicado que no mercado
de Fernço Ferro há algumas construções que aparentemente podem ter carácter ilegal e o Partdo
Socialista trouxe como bem fez e contnuaríamos a fazê-lo à reuniço de Câmara, questonando o
Sr. Presidente da Câmara se sabia do que eventualmente nos tnham alertado o que estava lá a
acontecer, uma coisa muito simples, ou sim ou nço. É à Câmara que compete a legalizaçço destes
processos e portanto, nada mais estávamos a pedir para que a Câmara fosse ver se estava tudo
em conformidade ou nço, nós nço somos técnicos, nço sabemos se aquilo está aprovado ou nço,
se está bem feito ou se está mal feito, fzemos o nosso papel como nos compete fazer sempre. O
Partdo Socialista actuou em conformidade com a sua consciência e com aquilo que entendemos
ser legal e sempre em defesa dos interesses de todos. Nessa mesma altura, questonámos o Sr.
Presidente se tnha conhecimento do assunto, percebemos ou pelo menos é isso que eu tenho
ainda de memória que teria notfcado o Sr. Presidente da Junta, aparentemente nço terá havido
essa notfcaçço. Portanto, todo este processo, o nosso papel neste processo é muito simples é
alertar para os factos da incoerência e para os factos de situações que nós consideramos
irregulares. Agora o que me faz aqui também fazer a defesa da honra é a forma como querem
tentar vender o papel que nós fazemos no nosso dia-a-dia na Câmara ou aqui na Assembleia, ou
seja, o papel do Partdo Socialista dos quais eu sou um representante e é isso que me choca é a
forma menos clara como isto é dito aqui. De resto temos a consciência tranquila, fzemo-lo, vamos

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contnuar a fazer e dizer mais uma coisa. O Partdo Socialista nas eleições teve candidato mas
quem ganhou as eleições em Fernço Ferro foram os independentes e o Sr. Carlos Reis e o Sr.
Carlos Reis é Presidente da Junta de Freguesia de Fernço Ferro, eu também moro lá e também é o
meu Presidente e ponto fnal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Desculpe lá mas já excedemos um bocadinho o
tempo regimental de defesa da honra”.
O Vereador Eduardo Rodrigues disse: “Estaremos sempre em defesa da legalidade, sempre!”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Para encerrar este ponto tem a palavra o Sr.
Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Em primeiro lugar eu gostaria de esclarecer que a
Câmara Municipal do Seixal tentou apresentar a melhor proposta possível dentro do quadro
daquilo que foi o debate polítco assente na avaliaçço técnica e polítca que foi realizada e nessa
perspetva, nós com esta discussço estamos a dignifcar a democracia, estamos também a levar
junto da populaçço algo que talvez durante muitos anos tenha passado despercebido, é que talvez
para a populaçço do concelho do Seixal, talvez se desconhecesse que o município do Seixal foi
pioneiro na delegaçço de competências, antes mesmo dela ser regulamentada agora pela Lei
75/2013 e que, em cada mandato, entre 5 a 6 milhões de euros sço transferidos do orçamento
municipal para o orçamento das juntas de freguesia para poderem prestar um melhor serviço à
populaçço. Tem sido assim desde o 25 de Abril e claro que, para este novo mandato, a nossa
proposta como já foi sufcientemente informada é, de facto, de reforço dessa delegaçço de
competências, nço só em termos das funções em si, como também do próprio montante que está
associado subindo 14%. Por isso, eu penso que este debate foi importante e infelizmente, vou
dizer assim, de facto nço conseguimos ter, até esta altura, um envolvimento sufciente das várias
forças polítcas para que, ao contrário do antagonismo que está aqui patente nesta assembleia
municipal relatvamente a esta proposta concreta, aprovada na Câmara Municipal, nço tvemos as
condições polítcas para que pudéssemos integrar os contributos daqueles que estço contra esta
proposta porque a populaçço assim o exigiria da nossa parte; e essa, eu diria antes de mais, talvez
possa ser considerada uma falha mas também é o funcionamento da democracia e é verdade que
neste momento as forças polítcas nos órgços municipais, vamos dizer, quer na Câmara Municipal,
quer na Assembleia Municipal ou nas próprias juntas de freguesia, neste momento obrigam a uma
maior negociaçço e um maior entendimento entre todos os partdos e claro que umas vezes isso
corre bem mas outras vezes isso nço é positvo relatvamente ao resultado prátco dessa mesma
decisço. De todo o modo, gostaria de dizer que, infelizmente, quer no debate da Câmara
Municipal, onde o PS votou contra, o PSD se absteve e o Bloco de Esquerda se absteve, nço houve
condições dessas forças polítcas para apresentarem propostas alternatvas que tveram condições
de análise prévia, tveram condições de debater antes da reuniço de Câmara Municipal onde esta
questço foi decidida e tveram no próprio dia da reuniço de Câmara Municipal tveram
oportunidade de debater e alterar esta proposta, mas isso nço foi conseguido; eu tenho muita
pena que da parte dos senhores eleitos destes partdos na Câmara Municipal, nço tenha havido a
capacidade para que nos pudessem poupar a todos a um antagonismo que nos está a ser criado
nesta Assembleia Municipal porque se isso tvesse sido possível, se na Câmara Municipal os eleitos
do PS, do PSD e do Bloco de Esquerda tvessem tdo propostas concretas para melhorarmos a
nossa proposta da Câmara Municipal à Assembleia, com certeza que chegados aqui nço haveria
este antagonismo que nos levou a prolongar a Assembleia Municipal, já por dois dias, e aqui uma

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imensa troca de acusações, ataques pessoais, coisas que eu acho que nço dignifcam nada a
democracia, nço dignifcam nada a funçço de eleitos; porque nós fomos eleitos, nço é para nos
atacarmos uns aos outros, nós somos eleitos para servir a populaçço, pelo menos é isso que eu
quando acordo faço; eu estou aqui para servir a populaçço e para dar o máximo por esta
populaçço e por este concelho, mas essa eu diria que é uma responsabilidade que caberá a todos
aqueles que partciparam neste processo. No entanto ainda gostaria de trazer mais algumas
achegas relatvamente à construçço da proposta. Nós tomámos posse em meados de Outubro de
2017. Fizemos uma avaliaçço técnica de 4 anos de exercício destas competências de que
resultaram 11 pastas volumosas como na expressço de um eleito do Partdo Socialista e que
demonstram claramente que a Câmara Municipal do Seixal entendeu de forma séria e competente
o acompanhamento desta matéria por parte das juntas de freguesia, eu diria que doutra forma
nço seria se nço fosse importante esta delegaçço de competências e se a Câmara Municipal nço
tvesse munido os instrumentos necessários que medissem essa avaliaçço. Essa avaliaçço técnica
culminou com uma reuniço do executvo da Câmara Municipal com os vários serviços em
dezembro de 2017, 2 meses ou 1 mês e meio após a tomada de posse e onde construímos uma
avaliaçço sobre o que correu bem e o que correu mal relatvamente ao exercício das competências
e claro é normal que numa ou noutra área as coisas tenham corrido melhor e numa outra área as
coisas tenham corrido menos bem e também é normal, permitam-me dizê-lo, que a Câmara
Municipal do Seixal no novo mandato, uma nova composiçço polítca e técnica, que decida
também sobre áreas da sua responsabilidade como sço por exemplo os espaços verdes, que
decida que tem que melhorar este ou aquele aspeto e onde pode – também e porque é a nossa
competência – pode tomar decisões sobre a gestço futura desta áreas de trabalho e foi isso que
foi feito em dezembro de 2017; a Câmara Municipal reuniu com os seus técnicos, com os seus
dirigentes avaliou os quatro anos de exercício de competências por parte das juntas de freguesia e
fez uma avaliaçço. Depois, fomos em fevereiro reunir com as juntas de freguesia, dois meses
depois, reunimos com as quatro juntas de freguesia e apresentámos o quadro daquilo que tnha
sido a avaliaçço técnica e polítca por parte da Câmara Municipal, fruto de uma refexço que
aconteceu entre dezembro e Janeiro no executvo do município. Após isto, em março,
apresentámos uma proposta à Câmara Municipal para deliberaçço que depois culminou no dia 22
de março com a sua aprovaçço; isto para dizer que houve um trabalho sério, competente, atento,
sobre esta matéria e nço andámos aqui à espera que chegasse ao fm do tempo útl para
apresentar uma proposta, muito pelo contrário e eu tenho muita pena que nas reuniões com as
juntas de freguesia tvesse sido havido um executvo de uma junta de freguesia que em vez de
discutr ponto a ponto como era nossa intençço foi sempre dizendo que nós nos pronunciamos no
fm e quando chegou ao fm do pronunciamento do Presidente da Câmara e do executvo da
Câmara relatvamente às delegações de competências decidiu abandonar a reuniço, abandonando
as negociações – foi o caso do executvo da Junta de Freguesia de Fernço Ferro. Eu penso que este
tpo de comportamento para além de ser pouco respeitoso, do ponto de vista insttucional,
também nço é útl à construçço de uma soluçço que se pretende que aconteça entre órgços
eleitos; é porque nço basta apregoar a democracia, nço basta apregoar o carácter insttucional,
tem que se pratcar essa democracia, tem que se pratcar esse respeito insttucional. Eu quero
dizer que da minha parte o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernço Ferro e o seu executvo
merecem todo o respeito, nço só pelo trabalho que já fzeram para trás como pelo trabalho que
estço a fazer atualmente e pelo trabalho futuro que vço fazer neste mandato. Eu tenho a certeza
que vço fazer o melhor e eu cá estarei para ajudar, se houver essa vontade porque até aqui o que
aconteceu foi o que se viu na intervençço da passada 5ª feira, que foi um ataque pessoal ao

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Presidente da Câmara Municipal numa tentatva, nço sei, de criar qualquer evento ou qualquer
problema, quando da minha parte nço existrá nunca esse tpo de abordagem; por isso eu gostaria
de afastar completamente esse cenário, dizendo que tenho o máximo respeito por todos os
eleitos seja da Câmara Municipal, das juntas de freguesia, da Assembleia Municipal porque
abandonámos as nossas carreiras profssionais, estamos aqui muitos de forma voluntária e
estamos aqui a trabalhar pela populaçço e foi uma opçço que ninguém nos impôs, fomos nós que
escolhemos e por isso merece o nosso respeito e merece o meu respeito acima de tudo. Depois
também dizer que sobre a proposta que construímos, como todas as propostas, poderá nço ser
perfeita mas foi aquela que em tempo útl conseguimos construir. Como eu referi pena temos que
no quadro da Câmara Municipal ela nço tvesse contado com os contributos dos senhores
vereadores eleitos pelo PS, pelo PSD e pelo Bloco de Esquerda, porque se tvessem dado os
contributos hoje aqui esta proposta nço seria, aparentemente, rejeitada como já ouvi nas
manifestações que as várias forças polítcas colocaram. Depois, também tenho pena de que
aquando da reuniço da Comissço Especifca da Assembleia Municipal, também nço tvesse havido
um único argumento que potenciasse um possível acordo entre as partes para podermos viabilizar
estas propostas. Também tenho pena que o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernço Ferro,
convocado para a reuniço, nço tvesse comparecido a essa mesma reuniço porque quando se
apregoa a falta de partcipaçço, quando se apregoa que nço se consegue contribuir quando
chamados às reuniões ou se ausentam ou nço comparecem e é difcil nós fazermos reuniões com
quem nço está ou com quem se ausenta e por isso nço se consegue construir. Ó Sr. Presidente,
tenha calma…”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente nço tem a palavra! Nem os senhores
lá atrás”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: ...“Por isso eu faço um apelo à responsabilidade porque
o que estamos a falar sço nço só de competências e de meios que as juntas de freguesia
necessitam ter para servir as populações, como estamos a falar de crianças que precisam de apoio
da junta de freguesia e nas escolas e para que isso aconteça é preciso que a Câmara Municipal
também apoie essas intervenções. Estamos a falar de eventos, estamos a falar de equipamentos
que sço necessários gerir e por isso, o facto de nço se conseguir um acordo, primeiro na Câmara
Municipal conseguiu-se, mas na Assembleia Municipal nço ser possível o acordo para a
viabilizaçço destas propostas signifca que vamos arrastar este processo durante mais alguns
meses, quando a Câmara Municipal do Seixal já tendo aprovado um quadro de delegaçço de
competências diferente daquele que estava anterior nço poderá transferir as verbas necessárias a
partr do mês de abril e essa responsabilidade, eu quero dizer que é partlhada por todos estes
intervenientes, pelo executvo da Câmara Municipal, mas também, permitam-me dizê-lo, pelos
senhores eleitos da Assembleia Municipal, por razões perfeitamente entendíveis, pelo
funcionamento da democracia, mas naturalmente que as decisões e as posições têm também a
face de responsabilidade de quem as assume. Permitam-me ainda aproveitar esta oportunidade
para dizer que o município vai contnuar nço só a reforçar as delegações de competências com as
juntas de freguesia, e estamos disponíveis para aperfeiçoar a nossa proposta, como também
vamos contnuar a reforçar o investmento no concelho e, aqui, permitam-me, ainda sobre a
freguesia de Fernço Ferro, que recorde alguns trabalhos que o município executou recentemente
porque penso que é útl; ao nível das pavimentações, na Avenida do Seixal, na Avenida da Quinta
das Laranjeiras, no Pinhal do General ainda ontem estve presente para avaliar o estado das obras
de infraestruturas na Avenida Almirante Reis, na Avenida 5 de Outubro, a reparaçço de calçadas

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que estamos a fazer desde o fnal do ano, a colocaçço de oleões em diversos pontos da freguesia,
instalaçço de redes de infraestruturas nos Morgados II, o acompanhamento que estamos a fazer
às várias intervenções de abastecimento de água em vários arruamentos, a substtuiçço de 440
pontos de iluminaçço LED que realizámos no Pinhal do General, uma equipa de sete trabalhadores
e encarregado para diariamente tratarem da limpeza da freguesia que estamos a desenvolver, o
alocamento ou a alocaçço de uma varredora de grande porte em permanência, uma mini
varredora, dois triciclos elétricos, um carro elétrico, afetaçço diária de duas viaturas pesadas para
a recolha de monos, para além da recolha porta a porta que estamos a fazer em toda a área da
freguesia. Também aos fns-de-semana estamos a fazer ações de limpeza e desmatações gerais
com o apoio nço só da Câmara Municipal direto, mas também com prestadores de serviços
externos para que consigamos ter uma freguesia cada vez com melhor qualidade e mais limpa. Já
agora permitam-me também dizê-lo que estamos também preocupados com a situaçço dos
incêndios. Estvemos numa reuniço na últma 5ª feira também da Comissço Municipal de Defesa
da Floresta e infelizmente também a Junta de Freguesia de Fernço Ferro nço se fez representar
nessa reuniço. Para dizer também que estamos a investr de forma substantva na construçço do
Centro Distribuidor de Água de Fernço Ferro e também estamos a apoiar os bombeiros do Seixal
com a construçço do Quartel dos Bombeiros de Fernço Ferro, iremos fazer novos investmentos e
mais investmentos na freguesia, bem como no concelho. Por isso, eu diria em resumo, do ponto
de vista dos recursos que vamos canalizar para a freguesia e para as freguesias, eles serço
ampliados no próprio mandato. Permitam-me ainda dar mais uma nota sobre algumas questões
que foram colocadas relatvamente às várias intervenções dos partdos ainda nesta Assembleia
Municipal. A primeira sobre a importância que têm as freguesias e deixem-me dizer-vos que os
atos têm que corresponder às palavras; e quando nós ouvimos o PSD e o CDS virem aqui dizer que
as freguesias sço muito importantes, todos nós recordamos que foi exatamente o Governo do PSD
e do CDS que extnguiu mais de mil freguesias no país, e no concelho foram três freguesias,
afastando da vida democrátca centenas ou milhares de cidadços no território nacional. Também
foram estes dois partdos que aprovaram esta Lei 75/2013, que tem sido critcada por todos os
autarcas de todos os partdos, onde quer na ANAFRE, quer na Associaçço Nacional de Municípios
Portugueses tem merecido critcas diversas de inaplicabilidade, bem como de diversos problemas
relacionados com a sua própria execuçço e, por isso, pensamos que o PSD e o CDS têm também
que fazer corresponder aquilo que dizem aqui na Assembleia Municipal, como também aquilo que
fazem enquanto governam o país porque se na verdade as freguesias sço importantes, porque
razço se extnguiram freguesias? Porque razço nço se deram mais verbas do ponto de vista do
fundo de fnanciamento de freguesias e estamos a discutr entre uma câmara municipal e as juntas
de freguesia a atribuiçço de verbas que, nuns casos, como disse o senhor Presidente da Uniço das
Freguesias, sço o dobro daquilo que vem no Orçamento de Estado e de facto, isto é também uma
imagem que caracteriza bem o desequilíbrio que existe. Entço, se nós pagamos 85% dos nossos
impostos para o Estado Central, as juntas de freguesia que sço o organismo de maior proximidade
para nos servir, recebe mais de quem nós só pagamos 15% do que daquilo que facto, onde nós
pagamos 85% que é o Estado central e por isso, é também uma refexço para os senhores, quer do
PS que está no Governo, quer do PSD e do CDS que estveram. É uma refexço passada, presente,
mas também com certeza futura. Depois também referir e foi dito pelo PSD que há escassa
informaçço. Bom! Se onze pastas com esta grossura cada uma, nço sço pastas pequenas, sço
pastas francesas, nço sço sufcientes em termos de informaçço, eu nem sei o que é que é a falta
de informaçço. Houve informaçço, ela foi disponibilizada assim que foi requerida e por isso, eu
penso que nço se pode alegar falta ou desconhecimento sobre aquilo que se passou. Depois

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também sobre a crítca colocada sobre a centralizaçço. Bom! Nço há nenhuma centralizaçço o que
há é maior descentralizaçço e por isso nas intervenções que já ouvimos relatvamente às escolas, à
limpeza de mercados levantes, às questões relacionadas com o próprio mobiliário urbano, à
ampliaçço das desmatações, há um aumento da delegaçço de competências. Portanto, há uma
descentralizaçço e nço uma centralizaçço, bem como um aumento daquilo que tem a ver com os
contratos interadministratvos o que signifca que as juntas de freguesia terço melhores condições
para poderem desenvolver mais eventos e gerir melhores equipamentos e realizar mais obras de
proximidade. Depois também dizer que o PS disse que quer mais dinheiro das juntas de freguesia,
pois bem! Estamos de acordo, estço no Governo podem já decidir amanhç, mais! A ANAFRE agora
em Janeiro decidiu, com o Fundo de Financiamento das Freguesias devia passar de 2% para 3%,
muito bem se o PS aqui na Assembleia Municipal entende que deve dar mais dinheiro para as
juntas de freguesia, para além da Câmara Municipal que estamos disponíveis para o fazer, claro
aprovamos o orçamento onde crescemos 10% o valor para transferência para as juntas de
freguesia, é claro que o Governo também o poderá fazer e o Governo é do Partdo Socialista e por
isso, eu fcarei muito atento àquilo que os senhores eleitos do PS irço fazer relatvamente a esta
matéria. Depois sobre asfxia, eu diria o seguinte: nço se trata de nenhuma asfxia, quem tem essa
leitura tem uma versço errada dos acontecimentos, errada dos factos, porque o que estamos a
dar é mais condições às freguesias para poderem trabalhar. Diz também o Bloco de Esquerda que
a Câmara Municipal foi displicente no insufciente acompanhamento. Bom! Eu aqui faço mea
culpa porque, e vou dizer isto de forma simpátca, se eu fosse rigoroso como sço os técnicos da
Câmara Municipal do Seixal, nós já tnhamos rasgado esses contratos logo no primeiro ano porque
a verdade é que, do ponto de vista dos técnicos do município do Seixal, nço existe uma avaliaçço
assim tço positva como talvez fosse desejável, mas também quero dizer que da parte do
Presidente da Câmara Municipal nunca houve uma palavra pública sobre esta questço em
primeiro lugar, nunca houve uma açço de retrar fosse o que fosse porque eu conheço o que é o
trabalho dos técnicos e o que é o trabalho dos polítcos e dos eleitos e daqueles eleitos que nada
recebem para trabalhar em prol da populaçço e nessa perspetva considero muito injustas essas
apreciações técnicas; mas os técnicos existem, escrevem e assinam e responsabilizam-se pelo que
dizem e por isso, da parte da Câmara, nunca houve …”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente estamos a um minuto e pouco”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Estou quase a terminar Sr. Presidente. Da parte da
Câmara Municipal nunca houve de forma pública a intençço de retrar ou cortar verbas às juntas
de freguesia por essas opiniões, porque eu sei bem das difculdades que têm as juntas de freguesia
e considero que a nossa açço pode ser considerada displicente mas foi aquela que melhor serviu o
interesse público e o respeito polítco que temos pelas juntas de freguesia, pelos seus executvos e
pelos seus presidentes. Depois, para terminar Sr. Presidente da Assembleia Municipal e senhores
eleitos quer-me parecer que esta proposta que a Câmara Municipal do Seixal aprovou nço irá
passar nesta Assembleia Municipal face ao que disse à manifestaçço de voto já do PS, à
manifestaçço de voto do PSD, à manifestaçço de voto do Bloco de Esquerda, à manifestaçço de
voto do CDS, à manifestaçço de voto do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Ferro e face a isso
Sr. Presidente da Assembleia Municipal eu considero que para além de já termos proposto que
pudéssemos aprovar esta proposta e a seguir discut-la novamente para aperfeiçoar, mas
considero que nço havendo acordo para a sua viabilizaçço como foi patente que o melhor será
retrarmos esta proposta os pontos III.6 e III.7 da Assembleia Municipal do Seixal, marcando
rapidamente uma reuniço com o executvo da Junta de Freguesia de Fernço Ferro e esperemos

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que apareça e que nço se ausente e que consigamos discutr uma nova proposta, sendo que terei
que envolver a Assembleia Municipal do Seixal e pedirei ao Sr. Presidente da Assembleia
Municipal o favor de agendar antes de ir à reuniço de Câmara Municipal uma reuniço com a
Assembleia Municipal, porque na Câmara Municipal já percebi que as coisas passam mas quem
decide é a Assembleia; e por isso, nço me parece útl que façamos uma deliberaçço na Câmara
Municipal para depois chega a Assembleia e ser novamente chumbada e nessa perspetva para
além da reuniço com a Junta de Freguesia de Fernço Ferro que irei empreender e, claro que
depois com os outros presidentes de junta, decorrentes dessas reuniões, haverá novamente um
período de negociaçço que vamos abrir. Eu pedirei ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal o
favor de agendar uma reuniço de líderes ou de uma comissço, como entender para que se possa
apresentar uma proposta que mereça aprovaçço desta Assembleia, porque só isso irá responder
aquilo que as pessoas esperam dos órgços autárquicos do município. É claro que a partr do dia 23
de Abril de 2018 o município do Seixal nço está autorizado a transferir mais verbas para as juntas
de freguesia, mas essa responsabilidade fcará de todos nós porque eu e os senhores vereadores
da Câmara Municipal apresentámos em tempo útl uma proposta à Assembleia Municipal do Seixal
e a Assembleia Municipal por aquilo que foi exposto decidirá nço aprovar essa proposta, por isso,
também digo desde já que a responsabilidade do nço pagamento das verbas ás juntas de freguesia
durante o período que mediar entre as novas negociações, as reuniões polítcas que terço que
haver na Câmara, na Assembleia Municipal, as reuniões que terço que haver deliberaçço da
Câmara Municipal, a reuniço que terá que haver deliberaçço da nova Assembleia Municipal, as
reuniões dos executvos das Juntas de Freguesia, depois das assembleias de freguesia, até por fm
podermos aprovar o Presidente da Câmara e o Presidente da Junta para assinarem o protocolo e
depois só a partr daí ter autorizaçço para transferir verbas. Eu quero dizer aos senhores
presidentes de junta de freguesia e aos fregueses que lamentamos imenso mas essa
responsabilidade nço será, nem do Presidente de Câmara, nem da Câmara Municipal, serço sim
das forças polítcas que bloquearam esta decisço na Assembleia Municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Com o entendimento do Sr. Presidente da Câmara
Municipal é retrada a proposta e na fundamentaçço que aqui apresentou e está terminado este
ponto apenas com uma informaçço, porque é responsabilidade do Presidente da Assembleia
Municipal, naturalmente do seu núcleo de apoio da Assembleia Municipal mas porque a questço
aqui foi suscitada até já o tnha sido na primeira parte da sessço da Assembleia Municipal. Em
relaçço à convocatória da Comissço Permanente de Desenvolvimento Económico, Plano e
Orçamento foram convocados todos os membros desta comissço. Convocados pelo meio que é o
endereço eletrónico, incluindo naturalmente o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernço
Ferro. Ó Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernço Ferro, eu nço lhe permito isso! Nço lhe
permito a si, nem a ninguém. Portanto, saiu a convocatória igual e o único que diz que nço
recebeu foi o sr. O único! Todos os outros receberam e partciparam e isto é responsabilidade do
Presidente da Assembleia Municipal, naturalmente através da sua equipa, tem aqui a
convocatória; a confrmaçço e a convocatória do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernço
Ferro, foi o único que nço esteve presente. Todos os outros estveram presentes. Está esclarecida
a questço. Diga? Nço, nço temos votaçço. Vamos ter um período onde vamos retomar a matéria e
naturalmente que todos vamos intervir e partcipar. Agora atençço aos tempos, eu vou recordar
os tempos. Nós agora vamos proceder à eleiçço da 2.ª secretária da Mesa da Assembleia
Municipal, temos uma proposta, esperamos que a Assembleia aceite mas os tempos: a CDU tem 4

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minutos, o PS 2, PSD 4, o Bloco de Esquerda 1,30, o PAN 10 minutos nço utlizou e o CDS 2 minutos
e 20. Vamos distribuir os boletns de voto”. 1 44 52
III.2. Eleição do 2.º Secretário da Mesa da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta para 2.º Secretário é o membro da
Assembleia, Sara Sofa Oliveira da Silva Lopes Oliveira e estamos a distribuir os boletns de voto e
depois iremos chamar cada um dos membros da Assembleia de uma forma célere é evidente mas
para virem aqui colocar o boletm de voto”.
Deliberação nº 7/XII/2018
Sara Sofa Oliveira da Silva Lopes Oliveira foi eleita 2ª Secretária da Mesa da Assembleia
Municipal, com 34 votos a favor e 3 votos em branco.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O resultado da votaçço para a eleiçço da 2ª
Secretário da Assembleia Municipal, Sara Lopes Oliveira foi eleita com 34 votos a favor e 3
abstenções”.
III.3. Ata da Sessão de 15 de dezembro de 2017 – Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 10)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Em relaçço a esta ata nço podem votar por nço
terem estado presentes na Sessço, da CDU: Custódio Carvalho e Rui Algarvio; do PS: Marta Barço,
do PAN: António Martns. Eu pergunto se em relaçço a esta ata se há alguma questço?
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sobre esta Assembleia Municipal e em Janeiro de 2018 o Sr. eleito
Samuel Cruz acusou-me de ter vindo pedir isençço de IMI para uma associaçço e que devia ser a
Câmara a suportar, o eleito do PS Jorge Freire depois de eu ter dito que em momento algum me
tnha referido ao IMI a questões referentes a IMI o eleito do PS Jorge Freire veio dizer se o Paulo
Silva conhece o amigo da mentra, recomendo a sua leitura na verdade está-nos a deixar
incrédulos. Primeiro age como advogado do diabo, depois disse efetvamente que a dita
associaçço nço tnha capacidade para pagar o IMI. Samuel Cruz escreveu ainda que esperava pela
ata da assembleia para ver se apagavam o que eu tnha dito ou se eu nada teria dito sobre o
assunto. Efetvamente está aqui assim a ata e como eu escrevi na altura esta ata seria o alvará de
mentroso de alguém. Está aqui a ata e a verdade é que em momento algum, tal e qual como eu
tnha dito nço me referi a IMI, nem pedi qualquer isençço de IMI para nenhuma associaçço. Penso
que no mínimo os senhores eleitos do Partdo Socialista Samuel Cruz e Jorge Freire deviam um
pedido de desculpas pelas falsas afrmações que fzeram sobre a minha pessoa”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervençço em relaçço a esta ata?”
Rui Mendes, do PSD, disse: “Em relaçço à ata e sobre a votaçço da proposta do PAN
relatvamente aos animais no circo, refere lá que Rui Mendes e Rui Belchior abstveram-se e houve
dois votos contra do PSD que fque claro que fui eu que votei contra mais o Duarte”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Mendes obrigada pelo esclarecimento e vamos
corrigir. Mais alguma intervençço? Nço havendo oposiçço consideramos a ata aprovada”.
Aprovada a Deliberaçço nº 8/XII/2018 por unanimidade e em minuta com:
 Trinta e três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:

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 Do grupo municipal da CDU: 14


 Do grupo municipal do PS: 10
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do BE: 3
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
Nço votaram por nço terem estado presentes na sessço em causa: da CDU, Custódio Carvalho e
Rui Algarvio; do PS: Marta Barço; do PAN: António Martns
III.4. Ata da Sessão de 18 de dezembro de 2017 – Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 11)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nço podem votar por nço terem estado presentes:
da CDU: Custódio Carvalho; Do PS: Marta Barço; do Bloco de Esquerda: Sandra Sousa; do PAN:
António Martns e do CDS-PP: Joço Rebelo. Alguma intervençço? Nço havendo, consideramos
aprovada a ata também”.
Aprovada a Deliberaçço nº 9/XII/2018 por unanimidade e em minuta com:
 Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal da CDU:15
 Do grupo municipal do PS: 10
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do BE: 2
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
Nço votaram por nço terem estado presentes na sessço em causa: da CDU, Custódio Carvalho; do
PS: Marta Barço; do Bloco de Esquerda: Sandra Sousa; do PAN: António Martns e do CDS-PP: Joço
Rebelo.
III.5. Seguros de Acidentes Pessoais dos Eleitos da Assembleia Municipal – Aprovação de capitais
(Documento anexo à ata com o número 12)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara alguma nota se for esse o
seu entendimento, trata-se do quadro legal”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Dizer-lhe que a nossa proposta é de manutençço do
quadro do que vinha do anterior mandato. Felizmente nço houve assunto, do registo que tenho
de nenhuma utlizaçço deste seguro o que signifca que é um bom sinal mas no entanto, parece-
nos que tem um valor adequado, um quadro face à necessidade de podermos segurar os senhores
eleitos da Assembleia Municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há alguma intervençço neste ponto,
nço havendo colocamos à votaçço”.
Aprovada a Deliberaçço nº10/XII/2018 por unanimidade e em minuta com:

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 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:


 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do grupo municipal do PS: 11
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do BE: 3
 Do grupo municipal do PAN: 1
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada por unanimidade”.
III.8. Grandes Opções do Plano e Orçamento 2018. 1.ª Revisão (alínea a) do art. 25.º do Anexo à
Lei nº 75/2013 de 12 de setembro, com a redação atualizada pela Lei nº 42/2016 de 28 de
dezembro). Incorporação do saldo de gerência (art. 104.º da Lei do Orçamento de Estado,
aprovada pela Lei nº 114/2017 de 29 de dezembro). Aprovação
(Documento anexo à ata com o número 13)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”. 2 07 56
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Há uma inovaçço na nova Lei do Orçamento de Estado
para 2018 que gostaria de saudar porque hoje se nço tvesse existdo essa disposiçço do
Orçamento de Estado de 2018, hoje em vez de estarmos aqui a apresentar esta proposta de
revisço, da 1ª revisço para o ano de 2018 estaríamos a apresentar uma proposta de contraçço do
empréstmo, isto porquê? Porque como é sabido as câmaras municipais só podem utlizar o seu
saldo de gerência a partr do momento em que aprovem as contas na Câmara Municipal e na
Assembleia Municipal e isso só será possível com o nosso calendário até 27 de Abril e só depois de
27 de Abril é que podemos aprovar na Câmara Municipal e a seguir na Assembleia Municipal uma
revisço. Signifcava que só ao fm de quase seis meses é que nós poderíamos utlizar o saldo de
gerência de anos anteriores, quer em investmento, quer outras necessidades que tenhamos em
termos do próprio quadro de investmento. Felizmente que com o debate que aconteceu da lei do
Orçamento de Estado de 2018 houve uma disposiçço que permite que basta a Câmara Municipal
aprovar o mapa de fuxos de caixa que pode imediatamente mobilizar o saldo de gerência
anterior. Esta é uma boa decisço inscrita no Orçamento de Estado que gostaria de saudar e por
isso, em vez de estarmos a contrair um empréstmo tendo o município mais de 18 milhões de
euros de disponibilidades, em vez de estar a contrair um empréstmo para resolver problemas de
tesouraria dos primeiros meses do ano, sem poder utlizar estes 18 milhões de euros que tem.
Afnal com esta disposiçço, podemos socorrer-nos nço do empréstmo, mas sim das verbas que
temos em caixa e permitr resolver as necessidades que temos em termos de tesouraria. Por isso,
Sr. Presidente esta é a primeira questço que gostaria de dar nota positva como uma inovaçço
positva relatvamente ao quadro das autarquias, esperemos que a nova lei de fnanças locais que
está em preparaçço possa também concretzar esta questço em termos defnitvos e nço fcar
dependente apenas de um Orçamento de Estado que como sabemos muda em cada ano,
pensamos que é uma boa medida e por isso deve prosseguir. Depois em termos da própria
proposta em concreto dos 4 milhões de euros da revisço orçamental. Bom, a primeira nota tem a
ver com as despesas com pessoal é conhecido que também a Lei do Orçamento de Estado para

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2018 e é outra medida positva que permitu que fnalmente quase 10 anos depois que se
descongelassem as progressões dos salários dos funcionários da Administraçço Pública e aqui é
preciso também recordar que quem foi o responsável pelo seu congelamento desde 2009 mas
isso, tem uma traduçço prátca em termos dos custos com pessoal no município e nesse sentdo,
tendo já transitado subir de categoria 600 trabalhadores a partr de 1 de Janeiro de 2018, estando
mais cerca de 400 em preparaçço a partr talvez de Junho ou Julho deste ano, precisamos de
reforçar as verbas com as despesas com pessoal no sentdo de podermos cumprir também este
principio que fcou consignado na Lei do Orçamento de Estado para 2018 e de forma positva.
Também vamos utlizar este mecanismo para poder antecipar o acordo de pagamento com a ADSE
que estava previsto para 2019 e, nessa perspetva, vamos antecipá-lo em 2018, também pagando
divida mais cedo e depois temos o conjunto de necessidades, onde eu destacaria aqui a gestço das
áreas forestais, gestço de combustvel e desmataçço de espaços verdes porque ainda na recente
Comissço Municipal de Defesa da Floresta, aquela que eu fz referência onde tveram a Câmara
Municipal o ICNF, a Autoridade Nacional de Proteçço Civil, as forças de segurança PSP e GNR,
esteve a marinha, esteve o exército, estveram a EDP, a Infraestruturas de Portugal, estveram
operadores com dimensço forestal no município, nomeadamente Herdade Monte Verde
estveram as juntas de freguesia, exceto Fernço Ferro como eu também referi e onde aprovámos o
Plano Municipal de Defesa da Floresta contra incêndios e nesse Plano Municipal existem
disposições que sço as faixas de gestço de combustvel de que o município vai avançar e está a
avançar, quer com meios próprios, quer com meios externos e por isso também precisamos de
reforçar esta verba em termos de aquisições de limpeza de matos. Depois as outras questões sço
meramente de funcionamento e nessa perspetva muito gostaríamos de ver aprovada esta
primeira revisço orçamental para o ano de 2018”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Colocar uma questço à Assembleia Municipal como
proposta que esperamos, a Mesa, que os senhores membros da Assembleia Municipal aceitem
que é: nós temos os tempos esgotados, trando o PAN que nço utlizou, estamos neste ponto e
depois há mais um, o que é que nós propomos que apreciemos estes dois pontos e nço vamos
aqui gerir os tempos, contar tempos, esperando que todos usem o necessário, nço estamos a ver
que nço seja assim. Esta é também uma questço nova, nós esgotámos até o tempo de
funcionamento da Assembleia do Período da Ordem do Dia, senço houver entendimento em
contrário funcionamos assim e faremos uma gestço cuidada sem ser excessiva por parte dos
grupos que já nço tendo tempo e ninguém tem pratcamente. Estamos de acordo? Se vir que nço
está a ser usado com a parcimónia que justfca tomamos a medida adequada, o contrário disso
seria esgotar e passarmos às votações, o que também nço nos parece. Entço, neste quadro de boa
gestço, Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Começar por saudar esta decisço da mesa que é corroborada pelo
Partdo Socialista porque independentemente das questões regimentais o mais importante
daquilo que aqui fazemos contnua a ser o franco debate polítco e o Partdo Socialista se bem que
entende que contnua a ser no regimento que as questões de equidade devem ser asseguradas,
privilegia e está absolutamente de acordo com aquilo que é o bom senso na gestço dos trabalhos,
em primeiro lugar. Em segundo lugar apelar também ao bom entendimento da mesa, eu vou fazer
uma intervençço um bocadinho mais regimental e um bocadinho à margem daquilo que é o ponto
da ordem de trabalhos, sendo que o Bruno Barata de seguida irá fazer a intervençço do Partdo
Socialista mais em concreto sobre este ponto da ordem de trabalhos. Uma breve nota, antes de
começar aquilo que aqui vim dizer, para dizer ao eleito Paulo Silva que para mim e para o Partdo

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Socialista esta Assembleia Municipal tem muito mais dignidade do que o facebook e se há coisa
que nunca me fará aqui trazer é vir para aqui falar daquilo que se discute no facebook, tenho mais
que fazer felizmente com o meu tempo do que ler atas, aconselho-te a ouvir a gravaçço que será
certamente um bom exercício. Posto isto, dizer ao Sr. Presidente da Câmara que eu sou de Direito,
o Sr. Presidente da Câmara é engenheiro e certamente saberá fazer contas muito melhor do que
eu. Há no entanto, uma coisa que disse ao retrar a anterior proposta que nço pode dizer, que é
que a responsabilidade da nço aprovaçço daquilo que foi a delegaçço de competências nas juntas
é desta Assembleia e nço o pode dizer por duas questões. Em primeiro lugar, porque esta
Assembleia é composta por 33 eleitos, mais 4 presidentes de junta, um total de 37 membros com
direito a voto. O Bloco de Esquerda anunciou que se abstnha, o que quer dizer que iriam usar do
seu direito de voto a favor ou contra 34 elementos, a CDU tem 13 eleitos e 3 presidentes de junta
o que faz 16, o PAN nço disse se votava a favor, contra ou se se abstnha. Portanto, se o PAN
votasse a favor esta proposta teria sido aprovada com 17 votos a favor e com o voto de qualidade
do Presidente da Mesa. Portanto, como nço foi votada e como foi retrada pelo Sr. Presidente da
Câmara a proposta, a partr deste momento que fque bem claro que a única e exclusiva
responsabilidade de nço haver delegaçço nas juntas de freguesia nço é desta Assembleia, é do Sr.
Presidente da Câmara”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bruno Barata”.
Bruno Barata, do CDS-PP, disse: “Em primeiro lugar, queria-me associar ao Sr. Presidente da
Câmara na saudaçço que fez ao artculado do Orçamento de Estado de 2018 que permite que
estejamos aqui hoje a discutr uma transiçço do saldo de gerência para fazer necessidades a
tesouraria de curto prazo ao invés de estarmos a discutr um empréstmo e portanto, essa é uma
diferença também que este Orçamento de Estado de 2018 traz para todos os municípios e para
facilitar a boa gestço dos municípios. Associo-me a si nesta saudaçço, nço me posso associar na
distribuiçço e nas escolhas que fez para este reforço de 4 milhões, em parte e nço em todo. A
parte que o Partdo Socialista concorda e acolhe de reforço é 1 milhço e meio que coloca no
agrupamento de despesas com pessoal para prosseguir a politca que o Partdo Socialista tem feito
na recuperaçço dos rendimentos das famílias com eliminaçço dos cortes que foram impostos pelo
Governo da austeridade, mas também com a eliminaçço da sobretaxa, também criada pelo
Governo de direita, mas 2018 traz uma grande novidade que permite descongelar as progressões
aos trabalhadores da Administraçço Pública, por isso é um grande bem-haja aos trabalhadores
que vço ser devidamente e genuinamente recompensados pelo seu esforço destes anos e também
o bem-haja para este reforço do orçamento que assim terá que ser para suportar os encargos. A
parte que me permita discordar tem a ver com o pagamento de uma divida que só vence em 2019,
cerca de 1 milhço de euros, à ADSE. Eu entendo e o Partdo Socialista assim entende que é um
mau negócio para a Câmara. Estamos a falar de um acordo de pagamentos que nço tem juros e
portanto, se nço tem juros é preferível ter essa tesouraria do nosso lado para fazer obra e
investmentos. Eu queria deixar também aqui uma questço entre travessões ao Sr. Presidente, no
empréstmo que contrair também no valor de 4 milhões, tal como está na informaçço, se também
ia contrair empréstmo e pagar juros para pagar uma dívida que nço tnha juros e é importante
saber isso, se o empréstmo era de 4 milhões, se iam pagar uma divida que nço tnha juros e
portanto parece-me importante esclarecer esta assembleia porque na informaçço que está das
Grandes Opções do Plano as hipóteses que coloca é contrair o empréstmo ou transitar o saldo de
gerência. Portanto, estas opções que toma sço decisivas para poder avaliar se sço pertnentes ou
nço, mas eu também dou um exemplo ao Sr. Presidente onde poderia aplicar 1 milhço de euros

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em benefcio da populaçço que aqui está presente, poderia sugerir que agarrasse no programa
eleitoral da CDU, por exemplo, e iniciasse a construçço das piscinas de Paio Pires que estço
prometdas desde 2005 ou avançasse com a construçço de uma escola básica, como por exemplo
a escola básica do Batateiro que tço necessária é, isto era um exemplo de servir a populaçço ou
entço podia também agarrar no programa eleitoral do Partdo Socialista para ver bons exemplos e
poderia avançar com a construçço de um grande parque urbano que tanta falta faz na cidade ou
entço, também outra sugestço que poderia deixar era em cumprimento da deliberaçço que foi
feita nesta assembleia avançar já com a construçço da rotunda da Pavil, tal como foi aqui
deliberado nesta Assembleia Municipal ou ainda poderia colocar à consideraçço da populaçço
através do orçamento partcipatvo, onde deveria ser investdo 1 milhço de euros sem juros. É
uma diferença polítca que nós temos, que é haver investmento ou nço haver investmento?
Depois em aquisiçço de bens e serviços inscreve 1 milhço de euros, estamos a falar de atvidade
corrente, mais uma vez e investmento zero. Rubricas de capital para quem domina esta
terminologia agrupamento 07 investmento zero. Nço está nada inscrito e portanto, um executvo
que em cada terreno que tem vago põe uma placa a dizer que disponibilizou o terreno e exige ao
Governo para investr que vai investr neste concelho mais de 100 milhões de euros esta Câmara
faz zero e depois «bem prega frei Tomás, faz o que eu digo e não faças o que ele faz». Dou um
exemplo e trocando por miúdos, tal como aqui a eleita Paula Santos e deputada na Assembleia da
República referiu diz que Portugal precisa de uma aposta determinada e efetva no investmento
público que dinamize o investmento privado o crescimento e o emprego e que dê resposta às
necessidades do país, da modernizaçço das suas infraestruturas e serviços públicos, muito bem
isto para o Governo central é válido, para o Poder Local, Sr. Presidente, zero”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O Partdo Socialista esgotou o tempo. Tem a
palavra o Sr. Joço Rebelo”.
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Explicar o sentdo de voto que eu vou ter agora, apesar de ter
votado contra o orçamento e as grandes opções do plano, neste caso vou-me abster porque isto é
um instrumento, no momento certo nós manifestámos as divergências, isto é um instrumento que
permite agilizar a aplicaçço desse orçamento, evitando um recurso a empréstmos bancários que
aumentem e iam onerar a Câmara, nço podemos estar contra quando isso evita essa
possibilidade, nço vamos votar contra esta proposta da Câmara Municipal do Seixal e alertar pelo
seguinte ao eleito do Partdo Socialista. Primeiro, se a eleita Paula Santos e deputada da
Assembleia da República, minha colega, alertou para o investmento público é que de facto, o
Governo do Partdo Socialista bateu o recorde em 2016 como o mais baixo investmento público
de sempre em Portugal e foi por isso que a Sra. Deputada alertou e bem. Portanto, nço venha dar
lições ao anterior Governo sobre essa matéria; mesmo nós debaixo da troika que vocês
chamaram, depois de terem falido o pais, a verdade é que, apesar de tudo, fzemos mais
investmento do que fez o Partdo Socialista, agora que está tudo bem, alegadamente. Portanto,
eu gostaria de corrigir esse aspeto e compreender absolutamente as afrmações da Sra. eleita e
deputada da Assembleia da República, Paula Santos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Para o Sr. eleito Samuel Cruz a única coisa que eu lhe digo é que quem
fez a afrmaçço de que eu tnha dito aquilo que eu nço disse foi V. Exa. Portanto, V. Exa. é que
tnha que provar que eu tnha dito que você disse que eu disse sem eu ter dito. Portanto, se
alguém tem que ir ouvir as atas é V. Exa. antes de fazer as afrmações que faz nas redes sociais.

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Sobre a intervençço do eleito do Partdo Socialista que vem aqui defender a Escola do Batateiro
como sendo uma necessidade premente, eu começo por lhe dizer aquilo que o Partdo Socialista
escreveu numa moçço que apresentou nesta Assembleia Municipal, no Período Antes da Ordem
do Dia em que afrma que os novos investmentos deviam de ser sempre precedidos de análises
sustentadas de custo/benefcio demonstratvas da racionalidade económica do investmento
aprovadas pelo órgço deliberatvo do município e isto para lhe perguntar em que sustentabilidade
económica/fnanceira o sr. eleito teve quando veio aqui defender a escola do Batateiro é que se
tvesse minimamente estudado o assunto sem vir para aqui debitar sobre aquilo que nço se sabe,
devia de ter visto que a área geográfca do batateiro está incluído no agrupamento de escolas da
Pedro Eanes Lobato e que segundo uma lista anexa a uma moçço apresentada pelo Partdo
Socialista e que depois retrou, neste agrupamento de escolas nço há nenhuma turma com turno
duplo pelo que nço há necessidade da escola, nço há necessidade da construçço desta escola
porque se insere numa área geográfca em que a Câmara e bem viu que face ao crescimento
demográfco que estava a ter e a populaçço que nço há necessidade da sua construçço pelo que
nço havia qualquer racionabilidade em manter esta construçço deixando de investr noutras
escolas onde esse investmento é necessário e onde está a ser efetuado. Portanto, é bom que
antes de se falar se estude a matéria para nço se vir aqui dizer que é necessário a construçço de
alguma escola onde ela efetvamente nço é necessária”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz para uma breve intervençço”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Uma breve intervençço apenas para falar sobre a escola da Quinta do
Batateiro, o documento prevê a necessidade de escolas no concelho chama-se Carta Educatva
Municipal e desde logo está a ver respondida a questço, a primeira questço do eleito Paulo Silva, a
segunda é um documento que é o pedido de empréstmo feito pela Câmara Municipal do Seixal
que calculo que saiba que a Lei das Finanças Locais prevê o princípio da nço consignaçço, ou seja,
o dinheiro quando entra em caixa pode ser gasto em qualquer despesa, exceto em duas situações,
uma que é quando se recorre a fundos europeus e outra quando se pedem empréstmos porque
quando se pedem empréstmos tem que se justfcar ao Tribunal de Contas que obras é que se vço
fazer e a Quinta do Batateiro já veio a justfcaçço da Câmara Municipal do Seixal para pedir
autorizaçço ao Tribunal de Contas e o dinheiro já aqui entrou há muito tempo, a escola é que nço
foi feita. O documento que estava anexo à moçço do Partdo Socialista é um documento feito pela
Câmara Municipal do Seixal em resposta ao requerimento do Partdo Socialista em que
perguntava pelo turno duplo se é que existem. Se diz aí, que nço existe turno duplo no
agrupamento Pedro Eanes Lobato mente! Porque o meu enteado andava na escola da Quinta das
Inglesinhas e estava em turno duplo, andava e contnua; portanto a realidade é só uma, o que
pode estar errado é a interpretaçço que o eleito Paulo Silva fez do documento ou o próprio
documento. Mais uma vez lhe digo que o meu enteado andava lá eu ia levá-lo às 8 da manhç à
escola e ia busca-lo à uma, percebi exatamente que o miúdo nço estava a faltar às aulas, nço há
duvida possível nço é? Nço me enganei no horário!”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervençço? Nço! Entço, Sr.
Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Uma leitura atenta da Lei do Orçamento de Estado, da
disposiçço diz que esta revisço orçamental só pode ser feita para despesas correntes, ou seja,
afasta completamente a possibilidade de fazermos uma revisço para despesas de capital. Por isso,
só quando tvermos as contas aprovadas na Câmara e na Assembleia Municipal é que vamos fazer

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a revisço para aquilo que entendermos do ponto de vista do quadro de investmentos. Para já o
que a Lei do Orçamento de Estado dispõe é só para despesas correntes e por isso, nço é possível
darmos resposta aos vários investmentos que o nosso eleito aqui colocou. Todo o modo há
algumas questões. Em primeiro sobre a questço da ADSE, é verdade que nós nço pagamos ?
2:33:43 mas há duas questões importantes que nos levam a tomar esta opçço. A primeira é a de
respeito pela Administraçço Pública que é a ADSE. De facto, o município tem uma dívida, tem um
acordo, um compromisso com as várias direções da ADSE de pagar num ano, ou seja, num ano
pagamos o ano corrente e pagamos um ano transato, se repararem nós para este ano no
orçamento de 2018 nço tnhamos nenhuma verba para a ADSE porquê? Porque a verba que
éramos para pagar à ADSE de 2018 já pagámos em 2017, ou seja, é uma questço de gestço
orçamental e com isto, possibilitámos no orçamento para 2018, em vez de termos lá 1 milhço de
euros afetos à ADSE já nço temos, o que tvemos foi 1 milhço de euros para investmento e muito
bem, como disse o Sr. eleito, ou seja, o que nós estamos a fazer é uma gestço orçamental de tal
forma que agora havendo disponibilidades e só para despesas correntes vamos aproveitar e
vamos já pagar à ADSE que era do próximo ano, vamos já pagar este ano e assim quando
estvermos a construir o próximo orçamento da Câmara Municipal para 2019, como nós queremos
sempre equiparar o orçamento da despesa à média da receita dos últmos 24 meses, isso para nós
é um princípio de boa gestço, temos esse 1 milhço de euros da ADSE já nço consta que nos
permite encaixar mais despesa principalmente de investmento. Portanto, tem razço
relatvamente à questço do princípio mas a nossa estratégia é esta em termos daquilo que é a sua
execuçço, eu penso que percebeu aquilo que eu quis dizer. Depois sobre os vários equipamentos
também dizer o seguinte: Piscina de Paio Pires a obra foi adjudicada na Câmara, estamos a
preparar a remessa para o Tribunal de Contas da adjudicaçço mas é uma obra que irá começar
ainda no 1º semestre deste ano. Sobre a Escola Básica do Batateiro a revisço que fzemos da Carta
Educatva Municipal demonstra que nço há neste momento necessidade desta escola com a
dimensço está preparada, existem outras prioridades e é isso que estamos a preparar e por isso,
em concurso estço neste momento as ampliações, na Amora, da Quinta de Santo António na Cruz
de Pau e estço em concurso em Paio Pires a ampliaçço da EB1 Aldeia de Paio Pires. Estamos
também a preparar concurso para o novo refeitório para a escola básica do Bairro Novo. Estamos
a preparar também uma requalifcaçço da escola básica de Arrentela e estamos também a
preparar um novo investmento num novo Jardim de Infância da Quinta de S. Nicolau, estes sço
para já os investmentos prioritários que estamos a enquadrar. No entanto, na revisço da Carta
Educatva que estamos a empreender vamos com certeza adicionar novas prioridades. Permita-me
ainda dizer-lhe que relatvamente ao parque urbano vamos apresentar neste sábado no Fórum
Seixal a obra do parque urbano do Seixal, é mais um parque urbano. Há 3 semanas se nço estou
em erro, apresentámos o Parque Urbano de Miratejo e agora vamos apresentar o parque urbano
do Seixal, por isso está a haver também do ponto de vista de parques urbanos o município está a
investr e está a criar mais áreas verdes e mais áreas de lazer do município. Por fm, sobre a
questço do investmento e achei curioso o Sr. eleito Joço Rebelo de ter trazido aqui essa questço
de facto, o PS no Governo o investmento é menor em 2017 do que foi em anos anteriores mais
difceis, quando trouxermos o relatório e contas da Câmara Municipal de 2017 fcará surpreendido
quando verifcar que o investmento da Câmara Municipal em 2017 foi exatamente o dobro do
que foi em 2016 e por isso, nço corresponde à realidade a bola com que nos apelidou, antes de
mais é várias bolas com uns números à esquerda, de vários milhões de investmento que fzemos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votaçço esta primeira revisço”.

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Ata nº 3/2018
2ª Sessão Extraordinária – 28 de março de 2018

Aprovada a Deliberaçço nº 11/XII/2018 por maioria e em minuta com:


 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do grupo municipal do BE: 3
 Do grupo municipal do PAN: 1
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal do PS: 11
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do Bloco de Esquerda, do PAN e do Sr. Presidente de Fernço Ferro e as abstenções do PS, do
PSD e do CDS.”
III.9. Proposta de composição do Conselho Municipal de Educação do Seixal para trimnio
2018/2020. Aprovação
(Documento anexo à ata com o número 14)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Estamos a cumprir uma formalidade o Conselho
Municipal de Educaçço está regulamentado por lei própria e tem uma composiçço que está
também de certa forma defnida e enquadrada nessa legislaçço, a Câmara Municipal já se
pronunciou, a Assembleia Municipal tem também o dever de se pronunciar, de facto ainda temos
aqui algumas entdades que ainda nço responderam mas no entanto, tratando-se de entdades
insttucionais como por exemplo, a Segurança Social acreditamos que teremos no decurso do
Conselho Municipal de Educaçço, das suas reuniões sço com certeza designadas representantes à
altura para poderem partcipar. Esta deliberaçço permite-nos agendar o primeiro Conselho
Municipal de Educaçço do novo mandato e por isso será importante esta deliberaçço dos
senhores eleitos da assembleia municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções neste ponto? Nço há pedidos de
intervençço. Nço havendo vamos colocar à votaçço”.
Aprovada a Deliberaçço nº 12/XII/2018 por maioria e em minuta com:
 Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do grupo municipal do PS: 11
 Do grupo municipal do BE: 3
 Do grupo municipal do PAN: 1
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 3/2018
2ª Sessão Extraordinária – 28 de março de 2018

 Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:


 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda, do PAN, do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernço
Ferro e a abstençço do PSD e do CDS”.
III.10. Minuta da Ata.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ponho-vos à consideraçço a aprovaçço da ata em
minuta, portanto consideramos aprovada e uma informaçço que é útl, o calendário que foi
distribuído, mas vai-se fazer chegar aos membros da assembleia até com uma alteraçço que é a
Assembleia Municipal de Abril, a Assembleia ordinária que estava prevista para o dia 18 de Abril
passa para dia 27 de Abril e a reuniço da Comissço de Desenvolvimento Estratégico, Plano e
Orçamento para 20 de Abril, mantêm-se o restante calendário da sessço de maio e da instalaçço
em Abril, também dia 9 de Abril das comissões da Assembleia Municipal. Estas sessões terço lugar
aqui nos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal. Encerrada a Assembleia Municipal,
obrigada pela vossa presença”.
Aprovada a Deliberaçço nº 13/XII/2018 por unanimidade e em minuta com:
 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
 Do grupo municipal da CDU: 16
 Do grupo municipal do PS: 11
 Do grupo municipal do PSD: 4
 Do grupo municipal do BE: 3
 Do grupo municipal do PAN: 1
 Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Do Presidente da Junta de Fernço Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse “
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executvo municipal e dos membros deste Órgço.
A sessço terminou cerca das 0.01 horas do dia 4 de abril.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redaçço
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretaçço
extensiva), os documentos mencionados sço arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetvo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberaçço, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redaçço atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.

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Assembleia Municipal do Seixal
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2ª Sessão Extraordinária – 28 de março de 2018

Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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