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Resumo Farmacognosia I

1. INTRODUÇÃO À FARMACOGNOSIA

Do ponto de vista da farmacognosia,


Droga droga deve ser o material de origem
• substância que tem ação terapêutica vegetal, mineral ou animal seco. A
retirada de água implica na inibição
das reações de hidrólise, parando a
Fármaco biossíntese naquele sistema.
• princípio ativo

A secagem deve ser feita em estufa, com temperatura não muito alta ou pode ser
feita secando ao tempo.

Excicata é uma biblioteca ou depósito de plantas. É similar a um herbário. É como se


fosse à impressão digital da planta. Se pega o jornal, organiza-se a planta com seus galhos,
folhas, flores, frutos e semente, a fim de arquivar com identificação do local de coleta. No
herbário há identificação da excicata, onde tal identificação é similar ao RG da droga vegetal, o
que é útil em ciência, para a verificação das informações contidas nos artigos na área de
fitoquímica.

Medicamento alopático Medicamento fitoterápico

Obtido a partir de síntese orgânica obtido a partir de extração vegetal

Homeopatia Fitoterápico Plantas medicinais

•princípio da •obtido do vegetal •planta fresca.


semelhança. completo ou de partes •usada empiricamente
•diluições muito da planta. pelas propriedades
grandes e •não obtido de terapêuticas.
potencialização da substância isolada. •data da coleta,
ação. estação do ano, parte
do vegetal utilizado
podem influenciar no
efeito.

Quando a planta medicinal é seca temos a droga vegetal, a qual está presente na
farmacopeia, diferente das plantas medicinais que não estão. As formas de obtenção da droga
vegetal envolvem decocção, infusão dentre outras. Na decocção se cozinha as partes mais
rígidas da planta, a fim de extrair a droga vegetal. Na infusão se verte água quente sobre as
partes mais moles da planta, extraindo as substâncias voláteis. Não se realiza decocção
com sachês de chá, pois a mesma destruiria as substâncias voláteis. As drogas vegetais que
estão na farmacopeia são consideradas oficinais, mas não necessariamente apresentam
estudos de eficácia terapêutica.

Fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais. Eles são


obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo,
cera, exsudato, suco, e outros). Não é objeto de registro como medicamento fitoterápico,
planta medicinal ou suas partes, após processos de coleta, estabilização e secagem, podendo
ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada.

Maceração é uma espécie de extração estática, onde se obtém a droga vegetal com
auxílio de solvente, a partir da planta rasurada.

Percolação é uma espécie de extração dinâmica, onde o produto vegetal passa por
uma malha, sendo banhado no solvente, o qual é recuperado após a extração.

Fluído supercrítico é outra forma de extração, no qual o vegetal rasurado (oferece


melhor produto de extração, já que o vegetal moído é mais compacto e o solvente tem mais
dificuldade de permear todo o material e extrair) sofre ação do fluído supercrítico, o qual,
como o CO2, se transforma em líquido em seu ponto crítico, sob pressão, extraindo desta
forma os óleos essenciais, e com posterior despressurização há o retorno a gás e o óleo
essencial é obtido puro.

Fitoterápico é a formulação farmacêutica contendo droga vegetal, enquanto que o


fitofármacos são, exclusivamente, substâncias puras isoladas de origem vegetal.

Métodos corados, como espectrometria U.V detectam a classe química, mas não a
substância propriamente dita. Na cromatografia em camada fina pode-se identificar a classe
química, mas deve-se usar padrão com mesmo Rf, mas ainda assim não oferece um
diagnóstico fechado da substância propriamente dita. Para determinação exata da substância,
utiliza-se espectrometria de massas.

Para pesquisa de plantas que possuam determinadas substâncias, buscam-se as


famílias botânicas em que já é conhecida a presença dessa substância.

As plantas medicinais podem ser apresentadas das formas para uso externo e
interno :

Uso interno Uso externo


Infuso Emplasto
Decocto Cataplasma (com farinha)
Macerado Unguento (com gordura vegetal)
Xarope Banho
Tintura
Limimento (com óleo)
2. QUÍMICA DE PRODUTOS NATURAIS:

Metabolismo
vegetal

Metabolismo primário
•ácido nucléicos,
•proteínas
•lipídeos
•carboidratos
•processos bioquímicos

Metabolismo secundário
•alcalóides, terpenóides, flavonóides, etc
•rotas biossintéticas restritas a determinados grupos vegetais.
•processos orgânicos

Outras fontes de produtos naturais são microorganismos, os quais podem fornecer


antibióticos, organismos marinhos como as esponjas, animais como cobras e sapos, e através
de síntese orgânica que produz moléculas de origem natural. A síntese orgânica apresenta
dificuldade de sintetizar moléculas presentes em produtos naturais, pois estas apresentam
estereoquímica complexa, já que a maioria apresenta diversos centros quirais, os quais nem
todos conseguem ser sintetizados de modo idêntico.
Muitos dos produtos do metabolismo secundário atuam na defesa da planta contra
herbívoros, como atração a polinizadores, na proteção contra agentes físicos.
O metabolismo vegetal apresenta as seguintes vias:
A nuvem eletrônica da ligação da carbonila é atraída para próximo do
oxigênio, em função deste apresentar maior eletronegatividade, logo o
carbono da carbonila apresenta maior possibilidade de ser ponto para
condensação, já que é centro eletrofílico.

O carbono adjacente é bom nucleófilo, em função do equilíbrio ceto – enólico, uma


vez que SCoA é bom grupo de saída, por ser volumoso. Principalmente quando há H ácido, o
qual sai fácil por estar em posição β à carbonila e deixam elétrons que propiciam a formação
de dupla ligação a qual favorece a realização das condensações a partir desse carbono.
3. VIA DO ACETATO MALONATO:

Na via do acetato malonato temos a produção de ácidos graxos, acetilenos,


prostaglandinas, leucotrienos, naftaquinonas, antraquinonas, tetraciclinas e também
flavonóides, mas estes são de via biossintética mista.
Os óleos essenciais apresentam baixo peso molecular, sendo voláteis e odoríferos,
diferente dos óleos fixos que apresentam alto peso molecular, pois em geral são formados por
ácidos graxos insaturados de cadeia longa, porém menos que os presentes em gorduras e
ceras.
A. ÁCIDOS GRAXOS:
A predominância de ácidos saturados determina o estado físico sólido, como nas
manteigas, sebos e ceras sólidas. Nos óleos encontram-se ésteres de ácido insaturados.
Aquecidos em meio alcalino resultam os sais respectivos dos ácidos graxos, os sabões.
O oxigênio com carga negativa do malonil CoA ataca o carbono da carbonila do acetil
CoA realizando a condensação. A fim de retirar a carbonila não ligada ao SCoA há redução e
desidratação, havendo formação de dupla ligação, em função de redução. Na posição da dupla
ligação há o ataque de nova molécula de malonil CoA, com nova condensação, redução da
carbonila e desidratação. Esse processo acontece sucessivamente até chegar ao tamanho
desejado do ácido graxo, quando chegar este momento a tioesterase cliva a ligação com SCoA,
e há ataque de molécula de água formando a OH.

A formação de ácidos graxos ramificados acontece ou pela reação com um iniciador,


exemplo isobutil-CoA ou α-metilbutiril-CoA, ou pela condensação com malonil-CoA alquilado
(ação da SAM). Enquanto que na formação de ácidos graxos de cadeia ímpar o iniciador é o
propionil CoA e não acetil CoA.
Para formação de ácidos graxos insaturados há a hidrogenação da dupla
ligação formada pela redução e desidratação da carbonila até o ponto em que a
instauração deverá existir. Nesse ponto, não há hidrogenação a fim de manter a instauração
do ácido graxo insaturado.

B. POLICETÍDEOS:
Não há as etapas 4,5 e 6, pois não
se deseja retirar a carbonila, a
qual deve estar presentes nos
policetídeos, pois a formação de
policetídeos é adição de acilas em
série.

Para continuar a polimerização o


malonil CoA ataca no carbono
com SCoA, já que este é bom
grupo de saída.

Os policetídeos não reagem de


forma linear, devendo estar em
conformação mais próxima,
tentendo a formar anéis.

Anteriormente foi visto que redução após cada etapa de condensação entre duas
moléculas derivadas da acetil-CoA leva a formação de ácidos graxos. Se não houver a redução,
intermediários de cadeia β-policetoésteres de comprimentos variados são formados. Essas
substâncias são muito reativas podendo sofrer condensações de Claisen ou aldólica para
formar os policetídeos aromáticos. A ciclização é guiada pela topologia espacial enzimática.
Essas moléculas são bifuncionais, pois os grupos metilenos atuam como íons carbânions ou
enolatos pela remoção de um próton e o grupo carbonila polarizado tem caráter de íon
carbocátion.
Carbânion ataca o carbono
da carbonila, realizando
adição aldólica à carbonila.
Há a desidratação,
liberando a OH formada a
partir da carbonila, e tal
desidratação promove a
formação de dupla ligação
a fim de iniciar a formação
de sistema conjugado. Há
a enolização, em função do
equilíbrio ceto-enólico,
formando as OH no lugar
das carbonilas (orientação
meta entre si) e formação
de ligações duplas que
finalização o sitema
conjugado, além da
hidrólise de SCoA.

Na reação de Claisen,
em vez de ocorrer a
desidratação que levará
a formação da dupla
ligação, há saída de
SCoA, que doa elétrons,
restabelecendo a
carbonila.
Após isso há
desidrogenações a fim
de formar o sistema
conjugado e a
enolização.

Com a marcação isotópica há a identificação dos policetídeos, pois a marcação


acontece no carbono da carbonila do acetil CoA, então toda carbono que contenha/conteve
carbonila irá aparecer marcado, pois foi derivado do acetil CoA marcado. Na molécula
ciclizada, os carbonos marcados apresentarão orientação meta. Cuidado com carbonilas que
não estejam na posição meta, mas quais não devem estar marcadas isotopicamente, pois são
produtos de oxidação e não derivadas do acetil CoA.
S-adenosilmetionina (SAM) é um
cofactor enzimático envolvido na
transferência de grupos metila. É
formada a partir de adenosina tri-fosfato
(ATP) e metionina por ação da enzima
metionina adenosiltransferase.

Esta é a metila que é transferida!

As antraquinonas são derivadas da via do acetato malonato, estando presentes na


babosa, na cáscara sagrada, no ruibarbo e no sene. As antraquinonas são substâncias fenólicas
derivadas da ciclização de policetídeos.

As antraquinonas geralmente se encontram ligadas a açúcares por ligações C-


glicosidicas ou O-glicosídicas, onde a porção não glicídica é denominada aglicona.

A ação laxativa das antraquinonas é dose-dependente. Após administração oral, os


glicosídeos antraquinônicos, no cólon, são hidrolisados por enzimas produzidas pela flora
intestinal, convertendo-se em geninas. Daí então, as geninas produzem o efeito laxativo de
três maneiras:
◦ (1) estimulam os gânglios parassimpáticos pélvicos, que por sua vez, causam o aumento da
peristalse, ou seja, aceleram o trânsito intestinal;

◦ (2) promovem a liberação de histamina nas células da mucosa intestinal, o que também
incrementa a atividade da musculatura lisa intestinal (ação irritativa) e;

◦ (3) reduzem a absorção de água e eletrólitos, devido à inibição da bomba Na+/K+ ATPase,
fluidificando as fezes, além de estimularem a secreção de muco.

 IDENTIFICAÇÃO DE ANTRAQUINONAS:

Empregada para detectar agliconas antraquinônicas, sendo negativa para os


heterosídeos, devido a estes últimos não serem solúveis nos solventes apolares, que são o
meio de reação. Pode-se eventualmente detectar as agliconas dos O- e C-heterosídeos, desde
que estes sejam submetidos a uma hidrólise prévia (hidrólise ácida – H2SO4 a 20%; hidrólise
oxidativa – H2O2 ou FeCl3).Esta reação baseia-se na solubilidade dos derivados 1,8-
dihidroxiantraquinônicos livres nos solventes orgânicos imiscíveis com a água (solventes
apolares) e na solubilidade dos respectivos fenolatos alcalinos na água. Estes derivados quando
em solução nos hidróxidos alcalinos, coram-se de vermelho ou rosa (depende da concentração
dos compostos antraquinônicos na amostra analisada). Ocorre ionização das hidroxilas
fenólicas para fenolatos hidrossolúveis.
C. TETRACICLINAS:

São policétídeos formados por 4 anéis,


podendo apresentar também reações de
cloração e nitrogenação. São um grupo de
antibióticos usados no tratamento das infecções
bacterianas, produzidos por diversas espécies
de Streptomyces e algumas são semi-sintéticas.

4. VIA DO ACETATO MEVALONATO:


Há formação do carbocátion, pois
OPP é bom grupo de saída. O fósforo
do OPP atrai os elétrons para si,
deixando o carbono mais
eletrodeficiente.
Até C20 a ligação entre as unidades isoprênicas é
realizada cabeça - cauda, enquanto que a partir de
C30 essa ligação é cauda-cauda.

A. MONOTERPENOS:

São constituintes dos óleos voláteis ou essenciais, atuando


na atração de polinizadores.

Quando vai se fechar o anel há migração de metila, a fim de estabilizar os


carbocátions. O pirofosfato de nerila é melhor para ciclizar, pois há maior chance de reação
pela proximidade do OPP e da dupla ligação.

 IRIDÓIDES: são monoterpenos não clássicos. A maioria dos iridóides


identificados em vegetais ocorre na forma de glicosídeos; alguns ocorrem livres e outros como
dímeros. Pode ocorrer substituição do O pelo N, formando então alcalóides iridoídicos. Dentre
os iridóides de importância farmacêutica podemos destacar aqueles encontrados na Valeriana
e a Genciana. Valeriana officinalis apresenta propriedades sedativas suaves e tranquilizantes, e
pode apresentar também iridóides esterificados.
Os canabinóides oriundos de Cannabis sativa apresentam via biossintética mistas,
onde apresentam derivados policetídeos da via do acetato malonato e iridóides da via do
acetado mevalonato. Para que haja a produção do THC deve acontecer aquecimento, por isso
que se fuma maconha e haxixe. Os efeitos dos canabinóides envolvem redução da pressão
intraocular, por isso que é interessante para o tratamento do glaucoma, hiperemia ocular,
boca seca, aumento da frequência cardíaca, relaxamento muscular, dentre outros. O haxixe é
uma resina presente no exudato das folhas.

B. SESQUITERPENOS:
O precursor imediato dos sesquirterpenóides (C15) é o pirofosfato de
farnesila, que é formado a partir da reação do GPP com IPP.
Conforme aumenta o número
de carbonos há aumento da
formação de anéis bicíclicos,
tricíclicos.

Os sesquiterpenos estão
presentes na Matricaria
chamomilla (camomila), na
Artemísia annua (éster
sesquiterpenóide), na Arnica
montana.
C. DITERPENOS:
O precursor imediato dos diterpenos (C20) é o pirofosfato de
geranilgeranila, que é formado a partir da reação do FPP com IPP.

Ginkgo biloba: É utilizada para asma, alergia, processos inflamatórios,


insuficiência cerebral, varizes, anti-oxidante, anti-agregante plaquetário,
arterioesclerose e antidepressivo. Taxus brevifolia: antineoplásico.
D. TRIPERPENOS:
O precursor imediato dos triterpenos (C30) é o pirofosfato de
farnesila, que é formado a partir da reação do GPP com IPP, porém são formandos
pela condensação de 2 FPP.
O aumento no número de carbonos facilita a formação de ciclos por reações
de condensação, podendo acontecer também reações de redução e oxidação, o que,
juntamente com os rearranjos e rupturas de anel são responsáveis pela enorme diversidade.
Apresentam 6 unidades de isopreno.
Apresentam 3 tipos de fechamento de anel: tetracíclicos, pentacíclicos e
esteróides.
A maioria dos triterpenóides é álcool que se combina com açúcares para
formar glicosídeos, como as saponinas. Nos esqueletos dos triterpenos e esteróides
glicosilados, a glicosilação muda as propriedades químicas e também modifica a nomenclatura.

Para resolver a deficiência de elétrons há a formação de anel muito tensionado (3C),


eu não é estável. Para resolver este problema de estabilidade há quebra da ligação 1-4, com
rearranjo. A presença de NADPH , que é poder redutor, dispensa a presença de hidreto para
redução e estabilização do carbocátion. O carbocátion também pode ser estabilizado por
migração de hidreto, que promove a formação de ligação simples.

Por marcação isotópica se descobre que a condensação presente nos triterpenóides


não é cabeça – cauda é sim cauda – cauda, o que acontece em função do impedimento
estérico, já que é difícil deslocar elétrons do carbocátion terciário.
E. ESTERÓIDES:
Esteróide é qualquer substância que contém um núcleo de
ciclopentanoperidrofenantreno. Os esteróides são numerados, e seus anéis recebem
letras da forma indicada na formula estrutural abaixo.

Na maioria dos esteróides, os anéis B e C e os anéis C e D têm fusão trans,


enquanto os anéis A e B podem ter fusão cis ou trans. A biossíntese dos esteróides é
semelhante a dos triterpenóides. Para a conversão do lanosterol (C30) no colesterol
(C27) é preciso que haja a perda de 3 metilas, o deslocamento de uma ligação dupla e
uma redução de uma ligação dupla. A sequência em que essas reações ocorrem pode
variar, dependendo do organismo.
Sempre no carbono 3 do anel dos esteróides haverá uma hidroxila, que é derivada do
epóxido do 2,3 óxido esqualeno.
O esqualeno é muito reativo, mas o
2,3 óxido esqualeno é mais reativo.

Para fechar o anel a partir do 2,3


óxido esqualeno há quebra da
ligação dupla e para o carbono não
ficar pentavalente há a formação
da OH no local em que havia o
epóxido.

A estereoquímica muda na
conformação cadeira, pois
depende se o H entrou α ou β e
isso força o substituinte entrar na
posição contrária.

As migrações de H e de CH3 para


estabilização dos carbocátions só
podem acontecer com relação 1-2.

Não é mais possível identificar


cabeças ou caudas.

Os esteróides apresentam OH em
C3 e não apresenta CH3 em 4 e 14.
Pode acontecer expansão do anel
em C17.
F. SAPONINAS:
São glicosídeos de esteróis ou triterpenóides policíclicos. Apresentam
atividade anfifílica. A cadeia glicosídica pode ser linear ou ramificada. Difere dos esteróides na
presença de metila em C4 e C14.

As saponinas em solução aquosa formam espuma persistente e abundante.


Essa atividade provém, como nos outros detergentes, do fato de apresentarem na sua
estrutura, como já referido, uma parte lipofílica, denominada aglicona ou sapogenina e uma
parte hidrofílica constituída por um ou mais açúcares. A espuma formada é estável à ação de
ácidos minerais diluídos, diferenciando-a daquela dos sabões comuns. Essa propriedade é a
mais característica desse grupo de compostos, da qual deriva o seu nome (do latim sapone =
sabão). Outras propriedades físico-químicas e biológicas encontradas, mas nem sempre
presentes em todas as saponinas, são: elevada solubilidade em água; ação sobre membranas:
muitas saponinas são capazes de causar desorganização das membranas das células
sangüíneas (ação hemolítica) ou das células das brânquias em peixes (ação ictiotóxica).
Os digitálicos apresentam atividade cardiogênica, podendo apresentar em C17
lactona cardenolídeo (anel de 5 membros) ou bufadenolídeo (6 membros), onde o efeito está
na presença das duas metilas.

Presença das 2
OH que confere
ação
cardiogênica
G. TETRATERPENOS ou CAROTENÓIDES:
O precursor imediato dos tetraterpenos (C40) é o pirofosfato de geranilgeranila,
que é formado a partir da reação do FPP com IPP, porém são formandos pela condensação de 2
GGPP.
Nos carotenóides, a estabilização do carbocátion, que nos triterpenos
acontece via NADPH ou migração de hidreto, acontece pela migração do H vizinho, que na
forma de H+ deixa o par de elétrons, promovendo a formação de ligação dupla, e as ligações
duplas conjugadas são responsáveis pela coloração.

H. POLITERPENÓIDES:
Com relação aos politerpenos, o representante mais significativo é a borracha,
látex extraído da seringueira (Hevea brasiliensis, Euphorbiaceae).
5. MÉTODOS DE EXTRAÇÃO E ÓLEOS ESSENCIAIS:
A. MÉTODOS DE EXTRAÇÃO:
a) EXTRAÇÃO POR SOHXLET: a manta de aquecimento aquece o solvente,
o qual se torna vapor, tal vapor chega ao condensador de bolas e condensa gotejando sobre a
droga vegetal, realizando a extração. O extrato formado conterá as substâncias ativas de
interesse, bem como as que não são interessantes. É uma extração mais rápida, pois é feita
com aquecimento, mas este também pode degradar as substâncias presentes no extrato. O
solvente pode ser reutilizado, uma vez que seja evaporado e recondensado.
b) DECOCÇÃO: a planta é fracionada, imersa em solução hidroalcóolica,
com 30% de etanol com aquecimento por 30 min. É um método de extração empregado para
materiais mais duros. É relativamente rápida, pois apresenta aquecimento, mas o mesmo
também pode degradar substâncias voláteis. Não recomendada para grande quantidade de
material.
c) MACERAÇÃO: mergulha a droga vegetal em etanol 70%, sem
aquecimento, permitindo a interação de modo estático com o solvente, a fim de que aconteça
a extração. É uma técnica mais lenta, mas que preserva as substâncias. Após completa
extração, a filtração é realizada com adição de mais solvente, repetindo esse processo até o
solvente estar incolor. É recomendável que após obter o solvente incolor se realize uma
cromatografia em camada fina. Pode ser utilizada para grandes quantidades de material.
d) EXTRAÇÃO COM REFLUXO: procedimento semelhante a extração com
Sohxelet, mas a droga vegetal e o solvente não estão juntas no balão volumétrico. É uma
aparelhagem mais barata e compacta que a do Sohxelet.
B. ÓLEOS ESSENCIAIS:
São misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente
odoríferas e líquidas. Também são conhecidos como óleos essenciais ou essências ou óleos
etéreos. Características:
• Diferem dos óleos fixos pelo sua volatilidade.
• Em água, apresentam solubilidade limitada, mas o suficiente para
aromatizar soluções aquosas, chamadas de hidrolatos.
• O sabor é geralmente acre (ácido) ou picante.
• Em extrações recentes, são normalmente incolores ou ligeiramente
amarelados.
• Em geral não são muito estáveis, principalmente em presença deluz,
umidade, ar, calor e metais.
• A maioria dos óleos voláteis possui índice de refração e são
opticamente ativos.
A localização depende da família. Podem ser encontrados em
estruturas secretoras especializadas, tais como: pêlos glandulares (Lamiaceae), células
parenquimáticas diferenciadas (Lauraceae), canais oleíferos (Apiaceae). Podem ser
estocados em certos órgãos como flores ou folhas, ou ainda em cascas dos caules,
madeiras, raízes, frutos ou sementes. Quimicamente, a grande maioria dos óleos
voláteis é constituída de duas amplas classes de produtos naturais, baseado em sua
origem biossintética: os derivados aromáticos fenilpropanoídicos (via do ácido
chiquímico); os derivados terpenóides (via do ácido acético), em sua maioria mono e
sesquiterpenóides.
Os métodos de obtenção variam conforme a localização do óleo
volátil na planta e utilização do mesmo. Os métodos mais comuns são a
hidrodestilação, a prensagem, a extração com solventes orgânicos, fluído supercrítico
e a enfleurage. É importante não confundir a atividade farmacológica de uma droga
rica em óleos vegetais com as atividades farmacológicas do óleo isolado desta
mesma planta.
As drogas que possuem óleos voláteis e os óleos separados são muito
comumente utilizados como flavorizantes. No entanto, algumas propriedades
farmacológicas estão relativamente bem estabelecidas, tais como ação carminativa
(funcho, erva-doce, camomila, menta); ação antiespasmódica (camomila, erva-doce,
funcho, sálvia); ação cardiovascular (óleos contendo cânfora); ação secretolítica
(eucalipto, anis-estrelado); ação anestésica local (cravo-da-índia); ação
antiinflamatória (óleos contendo azuleno, como a camomila); ação anti-séptica (óleos
contendo citral, geraniole timol).
C.
6.

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