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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CADERNO DE EXERCÍCIOS

DIREITO CIVIL

CPIII

2º PERÍODO 2018

TEMAS

01 Contratos: noções gerais. Conceito e evolução. Princípios fundamentais. A nova ótica contratual. Os
princípios contratuais da autonomia da vontade, da obrigatoriedade, da relatividade e do consensualismo e
suas mitigações. A função social dos contratos. O princípio da probidade e da boa-fé. A boa-fé objetiva e
sua distinção da boa-fé subjetiva aplicabilidade do princípio da boa-fé objetiva nas diversas fases do
contrato.

02 Classificação dos contratos: contratos unilaterais, bilaterais e bilaterais imperfeitos. Contratos gratuitos e
onerosos. Contratos comutativos e aleatórios. Contratos solenes e não-solenes ou consensuais. Contratos
reais. Contratos principais e acessórios. Contratos típicos e atípicos. Contratos paritários e de adesão. O
contrato de adesão no Código Civil (arts. 423 e 424) e no Código de Defesa do Consumidor.

03 A estrutura interna e a formação dos contratos. Os elementos subjetivos do contrato. A parte


contratante. Capacidade e legitimação. O contrato celebrado pelo incapaz. O consentimento. As formas de
manifestação da vontade. O silêncio vinculativo. O objeto do contato. Causa e motivo. Fases da formação
dos contratos. Tratativas ou negociações preliminares. Proposta ou policitação. A oferta ao público
(art.429). Aceitação. Celebração dos contratos entre ausentes. Teorias aplicáveis. O lugar da celebração
do contrato.

04 Contrato preliminar. Noções gerais. Evolução do contrato preliminar. Aplicabilidade. O contrato


preliminar no Código Civil de 2002. Classificação, requisitos e efeitos do contrato preliminar. Registro do
contrato preliminar. Contrato com pessoa a declarar. Conceito. Aplicabilidade. Regulamentação no Código
Civil de 2002. Estipulação em favor de terceiro. Promessa de fato de terceiro.

05 Elementos naturais do contrato. Vícios redibitórios. Conceito. Requisitos. Efeitos. Ações edilícias.
Prazos. Evicção. Conceito. Requisitos. Cláusula de reforço, diminuição e exclusão da garantia. Efeitos da
evicção. Evicção parcial.

06 Extinção dos contratos: Resolução, distrato, resilição unilateral, revogação. Cláusula resolutiva tácita e
expressa. Revisão dos contratos no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor.

07 Contratos eletrônicos. Formação do contrato. Contratos entre presentes e ausentes. Documento


eletrônico. Certificação digital. Responsabilidade do provedor. Relações de consumo na internet sob o
aspecto contratual. Marco Regulatório da Internet.

08 Compra e venda I conceito. Classificação. Elementos. Restrições legais à celebração do contrato de


compra e venda. Invalidade da compra e venda. Efeitos da compra e venda. Tradição. Compra e venda de
imóveis. Venda ad corpus e ad mensuram. Venda em condomínio pro indiviso.

09 Compra e venda II. Cláusulas especiais da compra e venda. Retrovenda. Venda a contento e venda
sujeita a prova. Preempção ou preferência. Venda com reserva de domínio. Venda sobre documentos.
Troca ou permuta.

10 Doação: Conceito, formação e classificação. Promessa de doação. Aceitação presumida. Cláusula de


reversão. Doação remuneratória. Doação modal. Doação ao nascituro. Doação ao incapaz. Doação com
cláusulas restritivas ao exercício da propriedade. Adiantamento da legítima. Doação propter nuptias e
doação ao convivente. Doação com cláusula de reversão. Doação universal. Doação com reserva de
usufruto. Doação inoficiosa. Doação do cônjuge adúltero. Doação conjuntiva e o direito de acrescer.
Revogação da doação por descumprimento do encargo e por ingratidão do donatário.

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CADERNO DE EXERCÍCIOS

11 Locação I. Locação de Coisas. Locação de imóvel. Conceito, elementos, classificação e delimitação da


incidência da Lei nº 8.245/91. Estatuto da Terra. Código de Defesa do Consumidor e Código Civil. Locação
imobiliária urbana: Multiplicidade de sujeitos. Denúncia do contrato pelo locatário, nu-proprietário,
fideicomissário e adquirente. Cláusula de vigência.

12 Locação II. Sucessão, cessão e sublocação. O aluguel e a sua fixação, reajuste e revisão. Ação de
despejo. Direitos e deveres do locador e locatário. Direito real de aquisição. Regramento das benfeitorias.
Direito de retenção. Aspectos da Lei nº 12.112/09. Nulidades. Fraude à lei. Regime jurídico da locação para
fins residenciais e não residenciais.

13 Contrato de Fiança: Conceito, classificação e conteúdo. Espécies de fiança: fianças convencional,


bancária, legal e judicial. Abonação. Retrofiança. Co-fiança. Fianças condicional e limitada. Benefícios de
ordem, divisão e sub-rogação. Exoneração do fiador à luz do Código Civil e da lei do inquilinato. Aspectos
da Lei nº 12.112/09. Extinção da fiança.

14 Contrato de Empréstimo. Comodato: conceito, classificação e efeitos. Mútuo: conceito, classificação,


espécies e efeitos. Mútuo feito a menor. Contrato de Depósito. Depósito voluntário: conceito, classificação,
objeto, direitos e deveres do depositante e do depositário. Direito de retenção. Depósito necessário:
depósito legal e miserável. Depósito irregular. Aspectos processuais. Súmula Vinculante nº 25 do STF.
Constituição de renda.

15 Contrato de Mandato: conceito, classificação, forma, espécies. A procuração e o substabelecimento.


Mandato com e sem representação. A cláusula-mandato nos contratos de consumo. Direitos e deveres do
mandante e mandatário. Extinção do mandato. Mandato em causa própria. Renúncia e revogação do
mandato. Mandato judicial.

16 Prestação de Serviços: conceito, classificação, pressupostos existenciais e institutos afins. Empreitada:


conceito, classificação, espécies, riscos, responsabilidade civil, prazo de garantia, subempreitada e revisão
do preço da obra. Contrato de Incorporação.

17 Contrato de Seguro: conceito e classificação. Início da cobertura. Apólice. Co-seguro. Aspectos jurídicos
do risco e da cobertura. Pluralidade de seguros. Boa-fé e probidade como deveres do segurador e
segurado. Responsabilidade do segurador. Seguro de dano e de pessoa.

18 Contratos Bancários. Conceito. Modalidades. Efeitos. Incidência do Código de Defesa do Consumidor.


Limites de juros e prática de anatocismo. Análise doutrinária e jurisprudencial.

19 Atos Unilaterais: Da promessa de recompensa. Da gestão de negócios. Do pagamento Indevido. Do


enriquecimento sem causa. Contrato Estimatório. Transação e Compromisso. Jogo e Aposta.

Tema 01:

Contratos: noções gerais. Conceito e evolução. Princípios fundamentais. A nova ótica contratual. Os
princípios contratuais da autonomia da vontade, da obrigatoriedade, da relatividade e do consensualismo e
suas mitigações. A função social dos contratos. O princípio da probidade e da boa-fé. A boa-fé objetiva e
sua distinção da boa-fé subjetiva aplicabilidade do princípio da boa-fé objetiva nas diversas fases do
contrato.

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01ª QUESTÃO:
João trabalha no ramo dos gêneros alimentícios e fornece há mais de três anos produtos para um
determinado cliente. Esses produtos sempre foram entregues de maneira corrente e em um dia específico
da semana. Ocorre que, na última oportunidade que João pretendeu entregar os produtos ao aludido
cliente, este os recusou sob o argumento de que havia mudado de fornecedor.
João ainda insistiu na entrega dos produtos, mas o cliente alegou que não havia entre eles contrato
formalizado e muito menos cláusula obrigando o seu estabelecimento a aceitar os referidos produtos
semanalmente, daí porque poderia sumariamente recusá-los.
Qual a solução jurídica para o presente caso? Responda fundamentadamente a questão.

02ª QUESTÃO:
Tintas Peçanha Comércio e Representações LTDA propõe demanda de cobrança em face de Multicores
Indústria e Comércio Ltda. Aduz que, em 2008, firmou com a demandada contrato de representação, cujo
objeto consistia na venda das tintas produzidas pela ré no estabelecimento comercial da autora. Afirma que
o pagamento pelo serviço de representação comercial ocorria pelo sistema de comissão pactuado em 4%
sobre o valor das vendas apuradas mensalmente. Contudo, durante os quatro anos de vigência do
contrato, a demandada somente pagou as comissões sobre um percentual de 2,5% do total das vendas.
Por fim, salienta que, quando da rescisão do contrato, pretendeu receber da demandada a diferença da
comissão, o que lhe foi negado.
Em defesa, sustenta a ré que, apesar de expressamente constar do contrato de representação comercial a
comissão de 4% sobre o valor das vendas, a demandada jamais questionou o pagamento a menor,
somente vindo a fazê-lo quando do término da relação contratual, o que afasta a diferença pleiteada.
Diante do exposto, a luz dos princípios que regem os contratos, decida fundamentadamente a questão.

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Tema 02:

Classificação dos contratos: contratos unilaterais, bilaterais e bilaterais imperfeitos. Contratos gratuitos e
onerosos. Contratos comutativos e aleatórios. Contratos solenes e não-solenes ou consensuais. Contratos
reais. Contratos principais e acessórios. Contratos típicos e atípicos. Contratos paritários e de adesão. O
contrato de adesão no Código Civil (arts. 423 e 424) e no Código de Defesa do Consumidor.

01ª QUESTÃO:
JOSÉ é promitente comprador de um apartamento junto à incorporadora e construtora SENSAN. Após
haver sido constatado, por laudo técnico do órgão municipal competente um abalo na estrutura do edifício,
que sequer teve o "habite-se" concedido, José resolve sustar o pagamento das prestações mensais até
que o problema seja resolvido, tendo inclusive, notificado extrajudicialmente a incorporadora.
Diante disso, a empresa SENSAN ingressa com ação de resolução de compra e venda, cumulada com
cobrança de multa contratual em face de José.
Resolva a questão acima, apontando os dispositivos legais pertinentes.

02ª QUESTÃO:
Carlos firma com João contrato de compra e venda de coisa futura, com fulcro na parte final do artigo 483
do Código Civil. O objeto consistia em 100 toras de madeira de lei. A fim de garantir melhor preço, Carlos,
comprador, assume o risco quanto a falta do objeto. Na data para a entrega da madeira, somente duas
toras puderam ser entregues diante da contaminação involuntária do solo.
Diante do exposto, João exige o pagamento integral, enquanto que Carlos somente pretende efetuar o
pagamento proporcionalmente, as duas toras.
Decida fundamentadamente a questão.

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CADERNO DE EXERCÍCIOS

Tema 03:

A estrutura interna e a formação dos contratos. Os elementos subjetivos do contrato. A parte contratante.
Capacidade e legitimação. O contrato celebrado pelo incapaz. O consentimento. As formas de
manifestação da vontade. O silêncio vinculativo. O objeto do contato. Causa e motivo. Fases da formação
dos contratos. Tratativas ou negociações preliminares. Proposta ou policitação. A oferta ao público
(art.429). Aceitação. Celebração dos contratos entre ausentes. Teorias aplicáveis. O lugar da celebração
do contrato.

01ª QUESTÃO:
Joaquim encaminhou proposta para José cujo objeto era a alienação de 200 cabeças de gado pelo preço
de R$ 50.000,00. Na referida proposta, o policitante se obrigou a aguardar resposta no prazo de 30 dias.
Ocorre que o proponente faleceu no 10º dia do encaminhamento da proposta. Comprovado que houve a
aceitação no prazo veiculado na proposta, responda se os herdeiros do falecido estão obrigados a cumprí-
la.

02ª QUESTÃO:
Nirvana Ltda. propõe demanda indenizatória por danos morais e materiais em face de Grupo WMB, por
ruptura injustificada de tratativas pré-contratuais. Narra a autora que a demandada publicou em jornal de
grande circulação anúncio convocando novos parceiros para ampliar sua rede de revendedores
autorizados. O anúncio, inclusive, incentivava os interessados a encaminhar um fax para o presidente da
demandada como forma de legitimar o contrato futuro. Informa que entrou em contato com a ré e
formalizou o interesse, sendo que a demandada, em resposta, exigiu documentos da demandante e que
estes foram entregues na forma requerida. Aduz ainda que a ré informou que o resultado do processo de
análise da demandante foi positivo e que entraria em contato para agendar uma reunião para assinatura do
contrato de concessão. Por fim, informa que novas trocas de correspondências aconteceram, sempre de
cunho positivo, e que chegou a participar de outras reuniões com outros candidatos vencedores da
concorrência em outros estados, mas, para a surpresa da demandante, tempos depois, recebeu um
comunicado da demandada, agradecendo pelo interesse na marca, mas, informando que esta não tinha
mais planos para o Estado, para o qual a autora havia ganho a concorrência. Entende fazer jus a
indenização por danos materiais (diversas idas a São Paulo e gastos com pessoal e documentação) e
morais.
Em defesa, sustenta a demandada que nenhum vínculo obrigacional existiu entre as partes que pudesse
ensejar eventual pedido indenizatório. Aduz que mesmo que fosse verdadeira a intenção de ampliação de
rede de concessionárias, nenhum contrato chegou a ser celebrado, sendo certo que a aprovação de um
candidato a concessionário não implica, necessária e obrigatoriamente na contratação. Quando muito, gera
uma expectativa de direito, não um direito cujo cumprimento possa ser exigido de modo compulsório.
Decida fundamentadamente a questão.

Tema 04:

Contrato preliminar. Noções gerais. Evolução do contrato preliminar. Aplicabilidade. O contrato preliminar
no Código Civil de 2002. Classificação, requisitos e efeitos do contrato preliminar. Registro do contrato
preliminar. Contrato com pessoa a declarar. Conceito. Aplicabilidade. Regulamentação no Código Civil de
2002. Estipulação em favor de terceiro. Promessa de fato de terceiro.

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01ª QUESTÃO:
José, promitente vendedor, celebrou com Marcos, promitente comprador, contrato preliminar de compra e
venda de imóvel situado em Niterói, por instrumento particular não averbado no registro imobiliário, sem
qualquer cláusula de arrependimento. Pergunta-se:
a) Cumpridas todas as prestações por parte de Marcos, esclareça se é cabível, no caso em tela, pedido de
adjudicação compulsória do imóvel em face de José, considerando o que estabelecem os artigos 1417 e
1418 do Código Civil.
b) Supondo que na hipótese acima José, na pendência do contrato preliminar, alienou o referido imóvel
para Caio, esclareça se Marcos, cumprindo todas as prestações decorrentes do pré-contrato, poderá
legitimamente requerer a adjudicação compulsória do imóvel em face do adquirente do aludido bem (Caio).

02ª QUESTÃO:
Um investidor resolve construir um Shopping Center de consideráveis dimensões em uma grande capital
do país. Para atrair lojas de menores investimentos, consigna na proposta que o aludido empreendimento
comercial será composto de grandes lojas do varejo brasileiro, também chamadas de lojas-âncoras. Ocorre
que o referido investidor não conseguiu captar para o shopping as grandes lojas idealizadas e, diante
desse fato, não deu ensejo ao tenant mix, gerando diversos prejuízos aos lojistas de pequeno porte que se
submeteram a pesados encargos financeiros, inclusive locatícios, e não tiveram o retorno esperado.
Diante do exposto, pergunta-se: há contrato firmado entre o shopping e os lojistas de pequeno porte quanto
à inserção de lojas-âncoras no empreendimento? Em caso positivo, qual seria a espécie contratual? E
ainda, apurado o prejuízo, caberia indenização aos lojistas de pequeno porte pelo insucesso do
empreendimento ante a ausência das lojas-âncoras?
Responda, fundamentadamente, as perguntas.

Tema 05:

Elementos naturais do contrato. Vícios redibitórios. Conceito. Requisitos. Efeitos. Ações edilícias. Prazos.
Evicção. Conceito. Requisitos. Cláusula de reforço, diminuição e exclusão da garantia. Efeitos da evicção.
Evicção parcial.

01ª QUESTÃO:
Tendo ocorrido a apreensão policial da coisa, em razão de roubo ocorrido anteriormente à sua aquisição, o
adquirente sustentou ter sofrido evicção. O alienante alegou que não havia evicção e, ademais, que esta só
surge com a perda judicial do bem adquirido.
Pode a apreensão policial ser admitida como caso de evicção?

02ª QUESTÃO:
Carlos propõe demanda redibitória em face de Jonas em 19.02.2015. Aduz, em síntese, que adquiriu bens
móveis do demandante que apresentaram defeitos, tornando-se impróprios para uso. Narra que,
constatado o defeito, o adquirente comunicou o ocorrido ao alienante por carta registrada datada de
19.12.2014, contudo, o mesmo se manteve inerte. O demandante requer, portanto, a redibição ou o
abatimento no preço.
Em defesa, requer o demandado à decadência do direito, tendo em vista ter sido a demanda proposta dois
meses após a notificação enviada ao réu.
Em réplica, sustenta o demandante que não há que se falar em decadência do direito, pois, como o vício
somente foi conhecido posteriormente ao recebimento dos bens móveis, não se aplicaria ao caso o prazo
de decadência do caput do art. 445 (30 dias) do CC, mas sim o previsto no § 1º, isto é, o prazo decadencial
não seria de trinta dias, mas o de 180 dias contado a partir de sua ciência.
Decida fundamentadamente a questão.

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Tema 06:

Extinção dos contratos: Resolução, distrato, resilição unilateral, revogação. Cláusula resolutiva tácita e
expressa. Revisão dos contratos no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor.

01ª QUESTÃO:
Fastcar Veículos Ltda. propõe demanda em face de Coronel Motors do Brasil Ltda., na qual afirmar ser,
desde 1973 e por tempo indeterminado, concessionária exclusiva da demandada para a venda de veículos
automotores na cidade do Rio de Janeiro. Aduz que a ré a notificou acerca da rescisão do contrato em
2015, impedindo-a de dar continuidade às suas atividades. Sustenta que a rescisão do contrato é nula, pois
configura abuso do poder econômico e exercício arbitrário de posição dominante. Pleiteia, então, a
continuidade do contrato nos seus exatos termos.
Em defesa, sustenta a demandada ser descabida a manutenção forçada do contrato de concessão, o que
configura atentado ao princípio da autonomia da vontade e liberdade de contratar. Afirma, por fim, que,
ocorrendo o rompimento de uma relação contratual, as partes podem até ficar sujeitas a eventuais perdas e
danos, mas não podem ser obrigadas a continuar a contratação.
Decida fundamentadamente a questão.

02ª QUESTÃO:
João, por meio de contrato de compra e venda, adquire de Pedro um automóvel BMW, modelo 320, ano
2012, em perfeito estado. Ocorre que quando da entrega do veículo este se encontrava com um visível
arranhão na lataria, fruto de um descuido de Pedro ao manobrar o carro em uma garagem. Diante da
deterioração do veículo João com fulcro nos artigo 236 e 475 do Código Civil, decide resolver o contrato e
pleitear perdas e danos, até porque o contrato firmado era para a entrega de coisa certa e não coisa
deteriorada.
Em contrapartida, Pedro insiste na entrega do veículo uma vez que o arranhão é de simples reparação e os
custos seriam de sua responsabilidade.
Diante do exposto pergunta-se: A quem assiste razão? Responda fundamentadamente a questão.

03ª QUESTÃO:
Condomínio do Edifício Sol celebrou com a empresa Lua Ltda. contrato escrito de prestação de serviços
por prazo determinado de três anos, para manutenção dos elevadores.
Passado o segundo ano, a empresa prestou serviço falho, o que causou danos ao Condomínio.
Este, então, ingressou com ação de rescisão contratual, para pleitear, cumulativamente, a devolução da
remuneração até então paga pela empresa, bem como perdas e danos a serem apurados em liquidação de
sentença.
a) Analise o cabimento do pleito na sua totalidade.
b) Se, ao invés da propositura da ação, as partes tivessem ajustado verbalmente o término do contrato,
sem ônus para ambas, este estaria regularmente extinto? Justifique.

Tema 07:

Contratos eletrônicos. Formação do contrato. Contratos entre presentes e ausentes. Documento eletrônico.
Certificação digital. Responsabilidade do provedor. Relações de consumo na internet sob o aspecto
contratual. Marco Regulatório da Internet.

01ª QUESTÃO:
No dia seguinte à aquisição on line ( através de atendimento direto em tempo real ) de um programa anti-
vírus em um site da Internet, mediante o pagamento de um preço, tendo sido o bem objeto de download no
mesmo ato, o consumidor, ao verificar que o produto não correspondeu às suas expectativas, se
arrependeu do negócio, e resolveu desfazê-lo. Pergunta-se : a) A pretensão do consumidor encontra
amparo no ordenamento jurídico brasileiro? b) Em que momento o contrato se considerou formado?

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02ª QUESTÃO:
O provedor de conteúdo da página de um jornal veicula notícia expondo a intimidade de uma famosa atriz,
de forma difamatória. Diante disso, a atriz ingressa com ação de reparação de danos, com fundamento no
art. 5º, V e X da Constituição da República. Argúi o provedor, em sua contestação, tratar-se de mero
intermediário, equiparado às companhias telefônicas em virtude do conteúdo das chamadas, diante do que
não cabe a sua responsabilização. Enfrente o argumento acima, enfatizando se o provedor de conteúdo
pode ou não ser responsabilizado por tal fato.

03ª QUESTÃO:
O site da empresa de arquitetura SCHEMA , contendo fotografias de seus projetos já apresentados , é
invadido por crackers, que ali inserem fotos pornográficas, causando abalo na imagem daquela pessoa
jurídica perante sua clientela e terceiros. Diante disso, a mesma empresa ingressa com ação de reparação
de danos em face do provedor de hospedagem daquele site, que invoca o caso fortuito ou força maior, a
afastar o nexo causal entre sua atividade e o dano.
Qualifique a situação acima, julgando a ação movida pela empresa SCHEMA.

Tema 08:

Compra e venda I conceito. Classificação. Elementos. Restrições legais à celebração do contrato de


compra e venda. Invalidade da compra e venda. Efeitos da compra e venda. Tradição. Compra e venda de
imóveis. Venda ad corpus e ad mensuram. Venda em condomínio pro indiviso.

01ª QUESTÃO:
Paulo vende sua propriedade imóvel na Avenida Vieira Souto para Ricardo por R$ 32.000.000,00 (trinta e
dois milhões de reais) e resolve viajar pelo mundo com o dinheiro. Quando o dinheiro acaba, Paulo retorna
para o Brasil, e, com saudades do apartamento que possuía, comparece ao RGI e retira uma certidão de
ônus reais do imóvel. Para a sua surpresa, verifica que a propriedade continua em seu nome. Ato contínuo,
Paulo vende novamente o imóvel, só que dessa vez para Antônio, que comparece ao RGI e efetua o
Registro. Com o título de propriedade, Antônio propõe demanda reivindicatória em face de Ricardo, que
alega ser o legítimo proprietário do bem em questão, uma vez que firmou contrato de compra e venda com
Paulo antes do demandante.
Decida fundamentadamente a questão.

02ª QUESTÃO:
Antônio adquiriu de Benedito o automóvel X, que deveria lhe ser entregue no prazo de 15 dias,
devidamente regularizado no DETRAN. Pago o preço integralmente e vencido o prazo, o veículo não foi
entregue, o que levou Antõnio a mover ação para compelir Benedito a fazer a entrega do veículo ou,
subsidiariamente, a conversão em perdas e danos.
Em resposta, alega Benedito que o veículo não lhe pertence, mas sim a Otávio, fato esse que sempre foi
do conhecimento de Antônio; alega ainda ser nula a venda a non domino, pelo que não pode ser compelido
a transferir o veículo a Antônio.
Como você decidiria a questão. Resposta fundamentada.

Tema 09:

Compra e venda II. Cláusulas especiais da compra e venda. Retrovenda. Venda a contento e venda sujeita
a prova. Preempção ou preferência. Venda com reserva de domínio. Venda sobre documentos. Troca ou
permuta.

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01ª QUESTÃO:
João adquiriu de Cássio uma propriedade imóvel. As partes consignaram no contrato de compra e venda a
cláusula de preempção a ser exercida na forma da lei. Ocorre que, após um ano da aquisição do bem,
João vende o imóvel a Sandro sem conceder o direito de preferência a Cassio. Inconformado com o
descumprimento da cláusula contratual, Cássio pretende depositar o preço e adquirir a propriedade, assim
como acontece no pacto de retrovenda (art. 505 do CC), na venda da fração ideal de bem indivisível em
condomínio (art. 504 do CC), bem como nos contratos de locação (art. 33 da Lei nº 8245/91). Diante do
que dispõe a lei e conforme a interpretação sistemática, terá Cassio sucesso na sua investida? Responda
fundamentadamente a questão.

02ª QUESTÃO:
A notificação para o exercício do direito de preempção realizada por meio eletrônico pode ser considerada
válida e eficaz? Em caso positivo, informe os requisitos para tanto.

Tema 10:

Doação: Conceito, formação e classificação. Promessa de doação. Aceitação presumida. Cláusula de


reversão. Doação remuneratória. Doação modal. Doação ao nascituro. Doação ao incapaz. Doação com
cláusulas restritivas ao exercício da propriedade. Adiantamento da legítima. Doação propter nuptias e
doação ao convivente. Doação com cláusula de reversão. Doação universal. Doação com reserva de
usufruto. Doação inoficiosa. Doação do cônjuge adúltero. Doação conjuntiva e o direito de acrescer.
Revogação da doação por descumprimento do encargo e por ingratidão do donatário.

01ª QUESTÃO:
João vende determinado bem imóvel, integrante do seu patrimônio, para um de seus filhos, Eduardo. Pago
o preço, as partes compareceram ao Cartório de notas para a lavratura da escritura pública, na forma do
artigo 108 do Código Civil.
Ocorre que, mesmo diante do instrumento de quitação, bem como da prova de que o preço pago pela
venda era compatível com o valor do imóvel, o Tabelião se recusou a lavrar a escritura com fulcro no artigo
496 do Código Civil.
Diante do exposto, pergunta-se: Agiu corretamente o Tabelião? Há algum vício na transmissão efetuada?
Em caso positivo, de qual natureza? Caso lavrada a escritura e registrado o direito de propriedade no nome
de Eduardo, tal venda poderia ser desfeita?
Responda fundamentadamente a questão.

02ª QUESTÃO:
Ricardo propõe, em 2014, demanda revocatória em face de Paulo. Aduz, em síntese, que firmou com o
demandado, em 2011, contrato de doação de bem móvel (automóvel) com previsão de encargo, na qual o
donatário se comprometia a lecionar matemática para crianças carentes pelo período de cinco anos em um
centro comunitário da região. Aduz que o automóvel avaliado em R$ 70.000,00 foi entregue ao donatário e
que as aulas deveriam ter começado 30 dias após a assinatura do contrato, o que efetivamente não
ocorreu. Diante do exposto, requer a revogação do contrato de doação por descumprimento do encargo e
consequentemente a devolução do objeto doado.
Em defesa sustenta o demandado a decadência do direito do autor na forma do artigo 555 combinado com
o artigo 559, ambos do Código Civil. Aduz que se trata de um prazo fatal para o exercício do direito
potestativo à desconstituição do negócio jurídico e que não foi observado pelo autor.
Decida fundamentadamente a questão.

Tema 11:

Locação I. Locação de Coisas. Locação de imóvel. Conceito, elementos, classificação e delimitação da


incidência da Lei nº 8.245/91. Estatuto da Terra. Código de Defesa do Consumidor e Código Civil. Locação
imobiliária urbana: Multiplicidade de sujeitos. Denúncia do contrato pelo locatário, nu-proprietário,
fideicomissário e adquirente. Cláusula de vigência.

DIREITO CIVIL - CP02 - 03 - CPIII - 2º PERÍODO 2018 11


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CADERNO DE EXERCÍCIOS

01ª QUESTÃO:
Em um contrato de locação por prazo indeterminado, Carlos, locatário, no curso do contrato, deixa de
pagar os alugueres referentes ao período de agosto de 2013 a dezembro de 2014.
Ocorre que no mês subsequente, João, locador, aliena o imóvel locado a Lucas, que não propõe, dentro do
prazo legal, demanda de extinção do vínculo locatício.
Assim sendo, e diante da continuidade da locação, Lucas, por entender ter se sub-rogado nos direitos do
alienante/locador, propõe demanda de cobrança dos alugueres vencidos em face de Carlos, que alega a
ilegitimidade ativa ad causam do adquirente do imóvel.
Diante do exposto, decida fundamentadamente a questão.

02ª QUESTÃO:
José Carlos, com fulcro no artigo 59, VIII da Lei 8.245/91, propõe demanda de despejo em face de São
Jorge Rede Hospitalar. Aduz, em síntese, que é proprietário do imóvel ocupado pelo demandado e que
com este firmou contrato de locação de natureza comercial. Afirma que não pretende renovar o contrato de
locação com o réu, tendo inclusive comunicado tal fato ao mesmo na forma da lei, contudo o hospital se
recusa a sair da sala comercial.
Em defesa, afirma o demandado que utiliza a sala comercial para triagens e marcações de consulta de
pacientes que se utilizam do hospital, sendo assim, a sala comercial locada é um braço de apoio dos
demais serviços médicos e hospitalares prestados pelo demandado. Sustenta que deve ser aplicado ao
caso o disposto no artigo 53 da Lei de locações. Aduz, por fim, que mesmo na eventualidade de o
magistrado entender pelo despejo deve ser conferido ao réu o prazo de um ano para a desocupação na
forma do artigo 63, § 3º da aludida lei.
Decida fundamentadamente a questão.

Tema 12:

Locação II. Sucessão, cessão e sublocação. O aluguel e a sua fixação, reajuste e revisão. Ação de
despejo. Direitos e deveres do locador e locatário. Direito real de aquisição. Regramento das benfeitorias.
Direito de retenção. Aspectos da Lei nº 12.112/09. Nulidades. Fraude à lei. Regime jurídico da locação para
fins residenciais e não residenciais.

01ª QUESTÃO:
Traumatizados com o falecimento repentino de seus pais, João e Maria resolveram alugar o imóvel da
família e residir em outro, que alugaram. Como não conseguiram pagar o referido aluguel, ajuizou o locador
demanda de despejo por falta de pagamento cumulada com cobrança de alugueres apenas em face do
locatário João. Não tendo o réu exercido o direito de purgar a mora, o Juiz decretou o despejo. Maria, por
seu turno, ajuizou ação de embargos de terceiro, vez que não figurou do pólo passivo da ação de despejo.
Decida os embargos de terceiro.

02ª QUESTÃO:
Paulo propõe demanda de despejo em face de João com fundamento em denúncia imotivada do contrato
de locação firmado entre o réu e o antigo proprietário e alienante do imóvel locado. Afima que adquiriu o
imóvel do locador no curso do contrato de locação por prazo indeterminado e sem averbação da cláusula
de vigência junto à matrícula do imóvel. Portanto, por ser o atual proprietário do imóvel e possuidor indireto
assiste-lhe o direito de retomar a posse do bem por meio de denúncia vazia.
Em contestação, aduz o réu que, não obstante a ausência de registro ou averbação do contrato de locação
na matrícula do imóvel, os documentos que precederam a compra e venda comprovaram o inequívoco
conhecimento do autor sobre a existência do contrato, das cláusulas e do prazo de validade da locação.
Diante do questionamento autoral, propôs o réu demanda declaratória de reconhecimento do contrato de
locação, que foi reunida a demanda de despejo por conexão.
Pela provas produzidas nos autos, restou incontroverso o conhecimento de Paulo acerca do prazo
determinado e das demais cláusulas contratuais firmadas entre o réu e o antigo proprietário.
Decida fundamentadamente a questão.

DIREITO CIVIL - CP02 - 03 - CPIII - 2º PERÍODO 2018 12


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CADERNO DE EXERCÍCIOS

Tema 13:

Contrato de Fiança: Conceito, classificação e conteúdo. Espécies de fiança: fianças convencional,


bancária, legal e judicial. Abonação. Retrofiança. Co-fiança. Fianças condicional e limitada. Benefícios de
ordem, divisão e sub-rogação. Exoneração do fiador à luz do Código Civil e da lei do inquilinato. Aspectos
da Lei nº 12.112/09. Extinção da fiança.

01ª QUESTÃO:
Em um contrato de fiança acessório a um contrato de locação residencial por prazo determinado, há
clausula contratual prevendo que a responsabilidade do fiador perdurará até a entrega efetiva das chaves
do imóvel. Aproximando-se do final do contrato de aluguel as partes consignaram a sua prorrogação por
prazo indeterminado.
Ato contínuo, o fiador notifica o locador no intuito de extinguir a fiança, na forma do artigo 835 do CC c/c 39
da Lei de Locações.
Em resposta à notificação enviada, sustenta o locador que a fiança deve subsistir, uma vez que a
responsabilidade do fiador se dá até a entrega das chaves do imóvel, conforme previsto no contrato de
locação originário garantido pelo contrato de fiança da qual o requerente faz parte.
Diante do exposto, a quem assiste razão? Responda fundamentadamente a questão.

02ª QUESTÃO:
Pablo Pinho ingressa com embargos de terceiro em face de João Jonas, em que visa a desconstituir fiança
prestada por sua esposa Joana Pereira, em contrato de locação firmado entre o embargado locador e
Claudio Santos, locatário. Aduz que o bem imóvel, penhorado pelo juízo da execução para quitar os
aluguéis em atraso do mencionado contrato de locação foi adquirido pelo esforço comum do casal na
constância do matrimônio, que se submete ao regime da comunhão parcial de bens. Sustenta o
embargante, com fulcro no artigo 1.647 do CC, a nulidade integral da fiança, pois além de meeiro do
imóvel, não deu consentimento para que tal contrato de fiança fosse firmado por sua esposa.
Em defesa, afirma o embargado que a esposa do embargante, por meio de cédula de identidade antiga,
qualificou-se como solteira, fazendo constar do instrumento de fiança tal condição. Aduz que, diante da
situação criada, confiou nos documentos e informações prestadas pela Sra. Joana Pereira. Dessa forma,
entende que, diante dos princípios da boa-fé objetiva, a alegada irregularidade que partiu da própria fiadora
não deve nulificar o contrato de fiança que protegia o extinto contrato de locação.
Decida, fundamentadamente, a questão.

Tema 14:

Contrato de Empréstimo. Comodato: conceito, classificação e efeitos. Mútuo: conceito, classificação,


espécies e efeitos. Mútuo feito a menor. Contrato de Depósito. Depósito voluntário: conceito, classificação,
objeto, direitos e deveres do depositante e do depositário. Direito de retenção. Depósito necessário:
depósito legal e miserável. Depósito irregular. Aspectos processuais. Súmula Vinculante nº 25 do STF.
Constituição de renda.

01ª QUESTÃO:
Celebrado contrato de comodato de imóvel por prazo indeterminado com a finalidade precípua de
proporcionar ao comodatário a realização do Curso de Formação de Magistrado da EMERJ, poderá o
comodante, a qualquer tempo, notificar o comodatário para que o desocupe ?

02ª QUESTÃO:
José, portando contrato escrito de comodato, ajuíza ação de imissão de posse em face de Manoel em
razão deste não ter realizado a tradição do imóvel voluntariamente. É cabível a referida pretensão ?

DIREITO CIVIL - CP02 - 03 - CPIII - 2º PERÍODO 2018 13


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CADERNO DE EXERCÍCIOS

03ª QUESTÃO:
Carlos firma contrato de mútuo feneratício com a Instituição Financeira Bola de Neve, no qual prevê o
empréstimo de R$ 10.000,00, para serem pagos em 60 meses, com juros compensatórios de 10% ao mês
e capitalização mensal dos aludidos juros durante todo o período contratual.
Diante dos princípios que cercam o ordenamento jurídico nacional, bem como diante do que dispõem os
artigos 591 e 406, ambos do Código Civil, e mais ainda, as normas de proteção previstas no Código de
Defesa do Consumidor, poderia Carlos se opor ao montante e a forma dos juros cobrados pelo empréstimo
do dinheiro?
Responda, fundamentadamente, a questão.

Tema 15:

Contrato de Mandato: conceito, classificação, forma, espécies. A procuração e o substabelecimento.


Mandato com e sem representação. A cláusula-mandato nos contratos de consumo. Direitos e deveres do
mandante e mandatário. Extinção do mandato. Mandato em causa própria. Renúncia e revogação do
mandato. Mandato judicial.

01ª QUESTÃO:
Carlos pactua com João, contrato de mandato "em causa própria" quanto aos bens imóveis que possui.
Contudo no curso do contrato, Carlos aliena um de seus imóveis a José, terceiro de boa-fé. Indignado com
a alienação efetuada pelo mandante, João ingressa com demanda de invalidade do negócio jurídico com a
consequente desconstituição do registro do imóvel no nome de José. Aduz que, em razão da cláusula
entabulada no negócio jurídico, houve a transferência dos direitos de alienação para o mandatário, sendo,
portanto, nula a venda efetuada ao terceiro, mesmo estando este de boa-fé.
Assiste razão a João? Responda fundamentadamente a questão.

02ª QUESTÃO:
José e João, no interesse deste, celebraram um contrato de mandato, visando a uma futura compra e
venda de imóvel, em que o primeiro conferiu poderes ao segundo para proceder à transferência do bem
para seu nome.
Falecendo José, seus herdeiros consideraram o negócio extinto e pleitearam a devolução do imóvel,
afirmando a nulidade do pacto em razão de ser o imóvel financiado e o contrato com o banco mutuante
proibir a transferência.
Examine a validade do contrato.

03ª QUESTÃO:
Gustavo estipula com Sérgio contrato de mandato oneroso para que este venda alguns cavalos de sua
propriedade. Para tanto Gustavo lhe cede a posse da fazenda na qual se encontram os cavalos. Vendido
os cavalos, o produto da venda é depositado na conta-corrente do mandante. Este por sua vez reembolsa
o mandatário de todas as despesas geradas pelo desempenho do encargo que o mandato despendeu.
Ocorre que, além das despesas regulares em razão do encargo, o mandante se comprometeu a pagar a
Sérgio o montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais) pelos serviços prestados, o que não aconteceu.
Diante do exposto poderá Sérgio, em razão do inadimplemento quanto à obrigação de pagar, exercer
direito de retenção sobre a fazenda de titularidade de Gustavo da qual tem a posse? Responda
fundamentadamente a questão.

Tema 16:

Prestação de Serviços: conceito, classificação, pressupostos existenciais e institutos afins. Empreitada:


conceito, classificação, espécies, riscos, responsabilidade civil, prazo de garantia, subempreitada e revisão
do preço da obra. Contrato de Incorporação.

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CADERNO DE EXERCÍCIOS

01ª QUESTÃO:
Severino realizava, sem vínculo empregatício e com remuneração quinzenal, limpeza dos estábulos do
fazendeiro João no interior da Fazenda Cantagalo. Passados dois anos de cumprimento do referido
contrato, João aliena o imóvel para José, mas Severino pretende continuar a realização de seu serviço. É
cabível a pretensão de Severino?

02ª QUESTÃO:
Carlos Silva firma contrato de empreitada com o empreiteiro e arquiteto Tomas dos Santos para que este,
no prazo de um ano, construísse a sua nova casa de praia. No contrato, além do prazo e do preço, as
partes consignaram que os materiais, bem como a mão de obra seriam fornecidos pelo empreiteiro, mas
que este não se responsabilizaria pelos vícios redibitórios do objeto.
No ato de entrega da casa, o proprietário constatou que algumas instalações elétricas não haviam sido
realizadas, bem como havia desnível no piso, o que impossibilitava o correto escoamento da água da
chuva. Contudo como queria utilizar a casa, aceitou a mesma nas condições em que se encontrava sem
qualquer ressalva.
Após três anos da entrega da obra, as paredes de um dos quartos da residência está tomada por excesso
de umidade proveniente do solo, o que gera a má qualidade do ar do ambiente e impossibilita a sua regular
utilização.
Diante do ocorrido, Carlos intima Tomas a efetuar o reparo, tanto dos vícios que existiam quando do
recebimento da obra, como o da umidade de um dos quartos. Intimado, Tomas se recusa a proceder os
reparos sob o fundamento de que os primeiros vícios são aparentes, e quanto a umidade, afirma que, além
de não ser defeito que comprometa a solidez e segurança da obra, encontra-se isento de responder por
vício redibitório.
A quem assiste razão? Responda, fundamentadamente, a questão à luz do Código Civil.

Tema 17:

Contrato de Seguro: conceito e classificação. Início da cobertura. Apólice. Co-seguro. Aspectos jurídicos do
risco e da cobertura. Pluralidade de seguros. Boa-fé e probidade como deveres do segurador e segurado.
Responsabilidade do segurador. Seguro de dano e de pessoa.

01ª QUESTÃO:
FRANCISCO, estipulante de contrato de seguro de vida, se suicida , no primeiro ano de vigência do
contrato, logo após perder o emprego e entrar em processo depressivo e de autodestruição, além de sofrer
de crises de alcoolismo. Acionada por JOÃO e MARIA, filhos de FRANCISCO e seus beneficiários no
contrato, com vistas ao pagamento da indenização, a seguradora invocou em contestação tratar-se de
risco provocado pelo próprio segurado, em virtude de ato doloso. Julgue o caso acima, à luz dos
dispositivos legais pertinentes e da orientação jurisprudencial sobre o tema.

02ª QUESTÃO:
Felipe propõe demanda indenizatória em face de Verde Seguros S/A. Aduz, em síntese, que foi vítima de
acidente automobilístico causado por veículo segurado pela demandanda. Afirma que o condutor do
veículo segurado reconheceu extrajudicialmente a culpa pelo acidente e que, diante dessa confissão, a
seguradora ré indenizou o autor quanto ao conserto de seu veículo abalroado. Ocorre que a aludida
indenização não abarcou todos os prejuízos experimentados pelo autor, uma vez que não foi feito o
reembolso das despesas hospitalares e dos dias em que o recorrente ficou sem trabalhar em razão dos
danos físicos causados pelo acidente, o que caracterizaria ressarcimento parcial. Aduz, por fim, que deixou
consignado no acordo extrajudicial o ressarcimento parcial.
Em defesa, a seguradora não nega a indenização parcial, contudo, sustenta a ilegitimidade ativa do autor
tendo em vista que, no seguro de responsabilidade civil facultativo, descabe ação do terceiro prejudicado
ajuizada direta e exclusivamente contra a seguradora do apontado causador do dano, na forma da Súmula
529/STJ.
Decida fundamentadamente a questão.

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CADERNO DE EXERCÍCIOS

03ª QUESTÃO:
CAIO empresta veículo de sua propriedade a um amigo, que o levou a uma oficina para fazer um pequeno
conserto. O lanterneiro, por sua vez, usou o automóvel sem qualquer autorização, dando causa a um grave
acidente do qual resultou a sua perda total, ao dirigir embriagado. No entanto, ao requerer o pagamento da
indenização do respectivo seguro de dano, CAIO deparou-se com a recusa da seguradora, que lhe imputou
o agravamento do risco. Julgue a situação acima, sob o ponto de vista da legitimidade ou não da conduta
da seguradora, à luz dos dispositivos legais vigentes.

Tema 18:

Contratos Bancários. Conceito. Modalidades. Efeitos. Incidência do Código de Defesa do Consumidor.


Limites de juros e prática de anatocismo. Análise doutrinária e jurisprudencial.

01ª QUESTÃO:
Sérgio propõe ação ordinária em face de Card Fácil Administradora de Cartões de Crédito objetivando a
revisão e anulação de cláusulas contratuais e repetição do indébito. Sustenta o autor que é titular de vários
cartões de crédito emitidos pela ré e que esta vem majorando os valores devidos, através da cobrança de
juros cumulados, comissão de permanência e encargos acima do limite legal. Requer que seja decretada a
nulidade das cláusulas abusivas, a limitação do percentual de juros a 12% ao ano, a inversão do ônus da
prova, bem como seja reconhecido o direito à repetição do indébito.
Em contestação, a ré sustenta que as administradoras de cartão de crédito não integram o sistema
financeiro e, por conseguinte, não estão autorizadas a financiar diretamente os débitos de seus filiados.
Mas se o usuário opta pelo financiamento, em seu nome busca a administradora recursos no mercado
financeiro, submetendo-se às respectivas taxas de juros e repassando-as àquele. Aduz que a cláusula-
mandato sujeita-se a cada manifestação autônoma do filiado, no sentido de financiar o seu débito, não se
traduzindo em condição potestativa pura, sendo, dessa forma, plenamente eficaz. Entende, ademais, a ré
que não há o que se falar em abusividade se, por força de exigência contratual, está a administradora
obrigada a informar, em cada fatura mensal, os encargos máximos a que estarão sujeitos os
financiamentos no período imediatamente seguinte. Por fim, afirma que o usuário agiu de má-fé, quando
utilizou o cartão de forma descontrolada, a ponto de comprometer o seu orçamento, refugiando-se à
sombra do inadimplemento, para não honrar a obrigação livremente assumida.
Em réplica, alega o autor ser aplicável à espécie o artigo 51, inc. VIII do Código de Defesa do Consumidor,
ao fundamento de tratar a hipótese de relação de consumo, cabendo à administradora a prova do débito do
titular do cartão. Ademais, entende que as administradoras de cartão de crédito não podem instituir juros
superiores a 12% ao ano. E, ainda que assim não fosse o entendimento prevalecente, permanecem em
vigor os dispositivos do Decreto nº 22.626/33, a chamada Lei da Usura, porquanto não foi ele revogado
pela Lei nº 4.595/64, que autorizava o Conselho Monetário Nacional a estabelecer regras abusivas à
limitação das taxas de juros. Por fim, diz que o valor apresentado pela ré é indevido, uma vez que está
acrescido de juros abusivos e capitalizados, mais comissão de permanência, estando consubstanciada a
prática do anatocismo, repudiada pela Súmula 121 do Supremo Tribunal Federal.
Autos conclusos, decida fundamentadamente.

Tema 19:

Atos Unilaterais: Da promessa de recompensa. Da gestão de negócios. Do pagamento Indevido. Do


enriquecimento sem causa. Contrato Estimatório. Transação e Compromisso. Jogo e Aposta.

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CADERNO DE EXERCÍCIOS

01ª QUESTÃO:
Jair, participou de um concurso denominado "Maratona Jurídica", no qual os candidatos deveriam
apresentar um artigo científico, para ser publicado em revista da área.
O vencedor receberia como prêmio uma viagem com direito a acompanhante para Porto Seguro - Bahia.
Na publicidade do evento, foi divulgado o nome de um renomado jurista para a análise dos trabalhos e
proceder à escolha do vencedor.
Advindo o resultado, Jair, indignado por ter perdido a competição, resolve propor ação visando a anulação
do concurso ao fundamento de que o jurado não possuía conhecimentos técnicos suficientes para indicar o
melhor trabalho jurídico.
Além disso, insurge-se contra os critérios adotados para a competição.
Pergunta-se: O pedido de Jair deve ser julgado procedente?

02ª QUESTÃO:
Celebrado contrato bancário, John efetuou pagamento dois anos após a data convencionada. Pagou o que
o Banco cobrou, ou seja, além da prestação pecuniária devida, correção monetária, comissão de
permanência e juros. Meses após, ajuizou ação de repetição de indébito, por entender que os juros
cobrados foram abusivos. Em defesa, o Banco alegou que não estaria provado o erro exigido no artigo 877
do Código Civil/02. Diga sobre a alegação do réu.

03ª QUESTÃO:
Markito tatto, conhecido artesão da feira de artesanato de Ipanema, deixou em consignação 50 pulseiras
de couro devidamente identificadas e valoradas em uma loja de alto luxo no referido bairro. Com o incêndio
involuntário da loja todas as pulseiras consignadas foram destruídas. Passados três meses do incêndio, o
artesão ajuíza ação de indenização em face da pessoa jurídica consignatária que se defende alegando a
incidência do artigo 393 do Código Civil. Você, juiz, como decidiria.

BIBLIOGRAFIA - DIREITO CIVIL - CONTRATOS.


BARBOZA, Heloisa Helena; Moraes, Maria Celina Bodin de; Tepedino, Gustavo. Código Civil Interpretado
Conforme A Constituição da República - Vol. II - 2ª Ed. Rio de Janeiro: Renovar. 2014

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