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MESO - Segurança e Medicina do Trabalho S/C Ltda

1 - Dados da Empresa
Empresa: STOCK PERFIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA - ME
Endereço: Av. Amador Aguiar, 2160
Pirituba – São Paulo/SP
C.G.C.: 00.206.999/0001-20
Ramo de Atividade: Fabricação de Esquadrias Metálicas
Grau de Risco: 3
Código de Atividade: 28.12-6
Número de Funcionários: 23 (Vinte e Três)
2 - Características do local avaliado:
- Edificações: Prédio em alvenaria (02 pavimentos) Aproximadamente
120 m2 de área.
- Cobertura: Laje + Telha Cerâmica
- Piso: Concreto, com acabamento em cimento liso, com parte
revestido em cerâmica.
- Pé Direito: 3,5 m piso inferior
- Iluminação e Ventilação: Naturais e Artificiais.
- Mobiliário e maquinário: Mesas, cadeiras, micros, prateleiras,
prensas, esmeril, serra, furadeiras, soldas, Guilhotina, etc.

Foram avaliados os seguintes setores: Administração e Fabrica.


3 - Descrição das Atividades
Função Descrição da Atividade
Gerentes Executam atividades de gerenciamento administrativo,
financeiro e de Vendas da empresa.
Auxiliar Executa todas as rotinas relacionadas ao Dep. Pessoal e
Administrativo controle de Pessoal, realiza contatos com clientes, recebe
sugestões, regulariza as reclamações efetuadas pelos
clientes, agenda visitas técnicas, etc.
Auxiliar de Escritório Auxilia nas rotinas administrativas dos vários departamentos,
cuidando de arquivos, emissão de relatórios, pedidos de
compras, etc.
Mecânico de Executa atividades de manutenção predial, elétrica, telefonia e
Manutenção hidráulica nas instalações da empresa.
Operador de Executa atividades de operação das prensas, guilhotinas,
Máquina furadeiras, esmeril, etc.
Encarregado de Responsável por todas as atividades na serralheria, como uso
Serralheria de prensas, cortadeiras, esmeril, etc.
Serralheiro Executa atividades na serralheria, como uso de prensas,
cortadeiras, esmeril, etc.
Ajudante de Serviços Auxilia em todas as atividades na produção, corte limpeza,
Gerais transporte de chapas, carregamento de veículos, etc.
Motorista Realiza entregas aos clientes, conduzindo veiculo da
empresa.
Controlador de Controla o envio e recebimento de mercadorias da fábrica.
Estoque/mercadorias
Prensista Controla e opera as prensas, realizando atividades de corte,
perfuração e dobra de perfilados.

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4 - Introdução

O programa de prevenção de riscos ambientais é definido na norma


regulamentadora - NR-9, da portaria n.º 25 de 29/12/94, sendo sua implantação
obrigatória em todas as empresas e instituições que admitam trabalhadores
como empregados. Constitui-se de um conjunto de ações necessárias para o
correto reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais que se
apresentam nas diversas atividades produtivas executadas. É de fundamental
importância a prevenção de doenças ocupacionais e acidentes do trabalho,
bem como a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais.

5 - Documento Base

5.1 - Objetivos

- Preservar a integridade física dos trabalhadores, através da aplicação de


um conjunto de medidas técnicas, adequadas e capazes de manter sob
controle os riscos ambientais.
- Promover constante melhoria dos ambientes do trabalho, buscando criar
condições mais favoráveis ao desempenho das atividades profissionais,
atingindo assim, a melhoria da qualidade e produtividade.
- Difundir a mentalidade prevencionista em todos os níveis hierárquicos da
empresa, gerando o comprometimento dos trabalhadores envolvidos na
aplicação, efetuando melhoria e mantendo as medidas de controle dos
riscos ambientais.

5.2 - Definição de riscos ambientais e saúde

- São considerados riscos ambientais, aqueles que podem ocasionar danos à


saúde ou integridade física dos trabalhadores em função de sua natureza,
concentração, intensidade e tempo de exposição aos mesmos.
- A organização mundial de saúde define que saúde é o completo bem estar
físico mental e social.
Os riscos ambientais são subdivididos em 05 categorias:

- Agentes Físicos: são as formas de energia que se propagam no ambiente,


atingindo ou não os trabalhadores, podendo causar danos a saúde e/ou a
integridade física, os mais comuns são ruídos, temperaturas extremas,
pressões anormais, frio, etc.

- Agentes Químicos: São substancias de origens orgânicas ou minerais,


naturais ou artificiais. São geradas e dispersas no ambiente de diversas
maneiras, penetrando no organismo através das vias respiratórias, ingestão
ou contato com a pele: apresenta-se sob forma de poeira, fumos, gases,
vapores, etc.

- Agentes Biológicos: Inclui-se neste grupo todas as bactérias, fungos,


vírus, bacilos, parasitas e outros que possam penetrar no organismo
através das vias respiratórias, digestivas e dermal.

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- Agentes Mecânicos: Fatores inerentes às máquinas, equipamentos,


ferramentas, edificações, etc. Podemos citar, por exemplo: Falta de
proteção numa máquina, ferramentas defeituosas, armazenamento
inadequado, escadas incorretamente construídas, etc.

- Agentes Ergonômicos: São decorrentes da interação entre o ser humano


com os outros elementos que compõem o trabalho para executa-lo, bem
como os efeitos desta interação sobre a produtividade e sobre a saúde
física e mental de todos que trabalham.

5.3 - Estrutura do PPRA

- Planejamento anual do programa


- Estratégia e metodologia de ação
- Formas de registro e divulgação
- Avaliação do programa
5.4 - Planejamento de ações do Programa

Antecipação dos riscos

Avaliação qualitativa

Reconhecimento dos riscos

Antecipação dos riscos: Esta etapa tem por objetivo identificar


antecipadamente os riscos potenciais, ou seja, na fase de projeto ou quando
for efetuar alguma alteração no processo ou instalações, introduzindo medidas
de proteção para sua redução ou total eliminação.

Reconhecimento dos riscos: Identificar os riscos, determinar e


localizar as possíveis fontes geradoras, meios de propagação dos agentes no
meio ambiente, número de trabalhadores expostos e suas funções, possíveis
danos à saúde causados pelo agente agressor e por fim verificar as medidas
de controle existentes.

Risco = Agentes Ambientais Agressivos


Medidas Preventivas Aplicadas

5.5 - Estratégia e metodologia de ação

Para execução do programa deverão ser obedecidos os seguintes critérios:

- As analises dos riscos serão setorizadas tanto na fase de antecipação e


reconhecimento quanto na avaliação.
- A empresa deverá indicar um responsável pelo programa e ainda, se
necessário, o responsável pelas correções que por ventura existirem.
- Caberá a empresa realizar reuniões para implantação das ações, bem
como monitorar todas as recomendações do PPRA

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5.5.1 - Formas de Registro de Dados

Todas as informações, relatórios, laudos, normas internas, planilhas,


estruturas de treinamentos, etc., estarão agrupadas em pastas específicas
e identificadas pelo ano vigente do PPRA.
Os registros de reuniões do grupo de trabalho estarão compilados em
livro próprio ou registrados em atas computadorizadas.
O documento base e suas alterações e complementações estarão
disponíveis no setor administrativo de modo a proporcionar o imediato
acesso às autoridades competentes.

5.5.2 - Manutenção dos Dados

São de inteira responsabilidade da empresa, a organização, manutenção


e arquivo de toda documentação relativa ao PPRA. Todos os dados
relativos ao desenvolvimento deste programa deverão ser mantidos por um
período mínimo de 20 anos.

5.5.3 - Divulgação dos Dados

Todo o andamento deste programa será divulgado após as reuniões


periódicas além de estar sempre disponíveis a todos trabalhadores
interessados da empresa, ou seus representantes, e para as autoridades
competentes.

5.5.4 - Periodicidade e Forma de Avaliação do Desenvolvimento do


PPRA.

O desenvolvimento do PPRA deverá atender as metas estabelecidas


para o período dos próximos 12 meses, atendendo o cronograma estabelecido
neste documento.

5.6 - Avaliação Quantitativa - Avaliação Ambiental

Quantificar os possíveis agentes identificados na etapa de


reconhecimento que subsidiará para equacionar medidas de controle e ainda
para dimensionar a exposição dos trabalhadores.

5.7 - Aparelhos Utilizados

- Ruído: Medidor de Intensidade Sonora (Decibelímetro) digital marca


LUTRON SL-4001- Tipo 2 ( IEC-651)

- Nível de Iluminamento: Luxímetro digital marca LUTRON LX-101

- Nível de Conforto Térmico: Termo-Higrômetro digital MINIPA MT-241

5.8 - Metodologia empregada

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- Ruído: Para realização das medições, posicionou-se o aparelho a altura do


ouvido do trabalhador, sendo avaliado no ambiente do setor, com a
modalidade SLOW, na escala de leitura “A”.

- Nível de Iluminamento: As Medições foram feitas tomando-se como base


o plano horizontal de trabalho e quando esta não estava definido, foi
adotada altura de 0,75 m do piso.

5.9 - Controle

Medidas Adotadas

Controle

Monitorização

- Medidas adotadas: São as medidas de controle coletivo adotado para


neutralizar ou eliminar os agentes nocivos à segurança e saúde dos
trabalhadores. Quando comprovada a inviabilidade técnica ou econômica
para implementação da proteção coletiva, a empresa deverá fornecer os
equipamentos de proteção individual específico para as áreas envolvidas.

- Monitorização: A empresa deverá efetuar monitorização freqüente quando


um ambiente está sob a ação de agentes acima do limite de tolerância, ou
ainda nos níveis de ação, para detectar as alterações que possam vir a
modificar os parâmetros e agravar ou criar situações de riscos ainda maior
a saúde dos trabalhadores. O monitoramento serve também para verificar a
eficácia das medidas de controle adotadas, caso os valores estiverem
abaixo do L.T. (limite de Tolerância), indicará que os meios foram
suficientes para neutralizar o risco.
5.10 - Levantamento dos riscos ambientais
- Nível de Iluminamento: Conforme Tabela anexa, devendo-se observar a
legenda e as recomendações constantes na mesma.
- Nível de Ruído: Conforme Tabela anexa, devendo-se observar as
recomendações constantes na mesma.
- Nível de Conforto Térmico: Conforme Tabela Anexa.

5.11 - Metodologia de Trabalho do PPRA


A tabela abaixo mostra os índices de classificação de exposição com a
toxicidade ou grau de agressividade do agente ambiental.

Índice de Exposição Grau de exposição


0 Contato é muito limitado ou casual
1 Contato limitado e pouco freqüente
2 Contato é relativamente freqüente
3 Contato é elevado

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Grau de toxicidade ou
Efeitos sobre o organismo
agressividade
0 Efeito limitado sobre o organismo
1 Efeito moderado e reversível
2 Efeito médio/elevado e reversível
3 Efeito grave e irreversível

5.12 - Prioridade de ação e controle quantitativo/qualitativo

As medidas de controle devem ser determinadas em função da


interpretação dos resultados da análise dos riscos e priorizadas em função da
evidência dos danos do risco, conforme tabela baixo:

Potencial de lesão à saúde e/ou integridade física do trabalhador



(grau de risco - qualitativo ou quantitativo)
2º Tempo de exposição dos funcionários ao risco
3º Número de funcionários expostos ao risco
Casos Configurados (Nexo causal entre danos constatados na

saúde dos trabalhadores e a atividade desenvolvida pelos mesmos)

A avaliação qualitativa do risco envolve a classificação dos riscos


ambientais segundo a freqüência de exposição e efeitos do agente à saúde e a
somatória dessas classificações nos permite dar a prioridade para as ações
bem como para a monitorização, conforme tabela abaixo.

Somatória da classificação das


Graduação de prioridade
tabelas anteriores
0 Baixo
1a3 Média Baixa
3a5 Média Alta
6 Alta

5.13 - Conhecimentos preliminares

- Matéria-prima envolvida no processo produtivo.


- Subproduto e produto final no processo produtivo.

5.14 - Ações em andamento

- Fornecer em que estágio se encontra o programa preventivo em ação.


- Se existe alguma norma a ser seguida em termos de
solução/prioridade/níveis de ação.
- Se a CIPA/Segurança do Trabalho já acompanha uma determinada
solicitação.

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5.14.1 - Ações conjugadas com o PCMSO

- Este programa serve como base para o desenvolvimento do PCMSO da


NR-7, principalmente no que se refere aos riscos detectados para a
realização dos exames complementares, como audiometrias,
parasitológicos, clínicos, etc.

5.15 - Riscos detectados

- Os riscos detectados em cada setor/função são relacionados na tabela


abaixo:
Funções Toxicidade
Riscos Agente Exposição Prioridade
Setor Nocividade
Setores Posturas
Ergonômicos 1 1 2
Administrativo inadequadas

Posturas
Ergonômicos 1 1 2
incorretas
Ajudante de
Ruído
serviços gerais
Físico Proveniente 2 1 3
das máquinas

Fumos
Metálicos e
Químicos 2 1 3
radiações não
Soldas ionizantes
Eletricidade
Mecânicos 2 1 3
(Choques)
Físico Ruído 2 1 3

Ruído das
Físicos 2 1 3
máquinas
Poeiras, gases,
Químicos 2 1 3
óleos e graxas
Prensas e
prensagem da
Estamparias
Mecânicos mão nas 2 1 3
máquinas
Movimentos
Ergonômicos 1 1 2
repetitivos

Quedas de
Mecânicos 1 0 1
Almoxarifado material
Expedição Movimentos
Ergonômicos 1 1 2
repetitivos

Ruído das
Físico Prensas, tornos 2 1 3
e Máquinas
Quedas de
Manutenção
Mecânicos material, 2 1 3
fragmentos
Movimentos
Ergonômicos 2 1 3
repetitivos

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5.16 - Programa de Ações

O programa de ação terá como base a NR-9, onde os riscos estão


definidos em riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos.
As prioridades relacionadas em uma tabela baixo podem variar ou ser
alteradas pela administração, devido a custos, mudança de processos,
alteração de lay-out, etc. e foram determinadas de acordo com a tabela abaixo:

Categoria de
Ordem de Prioridade
Prioridade
6 Máxima
5 Média/Máxima
4 Média
3 Pequena/Média
2 Pequena
1 Desprezível/Pequena
0 Desprezível

5.16.1 - Cronograma de ações e planejamento anual

Local Categoria Medidas


Equipamento
Risco Agente Ações Prioridade Necessárias
Setor
Administrativo,
Implantação de
Gerência, Palestras e cartazes
programa
Financeiro, Posturas informativos para
Ergonômicos ergonômico para 2
Vendas, Inadequadas correção de
correção de
Diretoria, CPD posturas
posturas
e RH

Utilizar Protetor
Auricular tipo
Plug quando Fornecer, treinar e
Físico Ruído estiver operando 3 fiscalizar o uso dos
os equipamentos EPI’s fornecidos
geradores de
ruído
Verificar o
Verificar fiação
aterramento de
Choques dos
Mecânicos 3 todos os
Elétricos equipamentos e
Soldas equipamentos
aterramentos
elétricos
Treinar quanto a
maneira correta
de Trabalho,
Fumos Providenciar
isolar o setor de
metálicos e treinamento e
Químicos solda com uso 3
radiação não instruções de
de tapumes e
ionizante segurança - OS
utilizar
corretamente os
EPIs

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Local Categoria Medidas


Risco Agente Ações
Equipamento Prioridade Necessárias
Implantação de
Palestras e cartazes
programa
Posturas informativos para
Ergonômicos ergonômico para 2
Inadequadas correção de
correção de
posturas
posturas
Utilizar Protetor
Auricular tipo
Plug quando Fornecer, treinar e
Físico Ruído estiver operando 3 fiscalizar o uso dos
os equipamentos EPI’s fornecidos
geradores de
Prensas e
ruído
Estamparias
Instalação de Providenciar
Prensagem
dispositivos de treinamento e
Mecânicos de dedos nas 3
proteção e instruções de
máquinas
treinamentos segurança - OS
Providenciar
treinamento e
Poeiras, Uso de cremes instruções de
Químicos Graxas e protetores para 3 segurança – OS,
óleos as mãos Fornecer, treinar e
fiscalizar o uso dos
EPI’s fornecidos

Implantação de
Movimentos Palestras e cartazes
programa
repetitivos e informativos para
Ergonômicos ergonômico para 3
posturas correção de
correção de
inadequadas posturas
posturas
Utilizar Protetor
Auricular tipo
Manutenção e Plug quando Fornecer, treinar e
Serviços Gerais Físico Ruído estiver operando 3 fiscalizar o uso dos
os equipamentos EPI’s fornecidos
geradores de
ruído
Providenciar
Quedas de
Treinamentos de treinamento e
Mecânicos materiais, 3
Segurança instruções de
fragmentos
segurança - OS

Implantação de
Movimentos Palestras e cartazes
programa
repetitivos e informativos para
Ergonômicos ergonômico para 2
posturas correção de
correção de
Almoxarifado e inadequadas posturas
posturas
Expedição
Providenciar
Quedas de
Treinamentos de treinamento e
Mecânicos materiais, 1
Segurança instruções de
fragmentos
segurança - OS

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Problema Local onde CRONOGRAMA


encontrado aplica-se MEDIDA DE CONTROLE Junho/2002 a Maio/2003
J J A S O N D J F MA M
Posturas Todos Implantar programa
Inadequadas Setores e ergonômico, através de
funções palestras, cartazes e
informações sobre
posturas e levantamento
de pesos.
Responsável: Previsto
Custo aproximado: Realizado

Quedas de Áreas da Elaborar instruções de


materiais Produção segurança e
procedimentos internos
para execução de
serviços.
Responsável: Previsto
Custo aproximado: Realizado

Ruído Operação de Fornecer e fiscalizar o uso


equipamentos do protetor auricular,
como policorte,
serra circular,
treinar quanto a maneira
Prensas, correta de utilização,
guilhotinas, elaborar instruções de
máquinas de segurança para todos os
solda, setores e funções.
empilhadeira,
etc.
Responsável: Previsto
Custo aproximado: Realizado

Observações: O cumprimento do cronograma de ações caberá única e


exclusivamente ao empregador, desta forma ele poderá determinar o prazo de
execução das medidas necessárias de acordo com suas necessidades
administrativas e/ou financeiras, isto desde que o risco detectado não seja
grave e eminente, pois se assim for, o empregador deverá tomar as medidas
imediatamente.

São Paulo, 21 de Junho de 2002.

__________________
Paulo Henrique Bueno
Eng. Seg. trabalho
CREA 5060888907

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ANEXO DE DOCUMENTOS - LITERATURA TÉCNICA

RUÍDOS - INFORMAÇÕES GERAIS


O trabalhador sem problemas de audição apresenta menos fadigas e menos propensão a
acidentes, menos tensão emocional proveniente das dificuldades de comunicações dentro e
fora do trabalho, e melhor comunicação em ambientes com Ruídos, o operador não terá
distúrbios nervosos em virtude da exposição direta ao Ruído.
O som é um fenômeno físico ondulatório, que ocorre em intervalos de tempos sucessivos e
iguais, através das variações da pressão atmosférica. A medida destes intervalos de tempo é o
período.
O número de vezes que um período se repete na unidade de tempo é o que chamamos de
freqüência. O som quando se propaga no ar, é o resultado de variações na pressão
atmosférica acima e abaixo da pressão normal do ambiente produzida pela vibração de uma
fonte.
“Ruídos é qualquer sensação sonora desagradável e indesejável”.

NÍVEIS DE RUÍDOS
Os níveis de Ruídos (pressão sonora) são medidos em dB (decibel). Cada fonte emite um
nível de Ruído. Estes níveis de Ruído não podem ser somados por serem uma função
logarítmica, não se somam dB, ou seja, se você tiver duas fontes de ruído num mesmo local
darão origem a mais três dB somados ao Ruído do equipamento que produz maior ruído.
As vibrações sonoras penetram no ouvido e fazem vibrar os tímpanos que movimentam uma
série de mecanismos, para levar as vibrações até o cérebro, onde são interpretadas a fim de
proporcionar o sentido da audição.
A utilização de um critério para classificação das perdas auditivas ocupacionais é desejável,
uma vez que facilita obter dados par análises epidemiológicas da doença, monitoramento
pessoal da situação auditiva, prevenção do aparecimento e evolução das perdas auditivas,
para registro dos casos considerados como doença profissional e avaliação da eficácia de
programas de conservação auditiva.

EXPOSIÇÃO A RUÍDO
A chamada “poluição” sonora é a mais difundida forma de “poluição” no mundo moderno; É a
principal causa de hipoacusia e surdez em indivíduos adultos. Tratar do tema Ruído, suas
repercussões na saúde, não apenas auditiva e a maneira de estabelecer controles, tem sido
objeto de crescentes estudos e preocupações no campo da saúde pública, da fisiologia, da
acústica e da Engenharia.

LEGISLAÇÃO ADOTADA
o
Lei N 6514 / 77 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Norma Regulamentadora NR -
o
15, aprovada pela portaria 3214/78, cujo Anexo N 1 estabelece os limites de tolerância para o
o
ruído contínuo e intermitente, conforme o quadro que transcrevemos abaixo e Anexo N 2 para
ruído de impacto, com limite de tolerância fixado em 120 dB (C).

QUADRO I - LIMITES DE TOLERÂNCIA


Nível de Ruídos dB (A) Máxima Exposição Diária Permissível
85 08 horas
86 07 horas
87 06 horas
88 05 horas
89 04 horas
90 04 horas
91 03 horas e 30 minutos
92 03 horas
93 02 horas e 40 minutos
94 02 horas e 15 minutos
95 02 horas
96 01 hora e 45 minutos
98 01 hora e 15 minutos
100 01 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos

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106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 08 minutos
115 * 07 minutos

“Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância
fixados no quadro acima”.
* As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído contínuo ou
intermitente, superiores a 115 dB(A), sem a proteção adequada, oferecerão risco grave e
iminente.

ASPECTOS DE FÍSICA
Como o som compreende-se qualquer perturbação vibratória em meio elástico, que produz
uma sensação auditiva (Merluzi, 1981).
Os termos som e ruído são freqüentemente utilizados indiferenciadamente mas, geralmente,
som é utilizado para as sensações prazerosas como música ou fala, ao passo que Ruído é
usado para descrever o som indesejável como buzina, explosão, barulho de trânsito e
máquinas.
Para um som ser percebido, é necessário que ele esteja dentro da faixa de freqüência captável
pelo ouvido humano essa faixa para o ouvido normal varia em média de 16 a 20 mil Hz.
Também é necessária uma certa variação de pressão para percepção. Assim a percepção dos
sons só ocorrerá quando as variações de pressão e a freqüência de propagação estiverem
dentro de limites compatíveis com as características fisiológicas do ouvido humano. (Ubiratan
de Paula Santos e Marcos Paiva Matos)

CARACTERÍSTICAS DO RUÍDO
a) Intensidade
É a quantidade de energia vibratória que se propaga nas áreas próximas a partir da fonte
emissora. Pode ser expressa em termos de energia (watt/m2) ou em termos de pressão (N/m2
ou pascal).
b) Freqüência
É representado pelo número de vibrações completas em um segundo, sendo a sua unidade de
medida expressa em Hertz (Hz).
Tabela 1 - Nível de Intensidade Sonora
INTENSIDADE NÍVEL DE INTENSIDADE EXEMPLOS DE FONTES
(WATT/M2) SONORA (dB) EMISSORAS
6
10 180 -
5
10 170 Avião a jato com turbina
4
10 160 Avião a jato
3
10 150 Navio acionado por hélice
2
10 140 Navio a turbo propulsão
10 130 Orquestra
1 120 Mecânicas
-1
10 110 Piano
-2
10 100 Rádio alto volume, grito
-3
10 90 Automóvel
-4
10 80 -
-5
10 70 Nível habitual de conversação
-6
10 60 -
-7
10 50 -
-8
10 40 -
-9
10 30 Murmúrio ou cochicho
-10
10 20 -
-11
10 10 -
-12
10 0 Nível de referência no limiar

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EQUIPAMENTO PARA MEDIÇÃO DO SOM


Existe uma grande variedade de equipamentos de medição do ruído. A escolha adequada do
equipamento de medição depende do dado que se deseja obter bem como o tipo de ruído a ser
avaliado.
Entre os equipamentos mais avaliados temos:

a) Medidores de nível de pressão sonora:


O medidor registra de forma direta o nível de pressão sonora de um fenômeno acústico. Ele
-5
expressa o resultado em dB com uma pressão sonora de referência de 2 x 10 Pascal. Os
medidores são dotados de filtro de ponderação para freqüências e circuitos de resposta. Estes
filtros são utilizados para aproximarem a medição das características perceptíveis do ouvido
humano.
Os circuitos de resposta são de três tipos:
- Fast ou Rápida: usada para medir níveis de ruídos que não oscilam muito rapidamente,
portanto para ruídos contínuos e também para determinar valores extremos de ruídos
intermitente.
- Slow ou Lenta: usado em situações de grande flutuação, para facilitar a leitura. Expressa
valores médios e é o habitualmente usado.
- Impulso: usado para Ruídos de impacto. Quando o aparelho não é dotado deste circuito
usa-se resposta fast e filtro de ponderação C.
Os medidores de nível de pressão sonora, tanto convencionais como integradores são
classificados em tipo 0,1,2,3, conforme especificados na Tabela II

Tabela II - Indicação de medidores de Pressão


Indicações Para Uso De Medidores De Pressão Sonora
Tipo 0 Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3
Aplicações Padrão de Estudo de campo e Aplicações Gerais Medições
referência laboratório, preliminares para
laboratório de controle de verificar os níveis
ensaio ambiente de Ruído
Características
Ponderações de Uma ou mais (A, B, C) opcional: D, linear.
Freqüência
Características de Uma ou mais: Fast, Slow, Impulso
tempo e respostas Opcional: Pico
Freqüência de Entre 200 a 1000 Hz
Calibração Preferencialmente 1000 Hz
Nível de Calibração Preferencialmente 94 dB. Se o medidor não
permitir, deve-se escolher entre 84 dB ou 74 dB.
Precisão sob
condições de + ou - 0,41 dB + ou - 0,7 dB + ou - 1,0 dB + ou - 1,5 dB
referência

b) Calibradores;
São equipamentos destinados a comprovar a resposta de um medidor com a finalidade de
ajustá-lo caso se encontre descalibrado.
Existem dois tipos:
Pistofones - Produzem níveis de pressão sonora determinada, em variadas freqüências -
125, 250, 500, 1000, 2000 (Hz).
Calibradores - Emitem um determinado nível de pressão sonora a 1000 Hz.

c) Dosímetro de ruído;
O dosímetro é um monitor de exposição que acumula o Ruído constantemente utilizando um
microfone e circuitos similares aos dos medidores de pressão sonora. O sinal é acumulado em
um condensador assim que se transforma em energia elétrica.
Os dosímetros possuem o sistema leitor incorporado, que expressa a dose acumulada durante
o tempo que o aparelho está em funcionamento.

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Os equipamentos mais modernos podem fornecer uma série de outros dados importantes com
leq (Leitura de nível equivalente), pico, nível de pressão sonora no instante e, com o tempo de
amostragem definido, extrapolar a dose para jornada diária.

d) Analisadores de freqüência.
São aparelhos que indicam a distribuição do som em função de sua freqüência. Os tipos
mais utilizados são:
- Os analisadores de bandas de oitavas (tem este nome porque a faixa audível ao ouvido
humano é dividida em oito bandas ou intervalos, sendo o intervalo superior ao dobro do
inferior). Para fins práticos cada banda é expressa no valor central do intervalo, ou seja, para
a banda de oitavas que varia de 354 - 708 Hz, a freqüência central é 500 Hz.
- Analisadores de 1/3 de bandas de oitava (a banda de oitava é dividida internamente em 3
freqüências).

3.1.6 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO


Para a compreensão dos efeitos nocivos decorrentes da exposição a Ruído e melhorar
preveni-los é importante conhecer a anatomia e fisiologia do órgão da audição. O ouvido está
contido no osso temporal e tem como funções principais o equilíbrio e a audição. Para efeitos
didáticos o ouvido está dividido em três partes: Ouvido externo, médio e interno.

a) Ouvido Externo
O ouvido externo é constituído pelo pavilhão auricular, conduto auditivo externo e pela
membrana timpânica que se encontra na porção final do conduto auditivo externo, separando o
ouvido externo do médio.
O ouvido externo é constituído pelo aurículo ou pina e o conduto auditivo externo. O aurículo
ou pavilhão auricular, atende o propósito de dirigir as ondas sonoras ao conduto auditivo
externo de uma maneira mais concentrada.
Sua função pode ser comparada à da mão colocada em forma de concha junto ao ouvido
quando se deseja “ouvir melhor” determinado som.

b) Ouvido Médio
3
O ouvido Médio é uma cavidade que possui de 1 a 2 cm de volume. A membrana timpânica
é a estrutura do ouvido médio que o separa do ouvido externo. Ela é praticamente circular,
côncava e transparente. Sendo a membrana timpânica côncava ao invés de plana e flexível ao
invés de rígida, ela transmite de forma muito eficiente as ondas de pressão sonora à cadeia
ossicular, reproduzindo o espectro do estímulo sonoro proveniente do conduto auditivo externo.
O som é conduzido ao ouvido interno através da cadeia de ossículos que liga, como uma
ponte, a membrana timpânica a uma abertura ovalada da parede óssea do ouvido interno.

c) Ouvido Interno
Do ponto de vista anatômico, o ouvido interno possui três componentes: o vestíbulo, os canais
semicirculares e a cóclea, um sistema de três canais enrolados, denominados escalas
vestibular, média e timpânica (Guyton, 1970), possuindo cinco mm do ápice à base e,
desenrolada, alcança cerca de 35 mm.

EFEITOS DO RUÍDO NA AUDIÇÃO


A audição normal requer que os “ouvidos” externos, médios e internos estejam em condições
normais. Alterações nos ouvidos externos e médios podem reduzir a quantidade de energia
sonora que atinge o ouvido interno, ocasionando uma perda de sensibilidade que é chamada
de condutiva.
O mecanismo básico envolvido nas lesões do ouvido interno decorrente da exposição a Ruído
é conseqüente à exaustão física e de alterações químicas, metabólicas e mecânicas do órgão
sensorial, auditivo. O resultado final pode levar a lesão das células sensoriais, com lesão
parcial ou total do órgão de corti e conseqüente deficiência auditiva.
A extensão e o grau do dano guardam relação direta com a intensidade da pressão sonora, a
duração no tempo, a freqüência e a maior ou menor suscetibilidade do indivíduo.

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA - PCA


Indicação de Protetores Auriculares

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- Muito embora a principal intervenção na prevenção das lesões auditivas deva ser primária, ou
seja, atuar na supressão do agente responsável por ela, ainda há necessidade de se contar
com o concurso do protetor auricular para várias situações.
O protetor auricular tem por objetivo atenuar a potência da energia sonora transmitida ao
aparelho auditivo. É necessário ter presente que, em condições de uso ideal, o protetor que
age principalmente pela via aérea nunca atenua mais do que quarenta- cinqüenta dB para
determinadas freqüências mais agudas.
Características Principais do Protetor
- Atenuação que represente efetiva redução da energia sonora que atinge as estruturas
receptíveis da cóclea.
- Realizar atenuação seletiva para as freqüências do Ruído que se deseja proteger,
principalmente altas freqüências, permitindo a compreensão das freqüências mais presentes na
voz de maneira a não impedir a comunicação verbal.
- Ser constituído de materiais inertes a ser confortável.
Aspectos Educativos
- Os aspectos educativos devem objetivar o conhecimento pelo trabalhador dos riscos à
exposição e das medidas de controle ambiental, organizativa e pessoal.
- O conhecimento e o envolvimento na implantação das medidas são essenciais para o
sucesso da prevenção da exposição e seus efeitos.

MEDIDAS DE CONTROLE QUANTO AO RUÍDO


O especialista executará o levantamento como descrito anteriormente, mas, adotará um
procedimento ligeiramente diferente. Embora esteja interessado em saber o “quanto” de
barulho o mesmo está muito mais interessado em saber o “como” o barulho é produzido. Com
isso ficará sabendo o quanto, o como é, de tais dados, partirá para uma solução que indique “o
quê” e ”como fazer” para que o nível caia a valores adequados, já que está sendo informado do
“quanto” existe e já sabe, também, de quanto deve ser. Interessa, portanto, saber quais as
possíveis causas que originam o barulho.
Para reduzir o ruído, é importante relembrar que o som se propaga no ar e nos sólidos sob
forma de vibração. A maior parte das fontes sonoras produz simultaneamente ruídos aéreos e
ruídos transmitidos por vibrações de sólidos.
As viabilidades técnicas de redução de ruídos devem ser buscadas incessantemente, pois
normalmente o ruído tem múltiplas causas e todas elas devem ser estudadas e tratadas.

CONCEITOS E APLICAÇÕES PRÁTICAS SOBRE CONTROLE DO RUÍDO


A) Causas da produção de ruído - vibração em sólidos ou fluidos
A condução aérea do som é geralmente causada pela vibração em sólidos ou
turbulências em fluidos.
- As vibrações das cordas em um instrumento musical são transmitidas através do cavalete
para a caixa sonora. Com a vibração da caixa sonora, o som é transmitido para o ar.
Uma bomba de circulação de água produz variação de pressão em um sistema aquecido. As
ondas sonoras são transmitidas através dos tubos para os radiadores, que por terem uma
grande superfície metálica transmitem o som para o ar.
Exemplo
O fluxo turbulento do fluido dentro das tubulações produz sons que podem ser transmitidos
pelas tubulações e até mesmo pelas estruturas das construções.
Solução
Além da redução da turbulência do fluido dentro da tubulação, esta tubulação pode ser
revestida com material absorvente. As vibrações podem também ser isoladas da parede ou do
teto através de mecanismos de conexões flexíveis.

B) Causas da produção do ruído - vibrações em sólidos e líquidos


Vibrações podem produzir ruído após percorrerem grandes distâncias
Vibrações em sólidos e líquidos podem percorrer uma grande distância antes de produzir som
aéreo. Tais vibrações podem provocar ressonância em estruturas distantes. a melhor solução
é interromper a vibração o mais próximo da fonte quanto possível.
Princípio
As vibrações do trem sobre o trilho podem ser ouvidas a longas distâncias.
Exemplo
As vibrações de um elevador são transmitidas através da estrutura da construção.

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Solução
O cabo do elevador pode ser isolado da estrutura da construção.

C) Ruídos com baixas e altas freqüências


Quanto mais lenta a repetição, mais baixa a freqüência do ruído
O nível de ruído de baixa freqüência em uma fonte sonora é determinado principalmente, por
mudanças na força, pressão e velocidade. Quanto mais longo o tempo entre as mudanças
mais baixas, a freqüência do ruído gerado. O nível de ruído depende da intensidade das
mudanças.
Princípio
A exaustão do motor de um rebocador produz um ruído de baixa freqüência suave e
estrondoso. As variações em pressão, repetidas rapidamente do motor de uma lancha
produzem um som de freqüência mais alto.
Exemplo
Duas engrenagens têm o mesmo diâmetro de passo, porém o número de dentes diferente. Se
elas girarem na mesma velocidade, a engrenagem com menos dentes produzirá um ruído de
freqüência mais baixa, porém mais difícil de ser tratada acusticamente.

D) Ruído decorrente da vibração de placas - influência do comprimento e espessura.


Pequenas superfícies vibratórias emitem menos ruído do que grandes superfícies.
O objeto com uma pequena área de superfície pode vibrar intensivamente sem causar grande
quantidade de radiação de ruído. Para prevenir a transmissão de vibração, quanto mais alta a
freqüência do ruído menor deve ser a área da superfície vibratória. O Ruído das máquinas que
vibram pode ser controlado, diminuindo-se, o máximo possível a sua superfície.
Princípios
As vibrações de um barbeador são transmitidas por uma grande placa de vidro e o ruído é
intenso. As vibrações não são transmitidas pela placa de vidro e o ruído diminui.
Exemplo
A transmissão do ruído através do painel de controle do sistema hidráulico é muito grande.
Solução
Com o destacamento do painel do sistema a superfície vibratória é reduzida, e portanto, o nível
de ruído diminui.

E) Ruído decorrente de vibração de placas - ressonância


A ressonância amplifica o ruído, mas pode ser amortecida
A ressonância amplifica acentuadamente o ruído de uma placa vibratória, porém pode ser
evitada através de amortecimento das placas. A colocação de pequena quantidade de material
isolante pode diminuir os picos de ressonância e, em conseqüência disso, diminuir
sensivelmente o ruído.
Princípio
- Uma batida no copo produz um som audível.
- O armotecimento elimina o som
Exemplo
Ao se afiar a lâmina de uma serra circular o nível de ruído é muito elevado porque o ruído
ressoa, dado que não há amortecimento.
Solução
Acoplando a esta serra um disco rígido apoiado a ela por um disco de borracha aumentam
simultaneamente a massa e o amortecimento da lâmina, reduzindo assim o ruído causado pela
ressonância.
F) Produção de ruído no ar - ventiladores
Ventiladores produzem menos ruído se colocados em fluxos regulares não perturbados
Um ventilador produz turbulência no ar, o que causa ruído. Se a turbulência já estiver presente
na entrada do ar, o ruído será mais intenso. O princípio também se aplica a hélice em água.
Se a distância entre a fonte de turbulência e o ventilador for suficiente, a turbulência será
diminuída e o nível de ruído será reduzido. Por isso deve-se colocar os ventiladores bem à
frente dos obstáculos, como válvulas, cotovelos e mudanças de seção transversal.
Princípio
- O ar flui livremente para o rotor.
- O ar é perturbado quando alcança o rotor.
Exemplo

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Em um caso o ventilador é colocado bem próximo à barreira e no outro caso próximo à curva
acentuada. O fluxo é perturbado e o ruído na saída é intenso.
Solução
As pás de controle são movidas para longe do ventilador, tal que a turbulência tenha tempo
para se dissipar. No outro caso a curva é suavizada e o ventilador é movido para longe da
curva. Pás angulares também podem ser usadas.

G) Propagação de ruído em ambientes fechados - absorção


Barreiras sonoras podem ser utilizadas em combinação com tetos absorventes
Os ruídos de alta freqüência podem ser reduzidos com a utilização de barreiras. A barreira é
mais eficiente quanto mais próxima da fonte estiver e quanto maior for. O efeito de uma
barreira é consideravelmente reduzido se o teto não for absorvente.
Exemplo
Em uma montadora com várias linhas de montagem, o trabalho é mais barulhento que em
outra. O atrito entre os materiais produz vários ruídos de alta freqüência que perturbam todos
os ambientes na montadora.
Solução
As outras linhas são protegidas do ruído intenso por meio de barreiras sobre ambos os lados
da linha e defletores sonoros absorventes suspensos acima da área aberta.

H) Ruídos da vibração de máquinas - montagem de máquinas


Ruídos transmitidos pelas tubulações podem ser evitadas
O isolamento contra vibrações pode tornar-se ineficaz se as vibrações forem transmitidas pelas
canalizações, tais como tubulações, condutores elétricos, etc.
Para se conter a transmissão das vibrações, as canalizações devem ser flexíveis ou conter
parte flexíveis.
Exemplo
Sistemas de resfriamento podem ser importantes fontes de ruído causado pela alta pressão no
fluido dos compressores.
Solução
Os compressores podem ser isolados da vibração por meio de molas de aço. Além disso
devem ser usadas conexões flexíveis em todas as tubulações internas e de descarga.

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA - INFORMAÇÕES GERAIS


O ponto principal de um programa desta natureza é criarmos mecanismos cuja finalidade é
fazer com que todos os usuários de aparelhos de proteção respiratória saibam como utilizar
corretamente estes aparelhos. Esta questão é básica para que possamos obter o sucesso
desejado num programa desta natureza.
No controle de doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminados por
poeiras, fumos, névoas, fumaças, gases e vapores, o objetivo principal deve ser minimizar a
contaminação do local de trabalho. Isto deve ser alcançado, tanto quanto possível pelas
medidas de controle coletivo (por exemplo: enclausuramento, confinamento da operação,
ventilação local ou geral, ou substituição de substâncias por outras menos tóxicas).
Quando estas medidas de controle não são viáveis, ou enquanto estão sendo implantadas ou
avaliadas, devem ser usados respiradores apropriados em conformidade com os requisitos
técnicos propostos pela Engenharia e Medicina do Trabalho, bem como, pelas exigências das
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e outros órgãos municipais e estaduais
que também nos orientam no tocante à parte da saúde dos trabalhadores.
Mediante avaliação qualitativa não detectamos agressividades significativas quanto aos
aerodispersóides uma vez que os materiais são depositados diretamente nas betoneiras
sem maiores dispersões no respectivo ambiente de trabalho.

DESENVOLVIMENTO - O OXIGÊNIO
O oxigênio é o único componente do ar respirável que é vital à nossa sobrevivência. Nosso
organismo se adaptou, ao longo de milhões de anos, à composição acima. A presença de
qualquer gás ou aerodispersóides no ar que se respira, vai causar uma perturbação no
organismo humano que será variável conforme parâmetros como: a característica do
interferente, sua concentração, tempo de exposição, etc. Respirar uma concentração reduzida
de oxigênio também poderá causar distúrbios ao nosso organismo.
Podemos considerar portanto que o ar respirável:

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1) Deve conter, no mínimo, 18% em volume de oxigênio,


2) Deve estar livre de produtos prejudiciais à saúde, que, através da respiração, possam
provocar distúrbios no organismo ou seu envenenamento,
3) Deve se encontrar no estado apropriado para a respiração, isto é, ter pressão e
temperatura normais, que, em hipótese alguma, possam levar a queimadura ou
congelamentos,
4) Não devem conter qualquer substância que o torne desagradável, como por exemplo,
odores..

O APARELHO RESPIRATÓRIO - MECANISMO DA RESPIRAÇÃO


A respiração humana é um processo complexo, onde muitas variáveis apresentam
características importantes. Os principais elementos do aparelho respiratório são:
 As vias aéreas superiores (nariz e boca)
 A laringe
 A faringe
 A traquéia
 Os pulmões, onde se localizam os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos pulmonares
Os pulmões se localizam na caixa torácica e a preenchem quase que totalmente. Cada pulmão
apresenta a forma de um cone irregular, com cerca de 25 cm de altura.
Os brônquios penetraram nos pulmões e ali se ramificam, cada ramo penetra num lobo e em
seu interior voltam a se ramificar de modo a estabelecer ligações independentes com os
diversos segmentos que compõem cada lobo.
Dentro dos segmentos, os bronquíolos continuam a se ramificar, até formarem os diminutos
bronquíolos respiratórios, dos quais provêm os condutos alveolares. Estes se abrem em
dilatações chamados sáculos alveolares, que, por sua vez, se abrem em alvéolos pulmonares.
Uma pessoa adulta pode ter aproximadamente 700 milhões destes alvéolos.
É nos alvéolos pulmonares que dá a troca gasosa. É nesse setor que o oxigênio que
inspiramos se une à hemoglobina do sangue e é por este transportado às células. Aqui
também o CO2 começa a ser transportado para ser eliminado depois.
Quando uma partícula de aerodispersóide consegue chegar até o alvéolo, ela simplesmente o
inutiliza. Ele não mais faz a troca gasosa. Quanto mais alvéolos estiverem utilizados maiores
as evidências das doenças pulmonares, segundo o tipo do contaminante. Os gases tóxicos,
por sua vez, também aí penetram no sangue, produzindo os efeitos mais ou menos severos,
conforme os parâmetros já mencionados.

CONSUMO DE AR E TRABALHO REALIZADO


A demanda de ar respirável pelo homem não é uma constante: ela depende do tipo de
trabalho realizado (esforço físico), idade, estado físico do indivíduo, estado emocional, etc.
A referência - padrão para o consumo de ar pelo corpo é o volume respirável por minuto.
Tabela - Publicação divulgada do “U.S. Navy Diving Manual”
TRABALHO CONSUMO DE VOLUME RENDIMENTO EM
OXIGÊNIO RESPIRATÓRIO WATT
(LITROS POR (LITROS POR
MINUTO) MINUTO)
Descansando deitado 0.25 6 -
sentado 0.30 7
em pé 0.40 9
Trabalho Leve - andando a 3,2 km/h; 0.70 16 30
- nadando devagar a 0,9
km/h. 0.80 18 40
Trabalho Médio - andando a 6,5 Km/h; 1.2 27 80
- nadando a 1,5 Km/h. 1.4 30 95
Trabalho - nadando a 1,85 Km/h; 1.8 40 130
Pesado - pedalando a 21 km/h; 1.85 45 140
- Correndo a 13 km/h. 2.0 50 145
Trabalho - nadando a 2,2 Km/h; 2.5 60 185
Pesadíssimo - Correndo a 15 Km/h; 2.6 65 200
- subindo 100 deg./min ; 3.2 80 250
- Correndo morro acima. 4.0 95 290

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AERODISPERSÓIDES:

NÉVOAS OU NEBLINAS
Partículas líquidas em suspensão no ar, com dimensão que variam de 5 a 100 µ, geradas pela
condensação do estado gasoso para o líquido ou por dispersão de um líquido, como por
3
exemplo a atomização. São geralmente expressos em mg/m de ar.

FUMOS
Partículas sólidas de origem orgânica geradas pela condensação do estado gasoso,
geralmente após volatilização de metais fundidos ou outros produtos e geralmente
acompanhadas de uma reação química como a oxidação. São encontradas em dimensões
3
que variam de 0,01 à 0,3 m. Os fumos floculam-se no ar. São expressos em mg/m de ar.

POEIRAS
Partículas sólidas geradas mecanicamente por manuseio, moagem, raspagem, esmerilhagem,
impacto rápido, denotação, etc. De materiais orgânicos e inorgânicos como: pedras, carvão,
madeira, grãos, minérios e metais. As poeiras não tendem a flocular a não ser sob a ação de
forças eletrostática. Elas se depositam pela ação da gravidade. São encontradas em
dimensões perigosas que vão de 0,5 à 10 µ. São expressas em mppc (milhões de partículas
3
por pé cúbico de ar ou mg/ m de ar conforme o método a ser usado para a detecção.

VAPORES METÁLICOS
Partículas sólidas condensadas, de diâmetro razoável, geradas comumente a partir de metais
fundidos, com dimensões que variam de 0,1 à 1 µ.

ORGANISMOS VIVOS
Bactérias e vírus em suspensão no ar, com dimensões de 0,001 a 15 µ. As partículas
expressas em mícron (µ) são as mais importantes no estudo da proteção contra
aerodispersóides. As menores de 10 µ de diâmetro tem mais facilidade para penetrar no
sistema respiratório. As menores de 5 µ são mais fáceis de alcançar o alvéolo pulmonar.
Quando os pulmões são sadios, as partículas maiores de 5 µ de diâmetro são expelidas pelo
sistema respiratório pela constante ação de limpeza do epitélio ciliado do sistema respiratório
superior. Mas no caso de uma exposição excessiva a poeiras de indivíduos com o sistema
respiratório enfermo, a eficiência desta ação pode ser consideravelmente reduzida.

GASES E VAPORES:

GÁS
Moléculas gasosas livres, sem forma, que ocupam todo o espaço disponível do recipiente ou
ambiente que as contém. Só podem ser liqüefeitas ou solidificadas combinando-se uma
grande pressão com uma temperatura bastante reduzida. São expressos em ppm (partes de
3
gás por milhão de parte de ar) ou em mg/ m .

VAPOR
Forma gasosa de uma substância que normalmente se encontra no estado líquido e que
podem ser gaseificados aumentando a temperatura ou aumentando a pressão. Também se
3
expressam vapor em ppm ou mg/ m .
OBS.: Os gases tóxicos podem provocar lesões mesmo em baixa concentrações enquanto
que os inertes produzem asfixia pela expulsão do Oxigênio ambiental.

AEROSSOL
Partículas sólidas ou líquidas suspensas no ar.

AR RESPIRÁVEL
Ar adequado para a respiração. Deve obedecer aos requisitos especificados na Norma
brasileira / NBR - 12543.

ATMOSFERA PERIGOSA

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Atmosfera que contém um ou mais contaminantes em concentração superior ao limite de


exposição, ou que seja deficiente de oxigênio.

COBERTURA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS


Parte de um respirador que cobre as vias respiratórias do usuário. Pode ser uma peça facial,
capacete, capuz, roupa inflável e bocal com pinça nasal.

CONTAMINANTE
Substância ou material perigoso, irritante ou incômodo.

ENSAIO DE VEDAÇÃO
É o uso de certas substâncias com a finalidade de avaliar a vedação de um respirador
específico em um dado indivíduo.

ENSAIO DE VEDAÇÃO QUANTITATIVO


Ensaio que utiliza instrumento para a medida da concentração da substância empregada no
ensaio, dentro e fora do respirador.

ENSAIO DE VEDAÇÃO QUALITATIVO


Ensaio do tipo aprova/reprova baseado na resposta sensorial à substância utilizada no ensaio.

ESPAÇO CONFINADO
Espaço fechado com as seguintes características:
 Sua principal função não é a ocupação humana;
 Possui entrada e saída de pequenas dimensões. Exemplos de espaços confinados:
Tanques, Silos, Vasos, Poços, Redes de Esgoto, Tubulações, Carros-Tanque, Caldeiras,
Fossas Sépticas e Cavernas. Tanque e estruturas em construção, enquanto não fechadas
completamente, não podem ser considerados espaços confinados. Entrada e saída de
pequenas dimensões significa que para passar é necessário o uso das mãos ou contorção
do corpo.

FATOR DE PROTEÇÃO ATRIBUÍDO


Nível de proteção que se espera alcançar no ambiente de trabalho, no ambiente de trabalho,
quando um trabalhador treinado usa um respirador (ou classe de respirador) em bom estado e
ajustado de modo correto.

FATOR DE PROTEÇÃO REQUERIDO


É o quociente entre a concentração do contaminante presente e o seu limite de exposição.

FILTRO
É o dispositivo destinado a reter impurezas específicas contidas no ar.

RESPIRADOR
Equipamento de Proteção respiratória que visa a proteção do usuário contra a inalação de
contaminantes. O mesmo que máscara.

RESPIRADOR DE ADUÇÃO DE AR
Equipamento constituído de peça facial interligada por meio de mangueira ao sistema de
fornecimento de ar, que pode ser obtido por simples depressão respiratória, forçado por meio
de ventoinha ou similar, e ar comprimido proveniente de compressor ou de cilindros de ar
comprimido.

RESPIRADOR APROVADO
Equipamento tido como bom, após ensaio que demonstre o atendimento aos requisitos
mínimos exigidos pela norma correspondente. Deve possuir o certificado de aprovação.

RESPIRADOR DE DEMANDA
Respirador independente da atmosfera ambiente, que fornece ar respirável à peça facial
somente quando a pressão positiva dentro do mesmo é reduzida devido à inalação.

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RESPIRADOR DE FLUXO CONTÍNUO


Respirador independente da atmosfera ambiente, que fornece um fluxo contínuo de ar
respirável ao usuário.

RESPIRADOR DE FUGA
Aparelho que protege o usuário contra a inalação da atmosfera perigosas em situações de
emergência, com risco à vida ou à saúde, durante o escape.

RESPIRADOR DE LINHA DE AR COMPRIMIDO


Respirador no qual o ar respirável provém de um compressor ou de uma bateria de cilindros.

RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR
Respirador no qual o ar ambiente passa através de um filtro para remoção do contaminante
antes de ser inalado.

RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR MOTORIZADO


É um respirador purificador de ar equipado com ventoinha para forçar o ar ambiente até a
cobertura das vias respiratórias.
RESPIRADOR DE PRESSÃO NEGATIVA
Respirador no qual a pressão na zona próxima ao nariz ou boca fica negativa em relação ao
ambiente externo durante a fase de inalação.

RESPIRADOR DE PRESSÃO POSITIVA


Respirador no qual a pressão na zona próxima ao nariz ou boca fica positiva em relação ao
ambiente externo durante a fase de inalação.

USUÁRIO
Todo indivíduo que use o equipamento de proteção respiratória independente da natureza da
sua relação de trabalho com o fornecedor do mesmo.

RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR
 Fornecer o Respirador, quando necessário, para proteger a saúde do trabalhador;
 Fornecer o respirador conveniente e apropriado para o fim desejado;
 Ser responsável pelo estabelecimento e manutenção de um programa de uso de
respiradores para proteção respiratória cujo conteúdo mínimo veremos no decorrer deste
trabalho;
 Permitir ao empregado que usa o respirador deixar a área de risco por qualquer motivo
relacionado com o seu uso. Estas razões podem incluir, mas não se limitam às seguintes:
 Falha do respirador que altera a proteção proporcionada pelo mesmo;
 Mau funcionamento do respirador;
 Detecção de penetração de ar contaminado dentro do respirador;
 Aumento da resistência à respiração;
 Grande desconforto devido ao uso do respirador;
 Mal estar sentido pelo usuário do respirado, tais como: náusea, fraqueza, tosse, espirro,
dificuldades para respirar, calafrio, tontura , vômito, febre;
 Lavar o rosto e a peça facial do respirador, sempre que necessário, para diminuir a irritação
da pele;
 Trocar o filtro ou outros componentes sempre que necessário;
 Descanso periódico em área não contaminada.
 Investigar a causa do mau funcionamento do respirador e tomar providências para saná-la.
Se o defeito for de fabricação, o empregador deverá comunicá-lo ao fabricante e a SSST
(Secretária de Segurança e Saúde no Trabalho).

RESPONSABILIDADE DO EMPREGADO
 Usar o respirador fornecido de acordo com as instruções e treinamentos recebidos;
 Guardar o respirador, quando não estiver em uso de modo conveniente para que não se
danifique ou deforme.

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 Se observar que o respirador não está funcionando bem, deverá deixar imediatamente a
área contaminada e comunicar o defeito à pessoa responsável indicada pelo empregador
nos Procedimentos Operacionais Escritos;
 Comunicar à pessoa responsável qualquer alteração do seu estado de saúde que possa
influir na sua capacidade de usar o respirador de modo seguro.

PROGRAMA MÍNIMO ACEITÁVEL DE USO DE RESPIRADORES

Administração do Programa
O empregador deve atribuir a uma só pessoa a responsabilidade e a autoridade pelo programa
de uso de respiradores. Esta pessoa deve possuir o conhecimento de proteção respiratória
suficiente para administrar de modo apropriado o programa. A responsabilidade do
administrador pelo programa inclui o monitoramento dos riscos respiratórios, a atualização dos
registros e a realização das auditorias;

Procedimentos Operacionais Escritos


Em toda empresa onde os respiradores forem necessários devem existir Procedimentos
Operacionais Escritos cobrindo o programa completo de uso de respiradores. Além de existir,
estes procedimentos devem estar sendo cumpridos;

Limitações Fisiológicas e Psicológica dos Usuários de Respiradores


Cabe a um médico determinar se uma pessoa tem ou não condições médicas de usar um
respirador. Com a finalidade de auxiliar o médico na sua avaliação, o Administrador do
programa deve informá-lo sobre:
a) Tipo de respiradores para uso rotineiro e de emergências;
b) Atividades típicas no trabalho; condições ambientais, freqüência e duração da atividade
que exige o uso do respirador;
c) Substâncias contra as quais o respirador deve ser usado, incluindo a exposição provável a
uma atmosfera com deficiência de Oxigênio.

A seleção do Tipo (s) de Respirador (s) deve ser feita, considerando-se


a) A natureza da operação ou processo perigoso;
b) Tipo de risco respiratório (incluindo as propriedade físicas, deficiência de Oxigênio, efeitos
fisiológicos sobre o organismo, concentração do material tóxico, ou nível de radioatividade,
limites de exposição estabelecidos para os materiais tóxicos, concentração permitida para
o aerossol radioativo, e a concentração IPVS estabelecida para o material tóxico);
c) A localização da área de risco em relação à área mais próxima que possui ar respirável;
d) tempo durante o qual o respirador deve ser usado;
e) As atividades que os trabalhadores desenvolvem na área de risco;
f) As características e as limitações dos vários tipos de respirador;

TREINAMENTOS
Cada usuário de respirador deve receber treinamento (e reciclagem), que devem incluir
explanação e discussão sobre:
a) risco respiratório e o efeito sobre o organismo humano se o respirador não for usado de
modo correto;
b) As medidas de controle coletiva e administrativa que estão sendo adotadas e a
necessidade do uso de respiradores para proporcionar a proteção adequada;
c) As razões que levaram à seleção de um tipo particular de respirador;
d) funcionamento, as características e limitações do respirador selecionado;
e) modo de colocar o respirador e de verificar se ele está colocado corretamente no rosto;
f) modo correto de usar o respirador durante a realização do Trabalho;
g) Os cuidados de manutenção, Inspeção e guarda, quando não estiver em uso;
h) reconhecimento de situações de emergência e como enfrentá-las;
i) As exigências legais sobre o uso de respiradores para certas substâncias.

ENSAIO DE VEDAÇÃO
Antes de ser fornecido um respirador para uma pessoa, ela deve ser submetida ao teste de
vedação para verificar se aquele respirador proporciona boa vedação no seu rosto. Após este

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teste preliminar, toda vez que for colocar ou ajustar o respirador no rosto ela deve fazer a
verificação da vedação.

MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO E GUARDA


A manutenção deve ser realizada de acordo com as instruções do fabricante e obedecendo um
procedimento que garante a cada usuário um respirador limpo, higienizado e em boas
condições de uso. O usuário deve examinar o respirador antes de colocá-lo, para verificar se
está em boas condições de uso. O respirador deve ser guardado em local conveniente, limpo
e higiênico.

LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


Os equipamentos de proteção respiratória devem ser submetidos a revisões periódicas
indicadas pelos fabricantes, a fim de que estejam na melhor condição de uso e possam
desempenhar suas funções de maneira absolutamente segura para o usuário.
Uma limpeza seguida de higienização principalmente das peças faciais deve ser executada
após o uso ou antes de ser utilizada por uma outra pessoa. Neste processo, eliminam-se
sujidades que poderiam prejudicar o uso, bem como, bactérias ou outros contaminantes que
poderiam atingir outras pessoas. além dos procedimentos recomendados pelo fabricante do
equipamento, são sugeridos os seguintes:
 Antes de limpar ou higienizar, remover quando necessário: Filtros mecânicos e químicos,
de diafragma de voz, membranas das válvulas e qualquer outro componente.
 Lavar a cobertura das vias respiratórias com uma solução normal de limpeza e higienização
(no máximo a 43 C). Usar escova para remover a sujeira. Não utilizar escova com fios
metálicos.
 Enxaguar com água morna (no máximo a 43 C).
 Escoar a água e secar com ar seco.
 Limpar e higienizar todas as partes retiradas do respirador conforme indicação do
fabricante.
 Secar as partes retiradas do respirador. Se necessário remover com pano que não solte
fiapos, qualquer material estranho depositado sobre as membranas e sede das válvulas.
 Inspecionar as peças e substituir aquelas com defeito.
 Montar as partes do respirador.
 Recolocar os filtros.
 Fazer uma inspeção visual e, onde for possível, verificar o funcionamento de alguns
componentes.
Para limpeza, podem ser utilizadas máquinas lavadoras industrial ou doméstico adaptadas,
convenientemente (suportes internos para montar os respiradores no lugar).
Tem sido usadas, com sucesso, máquinas de limpeza por ultra-som máquinas de lavar roupa,
de lavar louça e secadoras de roupa. Devem ser tomadas as precauções para evitar quedas
ou agitação, bem como, a exposição a temperaturas acima das recomendadas pelo fabricante
(geralmente de 43 C no máximo).
Para a higienização são recomendáveis os compostos quaternários de amônia, encontrados no
mercado, que tem ação bactericida.
Agentes de Limpeza e Higienização muito concentrados e diversos solventes podem danificar
os componentes de borracha e de outros elastômeros.
Outro procedimento alternativo é lavar os respiradores com uma solução de detergente e
depois imergi-los na solução higienizante. Algumas soluções higienizantes se mostram
eficientes:
 Solução de hipoclorito de sódio (50 ppm de cloro), 2 minutos de imersão.
 Solução aquosa de iodo (50 ppm de iodo), 2 minutos de imersão.
 Solução aquosa de composto quaternário de amônia (200 ppm de sal quaternário em água
com dureza total menor que 500 ppm), 2 minutos de imersão.
Se o composto quaternário não for completamente removido do respirador pelo enxágüe com
água, ele poderá provocar irritação da pele - dermatite.
As soluções de Hipoclorito de Sódio e iodo são instáveis e perdem o seu efeito com o tempo.
Elas podem causar deterioração dos componentes de borracha ou de outros elastômeros e
corroer componentes metálicos. Os tempos de imersão são indicados acima e, após
higienização, os respiradores devem ser enxaguados com bastante água limpa.

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Os respiradores podem ficar contaminados com substâncias tóxicas. Se a contaminação for


leve, os procedimentos normais de limpeza são suficientes. Por outro lado, às vezes serão
necessário procedimentos especiais de descontaminação antes de se efetuar a limpeza e a
higienização.

INSPEÇÃO
Com a finalidade de verificar se o respirador está em boas condições, o usuário deve
inspecioná-lo imediatamente antes de cada uso. Após cada limpeza e higienização, cada
respirador deve ser inspecionado para verificar se está em condições apropriadas de uso, se
necessita de substituição de partes, reparos, ou se deve ser jogado fora. Os respiradores
guardados para emergências ou resgate devem ser inspecionados no mínimo uma vez por
mês.

SUBSTITUIÇÃO DE PARTES E REPAROS


Somente pessoas treinadas na manutenção e montagem de respirador devem fazer a
substituição de peças ou realizar reparos. Somente devem ser usadas as peças de
substituição indicadas. O ajuste ou reparo de válvulas de admissão, reguladores e alarmes
somente devem ser efetuados pelo fabricante ou técnico por ele treinado. Os instrumentos
para ajuste de válvulas, regulador ou alarme devem ser calibrados contra padrões, no mínimo,
a cada três anos.

GUARDA
Os respiradores devem ser guardados de modo que estejam protegidos contra agentes físicos
e químicos tais como: vibração, choque, luz solar, calor, frio extremo, umidade excessiva ou
agentes químicos agressivos. Devem ser guardados de modo que as partes de borracha ou
outro elastômero não se deforme. Não devem ser colocados em gavetas, caixas de
ferramentas, a menos que esteja protegidos contra contaminação distorção ou outros danos.
Os de emergência e resgate que permanecem na área de trabalho devem ser facilmente
acessíveis durante todo o tempo e devem estar em armários ou estojos marcados de modo que
a sua identificação seja imediata.

CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


É importante salientar, neste ponto a necessidade da adoção do programa de proteção
respiratória, necessidade esta instituída pela SSST do Ministério do Trabalho, através da
instrução normativa número 1 em 11 de abril de 1994. A leitura e perfeito atendimento desse
programa são necessários para que se implante na empresa um roteiro adequado de proteção
respiratória.
Para facilitar o estudo, costuma-se classificar os equipamentos de proteção respiratória
em:

DEPENDENTES
Sua utilização depende das condições do ambiente onde o usuário vai desempenhar suas
tarefas.

INDEPENDENTES
Não importam as condições em que estes equipamentos serão utilizados, as condições
ambientais não vão interferir no seu funcionamento.

Os Equipamento independentes podem ser:


1. Por adução de ar, ou, o ar que o usuário respira provém de uma fonte externa, geralmente
um compressor, trazido através de mangueiras,
ou,
2. Autônomos, condição em que o ar respirável ou o oxigênio que abastecem o usuário provém
de cilindros que o próprio usuário leva consigo.

OS EQUIPAMENTOS DEPENDENTES
São sempre os equipamentos filtrantes, não importando como são constituídos, pois apenas
eliminam do ar que se respira, os contaminantes ali presentes. Há restrições para o uso dos
equipamentos filtrantes

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FILTROS
Podemos classificar os graus de retenção mecânica dos aerodispersóides em 3 classes:

CLASSE P1
Os filtros de Classe P1 são utilizados contra aerodispersóides gerados mecanicamente. As
partículas podem ser sólidas ou líquidas geradas de soluções ou suspensões aquosas.
Indicação: poeiras vegetais como algodão, bagaço de cana, madeira, celulose e carvão
vegetal: grãos e sementes, poeiras minerais como a sílica, cimento, amianto, carvão mineral,
negro de fumo, bauxita, calcário, coque, fibra de vidro, ferro, alumínio, chumbo, cobre, zinco,
manganês e outros metais; névoas aquosas de inorgânicos, névoas de ácido sulfúrico e soda
cáustica.

As limitações ao uso de respiradores deste tipo são:


1. O ambiente deve conter, no mínimo 17 % em volume de Oxigênio, caso contrário poderá
levar a uma asfixia do usuário;
2. Não devem estar presentes gases e vapores, pois suas moléculas atravessam o material
de retenção mecânica e podem levar a intoxicações. Também não devem estar presentes
substâncias radioativas, microorganismos ou materiais de efeito bioquímico.
3. Concentração máxima do aerodispersóide presente: 10 vezes seu limite de tolerância.

CLASSE P2
Os filtros de Classe P2 são utilizados contra aerodispersóides gerados mecanicamente
(poeiras e névoas) e termicamente (fumos). Além dos contaminantes citados para a classe P1,
os filtros P2 são eficientes na retenção de fumos metálicos como os provenientes de operações
de solda ou do processo de fusão metálica que contenham ferro, manganês, cromo, cobre,
níquel e zinco. São ainda indicados os filtros da Classe P2 para contração contra névoas
provenientes da aplicação de defensivos agrícolas com baixa pressão de vapor e que não
contenham vapores associados.
Classificam-se os filtros P2 nas categorias S ou SL de acordo com a sua capacidade de
retenção de partículas líquidas oleosas ou não. Os da categoria S são indicados contra
contaminantes anteriormente mencionados e os SL podem ser utilizados para proteção do
usuário contra névoas oleosas, além dos contaminantes já citados.

As limitações ao uso de respiradores deste tipo são:


1. O ambiente deve conter, no mínimo 17 % em volume de Oxigênio, caso contrário poderá
levar a uma asfixia do usuário;
2. Não devem estar presentes gases e vapores, pois suas moléculas atravessam o material de
retenção mecânica e podem levar a intoxicações. Também não devem estar presentes
substâncias radioativas, microorganismos ou materiais de efeito bioquímico.
3. Não escolher este tipo de respirador caso não se conheçam as concentrações das
substâncias nocivas.

CLASSE P3
Para a utilização contra aerodispersóides gerados mecanicamente e termicamente incluindo
aqueles tóxicos. Pertencem a esta categoria os contaminantes altamente tóxicos, entre outros,
as poeiras, névoas e fumos de Arsênio, Berílio, sais solúveis de platina, Cádmio, Rádio, Prata,
Urânio e seus compostos, Radionuclídeos.
Os filtros P3, da mesma forma que os P2, também são subdivididos nas categorias S ou SL
conforme a sua capacidade de retenção de partículas sólidas e líquidas incluindo as névoas
oleosas.

Normalmente, mencionam-se como limitações destes filtros:


1. Que a concentração do Oxigênio ambiental seja de, no mínimo 17 % em volume de
Oxigênio;
2. Que não existam aerodispersóides no ambiente;
3. Que a concentração dos gases e vapores esteja no máximo a um certo valor conforme a
classe do filtro químico.

FILTROS COMBINADOS

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Alguns respiradores do tipo Combitox e Panorama também podem ser utilizados com seus
respectivos filtros combinados, em ambientes onde haja a presença de gases e vapores além
de aerodispersóides. O aerodispersóide ficará retido pelo mecanismo já estudado na parte
anterior do filtro e os gases e vapores ficarão retidos na parte posterior, no carvão ativado. As
mesmas limitações já mencionadas para o uso dos filtros mecânicos e químicos se aplicam
aqui.

Outros fatores que podem influir na vida útil de um filtro, de um modo geral:
Consumo de ar do usuário, umidade relativa do ar e temperatura do ar. Gases que tem limites
de tolerância muito acima do limite de percepção pelo olfato, como o óxido de etileno, exigem o
uso de filtros químicos tipo 2 como os para máscara panorama, e devem ser descartados após
um único uso.
A norma de testes de filtros, e que orienta quanto à concentração máxima de agente agressivo
na escolha de filtros é a seguinte:

Tabela - Testes de Filtros


CÓDIGO PROTEÇÃO CONTRA CONDIÇÕES DE TESTE
Filtros para gases Capacidade de Absorção Concentração do Teste
1 Pequena 1000 ppm
2 Média 5000 ppm
Filtros para Partículas Capacidade de Retenção Grau de Permeabilidade
95 litros/min em teste com
Sal de NaCl Parafina
P1 Pequena 20 %
P2 Média 6% 2%
P3 Grande 0,05 % 0,01 %

Os filtros de retenção química e os combinados, uma vez abertos e retirados de sua


embalagem original, terão uma validade máxima de 6 meses, desde que não saturados. Se
houver saturação, eles imediatamente devem ser substituídos. Já os filtros e as máscaras
descartáveis de retenção mecânica não possuem uma data de validade. Devem ser
armazenados e protegidos da umidade do ar e somente retirados de sua embalagem no
momento de uso.

RESPIRADORES (MÁSCARAS) DE FUGA


Os Equipamentos filtrantes de abandono oferecem proteção segura para o abandono de áreas
onde existem contaminantes tóxicos, vapores, gases combinações de gases e
aerodispersóides ou aerossóis, que inundam inesperadamente estes lugares.
 Devem ser de tamanho pequeno, leves e cômodos no transporte a fim de sempre poderem
ser levado com o usuário.
 Devem possuir uma conexão à respiração de fácil e rápida colocação.
 Devem estar sempre em perfeitas condições de uso e ter um filtro de validade prolongada.
 Devem, de preferência proteger contra o maior número possível de gases diferentes por
tempo suficientemente longo.
Os respiradores de fuga ou abandono, como os demais equipamentos filtrantes, também são
dependentes do ar atmosférico ambiental e somente são utilizados em atmosferas que
contenham, pelo menos, 18 % em volume de oxigênio.

OS EQUIPAMENTOS INDEPENDENTES
São utilizados em todos os lugares nos quais existem altas concentrações de contaminantes, e
onde não se poderiam utilizar equipamentos filtrantes de maneira segura. Como vimos, temos
entre os equipamentos independentes os de adução de ar e os autônomos.

EQUIPAMENTOS POR ADUÇÃO DE AR


Também conhecidos como equipamentos de respiração com linha de ar, adaptam-se ao
usuário com facilidade, oferecendo-lhe boa segurança e peso reduzido. O ar que a pessoa
respira, provém de um compressor central à distância ou a de cilindros de ar respirável,
percorre uma mangueira com conexões, e chega ao equipamento respiratório do usuário
através da conexão. Pode ter fluxo constante, mantendo no interior da peça facial uma

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pressão positiva que evita a penetração do contaminante caso haja falha na vedação ou pode
ser dotado de válvula de demanda que libera o ar somente na fase inspiratória. O uso destes
equipamentos praticamente não limita o tempo do trabalho.
Dois tipos diferentes de equipamento de respiração com linha de ar se desenvolveram em
função da fonte de alimentação de ar respirável e que podem ser:
 De respiração com mangueira de ar aspirado e
 De respiração com mangueira de ar comprimido

EQUIPAMENTO DE RESPIRAÇÃO COM MANGUEIRA DE AR ASPIRADO


Também chamado de Equipamentos de Ar Natural, é o mais simples equipamento de
respiração isolante. O ar respirável é aspirado de uma área isenta de contaminantes, onde se
posiciona a entrada de ar da mangueira. A mangueira deve ter um diâmetro tal que permita ao
usuário aspirar o ar sem dificuldade através dela. Este diâmetro comumente é de 25 mm. A
mangueira deve resistir ao esmagamento, Torção, Óleos e se conectar à máscara panorama.
Este sistema limita o comprimento da mangueira em 20 metros já que o ar é trazido ao usuário
apenas pela força de seus pulmões.

EQUIPAMENTOS DE RESPIRAÇÃO COM MANGUEIRA DE AR COMPRIMIDO


Estes equipamentos de respiração trabalham com uma pressão entre 3,5 até 10 bar. Como
fonte de alimentação para o ar respirável usam-se redes centrais de abastecimento de ar
comprimido, compressores ou ainda cilindros de alta pressão de ar comprimido. O diâmetro
interno das mangueiras é de 3/8”, elas são flexíveis e permitem grande mobilidade do usuário.
O comprimento total das mangueiras não deve ser superior a 60 metros para assegurar o
controle sobre a atividade do usuário, oferecendo-lhe maior segurança.
As mangueiras de ar comprimido devem possuir malha de tecido em seu interior e resistir a
pressões de até 20 bar. Sob pressão, devem resistir a torção e amassamento, para evitar
interrupção no abastecimento de ar.
Os lances individuais de 5, 10 e 20 metros dessas mangueiras podem ser unidos até se atingir
comprimento compatível com o trabalho a ser desenvolvido. Estas uniões se fazem através
dos engates-rápidos nas extremidades dos lances.
Quando o ar respirável for proveniente de uma rede de alimentação central de ar comprimido,
deve-se intercalar ao equipamento de respiração um filtro purificador de ar, a fim de se eliminar
do ar respirável os odores de óleo, umidade excessiva ou eventuais gases presentes no ar
captado.

EQUIPAMENTOS AUTÔNOMOS DE AR COMPRIMIDO


Uma série de atividades exigirão a utilização de equipamentos autônomos de ar comprimido,
pois estes oferecem total mobilidade ao usuário, além se terem um suprimento de ar por um
tempo suficiente para a execução de tarefas de salvamento, combate a incêndio, etc.

As unidades básicas que compõem os respiradores autônomos de ar comprimido são:


 Peça facial - Normalmente uma máscara panorâmica de pressão normal ou positiva
 Suporte básico, de material leve, resistente, que acomodará o cilindro e redutor de pressão
 Válvula de demanda, que apenas libera o ar comprimido na fase inspiratória
 Cilindro de aço leve . É o elemento que guarda a reserva de ar comprimido sobre alta
pressão, 200 ou 300 bar.
O suporte básico é anatômico, contém também os arreios e o cinto que prenderão o
equipamento firmemente ao usuário, dando-lhe mobilidade com conforto e perfeita distribuição
do peso. O redutor de pressão tem a finalidade de reduzir a alta pressão do cilindro (200 ou
300 bar) para um estágio final diretamente para a válvula de demanda, pressão alta já
adequada ao solicitante. Possui alarme sonoro que alerta o usuário quando a pressão estiver
aproximadamente em 40 bar e é dotado, ainda, de válvula de alívio.
A válvula de demanda, liberando o ar somente na fase inspiratória, economiza o ar do cilindro.
Seu desempenho permitirá vazões de 500 Litros/min.
Os cilindros mais comuns utilizados com estes equipamentos são de volume interno 4,5 ou
7 litros.
As pressões de carga são normalmente 200 ou 300 bar. A autonomia do equipamento
autônomo depende do volume interno dos cilindros, da pressão com que foi carregado e do

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consumo de ar do usuário. Este está relacionado diretamente com o tipo de atividade que ele
vai executar. Calcula-se da seguinte forma:

VOLUME INTERNO DO CILINDRO (LITROS) x PRESSÃO DE CARGA (BAR) / CONSUMO


DE AR (LITROS/MINUTO) = AUTONOMIA (MIN)
Exemplo: Cilindro de 7 litros, pressão de 300 bar e consumo de 30 litros/minutos: 70 minutos

COMENTÁRIOS
Saúde ocupacional, é a disciplina que se preocupa com a proteção da saúde do trabalhador,
que pode ser afetada por elementos ou condições encontradas no ambiente de trabalho, a
saúde ocupacional é formada por duas disciplinas, a saber, as atitudes inerentes a Higiene
Industrial que se preocupa com a identificação, avaliação e controle dos agentes químicos,
físicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos presentes nos ambientes de trabalho, e que
poderão afetar a saúde do trabalhador. E, a Medicina Ocupacional que é a disciplina
voltada para a monitorização da saúde do trabalhador a qual pode ser afetada pelos agentes
encontrados no ambiente de trabalho.
O nível de exposição a que está submetido um usuário de respirador é conhecido graças ao
uso de instrumentos que medem a concentração dos contaminantes ou do oxigênio no ar.
Para conhecer o risco potencial ou efetivo que estará exposto o usuário do respirador, deve ser
coletadas amostras e feitas análises convenientes, ou cálculos apropriados para determinar a
concentração média ponderada, e quando cabível, concentração de curta exposição. A
concentração de uma substância no ar pode ser influenciada por mudanças nas operações do
processo, alterações da velocidade e direção do vento, mudanças da temperatura ambiente
entre o dia e a noite, e pela estação do ano. Por estas razões, ao se traçar um programa de
monitoramento dos riscos respiratórios, esses fatores devem ser levados em conta. Para que a
determinação da concentração do contaminante no local de trabalho seja precisa, é essencial
que o volume de ar amostrado contenha a quantidade suficiente da substância responsável
pelo risco.
Os aerodispersóides são problemas gravíssimos nas indústrias que possuem este tipo de
agente agressivo, logo, é necessário que tomemos as medidas de prevenção correta para
estas situações e que, utilizemos os equipamentos de proteção individual somente em último
caso, pois, a prioridade é eliminar os riscos na fonte e, por conseguinte, utilizarmos os
equipamentos protetores de ordem coletiva e, em último caso, utilizar-se-á a proteção
individual.

 A utilização de respiradores poderá ser necessária caso venhamos a executar algum


trabalho em espaços confinados onde maiores cuidados deverão ser priorizados devido
a escassez de Oxigênio nestes ambientes.
ILUMINAÇÃO – INFORMAÇÕES GERAIS
A lei é minuciosa e regulamentarista nessa matéria. Quanto iluminação, deverá ser
adequada, natural ou artificial, de preferência a primeira, obedecidos, no que se refere à
segunda, os níveis mínimos fixados pelo Departamento de Segurança e Higiene do
Trabalho. Qualquer das duas deve ser uniformemente distribuída, geral e difusa,
evitando ofuscamento, reflexos fortes, sombras e contrastes excessivos, sem prejudicar
os movimentos e a visão dos empregados.
O sol não deve incidir diretamente nos locais de trabalho, utilizando-se recursos, quando
necessários para evitar o insolamento excessivo. Bem iluminadas e ventiladas devem
ser igualmente as obras em escavações, túneis, galerias e pedreiras. Todos os locais de
trabalho exigem ventilação natural capaz de proporcionar um ambiente de conforto
térmico compatível com o serviço realizado. Será obrigatória a ventilação artificial, se a
natural não preencher estas condições.

TEMPERATURA - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA A EXPOSIÇÃO AO CALOR


CONFORME A NORMA REGULAMENTADORA DE NÚMERO - 15
A exposição ao calor deve ser avaliada através do índice de Bulbo Úmido – Termômetro de
Globo (IBUTG). As avaliações podem ser efetuadas em ambientes externos e internos com ou
sem carga solar. Atualmente existem diversos equipamentos que fazem este tipo de leitura
fornecendo os resultados através de leituras diretas seguindo os procedimentos técnicos
adequados.

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“As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da
região do corpo mais atingida. Os limites de Tolerância para a exposição ao calor, em
regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação
de serviço”.

Para cada taxa de metabolismo é permitido ao respectivo trabalhador uma exposição no


tocante ao IBUTG, onde através da comparação destes resultados caracterizaremos se o
ambiente de trabalho é ou não insalubre e, por conseguinte, determinaremos as medidas
cabíveis de prevenção e/ou a erradicação dos Agentes Potencialmente Agressivo.

CONCLUSÃO - PROTEÇÃO CONTRA OS ELEMENTOS AGRESSIVOS


Incluem-se aqui as medidas de segurança no ambiente de trabalho para a atividade de
armazenamento e transporte de cargas os agentes potencialmente agressivos deverão ter os
devidos acompanhamentos, em caráter preventivo, visando a saúde dos trabalhadores
envolvidos nas atividades insalubres, que poderão, no entanto, ser reduzidos, a juízo de
determinações técnicas adequadas, minimizando os riscos ocasionados em função das
condições de iluminação, Ruídos, Aerodispersóides (Poeiras,Gases e Fumos Metálicos)
condizentes com a natureza do trabalho.
O respectivo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA tem como ponto principal
adotar as medidas de caráter preventivo seguindo as sugestões explícitas neste Programa,
bem como, adotar outras medidas que possam erradicar as respectivas fontes geradoras dos
agentes potencialmente agressivos. No tocante à temperatura (IBUTG) não houve extrapolação
no tocante ao Limite de Tolerância estabelecido pela NR – 15.
Seguir as metas estabelecidas neste programa, bem como, se atentar ao cronograma de
tarefas/ações sugeridos, fará com que a empresa atenda as diversas solicitações exigidas
pelas Legislações Trabalhistas e, estará convergindo para o cumprimento das técnicas de
gerenciamento de risco.

MESO – SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO


JUNHO/2002

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