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A DOUTRINA DO PECADO CONFORME AGOSTINHO

Charles Hodge – vivendopelapalavra.com

Tradução livre e versos acrescentados por: Helio Clemente

Com base na realidade da consciência e da experiência Agostinho chegou a algumas


conclusões inevitáveis:

– Se os homens são salvos, não pode ser devido a seu mérito próprio, mas apenas e tão
somente ao amor imerecido de Deus.

– Que a regeneração da alma deve ser obra exclusiva e sobrenatural do Espírito Sando,
pois o pecador não poderia levar a cabo esta obra e nem tampouco cooperar na sua
produção, ou seja, que a graça salvadora é eficaz e irresistível.

– Que a salvação é pela graça, pela soberana misericórdia de Deus, pois:

A – Deus poderia com toda a justiça deixar os homens perecerem em sua apostasia sem
provisão alguma para sua redenção;

B – Em que, ao estar os homens destituídos da capacidade para fazer qualquer coisa de


bom ou meritório, sua justificação não pode ser devida às suas obras como um favor
conquistado.

C – Não depende da vontade das pessoas salvas serem feitos partícipes da redenção de
Cristo, mas somente do beneplácito de Deus.

Ou seja, a eleição para a vida eterna tem que estar baseada no soberano beneplácito de
Deus e não na previsão de boas obras.

Outra inferência com base nos princípios de Agostinho é a perseverança dos santos; se
Deus escolhe por seu beneplácito a alguns para a vida eterna, estes não poderão deixar de
obter a salvação.

Pode-se ver, desta forma, que assim como todas as doutrinas distintivas dos arminianos e
pelagianos são as consequências lógicas de seu princípio da capacidade plena como base e
limite para a obrigação, da mesma forma as doutrinas distintivas de Agostinho são as
consequências lógicas de seu princípio da total incapacidade do homem, após a queda,
para fazer qualquer coisa espiritualmente bom e agradável a Deus.

Efésios 1,4-5: “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos
santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de
filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade”.
Pelas declarações da Escritura e pela sua própria experiência, o homem é culpado e
contaminado desde o seu nascimento e não tem poder para mudar sua natureza. Sendo
que todos os homens estão envolvidos na mesma pecaminosidade e impotência, aceitou a
solução bíblica destes fatos e os manteve.

Salmo 51,5: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe”.

– Que Deus criou ao homem originalmente à sua própria imagem e semelhança em


conhecimento, retidão e santidade, imortal e revestido de domínio sobre as criaturas.

– Também mantinha que Adão foi dotado de perfeita liberdade de vontade, não somente
com espontaneidade e capacidade de auto determinação, mas também com o poder de
escolher entre o bem e o mal (posse non pecare) e de determinar assim o seu próprio
caráter.

– Sendo deixado ao poder de sua própria vontade, Adão, debaixo da tentação do diabo,
pecou voluntariamente contra Deus e assim caiu do estado em que havia sido criado.

– Que as consequências deste pecado sobre Adão foram a perda da imagem divina e da
corrupção de toda a sua natureza, de maneira que ficou espiritualmente morto, e por isto
mesmo, indisposto, incapacitado e oposto a todo o bem espiritual.

Gênesis 3,17: “E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que
eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o
sustento durante os dias de tua vida”.

– Além desta morte espiritual, veio a se tornar mortal, suscetível a todas as misérias desta
vida e à morte eterna.

– Tal era a união entre Adão e seus descendentes que as mesmas consequências da
transgressão sobrevieram a todos eles. Todos nascem como filhos da ira, isto é, em estado
de condenação, destituídos da imagem de Deus e moralmente depravados.

1 Coríntios 15,22: “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão
vivificados em Cristo”.

Esta depravação inerente hereditária é verdadeira e propriamente da natureza do pecado,


envolvendo ao mesmo tempo a culpa e a corrupção. Em sua natureza formal consiste na
privação da retidão original, na concupiscência e na desordem de toda sua natureza (non
posse non pecare).

A natureza desta corrupção é um “habitus” ou “vício” em distinção de um ato, atividade ou


agência. É voluntário no sentido mencionado anteriormente, especialmente devido à livre
ação de Adão.
A perda da retidão original e da corrupção da natureza consequente à queda de Adão são
inflições penais como castigo de seu primeiro pecado.

Desta forma, o chamado eficaz e a regeneração são ações sobrenaturais do Espirito Santo,
pela qual a alma é o sujeito e não o agente da salvação. Esta salvação é concedida ou
retida conforme o beneplácito de Deus, e consequentemente a salvação é totalmente
gratuita.

Efésios 2,8-9: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de
Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.

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