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C. E.

SOL NASCENTE
PROFESSORA: ÉDINA MOURA VIANNA

ROMANTISMO

I - CONTEXTO HISTÓRICO

O Romantismo foi um movimento bastante amplo, abrangendo não somente a


literatura, mas a cultura, filosofia e as artes em geral. Teve início na Alemanha e na
Inglaterra no final do século XVIII, passando pela França, e aos poucos se espalhou por
toda Europa de onde se difundiu para a América. As bases do sentimentalismo romântico
e do escapismo pelo suicídio foram estabelecidas pelo romance "Os sofrimentos do jovem
Werther", de Goethe, publicado na Alemanha em 1774 (Século XVIII).
O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente intelectual era de
grande rebeldia. Na política, caíam os sistemas de governo despótico e surgia o
liberalismo político (não confundir com o liberalismo econômico do Século XX) , ou seja, o
poder que sempre esteve nas mãos da nobreza, da aristocracia é conquistado pela
burguesia, que contava com o apoio do povo. No campo social imperava o inconformismo
e no campo artístico o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século
de oposição.A Revolução Francesa, particularmente, representou uma grande ameaça
para os interesses burgueses na Inglaterra, por ela propagar uma ideologia de liberdade,
igualdade e fraternidade.
“Liberdade, Igualdade e Fraternidade” tornam-se palavras de ordem na época, quer
no campo político, econômico ou social. E como não podia deixar de ser, liberdade é a
palavra de ordem também no plano literário.

II – O ROMANTISMO NO BRASIL

O Romantismo no Brasil surgiu em 1836, quando foi publicada a obra “Suspiros


Poéticos e Saudades”, de Gonçalves de Magalhães.. Após o grito da independência em
1822, surge uma nova mentalidade no povo brasileiro, que deseja reforçar a nova
realidade, negando tudo o que tinha origem na cultura portuguesa. Além disso, o país
atravessava um momento marcado por reformas políticas, ânimo de liberdade,
necessidade de construção dessa nova nação e, principalmente, destaque para o
nacionalismo e valorização da nossa pátria.
Apesar de o Brasil não ter mais laços políticos com a metrópole, os intelectuais do
país ainda copiavam os modelos de pensamento europeu. Com o surgimento do
Romantismo no Brasil, houve a necessidade de criar uma arte e jeito de pensar que fosse
romper com os padrões, e os escritores tupiniquins queriam ser independentes também
de forma cultural. Ainda assim, perceberemos uma forte influência dos padrões europeus
na constituição dos heróis românticos.
A Independência é o principal fato político do século 19 e vai determinar os rumos
políticos, econômicos e sociais do Brasil até a Proclamação da República (1889), no
entanto merece destaque também o Segundo reinado, em que o país conheceu um
período de grande desenvolvimento em relação aos três séculos anteriores. Apesar disso
tudo, o Brasil continuou um país fundamentalmente agrário, cuja economia se baseava no
latifúndio, na monocultura e na mão de obra escrava.

III – CARACTERÍSTICAS

A ascensão da burguesia, da chamada classe média, provoca uma alteração, um


deslocamento do público consumidor da literatura, que até então era o nobre. No
Romantismo quem lia era o burguês. A literatura tornou-se mais popular, com um caráter
mais nacional. Surgem os primeiros folhetins, espécie de precursores das nossas
telenovelas. Surge um novo público consumidor, anônimo, que buscava na literatura uma
forma de entretenimento. O Romantismo é considerado, por excelência, o movimento
literário da burguesia.
A principal característica do Romantismo era que a visão de mundo ia contra o
racionalismo do período que o antecedeu, o Neoclassicismo, que abordava elementos
como o equilíbrio, bucolismo, objetivismo, mitologia e paganismo.
O Romantismo propunha novos valores, e as obras desse período tinham como
característica o exagero, subjetivismo, sentimentalismo e nacionalismo. Os participantes
deste movimento focavam no indivíduo, portanto os escritores escreviam muitas vezes
sobre si mesmos, falando sobre dramas pessoais, tragédias românticas, ideias utópicas,
desejos de escapar da realidade e escreviam muitas histórias sobre amores platônicos e
impossíveis. Este estilo era bem livre e muitos dos autores criavam seu próprio
vocabulário, escapando das normas tradicionais. O espírito clássico, a obediência às
regras e a razão não fazem parte deste movimento.
As principais características do Romantismo são:
 NACIONALISMO - Ocorre a valorização da pátria, dos heróis nacionais e do
passado histórico. No caso de Portugal, retomam -se os mitos dos grandes
cavaleiros e heróis medievais. No Brasil, como não tivemos Idade Média, nos
moldes do colonizador, cria-se o “mito do bom selvagem”. O índio aparece
idealizado nos textos românticos, sempre bom, forte e bonito, passando a
representar o nosso cavaleiro medieval.
 EMOÇÃO Há um predomínio da emoção, do subjetivismo = Sendo o indivíduo a
figura principal, toda a produção se fundamenta na emoção, na imaginação. Ao
contrário da disciplina das escolas anteriores, o poeta romântico é livre, livre para
sentir e expressar seus sentimentos e desejos. Só através da emoção o artista
romântico consegue expressar o seu interior, o seu eu.
 LIBERDADE (A liberdade de criação) Os românticos abandonaram as formas fixas
dos modelos clássicos {ode, soneto, decassílabos, etc}; abandonaram as rimas e
valorizaram o verso branco, ou seja, o verso não rimado; promoveram uma mistura
de gêneros; enriqueceram a língua incorporando neologismos (palavras novas) e
aproximando a linguagem literária da coloquial. Para o autor romântico o importante
era a expressão dos seus sentimentos, do seu mundo interior, independentemente
de qualquer forma preestabelecida. Todas essas características se refletem em
vários temas. Veja os principais:
 INDIVIDUALISMO/egocentrismo/egotismo - O “eu” é a figura principal. Nunca em
nenhum movimento a imposição do “eu” foi tão forte. Temos um predomínio da
primeira pessoa. Para o Romantismo uma das questões centrais é aquilo que cada
pessoa tem de particular, de exclusivo. ESCAPISMO ou evasão = Mas nessa ânsia
de sentir e de imaginar o autor romântico se depara com a realidade, com uma
realidade que nem sempre é a desejada, o que lhe provoca atitudes diversas: ou a
atitude revolucionária, principalmente dos poetas da terceira geração, dos quais
falaremos nas próximas aulas, ou a frustração, a insatisfação e o desejo de fuga. .
Esse escapismo se manifestou de formas diversas entre os românticos: na
natureza, vista como um refúgio, um lugar ainda não corrompido; nos sonhos,
substituindo as dores da vida real; na morte vista como algo positivo e
constantemente invocada. Há ainda outras formas de fuga que a essas se unem: a
vida boêmia, o culto da solidão, o gosto pelo passado, por lugares exóticos e
mórbidos
 RELIGIOSIDADE - Em oposição ao paganismo da escola anterior, redescobrem-se
as fontes bíblicas, principalmente as derivadas do cristianismo.
 IDEALIZAÇÃO DO AMOR E DA MULHER = O amor é tido como a essência da vida,
como o sentido de tudo e consequentemente, a mulher, objeto do amor romântico, é
divinizada, cultuada. Ela era misteriosa, pura – a virgindade era muito valorizada,
quase toda heroína romântica era virgem. Mas apesar desse caráter angelical,
alguns textos românticos apresentam muito sensualismo.

Resumo das características do Romantismo


o Oposição ao modelo clássico (A o Idealização da sociedade, do amor
arte, que antes era de caráter nobre e da mulher;
e erudita, passa a valorizar o o Emoção - Sentimentalismo e
folclórico e o nacional. Ela extrapola supervalorização das emoções
as barreiras impostas pela Corte e pessoais;
começa a ganhar a atenção do o Subjetivismo e egocentrismo;
povo.); o Saudades da infância;
o Uso de versos livres e versos o Escapismo - Fuga da realidade.
brancos; o Surgimento de um público
o Individualismo - o indivíduo passa a consumidor (folhetim);
ser o centro das atenções; o Estrutura do texto em prosa, longo;
o Exaltação do nacionalismo, da o Desenvolvimento de um núcleo
natureza e da pátria; central;
o Criação de um herói nacional; o Narrativa ampla refletindo uma
sequência de tempo;
As gerações românticas

Primeira geração - Muito ligada ao ufanismo, uma vez que o país tinha se
tornado independente recentemente. Outra temática muito explorada nessa época é
o indianismo, apresentando o índio como elemento de ligação à pátria e à natureza (e
riquezas naturais) próprias do Brasil. O foco foi um resgate da essência história e
cultural do país.
Segunda geração - Também conhecida como Ultrarromantismo ou Mal do
século, recebeu grande influência da poesia de George Gordon Byron, ou Lord
Byron. A melancolia e o pessimismo ganham destaque e o medo, o sofrimento e os
vícios são temas abordados nessas produções. A fuga da realidade se apresenta
com um saudosismo à infância, exaltação da morte e no medo do amor.
Terceira geração - Inspirada nas produções do escritor francês Vitor Hugo,
essa fase também foi nomeada como Geração Condoreira, em atribuição ao Condor
(águia, falcão), que tem uma visão mais ampla, simbolizando que nessa etapa os
poetas haviam alcançado a maturidade e liberdade fundamentais para suas
produções. Historicamente, o Brasil estava vivendo um momento de pensamentos
em favor de um Brasil republicano (consequentemente, o fim da monarquia) e com
foco no abolicionismo, promovendo o final da escravidão (que começou em 1850, se
concretizando em 1888). Dessa forma, o nacionalismo brasileiro deixa de ser
representado apenas pela cultura europeia e indígena, integrando-se também o
reconhecimento pela identidade negra.

- https://www.youtube.com/watch?v=5qBWPLb7wHc
- https://www.youtube.com/watch?v=1_bVGO_EILo
- https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/caracteristicas/61871
- https://brasilescola.uol.com.br/literatura/caracteristicas-romantismo.htm
- https://www.todamateria.com.br/romantismo-caracteristicas-e-contexto-historico/

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