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40 maneiras de estimular o

desenvolvimento do seu filho


Bater palmas, perguntar como foi o dia, ensinar a
guardar os brinquedos. Você sabia que ações
como essas ajudam as crianças a crescerem
saudáveis e felizes? Conheça ideias simples para
você fazer isso na sua casa
Por Fernanda Montano e Naíma Saleh - atualizada em 01/05/2018 07h57

Você começou a acompanhar o progresso do seu filho muito antes de ele deixar o
aconchego da barriga: na décima semana, o coração ficou pronto; na 24ª, ele já
tinha a audição desenvolvida e escutava a sua voz; na 30ª, começou a se preparar
para o parto. Agora que já está em seus braços, você continua ansioso para
acompanhar de camarote todos os sinais do desenvolvimento do seu pequeno e
treme só de pensar que ele pode ficar para trás. Bobagem! Preocupação excessiva
não vai ajudar em nada, então, tire o pé do acelerador e curta cada fase. Seu filho
realizará todas as conquistas fundamentais ao amadurecimento: vai aprender a
andar, a falar, deixará as fraldas e, quando você menos esperar, estará andando de
bicicleta sozinho (e sem rodinhas!). Só que fará tudo isso no tempo dele.
Por maiores que sejam as suas expectativas, o desenvolvimento da criança
depende, sobretudo, de um fator biológico decisivo e alheio ao controle dos pais.
Trata-se da amielinização, o processo de maturação das estruturas nervosas, que
levam um tempo até tornarem-se aptas a transmitir impulsos nervosos. Sem que
essa estrutura neural esteja preparada, não adianta forçar a barra. É sempre
possível oferecer estímulo, mas sem querer apressar nada, pois isso pode, inclusive,
gerar frustração. “O ritmo infantil deve ser respeitado. Sem isso, seu filho pode
sofrer por ser pressionado a fazer alguma coisa que talvez ele não tenha aptidão
ou ainda não esteja pronto”, explica Maria Carolina Villas Bôas, professora do
Centro de Estudos Educacionais Vera Cruz, com foco na formação de professores
do ensino fundamental.
Por isso, deixe de levar tão a sério os marcos do desenvolvimento, que
estabelecem, por exemplo, que seu filho com 7 meses conseguirá se sentar
sozinho e com 3 anos será capaz de pedalar um triciclo. Considere o que é
esperado para cada idade apenas como referência. Pode ser que a criança demore
um pouco mais para dizer as primeiras palavras, mas tenha a coordenação melhor
em relação aos colegas da mesma idade. Isso não quer dizer que ela terá um
problema na fala. Significa apenas que, por algum motivo, ela precisará de um
pouco mais de tempo.

O melhor a fazer é deixar de lado a checklist das capacidades que seu filho precisa
desenvolver e brincar muito com ele, pois não há forma de estímulo mais poderosa
do que o contato. Um estudo da Universidade da Pensilvânia, EUA, confirmou
esse fato. Acompanhando 64 crianças desde o nascimento até os 20 anos de
idade, pesquisadores constataram que aqueles que recebiam atenção dos pais
possuíam um QI mais alto quando adultos. Em outras palavras, podemos dizer
que é a vontade de se relacionar com outros seres humanos que vai despertar o
desejo de se comunicar, se movimentar e expressar o que sente.
Para aproveitar ao máximo – e sem exageros – os momentos de interação entre
você e o filho, CRESCER listou 40 dicas que estimulam o desenvolvimento
intelectual, motor, social e emocional dele. Confira:

1) Todo dia, tudo igual


Desde que nasce é bom acostumar seu filho a seguir uma rotina: estabelecer a hora do
banho, de dormir, de comer. Criança gosta disso porque ajuda a formar uma sequência
entre os acontecimentos diários, permitindo que ela possa se organizar. Além disso, a
rotina está associada a hábitos saudáveis, que são importantes para o seu crescimento -
como ter oito horas de sono e comer direito.

2) Arco-íris

O bebê começa a perceber as cores por volta dos 3 meses, quando a visão já não está mais
tão embaçada. Por isso, nessa idade o ideal é estimulá-lo com cores fortes, que podem
estar em brinquedos ou em um móbile no berço. Eles também adoram contraste: pode
reparar que não faltam listras em brinquedos infantis. Com cerca de 1 ano e meio, seu
filho já começa a perceber a diferença entre uma cor e outra, ainda que não saiba nomeá-
las. A partir dos 2, diga: “Vamos brincar com aquela bola azul” ou “Pegue o tomate
vermelho para a salada”. Assim, as cores começam a fazer parte do dia a dia.

3) Livro amigo
O papel dos pais é fundamental para que as crinaças amem ler – e aprendam a fazer dos
livros um prazer, não uma obrigação. Segundo a última edição da pesquisa Retratos da
Leitura no Brasil, para 43% dos leitores a mãe foi a principal influência no gosto por ler
e, para 17%, o pai foi quem exerceu esse papel. Já a partir do terceiro mês de vida, você
pode usar livros de plástico no banho. A partir do sexto, quando o bebê já consegue levar
objetos à boca com as mãos, deixe livros de pano no berço – além de poder mordê-los,
ele não conseguirá arrancar as páginas! Em todas as idades, fale da capa, das figuras,
deixe que a criança vire as páginas, ou seja, estimule ao máximo que ela interaja com esse
companheiro. Com 4 anos, peça para seu filho mostrar as letras do alfabeto que conhece
ou ler as palavras que conseguir. Depois de alfabetizado, aposte em histórias com muitas
rimas, já que nessa fase ele já tem uma consciência fonética considerável.

4) Para lembrar
A memória é uma forma de armazenamento do conhecimento e deve ser permeada por
um contexto. Senão, vira decoreba. Comece ajudando seu filho a memorizar palavras,
mostrando o objeto representado. Se vocês estão passeando na rua e cruzam com uma
bicicleta, aponte e diga: “Olha, filho, uma bicicleta”. É desse modo que ele vai
construindo associações. Desde o primeiro ano, ele já dirá algumas palavras e pode tentar
repetir os nomes do que você mostra. Mas é a partir dos 2 anos que a capacidade de
conservar informações aumenta.

5) De improviso
Criar personagens e sonhar com mundos fantásticos. Tudo isso é importante
para desenvolver a criatividade dos pequenos. Contribui, inclusive, para a resolução de
problemas. Para tornar a narrativa ainda mais empolgante, que tal testar a capacidade de
improviso de vocês dois? Separe figuras de objetos, paisagens, cores, alimentos e animais
– podem ser desenhadas ou recortadas de revistas. Enquanto um narra, o outro seleciona
algumas imagens, cujos elementos retratados devem ser incluídos na narrativa. O desafio
é ser capaz de encaixá-los de modo que a narrativa continue fazendo sentido. Aos 7 anos,
como a criança já está alfabetizada, você pode ajudá-la a registrar as aventuras de vocês
em pequenos livrinhos.

6) Pergunte sempre
Ao buscar seu filho na escola, você diz: “Como foi seu dia?” E ele responde: “Legal”.
Não era exatamente o que você queria ouvir, certo? Para fugir das respostas genéricas,
elabore as questões de maneira que a criança precise expressar o que pensa e justificar
sua resposta. Pergunte: “O que você fez de mais legal na escola hoje?”. E ela será
obrigada a desenvolver um raciocínio mais elaborado, exigindo que trabalhe habilidades
linguísticas e lógicas. Aos 3 anos, já consegue relatar experiências pelas quais passou e
dizer se foram boas ou ruins. Aos 4, você pode perguntar por detalhes, descrições e nomes
dos colegas que estavam com ela.

7) Bendita dúvida
“Por que cachorro não come pizza?”, “É verdade que a vovó já foi criança?” Ainda que
os questionamentos infantis possam desconcertar – e até constranger – os adultos, eles
são essenciais para a compreensão de mundo da criança. Principalmente no que diz
respeito ao processo de distinção entre real e imaginário (que ocorre por volta dos 4 anos)
e da construção de relações entre os elementos conhecidos. Por isso, os “porquês” são
muito bem-vindos no seu processo de desenvolvimento. Ainda que você não saiba
responder a tudo o que o seu filho pergunta, mostre que a dúvida dele é pertinente e
reconheça quando não souber a resposta.

8) Feio ou bonito?
O senso estético precisa ser desenvolvido aos poucos. Para incentivá-lo, comece
separando duas ou três combinações de roupa e peça para a criança escolher entre elas na
hora de se vestir. Com 2 anos, ela já pode dizer o que prefere. A partir dos 5, deixe que
pegue sozinha o que quer vestir e, mesmo que alguns ajustes sejam necessários, tente
manter o conceito que ela criou, preservando, por exemplo, a cor.

9) "Falta muito?"
A partir dos 5 anos, a criança começa a adquirir uma noção mais elaborada da passagem
do tempo. Para ajudá-la nesse processo de construção de linearidade, utilize um
calendário para marcar datas importantes. Acompanhe com o seu filho quanto falta para
cada evento, deixando-o riscar com um giz cada dia que passa. A partir dos 7 anos, a
noção temporal pode evoluir para o conceito de hora. Comece a associar o fato de o
relógio marcar meio-dia com a hora do almoço, por exemplo, mostrando a posição dos
ponteiros.

10) Brincar, guardar, brincar


Enquanto seu filho brinca, insista para que ele se envolva em um jogo por vez, o que
contribui para a concentração. Não quer mais jogar boliche? Hora de colocar os pinos na
caixa para só depois começar uma brincadeira nova. A partir dos 2 anos, seu filho pode
ajudar a guardar o brinquedo que estava usando antes de pegar um novo, assim, ele
desenvolve também o senso de organização.
Conforme seu filho se desenvolve, a consciência do próprio corpo, o equilíbrio e a agilidade aumentam
(Foto: Getty Images)

11) Ginástica labial


É fundamental para o desenvolvimento da fala fortalecer os músculos faciais envolvidos
na emissão dos sons. A força que o recém-nascido faz na amamentação, sugando o leite
da mãe, já contribui para trabalhar essa área. Se ele precisar de mamadeira, prefira as de
bicos ortodônticos. Além de ser mais anatômico e confortável, o furo para a saída de leite
é menor. Assim, o bebê é obrigado a aplicar mais força para a sucção, como fazia no
peito, o que fortalece os músculos da região facial.

12) De barriga para baixo


Seu filho começa a fortalecer o corpo entre o primeiro e o sexto mês. Como o
desenvolvimento motor grosso (que envolve as atividades dos grandes músculos, como
sentar e andar) se dá no sentido céfalo-caudal (da cabeça para os pés), o primeiro passo é
fortalecer a musculatura do pescoço. Já a partir do primeiro mês, deixe seu filho ao menos
dois períodos por dia apoiado de barriga para baixo em uma superfície plana e firme.
Desse modo, o bebê pode se apoiar com segurança e levantar a cabeça. Aos 6 meses, ele
vai começar a se sentar sozinho. Arrume várias almofadas ao redor dele para ajudá-lo a
se firmar.

13) Menos colo, mais chão


É claro que o aconchego é uma delícia e você tem vontade de ficar com seu bebê o mais
perto possível a maior parte do tempo. No entanto, permitir que os pequenos se movam
livremente é fundamental a partir dos 6 meses. Isso porque, normalmente, as crianças que
têm um desenvolvimento motor superior são as que não ficam tanto tempo no colo.

14) Clap, clap, tum, tum


Um dos melhores jeitos de desenvolver a coordenação motora é ensinar ritmo ao seu filho.
Para isso, basta utilizar as mãos. A partir do sétimo mês, bata palmas com ele ao som das
músicas favoritas de vocês, intercalando canções lentas com outras aceleradas, para que
ele possa perceber a diferença.Você vai ver que seu bebê conseguirá bater as mãozinhas
– ainda que de um jeito meio desengonçado!

15) Lápis e papel à mão


A arte é sempre uma importante aliada do desenvolvimento. Perto dos 14 meses, seu filho
é capaz de segurar o lápis e fazer traços. A folha representa uma área que a criança não
pode ultrapassar enquanto rabisca. Por isso, esse exercício ajuda a desenvolver a noção
de espaço. Fique ao lado dele e explique por que não se deve extrapolar a fronteira do
papel, mostrando os limites da folha que devem ser respeitados.

16) Tudo cabe


A partir dos 7 meses, o bebê começa a segurar objetos e, por volta de 1 ano e meio, já
pode começar a fazer encaixes. Além de ser um bom exercício para a coordenação,
trabalha também a parte visomotora – ou seja, por meio da visão, a criança tem a noção
de qual peça caberá dentro da outra. Para que seu filho se divirta e aprenda com o tira e
põe, ele pode brincar com panelas e canecas plásticas enquanto você prepara o almoço.
A partir dos 2 anos e meio, também ofereça quebra-cabeças pequenos (cerca de seis
peças).
17) Degrau por degrau
Subir escadas é um ótimo exercício para desenvolver a agilidade e a coordenação
motoragrosseira, além de auxiliar no fortalecimento da musculatura. Com 1 ano de idade,
a criança já consegue executar a atividade, mas ainda colocando os dois pés no mesmo
degrau, um de cada vez. Com o crescimento, vai ganhando força e equilíbrio até que,
perto dos 3 anos, provavelmente subirá colocando um pé em cada degrau alternadamente.
Ainda nessa fase é indispensável que ele esteja acompanhado de um adulto nesses
momentos, para evitar acidentes.

18) Poder da massa


As massinhas auxiliam na coordenação motora fina, pois possibilitam que a criança realize
uma série de movimentos elaborados relacionados à pinça (formada na junção do polegar
com os outros dedos da mão). A partir dos 2 anos, você já pode ajudá-lo a fazer bolinhas,
bonecos, a esticar a massa e apertá-la... Só fique atento para que os menores não
confundam a massa com o lanche, pois ela não pode ser engolida.

19) Pular amarelinha


A partir dos 2 anos e meio, seu filho já é capaz de dar saltos com os dois pés juntos dentro
dos dez quadrados que separam o céu do inferno. Assim, ele trabalha a noção de espaço,
ao seguir as linhas traçadas no chão, e o equilíbrio. Por volta dos 4 anos, aprenderá a pular
em um pé só. Mesmo antes disso, você pode incentivá-lo a tentar, segurando a sua mão.
A partir dos 6, aumente o grau de dificuldade da brincadeira: ele terá de desviar de mais
quadrados ou chegar até o outro lado em menos tempo.

20) "Eu coloco sozinho!"


Aos 2 anos, seu filho começa a tentar se vestir sem ajuda, o que é ótimo para desenvolver
a coordenação motora fina. Dê uma mãozinha selecionando calças com elástico,
camisetas com a gola mais aberta e tênis com fechos de velcro. Com o ato de se vestir,
ele também percebe a importância da sequência lógica – precisa, por exemplo, calçar a
meia antes do sapato. Com 6 anos, já estará abotoando e desabotoando casacos como um
adulto e até conseguirá amarrar os cadarços sem ajuda.
Ter um lugar na família, ser aluno em uma sala de aula, pertencer a um grupo de amigos. tudo isso ajuda
no desenvolvimento social, conservando a individualidade da criança (Foto: Guilherme Zauith / Editora
Globo)

21) Barulhão do bem


Ninguém gosta do som estridente da sirene de uma ambulância – muito menos um bebê,
que ainda não entende o que esse ruído representa. No entanto, os sons estranhos fazem
parte da diversidade do mundo e crescer é aprender a conviver com isso. Não tenha medo de
expor a criança a barulhos fortes de vez em quando, desde que você mostre para ela o que
está produzindo esse som. Assim, ela aumenta cada vez mais o seu repertório e percebe
que não há motivo para se assustar.

22) Vamos dividir?


É natural da criança a partir de 1 ano e meio achar que tudo é dela. Por isso, a melhor
maneira de domar esse egoísmo inato é apresentar situações em que ela precise aprender a
dividir – e nada melhor do que a hora de comer para exercitar a partilha. Quando receber
os amigos do seu filho em casa, ou mesmo entre irmãos, sirva alimentos que podem ser
consumidos a partir de uma vasilha comunitária, como pipoca, cenouras tipo baby e
gomos de mexerica. Deixe as crianças decidirem o lugar em que a vasilha vai ficar ou
quem vai segurá-la.

23) Regras da vida


Seu filho vai conviver com muitas normas durante a vida: no trânsito, no trabalho, nas
relações sociais. Por isso, é bom que ele se acostume aos pequenos imperativos do
cotidiano desde cedo. A partir dos 2 anos, a criança já pode colocar a própria roupa suja
no cesto, por exemplo. Aos 5, levar o próprio prato para a pia, e aos 8, ela já sabe que
deve arrumar o quarto.

24) Cooperativa S.A.


Mesmo que os pais desenvolvam tarefas em conjunto com os filhos, crianças se saem
melhor quando interagem com outras crianças. Por isso, nada melhor do que atividades em
grupo para que elas possam brincar (e aprender!) juntas. Pular corda, coisa que as crianças
conseguem fazer por volta dos 4 anos, pode ser uma ótima chance de trabalhar em equipe:
enquanto duas batem a corda, as demais se revezam para pular. Para definir os papéis a
cada rodada, é essencial respeitar a vontade e o direito do outro. Se todas só quiserem
pular, a brincadeira não vai para frente.

25) Entre amigos


Algumas crianças são mais falantes e extrovertidas, outras ficam com as bochechas
coradas só de ouvirem o próprio nome. Tudo bem, cada uma tem um temperamento
diferente e não há nada de errado com isso – desde que não esteja atrapalhando a vida social
do seu filho. Um estudo da Universidade de Miami (EUA) revelou que a timidez
excessiva pode até prejudicar o desempenho escolar das crianças, pois impede que
estejam plenamente engajadas nas atividades. O ponto-chave é que, para interagir,
qualquer pessoa precisa de segurança. Por isso, um bom começo é estimular que a criança
conviva desde pequena e com frequência com gente conhecida, como primos e filhos de
amigos. É a partir dos 4 anos que seu filho vai buscar brincar com outras crianças em
pequenos grupos.

26) "Ninguém me chamou"


Seu filho de 4 anos chega chateado da escola porque todo mundo foi convidado para o
aniversário de um amigo, menos ele. Assim como seu filho não é tão querido por um
colega, ele também não gosta de todo mundo da sala da mesma maneira. E não há
problema com isso, desde que não falte respeito. Para que a rejeição não tenha um peso
tão grande, incentive o seu filho a cultivar núcleos de amigos diferentes: na praia, no
parquinho, no futebol. Assim, quando ele não se encaixar em uma turma, não vai ser o
fim do mundo.

27) Tente outra vez


Põe o dedo aqui quem gosta de ganhar! Todo mundo, lógico. Mas perder acontece. A
derrota não deve ser encarada como um fracasso e sim como uma oportunidade de
identificar os erros e se preparar melhor para superar o desafio. Por isso, incentive seu
filho a tentar outra vez quando ele não for o campeão da partida e desvie o foco do
resultado final para os momentos divertidos da brincadeira. A partir dos 6 anos, jogos de
tabuleiro podem ajudar seu filho a desenvolver um espírito de competição saudável.

28) Histórias do mundo


Você sabia que existe uma variação africana da história da Cinderela? Chama-se As Belas
Filhas de Mufaro e conta a história das irmãs Manyara e Nyasha, escrita pelo americano
John Steptoe, premiado autor de livros infantis. Compartilhar com o seu filho contos de
diversos lugares pode mostrar a ele que, por maiores que sejam as diferenças culturais, os
valores são os mesmos e os seres humanos continuam escrevendo sobre amor, alegria e
tristeza em todas as partes do mundo. Depois de ouvir a história, que tal encená-la
utilizando bonecos de cores de pele distintas, com vestimentas de materiais diferentes?
Comente sobre a variedade de cores, formatos, texturas e tamanhos e ressalte o que cada
um dos bonecos tem de mais interessante. Esse exercício é bom principalmente depois
dos 7 anos, quando a criança já faz referência a estereótipos e preconceitos.

29) Brincadeira reciclável


Embalagens de alimentos costumam ser chamativas e atraentes, o que, logo de cara, pode
despertar a curiosidade do seu filho. A partir dos 2 anos, ele tentará imitar atividades
domésticas, então, peça ajuda para encher o saco de lixo reciclável – depois que as
embalagens já estiverem lavadas, claro! – e explique que tudo o que vocês estão
ensacando será transformado em novos objetos, em vez de parar na natureza.

30) Cuidar é animal!


Uma pesquisa do Instituto Max Planck revelou que crianças a partir de 3 anos já são
capazes de se solidarizar com reclamações de pessoas próximas, procurando oferecer
algum conforto a elas. Uma maneira de possibilitar que seu filho desenvolva esse “tomar
conta” é trazer para a família um novo integrante – e não estamos falando de outro
bebê! Com um animal de estimação, a criança aprende a zelar pelo outro, seja levando-o
para passear ou ajudando a encher a tigela de ração. A partir dos 7 anos, ela pode ser
responsável por algumas tarefas que envolvem seu novo amigo (que pode ser um peixe,
um cachorro, uma calopsita...), mas ainda não tem condições de cuidar dele sozinho!

Medo, alegria, ciúme, raiva, ternura. Aos poucos, a criança aprende a reconhecer as próprias emoções,
expressá-las e lidar com o que sente de maneira construtiva (Foto: Thinkstock)

31) Frio na barriga


Aos 7 meses, seu filho começa a sentir medo na presença de estranhos, aos 8, teme quando
os pais não estão por perto e, aos 9, sofre de ansiedade pela separação. Mostre que, mesmo
que você saia para trabalhar, vai voltar. Uma boa ideia é oferecer um objeto que substitua
a presença da mãe (pode ser um bichinho de pelúcia ou um paninho). Dos 2 aos 6
anos, crianças podem ter pesadelos, medo de bruxas e fantasmas. Como o medo é
irracional, nem sempre pode ser combatido com uma explicação lógica, você pode
recorrer a soluções “mágicas”. Acenda um abajur espanta bruxas ou coloque meias que
manterão os fantasmas bem longe! Permita que seu filho manifeste seus temores, por
exemplo, desenhando ou encenando situações que fazem as pernas tremerem.

32) De olhos fechados


Estabelecer relações de confiança é importante para o desenvolvimento da criança. E as
primeiras pessoas com quem ela faz isso são os pais. Para isso, um fator é
essencial: jamais mentir. Se a criança vai ao médico para tomar uma vacina, nem pense
em dizer que vocês vão apenas a um passeio. Se ele perguntar se a injeção vai doer, seja
sincero e diga que vai, sim, mas vai passar. Os especialistas estão todos de acordo: desde
bebê, explique tudo. Fale que vai molhar, que vai doer, que vai estar frio, assim seu filho
sabe o que o espera e acredita no que você diz.

33) "Mas eu queeero!"


Se jogar no chão, chorar até perder o fôlego, gritar: não é difícil reconhecer quando seu
filho tem um ataque de birra. Normalmente, ele faz isso para tentar conseguir o que quer
– e faz parte do crescimento entender que nem tudo vai obedecer à vontade dele. Nessas
horas, a palavra de ordem é: calma! Coloque a criança no colo e diga que você está triste,
que não gostou do comportamento dela e que, por isso, o passeio acabou. De acordo com
um estudo brasileiro, 54% dos pais usam a conversa para estabelecer limites. É importante
se manter firme depois de dizer “não”, porque, se você ceder, ele vai achar que esse é um
bom método para fazer você mudar de ideia, mesmo que ainda tenha menos de 1 ano de
idade.

34) Por conta própria


A partir dos 2 anos, já dá para deixar seu filho responsável por carregar sua própria
mochila ou levar seu casaco. Não se trata de obrigar a criança, mas sim de possibilitar
que ela vá experimentando e conquistando autonomia. Assim, a criança aprende a ter
responsabilidade sobre o que é seu.

35) Em construção
Brinquedos de empilhar podem ajudar seu filho a desenvolver o autocontrole. Desde os 2
anos, ele já consegue amontoar três blocos, um sobre o outro. As crianças ficam
superorgulhosas em ver os blocos coloridos chegando cada vez mais alto, mas a gente
sabe que essa obra-prima da engenharia não vai durar muito tempo. É compreensível que
o seu filho se irrite por ver tanto esforço perdido quando a torre incrível que construiu se
estatelar no chão. Nessa hora, tente acalmá-lo, dê um abraço apertado e o encoraje a
começar outra vez.

36) Falar de sentimentos


Seu filho vai enfrentar diversas situações frustrantes, como ter de esperar a comida ficar
pronta ou não poder sair para brincar por causa da chuva. Seu papel é ajudá-lo a expressar
o que está sentindo, para aprender a lidar com as próprias reações. Uma dica é inventar uma
história em que haja uma situação similar à vivida. Aos 3 anos, a criança usa palavras
para expressar emoções, então, crie “falas” que transmitam o que ela (ops!) o personagem
está sentindo. Para os maiores, entre 7 e 8 anos, uma boa ideia é dar de presente um diário,
para que eles registrem tudo o que pensam de si mesmos e do mundo. Com essa idade, as
crianças começam a reconhecer seus próprios sentimentos e, por vezes, preferem não
compartilhá-los com os pais. Mas ainda assim, não desista de perguntar, observe e mostre
que você se importa.

37) Fora do ninho


Dormir fora de casa contribui para o desenvolvimento da independência da criança e é
importante para ela perceber que possui tal autonomia. Autorizar ou não o programa
depende do quanto você conhece a família anfitriã e, claro, do principal: o seu filho quer
ir? Se ele estiver hesitante, não insista. Ele pode não estar pronto. Por volta dos 5 anos,
os convites começarão a surgir e ele já terá condições de passar uma noite longe da própria
cama.

38) Foi sem querer


Sua filha de 5 anos está arrumando meticulosamente sua coleção de bonecas no sofá,
quando o irmão mais novo chega e derruba tudo. Ela vai ficar furiosa! Isso acontece
porque entre os 2 e os 7 anos, a criança julga os atos dos outros pelas consequências e não
pela intenção com que eles foram praticados – esse é o motivo de tantos desentendimentos
entre os pequenos! Mostre que a outra criança não teve a intenção de agir assim, reforce
que não foi de propósito e ajude-a a remendar o estrago.

39) Aprendendo a esperar


A fila da montanha-russa ou para encontrar o Papai Noel é uma ótima chance do seu filho
(e de você também) exercitar a paciência. Nesses “intervalos”, cantar, imitar movimentos
e inventar brincadeiras com palavras podem ser boas ideias para o seu filho aprender a
esperar a vez sem se aborrecer. A partir dos 6 anos, quando as crianças já dominam os sons
e têm maior consciência gramatical, trava-línguas podem ser uma boa ideia para o tempo
passar mais depressa.

40) Reforce o lado bom


Manere na hora de censurar as crianças, principalmente os menores. Segundo um estudo
da Universidade de Leiden, na Holanda, crianças de até 8 anos aprendem com os elogios,
mas não absorvem críticas. Parabenize seu filho quando ele for bom em alguma coisa,
incentivando-o a continuar. Se dar bronca for realmente necessário, preste muita atenção
à maneira de fazê-lo. Dizer “como você é malcriado” é bem diferente de falar “como você
está malcriado”! Não deixe a criança pensar que o traço criticado faz parte da
personalidade dela, assim, não vai incorporar essa característica à sua autoimagem.

Fontes: Abram Topczewski, neuropediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP);


Adriana Friedman, mestre em educação e fundadora da Aliança pela Infância (SP);
Elvira Cristina Martins Tassoni, professora da pós-graduação em Educação da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP); Luiz Bellizia Neto, pediatra do
Hospital Albert Einstein (SP); Maria Carolina Villas Bôas, professora do Centro de
Estudos Educacionais Vera Cruz (SP); Maria Irene Maluf, psicopedagoga da
Associação Brasileira de Psicopedagogia; Maria Isabel d´Ávila Freitas, professora do
curso de Fonoaudiologia da UFSC (SC); Orly Zucatto Mantovani de Assis,
coordenadora do laboratório de Psicologia Genética da Faculdade de Educação da
Unicamp (SP); Saul Cypel, secretário do departamento científico de pediatria do
comportamento e desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SP); Teresa
Handion, mestre em Desenvolvimento Humano, Ensino e Aprendizagem e diretora da
Associação Brasileira de Psicopedagogia; Vera Lucia Vilar de Araújo Bezerra,
professora de Pediatria titular da Universidade de Brasília (DF)

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