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Outro fator agravante para o surgimento desses conflitos na África se refere ao baixo nível
socioeconômico de muitos países e à instalação de governos ditatoriais. Durante a Guerra
Fria, que envolveu os Estados Unidos e a União Soviética, ocorreu o financiamento de
armamentos para os países africanos, fornecendo aparato técnico e financeiro para os
distintos grupos de guerrilheiros, que muitas vezes possuíam – e ainda possuem – crianças
que são forçadas, através de uma manipulação ideológica, a odiarem os diferentes grupos
étnicos.
São vários os conflitos no continente africano; o que é pior, muitos deles estão longe de
um processo de pacificação. A maioria é motivada por diferenças étnicas, é o que acontece
em Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo e Somália, por exemplo. Outros por
disputas territoriais como Serra Leoa, Somália e Etiópia; questões religiosas também
geram conflitos, é o que acontece na Argélia e no Sudão. Além de tantas políticas
ditatoriais instaladas, a que teve maior repercussão foi o apartheid na África do Sul –
política de segregação racial que foi oficializada em 1948, com a chegada ao poder do
Novo Partido Nacional (NNP). O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas, além
de não poderem adquirir terras na maior parte do país, obrigando os negros a viverem em
zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o Oriente Médio transformou-se em uma das
regiões mais instáveis do mundo. Os conflitos ocorrem, na maioria das vezes, por fatores
geoestratégicos, como o controle do petróleo, rivalidades locais e conflitos religiosos entre
cristãos, judeus e muçulmanos xiittas e sunitas.
Durante o século XII, muitos judeus que viviam na Terra Prometida foram massacrados
pelas Cruzadas, mas nos séculos seguintes, a imigração para a Terra de Israel continuou.
Mais comunidades religiosas judaicas estavam se fixando em Jerusalém e em outras
cidades.
Um dos pontos fundamentais da fé judaica é que todo o povo será liderado de volta à
Terra de Israel e que o Templo Sagrado será restabelecido. Muitos judeus acreditam que o
Messias, que será enviado por Deus, irá liderar o retorno de todo o povo judeu à Terra de
Israel.
Contudo, muitos judeus acreditavam que eles próprios deveriam iniciar seu retorno à sua
terra histórica. A idéia de estabelecer um estado judeu moderno começou a ganhar
grande popularidade no século XIX na Europa. Um jornalista austríaco chamado Theodor
Herzl levou adiante a idéia do sionismo, definido como o movimento nacional de
libertação do povo judeu. O sionismo afirma que o povo judeu tem direito ao seu próprio
estado, soberano e independente.
O povo judeu baseia suas reivindicações pela Terra de Israel em diversos fatores:
1. A Terra de Israel foi prometida por Deus aos judeus. Esta é a antiga terra dos patriarcas
e profetas bíblicos.
2. Desde que os judeus foram exilados pelos romanos, a Terra de Israel nunca foi
estabelecida como um estado.
3. O estado de Israel foi criado pelas Nações Unidas em 1947. É um estado democrático,
moderno e soberano.
4. Toda a Terra de Israel foi comprada pelos judeus ou conquistada por Israel em guerras
de defesa, após o país ter sido atacado por seus vizinhos árabes.
6. A história demonstrou que a segurança do povo judeu apenas pode ser garantida
através da existência de um estado judeu forte e soberano.
Em 1882, menos de 250.000 árabes viviam no local. Uma parte significante da Terra de
Israel pertencia aos senhores, que viviam no Cairo, Damasco e Beirute. Por volta de 80%
dos árabes palestinos eram camponeses, nômades ou beduínos.
Em 1917-18, com apoio dos árabes, os britânicos capturaram a Palestina dos turcos
otomanos. Na época, os árabes palestinos não se imaginavam tendo uma identidade
separada. Eles se consideravam parte de uma Síria árabe. O nacionalismo árabe palestino
é, em grande parte, um fenômeno do pós Primeira Guerra Mundial.
O povo palestino tem o direito à independência nacional e à soberania sobre a terra onde
viveram.
A Guerra de Suez revelou uma nova referência para o contexto político da região: a
cumplicidade de Israel com as potências imperialistas ocidentais. Tal constatação
acentuou a ruptura entre árabes e judeus, abrindo precedentes para novos conflitos.
Guerra dos Seis Dias
A Guerra dos Seis Dias foi mais um desdobramento dos conflitos entre árabes e judeus. Ela
recebeu esta denominação devido ao efetivo contra-ataque israelense à ofensiva árabe,
promovido pelo Egito.
No entanto, a reação israelense a essas medidas foi rápida e decisiva: atacou o Egito, a
Jordânia e a Síria, encerrando o conflito num curto espaço de tempo — 5 a 10 de junho (6
dias) de 1967. Israel dominava as forças aéreas e, por terra, contava com forças blindadas
comandadas pelo general israelense Moshé Dayan. O resultado da guerra aumentou
consideravelmente o estado de Israel: foram conquistadas áreas do Egito, Faixa de Gaza,
Península de Sinai, região da Jordânia, a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém, partes
pertencentes à Síria e às Colônias de Golan.
A Guerra dos Seis Dias fortaleceu o Estado de Israel e agravou o nível de tensão entre os
países beligerantes.
Globalização
Vale lembrar, no entanto, que esse conceito não se refere simplesmente a uma ocasião ou
acontecimento, mas a um processo. Isso significa dizer que a principal característica da
globalização é o fato de ela estar em constante evolução e transformação, de modo que a
integração mundial por ela gerada é cada vez maior ao longo do tempo.
A origem da Globalização
Não existe um total consenso sobre qual é a origem do processo de globalização. O termo
em si só veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo uma maior difusão após a
queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que
defendem que a globalização tenha se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial
europeia, no final do século XV e início do século XVI, momento no qual o sistema
capitalista iniciou sua expansão pelo mundo.
Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais diversos
campos que sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço geográfico, educação,
política, direitos humanos, saúde e, principalmente, a economia. Dessa forma, quando
uma prática cultural chinesa é vivenciada nos Estados Unidos ou quando uma
manifestação tradicional africana é revivida no Brasil, temos a evidência de como as
sociedades integram suas culturas, influenciando-se mutuamente.
É claro que o que pode ser considerado como vantagem ou desvantagem da globalização
depende da abordagem realizada e também, de certa forma, da ideologia empregada em
sua análise. Não é objetivo, portanto, deste texto entrar no mérito da discussão em dizer
se esse processo é benéfico ou prejudicial para a sociedade e para o planeta.
Efeitos da Globalização
Outro aspecto que merece destaque é a expansão das empresas multinacionais, também
chamadas de transnacionais ou empresas globais. Muitas delas abandonam seus países de
origem ou, simplesmente, expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais
em busca de um maior mercado consumidor, de isenção de impostos, de evitar tarifas
alfandegárias e de angariar um menor custo com mão de obra e matérias-primas. O
processo de expansão dessas empresas globais e suas indústrias reverberou no avanço da
industrialização e da urbanização em diversos países subdesenvolvidos e emergentes,
incluindo o Brasil.
Outra dinâmica propiciada pelo avanço da globalização é a formação dos acordos regionais
ou dos blocos econômicos. Embora essa ocorrência possa ser inicialmente considerada
como um entrave à globalização, pois acordos regionais poderiam impedir uma global
interação econômica, ela é fundamental no sentido de permitir uma maior troca comercial
entre os diferentes países e também propiciar ações conjunturais em grupos.
Por fim, cabe ressaltar que o avanço da globalização culminou também na expansão e
consolidação do sistema capitalista, além de permitir sua rápida transformação. Assim,
com a maior integração mundial, o sistema liberal – ou neoliberal – ampliou-se
consideravelmente na maior parte das políticas econômicas nacionais, difundindo-se a
ideia de que o Estado deve apresentar uma mínima intervenção na economia.