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POR QUE NÃO SOU CALVINISTA

14/02/2018
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GUILHERME AUGUSTO

Conheci o calvinismo da pior forma que você pode imaginar, através de discussões de teólogos
que não demoravam em humilhar e rebaixar quem pensava diferente. Já vi cenas realmente
tristes, que tinham como principal objetivo denegrir e aviltar a posição contrária a sua
Quando eu tive contato com o calvinismo eu discordava, por conta do discurso de ódio extremo
que eu via, eu nunca acreditei em um cristianismo assim. Porém com o tempo comecei a
estudar e tentar entender estas duas visões (calvinismo e o arminianismo).
Eu não sou calvinista porque não acredito que Cristo tenha morrido por alguns (expiação
limitada). Seria incoerente o pecado alcançar toda a raça humana, mas a graça de Deus não.
Aliás, nem Calvino acreditava nisto, ele acreditava que Deus tinha morrido por todos, mas o
seu sacrifício só fazia feito em alguns, os eleitos. Penso que este ensino fica muito longe do
Deus de amor que se revelou na Bíblia. Não é que Deus não possa, ao contrário, Ele faz o que
quer, mas certas atitudes não condizem com o que a Bíblia fala d’Ele.
Não consigo crer também, conforme alguns teólogos, que Deus predestinou alguns da raça
humana caída e deixou outros de fora (eleição incondicional). E por mais que você diga que
Deus não predestina para a condenação só para a salvação, por exclusão, este Deus deixa
muitos de fora, sem dar qualquer chance e oportunidade aos outros. Vamos ser julgados
segundo as nossas obras, ou o que tivermos feito (Apocalipse 20:12), isso denota ação e
responsabilidade moral, seria até loucura concluir que seremos julgados por erros que não
conseguimos parar de praticar, que está fora de nosso controle. Além de deixar transparecer,
entre linhas, que não temos responsabilidade em nossos atos, pecados e erros, por não termos
controle, não sermos livres. Acredito que somos responsáveis sim, é por isso que seremos
julgados. Apesar de também não acreditar que por nós mesmos conseguimos escolher e
buscar a Deus. É por isso que acredito na graça preveniente ou capacitadora, que nos dá a
capacidade de escolher o evangelho ou não. Tem um texto no blog que explica bem esta
teologia segue o link: Graça Preveniente

Mas existe um ponto principal, que me faz não ser calvinista, a divisão que esta teologia causa
na igreja, John Wesley em seu livro: O Sermão do Monte tem uma conclusão genial sobre o
problema das divisões na igreja:
Satanás, o sutil deus de seu mundo, empenha-se em destruir os filhos de Deus e impedi-
los de alcançar a santidade que está diante deles. Ele tenta embaraçar, atrapalhar e
atormentar todos que não consegue destruir. Um de seus inúmeros planos é dividir o
evangelho e, com parte dele, contradizer e golpear a outra (John Wesley, O Sermão do
Monte, PG 51)
Nesta minha caminhada eu já vi muitos abandonarem a igreja, a ter conflitos em sua fé e nunca
mais conseguir se recuperar de certas humilhações. Não queira saber o que eu já vi e o quanto
muitos sofreram por conta de extremismos.
Eu aconselho você a tentar deixar de lado o calvinismo ou arminianismo, para estudar a
palavra de forma mais profunda. Você vai ver como uma visão imparcial da palavra revelará
versículos que hora define o calvinismo hora o arminianismo. Isso se dá não porque a Bíblia se
contradiz e sim porque certos mistérios são incompreensíveis para o homem.
Deus predestina (Efésios 1:5), mas arranca fora um ramo que estando n’Ele não dá frutos
(Mateus 7:19). Deus não faz acepção de pessoas (Tiago 2:1-9), mas escolheu alguns
(Romanos 8:29). Enfim, é um mistério a responsabilidade humana, é um mistério como a
salvação se dá. A trindade é um mistério (três em um?), Deus é um mistério, por mais que
estudemos, nunca, nós seres finitos, entenderemos um Deus infinito.
Penso que muito mais que divisão nós cristãos temos muitas coisas que nos unem. A própria
mensagem da cruz é unânime, e ter equilíbrio é fundamental para que a igreja continue unida,
ao invés de divida. Afinal, eu não sou calvinista, pois eu sou cristão, é a Cristo que eu sigo e
não a Calvino ou Armínio.

BIBLIOGRAFIA
WESLEY, John, O Sermão do Monte, Editora Vida, São Paulo, 2015

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