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g UIA PARA

DE
ELABORAÇÃO
DE DISSERTAÇÕES

MESTRADO
(2º CICLOS)

FACULDADE DE ECONOMIA
Univers idade do Alga rve

© 2002, 2004, 2009 Faculdade de Economia da Universidade do Algarve


VERSÃO REVISTA EM
JANEIRO DE 2009

2
FACULDADE DE ECONOMIA
Universidade do Algarve

GUIA PARA ELABORAÇÃO DE DISSERTAÇÕES (1)


DE MESTRADO

(1) O Decreto-Lei 107/2008 - artigo 20º - e o Regulamento n.º 217 da Universidade do Algarve – artigo 1º -,
mencionam a possibilidade de elaboração de uma dissertação de natureza científica, trabalho de projecto
original, ou um estágio de natureza profissional objecto de relatório final, para obtenção do grau de mestre.
Esclarece-se que os mestrados oferecidos pela Faculdade de Economia, prevêem, na sua maioria - salvo raras
excepções -, a elaboração de uma dissertação de natureza científica. Os mestrandos deverão consultar os
documentos de criação dos respectivos cursos, a fim de verificarem quais as possibilidades que se lhe
apresentam, tendo em conta o curso em que estão inscritos.

__________________________________________________________________________________________
O presente documento foi aprovado pelo Conselho Científico da Faculdade de Economia da Universidade do
Algarve no dia 4 de Setembro de 2002. Este Conselho agradece a prestimosa colaboração da Dra. Susy A.
Rodrigues na pesquisa, redacção e edição do texto.
ÍNDICE GERAL

Página
1 INTRODUÇÃO…………………………………………………..….…... 6
2 ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO.………………………...……… 6
3 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ……………………………..…….. 7
3.1 Parte Pré-textual………………………………………………..……. 8
3.1.1 Capa……………………………………………………….……. 8
3.1.2 Página de Rosto………………………………………...….…… 9
3.1.3 Dedicatória………………………………………………...……. 9
3.1.4 Índice Geral………….…………………………….…….….….. 10
3.1.5 Índice de Figuras………………………………….……….…… 10
3.1.6 Índice de Tabelas………………………………..………..…….. 11
3.1.7 Lista de Abreviaturas, Siglas e Símbolos………….……….…... 11
3.1.8 Agradecimentos……………………….………………….…….. 11
3.1.9 Resumo e Abstract……………………………………………. 11
3.1.10 Errata…………………………………………………….….… 12
3.2 Parte Textual………………………………………………..….……. 12
3.2.1 Introdução…….…………………………………………...……. 13
3.2.2 Revisão de Literatura……………………………………...……. 14
3.2.3 Metodologia da Investigação……………………………...……. 14
3.2.4 Resultados………………………………………………....……. 15
3.2.5 Discussão……………………………………………………….. 16
3.2.6 Conclusões………………………………………………...……. 16
3.2.7 Generalidades……………………………………………...…… 17
3.3 Parte Pós-textual…………………………………………………….. 20
3.3.1 Anexos………………………………………………………….. 20
3.3.2 Referências Bibliográficas………………………………...……. 20
3.3.3 Apêndices………………………………………………….…… 21
4 FORMATAÇÃO DO TRABALHO……………………………....……... 22
4.1 Generalidades…………………………………………………..…… 22
4.2 Papel…………………………………………………………....…… 23
4.3 Margens e Espaçamentos……………………………………....……. 23

2
Página

4.4 Paginação……………..………………………………………..……. 24
4.5 Organização em Capítulos.…………………………………….……. 24
4.6 Abreviaturas, Siglas e Símbolos…………………………………….. 25
4.7 Equações e Fórmulas………………………………………………... 25
4.8 Figuras e Tabelas……………………………………………………. 25
4.9 Notas de Rodapé.……………………………………………………. 26
5 ENTREGA DA DISSERTAÇÃO………………………………….……. 27

Anexo 1: Capa da Dissertação...................……………………………….. 29


Anexo 2: Página de Rosto .............……...……………………………….. 30
Anexo 3: Índice Geral………………………………………………..…… 31
Anexo 4: Lista de Figuras……………………………………….…...…… 32
Anexo 5: Lista de Tabelas…………………………………………...……. 33
Anexo 6: Lista de Abreviaturas, Siglas e Símbolos........…………...……. 34
Anexo 7: Resumo…………………………………………………………. 35
Anexo 8: Resumo em Folha Solta (em Português)……………………….. 36
Anexo 9: Abstract em Folha Solta (em Inglês).…………………….…….. 37
Anexo 10: Características do Papel…………………………………….…... 38
Anexo 11: Margens para Apresentação do Texto………………….………. 39
Anexo 12: Abreviaturas em Latim …………………………………….…... 40

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ……………………….…………. 41

APÊNDICE 1: Citações Textuais…………………...…………..…….……. 42


APÊNDICE 2: Referências Bibliográficas…………………………....……. 49
APÊNDICE 3: Regulamento n.º 217/2007 da Universidade do Algarve... 56
APÊNDICE 4: Modelo de Proposta de Dissertação de Mestrado..……..….. 71
APÊNDICE 5. Decreto-lei n.º 74/2006 de 24 de Março….……...….……... 74

3
LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 2.1 Elementos Constituintes de uma Dissertação….…….….…... 7

4
1 INTRODUÇÃO

A Faculdade de Economia da Universidade do Algarve tem como exigência final dos

cursos de mestrado a apresentação de uma dissertação para a obtenção do respectivo grau.

Embora uma dissertação de mestrado não necessite de constituir-se como um contributo

absolutamente inovador para a ciência, deve revelar “…maturidade científica, apuro técnico e

capacidade de utilização das fontes, denotando rigor científico” (Azevedo e Azevedo 1994:

51). O grau de mestre comprova um nível aprofundado de conhecimentos numa área

científica e capacidade para a prática da investigação.

Este guia foi elaborado com o objectivo de esclarecer e fornecer algumas linhas de

orientação geral para os mestrandos desta Faculdade relativamente à dissertação de Mestrado.

Tem, por isso, como preocupação principal dar um suporte básico e objectivo para o

desenvolvimento deste tipo de trabalho.

2 ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO

Uma dissertação deve necessariamente possuir os seguintes elementos: capa, folha de

rosto, índice geral, resumo (em português e em inglês), corpo do trabalho e referência

bibliográfica. A Figura 2.1 apresenta os elementos obrigatórios e aqueles que são opcionais,

na sequência em que devem ser ordenados na dissertação.

5
Figura 2.1: Elementos Constituintes de uma Dissertação

Apêndice(s)
Referências Parte pós-textual
Bibliográficas
Anexo(s)

Parte textual
Texto

Abstract
Resumo
Agradecimentos

Lista de Abrev.
Índice de Tabelas

Índice de Figuras

Índice Geral
Dedicatória
Folha de Rosto Parte pré-textual
Capa

Obrigatório Facultativo

3 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

As partes principais da dissertação, estabelecidas de forma consensual em todas as áreas

científicas, compreendem três partes: pré-textual, textual e pós-textual (Hora, 1999).

6
3.1 Parte Pré-textual

Nesta parte estão incluídos: capa, folha de rosto, dedicatória, índice geral, lista de

figuras, lista de tabelas, lista de abreviaturas, siglas e símbolos, agradecimentos e resumo.

3.1.1 Capa

A capa, de cartolina, deve conter os seguintes elementos pela seguinte ordem: título da

tese, nome do mestrado, nome do aluno, nome da Universidade, nome da Faculdade, local e

ano (ver Anexo 1):

(i) Universidade: o nome UNIVERSIDADE DO ALGARVE deve aparecer


centrado;

(ii) Faculdade: o nome FACULDADE DE ECONOMIA deve aparecer, centrado,


a bold a seguir ao nome da universidade;

(iii) Título da dissertação: o título deve ser claro, conciso e suficientemente


descritivo para definir o tema do trabalho. Utilizar letras maiúsculas, a bold e
simetricamente distribuídas;

(iv) Nome do aluno: nome completo do aluno, em letras maiúsculas;

(v) Nome do mestrado: nome completo do mestrado;

(vi) Área de Especialização: designação da área de especialização, se aplicável;

(vii) Ano: deve aparecer o ano centrado abaixo do nome do local.

7
3.1.2 Página de Rosto

A página de rosto surgirá logo após a capa. A página de rosto deve ser cópia da capa,

incluindo a referência à orientação da dissertação. Os elementos devem ter a seguinte ordem

(ver Anexo 2):

(i) Universidade: o nome UNIVERSIDADE DO ALGARVE deve aparecer


centrado;

(ii) Faculdade: o nome FACULDADE DE ECONOMIA deve aparecer, centrado, a


bold a seguir ao nome da universidade;

(iii) Título da dissertação: o título deve ser claro, conciso e suficientemente


descritivo para definir o tema do trabalho. Utilizar letras maiúsculas, a bold e
simetricamente distribuídas;

(iv) Nome do aluno: nome completo do aluno, em letras maiúsculas;

(v) Nome do mestrado: nome completo do mestrado;

(vi) Área de Especialização: designação da área de especialização, se aplicável;

(vii) Orientação: Incluir a referência “Dissertação orientada por...”. Deverá conter o

nome completo do(s) orientador(es), a categoria profissional e a(s)

instituição(ões) a que pertence(m);

(viii) Ano: deve aparecer o ano centrado abaixo do nome do local.

3.1.3 Dedicatória

Página opcional, ocupando página própria. É dirigida a quem contribuiu de forma

muito pessoal para o êxito do trabalho.

8
Esta página não necessita de um cabeçalho mas deve incluir paginação (em numeração

romana). O texto a incorporar não necessita de uma formatação idêntica ao resto do trabalho

mas deve respeitar as margens mínimas permitidas. Deve evitar ornamentos gráficos.

3.1.4 Índice Geral

O Índice Geral serve de guia de consulta da dissertação. A sua apresentação deve

incluir uma lista detalhada com os nomes de todos os capítulos, secções e subsecções do

trabalho e as respectivas páginas. O autor deve verificar se a informação do índice

corresponde à informação no texto, se as partes do trabalho estão ordenadas logicamente e se

as frases e expressões que compõem os títulos são as mais eficazes para uma consulta.

Esta secção deve ocupar uma página própria com a designação ÍNDICE GERAL,

centrada, na margem superior da página em letras maiúsculas e sem pontuação (ver Anexo 3

como exemplo). Os títulos dos capítulos devem ser escritos em letras maiúsculas; as secções

e subsecções em minúsculas, excepto o início da primeira palavra e dos nomes próprios. A

coluna de numeração das páginas deve receber o título Página.

3.1.5 Índice de Figuras (gráficos, imagens, mapas, etc.)

O Índice de Figuras, se necessário, deve ser apresentado em sequência numérica, com

o título completo de cada uma das figuras e a página correspondente. Esta página do trabalho

deve receber o título LISTA DE FIGURAS, em letras maiúsculas, centrado e sem pontuação

(ver Anexo 4).

9
3.1.6 Índice de Tabelas

O Índice de Tabelas, caso haja, deve seguir o mesmo modelo do Índice de Figuras (ver

Anexo 5).

3.1.7 Lista de Abreviaturas, Siglas e Símbolos

Havendo necessidade de recorrer a abreviaturas, siglas e símbolos, estes devem ser

apresentados em lista à parte, acompanhados da sua respectiva designação por extenso (ver

Anexo 6).

3.1.8 Agradecimentos

Deve-se mencionar, de forma objectiva, todas as pessoas ou entidades que

contribuíram de alguma forma para a conclusão do trabalho. Incluem-se geralmente nesta

rubrica, palavras de gratidão para com o(s) orientador(es) ou outras pessoas que auxiliaram na

realização da dissertação. Deve ocupar página própria.

É obrigatório incluir, nesta secção, a menção a qualquer tipo de apoio financeiro,

obtido para efeitos de realização do grau, e identificar a entidade financiadora de acordo com

as normas por ela estabelecida.

3.1.9 Resumo e Abstract

O Resumo deve apresentar, de forma sintética, uma condensação do conteúdo da

dissertação, indicando a natureza do problema estudado, metodologia utilizada, resultados

10
mais importantes e principais conclusões. Antecedendo o texto, deve constar a palavra

RESUMO centrada na margem superior (ver Anexo 7). A dissertação deve também conter

um resumo em inglês intitulado ABSTRACT. Não deve exceder 250 palavras.

Nota: Aquando da entrega da dissertação é requerido ao candidato que junte em folhas soltas,

à parte da dissertação, a seguinte informação em português e inglês: (i) título da dissertação;

(ii) nome do aluno/a; e (iii) resumo (ver Capítulo 5: Entrega da Dissertação, para mais

informações).

3.1.10 Errata

Caso haja correcções a fazer ao texto, verificadas após a sua encadernação, estas devem

ser incluídas numa errata no final da parte pré-textual em todas as cópias a entregar. Os erros

detectados devem ser apresentados numa folha intitulada ERRATA como cabeçalho, com o

espaço abaixo divido em três colunas. A primeira coluna identifica a linha (l.), parágrafo

(para.) e página (pág.) do erro (e.g. l. 5, para. 3, pág. 8) e tem como designação, Local; a

segunda indica o texto a corrigir e tem como designação, Onde se lê:; e a terceira apresenta a

correcção e tem como título, Deve ler-se:.

3.2 Parte Textual

São componentes da parte textual os seguintes elementos:

a) um capítulo introdutório descrevendo o problema a estudar, as motivações que levaram o


autor a dedicar-se ao estudo do tema proposto, os objectivos gerais e os argumentos que
os justificam, bem como os limites do trabalho;

b) recensão da literatura existente sobre o tema da dissertação;

11
c) um capítulo sobre a metodologia da investigação;

d) alguns capítulos explicitando o desenvolvimento pretendido da metodologia escolhida;

e) um capítulo final com as conclusões gerais;

f) referências bibliográficas.

A dissertação convencional inclui na parte textual, i.e. corpo do trabalho, os seguintes

capítulos (Cf. Azevedo, 2000):

Capítulo 1. Introdução
Capítulo 2. Revisão de Literatura
Capítulo 3. Metodologia
Capítulo 4. Resultados
Capítulo 5. Discussão
Capítulo 6. Conclusões

Nunes (2001: 5) explica que o corpo do trabalho “é o núcleo do trabalho e deve incluir

todos os elementos necessários à interpretação e crítica.” Deve-se evitar sempre “sobrecargas

de informação” como por exemplo um excessivo número de tabelas, figuras ou gráficos que

não sejam fundamentais à compreensão imediata do texto, podendo estes ser anexados (na

secção de Anexos) no final do trabalho.

3.2.1 Introdução

Tem como objectivo proporcionar informações essenciais tais como: (i) a

apresentação do tema ou problema a investigar; (ii) a explicação da sua importância; (iii) a

12
indicação das hipóteses que se pretende testar durante a investigação; (iv) a problemática da

investigação (dados e/ou informações que dimensionam a problemática); (v) limites da

investigação; e (vi) um resumo breve dos capítulos seguintes da dissertação.

3.2.2 Revisão de Literatura (enquadramento teórico da temática)

A revisão de literatura consiste na apresentação da evolução científica do tema do

trabalho através da citação e de comentários sobre a literatura considerada relevante e que

serviu de base à investigação. Desta forma, as suas principais funções são as de demonstrar a

relevância do estudo e auxiliar a interpretação dos resultados obtidos.

A revisão da literatura deve também reflectir alguma contribuição de natureza crítica

por parte do autor demonstrando, assim, que os trabalhos não foram meramente catalogados,

mas sim examinados e objectivamente comentados. Nem todos os trabalhos requerem uma

secção dedicada especificamente à revisão da literatura; pode haver preferência em incorporá-

la na Introdução, principalmente se essa revisão for breve. Todos os autores citados na

Revisão de Literatura ou em quaisquer partes do trabalho deverão constar da listagem final

das Referências Bibliográficas.

3.2.3 Metodologia da Investigação

É importante que o trabalho apresente uma descrição completa e concisa da

metodologia da investigação utilizada (incluindo as vantagens e desvantagens da

metodologia), que permita ao leitor compreender e interpretar os resultados, bem como a

reprodução do estudo ou a utilização do método por outros investigadores. De acordo com

13
Fernandes (1995: 146), “Todo o trabalho de recolha, observação, análise, sistematização e

explicação dos fenómenos obedece a uma certa orientação (perspectiva de investigação),

recorre a diversos meios (métodos e técnica), e respeita determinados padrões (regras de

elaboração e apresentação).” Caso o trabalho proceda a uma investigação essencialmente de

fontes documentais, deverá igualmente conter uma explicação da metodologia adoptada (por

exemplo, que fontes foram consultadas? que critérios, perguntas ou objectivos de investigação

presidiram à selecção e análise desses mesmos documentos?). Devem-se incluir apenas as

informações pertinentes à investigação.

Caso o trabalho utilize um questionário, deverá definir neste capítulo a população

estudada, a dimensão da amostra, o método de amostragem, o modo de elaboração do

questionário e a forma como foi utilizado para obter os dados e o tipo de tratamento estatístico

utilizado.

A metodologia deve ser apresentada na sequência cronológica em que o trabalho foi

conduzido.

3.2.4 Resultados

A análise dos dados, sua interpretação e discussões teóricas podem ser conjugadas ou

separadas, conforme melhor se adequar aos objectivos do trabalho. Os diversos resultados

devem ser agrupados e ordenados convenientemente, podendo ser acompanhados de tabelas,

gráficos ou figuras, para maior clareza.

14
Neste capítulo devem ser apresentados os dados/resultados obtidos e o seu tratamento

estatístico ou equivalente. As tabelas e os gráficos são modos económicos de apresentação de

dados, contudo devem ser sempre descritos e comentados no texto. De acordo com Cone e

Foster (1996), deve-se adoptar a estratégia de enunciar as conclusões imediatamente a seguir

aos dados e análise estatística que as sustentam.

3.2.5 Discussão

Neste capítulo importa que sejam realçados os factos mais importantes do trabalho,

indicando as aplicações teóricas ou práticas dos resultados obtidos (não devendo ser repetidos

os resultados apresentados no capítulo anterior). Devem ser referidas as limitações dos

resultados e feitas comparações (quando possível) com resultados encontrados noutros

estudos. Nesta parte do trabalho poderão ser colocadas novas hipóteses, assim como

recomendações referentes a estudos posteriores.

Por opção de preferência ou conveniência, este capítulo pode ser incorporado no

capítulo anterior, sendo os resultados discutidos à medida que são apresentados.

3.2.6 Conclusões

De modo geral, são analisados os resultados à luz do exposto na Introdução. Deve

conter (i) uma recapitulação sintética dos principais resultados do estudo/trabalho, (ii) críticas

ou limites do trabalho e, (iii) recomendações/sugestões para desenvolvimentos futuros do

trabalho. Torres (2000: 81) sublinha que “a conclusão é uma tomada de posição, um ponto de

vista que decorre da argumentação precedentemente desenvolvida.”

15
Tal como a introdução, a conclusão deve ser sucinta, clara e lógica, "A conclusão

deve ser um resultado. Uma resposta clara a um problema claramente estudado. É, se

possível, a afirmação de um ponto de vista, uma escolha ou uma decisão. Pode (e deve) ser

formulada com tanto maior prudência quanto maior for a complexidade da questão analisada

..." (Torres, 1995: 25). Na conclusão, devem ser referidos os resultados, realçando os avanços

práticos e teóricos obtidos com o trabalho realizado. Não devem surgir quaisquer dados

novos que não tenham sido previamente relatados e analisados nos respectivos capítulos.

É, também, importante identificar os problemas metodológicos do trabalho e os

limites das conclusões apresentadas, justificando as razões da sua ocorrência.

Igualmente relevante são as sugestões de melhoramentos possíveis para o trabalho

e/ou propor novas formas de abordar o tema ou hipóteses para o prosseguimento do estudo.

3.2.7 Generalidades

A elaboração do discurso científico de uma dissertação é um processo de

aprendizagem contínua. "... Antes de começar a pensar em escrever uma dissertação, o

estudante deve definir previamente o que é que vai demonstrar. Isso é preliminar à própria

investigação, pois de nada serve acumular observações e dados se não dispuser de uma

hipótese (ou de uma bateria de hipóteses) sobre uma problemática determinada. De certo

modo, podemos dizer que, no processo de investigação científica, a teoria precede a

observação" (Torres, 1995: 23).

16
As dissertações constituem fontes importantes de informação especializada. Esta

informação pode assumir uma das seguintes formas (ou uma combinação delas):

a) uma revisão/análise crítica de uma área específica;

b) trabalho empírico envolvendo uma análise qualitativa/quantitativa de dados


específicos;

c) estudo de caso, reunindo e apresentando informações detalhadas sobre uma entidade


ou grupo de entidades, onde é desenvolvido um estudo exploratório de forma
qualitativa e descritiva;

d) um estudo debatendo questões específicas de interesse científico;

e) desenvolvimento teórico de um método;

f) um levantamento ou survey de métodos/processos de um contexto específico.

A redacção deve reflectir um nível elevado na língua utilizada. A utilização

desleixada de uma língua pode ser um indicador de um pensamento igualmente pouco

estruturado. O autor deverá construir as frases com cuidado e esmerar-se em escrever de uma

forma simples e directa. As versões preliminares deverão ser lidas algumas vezes para se

verificar: i) se o argumento proposto poderá ser facilmente acompanhado pelo leitor; ii) se

foram eliminados erros ortográficos ou gramaticais; iii) se as ideias podem ser expostas de

uma forma mais elegante. Raramente se consegue escrever o primeiro capítulo com a mesma

segurança e qualidade discursiva do último. Por isso, é absolutamente necessário apresentar

ao orientador a redacção dos primeiros capítulos o mais cedo possível, para que todas as

correcções e sugestões possam ajudar a melhorar o estilo.

17
Ordene as informações recolhidas logo que as obtiver e actualize-as regularmente para

que sejam úteis a longo prazo: notas passadas a limpo, fichas de leitura, sínteses de

documentos, resumos de reuniões, lista bibliográfica e outros (Brás, 1996).

A dissertação deve ser escrita num estilo objectivo e impessoal, de preferência na

terceira pessoa do singular, evitando-se referência pessoal. Deve ser mantida a uniformidade

de tratamento em todo o trabalho, evitando expressões como meu, nosso ou eu.

É importante que haja coerência na apresentação, mantendo um padrão uniforme em

todas as fases da dissertação. A objectividade e a clareza são características fundamentais nos

trabalhos científicos. Estas são conseguidas através do uso de frases curtas, que incluam

apenas um argumento. Frases que tratem de um mesmo aspecto devem ser reunidas num

único parágrafo, evitando-se, assim, parágrafos constituídos por uma frase. Devem ser

evitadas, também, expressões vagas como: parece ser, é possível que, o elevado (ou baixo)

consumo e outras que não transmitam ideias reais da questão descrita. Devem-se, igualmente,

evitar expressões como: é claro que, sem dúvida que, obviamente, é evidente que. Estas

expressões indicam uma postura pouco humilde e indisponibilidade na discussão das ideias

por parte do autor – o que é contraproducente dado se esperar do autor abertura para o diálogo

científico (Ceia, 1995).

Poucas questões podem hoje ser analisadas sem que seja efectuada uma análise

quantitativa do problema. Isso obriga à recolha de dados. No registo e tabulação dos dados

devem ser utilizados folhas de cálculo, como por exemplo o Excel. Este procedimento torna

mais fácil o tratamento electrónico dos dados, a construção de tabelas, gráficos e a estimação

econométrica (Mateus,1999).

18
Deve ser evitado o recurso à adjectivação. Expressões do tipo “este conceito

extraordinário”, “o excelente autor” ou “esta luminosa ideia” debilitam um trabalho

académico. O mesmo é válido para o abuso de advérbios de modo.

3.3 Parte Pós-textual

Esta parte da dissertação inclui: anexos, referências bibliográficas e apêndices.

3.3.1 Anexos

Fazem parte dos anexos todo material necessário para fundamentar, comprovar ou

ilustrar argumentos apresentados no texto, não elaborado pelo autor, e que, por sua extensão

e/ou complexidade, podem prejudicar a continuidade e/ou exposição do trabalho. Os anexos

figuram após o corpo do trabalho, em paginação contínua, antecedendo as referências

bibliográficas e podem consistir em elementos tais como ilustrações, descrições técnicas,

processos, modelos, diagramas citados no texto, dados/gráficos estatísticos etc.

Os anexos devem ser identificados por letras maiúsculas (Anexo A, Anexo B, etc.) ou

algarismos árabes (Anexo 1, Anexo 2, etc.), por ordem de referência no texto.

3.3.2 Referências Bibliográficas

As referências bibliográficas surgem no final do trabalho (em páginas separadas antes

do apêndice) e incluem todas as referências feitas a outros trabalhos ao longo do texto. Em

qualquer trabalho, é essencial indicar a informação detalhada e exacta sobre todos os

19
elementos consultados. A falta do devido reconhecimento da fonte utilizada constitui plágio,

o qual é objecto de penalidades graves.

Deverão ser indicadas por ordem alfabética todas as referências relativas aos autores

citados no texto. Esta lista deverá ser elaborada de acordo com o Sistema de Harvard, i.e.,

sistema autor-data, devendo referenciar-se todos os autores de cada trabalho (ver Apêndice 2).

3.3.3 Apêndices

São suportes elucidativos e ilustrativos, elaborados pelo autor, a fim de complementar

a argumentação do texto mas sem que estas sejam fundamentais à compreensão do mesmo e

não prejudique a essência do trabalho. Comportam, por exemplo, dados originais, tabelas de

resultados, questionários, formulários etc.

Havendo mais de um apêndice, a sua identificação deve ser sequencial, com

algarismos árabes: APÊNDICE 1, APÊNDICE 2, etc.

20
4 FORMATAÇÃO DO TRABALHO

4.1 Generalidades

Uma dissertação deve ter no máximo entre 35 000 a 50 000 palavras (100 a 140

páginas, aproximadamente), excluindo apêndices. Deve ser apresentada, digitalizada, de

modo legível de um só lado do papel. A maior parte dos processadores de texto são

adequados para a elaboração deste tipo de trabalho. Os mais comuns são o Microsoft Word,

WordPerfect, LaTex e Scientific Word.

Quanto ao tipo de letra, deve utilizar Times New Roman. O tamanho da letra geral do

texto deve ter a dimensão de 12.

O espaço entre parágrafos deve ser maior (geralmente o dobro) do espaço entre as

linhas do texto.

Deve ser adoptado o Sistema Internacional de Unidades, ou SI, utilizando as

abreviaturas convencionais e as mesmas unidades na redacção do trabalho. As regras de

escrita e utilização dos símbolos das unidades SI seguem princípios tais como:

a) os símbolos das unidades são impressos em caracteres romanos direitos e, em geral,


minúsculos. Contudo, se o nome da unidade deriva de um nome próprio, a primeira letra
do símbolo é maiúscula;

Grandeza Unidade SI Símbolo

Comprimento metro m
Massa quilograma kg

21
Tempo segundo s
Intensidade da corrente eléctrica Ampere A

b) os símbolos das unidades repetem-se conforme necessário e ficam invariáveis no plural;

Correcto: 35 cm x 48 cm Correcto: l = 7,5 cm

Incorrecto: 35 x 48 cm Incorrecto: l = 7,5 cms

c) os símbolos das unidades não são seguidos de um ponto.

Correcto: Considerou-se um segmento de recta com 15 cm.

O segmento de recta tem 15 cm de comprimento.

Incorrecto: O segmento de recta tem 15 cm. de comprimento.

4.2 Papel

Utilizar papel A4 (21,0 cm x 29,7 cm) branco, com opacidade e qualidade suficiente

para reprodução (Anexo 10).

4.3 Margens e Espaçamentos

Devem ser observados os seguintes espaçamentos relativo às margens (Anexo 11):

a) margem esquerda: 3,5 cm – 4,0 cm


b) margem direita: 2,5 cm – 3,0 cm
c) margem superior: 2,5 cm – 3,0 cm
d) margem inferior: 2,5 cm – 3,0 cm

22
O texto deve ser apresentado a dois espaços. Casos de excepção onde pode adoptar só

um espaço incluem: Índice geral, citações em bloco, na apresentação de uma listagem no

texto, títulos e legendas que contenham mais do que uma linha de texto, texto em tabelas,

rodapés e referências bibliográficas.

4.4 Paginação

A numeração da parte textual (ou seja, a partir da primeira página do primeiro

capítulo), deve ser efectuada de forma sequencial e sempre com o mesmo formato, em

algarismos arábicos colocados no canto superior direito ou inferior direito (1, 2, 3, …).

A numeração das páginas da parte pré-texto é opcional. Caso estas sejam numeradas,

deve utilizar algarismos romanos de letra minúscula (i, ii, iii, ...) começando pela capa,

embora esta fique sem numeração. As páginas devem ser numeradas de forma consistente

com o mesmo tipo de letra e disposição.

4.5 Organização em Capítulos

A dissertação deve organizar-se em capítulos, divididos em secções e subsecções (de

uma forma equilibrada). Os títulos dos capítulos devem ser escritos em letras maiúsculas, e o

das secções e subsecções em letras minúsculas, ambos de preferência a negro. Todas as

partes devem ser numeradas (numeração arábica) de forma contínua a partir de 1, separando-

se os números correspondentes a cada nível por um ponto. A numeração de secções e

subsecções recomeça em cada capítulo ou secção, respectivamente.

23
4.6 Abreviaturas, Siglas e Símbolos

Deve-se fazer referência às siglas, abreviaturas e símbolos ou no corpo do texto antes

da referência ou em lista à parte na LISTA DE ABREVIATURAS no início da dissertação,

acompanhadas da sua respectiva expressão por extenso. As siglas geralmente escrevem-se

com letra maiúscula e sem pontos (ver Anexo 6).

4.7 Equações e Fórmulas

Devem ser apresentadas bem destacadas do texto, de modo a facilitar a leitura. No

caso de se incluírem várias equações e fórmulas, estas deverão ser identificadas por números

consecutivos, colocados entre parênteses, na extrema direita da linha.

Exemplo:
∆ y t = α y t −1 + u t (1)

As referências às equações e fórmulas no texto devem ser feitas através da respectiva

numeração.

4.8 Figuras e Tabelas

Se apresentar figuras ou tabelas no texto, é conveniente incluir um Índice de Figuras ou

Tabelas no princípio do trabalho. As figuras e tabelas têm a finalidade de facilitar a

compreensão e tornar mais clara a interpretação dos resultados. Devem ser, tanto quanto

possível, auto-explicativas. Recomendam-se os seguintes critérios:

a) devem ser colocadas o mais próximo possível do lugar em que são discutidas no texto;

b) devem ser numeradas e tituladas;

24
c) o título deve figurar na parte superior, precedido pela palavra Tabela ou Figura e do
número de ordem, e.g. Tabela 4.2 (ou seja, tabela do capítulo 4; segunda tabela
apresentada no capítulo);

d) caso o autor não queira inserir as figuras e tabelas no texto, estas podem ser reunidas e
colocadas sob a forma de anexo ou apêndice;

e) devem ter numeração consecutiva em algarismos arábicos;

f) a sua representação no Índice deve ser idêntica à do texto;

g) caso sejam reproduções ou adaptações do original, deve citar a fonte logo abaixo;

h) as figuras devem ser acompanhadas de uma legenda;

i) as abreviaturas utilizadas deverão ser explicadas na legenda.

Os resultados e os dados utilizados no trabalho, sempre que possível, devem ser

apresentados em tabelas. Se a tabela não couber numa página, deve ser interrompida, sem

delimitação na parte inferior, e continuada na página seguinte, com repetição do título.

Poderá ser reduzida graficamente, para facilitar a sua inserção no texto.

4.9 Notas de Rodapé

Podem ser de dois tipos: notas explicativas e notas bibliográficas. São dispostas no

rodapé da página separadas do texto por um traço horizontal de 3 cm, aproximadamente, que

se inicia na margem esquerda. As notas de rodapé recebem numeração sequencial única e

contínua. Devem ser digitalizadas em letra menor que a do texto, sem espaços entre linhas e

cada nota deve ter início numa nova linha.

25
5 ENTREGA DA DISSERTAÇÃO

Terminada a dissertação, o mestrando deve solicitar a realização de provas em

requerimento, cujo modelo é disponibilizado pelos Serviços Académicos - Divisão de

Formação Avançada, no Campus de Gambelas. Os seguintes elementos devem ser entregues

junto com o requerimento de provas de mestrado:

(i) 6 exemplares da dissertação, fotocopiados;

(ii) 1 exemplar em suporte informático;

(iii) 6 resumos da dissertação em versão portuguesa e 6 resumos em versão inglesa, em


folha solta, onde consta o TÍTULO DA DISSERTAÇÃO, Nome do Aluno,
RESUMO com aproximadamente 250 palavras, indicação de 6 palavras-chave e 6
keywords por esta ordem (ver Anexos 8 e 9, respectivamente);

(iv) 6 exemplares do curriculum vitae;

(v) O(s) parecer(es) do(s) orientador(es);

(vi) Certidão da conclusão da parte escolar do Mestrado;

(vii) Pagamento dos respectivos emolumentos previstos na ‘Tabela’ em vigor.

Se a dissertação for aceite na primeira reunião de júri para prestação de provas

públicas, a respectiva versão será considerada definitiva.

Se o júri recomendar a reformulação da dissertação, o candidato terá um prazo de 90

dias para efectuar as recomendações e proceder à entrega de seis exemplares. A entrega da

dissertação deverá ocorrer até dois anos após o início da parte escolar.

Caso o candidato optar pela não reformulação da dissertação, procede-se, nos termos

do nº 3 do artigo 14º do Decreto-lei nº 216/92 de 13 de Outubro, à marcação da prova pública.

26
ANEXOS

Os anexos com * são de adopção obrigatória enquanto que os restantes, identificados com †,
servem unicamente como exemplo e não como regra de procedimento.

27
Anexo 1 – Capa da Dissertação *

UNIVERSIDADE DO ALGARVE
F ACULDADE DE E CONOMIA

Título da Dissertação de Mestrado

NOME DO CANDIDATO

Mestrado em [Especialidade]
[Área de Especialização, se aplicável]

[Ano de Conclusão]

28
Anexo 2 – Folha de Rosto *

UNIVERSIDADE DO ALGARVE
F ACULDADE DE E CONOMIA

Título da Dissertação de Mestrado

NOME DO CANDIDATO

Mestrado em [Especialidade]
[Área de Especialização, se aplicável]

Dissertação orientada por.....

[Ano de Conclusão]

29
Anexo 3 – Índice Geral†

ÍNDICE GERAL

Página

Índice de Tabelas………………………………………………………………….. iv
Índice de Figuras………………………………………………………………….. v
Lista de Abreviaturas……………………………………………………………… vi
Agradecimentos…………………………………………………………………… vii
Resumo………………………………………………………………………….… viii

Capítulo 1. INTRODUÇÃO……………………………………………………… 1
1.1 Definição do Tema ou Problema a Estudar……………….……………….. 1
1.2 Relevância do Tema ou Problema….……………………………………… 5
1.3 Hipóteses a Testar….………………………….………………………..….. 6
1.4 Organização do Estudo e Resumo dos Capítulos Seguintes……………….. 8

Capítulo 2. REVISÃO DA LITERATURA………………………………………. 10


2.1 Conceitos Gerais…………………………………………………………… 10
2.1.1 Pesquisa e Selecção……………………………………………………... 11
2.1.2 Orientação………………………………………………………………. 13
2.1.3 Características…………………………………………………………... 17

2.2 Título de segunda ordem…………………………………………………… 20


2.2.1 …

Capítulo 3. METODOLOGIA……………………………………………………. 31
3.1 População e Amostra………………………………………………………. 31
3.2 Desenvolvimento da Pesquisa……………………………………………… 32
3.3 Organização de Dados e Análise……………………...…………………… 34

Capítulo 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO…………………………………….. 37


4.1 Descrição da Amostra……………………………………………………… 39
4.2 Análise das Respostas………………………………………………….….. 49
4.3 Teste(s) de Hipótese(s)……………………………………………………... 54
4.4 Discussão….………………………………………………………………... 69

Capítulo 5. CONCLUSÃO……………………………………………………….. 80
5.1 Sumário…………………………………………………………………….. 80
5.2 Recomendações…………………………………………………………….. 107
5.3 Perspectivas de Investigação Futura……………………………………….. 109

Anexo A: Questionário…………...……………………………………………….. 115

Anexo B: Tabelas Adicionais…….……………………………………………….. 117

Referências Bibliográficas………………………………………………………... 120

LISTA DE FIGURAS

iii

30
Anexo 4 – Lista de Figuras†

LISTA DE FIGURAS

Página

1.1 Evolução da Inflação para 2005: Variações Mensais………………………… 56

1.2 Evolução da Inflação para 2005: Inflações Anual e Homóloga……………… 56

3.1 Comparação entre a Inflação Mensal Prevista e a Real………………………. 60

3.2 Comparação entre a Inflação Anual Prevista e a Real……………………….. 60

4.1 Evolução dos Salários Convencionais Nominais……………………..……… 69

4.2 Evolução dos Salários Convencionais Reais…………………………………. 69

4.3 Custos Horários do Trabalho na União Europeia (Euros)……………………. 71

31
Anexo 5 – Lista de Tabelas†

LISTA DE TABELAS

Página

2.1 Principais Previsões Económicas para Portugal ……...…………………………. 24

2.2 Principais Previsões da CE para Portugal para 2003, 2004 e 2005……………… 27

3.1 Resultados do Comércio Internacional de 2005…….…………………………… 35

3.2 Evolução da Produtividade ………………………..…………………………….. 40

4.1 Custos Horários do Trabalho ……………………………………………………. 56

32
Anexo 6 – Lista de Abreviaturas†

LISTA DE ABREVIATURAS

ADL Associação de Desenvolvimento Local

AECL Associação Europeia de Comércio Livre

AEP Associação Empresarial de Portugal

CE Comunidade Europeia

FSE Fundo Social Europeu

I&D Investigação e Desenvolvimento

IDE Investimento Directo Estrangeiro

OCDE Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico

PEDIP Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da Indústria Portuguesa

QCA Quadro Comunitário de Apoio

33
Anexo 7 – Resumo†

RESUMO

A presente dissertação discute...

O principal objectivo foi...

A investigação empírica analisou…

Os resultados permitem fazer uma caracterização…

Os factos identificados na investigação indicam que os problemas…

As conclusões apuradas levaram à apresentação de…

34
Anexo 8 – Resumo em Folha Solta (em Português)*

TÍTULO DA DISSERTAÇÃO

Nome do Aluno

RESUMO

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

Palavras-chave: (máximo 6 palavras)

35
Anexo 09 – Abstract em Folha Solta (em Inglês)*

TITLE OF THESIS

Name of Student

ABSTRACT

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
(texto escrito em inglês)
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________

Keywords: (máximum 6 words)

36
Anexo 10 - Características do Papel*

21,0 cm

29,7 cm

37
Anexo 11 – Margens para Apresentação do Texto*

2,5 cm - 3,0 cm
3,5 cm – 4,0 cm

2,5 cm – 3,0 cm

2,5 cm - 3,0 cm

38
Anexo 12 – Abreviaturas em Latim

É muito comum o uso de termos, expressões e abreviaturas em latim. Algumas são


utilizadas, por exemplo, para evitar repetição de títulos e autores, no texto ou em nota de
rodapé. No entanto, deve evitar-se o uso exagerado, uma vez que podem dificultar a leitura.
Em alguns casos é preferível repetir tantas vezes quantas forem necessárias as indicações
bibliográficas. Seguem-se alguns exemplos das expressões mais comuns em trabalhos
científicos:

cf. (confer) comparar, conferir


e.g. (exempli gratia) por exemplo
et al. (et alia) e outros
etc. (et ceatera) e o resto
et seq. (et sequens) seguinte, que se segue
ib., ibid. (ibidem) na mesma obra já referida (quando se faz uma citação de
um livro já citado)
id. (idem) o mesmo autor, referido anteriormente
i.e. (id est) isto é
inter alia entre outros autores, entre outras coisas
loc. cit. (loco citato) no lugar citado
N.B. (nota bene) note bem
op.cit. (opus citatum) na obra citada
seq. (sequentra) seguinte no que se segue
sic assim escrito (se houver erros no texto original, deve
transcrevê-los exactamente como estão, mas deve colocar
após o erro a expressão "sic", entre parênteses)
v., vs. (versus) contra
viz. (videlicet) nomeadamente
a posteriori posterior
a priori anterior
in situ no local
sine qua non condição indispensável

39
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Azevedo, C.A.M. (2000) Teses, Relatórios e Trabalhos Escolares – Sugestões para


Estruturas da Escrita, Lisboa, Universidade Católica Editora.

Azevedo, C.A.M. e A.G. Azevedo (1994) Metodologia Científica: Contributos Práticos para
a Elaboração de Trabalhos Académicos, Porto, Editorial C. Azevedo.

Brás, F. (1996) Como Organizar e Redigir Relatórios e Teses, Editado e Traduzido por F.L.
de Castro, Publicações Europa-America, Mem-Martins.

Ceia, C. (1995) Normas para Apresentação de Trabalhos Científicos, Lisboa, Editorial


Presença.

Cone, J.D. e S.L. Foster (1997) Dissertations and Theses from Start to Finish, Washington
DC, American Psychological Association.

Fernandes, A.J. (1995) Métodos e Regras para a Elaboração de Trabalhos Científicos e


Académicos, 2ª Edição, Porto, Porto Editora.

Hora, D.L. (1999) Formatação e Normalização de Trabalhos Monogáficos, Belém-PA,


Unama.

Mateus, A.M. (1999) Normas para a Apresentação de um Relatório [Online], Instituto


Superior de Estatística e Gestão de Informática – UNL, Disponível através do site:
www.isegi.unl.pt/ensino/docentes/abelmateus/cursos/relatorio1.pdf, [Último Acesso: 2
de Maio de 2002].

Nunes, L.M. (2001) Regras para Elaboração de Relatórios Técnicos e Científicos [Online],
Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente – UALG, Disponível através do site:
www.ualg.pt/~lnunes, [Último Acesso: 14 de Junho de 2002].

Torres, A. (2000) Novos Elementos do Método no Estudo, 4ª Edição, Lisboa, Vega.

Torres, A. (1995) Princípios Básicos para a Preparação de uma Tese de Mestrado.


(Apontamentos provisórios para uso dos mestrandos nos Seminários de Metodologia).
Lisboa: Instituto Superior de Economia e Gestão.

40
APÊNDICE 1

Citações Textuais: Exemplos

41
APÊNDICE 1 - Citações Textuais

É indispensável indicar de forma completa as fontes de onde foram extraídas as

citações, seja no texto, em nota de rodapé ou em lista no fim do capítulo ou texto.

A forma de citação aqui sugerida é a do sistema alfa-numérico. Neste sistema, o

documento é representado pelo sobrenome do autor seguido do ano de publicação, devendo

ser colocado no local adequado no texto. Se se tratar de uma transcrição literal, pode também

indicar a página correcta de onde a citação foi retirada, sendo incorporado logo a seguir ao

ano de publicação com um sinal de “:” por exemplo, (Barquero, 1999: 52).

a) Transcrição literal do texto citado pelo autor

As citações literais que ocorrem no desenvolvimento de um texto ou em nota de

rodapé devem ser precedidas e seguidas de aspas.

Exemplo:

Ovalle (1983: 356) argumenta que, “a escolha da base de um número-índice


deve recair naquele período em que a actividade económica em geral, ou da
empresa em particular, não se encontra influenciada por variações estruturais
de momento…”.

Caso a transcrição tenha mais de três linhas, esta deve ser apresentada separada do texto

em bloco, após uma ou duas linhas em branco com as margens laterais significativamente

maiores. O espaçamento entre as linhas de texto deve, também, ser reduzido.

42
Exemplo:

É o que refere Barquero na sua definição de desenvolvimento local e

desenvolvimento endógeno,

…o desenvolvimento económico local [é] um processo de


crescimento e mudança estrutural que se produz em consequência da
transferência de recursos das actividades tradicionais para as
modernas, da utilização de economias externas e da produção de
inovação, e que goza o aumento de bem estar duma cidade comarca
ou região. Quando a comunidade local é capaz de utilizar o [seu]
potencial de desenvolvimento e liderar o processo de mudança
estrutural […] denomina-se […] desenvolvimento endógeno.
(Barquero, 1999: 52)

b) Citação não literal das ideias ou conteúdo de um documento original

Exemplo:

A principal crítica feita à abordagem do desenvolvimento auto-centrado foi a

de que ao ocupar-se do desenvolvimento da região sem incorporar as restrições

da economia, produz respostas insuficientemente fundadas numa teoria que

englobe as forças económicas, sociais e políticas (Planque, 1984).

A citação não literal deve resumir a opinião ou ideia do texto original sem, contudo,

reproduzir as palavras originais. A citação não literal deve incluir sempre a fonte.

43
c) Citação com um ou dois autores

Exemplos:

(i) Tsay (1989) considera útil o recurso à representação gráfica, no sentido


de localizar os parâmetros limites existentes …

(ii) Camargo e Silva (1997) conseguiram provar que os resultados


obtidos....

(iii) As diferentes estratégias enunciadas não só induzem o modo de


inserção regional das unidades produtivas, na medida em que “quanto
mais a unidade está integrada no seio de um grupo, mais fraco é o seu
potencial de inserção regional e nacional” (Dupuy e Savary, 1987:
129), como também influenciam o padrão de especialização
internacional das economias regionais.

d) Citação com mais de dois autores

Deve-se adoptar o sobrenome de todos os autores seguido do ano de publicação da obra

numa primeira apresentação. Havendo necessidade de fazer nova referência à mesma obra, é

habitual a utilização da expressão latina abreviada et al. logo a seguir ao sobrenome do

primeiro autor.

Exemplo:

Mendes et al. (1989) argumentam que o capital privado....

44
e) Citação do mesmo autor com mais de um trabalho no mesmo ano

A diferenciação é feita através da utilização de letras alfabéticas (a, b, c, etc.), por

ordem crescente anexadas ao ano. Esta representação deve, igualmente, constar na secção de

referências bibliográficas.

Exemplos:

(i) A causa da nova divisão industrial estaria na cada vez maior


qualificação e profissionalismo da mão-de-obra, bem como na
descentralização da capacidade de inovação e do regime de
coordenação entre empresas (Benko e Lipietz, 1994a).

(ii) Com base na análise de metrópoles, sobretudo Los Angeles, o conceito


de organização industrial baseia-se na arbitragem entre os custos de
organização da empresa e os custos de transacção entre empresas
(Benko e Lipietz, 1994b).

f) Citação de trabalhos do mesmo autor, publicados em diferentes anos

As citações são apresentadas por ordem cronológica em que as obras são publicadas.

Exemplo:

A partir dos desenvolvimentos de Hansen (1996, 1997, 1999) é possível


considerar uma metodologia alternativa…

45
g) Citação de mais de um autor com sobrenome iguais

Quando são citados autores de dois ou mais trabalhos publicados no mesmo ano, com

sobrenomes idênticos, devem ser acrescentados as iniciais do primeiros nomes.

Exemplo:

Trabalhos recentes (Silva G.M. 1996; Silva R.J. 1996) têm apontado soluções
importantes para....

h) Múltiplas citações numa mesma frase

Quando dois ou mais trabalhos com autores diferentes são citados em relação a um

mesmo tópico, devem os mesmos ser mencionados em ordem cronológica decrescente. Se

houver alguma coincidência de ano de publicação, adopta-se a ordenação alfa-numérica do

nome.

Exemplo:

As situações em que a variável de interesse é estacionária, mas apresenta um


comportamento assimétrico ao nível do ajustamento para o equilíbrio, formam
o objecto de análise de Berben e van Dijk (1999), Caner e Hansen (2000),
Enders e Falk (1998), Enders e Granger (1998) e Ganzález e Gonzalo (1997).

i) Citação de entidade

Quando a autoria for uma entidade, cita-se o nome de acordo com a forma em que

aparece na lista de referências, podendo ou não ser abreviada.

46
Exemplo:

Num estudo feito pela OCDE (1999) podemos referir, como exemplo
ilustrativo, as características mais comuns das políticas levadas a cabo em
alguns países europeus.

Expressões em latim podem ser utilizadas para evitar repetição de títulos e autores, no

texto ou em nota de rodapé embora a primeira citação de uma obra deva sempre apresentar

uma referência completa (ver Anexo 14).

47
APÊNDICE 2

Referências Bibliográficas: Exemplos

48
APÊNDICE 2 – Referências Bibliográficas

Dado existirem vários critérios de anotação bibliográfica propõe-se as normas

estabelecidas pelo Sistema de Harvard. De acordo com o tipo específico da obra ou

contribuição referida, cada referência deve conter, pela ordem apresentada, os elementos

abaixo indicados.

(Como norma geral, quando a obra a referenciar tem um só autor, o apelido deve aparecer

primeiro, seguido das iniciais. Caso a obra tenha dois ou mais autores, o primeiro segue o

estilo anteriormente referido e os restantes devem ser referenciados colocando primeiro as

iniciais seguidas dos apelidos. Na elaboração da lista de referências bibliográficas não se deve

utilizar a abreviatura et al., sendo necessário indicar sempre os nomes de todos os autores de

uma obra).

a) Livro

1. Autor(es): Apelido, Iniciais dos nomes (utilizar maiúsculas apenas nas iniciais: Silva,

Francisco);

2. Ano de edição (entre parênteses) apenas seguida de um espaço;

3. Título, em itálico, seguido de vírgula;

4. Número de edição (se existir uma única edição, prescindir desta informação);

5. Local de edição, seguido de vírgula;

6. Editor, seguido de ponto final.

49
Exemplos:

Um autor

Pereira, A. R. (1969) O Sistema de Crédito e a Estrutura Bancária em


Portugal, Lisboa, Gabinete de Investigações Económicas do ISCEF.

Dois autores

Maddala, G. S. e I. Kim (1999) Unit Roots Cointegration and Structural


Change, Cambridge, Cambridge University Press.

Três ou mais autores

Griffiths, W.E., R.C. Hill e G.G. Judge (1993) Learning and Practicing
Econometrics, New York, John Wiley & Sons, Inc.

b) Obra colectiva

1. Editor(es) literário(s) [Por "editor literário" entende-se o compilador, coordenador ou

organizador]: Apelido, Iniciais dos nomes (utilizar maiúsculas apenas nas iniciais);

2. Ano de edição (entre parênteses) apenas seguida de um espaço;

3. Título da obra colectiva, em itálico, seguido de vírgula;

4. Número de edição (se existir uma única edição, prescindir desta informação);

5. Local de edição, seguido de vírgula

6. Editor, seguido de ponto final.

50
Exemplos:

Um editor

Hylleberg, S. (ed) (1992) Modelling Seasonality: Advanced Texts in


Econometrics, New York, Oxford University Press.

Dois editores

Hendry, D. e M. Morgan (eds) (1996) The Foundations of Econometric


Analysis, Cambridge, Cambridge University Press.

Três ou mais editores

Hollingsworth, J.R., P.C. Schmitter e W. Streeck (1994) Governing Capitalist


Economies: Performance and Control of Economic Sectors, New York,
Oxford University Press.

c) Contribuição numa obra colectiva

1. Autor(es) da contribuição: Apelido, Iniciais dos nomes (utilizar maiúsculas apenas nas

iniciais);

2. Ano de edição (entre parênteses) apenas seguida de um espaço;

3. Título da contribuição, sem itálicos nem aspas, seguido de vírgula;

4. Nome(s) do(s) editor(es) literário(s): Apelido, Nome (utilizar maiúsculas apenas nas

iniciais);

5. Título da obra colectiva, em itálico, seguido de vírgula;

6. Número de edição (se existir uma única edição, prescindir desta informação);

7. Local de edição, seguido de vírgula;

8. Editor, seguido de vírgula;

51
9. Páginas correspondentes à contribuição (página inicial e página final separadas por

hífen) seguindo-se ponto final.

Exemplos:

Um autor

Georgescu-Roegen, N. (1986) Man and Production, in Baranzini, M. e R.


Scazzieri (eds.) Foundations of Economics — Structures of Inquiry and
Economic Theory, Oxford, Basil Blackwell, 247-280.

Dois autores

Jacquemin, A. e M. Slade (1989) Cartels, Collusion, and Horizontal Merger, in


R. Schmalensee. e R. Willing (eds.), Handbook of Industrial
Organization, Vol.I, Amesterdam, North-Holland, 259-327.

Três ou mais autores

Gaspar, A.M., R. Banha, A. Pohl e S. Miles (1999) Catching the Trepeze in a


Lifelong Learning Society, in B. Stauber e A. Walther (eds.), Lifelong
Learning in Europe - Between Differences and Divisions, vol. II,
Neuling Verlag, 219-228.

d) Artigo em publicação periódica

1. Autor(es) do artigo: Apelido, Iniciais dos nomes (utilizar maiúsculas apenas nas

iniciais);

2. Ano da publicação (entre parênteses) apenas seguida de um espaço;

3. Título do artigo, sem itálicos nem aspas, seguido de vírgula;

4. Título da publicação periódica, em itálico, seguido de vírgula;

52
5. Indicação do volume e/ou número, seguido de vírgula;

6. Páginas correspondentes ao artigo (página inicial e página final separadas por hífen)

seguindo-se de um ponto final.

Exemplos:

Um autor

Pasinetti, L.L. (1983) The Accumulation of Capital, Cambridge Journal of


Economics, 3-4, 405-411.

Dois autores

Modigliani, F. e M. Miller (1958) The Cost of Capital, Corporation Finance


and the Theory of Investment, The American Economic Review, 48,
261-297.

Três ou mais autores

Pantula, S.G., G. Gonzalez-Farias e W.A. Fuller (1994) A Comparison of Unit


Root Test Criteria, Journal of Business and Economic Statistics, 12, 4,
449-459.

e) Obra não publicada

1. Autor da obra: Apelido, Iniciais dos nomes (utilizar maiúsculas apenas nas iniciais:

Silva, Francisco);

2. Ano da obra (entre parênteses) apenas seguida de um espaço;

3. Título, em itálico, seguido de vírgula;

4. O tipo de obra que se trata, seguido de vírgula;

5. Instituição, seguido de ponto final.

53
Exemplo:

Gilbert, D.C. (1992) A Study of the Factors of Consumer Behaviour Related to


Overseas Holidays from the UK, Tese de Doutoramento não publicada,
Universidade de Surrey.

f) Documentos electrónicos

De acordo com o International Standards Organization (ISO/DIS 690-2), a referência

bibliográfica de um documento electrónico deve indicar sempre que possível os seguintes

elementos pela ordem apresentada:

1. Autor da obra ou responsibilidade: Apelido, Iniciais dos nomes (utilizar maiúsculas

apenas nas iniciais: Silva, Francisco);

2. Título da página web, monografia, base de dados ou programa;

3. Local de publicação;

4. Editor, seguido de vírgula;

5. Data de publicação;

6. Indicação do endereço electrónico;

7. Data de acesso.

Exemplo:

Livro/artigo electrónico

Direcção-Geral de Estudos e Previsão. A Economia Portuguesa: Inovação e


Competitividade. Publicação bianual [online]. Ministério das
Finanças. Lisboa: Centro de documentação da DGEP. Abril de 2001
[citado em 31 de Agosto de 2002]. Disponível em URL:
<http://www.dgep.pt/pteco-menu.html>. ISSN 0874-8195

54
APÊNDICE 3

Regulamento n.º 217/2007


- Regulamento de cursos de actualização, aperfeiçoamento, especialização e
formação especializada e de programas de formação avançada da
Universidade do Algarve *

Publicado no Diário da República, 2ª série – N.º 16 -,


de 27 de Agosto de 2007

- Capítulo I – Disposições Gerais

- Capítulo IV – Programas de Mestrado

- Capítulo VI - Disposições finais e transitórias

* Disponível em: http://www.ualg.pt (Universidade - Documentos UALG)

55
UNIVERSIDADE DO ALGARVE

Reitoria

Regulamento n.º 217/2007

Nos termos do Decreto-lei n.º 74/2006, de 24 de Março, aprovo o seguinte regulamento


relativo ao funcionamento dos cursos de actualização, aperfeiçoamento, especialização e
formação especializada e de programas de formação avançada da Universidade do Algarve:

Regulamento de cursos de actualização, aperfeiçoamento, especialização


e formação especializada e de programas de formação avançada

CAPÍTULO I
Disposições gerais

Artigo 1º
Âmbito

1—Os cursos de actualização, aperfeiçoamento, especialização e formação especializada e os


programas de formação avançada da Universidade do Algarve organizam-se de forma
integrada, abrangendo:

a) Cursos conducentes a diversas modalidades de certificação que não conferem grau


académico;
b) Programas de formação avançada conducentes à obtenção de um grau académico (mestre e
doutor).

2—Os cursos conducentes a diversas modalidades de certificação que não conferem grau
académico são constituídos por:

a) Cursos de actualização e aperfeiçoamento, com a duração máxima de dois semestres e com


uma creditação máxima de 60 ECTS;
b) Cursos de especialização, com a duração mínima de dois semestres e com uma creditação
mínima de 60 ECTS;
c) Cursos de formação especializada, nos termos do Decreto-Lei nº 95/97, de 23 de Abril.
3—Os programas de formação avançada conducentes à obtenção de um grau académico
compreendem:
a) Programas de 2º ciclo (mestrados), organizados através de uma componente curricular,
com a duração mínima de dois semestres e com uma creditação mínima de 60 ECTS, à qual
se segue um período para elaboração de uma dissertação de natureza científica, trabalho
de projecto original ou um estágio de natureza profissional objecto de relatório final, a que
correspondem um mínimo de 35% do total dos créditos do ciclo de estudos;
b) Programas de 2º ciclo conducentes ao grau de mestre em domínios de habilitação para a
docência, com uma duração compreendida entre dois semestres e quatro semestres
correspondentes a uma creditação compreendida entre 60 ECTS e 120 ECTS. A concessão do
grau de mestre é conferida aos que obtenham o número de créditos fixado para o ciclo de
estudos, sendo este de 60, 90 ou 120 ECTS, através da aprovação em todas as unidades
curriculares e da aprovação no acto público do relatório da unidade curricular relativa à

56
prática de ensino supervisionada. Tratando-se da obtenção do grau de mestre numa
determinada especialidade na área da docência este só pode ser conferido tendo em
consideração os pressupostos anteriores e após a obtenção dos créditos mínimos de formação
na área de docência, fixados para a especialidade em causa;
c) Programas de 3º ciclo (doutoramentos), constituídos por duas componentes: uma
componente de formação avançada, incluindo a elaboração de um projecto de tese,
correspondente a um mínimo de 60 ECTS, e uma componente de desenvolvimento do
trabalho de tese.
Artigo 2º
Criação e registo dos cursos

1—A criação de cursos integrados em programas conducentes a modalidades diversas de


certificação que não conferem grau académico, tal como se encontram identificados no nº 2
do artigo anterior, são da responsabilidade dos conselhos científicos, sujeitos a homologação
do reitor ou de entidades legalmente instituídas para este efeito.

2—A proposta de criação de programas conducentes à obtenção do grau de mestre e doutor,


tal como se encontram identificados no nº 3 do artigo anterior, são da responsabilidade dos
conselhos científicos, carecendo de aprovação em Senado e respectivo registo (ou respectiva
creditação) nos termos do Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março.

Artigo 3º
Creditação

Mediante parecer científico fundamentado, aprovado pelos conselhos científicos, podem ser
declarados equivalentes ou reconhecidos como do mesmo nível e creditados exclusivamente
para efeitos de prosseguimento de estudos, disciplinas ou módulos realizados no âmbito de
programas de pós-licenciatura, designadamente no âmbito de estágios profissionalizantes ou
de seminários de especialização, bem como as disciplinas ou módulos realizados no âmbito
dos cursos de actualização, de aperfeiçoamento ou de formação especializada.

Artigo 4º
Coordenação dos cursos de actualização, aperfeiçoamento,
especialização e formação especializada

Compete aos conselhos científicos definir o processo de coordenação científica dos cursos de
actualização, aperfeiçoamento, especialização e formação especializada, bem como a sua
direcção, acompanhamento e avaliação.

Artigo 5º
Taxa de matrícula e propinas

1—Sem prejuízo das situações de isenção previstas na lei, são devidas taxa de matrícula e
propinas pela inscrição e pela frequência dos cursos de actualização, aperfeiçoamento,
especialização e formação especializada e dos programas de formação avançada.

2—No caso dos programas de 2º ciclo, são devidas propinas por um mínimo de dois
semestres.

57
3—No caso dos programas de 3º ciclo, são devidas propinas por um mínimo de quatro
semestres.

4—O montante das propinas, da taxa de inscrição e respectivos regimes de pagamento serão
fixados por despacho reitoral.

5—O não pagamento atempado e não justificado de propinas obriga à suspensão imediata da
frequência do curso.

6—Em caso de desistência não há reembolso da propina paga.

Artigo 6º
Acordos de cooperação

1—Os cursos de actualização, aperfeiçoamento, especialização e formação especializada e os


programas de formação avançada podem ser organizados entre Unidades de Investigação da
Universidade do Algarve, com avaliação externa, com classificação de Excelente, Muito
bom ou equivalente, e entre Faculdades e Escolas da mesma Universidade.

2—Mediante protocolo subscrito pelo reitor, sob proposta dos conselhos científicos, os cursos
de actualização, aperfeiçoamento, especialização e formação especializada e os programas de
formação avançada podem, também, ser organizados em colaboração com outras instituições
de ensino superior, nacionais ou estrangeiras.

3—Mediante protocolo, os cursos de actualização, aperfeiçoamento, especialização e


formação especializada e os programas de formação avançada da Universidade do Algarve
podem ainda ser organizados num quadro de parceria com entidades públicas ou privadas,
empresariais, associativas ou da Administração Pública, nomeadamente com o objectivo da
inovação tecnológica, do desenvolvimento dos recursos humanos e da promoção científica,
cultural e artística.

4—Os protocolos previstos no número anterior podem definir regras diversificadas de


organização, de funcionamento e de financiamento dos cursos e dos programas. No entanto, a
tutela científica e académica pertencerá sempre às unidades orgânicas da Universidade do
Algarve.

Artigo 7º
Internacionalização

1—Na organização dos cursos de actualização, aperfeiçoamento, especialização e formação


especializada e dos programas de formação avançada, os conselhos científicos devem definir
procedimentos que promovam uma maior presença de estudantes estrangeiros.

2—No sentido da concretização do objectivo definido no número anterior, podem os


conselhos científicos estabelecer regras de reconhecimento de qualificações académicas que
facilitem o ingresso de estudantes estrangeiros e a mobilidade de alunos entre instituições do
ensino superior, nos termos dos artigos 17º e 30º do Decreto-Lei
nº 74/2006, de 24 de Março.

58
3—O reconhecimento previsto no número anterior é válido unicamente para efeitos de acesso
e frequência dos cursos e dos programas de estudos.

4—Os conselhos científicos podem autorizar a matrícula e inscrição nos cursos de


actualização, aperfeiçoamento, especialização e formação especializada e nos programas de
formação avançada, como supranumerários, a estudantes estrangeiros, designadamente
quando se trate de estudantes integrados em acordos de cooperação com outra instituição de
ensino superior, de estudantes abrangidos por acordos celebrados no âmbito dos países de
língua oficial portuguesa ou de estudantes envolvidos em programas da União Europeia ou
de organizações nacionais ou internacionais de reconhecido prestígio.

5—Os conselhos científicos criarão as condições para a participação de docentes estrangeiros


nos cursos de actualização, aperfeiçoamento, especialização e formação especializada e nos
programas de formação avançada, designadamente no quadro de programas de cooperação
internacional.

Artigo 8º
Mestrados e doutoramentos em regime de co-tutela

1—A Universidade do Algarve pode conceder os graus de mestre e doutor, em regime de co-
tutela, com outras instituições do ensino superior, nacionais ou estrangeiras, designadamente
europeias, mediante convenção assinada pelo reitor, sob proposta dos conselhos científicos.

2—A convenção prevista no número anterior deve estipular as condições de realização dos
programas de mestrado ou doutoramento, nomeadamente as normas a seguir na co-orientação
da dissertação ou tese e na nomeação do júri.

3—No que diz respeito à composição do júri, considera-se que as normas previstas nos
artigos 34º e 51º do presente Regulamento se aplicam ao conjunto dos elementos indicados
pelas universidades, devendo a Universidade do Algarve indicar um mínimo de dois e um
máximo de quatro vogais.

4—Os respectivos diplomas ou cartas doutorais são emitidos(as) nos termos dos artigos 42º e
43º do Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março.

Artigo 9º
Suplemento ao diploma

Todos os diplomas de programas conferentes de grau académico (mestrado e doutoramento)


são acompanhados do respectivo suplemento ao diploma, nos termos do Decreto-Lei nº
42/2005, de 22 de Fevereiro.

(...)

59
CAPÍTULO IV

Programas de mestrado

Artigo 19º
Definição

1—O grau de mestre é conferido aos que demonstrem:


a) Possuir conhecimentos e capacidade de compreensão a um nível que:
i) Sustentando-se nos conhecimentos obtidos ao nível do 1º ciclo, os desenvolva e
aprofunde;
ii) Permitam e constituam a base de desenvolvimentos e ou aplicações originais, em
muitos casos em contexto de investigação;
b) Saber aplicar os seus conhecimentos e a sua capacidade de compreensão e de resolução de
problemas em situações novas e não familiares, em contextos alargados e multidisciplinares,
ainda que relacionados com a sua área de estudo;
c) Capacidade para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas, desenvolver
soluções ou emitir juízos em situações de informação limitada ou incompleta, incluindo
reflexões sobre as implicações e responsabilidades éticas e sociais que resultem dessas
soluções e desses juízos ou os condicionem;
d) Ser capazes de comunicar as suas conclusões e os conhecimentos e raciocínios a elas
subjacentes, quer a especialistas quer a não especialistas, de uma forma clara e sem
ambiguidades;
e) Competências que lhes permitam uma aprendizagem ao longo da vida, de um modo
fundamentalmente auto-orientado ou autónomo.
2—O grau de mestre é conferido numa especialidade, podendo esta, quando necessário, ser
subdividida em áreas de especialização.
3—O grau de mestre habilita os profissionais para a docência nos domínios de especialização
que satisfaçam os artigos 10º e 11º do Decreto-Lei nº 43/2007, de 22 de Fevereiro.

Artigo 20º
Organização

A concessão do grau de mestre numa especialidade pressupõe:

a) Frequência e aprovação num curso de mestrado (componente curricular do programa de


mestrado), com a duração mínima de dois semestres e um mínimo de 60 ECTS;
b) Elaboração de uma dissertação ou trabalho de projecto ou relatório de final de estágio, sua
discussão e aprovação, correspondente a um mínimo de 35% do total dos créditos do ciclo de
estudos;
c) Nos domínios de habilitação para a docência, a concessão do grau de mestre é conferido
aos que obtenham o número de créditos fixado para o ciclo de estudos, sendo este de 60, 90
ou 120 ECTS, através da aprovação em todas as unidades curriculares e da aprovação no acto
público do relatório da unidade curricular relativa à prática de ensino supervisionada.

60
Artigo 21º
Classificação final do curso conducente ao mestrado

1—A classificação final do curso será calculada através da média ponderada, arredondada às
unidades (considerando como unidade a fracção não inferior a cinco décimas), das
classificações das unidades curriculares em que o aluno realizou os créditos curriculares
necessários à conclusão da componente curricular do curso de mestrado. Os coeficientes de
ponderação serão os ECTS atribuídos a cada unidade curricular.

2—A classificação final da componente curricular do curso de mestrado é expressa no


intervalo de 10 a 20 valores, da escala numérica inteira de 0 a 20, a que correspondem as
seguintes menções
qualitativas:
a) 10 a 13 valores—Suficiente;
b) 14 e 15 valores—Bom;
c) 16 e 17 valores—Muito bom;
d) 18 a 20 valores—Excelente.

Artigo 22º
Comissão coordenadora

Cada programa de mestrado deverá ter uma comissão coordenadora, aprovada pelo(s)
conselho(s) científico(s) da(s) unidade(s) orgânica(s) que promovem o programa. A comissão
coordenadora será nomeada por um triénio, renovável, e deverá ser constituída por pelo
menos três doutores ou especialistas de mérito reconhecido, sendo que dois deles deverão
pertencer ao(s) respectivo(s) conselho(s) científico(s), um dos quais preside na qualidade de
director do curso.

Artigo 23º
Competências da comissão coordenadora

Compete à comissão coordenadora:


a) Propor o nome do director de curso;
b) Assegurar o bom funcionamento da edição do curso, em articulação com os outros órgãos
da(s) respectiva(s) unidade(s) orgânica(s);
c) Aprovar o programa das disciplinas;
d) Propor o nome dos docentes que leccionarão as disciplinas do curso;
e) Propor o número de vagas da edição ao conselho científico e ao reitor;
f) Propor o número mínimo de alunos necessário ao funcionamento do curso ao conselho
científico e ao reitor;
g) Seleccionar os candidatos de acordo com os critérios previamente definidos e propor a lista
final de candidatos efectivos e suplentes seleccionados;
h) Acompanhar o percurso dos estudantes, aconselhando a escolha de unidades curriculares
opcionais, podendo exigir a frequência de opções específicas sempre que necessário para a
definição de áreas de especialização;
i) Coordenar disciplinas específicas em conjunto com os orientadores das actividades
propostas;

61
j) Processar e coordenar os pedidos de equivalência a unidades
curriculares do curso;
k) Apresentar uma lista de temas de dissertação para cada edição do curso e coordenar o
processo da sua atribuição ou de relatório da unidade curricular relativa à prática de ensino
supervisionada;
l) Designar os orientadores;
m) Aprovar os planos de dissertação ou de relatório da unidade curricular relativa à prática de
ensino supervisionada e respectivos orientadores, conforme disposto na lei, remetendo as
fichas de registo daí decorrentes para o(s) conselho(s) científico(s);
n) Propor a composição do júri das provas públicas de discussão das dissertações ou de
relatório da unidade curricular relativa à prática de ensino supervisionada, ouvidos os
orientadores;
o) Organizar as provas públicas de discussão das dissertações ou de relatório da unidade
curricular relativa à prática de ensino supervisionada;
p) Resolver os problemas correntes da edição do curso, à excepção daqueles que impliquem a
intervenção de outros órgãos;
q) Propor a data de abertura de candidaturas ao curso de mestrado e providenciar a divulgação
adequada;
r) Elaborar os acordos com as Escolas ou Agrupamentos de Escolas Cooperantes da prática de
ensino supervisionada.

Artigo 24º
Competências do director de curso

Compete ao director de curso:

a) Representar a comissão coordenadora;


b) Dirigir a comissão coordenadora e os docentes envolvidos no curso;
c) Fazer chegar as propostas da comissão coordenadora aos outros órgãos;
d) Propor aos órgãos competentes a execução de despesas necessárias ao funcionamento do
curso;
e) Exercer as competências que lhe forem delegadas pela comissão coordenadora do curso.

Artigo 25º
Limitações quantitativas e calendário

1—Para cada edição de funcionamento do mestrado, o número de vagas e o número mínimo


de inscrições necessárias para o funcionamento do curso de mestrado serão aprovados pela
comissão coordenadora e fixados por despacho do reitor da Universidade do Algarve.

2—O despacho a que se refere o n.º 1 deverá ser publicado na 2ª série do Diário da
República, antes do início do prazo de candidatura.

3—Os prazos de candidatura, matrícula e inscrição, bem como o calendário lectivo de cada
edição do curso serão fixados pelo reitor através de despacho reitoral, sob proposta do
conselho científico, ouvida a comissão coordenadora do curso.

62
Artigo 26º
Formalização das candidaturas

1—O processo de candidatura deve ser entregue na unidade orgânica responsável pelo curso,
instruído com os seguintes documentos:

a) Requerimento de candidatura;
b) Certificado de habilitações contendo as classificações das disciplinas e certificado de
conclusão final do curso de 1º ciclo (licenciatura);
c) Certidão comprovativa da atribuição de equivalência/reconhecimento de habilitações, em
caso de habilitações estrangeiras;
d) Fotocópia de identidade (bilhete de identidade ou passaporte);
e) Fotocópia do cartão de contribuinte;
f) Um exemplar do curriculum vitae.

2—A unidade orgânica responsável pelo curso notificará os candidatos seleccionados, dando-
lhes a conhecer o resultado do processo de selecção e informando-os do prazo de que dispõem
para proceder à matrícula e inscrição nos Serviços Académicos—Divisão de Formação
Avançada.
Artigo 27º
Condições de matrícula e inscrição
1—A matrícula e a inscrição, em cada ano lectivo, dos candidatos aceites pela comissão
coordenadora do curso são feitas em modelos próprios a fornecer pelos Serviços Académicos
da Universidade do Algarve—Divisão de Formação Avançada, em prazos determinados por
despacho reitoral.
2—O processo de matrícula e inscrição será instruído com os documentos já entregues para
efeito de candidatura, aos quais o candidato deverá adicionar:
a) Boletim de inscrição;
b) Fotocópia do boletim individual de saúde com a vacina antitetânica válida;
c) Uma fotografia a cores tipo passe;
d) Pagamento do seguro escolar;
e) Pagamento da taxa de matrícula e montante de propinas correspondente.

3—Nos termos do disposto no artigo 20º do presente regulamento, o aluno dispõe de 4


semestres para concluir o curso, equivalentes a 2 inscrições anuais. Caso não o consiga e
pretenda concluir o grau de mestre, de acordo com o Regulamento Geral de Avaliação da
Universidade do Algarve, poderá requerer, no máximo, mais 3 inscrições anuais em edições
seguintes do curso. Neste caso, deverá solicitar ao conselho científico a equivalência das
disciplinas em que já obteve aprovação. Poderá, eventualmente, ser obrigado a frequentar,
com aprovação, novas disciplinas, caso a estrutura curricular do curso tenha sofrido alteração.

Artigo 28º
Funcionamento do programa de mestrado

1—O programa de mestrado, incluindo o curso de mestrado e a elaboração da dissertação,


trabalho de projecto ou relatório de final de estágio, tem a duração máxima de quatro
semestres.

63
2—Até três meses após a conclusão do curso de mestrado (componente curricular do
programa), todos os alunos têm de proceder ao registo do plano e respectiva calendarização da
dissertação, do trabalho de projecto ou estágio, no respectivo conselho científico.

3—O registo previsto no número anterior deve ser feito, em simultâneo, com a designação
pela comissão coordenadora do orientador da dissertação, do trabalho de projecto ou estágio,
nos termos do artigo 21º do Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março.

4—O registo é válido pelo restante período de duração do programa, findo o qual a
dissertação, o trabalho de projecto ou o relatório de final de estágio têm de ser entregues para
discussão pública, sem prejuízo da possibilidade de suspensão da contagem dos prazos ou
prorrogação por um semestre, por decisão do reitor, ouvido(s) o(s) conselho(s) científico(s).

5—Nos mestrados que habilitam para a docência:

a) Os programas de mestrado são constituídos por unidades curriculares e pela aprovação no


acto público do relatório da unidade curricular relativa à prática de ensino supervisionada e
têm uma duração compreendida entre dois e quatro semestres;
b) O acto de matrícula no programa de mestrado pressupõe a inscrição na totalidade das
unidades curriculares que incluem a unidade curricular relativa à prática de ensino
supervisionada;
c) A organização e funcionamento do relatório da unidade curricular relativa à prática de
ensino supervisionada são fixadas em regulamento interno definido pela(s) unidade(s)
orgânica(s) que ministra(m) o curso, aprovado nos respectivos conselhos científicos.

Artigo 29º
Bolsas de estudo

1—Para além de bolsas de estudo que têm outros enquadramentos legais, os conselhos
científicos, sob proposta da comissão coordenadora de cada programa de mestrado, podem
aprovar, no âmbito deste Regulamento, a concessão de bolsas de estudo aos alunos, até uma
verba máxima correspondente ao valor das propinas.

2—Os critérios de atribuição das bolsas são fixados pelos conselhos científicos devendo ter
em conta o mérito académico dos alunos.

3—A concessão das bolsas de estudo pode estar dependente de um acordo do aluno em
participar em actividades de investigação científica, em trabalhos de campo ou laboratoriais
ou no apoio a tarefas docentes.

Artigo 30º
Funcionamento e avaliação das disciplinas da componente curricular

1—As regras de avaliação de conhecimentos e de classificação para as disciplinas que


compõem o curso de especialização são as previstas nas disposições legais existentes
(Regulamento Geral de Avaliação da UALG), no que não forem contrariadas pelo disposto no
presente regulamento e pela natureza do mesmo.

64
2—Os critérios de admissão em unidades curriculares opcionais devem ser definidos pelos
respectivos docentes responsáveis, podendo incluir, como pré-requisito, a frequência e ou
aprovação de unidades curriculares inseridas em áreas científicas específicas.

3—A avaliação dos conhecimentos e competências demonstrados em cada uma das unidades
curriculares da componente escolar é feita através da participação dos estudantes em todas as
fases do processo ensino-aprendizagem, incluindo a realização de trabalhos científicos e
exame final escrito e ou oral.

4—Os métodos de avaliação poderão incluir como pré-requisito o cumprimento da


assiduidade definida previamente pelo responsável por cada unidade curricular. Considera-se
que um aluno não cumpre a assiduidade quando exceder o número de faltas correspondentes a
25% das horas de contacto. Estão dispensados da verificação das
condições de assiduidade os casos previstos na lei.

5—Cada unidade curricular terá uma avaliação final com uma classificação de 0 a 20 valores
e o correspondente na escala europeia.

Artigo 31º
Orientação

1—O orientador deve ser um doutor ou especialista de mérito reconhecido da Universidade


do Algarve ou de outra instituição, nacional ou estrangeira, de ensino superior, ou de uma
unidade de investigação, designado pela comissão coordenadora do programa de
mestrado.

2—No caso previsto de o orientador não pertencer à Universidade do Algarve, os conselhos


científicos deverão designar um co-orientador pertencente à instituição.

3—É da competência do(s) orientador(es) a supervisão do trabalho do mestrando, apoiando-o


nas suas diversas fases de desenvolvimento da dissertação ou prática de ensino
supervisionada, trabalho de projecto ou relatório de final de estágio, em moldes a acordar
entre o mestrando e o(s) orientador(es).

4—O mestrando poderá propor à comissão coordenadora do programa de mestrado,


justificadamente, mudança de orientação, para o que deverá fazer acompanhar o pedido de
uma declaração de aceitação do novo orientador.

Artigo 32º
Requerimento de provas

1—É condição prévia para requerer a admissão a provas que o candidato tenha concluído,
com aproveitamento, a totalidade da parte curricular do respectivo curso de mestrado.

2—O requerimento a solicitar a realização das provas deve ser apresentado nos Serviços
Académicos—Divisão de Formação Avançada, em modelo a fornecer por estes serviços.

3—O requerimento referido nos números anteriores deve ser acompanhado de:
a) Seis exemplares impressos da dissertação provisória e um exemplar em suporte informático
da dissertação, trabalho de projecto ou relatório de final de estágio;

65
b) Seis exemplares do curriculum vitae do candidato;
c) Parecer do orientador e do co-orientador, caso exista;
d) Certidão da conclusão da parte curricular do curso de mestrado.

4—Nos mestrados que habilitam para a docência, a admissão ao acto público de defesa do
relatório da unidade curricular relativa à prática de ensino supervisionada é fixada em
regulamento interno definido pela(s) unidade(s) orgânica(s) que ministra(m) o curso,
aprovado em conselho científico.

Artigo 33º
Dissertação, trabalho de projecto, relatório de final de estágio
ou do relatório da prática de ensino supervisionada

1—A capa da dissertação, trabalho de projecto, relatório de final de estágio ou do relatório da


prática de ensino supervisionada deve incluir o nome da Universidade do Algarve, da(s)
unidade(s) orgânica(s), o título, o nome do candidato, a designação da especialidade do
mestrado e da respectiva área de especialização (se aplicável) e o ano de conclusão do
trabalho de acordo com o modelo (aprovado por esta instituição universitária) constante de
anexo a este Regulamento (anexo I).

2—A primeira página (página de rosto) deve ser cópia da capa, incluindo ainda a referência
«dissertação orientada por . . .», «trabalho de projecto orientado por . . .», «relatório de final
de estágio orientado por . . .» ou «relatório da prática de ensino supervisionada».
As páginas seguintes devem incluir:
a) Resumos em português e inglês (até 300 palavras cada);
b) Palavras chave em português e inglês (pelo menos cinco palavras chave).

3—Podem os conselhos científicos autorizar que a dissertação, trabalho de projecto, relatório


de final de estágio ou relatório da prática de ensino supervisionada sejam redigidos numa
língua estrangeira, desde que compreendida por todos os intervenientes. Neste caso, deve ser
acompanhada(o) de um resumo em português de, pelo menos, 1000 palavras.

4—O texto, excluindo anexos e bibliografia, não deverá exceder 150 páginas em formato A4,
a um espaço e meio, fonte Times New Roman ou equivalente, tipo 12.

5—Quando tal se revele necessário, certas partes da dissertação, trabalho de projecto,


relatório de final de estágio ou relatório da prática de ensino supervisionada, designadamente
os anexos, podem ser apresentadas em suporte informático.

6—O texto da dissertação pode ser constituído por um ou mais artigos científicos, devendo
ser indicado se o artigo está publicado, aceite ou submetido para publicação em revista(s)
científica(s) indexadas.

Artigo 34º
Constituição do júri

1—O júri para apreciação e discussão da dissertação, trabalho de projecto ou relatório de final
de estágio ou de relatório de prática de ensino supervisionado é nomeado nos 30 dias

66
posteriores ao requerimento de provas, pelo reitor da Universidade do Algarve, por proposta
da comissão coordenadora do programa de mestrado, aprovada em conselho(s) científico(s).

2—O júri é composto por um máximo de cinco e um mínimo de três doutores ou especialistas
de mérito reconhecido, incluindo-se nestes números o orientador ou orientadores.

3—O presidente do júri será, de entre os professores da Universidade do Algarve, o de


categoria mais elevada, exceptuando o professor-orientador.

4—No caso de haver apenas um professor da Universidade do Algarve a integrar o júri,


assumirá ele a presidência, independentemente do seu estatuto de orientador.

5—A constituição do júri deve ser dada a conhecer, no prazo de cinco dias, ao candidato após
nomeação do mesmo.

Artigo 35º
Aceitação da dissertação, trabalho de projecto, relatório de final
de estágio ou relatório da prática de ensino supervisionada

1—As reuniões anteriores ao acto público de defesa da dissertação ou relatório, podem ser:

a) Realizadas presencialmente;
b) Realizadas por teleconferência;
c) Substituídas por emissão de pareceres fundamentados.

2—A primeira reunião do júri terá lugar no prazo de 30 dias após a respectiva nomeação, nela
se decidindo pela sua aceitação ou recomendação de reformulação. Caso um dos elementos do
júri não cumpra este prazo considera-se que a apreciou favoravelmente.

3—Ao presidente do júri compete:

a) Marcar as provas quando se verificar uma maioria de pareceres favoráveis à admissão do


candidato ou convocar uma reunião se a considerar necessária;
b) Enviar ao candidato, no caso de recomendação de reformulação, os pareceres que
sustentam esta decisão, dispondo o candidato de um prazo de 90 dias, improrrogável, durante
o qual pode proceder à reformulação recomendada da dissertação, trabalho de projecto ou
relatório final de estágio (entregando seis novos exemplares dos mesmos e uma cópia em
suporte informático), ou declarar que os pretende manter tal como os apresentou.

4—Considera-se ter havido desistência do candidato se, esgotado o prazo referido no número
anterior, este não apresentar a reformulação recomendada ou não declarar que pretende
manter a dissertação, trabalho de projecto ou relatório final de estágio tal como
foram apresentados.

5—Aceite a dissertação, trabalho de projecto, relatório final de estágio ou relatório da prática


de ensino supervisionada nos termos deste artigo, recebida a dissertação, trabalho de projecto,
relatório final de estágio ou relatório da prática de ensino supervisionada reformulada(o) ou
feita a declaração referida no nº 4 deste artigo, o presidente do júri faz publicar um edital com
a data de realização das provas e a indicação dos arguentes principais.

67
6—Após os prazos previstos nos números anteriores, procede-se à marcação da prova pública.

As provas públicas devem ter lugar no prazo de 60 dias a contar:


a) Da data do despacho de aceitação da dissertação;
b) Da data da entrega de dissertação reformulada ou de declaração de que prescinde da
reformulação.

Artigo 36º
Discussão pública

1—No início da discussão pública, o candidato disporá de 30 minutos para apresentação do


trabalho.

2—A discussão da dissertação, trabalho de projecto, relatório de final de estágio ou relatório


da prática de ensino supervisionada não poderá exceder os 60 minutos, nela podendo
participar todos os membros do júri ou aqueles membros que o júri designe para o efeito.

3—O tempo de apresentação do trabalho não conta para a duração máxima da prova indicada
no número anterior.

4—Concluída a discussão da prova, o júri reúne para apreciação da mesma e delibera sobre a
classificação final do candidato através de votação nominal fundamentada, não sendo
permitidas abstenções.

5—Em caso de empate, o presidente do júri dispõe de voto de qualidade.

6—Das reuniões do júri são lavradas actas das quais constam os votos de cada um dos seus
membros e a respectiva fundamentação.

Artigo 37º
Classificação final

1—A classificação final do grau de mestre é expressa no intervalo de 10 a 20 valores da


escala numérica inteira de 0 a 20, bem como no seu equivalente na escala europeia de
comparabilidade de classificações.

2—A classificação final será calculada através da média ponderada, arredondada às unidades
(considerando como unidade a fracção não inferir a cinco décimas), das classificações das
unidades curriculares em que o aluno realizou os créditos curriculares necessários à conclusão
do curso de mestrado e a dissertação, trabalho de projecto, relatório de final de estágio ou
relatório da prática de ensino supervisionada. Os coeficientes de ponderação serão os ECTS
atribuídos a cada unidade curricular.

Artigo 38º
Diploma e carta do grau de mestre

1—Aos alunos aprovados no curso conducente ao mestrado é atribuído um diploma não


conferente de grau académico, emitido pelos Serviços Académicos da Universidade do
Algarve.

68
2—Aos alunos aprovados no programa de mestrado é conferido o grau de mestre, titulado por
uma carta do grau de mestre emitida pelos Serviços Académicos da Universidade do Algarve,
nos termos do artigo 25º do Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março.

(...)

CAPÍTULO VI

Disposições finais e transitórias

Artigo 57º
Casos omissos

Aos casos omissos no presente regulamento aplicam-se as normas previstas no Decreto-Lei nº


74/2006, de 24 de Março, e no Código do Procedimento Administrativo.

(...)
Artigo 60º
Entrada em vigor

O presente regulamento entra em vigor imediatamente após a sua publicação no Diário da


República.

8 de Junho de 2007.—O Reitor, João Pinto Guerreiro.

ANEXO I

Modelo de capa de dissertação de mestrado (artigo 33º, n.º 1)

UNIVERSIDADE DO ALGARVE

Faculdade de Economia

Título da Dissertação de Mestrado

Nome do Candidato

Mestrado em [Especialidade]
[Área de Especialização, se aplicável]

Ano de Conclusão

69
APÊNDICE 4

Modelo de

Proposta de Dissertação de Mestrado

70
FACULDADE DE ECONOMIA
Un iver sidade do Algar ve
Campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal
Tel.: +351 289 800 915; Fax: +351 289 815 937

PROPOSTA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Exmo. Senhor Coordenador do Mestrado em ………………………………………….…………..,

Eu,….……………………………………………………………….. (nome completo em maiúsculas),

vem por este meio apresentar a minha proposta de dissertação.

1. Área temática:

2. Título:

3. Orientador(es):

4. Metodologia de Análise:
(Descrição sumária dos métodos a utilizar no trabalho)

5. Caracterização sumária do trabalho:


(Descrição sumária do trabalho)

6. Principais objectos a atingir:


(Indicação dos principais resultados que se espera virem a ser alcançados no trabalho proposto)

1
71
FACULDADE DE ECONOMIA
Un iver sidade do Algar ve
Campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal
Tel.: +351 289 800 915; Fax: +351 289 815 937

7. Plano e calendarização do trabalho:


(Discriminação de cada uma das tarefas previstas para o trabalho, com indicação, para cada tarefa, da
respectiva duração (em meses) e dos principais resultados esperados)

8. Bibliografia de base:
(Apresentação das publicações consideradas mais relevantes no enquadramento do trabalho proposto)

Faro, …… de ……………………… de 200….

Declaro que aceito realizar esta proposta de dissertação segundo o plano acima indicado.

……………………………………………………
(Assinatura do aluno)

Declaro que aceito orientar a realização desta proposta de dissertação segundo o plano acima
apresentado.

…………………………………………………… …………..........………………………………
(Assinatura do orientador) (Assinatura do orientador)

72
2
APÊNDICE 5

Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março

Publicado no Diário da República, Série I-A, - N.º 60 -


de 24 de Março de 2006, republicado pelo Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho.

73
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR

Decreto-Lei n.º 74/2006


de 24 de Março
(republicado pelo Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho) 1.

CAPÍTULO III
Mestrado

Artigo 15.º
Grau de mestre

1 - O grau de mestre é conferido aos que demonstrem:


a) Possuir conhecimentos e capacidade de compreensão a um nível que:
i) Sustentando-se nos conhecimentos obtidos ao nível do 1.º ciclo, os desenvolva e
aprofunde;
ii) Permitam e constituam a base de desenvolvimentos e ou aplicações originais, em muitos
casos em contexto de investigação;
b) Saber aplicar os seus conhecimentos e a sua capacidade de compreensão e de resolução
de problemas em situações novas e não familiares, em contextos alargados e
multidisciplinares, ainda que relacionados com a sua área de estudo;
c) Capacidade para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas, desenvolver
soluções ou emitir juízos em situações de informação limitada ou incompleta, incluindo
reflexões sobre as implicações e responsabilidades éticas e sociais que resultem dessas
soluções e desses juízos ou os condicionem;
d) Ser capazes de comunicar as suas conclusões, e os conhecimentos e raciocínios a elas
subjacentes, quer a especialistas, quer a não especialistas, de uma forma clara e sem
ambiguidades;
e) Competências que lhes permitam uma aprendizagem ao longo da vida, de um modo
fundamentalmente auto-orientado ou autónomo.
2 - O grau de mestre é conferido numa especialidade, podendo, quando necessário, as
especialidades ser desdobradas em áreas de especialização.

1
- A inserção de partes do Decreto-Lei n.º 107/2008 neste Guião não dispensa a consulta integral do respectivo
diploma legal.

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Artigo 16.º
Atribuição do grau de mestre

1 - As especialidades em que cada estabelecimento de ensino superior confere o grau de


mestre são fixadas pelo seu órgão legal e estatutariamente competente.
2 - Só podem conferir o grau de mestre numa determinada especialidade os
estabelecimentos de ensino superior que, nas áreas científicas integrantes da formação a ele
conducente:
a) Disponham de um corpo docente próprio qualificado e adequado em número, cuja
maioria seja constituída por titulares do grau de doutor ou especialistas de reconhecida
experiência e competência profissional;
b) Disponham dos recursos humanos e materiais indispensáveis a garantir o nível e a
qualidade da formação adquirida;
c) Desenvolvam actividade reconhecida de formação e investigação ou de
desenvolvimento de natureza profissional de alto nível.
3 - A verificação da satisfação dos requisitos referidos no número anterior é feita no
âmbito do processo de acreditação.

Artigo 17.º
Acesso e ingresso no ciclo de estudos conducente ao grau de mestre

1 - Podem candidatar-se ao acesso ao ciclo de estudos conducente ao grau de mestre:


a) Titulares do grau de licenciado ou equivalente legal;
b) Titulares de um grau académico superior estrangeiro conferido na sequência de um 1.º
ciclo de estudos organizado de acordo com os princípios do Processo de Bolonha por um
Estado aderente a este Processo;
c) Titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja reconhecido como
satisfazendo os objectivos do grau de licenciado pelo órgão científico estatutariamente
competente do estabelecimento de ensino superior onde pretendem ser admitidos;
d) Detentores de um currículo escolar, científico ou profissional, que seja reconhecido
como atestando capacidade para realização deste ciclo de estudos pelo órgão científico
estatutariamente competente do estabelecimento de ensino superior onde pretendem ser
admitidos.

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2 - As normas regulamentares a que se refere o artigo 26.º fixam as regras específicas para
o ingresso neste ciclo de estudos.
3 - O reconhecimento a que se referem as alíneas b) a d) do n.º 1 tem como efeito apenas o
acesso ao ciclo de estudos conducente ao grau de mestre e não confere ao seu titular a
equivalência ao grau de licenciado ou o reconhecimento desse grau.

Artigo 18.º
Ciclo de estudos conducente ao grau de mestre

1 - O ciclo de estudos conducente ao grau de mestre tem 90 a 120 créditos e uma duração
normal compreendida entre três e quatro semestres curriculares de trabalho dos alunos.
2 - Excepcionalmente, e sem prejuízo de ser assegurada a satisfação de todos os requisitos
relacionados com a caracterização dos objectivos do grau e das suas condições de
obtenção, o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre numa especialidade pode ter 60
créditos e uma duração normal de dois semestres curriculares de trabalho em consequência
de uma prática estável e consolidada internacionalmente nessa especialidade.
3 - No ensino universitário, o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre deve
assegurar que o estudante adquira uma especialização de natureza académica com recurso
à actividade de investigação, de inovação ou de aprofundamento de competências
profissionais.
4 - No ensino politécnico, o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre deve assegurar,
predominantemente, a aquisição pelo estudante de uma especialização de natureza
profissional.
5 - A obtenção do grau de mestre referido nos números anteriores, ou dos créditos
correspondentes ao curso de especialização referido na alínea a) do n.º 1 do artigo 20.º do
presente decreto-lei, pode ainda habilitar ao acesso a profissões sujeitas a requisitos
especiais de reconhecimento, nos termos legais e institucionais previstos para o efeito.

Artigo 19.º
Ciclo de estudos integrado conducente ao grau de mestre

1 - No ensino universitário, o grau de mestre pode igualmente ser conferido após um ciclo
de estudos integrado, com 300 a 360 créditos e uma duração normal compreendida entre

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10 e 12 semestres curriculares de trabalho, nos casos em que, para o acesso ao exercício de
uma determinada actividade profissional, essa duração:
a) Seja fixada por normas legais da União Europeia;
b) Resulte de uma prática estável e consolidada na União Europeia.
2 - O acesso e ingresso no ciclo de estudos referido no número anterior rege-se pelas
normas aplicáveis ao acesso e ingresso no ciclo de estudos conducente ao grau de
licenciado.
3 - No ciclo de estudos referido no n.º 1, é conferido o grau de licenciado aos que tenham
realizado os 180 créditos correspondentes aos primeiros seis semestres curriculares de
trabalho.
4 - O grau de licenciado referido no número anterior deve adoptar uma denominação que
não se confunda com a do grau de mestre.
5 - As normas regulamentares a que se refere o artigo 26.º devem prever a possibilidade de
ingresso no ciclo de estudos referido no n.º 1 por licenciados em área adequada, bem como
a creditação neste ciclo de estudos da formação obtida no curso de licenciatura.

Artigo 20.º
Estrutura do ciclo de estudos conducente ao grau de mestre

1 - O ciclo de estudos conducente ao grau de mestre integra:


a) Um curso de especialização, constituído por um conjunto organizado de unidades
curriculares, denominado curso de mestrado, a que corresponde um mínimo de 50% do
total dos créditos do ciclo de estudos;
b) Uma dissertação de natureza científica ou um trabalho de projecto, originais e
especialmente realizados para este fim, ou um estágio de natureza profissional objecto de
relatório final, consoante os objectivos específicos visados, nos termos que sejam fixados
pelas respectivas normas regulamentares, a que corresponde um mínimo de 35% do total
dos créditos do ciclo de estudos.

2 - Os valores mínimos a que se refere o n.º 1:


a) Não se aplicam ao ciclo de estudos integrado a que se refere o artigo anterior;
b) Podem ser alterados por decisão da agência de acreditação a que se refere o artigo 53.º

77
Artigo 21.º
Orientação

1 - A elaboração da dissertação ou do trabalho de projecto e a realização do estágio são


orientadas por doutor ou por especialista de mérito reconhecido como tal pelo órgão
científico estatutariamente competente do estabelecimento de ensino superior, nacional ou
estrangeiro.
2 - A orientação pode ser assegurada em regime de co-orientação, quer por orientadores
nacionais, quer por nacionais e estrangeiros.

Artigo 22.º
Júri do mestrado

1 - A dissertação, o trabalho de projecto ou o relatório de estágio são objecto de apreciação


e discussão pública por um júri nomeado pelo órgão legal e estatutariamente competente
do estabelecimento de ensino superior.
2 - O júri é constituído por três a cinco membros, incluindo o orientador ou os
orientadores.
3 - Os membros do júri devem ser especialistas no domínio em que se insere a dissertação,
o trabalho de projecto ou o relatório de estágio e são nomeados de entre nacionais ou
estrangeiros titulares do grau de doutor ou especialistas de mérito reconhecido como tal
pelo órgão científico do estabelecimento de ensino.
4 - As deliberações do júri são tomadas por maioria dos membros que o constituem,
através de votação nominal justificada, não sendo permitidas abstenções.
5 - Das reuniões do júri são lavradas actas, das quais constam os votos de cada um dos
seus membros e a respectiva fundamentação, que pode ser comum a todos ou a alguns
membros do júri.

Artigo 23.º
Concessão do grau de mestre

O grau de mestre é conferido aos que, através da aprovação em todas as unidades


curriculares que integram o plano de estudos do curso de mestrado e da aprovação no acto

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público de defesa da dissertação, do trabalho de projecto ou do relatório de estágio, tenham
obtido o número de créditos fixado.

Artigo 24.º
Classificação final do grau de mestre

1 - Ao grau académico de mestre é atribuído uma classificação final, expressa no intervalo


10-20 da escala numérica inteira de 0 a 20, bem como no seu equivalente na escala
europeia de comparabilidade de classificações.
2 - As normas regulamentares a que se refere o artigo 26.º fixam a forma de cálculo da
classificação final.

Artigo 25.º
Titulação do grau de mestre

1 - O grau de mestre é titulado por uma carta de curso do grau de mestre, emitida pelo
órgão legal e estatutariamente competente do estabelecimento de ensino superior.
2 - A emissão da carta de curso, bem como das respectivas certidões, é acompanhada da
emissão de um suplemento ao diploma elaborado nos termos e para os efeitos do Decreto-
Lei n.º 42/2005, de 22 de Fevereiro.

Artigo 26.º
Normas regulamentares do mestrado

O órgão legal e estatutariamente competente de cada estabelecimento de ensino superior


aprova as normas relativas às seguintes matérias:
a) Regras sobre a admissão no ciclo de estudos, em especial as condições de natureza
académica e curricular, as normas de candidatura, os critérios de selecção e seriação, e o
processo de fixação e divulgação das vagas e dos prazos de candidatura;
b) Condições de funcionamento;
c) Estrutura curricular, plano de estudos e créditos, nos termos das normas técnicas a que
se refere o artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22 de Fevereiro;
d) Concretização da componente a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º;

79
e) Regimes de precedências e de avaliação de conhecimentos no curso de mestrado;
f) Regime de prescrição do direito à inscrição, tendo em consideração, no ensino público e
quando aplicável, o disposto sobre esta matéria na Lei n.º 37/2003, de 22 de Agosto;
g) Processo de nomeação do orientador ou dos orientadores, condições em que é admitida
a co-orientação e regras a observar na orientação;
h) Regras sobre a apresentação e entrega da dissertação, do trabalho de projecto ou do
relatório de estágio, e sua apreciação;
i) Prazos máximos para a realização do acto público de defesa da dissertação, do trabalho
de projecto ou do relatório de estágio;
j) Regras sobre a composição, nomeação e funcionamento do júri;
l) Regras sobre as provas de defesa da dissertação, do trabalho de projecto ou do relatório
de estágio;
m) Processo de atribuição da classificação final;
n) Prazos de emissão da carta de curso e suas certidões e do suplemento ao diploma;
o) Processo de acompanhamento pelos órgãos pedagógico e científico.

Artigo 27.º
Propinas do ciclo de estudos conducente ao grau de mestre no ensino público

1 - O valor das propinas devidas pela inscrição no ciclo de estudos integrado previsto no
artigo 19.º é fixado nos termos previstos para o ciclo de estudos conducente ao grau de
licenciado no n.º 2 do artigo 16.º da Lei n.º 37/2003, de 22 de Agosto.

2 - O valor das propinas devidas pela inscrição no ciclo de estudos conducente ao grau de
mestre no ensino público, quando a sua conjugação com um ciclo de estudos conducente
ao grau de licenciado seja indispensável para o acesso ao exercício de uma actividade
profissional, é igualmente fixado nos termos previstos para o ciclo de estudos conducente
ao grau de licenciado no n.º 2 do artigo 16.º da Lei n.º 37/2003, de 22 de Agosto.

3 - O valor das propinas devidas pela inscrição no ciclo de estudos conducente ao grau de
mestre no ensino público nos restantes casos é fixado pelos órgãos a que se refere o artigo
17.º da Lei n.º 37/2003, de 22 de Agosto.
(...)

80
TÍTULO VII

Normas finais e transitórias

Artigo 81.º
Mestrados e doutoramentos em curso

Aos estudantes que tenham solicitado admissão ao mestrado ou ao doutoramento aplica-se o


regime jurídico vigente à data em que foram apresentados os respectivos pedidos.

(...)
Artigo 84.º

Norma revogatória

1 - Com a entrada em vigor do presente decreto-lei são revogados:

a) Os artigos 25.º a 29.º e 36.º a 39.º do Regime Jurídico do Desenvolvimento e da


Qualidade do Ensino Superior, aprovado pela Lei n.º 1/2003, de 6 de Janeiro;

b) O Decreto-Lei n.º 216/92, de 13 de Outubro, com excepção do n.º 4 do artigo 4.º e


dos artigos 30.º e 31.º;

c) Os n.os 1, 2 e 4 do artigo 39.º, o n.º 5 do artigo 53.º, o n.º 1 do artigo 57.º e os


artigos 58.º a 60.º, 64.º e 67.º do Estatuto do Ensino Superior Particular e Cooperativo,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 16/94, de 22 de Janeiro, alterado, por ratificação, pela
Lei n.º 37/94, de 11 de Novembro, e pelo Decreto-Lei n.º 94/99, de 23 de Março.

2 - Com a entrada em vigor da portaria referida no n.º 1 do artigo 49.º são revogados:

a) O Decreto n.º 119/81, de 26 de Setembro;

b) O Decreto Regulamentar n.º 63/87, de 17 de Dezembro.

81
Artigo 85.º

Entrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 16 de Fevereiro de 2006. - José Sócrates


Carvalho Pinto de Sousa - José Mariano Rebelo Pires Gago.

Promulgado em 20 de Março de 2006.

Publique-se.

O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

Referendado em 21 de Março de 2006.

O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

82
Decreto-Lei n.º 216/92
de 13 de Outubro

(Artigos não revogados pelo Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março)

CAPÍTULO I
Disposições gerais

(...)

Artigo 4.º
Propinas

4 - Estão insentos do pagamento de propinas os docentes do ensino superior que, nos termos do
respectivo estatuto, estejam obrigados à obtenção dos graus de mestre e de doutor.

(...)

CAPÍTULO IV

Disposições finais

Artigo 30.º
Doutoramentos honoris causa

1 - O regime de atribuição de doutoramentos honoris causa constará de regulamento a elaborar por


cada instituição.
2 - A atribuição de doutoramentos honoris causa a individualidades estrangeiras deve ser precedida de
audição do Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Artigo 31.º
Aplicação dos estabelecimentos universitários não integrados

As instituições de ensino universitário não integradas em universidades podem atribuir o grau de


doutor quando tal se encontre previsto nos seus estatutos.

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