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COLEÇÃO E-BOOKS ULTRASSONOGRAFIA VETERINÁRIA

Dra. Solange Carné, M.V., Msc


Dra. Solange Carné, M.V., Msc

Médica Veterinária formada pela Universidade Plinio


Leite em 1999, Mestrado em Patologia e Reprodução
Animal na UFF em 2003, trabalhou no setor de
ultrassonografia do CAD (Centro de apoio e diagnóstico
veterinário) de janeiro de 2001 a março de 2006, foi
responsável pelo setor de ultrassonografia e radiologia
da clínica SOLVET em Nova Friburgo de março de 2003 a
setembro de 2005, posteriormente responsável pelo
setor de ultrassonografia da RADIOVET de 2007 até
2011. Em 2007 começou a realizar cursos de
ultrassonografia em pequenos animais. Responsável
pelo setor de ultrassonografia da clínica 24 horas CTI
Veterinário, desde 2011. Atualmente a Dra Solange é
proprietária da SOLVET DIAGNÓSTICOS VETERINÁRIOS,
faz atendimentos em Ultrassonografia Veterinária e
realiza cursos de ultrassom para todos os níveis de
conhecimento nesta área.

Cursos com a Dra. Solange disponíveis na Solvet:

• Curso Extensivo de Ultrassonografia de Pequenos Animais - 15 meses


• Curso Anual de Aprofundamento - 12 meses
• Curso de Ultrassonografia Gestacional - 2 dias
• Curso de Ultrassonografia em TGI e Pequenas Partes - 4 dias
• Cursos Avançados Diversos em Ultrassom
• Curso Avançado VIP para máximo 4 pessoas
• Curso ou acompanhamento particular

Maiores informações
solvetdiagnosticos@gmail.com
solvetultra@hotmail.com
tel (21) 96442-9070
Dra. Solange Carné
ÚTERO PÓS PARTO

O útero pós parto tem um aspecto ultrassonográfico característico. Muito importante para
o ultrassonografista ter o conhecimento deste padrão para que possa reconhecer um útero
pós parto e/ou pós aborto normal assim como alterações uterinas neste período.

PUERPÉRIO:

São modificações fisiológicas que ocorrem desde o parto até o desmame, no qual o sistema
genital da fêmea retorna progressivamente para as condições de funcionamento e
tamanho pré-gravídico. Na fêmea canina o processo de involução uterina se completa em
12 semanas.

É dividido em duas fases:

FASE DE LIVRAMENTO, que corresponde à eliminação das secundinas (restos de anexos


fetais), inicia-se imediatamente após o parto e termina com a completa eliminação das
membranas fetais, possibilitada por adequada atividade contrátil do miométrio e perda de
aderência materno-fetal. Esta fase deve ocorrer em um curto período após expulsão do
feto, evitando possibilidade de permanência das secundinas no interior do lúmen uterino
após o fechamento da cervix.

ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DO ÚTERO NESTA FASE

Podemos observar o útero como uma estrutura tubular com parede espessada e
discretamente irregular e presença de conteúdo ecogênico no interior (composto por
restos de anexos fetais). No pós parto inicial o conteúdo é um pouco mais heterogêneo
devido a presença de discreta quantidade de líquido (composto por líquido e sangue)
associado ao conteúdo ecogênico. Com o passar do tempo o útero vai diminuindo de
volume progressivamente, porém continua com conteúdo ecogênico homogêneo no
interior.
IMAGENS DE PÓS-PARTO INICIAL NORMAL
FASE DE INVOLUÇÃO UTERINA (puerpério propriamente dito), caracterizada por involução e
preparação do útero para nova gestação. É caracterizada pelo retorno do útero à condição
normal e pela aptidão para uma nova gestação, por meio de reabsorção e dissolução
tecidual, que resulta em redução do volume do órgão e espessura da parede. A
musculatura uterina perde em alguns dias a capacidade de reagir a estímulos de contração.

ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DO ÚTERO NESTA FASE;

Útero pouco aumentado de volume com presença de conteúdo ecogênico homogêneo no


interior. Observamos que a parede está mais fina e menos irregular e o conteúdo mais
ecogênico comparado ao pós-parto inicial, além do corno uterino com diâmetro menor.

IMAGENS DE INVOLUÇÃO UTERINA PÓS-PARTO:


LÓQUIO: secreção eliminada pelo útero no puerpério. Nas cadelas é inicialmente aquoso e
verde escuro (uteroverdina), tornando-se mucoso e com coloração vermelho escuro e
vermelho claro após 10 dias de puerpério e finalizando sua eliminação 4 a 5 semanas após o
parto.

Nas gatas durante a expulsão das secundinas a secreção é marrom, torna-se avermelhada e
finalmente amarelo-âmbar.

DESORDENS DO ÚTERO NO PUERPÉRIO

Várias condições patológicas podem se desenvolver durante o puerpério, colocando em


risco a vida, e o diagnóstico precoce é fundamental para garantir a sobrevida da mãe e dos
neonatos.

Aqui vamos abordar as alterações patológicas do útero neste período, que podem ser
diagnosticadas pela ultrassonografia.

Metrite ou endometrite pós parto, retenção fetal, subinvolução dos sítios placentários e
ruptura uterina.

METRITE OU ENDOMETRITE PÓS PARTO:

É a afecção uterina mais comum no puerpério de cadelas e gatas e corresponde a


inflamação e/ou infeção ascendente do endométrio e do miométrio, consequência de
retenção fetal ou placentária, de aborto, de trauma uterino após distocia, de manipulações
obstétricas e de infecção ascendente no canal vaginal em situações em que a cérvix
apresenta-se aberta, como no parto e pós parto.

O sinal clínico mais característico é a presença de corrimento vaginal purulento ou


piosanguinolento de odor fétido. Quando há retenção fetal ou de restos de placenta a
progressão do quadro é rápida, e o animal pode apresentar sinais de doença sistêmica.

ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DO ÚTERO COM ENDOMETRITE:

O útero se apresenta aumentado de volume, porém com presença de conteúdo


anecogênico (líquido), com maior ou menor celularidade. O endométrio apresenta
aumento da ecogenicidade e ás vezes também espessamento e irregularidade. Essas
alterações ultrassonográficas podem ser observadas focalmente no útero ou no útero todo.
O que pode ajudar a definir o grau de severidade do caso.

Em casos onde o conteúdo do útero está predominantemente anecogênico (líquido),


devemos avaliar a presença de retenção fetal concomitante.

IMAGENS ULTRASSONOGRÁFICAS DE ENDOMETRITE PÓS PARTO


RETENÇÃO FETAL E DE PLACENTA:

A retenção de placenta é uma condição grave em cadelas e gatas principalmente quando


associadas à retenção fetal. Caracteriza-se por falha na eliminação dos anexos fetais ou
morte do feto que permanece retido no útero após um parto laborioso. Em casos de
infecção secundária caracterizando putrefação pode ser mais grave e pode ser percebido
pela ultrassonografia através presença de gás no interior do útero.

ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DO ÚTERO COM RETENÇÃO DE PLACENTA

Observamos no interior do útero a presença de conteúdo anecogênico com celularidade e


aumento da ecogenicidade do endométrio (endometrite). Podemos observar a placenta
como uma imagem hipoecogênica homogênea, com formato compatível com a placenta,
em um ou mais pontos do útero (de acordo com a quantidade de placentas retidas).

IMAGENS DE RETENÇÃO DE PLACENTA E ENDOMETRITE


ENDOMETRITE PÓS-PARTO COM PRESENÇA DE GÁS NO ÚTERO

No pós-parto também devemos avaliar a presença de gás no interior do útero, nesse caso
iremos observar presença de imagem hiperecogênica com reverberação visualizadas na luz
do útero. Muito importante avaliar a presença de retenção fetal também nos casos onde
há presença de gás no útero.

IMAGENS DE ENDOMETRITE COM GÁS NO ÚTERO


RUPTURA UTERINA:

Geralmente ocorre durante o parto e pode ser percebida no pós parto.

Pode ocorrer por lesões anteriores na parede uterina assim como cicatrizes de cesarianas
anteriores ou outras cirurgias, distocia materna ou fetal, manobras obstétricas errôneas,
comprometimento miometrial após infecção bacteriana.

A fêmea apresenta sintomas inespecíficos de dor, distensão abdominal, sangramento


vaginal.

ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DA RUPTURA DO ÚTERO NO PÓS-PARTO

Ultrassonograficamente podemos observar o útero pós-parto porém o sinal mas


importante da ruptura do útero será o aumento da ecogenicidade do omento, levando a
uma peritonite focal com aderências no útero. Essa alteração por si só sugere a ruptura do
útero.

IMAGENS DE RUPTURA UTERINA

Aumento difuso da ecogenicidade do omento observado em uma parte do corno uterino,


sugerindo peritonite e aderência, nesse caso estava próximo à região de corpo do útero,
onde havia uma cicatriz de cesárea anterior. Útero não apresenta alterações marcantes
relacionadas ao conteúdo.
Note nesta imagem percebemos o útero pós parto sem evidências de alterações
compatíveis com peritonite, demonstrando que esta alteração pode não estar presenta no
útero todo, mas também pode ser focal, no local da ruptura.
Corno uterino apresentando ruptura, próximo a região de corpo, retirado cirurgicamente,
provavelmente rompeu devido à presença de cicatriz de cesárea prévia.

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