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discursivo “resumo”
PALAVRAS-CHAVE
Resumo; referenciação; gênero discursivo
É considerada uma pesquisa leve (solf), pois recusa números e interpreta o contexto
social, além de revelar outro ponto de vista sobre a pesquisa, pois direciona a importância
da análise a questões relacionadas à qualidade da coleta de dados, privilegiando citações
e descrições numa formalização teórico-gráfica.
O corpus selecionado consta de sete resumos, extraídos de um catálogo da Editora
Parábola, sendo que esses textos servem de propaganda para a venda dos respectivos livros.
CLASSIFICAÇÃO DO RESUMO
Quanto à classificação, o resumo pode ser:
Indicativo: que inclui “dados qualitativos e quantitativos e não dispensa a leitura
do texto”.
Resumo informativo: condensação do conteúdo, expondo finalidades, metodologias,
resultados e conclusões, dispensando a leitura do texto
Segundo as normas francesas o resumo informativo deve ser um texto autônomo,
com todas as partes originais do texto. Por exemplo, o texto científico deve conter objetivos,
justificativas, métodos, resultados, e conclusões. Já, segundo Sprenger-Charrolles (1980 p.
85, apud GURPILHARES, 1992 ) o resumo do texto argumentativo deverá reproduzir as
principais categorias superestruturais (premissa, tese, argumento) do texto-base.
O gênero resumo aparece em diferentes situações de comunicação, ele é apresentado
com informações selecionadas e resumidas, de outro texto, em diferentes formas de
gêneros textuais.
Segundo Machado, Louzada e Tardelli (2004), um dos processos essenciais para a
O PROCESSO DE REFERENCIACÃO
Segundo Santos (2009) o processo de referenciação se desenvolve com a Lingüística
Textual, muito timidamente no inicio, numa abordagem sintático- semântica, apontando
apenas o referente explicito no texto. Exemplo: “João chegou do trabalho. Ele está cansado.”
O pronome “ele” retoma o referente “João”.
Com o crescimento dos estudos da pragmática e das ciências cognitivas, passou-se
a considerar o referente fora do texto. Exemplo. Fui caçar, mas ele não saiu da toca.
O referente, “tatu”, não está no texto, é recuperado numa interação sócio cognitiva,
que se dá a partir do verbo “caçar”.
O estudo da referenciação tem sido abordado por muitos estudiosos. Entre esses
O HIPERTEXTO
De acordo com Koch (2006 : 63) “hipertexto constitui um suporte lingüístico-semiótico
hoje intensamente utilizado para estabelecer interações virtuais desterritorializadas.”
É possível, a partir do conceito acima, afirmar que na construção do sentido, há um
constante movimento em variadas direções, bem como recurso ininterrupto a diversas
fontes de informação, textuais ou extratextuais.Verifica-se que a compreensão não se dá
de maneira linear e seqüencial, como se pensava antigamente, o que vem a constituir um
argumento a mais para afirmar que todo texto é um hipertexto.
ANÁLISE DO CORPUS
CRITÉRIOS DE ESCOLHA
O corpus selecionado para esse trabalho consta de 7 resumos, extraídos de um
catálogo da Editora Parábola, na qual os resumos servem de propaganda para a venda
dos respectivos livros.
Consideramos que esses resumos, apesar de independentes de seu texto-fonte,
mantêm uma relação de dependência com fatores contextualizadores como a gravura ao
lado do livro-fonte. Nesse sentido é possível afirmar que trata-se de um gênero hibrido, ou
seja, temos uma linguagem visual e uma verbal. Para efeito de nosso estudo essa gravura
é um “referente”.
Acresce ainda que nesse caso trata-se de um “hipertexto” conforme visto na
fundamentação teórica.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia aplicada no trabalho insere-se no âmbito de pesquisa qualitativa,
pois trabalha com textos e utiliza a interpretação para analisar dados, sendo um caminho
para alcançar resultados significativos. É considerada uma pesquisa leve (solf), pois
PROPOSTAS DE ANÁLISE
Para analisar o corpus selecionado, seguimos as etapas:
Catalogar os resumos selecionados para a análise em R1, R2, R3, R4, R5, R6, R7
Levantamento, nos textos (resumos) as anáforas existentes, com o respectivo referente
e a respectiva classificação.
R1_ Todo professor já ouviu falar em método de ensino. Mas será que ele sabe o que
é um método?Inevitavelmente, uma questão extrema é levantada: o que significa saber o
português?Será que todos os brasileiros, alfabetizados ou não, sabem o português? A resposta
a essa questão é essencial para compreendermos o papel do professor no ensino fundamental
e no ensino médio. É disso que esse livro trata.
Anáfora 1: ele
Referente: o professor
Classificação: anáfora direta
Anáfora 2: um método
Referente: método
Classificação: anáfora direta
Anáfora 3: o português
Referente: o português
Classificação: Anáfora direta
Anáfora 5: o professor
Referente: o professor
Classificação: Anáfora direta
Anáfora 1- Essa
Referente: a pergunta “como estudar a língua”
Classificação: anáfora encapsuladora
Anáfora 2 : o autor
Referente: Luis Antonio Marcushi
Classificação: Anáfora direta
Anáfora 3: o livro
Referente: o próprio livro, na linguagem visual
(gravura ao lado)
Classificação: direta
Anáfora4: ele
Referente: o livro
Classificação: anáfora direta
Anáfora 5: a obra
Referente: o livro
Classificação: anáfora direta
Livro: A LÓGICA
R4- A proposta deste livro é proporcionar ao leitor uma idéia do tipo de perguntas que
fazem ou se fizeram os lógicos, dos problemas em torno dos quais eles se opõem e das razões
pela quais não é fácil chegar a um acordo sobre o que a lógica é.
Anáfora 2: eles
Referente: os lógicos
Classificação: anáfora direta
Anáfora1: os capítulos
Referente: o livro
Classificação: anáfora associativa – estabelece
uma relação de ingrediência: todo/parte – livro/
capítulos
Anáfora 2: las
Referente: teses consagradas
Classificação: Anáfora direta
Anáfora 3: o autor
Referente: Sírio Possenti
Classificação: anáfora direta
Anáfora 1: aqui
Referente: próprio livro, na linguagem visual
(gravura ao lado)
Classificação: anáfora direta
RESULTADOS
A análise da referenciação nos resumos selecionados mostrou a predominância das
anáforas diretas em detrimento das indiretas, encapsuladoras e associativas, conforme
mostra o quadro abaixo:
médoto Um médoto X
O português O português X
Será que todo
brasileiro não, sabe Essa questão X
o português
O professor O professor X
A resposta á
(d) isso X
questão
O próprio livro,
linguagem visual Esse livro X
(gravura ao lado)
Uma preciosa
fonte de estudo
O próprio livro, e consulta para
linguagem visual o professor, X
(gravura ao lado) o estudioso
da língua, os
comunicadores
O próprio livro,
linguagem visual
Essa obra X
(gravura ao lado)
Leitores Nós X
A pergunta “como
Essa X
estudar língua”
Luis Antonio
O autor X
Marcushi
O próprio livro,
linguagem visual O livro X
(gravura ao lado)
O livro Ele X
O livro Os capítulos X
O professor em
O ensino formação X
O próprio livro,
linguagem visual Esse volume X
(gravura ao lado)
Teses consagradas Lãs X
REFERÊNCIAS
MACHADO, Anna Ranchel; LOUSADA, Eliane; TARDELLI, Lília Santos Abreu. Resenha e Resumo.
São Paulo: Parábola, 2004.
KOCH, Ingedore g. Villaça. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2006.
GURPILHARES, Marlene S. S. O resumo do texto cientifico: estratégias para sua elaboração. Tese
de doutorado. PUC de São Paulo, 1992.