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TSEBELIS, George. Atores com Poder de Veto. Rio de Janeiro: EdFGV, 2009, p.

229-234,
287-291 e 311-344.

Na parte III de seu livro, George Tsebelis testa as proposições apresentadas


anteriormente, mas há diversos problemas com os testes empíricos dessas suposições,
devido a relação entre decisões legislativas e seus resultados. Acontece que alguns
resultados legislativos não foram previstos pelos legisladores que criaram a norma. Para
corrigir essas consequências inesperadas, pode-se emendar as políticas antes
apresentadas, de modo que se aproximem mais das expectativas. Juntando a essa
situação a variável da estabilidade decisória, cria-se o problema de qual será o foco da
análise: o ato de legislar ou os resultados? O autor tenta um equilíbrio entre eles nos
capítulos seguintes, a fim de provar seu ponto inicial: a estabilidade decisória, quer seja
medida em resultados, quer em decisões, depende dos atores com poder de veto.

Na parte IV o autor discute os resultados estruturais da estabilidade decisória, “por que


nos importa se é fácil ou difícil mudar o status quo?” (p. 289). Na introdução da parte
IV, Tsebelis cita efeitos da estabilidade decisória, entre eles um que já foi visto no
capítulo três: nos regimes presidencialistas, quanto maior a estabilidade decisória,
menor a instabilidade do regime. O autor menciona também a instabilidade
governamental que a estabilidade decisória causa nas democracias parlamentares,
enfocando a sobrevivência governamental. Tsebelis tenta provar que a teoria dos atores
com poder de veto pode dar conta de todos os achados das teorias empíricas. Além
disso, Tsebelis elabora e explica a suposição de que a estabilidade decisória gera maior
independência dos poderes das burocracias e do judiciário. O último capítulo é dedicado
a testar a teoria dos atores com poder de veto, aplicando-a a um caso concreto, e
Tsebelis usa a União Europeia, que tem uma estrutura institucional única. Segundo o
autor, ao fazer esse teste em um caso incomum como a União Europeia, testa-se o limite
da teoria, validando-a de forma mais crível.

O capítulo 10 é onde o autor trata da independência do poder judiciário e das


burocracias de um país. Ele explica que “O raciocínio é simples: tanto o Judiciário (ao
fazer interpretações estatuárias) quanto as burocracias podem ser legislativamente
sobrestados se fizerem escolhas das quais os atores (legislativos) com poder de veto
discordem, de modo que eles tendem a evitar tais escolhas. (...) Assim, maior
estabilidade decisória proporciona maior poder de arbítrio par burocratas e juízes.” (p.
311). Tsebelis usa então a teoria dos jogos, descrevendo um jogo seqüencial entre
burocratas e atores com poder de veto que analisa o mecanismo de sobrestamento da
legislatura. Ele apresenta o jogo em três partes: o problema da tomada de decisão do
primeiro a se mover, quando ele escolhe sob a possibilidade de ser sobrestado; a
aplicação do modelo ao Judiciário; e a aplicação do modelo às burocracias.
A partir de exemplos e hipóteses o autor apresenta o problema dos atores com poder
de veto coletivos, quando a dimensionalidade do espaço decisório é alta e então não há
um núcleo, todos os pontos são vulneráveis a um sobrestamento legislativo, o que não
significa necessariamente que o primeiro a se mover não tem poder de definição de
agenda. “De acordo com a teoria dos atores com poder de veto, o que importa para a
independência e relevância do Judiciário não é o sistema legal de um país, mas o fato de
os tribunais de justiça serem constitucionais ou não e a dificuldade dos sistemas políticos
para sobrestar uma interpretação estatuária ou constitucional.” (p. 316). Tsebelis enfoca
então a interpretação constitucional e entra na discussão “os juízes são atores com
poder de veto ou não?”, da qual conclui que apenas juízes constitucionais são atores
com poder de veto, e estes geralmente são absorvidos. Isso se dá em razão do processo
de nomeação para cargos mais altos, que leva o tribunal constitucional a se situar dentro
do núcleo de unanimidade dos outros atores com poder de veto – ele não vai fazer
diferença nas decisões. Os tribunais constitucionais só poderiam vetar legislação em
casos específicos. Em sua teoria, Tsebelis não considera os juízes como atores com poder
de veto nem quando fazem interpretações constitucionais.

Ao tratar dos atores com poder de veto e burocracias, Tsebelis enfatiza a independência
das burocracias e o que seria a variável independente: atores com poder de veto ou tipo
de regime. O autor segue analisando outros pensadores e usando evidências empíricas
pelos itens seguintes para corroborar sua conclusão de que a independência dos
burocratas e do judiciário tem a ver com o número e distância entre os atores com poder
de veto.

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