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UNIVERSIDADE DE COIMBRA

FACULDADE DE PSICOLOGIA E CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO


2010/2011
2º Ciclo de Estudo do Mestrado Integrado em Psicologia

Intervenção Psicoterapêutica com Idosos

TERAPIA DA VALIDAÇÃO

Cláudia Pinto, nº20071938


Joana Pinho, nº 20071942
Magda Jordão, nº 20072021
Maria Reis, nº 20072016
Terapia da Validação

TERAPIA DA VALIDAÇÃO

1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Autor
Fundamentos Teóricos
Princípios e Objectivos

2. PRESSUPOSTOS

3. PROCEDIMENTOS

Estádios de Desorientação
Validação para os Estádios de Desorientação: Especificidade das
Técnicas
Validação em Diferentes Versões

4. EFICÁCIA

5. O NDE ENCONTRAR A TERAPIA DA VALIDAÇÃO

6. CONCLUSÃ O

7. BIBLIOGRAFIA

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Terapia da Validação

1. CONTEXTUALIZAÇÃO

Os estudos apontam que cerca de 10% dos indivíduos com mais de 65 anos,
provavelmente terão a doença de Alzheimer, (Benjamin, 1999). Em Portugal estima-se
que existam cerca de 153.000 pessoas com demência, 90.000 com doença de Alzheimer,
(Alzheimer Portugal, 2010). O dramático aumento da incidência, de demências como
Alzheimer, a que se tem assistido na nossa época, reforça as exigências de intervenções
funcionais, que auxiliem, tanto os cuidadores destes pacientes, como os próprios, a
atingirem vidas mais satisfatórias e a restaurarem a dignidade e auto-estima muitas
vezes perdida. Salienta-se igualmente que à medida que a severidade da demência
aumenta, são cada vez menos as estratégias e métodos de comunicação adequados, o
que complexifica a tarefa dos cuidadores, que constatam crescentes dificuldades em
conseguir alcançar “o mundo subjectivo” em que os adultos muito idosos com demência
vivem, (Benjamin, 1999).

É neste contexto que emerge a Terapia da Validação, direccionada


especificamente para adultos muito idosos, a partir dos 70 anos de idade, que se
encontram em estados avançados de demência, com maior predominância para a doença
de Alzheimer, e consequentemente desorientados, os quais até este diagnóstico tiveram
vidas relativamente normais e saudáveis (Woods, 1996).

Esta terapia focasse na importância das emoções e sentimentos expressos, no


modo como é fundamental respeitar e validar a realidade vivenciada pelos sujeitos,
mesmo que esta não corresponda à nossa dimensão temporal actual, (Day, 1997).

O aspecto central da terapia da Validação reside no pressuposto de que nos


adultos muito idosos desorientados (em consequência de estados demenciais), as
funções cognitivas foram progressivamente dando lugar a memórias emocionais, de
fases anteriores do seu ciclo de vida. É portanto comum encontrar adultos idosos que
apresentem comportamentos infantis, ou que se refiram a pessoas e acontecimentos do
passado como sendo actuais.

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Terapia da Validação

Autor

A Terapia da Validação foi criada e desenvolvida por Naomi Feil, no inicio da


década de sessenta do século XX. Fiel com formação académica em assistência social,
desde o inicio da sua actividade profissional trabalhou sempre no contexto de
intervenção com adultos muito idosos, muitos dos quais em consideráveis estados de
desorientação e confusão, em virtude do desenvolvimento de demências, (Feil, 2010).
Inicialmente adoptando a metodologia da Orientação para a Realidade, Fiel
sentirá uma crescente insatisfação com os resultados assim alcançados, constatando que
esta terapia suscitava nos adultos muito idosos desorientados, sentimentos de revolta e
angústia. Feil afirma que, a orientação para a realidade gera grande sofrimento nestes
sujeitos e poucos ganhos terapêuticos e que, lhes será mais importante e benéfico
validar sentimentos e emoções destes, (Feil, 2010). É deste modo que Feil constrói uma
intervenção mais adequada às particularidades dos adultos muito idosos desorientados,
através da qual reporta melhorias importantes no comportamento destes,
nomeadamente, aumento das capacidades verbais e sociais, aumento da continência,
diminuição de auto-estimulação e ironicamente, uma maior consciência da realidade
externa, (Revista Portuguesa de Pedagogia, 1988).

Fundame ntos Teóricos


A terapia da validação tem as suas bases conceptuais nas teorias humanistas,
vindo a estas beber a importância da promoção da dignidade, respeito pela
individualidade, aceitação da realidade experienciada sem julgar ou criticar e
essencialmente validar emoções e sentimentos (Feil, 2010). É especialmente na
psicologia humanista de Carl Rogers, que Feil se inspira, na perspectiva de que cada
pessoa é única, detentor de uma individualidade própria, a qual deve sempre ser
respeitada (Benjamin, 1999). Assim a intervenção deve ser centrada no cliente,
procurando estabelecer a comunicação através de uma postura empática, de aceitação e
ausente de julgamentos acerca da autenticidade e veracidade (Feil, 1992).
Também a concepção de Maslow, da Hierarquia Universal das Necessidades
Humanas, servirá de inspiração a Feil, que afirma que todo o comportamento do ser
humano é motivado por necessidades que este sente e procura saciar, as quais vão desde
necessidades básicas, a necessidades superiores, como as de auto-realização (Feil,
1992). Deste modo a necessidade de protecção, segurança, aceitação, auto-estima,

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Terapia da Validação

reconhecimento, dignidade e de se sentir estimado e amado, são as que motivam os


comportamentos dos adultos muito idosos desorientados, os quais muitas vezes podem
parecer descontextualizados, visto reportarem-se a necessidades do passado que se
vêem manifestar em fases da vida mais tardias (Feil, 2010). É funda mental que o
cuidador / terapeuta da validação atenda a estas necessidades e auxilie o adulto idoso a
satisfazê- las.
Feil considera que as recordações e fantasias, ou seja os sentimentos que o
adulto idoso vivencia direccionam- no para a procura do sentido da vida, procurando
resolver o problema da existência. Nesta linha de pensamento, Feil propõe um nono
estádio de desenvolvimento psicossocial, à teoria de Erikson, designada, “resolução
versus vegetação”, (Revista Portuguesa de Pedagogia, 1988). De acordo com a autora
neste estádio a tarefa essencial do indivíduo é reconciliar-se com a vida, particularmente
com o passado, de modo a preparar uma morte pacífica (Benjamin, 1995).
É de salientar igualmente que, a teoria psicanalítica freudiana se encontra
subjacente a algumas das ideias presentes na terapia da validação. Nomeadamente, na
relevância dada à utilização de símbolos, como meio de expressar sentimentos e
necessidades, bem como na validação dos sentimentos do adulto muito idosos,
incentivando-o à sua expressão (Feil, 2010).

Princípios e Objectivos

O objectivo primordial desta terapia é auxiliar pessoas muito idosas, que se


encontram em estados de desorientação, a sentirem-se o mais felizes possível, tal como
são, com a vida que têm e em situações em que outras técnicas falham ou não são as
mais adequadas (Feil, 1993). Quando a deterioração inevitável causada pela demência,
não permite alcançar benefícios através de técnicas como a orientação para a realidade,
modificação do comportamento ou, outras abordagens, a terapia da validação será então
uma ferramenta útil, dado que se baseia na validação do mundo do outro, das suas
vivencias, sentimentos e emoções, através da comunicação (Benjamin, 1995).
As técnicas de validação partem assim do princípio de que todo o
comportamento tem significado, mesmo nos casos em que a capacidade cognitiva está
mais enfraquecida, pois os sentimentos e conteúdos-base mantêm-se, o que exige que o
terapeuta continue a tentar comunicar com o paciente, mesmo quando o conteúdo da
conversação está incorrecto (Revista Portuguesa de Pedagogia, 1988). Na prática, isto

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Terapia da Validação

significa que o terapeuta valida o que é dito, reconhecendo as emoções (Bleathman &
Morton, 1992). Com esta abordagem, não se espera que o idoso desorientado se
comporte da mesma forma que um adulto jovem, ou que seja julgado, na esperança de
modificar comportamentos e sentimentos. A finalidade é que seja aceite a pessoa tal
como ela se encontra no momento, para atingir os seus objectivos, e não os objectivos
do técnico/terapeuta. Este propósito de validar os sentimentos do outro permite às
pessoas idosas desorientadas: alcançar os seus objectivos; aliviando tensões; resolvendo
conflitos e tensões em aberto; a restaurar o seu valor próprio; e prevenindo
desorientações posteriores através da validação com base na comunicação (verbal ou
não-verbal) (Revista Portuguesa de Pedagogia, 1988).
Feil considera que à medida que envelhecemos, vamos revivendo o passado mas
que tal, muitas vezes desencorajado nas pessoas idosas, faz parte de um processo
normal de desenvolvimento numa tentativa de dar significado às nossas vidas. Estas
reminiscências são essenciais e necessárias, para a compreensão da motivação e dos
comportamentos dos pacientes. A retrospecção permitindo captar o sentido da vida do
idoso, possibilita assim uma melhor compreensão de determinados comportamentos e
sentimentos (Revista Portuguesa de Pedagogia, 1988).
Outro objectivo da validação consiste na estimulação da comunicação verbal e
não verbal de forma a promover sentimentos de dignidade e bem-estar, ajudando os
adultos muito idosos a alcançar um sentimento de paz e a resolução de conflitos
interiores face a situações passadas.
Será portanto tarefa do terapeuta da validação, validar sentimentos e emoções,
que permitam ao adulto muito idoso desorientado sentir-se feliz coma sua realidade,
sentir-se seguro e integrado e preparar uma “despedida” da vida com tranquilidade.

2. PRESSUPOSTOS

A Terapia da Validação assenta num conjunto de pressupostos e princípios,


desenvolvidos com o intuito de fornecer as linhas orientadoras, na implementação deste
método terapêutico. Os quais emergem da influência de diferentes paradigmas, com
particular enfoque nas teorias humanistas, (Feil, 2010)
Deste modo a terapia da validação postula que:

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Terapia da Validação

É essencial atender às idiossincrasias de cada indivíduo e respeitar


a sua unicidade.
As pessoas idosas desorientadas devem ser aceites tal como são.
Deve-se assim, possibilitar a oportunidade destes expressarem as suas
necessidades, sem emitirmos juízos de valor.
Escutar com empatia edifica a verdade, reduz a ansiedade e
restaura a dignidade
Uma escuta genuína que reconheça e valide a expressão de
sentimentos dolorosos possibilita o seu esbatimento, ao passo que quando
ignorados ou suprimidos estes serão reforçados. É assim fundamental fomentar a
partilha e expressão destes sentimentos.
Existe uma razão subjacente ao comportamento de pessoas muito
idosas desorientadas, mesmo quando esta nos parece difícil de discernir. É
fundamental perceber que estes comportamentos são resultantes de um conjunto
de mudanças (físicas, sociais e intrapsíquicas), que ocorrem ao longo do ciclo de
vida. O conhecimento da história pessoal do adulto idoso permite assim
interpretar o sentido e a simbologia de determinados comportamentos e os
sentimentos despoletados.
As razões subjacentes ao comportamento dos adultos muito
idosos desorientados reportam para a procura de satisfação de necessidades
básicas do ser- humano. Nomeadamente a necessidade de se sentir seguro,
reduzir a dor e o desconforto. A importância de alcançar um sentido para a vida
e especificamente a tentativa de resolver conflitos e problemas do passado, de
modo a alcançar um estado de paz e equilíbrio emocional. É primordial que estes
sintam que são ouvidos e respeitados, que são úteis, produtivos, valiosos, que se
sintam amados e integrados. Como para todo o ser humano, também para os
adultos muito idosos, é fundamental a estimulação sensorial, o contacto físico e
a possibilidade de expressar sentimentos.
Quando a memória recente e a capacidade verbal falham, é
comum os adultos muito idosos retomarem comportamentos habituais de
estádios desenvolvimentais mais precoces.
Os adultos muito idosos desorientados utilizam símbolos
pessoais, presentes no momento, para representar pessoas, objectos e conceitos,

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Terapia da Validação

que no passado lhes foram emocionalmente relevantes. É importante


compreender que estes símbolos são utilizados para expressar necessidades e
sentimentos, aos quais se deve reagir com empatia.
É possível estarem presentes diferentes estados de consciência,
nos adultos idosos desorientados, o que sublinha a necessidade de uma postura
de verdadeira honestidade com estes.
Mesmo perante a falência dos seus sentidos, os adultos muito
idosos estimulam e recorrem à sua intuição, às suas memórias cinestésicas,
através das quais expressam a sua realidade pessoal e necessidades.
Emoções vivenciadas no passado poderão ser despoletadas por
acontecimentos, objectos, sons, imagens, cheiros e sabores experienciados no
presente. Constata-se assim que, os adultos idosos desorientados reagem no
presente de um modo análogo ao que fizeram no passado.

3. PROCEDIMENTOS

A concretização prática da Terapia da Validação implica duas etapas essenciais.


Em primeiro lugar, a identificação do Estádio de Desorientação em que se encontra a
pessoa com a qual queremos comunicar. Feito isto, o terapeuta da Validação deve
adequar a escolha das técnicas de Validação às características inerentes ao estádio de
desorientação identificado. Para tal, é indispensável compreender o carácter das
diferentes técnicas (o seu enfoque predominantemente factual ou emocional, por
exemplo). Este procedimento básico não se restringe à abordagem de um-para- um,
individual, da Terapia da Validação, mas inclui-se também (com indicações práticas
adicionais, obviamente) na abordagem grupal e na formação do staff das instituições de
apoio a idosos desorientados e seus familiares. As seguintes secções abordam em maior
pormenor estes aspectos.

Estádios de Desorientação
A Tabela 1., abaixo, pode servir de ponto de partida para a caracterização dos
Estádios de Desorientação, tal como são definidos por Naomi Feil. A passagem
sucessiva do Estádio 1 ao 4 descreve uma progressiva transformação do foco externo

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Terapia da Validação

para o interno, decorrente de uma progressiva deterioração, o que se traduz numa


dificuldade crescente de estabelecer contacto e em manifestações comportamentais,
físicas, verbais, emocionais e cognitivas específicas.

Tabela 1. Caracterização dos quatro estádios de desorientação (baseado em J ones, 1988, Benjami m,
1999 e Feil, 1992).

No Estádio 1, de Confusão Moderada, as pessoas encontram-se ocasionalmente


confusas, tendo consciência de inconsistências e de que “algo está mal”. O mundo é
percebido como progressivamente mais ambíguo e incerto gerando, numa tentativa de
racionalização, uma atitude defensiva que se pode traduzir em comportamentos como
esconder objectos pessoais e acusação dos outros pelo seu desaparecimento. A incerteza
gera emoções como ansiedade, tensão, desconfiança e medo que são visíveis na postura
tensa e contraída, na respiração contida, nos movimentos abruptos, nos braços cruzados
(como barreira em relação aos outros) e no agarrarem-se a objectos que transmitam
segurança (e.g. a carteira). Face à crescente falta de familiaridade, a pessoa age no
sentido de manter a normalidade e diminuir a confusão e a incerteza, valorizando as
rotinas e a estabilidade. Assim, adoptam rigidamente regras e padrões sociais, não
querem estar com pessoas confusas ou desorientadas e não querem ser tocados (como se
necessitassem de conforto ou condescendência). Procuram, outrossim, ver as suas

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Terapia da Validação

queixas reconhecidas, levadas a sério, e obter consideração das outras pessoas, de modo
que a abordagem directa das emoções é demasiado confrontativa, nestes casos.
No Estádio 2, de Confusão Temporal, a desorientação aumenta, no tempo, no
espaço e em relação às pessoas. A progressiva deslocação para o interior reduz o foco
no ambiente circundante, traduzindo-se, em termos físicos, no relaxamento, muscular e
da face. Frequentemente, é também perdido o controlo da bexiga. Os olhos apresentam-
se não focados, mas brilhantes. Ao nível verbal, reduzem-se o número de nomes
específicos e há um maior uso de palavras vagas e pronomes não identificados, pelo que
o tópico de conversa é pouco claro. Os tempos verbais e o tópico variam rapidamente
entre presente e passado. Com esta dificuldade crescente em permanecer focadas no
presente, as pessoas cometem facilmente erros de identificação. Nesta fase, a pessoa
deixa de ter consciência das regras sociais e encontra-se socialmente desinibida, não se
conformando às expectativas do staff das instituições ou da família. Ao contrário da fase
anterior, o contacto físico é muito importante, quer como âncora que promove a ligação
ao presente a ao exterior, quer como modo de cuidar e confortar, sendo que as emoções
podem já ser abordadas de modo explícito.
No Estádio 3, de Movimento Perpétuo, aprofunda-se o foco na realidade interior e a
pessoa parece “imersa” em si, curvada e com a cabeça baixa vai repetindo os mesmos
movimentos ou vocalizações, absorto em relação aos outros, sendo o contacto mínimo e
raramente auto- iniciado. Estes comportamentos repetitivos estão vulgarmente
relacionados com uma necessidade universal não satisfeita que a história da pessoa pode
ajudar a esclarecer. É neste contexto que surgem por vezes símbolos universais de que
são exemplo a mão significando um bebé, ou o sapato o órgão sexual feminino.
No Estádio 4, de Vegetação, o contacto com o exterior é mínimo, sendo o
movimento praticamente ausente. A pessoa assume frequentemente a posição fetal e
responde apenas ao toque ou a música, ocasionalmente.

Validação para os Estádios de Desorientação: Es pecificidade das Técnicas


Na Tabela 2., abaixo, sumarizam-se as Técnicas de Validação ao dispor do
terapeuta. A sua adequação a cada caso depende do Estádio de Desorientação
identificado. No Estádio 1, a defensividade e a necessidade de reconhecimento,
implicam uma abordagem menos confrontativa e menos directamente focada nas
emoções. A alternativa é o enfoque nos factos que são referidos pela pessoa,
adequando-se, para esse efeito, a utilização das questões Quem? O quê? Como?, a

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Terapia da Validação

Repetição/Reformulação, a utilização do sentido preferido da pessoa, a polarização e a


imaginação do oposto. Nestes casos é ainda útil a reminiscência, que pode propiciar a
identificação de estratégias de coping utilizadas no passado que possam ser resgatadas,
como mais-valia, para as dificuldades actuais

Técnicas de Validação
Centralização
É o processo pelo qual limpamos as nossas mentes de pensamentos e sentimentos e
encontramos uma atitude forte e de abertura. Nesse sentido, o terapeuta deve focalizar-
se num local dois dedos abaixo da cintura. Em seguida, respira pelo nariz e segue a
respiração mentalmente, descendo sucessivamente através da garganta, pulmões,
diafragma, cintura e expirar pelo a partir do centro. Repetir 5 a 8 vezes.
Ser empático
Capacidade de sentir o que o outro está a sentir
Usar palavras não ameaçadoras e concretas
Usar questões não ameaçadoras como: Quem? O quê? Como?
Evitar o Porquê?, pois é mais confrontativo e exige mais recursos cognitivos.
Reformulação
Consiste em repetir o essencial do que a pessoa diz, usando as suas palavras-chave,
aproximando ao tom e tempo da voz da pessoa.
Polarização
Fazer questões relacionados com o extremo do que a pessoa refere (o pior, o melhor,
quão mau...).
Imaginar o oposto
Ajudar a pessoa a imaginar o oposto da situação pela qual ela está actualmente
ameaçada.
Reminiscência
Explorar o passado tentando restabelecer mecanismos de coping que possam ajudar a
pessoa a sobreviver as crises do presente. Apesar de não conseguirem aprender novas
aptidões de coping, estas pessoas podem restabelecer as formas be m estabelecidas em
si de lidar com perdas.
Manter contacto visual próximo e genuíno
Usar ambiguidade

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Terapia da Validação

Pode passar pelo uso de pronomes vagos (ele, ela, isso, eles, alguém alguma coisa)
quando a pessoa combina sons semelhantes para transmitir pensamento em vez de usar
as palavras que conhecemos.
Usar um tom de voz claro, baixo e afectuoso
Observar e fazer corresponder os movimentos e emoções às da pessoa
(espelhar)
Ligar o comportamento a uma necessidade humana não satisfeita
As necessidades mais frequentemente em causa são o amor, segurança, utilidade,
actividade, expressão de emoções, intimidade. Podem ser comunicadas através de
movimentos (que mimetizem, por exemplo, o emprego que a pessoa ocupou durante
grande parte da sua vida).
Identificar e usar o sentido preferido da pessoa
Pode ser visual, auditivo ou cinestésico. Uma vez identificado, o questionamento nele
baseado permite estabelecer confiança.
Tocar (excepção feita nos casos de confusão moderada)
Usar música
A mais adequada é, por norma, a que fez parte da história da família ou canções
infantis.

Tabela 2. Su mário das Técnicas de Validação (adaptado de Feil, 1995).

No Estádio 2, a defensividade desaparece e o toque e o contacto visual passam a


ser úteis, principalmente para tentar focalizar a pessoa no exterior, de modo a permitir o
estabelecimento de uma relação. As capacidades sensoriais podem estar prejudicadas,
pelo que importa que o terapeuta se coloque suficientemente próximo da pessoa e ao seu
nível para ser visto e que fale claro e com o volume da voz ajustado a uma possível
perda auditiva. As emoções passam a poder ser abordadas directamente, interessando,
nesse contexto a utilização de palavras simples, que ainda sejam claras para a pessoa e
não sejam cognitivamente demasiado exigentes, de modo a maximizar a compreensão.
Em casos em que seja difícil compreender o significado do comportamento da pessoa, a
ambiguidade pode ser usada para suscitar um desenvolvimento da comunicação que
permita explorá- lo melhor e, eventualmente, ligá- lo a uma necessidade humana não
satisfeita. As técnicas do Estádio 2 podem ser também aplicadas no 3 (e vice-versa). No
entanto, o espelhar e a utilização de música relacionam-se mais com este último, como

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Terapia da Validação

modo de intervenção nos comportamentos repetitivos por um lado, e na eventual


ausência de linguagem, por outro. O espelhar do movimento surge aqui como forma de
validar o sentimento subjacente e de gerar uma opo rtunidade, ainda que breve, de
comunicar. O repetitivo de cariz verbal poderá ser melhor abordado através da música.
O Esquema 1., abaixo, sumariza estas considerações.

Es quema 1. Técnicas de Validação mais adequadas a cada Estádio de Desorientação (baseado em


Benjami m, 1999 e Feil, 1992).

Validação e m Diferentes Versões


A Terapia da Validação tem sido utilizada não só em contexto individual, mas
também grupal (e.g. Toseland et al, 1997; Bleathman & Morton, 1992). Nesse âmbito,
mantêm-se as considerações anteriores, as mesmas técnicas e sua relação com os
estádios, acrescentando-se-lhes características próprias relacionadas, essencialmente,
com a criação de uma rotina e com o assegurar da estabilidade. Isso passa pela
estabilidade do agendamento das sessões, do setting, e de papéis específicos (o anfitrião,
a pessoa do grupo que inicia a sessão dizendo um pequeno discurso de boas vindas, etc.)
e pelas fases que se sucedem ao longo da sessão (primeiro o discurso de boas-vidas,
depois a canção de início, a sugestão de um tema e início da discussão, etc.). A Terapia
da Validação tem ainda sido referida como um método útil na melhoria da comunicação
dos idosos desorientados com o staff das instituições (e.g. Fine & Rouse-Bane, 1995) e
com as famílias (e.g. Touzinsky, 1998), pretendendo-se uma integração das técnicas de
validação no dia-a-dia através da formação das pessoas que fazem parte dos contextos

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Terapia da Validação

de interesse. A este respeito, os terapeutas da validação têm defendido que “O técnico


de validação não é psicoterapeuta” (Jones, 1988), estando esta estratégia ao serviço de
todos, como alternativa comunicativa.

4. EFICÁCIA

De acordo com os dados do Instituto de Treino na Validação (2010) as pessoas


idosas que se encontram em estados de desorientação respondem à Terapia da
Validação, verificando-se mudanças no seu comportamento que, apesar de acontecerem
a um ritmo lento e de oscilarem ao longo dos dias, ocorrem efectivamente. Entre os
principais resultados observados com a implementação desta Terapia encontram-se uma
postura corporal mais vertical, o estabelecimento de um contacto visual mais duradouro,
mais controlo social, menor manifestação de comportamentos de choro e de irritação,
mais comunicação verbal e não-verbal, menos ansiedade e um aumento da auto-estima.
Ao nível do staff verificam-se igualmente algumas alterações nomeadamente um
aumento da moral, uma diminuição do burn-out, um maior sentido de realização
profissional e ainda uma maior capacidade de resposta e gestão de situações difíceis.
Simultaneamente, regista-se um aumento das visitas por parte dos familiares às pessoas
idosas que se encontram em estados demenciais.
Ao nível da literatura encontramos alguns estudos que apontam para a eficácia
da Terapia da Validação, apesar de muitos destes apresentarem limitações sérias que
comprometem os seus resultados.
Data de 1967 a publicação por Naomi Feil do primeiro artigo onde se propõe o
uso da Terapia da Validação como alternativa à Terapia da Orientação para a Realidade
(Day, 1997). Em 1972 a mesma autora conduziu uma investigação para medir a reacção
dum grupo à Terapia da Validação, tendo os resultados evidenciado a existência de
melhorias a vários níveis: diminuição dos níveis de ansiedade, aumento da comunicação
verbal, aumento do comportamento social e maior controlo comportamental. No
contexto grupal verificou-se que as pessoas idosas desorientadas passaram a assumir
novos papéis sociais, começaram a comunicar mais entre si e a mostrar comportamentos
de cuidado para com os outros. Simultaneamente, sentimentos de bem-estar foram
expressos sob a forma de comentários positivos, sorrisos e aumento do contacto físico e
visual (Feil, 1972; cit. in. Feil, 1992).

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Terapia da Validação

Em 1983, com a fundação do Instituto de Treino na Validação (Validation


Training Institute), deu-se uma proliferação na literatura de artigos baseados
essencialmente na experiência clínica (Day, 1997).
Peoples (1982) realizou uma investigação onde comparou a Terapia da
Validação com a Orientação para a Realidade. No grupo de sujeitos que experienciou a
Terapia da Validação, a autora verificou que a abordagem humanista centrada no cliente
pode ajudar algumas pessoas que se encontram em estados moderados a severos de
desorientação, a tomarem contacto com os seus sentimentos através da validação da sua
própria realidade. Por outro lado, a terapia concorreu para que os comportamentos dos
sujeitos fossem mais funcionais. Quando comparados os resultados dos dois grupos,
verificou-se que a Terapia da Validação produziu mais mudanças qualitativas ao nível
comportamental do que a Orientação para a Realidade. Inclusivamente 7 dos 10 sujeitos
do grupo da Validação mostraram interesse em continuar com as sessões; enquanto
apenas 2 dos 8 sujeitos do grupo da Orientação para a Realidade expressaram este
desejo. Por outro lado, o estudo revelou ainda que a Terapia da Validação oferece ao
staff um modelo alternativo de comunicação para com os residentes da instituição,
tendo-se observado que o mesmo passou a adoptar algumas técnicas como o uso de
contacto genuíno físico e visual, bem como a escuta e validação do que é expresso pelos
residentes. Este estudo apresenta como principais limitações a não generalização dos
resultados e a falta de observações independentes e objectivas.
Um estudo quase-experimental foi levado a cabo num lar de idoso por Fine e
Rouse-Bane (1995) para determinar os efeitos da Terapia da Validação nos residentes
com demência e respectivos cuidadores. O staff foi ensinado a identificar os 4 estádios
de desorientação, bem como a seleccionar as técnicas de comunicação mais apropriadas
a cada estádio. Os resultados pós-treino indicam que o staff passou a usar técnicas de
Validação de uma forma mais apropriada, eficaz e com maior frequência. Antes do
treino na Terapia da Validação, os cuidadores recorriam a abordagens por tentativa-erro
para resolver as necessidades dos residentes. Depois do treino, passaram a optar por
fazer perguntas do tipo jornalístico (quem, onde, quando), bem como a utilizar outras
técnicas como o contacto visual, o toque, a verbalização de emoções e a reminiscência.
Verificou-se igualmente que após o treino, a adequação das técnicas ao estádio de
desorientação passou de 13% para 80%. Os resultados mostram ainda que a eficácia das
técnicas de comunicação na melhoria dos problemas de comportamento aumentou
significativamente de 47% antes do treino para 73% após o mesmo. Porém, os

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Terapia da Validação

principais resultados deste estudo são os que evidenciam a relação que se estabelece
entre a técnica de validação e o estado de desorientação. De facto, quando a selecção de
uma técnica particular de comunicação se baseia no conhecimento derivado da
avaliação do estado de desorientação, a eficácia aumenta significativamente. A principal
limitação deste estudo prende-se essencialmente com a dificuldade em realizar
observações objectivas e independentes das interacções entre os residentes e o staff.
Por seu turno, Fritz (1986) conduziu uma investigação sobre o efeito da Terapia
da Validação nos padrões de linguagem, tendo para isso recorrido a um programa
informático que mede o número de verbos, nomes e preposições usados numa
conversação. O autor verificou que as pessoas que se encontram no estádio II (Confusão
Temporal) aumentaram o uso de nomes, expandiram o seu reportório de adjectivos e
aumentaram o uso de palavras concretas; enquanto os sujeitos do estádio I (Confusão
Moderada) aumentaram o uso de verbos e de formas nominais concretas e abstractas. O
estudo de Fritz revela assim um aumento significativo dos níveis de fluência e lucidez
dos sujeitos desorientados que se encontram nos estádios atrás referidos, após a sua
participação nos grupos de Validação.
O estudo experimental de Robb, Stegman e Wolanin (1986) visou determinar os
efeitos da Terapia da Validação no estado mental, moral e comportamento social das
pessoas idosas desorientadas. Apesar de não se terem encontrado diferenças
significativas entre as medidas do pré e do pós-teste, dados da observação
demonstraram mudanças ao nível dos comportamentos sociais. Verificou-se ainda um
aumento no reconhecimento dos sentimentos. No entanto, várias limitações são
apontadas ao estudo, nomeadamente problemas de design e problemas ao nível dos
instrumentos utilizados, o que compromete severamente os resultados.
Babins (1988) estudou o efeito da Terapia da Validação, estabelecendo
comparações entre grupos (experimental e controlo) que se encontravam no mesmo
estádio de desorientação. O estudo foi realizado durante 11 semanas, num total de 22
sessões, medindo variáveis cognitivas, sociais e comportamentais. Os resultados
revelam que, comparativamente ao grupo controlo, o grupo da Validação apresentou um
aumento ao nível da expressão verbal e não- verbal, sendo que para este resultado é
apontada como possível explicação o facto dos participantes se terem sentido mais
compreendidos pelos restantes membros do grupo. As limitações que são dirigidas a
este estudo prendem-se com o pequeno tamanho da amostra e com problemas de

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Terapia da Validação

fiabilidade dos instrumentos usados, o que aponta para a necessidade de replicar o


mesmo.
Morton e Bleathman (1991) realizaram um estudo piloto para avaliar os efeitos
da Terapia da Validação ao nível do comportamento, níveis de comunicação e humor,
em comparação com a Terapia da Reminiscência. Este estudo contou com a
participação de 5 sujeitos (embora apenas tenham sido contabilizados os dados de 3
sujeitos) e teve uma duração de 40 semanas. Os autores verificaram um aumento
significativo da interacção verbal em dois dos sujeitos durante a Terapia da Validação,
com um subsequente declínio durante a Terapia da Reminiscência. Contudo, um sujeito
apresentou o resultado inverso. Tal leva a considerar que a Validação pode não ser a
terapia ideal para todos; e ainda, que o nível de deterioração no funcionamento
cognitivo pode não ser o único factor passível de influenciar a escolha por uma
determinada terapia. Os resultados deste estudo apontam para a premência de realizar
investigações futuras com recurso a amostras representativas, grupos controlo e
intervenções equivalentes em termos de tempo para as terapias em análise.
Por fim, outros estudos (Feil, 1990; Kohn, 1993, cit. in. Gagnon, 1996) denotam
a eficácia da terapia ao nível do staff, mostrando que os níveis de burn-out diminuem
significativamente com o uso das técnicas de validação com pessoas idosas com
demência.

5. ONDE ENCONTRAR A TERAPIA DA VALIDAÇÃO

Sociedades
Validation Training Institute: http://www.vfvalidation.org
European Validation Association: http://www.validation-eva.com

Obras de Referência (Instituto de Treino na Validação, 2010)


Naomi Feil - V/F Validation: The Feil Method: how to help
disoriented old-old
Naomi Feil - The Validation Breakthrough: Simple Techniques
for Communicating with People with Alzheimer’s Type Dementia

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Terapia da Validação

Naomi Feil e Evelyn Sutton - The Validation Training Program:


Training Manual for the Instruction of Validation
Vicki de Klerk-Rubin - Validation Techniques for Dementia
Care: The Family Guide to Improving Communication

Filmes (Produções Edward Feil, 2005)


Introduction to Validation: Communicating with very old people
diagnosed with Alzheimer’s-type dementia
The Four Phases Of Resolution
Myrna, The Mal-oriented
Looking For Yesterday
100 Years to Live
The More We Get Together
Validation Workshop With Naomi Feil
Communicating with the Alzheimer's-type Population: The
Validation Method
The Seminar Group
The Inner World of Aphasia

Cd’s (Produções Edward Feil, 2005)


Breaking Through Dementia
Eye and Face Protection

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Terapia da Validação

6. CONCLUSÃO
A terapia da validação, direccionada especificamente para adultos muito
idosos, em estados avançados de demência, tem vindo a ser cada vez mais uma
opção na intervenção neste tipo de população, sendo evidentes, apesar da escassa
investigação na área, os impactos e resultados positivos. Esta é uma terapia que está
em franca expansão, embora que no nosso país esteja a dar os primeiros passos, em
parte devido à falta de formação e ao cepticismo ainda presente face a esta terapia,
em muito confrontada com a terapia de orientação para a realidade.
O que a autora, Naomi Feil, defende que a terapia de orientação para a
realidade, em adultos idosos desorientados, pode não só ser ineficaz, como ser
desagradável. A terapia proposta por Feil é assim um conjunto de técnicas e
estratégias de comunicação que devem ser usadas quando outras técnicas falham ou
são inadequadas. Parte do principio que, mesmo na última fase, resolução, os adultos
idosos continuam com necessidades que devem ser validadas e satisfeitas.

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7. BIBLIOGRAFIA

Alzheimer Portugal (2011). A Prevalência da Demência. Acedido em 12 de


Março de 2011, em
http://www.alzheimerportugal.org/scid/webAZprt/defaultCategoryViewOne.asp
?categoryID=898.
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Acedido em 17 de Março de 2011, em http://www.validation-eva.com
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74.
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dementia (pp. 107 – 125). Philadelphia, PA: Brunner/Mazel.
Bleathman, C. & Morton, I. (1992). Validation therapy: Extracts from 20 groups
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