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LEI COMPLEMENTAR Nº 82 DATA: 24 de dezembro de 2003.


(Vide Decretos nº 18123/2008, nº 18707/2009, nº 19937/2010,
nº 20375/2011 e nº 21348/2012)

INSTITUI O CÓDIGO TRIBUTÁRIO


MUNICIPAL E ESTABELECE NORMAS GERAIS
DE DIREITO TRIBUTÁRIO APLICÁVEIS AO
MUNICÍPIO.

A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, aprovou, e eu, Prefeito


Municipal, sanciono a seguinte Lei Complementar:

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1ºEsta Lei Complementar institui o Código Tributário Municipal com fundamento na
Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 1988 e na
Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), nas Leis
Complementares de âmbito federal e na Lei Orgânica do Município, criando tributos e
estabelecendo normas gerais de direito tributário aplicáveis ao Município.

LIVRO PRIMEIRO
NORMAS GERAIS

TÍTULO I
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º O Código Tributário Municipal cria os seguintes tributos:

I - os impostos:

a) sobre a propriedade predial e territorial urbana;


b) sobre serviços de qualquer natureza;
c) sobre transmissão de propriedade "inter-vivos".

II - as taxas:

a) decorrentes do exercício do poder de polícia;


b) decorrentes de serviços públicos.

III - a contribuição para custeio da iluminação pública.

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IV - a contribuição de melhoria.

Art. 3ºTributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da


respectiva obrigação, sendo irrelevante para qualificá-la:

I - a denominação e demais características formais adotadas pela Lei;

II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Art. 5º Em âmbito municipal, tributos são: impostos, taxas, contribuições de melhoria e


contribuição para custeio da iluminação pública.

Capítulo II
VIGÊNCIA, APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Art. 6º Somente por meio de Lei pode-se estabelecer:

I - a instituição de tributo, ou a sua extinção;

II - a majoração de tributo, ou a sua redução;

III - a definição do fato gerador e o sujeito passivo da obrigação tributária principal;

IV - a fixação de alíquota de tributo e da sua base de cálculo;

V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos,


ou para outras infrações nela definidas;

VI - as hipóteses de suspensão, extinção e exclusão de crédito tributário, ou de dispensa ou


redução de penalidades.

§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação de sua base de cálculo, que importe


em torná-lo mais oneroso.

§ 2º Não constitui majoração de tributo a atualização do valor monetário da respectiva base


de cálculo.

O Poder Executivo Municipal, ao regular as leis que versem sobre matéria tributária
Art. 7º
de competência do Município, deverá observar:

I - as normas constitucionais vigentes;

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II - as normas gerais estabelecidas no Código Tributário Nacional e na legislação federal;

III - as disposições desta Lei e demais leis municipais.

Parágrafo Único. O conteúdo e o alcance dos regulamentos restringir-se-ão às disposições


das leis, em função ou por determinação das quais tenham sido expedidos, não podendo,
em especial:

I - dispor sobre matéria não tratada em lei;

II - acrescentar ou ampliar disposições legais;

III - suprimir ou limitar disposições legais;

IV - interpretar a lei de modo a restringir ou ampliar o alcance dos seus dispositivos.

Art. 8º São normas complementares das leis:

I - os decretos;

II - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;

III - as decisões dos órgãos singulares ou colegiados da jurisdição administrativa a que a


lei atribua eficácia normativa;

IV - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;

V - os convênios celebrados pelo Município com a União e o Estado do Paraná.

Parágrafo Único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de
penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de
cálculo do tributo.

Art. 9º A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas


disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvadas as disposições do
Livro Segundo, Título I, Capítulo II, do Código Tributário Nacional.

Art. 10 A legislação tributária do Município vigora, no País, dentro dos limites de seu
território, e fora do respectivo território, nos limites em que lhe reconheçam
extraterritorialidade, os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras
leis de normas gerais expedidas pela União.

Art. 11Nenhum tributo poderá ser lançado ou arrecadado sem que a lei que o institua ou o
majore, esteja com plena eficácia no início do respectivo exercício.

Art. 12

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Art. 12Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra sua
publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:

I - que instituem ou majoram tais impostos;

II - que definam novas hipóteses de incidência;

III - que extinguem ou reduzam isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável
ao contribuinte.

A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos


Art. 13
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja
completa nos termos do artigo 24 desta Lei.

Art. 14 A Lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de


penalidade à infração dos dispositivos interpretados;

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:

a) deixe de defini-lo como infração;


b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde
que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da
sua prática.

Art. 15 Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a


legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:

I - a analogia;

II - os princípios gerais de direito tributário;

III - os princípios gerais de direito público;

IV - a eqüidade.

§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.

§ 2. O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo


devido.

Art. 16Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do
conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos
respectivos efeitos tributários.

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Art. 17 A lei tributária não pode alterar definição, o conteúdo e o alcance de institutos,
conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela
Constituição Federal, pela Constituição do Estado e pela Lei Orgânica do Município, para
definir ou limitar competências tributárias.

Art. 18 Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:

I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;

II - outorga de isenção;

III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da


Art. 19
maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:

I - à capitulação legal do fato;

II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus


efeitos.

III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;

IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.

TÍTULO II
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 20 A obrigação tributária é principal e acessória.

§ 1º A obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto
o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito
dela decorrente.

§ 2º A obrigação tributária acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as


prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples ato da sua inobservância, converte-se em


obrigação principal relativamente a penalidade pecuniária.

Art. 21 Os contribuintes, ou quaisquer responsáveis facilitarão, por todos os meios, o

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lançamento, a fiscalização e a cobrança dos tributos devidos à Fazenda Pública Municipal,


ficando especialmente obrigados a:

I - apresentar declarações e guias e a escriturar em livros próprios de obrigação tributária,


segundo as normas desta Lei e dos regulamentos fiscais;

II - comunicar à Fazenda Municipal dentro de 15 (quinze) dias, contados a partir da


ocorrência, qualquer alteração capaz de gerar, modificar ou extinguir obrigação tributária;

III - conservar e apresentar à Fazenda, quando solicitado, qualquer documento que de


algum modo se refira a operações de situações que constituam fato gerador de obrigação
tributária ou que sirva como um comprovante da veracidade dos dados consignados em
guias e documentos fiscais;

IV - prestar, sempre que solicitadas pelas autoridades competentes, informações e


esclarecimentos que, a juízo da Fazenda, refiram-se a fato gerador de obrigação tributária.

V - mencionar o domicílio tributário nas petições, guias e outros documentos que os


obrigados dirijam ou devem apresentar à Fazenda Municipal, devendo os contribuintes
inscritos comunicar toda mudança de domicílio, no prazo de 15 (quinze) dias, contados a
partir da ocorrência.

VI - emitir a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica para registro das operações de prestação de
serviços, individualmente, por fato gerador ocorrido; (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 242/2015)

VII - comunicar à Fazenda Pública, até o dia 30 (trinta) de cada mês, a cessão ou locação
de espaço em seu estabelecimento, para realização de eventos de qualquer natureza, com
ou sem cobrança de ingresso. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 242/2015)

Parágrafo Único. Mesmo no caso de imunidade ou isenção, ficam os beneficiários sujeitos


ao cumprimento do disposto neste artigo.

Capítulo II
FATO GERADOR

Art. 22 Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e
suficiente à sua ocorrência.

Art. 23 Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da


legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que configure obrigação
principal.

Art. 24 Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e


existente os seus efeitos:

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I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as


circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são
próprios;

II - tratando-se da situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente


constituída, nos termos de direito aplicável.

Parágrafo Único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios


jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo
ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

Art. 25Para efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os
atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:

I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;

II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do


negócio.

Art. 26 A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis,


ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

Capítulo III
SUJEITO ATIVO

Art. 27 Na qualidade de sujeito ativo da obrigação tributária, o Município é a pessoa


jurídica de direito público interno titular da competência para instituir, lançar, arrecadar e
fiscalizar os tributos previstos na Constituição Federal, nesta lei, e na legislação pertinente.

§ 1º A competência tributária é indelegável, salvo a atribuição da função de arrecadar ou


fiscalizar ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria
tributária, conferida a outra pessoa jurídica de direito público.

§ 2º Não constitui delegação de competência o cometimento a pessoa jurídica de direito


privado o encargo ou função de arrecadar tributos.

Capítulo IV
SUJEITO PASSIVO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

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Art. 28Sujeito passivo da obrigação principal é toda pessoa física ou jurídica, obrigada,
nos termos desta Lei, ao recolhimento de tributos da competência do Município.

Parágrafo Único. Considera-se sujeito passivo da obrigação principal:

I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;

II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de


disposição expressa de lei.

Art. 29Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa, física ou jurídica, obrigada às


prestações que constituam o seu objeto.

Art. 30Salvo disposição de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à


responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública,
para modificar a definição do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

SEÇÃO II
SOLIDARIEDADE

Art. 31 São solidariamente obrigadas:

I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal;

II - as pessoas expressamente designadas por lei.

Parágrafo Único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

Art. 32 Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:

I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

II - a isenção, ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada


pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo
saldo;

III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou


prejudica aos demais.

SEÇÃO III
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA

Art. 33

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A capacidade jurídica para cumprimento da obrigação tributária decorre do fato da


Art. 33
pessoa, física ou jurídica, se encontrar na situação prevista em lei, dando lugar à
obrigação.

Art. 34 A capacidade tributária passiva independe:

I - da capacidade civil das pessoas naturais;

II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privações ou limitação do


exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de
seus bens ou negócios;

III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma
unidade econômica ou profissional.

SEÇÃO IV
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO

Art. 35Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na


forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade;

II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua


sede, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, ou de cada
estabelecimento;

III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território
da entidade tributante.

§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste
artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da
situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou


dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo
anterior.

Art. 36 O domicílio tributário deverá ser obrigatoriamente consignado nas petições,


requerimentos, consultas, reclamações, recursos, declarações, guias e quaisquer outros
documentos endereçados à Fazenda Pública Municipal.

Capítulo V
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

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SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37 Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei ordinária pode atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação.

SEÇÃO II
RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES

Art. 38 O disposto nesta seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente
constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos
posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até
a referida data.

Art. 39Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação
de serviços referentes a tais bens, ou a contribuição de melhoria, sub-rogam-se na pessoa
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

Parágrafo Único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o


respectivo preço.

Art. 40 São pessoalmente responsáveis:

I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;

II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até
a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão,
do legado ou da meação.

III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

Art. 41 A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou


incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato
pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

Parágrafo Único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada
por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou
sob firma individual.

Art. 42 A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer

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título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e


continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou
nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido,
devidos até a data do ato.

I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou qualquer


outra atividade ou profissão;

II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de


6 (seis) meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo
de comércio, indústria ou qualquer outra atividade ou profissão.

§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:

I - em processo de falência;

II - de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.

§ 2º Não se aplica o disposto no §1º deste artigo quando o adquirente for:

I - sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo


devedor falido ou em recuperação judicial;

II - parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do


devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou

III - identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o


objetivo de fraudar a sucessão tributária.

§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade


produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo
prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o
pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 105/2005)

SEÇÃO III
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS

Art. 43Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal


pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas
omissões de que forem responsáveis:

I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;

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III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;

IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;

VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre


os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão de seu ofício;

VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

Parágrafo Único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de


caráter moratório.

Art. 44 São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações


tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos:

I - as pessoas referidas no artigo anterior;

II - os mandatários, prepostos e empregados;

III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

SEÇÃO IV
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES

A responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do


Art. 45
agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Art. 46 A responsabilidade é pessoal ao agente:

I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando
praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou
no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;

II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;

III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:

a) das pessoas referidas no artigo 43, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou
empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra
estas.

Art. 47

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Art. 47 A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração,


acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do
depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do
tributo dependa de apuração.

Parágrafo Único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de


qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a
infração.

TÍTULO III
CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 48 O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.

As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos,


Art. 49
ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não
afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.

Art. 50 O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou


tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais
não podem ser dispensados, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua
efetivação ou as respectivas garantias.

Capítulo II
CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

SEÇÃO I
LANÇAMENTO

Art. 51 Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário


pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a:

I - verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente;

II - determinar a matéria tributável;

III - calcular o montante do tributo devido;

IV - identificar o sujeito passivo;

V - propor, sendo o caso, a aplicação da penalidade cabível.

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Parágrafo Único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob


pena de responsabilidade funcional.

Art. 52O lançamento reporta-se à data de ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-
se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador


da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização,
ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao
crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de
tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se
considera ocorrido.

Art. 53 O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em


virtude de:

I - impugnação do sujeito passivo;

II - recurso de ofício;

III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 59 desta
Lei.

Art. 54A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa


ou judicial, nos critérios adotados pela autoridade administrativa no exercício do
lançamento somente pode ser efetuada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a
fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.

SEÇÃO II
MODALIDADES DE LANÇAMENTO

Art. 55A constituição do crédito tributário por lançamento compreende as seguintes


modalidades:

I - lançamento direto ou de ofício, quando efetuado unilateralmente pela autoridade


administrativa, sem intervenção ou participação do sujeito passivo;

II - lançamento por homologação ou auto-lançamento, quando a legislação atribuir ao


sujeito passivo a obrigação de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
fazendária, operando-se o lançamento pelo ato em que a referida autoridade, tomando
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente o homologa;

III - lançamento por declaração, quando efetuado com base na declaração do sujeito

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passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à


autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua
efetivação;

IV (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

V (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Parágrafo Único. A apresentação da declaração do Imposto Sobre Serviços de Qualquer


Natureza - ISSQN - ou a emissão da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica - NFS-e, prevista
no art. 356, desta Lei Complementar, formalizada pelo sujeito passivo, configura
autolançamento e constitui o crédito tributário, dispensando-se outras providências por
parte do fisco quanto à constituição do crédito tributário. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 188/2011)

Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tem em consideração, o valor ou o


Art. 55-A
preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante
processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não
mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos
pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de
contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.

Parágrafo Único. O lançamento efetuado nos termos do caput somente poderá ser revisto
em face da superveniência de prova irrecusável que os modifique ou altere. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 55-BConsiderando as condições do sujeito passivo quanto a sua escrituração e


espécie de atividade, a critério da autoridade administrativa, poderá a base de cálculo do
tributo ser apurada por estimativa. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 228/2014)

Art. 56 Na hipótese do lançamento por declaração:

I - a retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou


a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes
de notificado o lançamento;

II - os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício
pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.

Art. 57 Na hipótese do lançamento por homologação:

I - o pagamento antecipado pelo obrigado nos termos do inciso II do artigo 55 extingue o


crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação do lançamento;

II - não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação,


praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito;

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III - os atos a que se refere o inciso anterior serão, porém, considerados na apuração do
saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação;

IV - o prazo para a homologação será de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrência do fato


gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado,
considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se
comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

Art. 58 (Revogado pela Lei Complementar nº 242/2015)

Art. 59O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos
seguintes casos:

I - quando a lei assim o determine;

II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da
legislação tributária;

III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos
do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido
de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o
preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;

IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido


na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;

V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada,


no exercício da atividade a que se refere o inciso II do artigo 55;

VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente


obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;

VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu
com dolo, fraude ou simulação;

VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do
lançamento anterior;

IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da


autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade
especial.

§ 1º A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da


Fazenda Pública. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

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§ 2º Fica dispensado o lançamento de ofício de valores relativos a créditos tributários e não


tributários, cujo valor total seja de até 15% (quinze por cento) da Unidade Fiscal de Foz do
Iguaçu - UFFI. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 60 Sem prejuízo das disposições do artigo anterior, far-se-á a revisão do lançamento
sempre que se verificar erro na fixação da base tributária, ainda que os elementos indutivos
desta fixação hajam sido apurados diretamente pela Fazenda Pública.

Art. 61 A omissão ou erro do lançamento, qualquer que seja a modalidade, não exime o
sujeito passivo da obrigação tributária, nem de qualquer modo lhe aproveita.

Art. 62 O lançamento e suas alterações serão comunicados ao sujeito passivo por


qualquer uma das seguintes formas:

I - por notificação;

II - por publicação em Diário Oficial do Município; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 251/2015)

III - por remessa de aviso via postal;

IV - por qualquer meio eletrônico.

Parágrafo Único. Quando o domicílio tributário do contribuinte se localizar fora do território


do Município, a notificação, considerar-se-á feita após o recebimento, pelo órgão
fazendário, do aviso de recebimento, ou por outro meio de confirmação de recebimento,
inclusive eletrônico. (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

Art. 63 A recusa do sujeito passivo em receber a comunicação do lançamento ou a


impossibilidade de localizá-lo, pessoalmente ou através de via postal ou eletrônica, não
implica em dilação do prazo concedido para o cumprimento da obrigação tributária ou para
a apresentação de reclamações ou interposição de recursos.

Art. 64 Com fim de obter elementos que lhe permitam a exatidão das declarações
apresentadas pelos contribuintes ou responsáveis, e de determinar, com precisão, a
natureza e o montante dos créditos tributários, a Fazenda Pública poderá:

I - exigir a qualquer tempo a exibição de livros e comprovantes dos atos e operações que
possam constituir fato gerador de obrigação tributária;

II - fazer inspeções nos locais e estabelecimentos onde se exercerem as atividades


sujeitas a obrigações tributárias ou nos bens que constituem matéria tributável;

III - exigir informações e comunicações escritas ou verbais;

IV - notificar o contribuinte ou responsável para comparecer às repartições da Fazenda


Pública;

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V - requerer ordem judicial quando indispensável à realização de diligências, inclusive de


inspeções necessárias ao registro dos locais e estabelecimentos assim como dos objetos e
livros dos contribuintes e responsáveis.

Parágrafo Único. Nos casos a que se refere o inciso V os agentes fiscais lavrarão termo de
diligência, do qual constarão especificamente os documentos examinados.

Art. 65Poderá a autoridade administrativa estabelecer controle fiscal próprio, instituindo


livros e registros obrigatórios a fim de apurar os dados econômicos necessários ao
lançamento de seus tributos.

Parágrafo Único. Em não havendo o controle de que trata este artigo, o dado econômico
será apurado em face dos livros e registros fiscais ou contábeis, estabelecidos pelo Estado
e pela União.

Art. 66 Independentemente do controle de que trata o artigo anterior, poderá ser adotada a
apuração ou verificação diária no próprio local da atividade, durante determinado período,
dos dados econômicos do sujeito passivo, quando houver dúvida sobre a exatidão do que
for declarado.

Capítulo III
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 67 Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - a moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos previstos nesta Lei;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança;

V - o parcelamento.

VI - a concessão de medida liminar ou da tutela antecipada, em outras espécies de ação


judicial. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 117/2006)

Parágrafo Único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações
acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela
conseqüentes.

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SEÇÃO II
MORATÓRIA

Art. 68Constitui moratória a concessão de novo prazo ao sujeito passivo após o


vencimento do prazo originalmente fixado para o recolhimento do crédito tributário.

§ 1º A moratória só abrange os créditos tributários definitivamente constituídos à data do


decreto ou do despacho que o conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela
data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.

§ 2º A moratória não aproveita os casos de dolo, fraude, simulação ou má gestão


administrativa do sujeito passivo ou de terceiro em benefício daquele.

Art. 69 A moratória somente poderá ser concedida:

I - em caráter geral, por lei, que deve circunscrever expressamente a sua aplicabilidade a
determinada região do território do Município ou a determinada classe ou categoria de
sujeitos passivos;

II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada


por lei nas condições do inciso anterior, e formalmente solicitada pelo sujeito passivo.

Art. 70A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter
individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos:

I - o prazo de duração do favor;

II - as condições da concessão do favor em caráter individual;

III - sendo caso:

a) os tributos a que se aplica;


b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I,
podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso
de concessão em caráter individual;
c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em
caráter individual.

Art. 71A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será
revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de
satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a
concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:

I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado,


ou de terceiro em benefício daquele;

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II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.

Parágrafo Único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da
moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança
do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito
o referido direito.

SEÇÃO III
PARCELAMENTO

Art. 72O parcelamento dos créditos tributários e não tributários, será concedido na forma
e condição estabelecidas no regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 228/2014)

§ 1º Salvo disposição de Lei em contrário, o parcelamento dos créditos tributários e não


tributários não exclui a incidência de juros e multas. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 228/2014)

§ 2º Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à


moratória.

§ 3º Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários e


não tributários do devedor em recuperação judicial. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 228/2014)

§ 4º A inexistência de lei específica a que se refere o § 3º deste artigo importa na aplicação


das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial,
não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei
federal específica. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 105/2005)

§ 5º É facultado ao contribuinte antecipar o pagamento de prestações do parcelamento,


com desconto dos juros de mora correspondentes às parcelas vincendas. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 204/2013)

SEÇÃO IV
DEPÓSITO

Art. 73 Será obrigatório o depósito prévio:

I - para garantia de instância quando o sujeito passivo não possua bens suficientes para
responder pela execução fiscal;

II - como concessão por parte do sujeito passivo, nos casos de transação;

III - em quaisquer outras circunstâncias nas quais se fizer necessário resguardar os

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interesses da Fazenda Pública.

A importância depositada deverá corresponder ao valor integral do crédito tributário


Art. 74
apurado:

I - pelo fisco, nos casos de:

a) lançamento direto ou de ofício;


b) lançamento por declaração;
c) alteração ou substituição do lançamento original, qualquer que tenha sido a sua
modalidade;
d) aplicação de penalidade pecuniária.

II - pelo próprio sujeito passivo, nos casos de:

a) lançamento por homologação ou auto-lançamento;


b) retificação de declaração, nos casos de lançamento por declaração, por iniciativa do
próprio declarante;
c) confissão espontânea da obrigação, antes do início de qualquer procedimento fiscal.

III - na decisão administrativa desfavorável, no todo ou em parte, ao sujeito passivo;

IV - mediante estimativa ou arbitramento procedido pelo fisco municipal sempre que não
puder ser determinado o montante integral do crédito tributário.

Art. 75 Considera-se suspensa a exigibilidade do crédito tributário a partir da data do


depósito em instituição bancária autorizada.

Art. 76 Cabe ao sujeito passivo, por ocasião da efetivação do depósito, especificar qual o
crédito tributário ou a parcela do crédito tributário quando este for exigido em prestações
cobertas pelo depósito.

Parágrafo Único. A efetivação do depósito não importa em suspensão da exigibilidade do


crédito tributário:

I - quando parcial, das prestações vincendas em que tenha sido decomposto;

II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou outros tributos ou penalidades


pecuniárias.

Capítulo IV
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

SEÇÃO I
MODALIDADES DE EXTINÇÃO

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Art. 77 Extinguem o crédito tributário:

I - o pagamento;

II - a compensação;

III - a transação;

IV - a remissão;

V - a prescrição e a decadência;

VI - a conversão do depósito em renda;

VII - o recolhimento antecipado e a homologação do lançamento, nos termos do inciso II do


artigo 55 desta Lei;

VIII - a consignação em pagamento, quando julgada procedente, nos termos do artigo 117,
§ 2º desta Lei;

IX - a decisão administrativa transitada em julgado;

X - a decisão judicial transitada em julgado.

SEÇÃO II
PAGAMENTO

Art. 78 O pagamento do crédito tributário será efetuado pelo contribuinte ou responsável ou


terceiro, em moeda corrente no país, ou em cheque, na forma e nos prazos estabelecidos
nas normas tributárias.

§ 1º O crédito tributário pago por meio de cheque somente será considerado extinto com a
efetivação da sua compensação bancária.

§ 2º Considera-se também pagamento do tributo por parte do contribuinte, aquele feito por
retenção na fonte pagadora, nos casos previstos em lei, desde que o sujeito passivo
apresente o comprovante do fato, sem prejuízo da responsabilidade daquela quanto à
liquidação do crédito tributário.

§ 3º A autoridade administrativa poderá conceder descontos pela antecipação do


pagamento, nas condições e formas que deverão constar de lei ordinária.

§ 4º Nenhum pagamento de tributo será efetuado sem que se expeça a competente guia de
recolhimento.

Art. 79

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Art. 79 A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário.

Art. 80 O pagamento de parcela vincenda não implica em prejuízo da cobrança das


parcelas vencidas.

Art. 81 O pagamento de crédito tributário não implica em presunção de pagamento:

I - quando parcial, das prestações em que se decomponha;

II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou outros tributos decorrentes de


lançamento de ofício, aditivos, complementares ou substitutos.

Art. 82A falta de pagamento do crédito tributário no respectivo prazo de vencimento,


independe de ação fiscal, importa na cobrança, cumulativa, dos acréscimos legais previstos
nesta Lei.

Art. 83O pagamento dos tributos municipais deverá ser efetuado na forma e nos prazos
estabelecidos em leis ou regulamentos.

§ 1º O crédito não integralmente pago no vencimento, seja qual for o motivo determinante
da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer
medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária, fica sujeito aos seguintes
acréscimos:

I - atualização monetária;

II - multa de 2% (dois por cento) sobre o valor do tributo atualizado;

III - juros de mora de 1% (um por cento) ao mês ou fração, sobre o tributo atualizado.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

§ 2º Os contribuintes enquadrados no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e


Contribuição - Simples Nacional, expirado o prazo para pagamento dos tributos, sujeitar-
se-ão à incidência de encargos legais na forma do art. 21, § 3º, da Lei Complementar nº
123, de 14 de dezembro de 2006. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 84 As datas fixadas para pagamentos dos tributos municipais, que recaírem em
feriados, sábados e domingos, serão automaticamente transferidas para o primeiro dia útil
subseqüente ao vencimento, sem ônus de qualquer natureza.

Art. 85 É facultado à autoridade administrativa proceder a cobrança amigável antes da


inscrição do débito em dívida ativa, durante o período máximo de 60 (sessenta) dias, a
contar do término do prazo para pagamento.

Parágrafo Único. Esgotado o prazo referido neste artigo, o débito será inscrito em dívida
ativa para posterior cobrança judicial.

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Art. 86O Poder Executivo poderá contratar com estabelecimentos de crédito com sede,
agência ou escritório no Município, o recebimento de tributos, segundo normas especiais
baixadas para esse fim.

Art. 87Nos casos de expedição fraudulenta de guias ou conhecimentos, responderão civil,


criminal e administrativamente, os servidores que os houverem subscrito ou fornecido.

Parágrafo Único. Pela cobrança a menor de tributo, responde, perante a Fazenda


Municipal, solidariamente, o servidor culpado, cabendo-lhe direito de regresso contra o
contribuinte.

Art. 88 Não se procederá contra o sujeito passivo que tenha agido ou pago tributo de
acordo com decisão administrativa ou judicial transitado em julgado, mesmo que,
posteriormente, venha a ser modificada a jurisprudência.

Art. 89 Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito


passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a
diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros e multa de mora, a
autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva
imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:

I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos
decorrentes de responsabilidade tributária;

II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos;

III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;

IV - na ordem decrescente dos montantes.

Art. 90A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito
passivo, nos casos previstos no artigo 117 desta Lei.

Art. 91Fica autorizado o Poder Executivo a, anualmente, promover a correção monetária


das multas e dos valores expressos em reais na Legislação Municipal, adotando, para tal
fim a Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI.

SUB
SEÇÃO ÚNICA
CORREÇÃO MONETÁRIA

Art. 92 Na falta de pagamento na data devida, o valor do crédito tributário, inclusive o


decorrente de multas, será atualizado monetariamente, conforme previsão do artigo
anterior, exceto quando o seu montante integral estiver garantido pelo depósito, na forma
da lei.

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§ 1º Para os efeitos deste artigo, utilizar-se-á a Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI.

§ 2º Adotada a atualização monetária, é permitida a aplicação pro rata do índice.

Art. 93A repartição fazendária do Município divulgará, periodicamente, os fatores de


conversão e atualização monetária, se for o caso.

Art. 94 Quando não for possível precisar a data da ocorrência do fato gerador, adotar-se-á,
para o cálculo da atualização monetária, a média aritmética dos índices do período
verificado.

Quando o pagamento da atualização monetária, dos juros e multas moratórios for a


Art. 95
menor, a insuficiência será atualizada a partir do dia em que ocorreu aquele pagamento.

Art. 96 Para a determinação do imposto a ser exigido em auto de infração, os valores


originais deverão ser atualizados, nos termos definidos nesta Lei, a partir da ocorrência da
infração até a data da lavratura do auto, e desta até a do efetivo pagamento.

SEÇÃO III
RESTITUIÇÃO

Art. 97 O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição


total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, nos seguintes
casos:

I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face


da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador
efetivamente ocorrido;

II - erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no


cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento
relativo ao pagamento;

III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

Art. 98 A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do


respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido
encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente
autorizado a recebê-la.

Art. 99A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção,
dos juros de mora e das penalidades pecuniárias e demais acréscimos legais a eles
inerentes.

§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às infrações de caráter formal não prejudicadas
pela causa da restituição.

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§ 2º A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão


definitiva que a determinar.

O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco)


Art. 100
anos, contados:

I - nas hipóteses dos incisos I e II do artigo 97, da data da extinção do crédito tributário;

II - na hipótese do inciso III do artigo 97, da data em que se tornar definitiva a decisão
administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado,
revogado ou rescindido a decisão condenatória.

Parágrafo Único - A extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito ao


lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o inciso
I, do art. 57, desta Lei. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 105/2005)

Art. 101 Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar
a restituição.

Parágrafo Único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial,


recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao
representante judicial da Fazenda Pública interessada.

Art. 102A restituição deverá ser solicitada por meio de petição fundamentada ao órgão
fazendário, que decidirá no prazo de 30 (trinta) dias, com base em parecer exarado pela
Divisão de Consultoria e Auditoria Tributária.

Parágrafo Único - O processo de solicitação de restituição deverá ser instruído desde logo
com a produção de provas e alegações necessárias ao pleno esclarecimento da questão,
inclusive com os comprovantes originais de pagamento. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 251/2015)

Art. 103O processo de solicitação de restituição será indeferido se o requerente criar


qualquer obstáculo ao exame de sua escrita fiscal ou de documentos, quando isso se torne
necessário à verificação da procedência da medida, a juízo da administração fazendária.

SEÇÃO IV
COMPENSAÇÃO

Art. 104 Fica a autoridade administrativa competente autorizada a proceder à


compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos,
do sujeito passivo contra a Fazenda Pública, bem como através do encontro de contas com
dívidas havidas perante fornecedores para a realização de despesas do Município.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

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Parágrafo Único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os
efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução
maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer
entre a data da compensação e a do vencimento.

Art. 104-A Fica a autoridade administrativa competente autorizada a proceder a


compensação de créditos tributários referentes ao Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana - IPTU e referentes à ajuda pecuniária de que trata a Lei nº 3.139, de 9
de dezembro de 2005, com crédito do servidor público municipal resultante da conversão
em pecúnia da licença prêmio, quando implementado seu direito, observado o seguinte:
(Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

I - A compensação será feita mediante requerimento do servidor interessado e para


pagamento de crédito tributário referente a imóvel que seja de sua propriedade há mais de
2 (dois) anos, contados da data do protocolo do requerimento. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 204/2013)

II (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 204/2013)

II - A conversão em pecúnia da Licença Especial ficará limitada ao montante do crédito


tributário a ser extinto pela compensação autorizada no caput do artigo, devendo eventual
fração residual da licença ser gozada pelo servidor público municipal. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 228/2014)

III - Para apuração do valor total do crédito tributário para fins de compensação serão
considerados somente os imóveis de propriedade do servidor público municipal. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 215/2013)

IV - A compensação relativa a ajuda pecuniária que trata a Lei nº 3.139, de 9 de dezembro


de 2005, será efetivada mediante requerimento do servidor interessado, protocolizado no
Protocolo Geral do Município, com a comprovação da conclusão do curso ou da perda da
ajuda pecuniária por motivo de desligamento do programa instituído pela referida lei.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 251/2015)

Art. 105 É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de


contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão
judicial.

§ 1º A compensação deverá ser solicitada por meio de petição fundamentada ao órgão


fazendário, que decidirá no prazo de 30 (trinta) dias, com base em parecer exarado pela
Divisão de Consultoria e Auditoria Tributária. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 94/2004)

§ 2º O pedido de compensação será indeferido, de plano, se o contribuinte criar qualquer


obstáculo ao exame de sua escrita fiscal ou de documentos, quando isso se torne
necessário à verificação da procedência da medida, a juízo da administração fazendária.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 94/2004)

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§ 3º É vedada a compensação mediante aproveitamento de cota e/ou parcela única ou com


tributo com redução ou desconto proveniente de benefício fiscal. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 105 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 105 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 105 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

SEÇÃO V
TRANSAÇÃO

Art. 106Fica o Poder Executivo Municipal autorizado, sob condições e garantias especiais,
a celebrar transação, judicial e extrajudicial, com o sujeito passivo de obrigação tributária
para, mediante concessões mútuas, resguardados os interesses municipais, prevenir ou
terminar litígio e, conseqüentemente, em extinguir o crédito tributário a ele referente.

§ 1º A transação a que se refere este artigo será autorizada pela autoridade fazendária
competente e pelo Procurador Geral do Município, quando se tratar de transação judicial,
em parecer fundamentado e limitar-se-á à dispensa, parcial ou total, dos acréscimos legais
referentes à multa de infração, multa de mora, juros e encargos da dívida ativa, quando:

I - o montante do tributo tenha sido fixado por estimativa ou arbitramento;

II - a incidência ou o critério de cálculo do tributo for matéria controvertida;

III - ocorrer erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo quanto à matéria de fato;

IV - ocorrer conflito de competência com outras pessoas de direito público;

V - a demora na solução normal do litígio seja onerosa ou temerária ao Município.

§ 2º Para que a transação seja autorizada é necessária a justificação, em processo regular,


caso a caso, do interesse da Administração Pública no fim da lide, não podendo a liberdade
atingir o principal do crédito tributário atualizado.

Art. 107 A dação em pagamento de tributos ou penalidades pecuniárias, em bens ou


serviços, dar-se-á, obrigatoriamente, pelo menor preço de mercado, nos termos de lei
pertinente que disporá sobre as condições e garantias da dação em pagamento,
respeitadas as disposições da legislação superior, em especial a Lei nº 8.666/93.

SEÇÃO VI
REMISSÃO

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Art. 108O Poder Executivo poderá conceder, por despacho fundamentado, remissão total
ou parcial do crédito tributário, atendendo:

I - à situação econômica do sujeito passivo;

II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto à matéria de fato;

III - à diminuta importância do crédito tributário;

IV - à consideração de equidade, em relação às características pessoais ou materiais do


caso;

V - à condições peculiares a determinada região do território do Município.

Parágrafo Único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se,
quando cabível, o disposto no artigo 70 desta Lei.

Art. 109Em conformidade com o disposto no artigo 172, inciso III, da Lei nº 5.172, de 25
de outubro de 1966 (CTN), e artigo 14, § 3º, inciso II, da Lei Complementar nº 101, de 04
de maio de 2000, fica o Secretário Municipal da Fazenda autorizado a conceder remissão
do débito tributário cujo valor atualizado, no último exercício do prazo de prescrição, seja
igual ou inferior a 20 (vinte) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s, quantia esta
orçada para as despesas de cobrança.

§ 1º Aplica-se também o disposto neste artigo aos créditos tributários ajuizados,


autorizando-se o pedido de extinção das execuções fiscais de valor inferior ao limite
estabelecido. (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

§ 2º A remissão prevista no caput deste artigo poderá ser concedida a qualquer tempo,
inclusive no mesmo exercício do lançamento do tributo, quando se tratar de cancelamento
de inscrição imobiliária ou cancelamento/exclusão da inscrição no Cadastro Municipal
Econômico. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 3º A remissão prevista no inciso I, do art. 108, desta Lei Complementar será concedida
exclusivamente às pessoas físicas, mediante comprovação da situação econômica
precária, confirmada por Assistente Social, em visita domiciliar, que expedirá o respectivo
Relatório Socioeconômico. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

§ 4º Aplica-se também, a remissão prevista neste artigo, aos créditos relativos a diferença
de recolhimento (recolhimento a menor) ou resultante de processos administrativos de
restituição e/ou compensação, cujo valor seja igual ou inferior a 15% (quinze por cento) da
Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 215/2013)

Art. 110 Por se tratar de renúncia de receita a remissão de créditos tributários deve

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observar as disposições contidas no artigo 14, seus incisos e parágrafos, da Lei


Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000.

SEÇÃO VII
PRESCRIÇÃO

Art. 111A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 05 (cinco) anos,
contados da data da sua constituição definitiva.

Parágrafo Único. A prescrição se interrompe:

I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 105/2005)

II - pelo protesto judicial;

III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do
débito pelo devedor.

Ocorrendo a prescrição e não tendo sido interrompida na forma do parágrafo


Art. 112
único do artigo anterior, abrir-se-á inquérito administrativo para apurar as
responsabilidades, na forma da lei.

SEÇÃO VIII
DECADÊNCIA

Art. 113 O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5
(cinco) anos, contados:

I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;

II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado.

Parágrafo Único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o
decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição
do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória
indispensável ao lançamento.

Art. 114Ocorrendo a decadência, aplica-se o disposto no artigo 112, no tocante a


apuração das responsabilidades e à caracterização da falta.

SEÇÃO IX

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CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA

Art. 115Extingue o crédito tributário a conversão em renda do depósito em dinheiro


previamente efetuado pelo sujeito passivo:

I - para garantia de instância;

II - em decorrência de qualquer outra exigência da legislação tributária.

Art. 116 Convertido o depósito em renda, o saldo porventura apurado será exigido ou
restituído da seguinte forma:

I - a diferença contra a Fazenda Pública será exigida através de notificação direta,


publicada ou entregue pessoalmente ao sujeito passivo, na forma e nos prazos previstos na
legislação tributária;

II - o saldo a favor do contribuinte será restituído de ofício, independentemente de prévio


protesto, na forma estabelecida para as restituições totais ou parciais do crédito tributário.

SEÇÃO X
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Art. 117 Ao sujeito passivo é facultado consignar judicialmente o crédito tributário, nos
casos:

I - de recusa do recebimento ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou


penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;

II - de exigência por mais de uma pessoa de direito público, de tributos idênticos sobre o
mesmo fato gerador.

§ 1º A consignação só poderá versar sobre o crédito que o consignante se propõe a


recolher.

§ 2º Julgada procedente a consignação, o recolhimento se reputa efetuado e recolhida a


importância consignada. Julgada improcedente a consignação, no todo ou em parte, se
mantém o crédito tributário, acrescido de 1% (um por cento) ao mês sem prejuízo da
aplicação das penalidades cabíveis.

§ 3º Na conversão da importância em renda aplicam-se as normas do artigo 116 desta Lei.

SEÇÃO XI
DEMAIS MODALIDADES DE EXTINÇÃO

Art. 118 Extingue o crédito tributário a homologação do lançamento, na forma do inciso II

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do artigo 55, observados as disposições do artigo 57, ambos desta Lei.

Art. Extingue o crédito tributário a decisão administrativa ou judicial que


119
expressamente:

I - declare a irregularidade de sua constituição;

II - reconheça a inexistência da obrigação que lhe deu origem;

III - exonere o sujeito passivo do cumprimento da obrigação;

IV - declare a incompetência do sujeito ativo para exigir o cumprimento da obrigação.

Capítulo V
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 120 Excluem o crédito tributário:

I - a isenção;

II - a anistia.

Parágrafo Único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das


obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído ou
dela conseqüente.

SEÇÃO II
ISENÇÃO

Art. 121 A isenção, ainda que prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que
especifique as condições e requisitos exigidos para sua concessão, os tributos a que se
aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.

§ 1º A isenção pode ser restrita a determinada região do território do Município, em função


de condições a ela peculiares.

§ 2º A isenção não abrange as taxas, contribuições de melhoria, e contribuição para custeio


da iluminação pública, salvo as exceções expressamente previstas em Lei.

§ 3º A isenção também não alcança o contribuinte que, embora tendo interesse comum na
atividade de um beneficiado, não se enquadre nas condições estabelecidas para efeitos de
concessão do benefício.

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Art. 122 A isenção, verificada, a qualquer tempo, a inobservância das formalidades legais
exigidas para a concessão, ou o desaparecimento das condições que a motivaram, será
obrigatoriamente cancelada. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

Parágrafo Único. A concessão do benefício de isenção não retroagirá para beneficiar


crédito tributário extinto. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 151/2010)

Art. 123A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso,
por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça
prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou
contrato para sua concessão.

§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste
artigo será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os
seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de
promover a continuidade do reconhecimento da isenção. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 251/2015)

§ 2º O pedido de isenção será analisado pela autoridade administrativa competente, que


decidirá no prazo de 30 (trinta) dias, depois de ouvir a Divisão de Consultoria e Auditoria
Tributária e produzidas as provas e alegações necessárias ao pleno esclarecimento da
questão.

Art. 124A isenção não gera direito adquirido, ficando o beneficiado obrigado ao
cumprimento das obrigações fixadas em Lei.

Art. 125 Poderá a isenção ser concedida em caráter especial, por tempo determinado,
visando a implementação de programas de desenvolvimento sócio-econômico do
Município, desde que adotadas medidas previstas em lei específica que justifiquem uma
possível presunção de tratamento diferenciado.

Parágrafo Único. Neste caso o pedido de inclusão no programa deverá ser encaminhado
pelo contribuinte interessado ao órgão administrativo competente que analisará e expedirá
parecer, favorável ou pelo indeferimento.

Art. 126Por se tratar de renúncia de receita orçamentária prevista no artigo 14 da Lei


Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, a isenção, quando concedida, deverá
observar as disposições contidas na referida Lei.

SEÇÃO III
ANISTIA

Art. 127A anistia, assim entendido o perdão das infrações cometidas e a consequente
dispensa do pagamento das penalidades pecuniárias a elas relativas, abrange
exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não

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se aplicando:

I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa
qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por
terceiro em benefício daquele;

II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais


pessoas naturais ou jurídicas.

Art. 128 A anistia pode ser concedida:

I - em caráter geral;

II - limitadamente:

a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;


b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante,
conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;
c) a determinada região do território do Município, em função de condições a ela
peculiares;
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja
fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.

A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por
Art. 129
despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça
prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei
para sua concessão, depois de ouvida a Divisão de Consultoria Tributária ou os Auditores
Contábeis e Tributários.

Parágrafo Único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido.

Art. 130 A concessão da anistia dá a infração por não cometida e, por conseguinte, não
constitui antecedente para efeito de imposição ou graduação de penalidade por outra
infração de qualquer natureza a ela subseqüente, cometida pelo sujeito passivo beneficiado
por anistia anterior.

Art. 131Por se tratar de renúncia de receita orçamentária prevista no artigo 14 da Lei


Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, a anistia, quando concedida, deverá
observar as disposições contidas na referida lei.

TÍTULO IV
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

Capítulo I
FISCALIZAÇÃO

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Art. 132Com a finalidade de obter elementos que lhe permitam verificar a exatidão das
declarações apresentadas pelo sujeito passivo e determinar, com precisão, a natureza e o
montante dos créditos tributários, ou outras obrigações previstas, a autoridade fiscal
poderá:

I - exigir, a qualquer tempo, a exibição de livros e comprovantes de atos e operações que


constituam ou possam vir a constituir fato gerador de obrigação tributária;

II - fazer inspeções, vistorias, levantamento e avaliação nos locais e estabelecimentos


onde exerçam atividades passíveis de tributação ou nos bens que constituam matéria
tributável;

III - exigir informações escritas ou verbais;

IV - notificar o sujeito passivo para comparecer à repartição fazendária ou prestar


informações;

V - requisitar o auxílio da força policial ou requerer ordem judicial quando indispensável à


realização de diligências, inclusive inspeções necessárias ao registro dos locais e
estabelecimentos, assim como dos bens e documentos do sujeito passivo;

VI - notificar o sujeito passivo para dar cumprimento a quaisquer das obrigações previstas
na legislação tributária.

§ 1º As pessoas naturais ou jurídicas que gozem de imunidade ou sejam beneficiadas por


isenções ou quaisquer outras formas de suspensão ou exclusão do crédito tributário
também ficam sujeitas às mesmas ações.

§ 2º Para os efeitos da legislação tributária do Município, não tem aplicação quaisquer


disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar livros, arquivos,
documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais de comerciantes, industriais,
prestadores de serviços, profissionais liberais, produtores, cooperativas, associações ou
qualquer outra atividade social ou econômica, ou da obrigação destes de exibi-los.

§ 3º Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos


lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos
tributários decorrentes das operações a que se refiram.

Art. 133 A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de


fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do
procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão
daquelas.

Parágrafo Único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que
possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se
entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se

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refere este artigo.

Art. 134 Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa
todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de
terceiros:

I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;

II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;

III - as empresas de administração de bens;

IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;

V - os inventariantes;

VI - os síndicos, comissários e liquidatários;

VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo,
ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Parágrafo Único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de


informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a
observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Art. 135Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte
da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a
situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o
estado de seus negócios ou atividades, com exceção dos casos previstos nos artigos 198 e
199 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional).

Parágrafo Único. Não é vedada a divulgação de informações relativas a:

I - representações fiscais para fins penais;

II - inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;

III - parcelamento ou moratória.

Art. 136A autoridade administrativa poderá requisitar o auxílio da força pública federal,
estadual, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou
quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não
se configure fato definido em lei como crime ou contravenção.

Art. 137 A autoridade administrativa instituirá livros e registros obrigatórios de bens,


serviços e operações tributáveis a fim de apurar os elementos necessários aos seus
lançamentos e fiscalização.

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Capítulo II
INFRAÇÕES E PENALIDADES

SEÇÃO I
INFRAÇÕES

Art. 138 Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou não, que importe em
inobservância, por parte do sujeito passivo, de obrigação tributária positiva ou negativa,
estabelecida ou disciplinada por esta lei, regulamento ou atos administrativos de caráter
normativo destinados a completá-la.

§ 1º Os atos administrativos não poderão estabelecer ou disciplinar obrigações nem definir


infrações ou cominar penalidades, que não estejam autorizadas ou previstas em Lei ou
regulamento.

§ 2º A responsabilidade por infrações independe da intenção do agente ou do responsável


e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

As infrações serão instauradas mediante auto de infração que será lavrado nos
Art. 139
termos do artigo 214 desta Lei.

SEÇÃO II
PENALIDADES

Art. 140 Compete aos agentes fazendários, determinar, observadas as disposições desta
Lei, a pena ou as penas aplicáveis ao infrator.

Parágrafo Único. Os agentes fazendários observarão as disposições da Lei nº 8.137, de 27


de dezembro de 1990, quando se tratar de crimes contra ordem tributária.

Art. 141 Sem prejuízo das disposições relativas as infrações e penas constantes de outras
leis e códigos municipais, as infrações a esta Lei serão punidas com as seguintes penas:

I - multa;

II - proibição de transacionar com as repartições municipais;

III - regime especial de fiscalização;

IV - suspensão ou cancelamento de isenção de tributos.

Art. 142 O cumprimento da penalidade de qualquer natureza, não dispensa o pagamento


do tributo devido, da correção monetária e dos juros e multas de mora, ressalvadas as
decisões por eqüidade.

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Art. 143 Não será punido sujeito passivo que tenha agido ou pago tributo de acordo com
interpretação fiscal, constante de decisão de qualquer instância administrativa, mesmo que,
posteriormente, venha a ser modificada essa interpretação.

Art. 144A omissão do pagamento do tributo e a fraude fiscal serão apuradas mediante
representação, notificação preliminar ou auto de infração, nos termos da lei.

§ 1º Dar-se-á por comprovada a fraude fiscal quando o sujeito passivo não dispuser de
elementos convincentes em razão dos quais se possa admitir involuntária a omissão do
pagamento.

§ 2º Em qualquer caso, considerar-se-á como fraude a reincidência na omissão de que


trata este artigo.

§ 3º Configura-se também como fraude o não pagamento do tributo, tempestivamente


quando o sujeito passivo o deva recolher a seu próprio requerimento, formulado este antes
de qualquer diligência fiscal e desde que a negligência perdure depois de decorridos 8
(oito) dias contados da data de entrada desse requerimento na repartição arrecadadora
competente.

Art. 145 A co-autoria e a cumplicidade, das infrações ou tentativas de infração aos


dispositivos desta Lei, implica os que a praticarem em responderem solidariamente com os
autores pelo pagamento do tributo devido, ficando sujeitos às mesmas penas fiscais
impostas a estes.

Apurando-se, no mesmo processo, infração de mais de uma disposição desta Lei,


Art. 146
pela mesma pessoa, será aplicada separada ou cumulativamente, independente do tributo.

Art. 147Apurada a responsabilidade de diversas pessoas, não vinculada por co-autoria ou


cumplicidade, impor-se-á a cada uma delas a pena relativa à infração que houver
cometido.

Art. 148 A sanção às infrações das normas estabelecidas nesta Lei será, no caso de
reincidência específica, agravada em 100% (cem por cento).

SUBSEÇÃO I
MULTAS

Art. 149As infrações passíveis de aplicação de multas, bem como os valores a elas
imputadas encontram-se dispostas dentro dos capítulos ou seções corresponde a cada
tributo.

SUBSEÇÃO II
PROIBIÇÃO DE TRANSACIONAR COM AS REPARTIÇÕES PÚBLICAS

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Art. 150Os sujeitos passivos que estiverem em débito de tributos e multas não poderão
receber quantias ou créditos que tiverem com a Prefeitura, participar de qualquer
modalidade de licitação, celebrar contratos, convênios ou termos de qualquer natureza, ou
transacionar a qualquer título com a administração municipal.

SUBSEÇÃO III
REGIME ESPECIAL DE FISCALIZAÇÃO

Art. 151A repartição fazendária pode determinar regime especial para cumprimento de
obrigações, pelo sujeito passivo, nas seguintes hipóteses:

I - embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros


e documentos em que se assente a escrituração das atividades do sujeito passivo, bem
como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira,
negócios ou atividade, próprios ou de terceiros, quando intimado, e demais hipóteses que
autorizam a requisição do auxílio da força pública, como nos casos de embaraço ou
desacato no exercício das funções fiscalizadoras, ou quando necessários à efetivação de
medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei
como crime ou contravenção;

II - resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao


domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde se desenvolvam as atividades do sujeito
passivo, ou se encontrem bens de sua posse ou propriedade;

III - evidências de que a pessoa jurídica esteja constituída por interpostas pessoas que não
sejam os verdadeiros sócios ou acionistas, ou o titular, no caso de firma individual;

IV - realização de operações sujeitas à incidência tributária, sem a devida inscrição no


cadastro de contribuintes apropriado;

V - prática reiterada de infração da legislação tributária;

VI - comercialização de mercadorias com evidências de contrabando ou descaminho;

VII - incidência em conduta que enseje representação criminal, nos termos da legislação
que rege os crimes contra a ordem tributária.

Art. 152 O regime especial de fiscalização será aplicado em virtude de ato formal do
agente fiscal.

Art. 153 O regime especial pode consistir, inclusive em:

I - manutenção de fiscalização ininterrupta no estabelecimento do sujeito passivo;

II - redução, à metade, dos períodos de apuração e dos prazos de recolhimento dos


tributos;

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III - utilização compulsória de controle eletrônico das operações realizadas e recolhimento


diário dos respectivos tributos;

IV - exigência de comprovação sistemática do cumprimento das obrigações tributárias;

V - controle especial da impressão e emissão de documentos fiscais e da movimentação


financeira.

Art. 154 As medidas previstas nesta subseção poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente por tempo suficiente à normalização do cumprimento das obrigações
tributárias.

Art. 155A imposição do regime especial não elide a aplicação de penalidades previstas
nesta Lei.

Art. 156 Cessará o regime de que cuida esta subseção quando o infrator houver
regularizado sua situação perante a fazenda pública e isso for reconhecido por ato
administrativo do agente fiscal.

SUBSEÇÃO IV
SUSPENSÃO OU CANCELAMENTO DA ISENÇÃO

Art. 157 Todas as pessoas físicas ou jurídicas que gozarem de isenção de tributos
municipais e infringirem disposições desta lei, ficarão privadas, por um exercício, da
concessão e, no caso de reincidência específica delas privadas definitivamente.

Parágrafo Único. A pena prevista neste artigo será aplicada na forma do que dispuser o
regulamento.

Capítulo III
DÍVIDA ATIVA

Art. 158 Constitui divida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza
regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo
fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.

Parágrafo Único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo a
liquidez do crédito.

Art. 159 A dívida ativa da Fazenda Pública Municipal compreende a tributária e a não
tributária, como as tarifas, preços públicos e outros créditos decorrentes de indenizações e
restituições, bem como os demais encargos previstos em lei e contrato, não excluindo
esses encargos a liquidez do crédito.

Art. 160

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Art. 160O tributo declarado e não recolhido no prazo previsto na legislação tributária,
acrescido das penalidades, será inscrito automaticamente em dívida ativa, não cabendo em
conseqüência da declaração do próprio sujeito passivo, qualquer impugnação ou recurso.

Art. 161 Encerrado o prazo para pagamento ou, para cobrança amigável, ou o exercício,
far-se-á, imediatamente a inscrição do débito, por sujeito passivo. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 228/2014)

§ 1º Tratando-se de lançamento emitido em parcelas, poderão as mesmas, serem inscritas


em dívida ativa após o vencimento de cada uma.

§ 2º Os lançamentos de ofício, complementares e substitutivos, serão inscritos em dívida


ativa trinta dias após sua notificação ao contribuinte ou responsável.

§ 3º Para inscrição do saldo das parcelas pendentes do Imposto sobre a Propriedade


Predial e Territorial Urbana - IPTU - e das Taxas Decorrentes de Serviços Públicos,
lançadas juntamente com o imposto, será procedida a somatória das parcelas e agrupado
o valor em único lançamento, mantendo o vencimento da primeira parcela, correspondente
a data da constituição definitiva do referido crédito tributário. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 263/2016)

Art. 162 O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente,
indicará obrigatoriamente:

I - o nome do devedor e, sendo o caso, o dos co-responsáveis, bem como sempre que
possível, o domicílio ou a residência de um e de outro;

II - a quantia devida e a maneira de calcular a correção monetária, os juros e multas de


mora;

III - a origem e a natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em


que seja fundado;

IV - a data em que foi inscrita;

V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.

§ 1º O termo conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da
inscrição.

§ 2º As dívidas relativas a um mesmo devedor, quando conexas ou subseqüentes, poderão


ser englobadas numa única certidão.

Art. 163 A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior ou o erro a eles
relativos são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente,
mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante a
substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado, o prazo

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para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.

Art. 164 A dívida regularmente inscrita goza de presunção de certeza e liquidez e tem o
efeito de prova pré-constituída.

Parágrafo Único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por
prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

É vedado receber créditos inscritos em dívida ativa com desconto ou dispensa da


Art. 165
obrigação principal ou acessória.

Parágrafo único. Fica vedada a concessão de Programas de Recuperação Fiscal - REFIS,


com benefícios fiscais, para créditos tributários cujos fatos geradores ocorrerem a partir do
exercício de 2018. (Redação dada pela Lei Complementar nº 268/2017)

Art. 166Os créditos tributários e não tributários inscritos em dívida ativa poderão ser
parcelados em até 36 (trinta e seis) vezes para pessoa física e 24 (vinte e quatro) vezes
para pessoa jurídica, tendo em vista a capacidade contributiva dos sujeitos passivos e o
montante dos débitos, desde que o valor de cada parcela não seja inferior a: (Redação
dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

I - 1,0 (uma) UFFI para sujeito passivo que seja pessoa física, desde que proprietário de um
único imóvel e/ou prestador de serviços autônomos sem curso superior;

II - 2,0 (duas) UFFI`s para sujeito passivo que seja pessoa jurídica, desde que enquadrado
como microempresa no Município;

III - 4,0 (quatro) UFFI`s para os demais sujeitos passivos.

§ 1º Fica permitida a formalização de até 2 (dois) reparcelamentos de créditos tributários e


não tributários, condicionados ao recolhimento da primeira parcela em valor correspondente
a:

I - 10% (dez por cento) do total dos créditos consolidados, para créditos sem histórico de
reparcelamento;

II - 20% (vinte por cento) do total dos créditos consolidados, para os créditos já
reparcelados. (Redação dada pela Lei Complementar nº 268/2017)

§ 2º O parcelamento dos créditos tributários e não tributários será formalizado por meio de
Termo de Acordo de Parcelamento - TAP - que implica comprometimento com o
pagamento integral das custas judiciais e dos honorários advocatícios, no caso de débitos
objetos de execução fiscal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 3º A inadimplência nos pagamentos das parcelas, por 3 (três) parcelas consecutivas ou 3


(três) alternadas, ou ainda, vencida a última parcela e restando inadimplentes 1 (uma) ou

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mais parcelas, implicará rescisão do TAP pela Fazenda Municipal, com a readequação dos
lançamentos dos créditos tributários e não tributários em sua origem, podendo a Fazenda
Pública proceder à cobrança extrajudicial e/ou judicial, na forma do regulamento. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 4º Excetua-se das disposições do caput deste artigo os créditos tributários e não


tributários, inscritos em dívida ativa, cujo montante dos débitos seja superior a 927
(novecentas e vinte e sete) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s, os quais poderão
ser parcelados em até 60 (sessenta) parcelas, desde que o valor de cada parcela não seja
inferior a 16 (dezesseis) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 242/2015)

Art. 167 O Poder Executivo poderá cancelar créditos inscritos em dívida ativa nos
seguintes casos:

I - de sujeito passivo falecido sem deixar bens que exprimam valor;

II - quando julgados nulos em processos regulares;

III - quando o sujeito passivo se tratar de pessoa física absolutamente incapaz de solver a
obrigação tributária, mediante comprovação efetuada por decisão judicial transitada em
julgado.

Art. 168 A cobrança da dívida ativa será promovida:

I - por via amigável e/ou extrajudicial; (Redação dada pela Lei Complementar nº 105/2005)

II - por via judicial.

Parágrafo Único. As duas vias a que se refere este artigo são independentes uma da outra,
podendo a administração, quando o interesse da Fazenda Pública assim o exigir,
providenciar imediatamente a cobrança judicial da dívida, mesmo que não tenha dado
início ao procedimento de cobrança amigável, ou ainda proceder simultaneamente aos dois
tipos de cobrança.

Art. 169 A certidão de dívida ativa é o documento hábil, expedida pela autoridade
administrativa competente, a fim de comprovar o lançamento de créditos tributários em
dívida ativa.

§ 1º A Certidão de Dívida Ativa deverá conter todos os requisitos do termo de inscrição em


dívida ativa descritos no art. 162 desta Lei. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 132/2007)

§ 2º A Certidão de Dívida Ativa de natureza tributária ou não, poderá ser formalizada


através de processo eletrônico e subscrita manualmente, por assinatura digitalizada ou por
chancela mecânica ou eletrônica. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 132/2007)

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Art. 170 Da inscrição em dívida ativa, seja qual for a modalidade de lançamento, será o
sujeito passivo notificado através de:

I - correspondência registrada com Aviso de Recebimento - AR; ou (Redação dada pela Lei
Complementar nº 105/2005)

II - edital publicado em Diário Oficial do Município; ou (Redação dada pela Lei


Complementar nº 251/2015)

III - por meio de edital afixado na Prefeitura. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 105/2005)

§ 1º O encaminhamento das certidões de dívida ativa para propositura da respectiva ação


executiva far-se-á independentemente de nova intimação ou notificação do sujeito passivo,
além da prevista nos incisos I, II e III do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 251/2015)

§ 2º A insuficiência no pagamento do imposto, da multa, da atualização monetária ou juros


de mora, acarretará igualmente a inscrição das diferenças em dívida ativa.

Art. 171 A execução fiscal será promovida contra:

I - o devedor ou sujeito passivo;

II - o fiador;

III - o espólio;

IV - a massa falida;

V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou
jurídicas de direito privado;

VI - os sucessores a qualquer título.

§ 1º Ressalvado o disposto nesta Lei, o síndico, o comissário, o liquidante e o


administrador, nos casos de falência, concordata, liquidação, inventário, insolvência ou
concurso de credores, respondem solidariamente pelo valor dos mesmos se antes de
garantidos os créditos da Fazenda Pública alienarem ou derem em garantia quaisquer dos
bens administrados.

§ 2º À dívida ativa da Fazenda Municipal de qualquer natureza, aplicam-se as normas


relativas à responsabilidade prevista na legislação tributária, civil e comercial.

Art. 172Fica a autoridade fazendária autorizada a suspender a expedição de Certidão de


Inscrição em Dívida Ativa, para fins de ajuizamento de ação, até que o valor dos créditos

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tributários devidos pelo contribuinte atinja o montante de 20 (vinte) Unidades Fiscais de Foz
do Iguaçu - UFFI, limitado ao prazo de prescrição.

Art. 173O Poder Executivo regulamentará os procedimentos relativos à inscrição e a


cobrança amigável ou judicial da Dívida Ativa.

Capítulo IV
CERTIDÃO NEGATIVA

Art. 174A prova da quitação do tributo será feita por certidão negativa, expedida à vista de
requerimento escrito ou verbal do interessado, que contenha todas as informações
necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade
e indique o período a que se refere o pedido.

§ 1º A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e
será fornecida, caso solicitada por escrito, dentro do prazo de 10 (dez) dias, contados da
data de entrada do requerimento na repartição, sob pena de responsabilidade funcional,
ressalvado erros ou falta de informações na solicitação do requerente. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 141/2008)

§ 2º A prova de quitação constante do caput do artigo se estende às dívidas não tributárias,


cuja cobrança seja de responsabilidade da Fazenda Pública. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 141/2008)

Art. 175 Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a
existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido
efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

§ 1º Presente qualquer dos fatos citados neste artigo e, em havendo qualquer tipo de
garantia, esta deverá constar da certidão, além da indicação da espécie do tributo e do
valor do crédito.

§ 2º Se a certidão negativa solicitada for sobre um determinado tributo que não haja
pendência, mesmo assim, a existência de pendências de pagamento de outros tributos
deve ser informada.

Art. 176 Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de


quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável
para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo
tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a
infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator.

A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a
Art. 177
Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo
pagamento do crédito tributário e juros de mora acrescidos, sem prejuízo da
responsabilidade criminal e funcional que no caso couber.

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Art. 178 É obrigatória a apresentação de certidão negativa para:

I - aprovação de projetos de loteamento e qualquer tipo de edificação;

II - concessão de serviços públicos;

III - licitação em geral;

IV (Revogado pela Lei Complementar nº 151/2010)

V (Revogado pela Lei Complementar nº 105/2005)

VI - contratar com o Município.

Art. 179 Sem prova por certidão negativa, ou por declaração de isenção ou
reconhecimento de imunidade com relação aos tributos ou quaisquer ônus relativos ao
imóvel, os escrivães, tabeliães e oficiais de registros não poderão lavrar, inscrever,
transcrever ou averbar quaisquer atos ou contratos relativos aos imóveis.

Parágrafo Único. Os serventuários judiciais ou extrajudiciais que praticarem atos sem a


exigência da certidão negativa ficam obrigados pelo recolhimento do respectivo crédito
tributário, sem prejuízo das demais penalidades previstas nesta Lei.

A certidão negativa não exclui o direito da Fazenda Pública em exigir, a qualquer


Art. 180
tempo, os créditos a vencer e os que venham a ser apurados.

TÍTULO V
PROCESSO TRIBUTÁRIO E PROCEDIMENTO

Capítulo I
CONTROLE DA FISCALIZAÇÃO

Art. 181 A fiscalização e orientação fiscal relativa aos tributos municipais, compete ao
corpo fiscal do Município, ainda que não concentrado em uma mesma repartição.

§ 1º Os Agentes Fiscais incumbidos de realizar tarefas de fiscalização devem identificar-se


através de documento de identidade funcional, expedido pela repartição competente.

§ 2º As empresas e entidades estabelecidas no Município apresentarão ao fisco municipal,


em formulário próprio ou através de processamento eletrônico de dados, declaração
mensal e anual dos serviços contratados ou prestados, conforme regulamentação.

Art. 182 As pessoas físicas ou jurídicas contribuintes, responsáveis ou intermediárias de


negócios, sujeitos aos tributos municipais, não poderão escusar-se de exibir à fiscalização
os livros e documentos de sua escrituração.

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Art. 183Ao Agente Fiscal não poderá ser negado o direito de examinar estabelecimentos,
depósitos e dependências, cofres, arquivos, inclusive magnéticos ou eletrônicos, veículos e
demais meios de transportes, livros ou outros documentos comerciais ou fiscais dos
contribuintes e responsáveis definidos em Lei.

Art. 184 No caso de recusa, a fiscalização poderá lacrar os móveis ou depósitos, onde
possivelmente estejam os documentos, livros e arquivos, inclusive magnéticos ou
eletrônicos, lavrando termo desse procedimento do qual deixará cópia ao recusante,
solicitando de imediato à autoridade administrativa a que estiver subordinada providência
para que se faça a exibição judicial.

Art. 185 Nos casos de perda ou extravio de livros e demais documentos fiscais, poderá a
autoridade fiscal intimar o sujeito passivo a comprovar o montante das operações e
prestações escrituradas ou que deveriam ter sido escrituradas nos referidos livros, para
efeito de verificação do pagamento do tributo.

Se o sujeito passivo se recusar a fazer a comprovação, ou não puder fazê-la, e


Art. 186
bem como nos casos em que a mesma seja considerada insuficiente, o montante das
operações e prestações será arbitrado pela autoridade fiscal, pelos meios ao seu alcance,
deduzindo-se, para efeito de apuração da diferença do tributo, os recolhimentos
devidamente comprovados pelo sujeito passivo ou pelos registros da repartição fiscal.

Art. 187A norma que regulamentar benefício fiscal poderá prever a obrigatoriedade da
apresentação de documentos comprobatórios do direito ao benefício ou necessários para o
seu acompanhamento e controle, ou ainda estabelecer condições para fruição.

Art. 188A Secretaria Municipal da Fazenda e seus Agentes Fiscais terão, dentro de sua
área de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores da Administração
Pública.

Art. 189 No levantamento fiscal poderão ser usados quaisquer meios indiciários, bem como
aplicados coeficientes médios de lucro bruto ou do valor dos serviços praticados no
mercado, média dos plantões fiscais com base na tabela de valores praticados na data do
início do levantamento fiscal, ou outros meios definidos na legislação tributária, observadas
a localização e a categoria do estabelecimento.

Art. 190 Considerar-se-á ocorrida a operação ou prestação tributável quando constatado:

I - o suprimento de caixa sem comprovação da origem do numerário, quer esteja


escriturado ou não;

II - a existência de título de crédito quitado ou despesas pagas e não escrituradas, bem


como bens do ativo permanente não contabilizados;

III - a existência de contas no passivo exigível que apareçam oneradas por valores

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documentalmente inexistentes;

IV - a existência de valores que se encontrem registrados em sistema de processamento de


dados, máquina registradora, equipamento emissor de cupom fiscal ou outro equipamento
similar, utilizados sem prévia autorização ou de forma irregular, que serão apurados
mediante a leitura dos dados neles constantes;

V - a falta de registro de notas fiscais de bens adquiridos para consumo ou para ativo fixo.

Capítulo II
CONSULTA

SEÇÃO I
SETOR CONSULTIVO

Art. 191 Ao sujeito passivo é assegurado o direito de formular consulta a respeito de


interpretação da legislação tributária municipal, mediante petição dirigida à administração
fazendária, desde que protocolada antes do início de ação fiscal, expondo minuciosamente
os fatos concretos a que visa atingir e os dispositivos legais aplicáveis à espécie, instruída
com documentos.

Parágrafo Único. A Secretaria Municipal da Fazenda manterá setor consultivo na Divisão de


Consultoria e Auditoria Tributária, ou outra divisão que vier a substituí-la, que terá por
incumbência específica responder a todas as consultas relativas à legislação tributária
municipal, formuladas por contribuintes ou seus órgãos de classe e repartições fazendárias.

Art. 192As respostas às consultas servirão como orientação geral da Secretaria Municipal
da Fazenda, bem como a qualquer outra repartição municipal que tenha relação com o
objeto da consulta, em casos similares.

Art. 193As respostas às consultas não elidem a parcela do crédito tributário constituído e
exigível em decorrência das disposições de Lei. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 141/2008)

SEÇÃO II
FORMULAÇÃO DA CONSULTA

Art. 194 A consulta será formulada por escrito, contendo, além da qualificação do
consulente, os seguintes elementos:

I - ramo de atividade;

II - endereço completo e local destinado ao recebimento de correspondência, com


indicação do código de endereçamento postal (CEP);

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III - números de inscrição no Cadastro Municipal Econômico - CME - e no Cadastro


Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

IV - declaração, sob a responsabilidade do consulente, de que:

a) não se encontra sob procedimento fiscal iniciado ou já instaurado para apurar fatos que
se relacionem com a matéria objeto da consulta; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 215/2013)
b) não está notificado para cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta;
c) o fato exposto na consulta não foi objeto de decisão anterior proferida em consulta ou
litígio em que foi parte interessada.

§ 1º Ressalvada a hipótese de matéria conexa, a consulta não poderá conter questão


relativa a mais de um tributo.

§ 2º O consulente deverá expor, minuciosa e objetivamente, o assunto, citando os


dispositivos da legislação tributária em relação aos quais tenha dúvida, bem como as
conclusões a que chegou e, se for o caso, o procedimento adotado ou que pretenda adotar.

§ 3º A consulta deverá ser instruída com documentos vinculados à situação de fato e de


direito descrita pelo consulente, quando necessários à formação da resposta.

Art. 195 Não será recebida e examinada consulta sobre matéria objeto de procedimento
fiscal, discussão judicial, petição na esfera administrativa ou, ainda, quando o consulente
encontrar-se sob ação fiscal, devendo a negativa de tais circunstâncias ser expressamente
declarada na petição.

§ 1º Também não será recebida consulta:

I - sobre norma tributária em tese;

II - referente a fato definido pela lei como crime ou contravenção penal;

III - sobre matéria que tiver sido objeto de decisão proferida em processo judicial ou
administrativo-fiscal em que haja vinculação à consulente;

IV - que importe em repetição de consulta idêntica, anteriormente formulada, ressalvado, os


casos de renovação solicitada em conseqüência de alteração na legislação tributária.

§ 2º Não terá eficácia a resposta obtida em desacordo com o disposto neste artigo.

§ 3º O processo de consulta não tem efeito suspensivo.

SEÇÃO III
EFEITOS DA CONSULTA

Art. 196

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Art. 196 A apresentação da consulta pelo contribuinte ou responsável produz os seguintes


efeitos:

I - em relação ao fato objeto da consulta, o tributo, quando devido, poderá ser pago até
quinze dias, contados da data da ciência da resposta, sem prejuízo da atualização
monetária;

II - impede, até o término do prazo estabelecido no artigo 203 o início de qualquer


procedimento fiscal destinado à apuração de faltas relacionadas com a matéria consultada.

Parágrafo Único. O prazo de que trata o inciso I não se aplica:

I - ao tributo devido sobre as demais operações ou prestações realizadas pelo consulente;

II - ao tributo destacado ou lançado em documento fiscal;

III - à consulta formulada após o prazo de pagamento do tributo devido;

IV - ao tributo já declarado.

Art. 197A consulta não suspende o prazo para recolhimento de tributo retido na fonte,
decorrente de autolançamento ou lançamento por homologação, antes ou depois de sua
apresentação.

Parágrafo Único. O consulente poderá fazer cessar, no todo ou em parte, a oneração do


eventual crédito tributário efetuando depósito, cuja importância, se indevida, lhe será
restituída de ofício no prazo de 30 (trinta) dias, contados da intimação, devidamente
atualizada.

Art. 198Não são passíveis de multas os contribuintes que praticarem atos baseados em
respostas das consultas.

Art. 199Das decisões em processo de consulta será cientificado o consulente, ocasião em


que ser-lhe-á entregue uma via da resposta mediante recibo.

O prazo para emissão da resposta será de até 30 (trinta) dias, após a data de
Art. 200
recebimento da consulta pelo Setor Consultivo.

Parágrafo Único. As diligências requeridas pelos relatores suspendem o prazo previsto


neste artigo.

As respostas poderão ser revogadas ou substituídas, mediante comunicação do


Art. 201
Setor Consultivo ao consulente.

§ 1º Se a orientação dada pelo Setor Consultivo for alterada, em decorrência de lei ou de


norma complementar da legislação tributária, ocorrerá a perda automática da validade da
resposta, a partir da data da eficácia do instrumento que tenha causado a modificação.

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§ 2º Decorrido o prazo a que se refere o artigo 203, cessarão, em relação à resposta


revogada ou substituída, os efeitos previstos no artigo 198.

Art. 202 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 203 A partir da data da ciência da resposta, da sua revogação ou substituição, o


consulente terá o prazo de até 15 (quinze) dias para adequar o seu procedimento ao que
tiver sido esclarecido.

§ 1º A ciência ao sujeito passivo será dada na forma prevista no artigo 216 desta Lei.

§ 2º Decorrido o prazo que se refere este artigo, havendo irregularidade e não tendo o
consulente procedido de conformidade com os termos da resposta ou comunicação de
revogação ou substituição, proceder-se-á ao lançamento de ofício.

Art. 204 Não produz efeito a consulta formulada:

I - em desacordo com as disposições desta Lei;

II - meramente protelatória, assim entendida a que verse sobre dispositivo de induvidosa


interpretação ou sobre tese de direito já resolvida por decisão definitiva, administrativa ou
judicial;

III - que não descreva completa e exatamente a situação do fato;

IV - formulada por consulente que, à data de sua apresentação, esteja sob ação fiscal,
notificado de lançamento, intimado de auto de infração ou termo de apreensão, ou citado ou
notificado para ação de natureza tributária, relativamente à matéria consultada.

Art. 205 Verificada mudança de orientação fiscal, a nova regra se aplicará a todos os
casos, ressalvado o direito daquele que proceder de acordo com a regra até a data da
alteração ocorrida.

Art. 206 A Divisão de Consultoria e Auditoria Tributária responderá a consulta no prazo


estipulado no art. 200, encaminhando o processo a Diretoria de Receita e/ou Diretoria de
Fiscalização, observada a competência de cada Diretoria, para homologação e
providências quanto a sua publicação no Diário Oficial do Município. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 242/2015)

Art. 207A resposta à consulta vincula a Administração, salvo se obtida mediante


elementos inexatos fornecidos pelo sujeito passivo.

Capítulo III
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL DE INSTRUÇÃO CONTRADITÓRIA

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SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 208A apuração das infrações à legislação tributária e a aplicação das respectivas
multas, bem como de todo e qualquer processo ou procedimento administrativo fiscal,
serão organizados em forma de autos forenses, tendo as folhas numeradas e rubricadas e
as peças que o compõem dispostas na ordem em que forem juntadas, obedecendo o
procedimento e disposições deste capítulo. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 117/2006)

Art. 209 O processo administrativo fiscal desenvolve-se nas seguintes instâncias:

I - primeira, singular, em nível da Diretoria de Receita ou Diretoria de Fiscalização;


(Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

II - segunda, coletiva, em nível de Conselho Municipal de Contribuintes;

III - terceira e última, singular, em nível de Secretário Municipal da Fazenda.

§ 1º Os prazos fixados na legislação tributária municipal serão contínuos, excluindo-se na


sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 91/2004)

§ 2º Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que


corra o processo ou deva ser praticado o ato. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 91/2004)

§ 3º Fica o Secretário Municipal da Fazenda autorizado, em caso de vacância nas


Diretorias de Receita e/ou Fiscalização, a proceder a delegação da competência
estabelecida para julgamento em primeira instância do inciso I, do caput a servidor de
carreira lotado na respectiva Diretoria em que ocorreu a vacância, por meio de ato próprio
de delegação de competência, publicado no Diário Oficial do Município. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

SEÇÃO II
FASE PRELIMINAR

Art. 210 O procedimento fiscal poderá ser motivado:

I - pela representação - lavrada por Agente Fiscal da repartição fazendária que, em serviço
interno, verificar a existência de infração à legislação tributária, a qual conterá as
características intrínsecas do auto de infração, excetuando-se a obrigatoriedade da
intimação do sujeito passivo;

II - pela denúncia, que poderá ser:

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a) escrita, devendo conter a identificação do denunciante e a qualificação do denunciado,


se conhecida, e relatar, inequivocamente, os fatos que constituem a infração;
b) verbal, devendo ser reduzida a termo, devidamente assinado pela parte denunciante, na
repartição competente, contendo os elementos exigidos no item anterior.

III - pela ordem de serviço ou qualquer outro documento expedido pela autoridade
competente; e (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 117/2006)

IV - pela iniciativa, verbal ou escrita, do próprio sujeito passivo. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 117/2006)

SEÇÃO III
INÍCIO DO PROCEDIMENTO FISCAL

Art. 211 O procedimento fiscal tributário considera-se iniciado com:

I - termo início de fiscalização, desde que cientificado do ato o sujeito passivo, seu
representante legal ou preposto;

II - notificação do lançamento, desde que cientificado do ato o sujeito passivo, seu


representante legal ou preposto;

III - lavratura do Auto de Infração;

IV - lavratura de termo de apreensão de quaisquer bens ou mercadorias ou retenção de


documentos ou livros comerciais e fiscais;

V - por qualquer outro ato escrito, praticado por servidor competente, no exercício de sua
atividade funcional, desde que cientificado do ato o sujeito passivo, seu representante legal
ou preposto.

§ 1º Para efeitos do disposto no caput deste artigo, o ato referido no inciso I valerá pelo
prazo de 120 (cento e vinte) dias, prorrogáveis, sucessivamente, por igual período, com
qualquer outro ato escrito que indique o prosseguimento dos trabalhos. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 273/2017)

§ 2º A impugnação instaura a fase litigiosa do procedimento. (Redação dada pela Lei


Complementar nº 105/2005)

SEÇÃO IV
AUTO DE INFRAÇÃO

Constatada a infração de dispositivo da legislação tributária, que importe ou não


Art. 212
em evasão fiscal, será lavrado auto de infração pelo agente fiscal. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 117/2006)

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Parágrafo Único. Respondem pela infração, conjunta ou isoladamente, todos os que de


qualquer forma concorram para sua prática ou dela se beneficiem.

Art. 213A formalização da exigência de créditos tributários e penas de multa dar-se-ão da


seguinte forma: (Redação dada pela Lei Complementar nº 117/2006)

I - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - e penas de multa, mediante a


lavratura de auto de infração por agente fiscal, no momento em que for verificada a infração
à legislação tributária; (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

II - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - quando lançado em valor fixo,
mediante notificação ou edital de lançamento; e (Redação dada pela Lei Complementar
nº 151/2010)

III - demais tributos, mediante notificação ou edital de lançamento, quando for o caso.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

Art. 214 O auto de infração não deverá conter rasuras, entrelinhas ou emendas e nele
descrever-se-á, de forma precisa e clara, a infração averiguada, devendo dele constar,
obrigatoriamente:

I - o local, a data e a hora da lavratura;

II - a qualificação do sujeito passivo autuado;

III - descrição minuciosa do fato que se alegue constituir infração e que motivou a lavratura
do auto de infração;

IV - capitulação do fato, mediante menção expressa do dispositivo legal infringido e da


penalidade aplicável estabelecida em Lei;

V - o valor do crédito tributário, quando devido, demonstrando em relação a cada mês:

a) base de cálculo;
b) quando for o caso, as deduções previstas em lei, que além de constar da demonstração
da base de cálculo, deverão ser individualizadas em planilha em apartada, que deverá
constar como anexo do auto de infração;
c) alíquota aplicada;
d) o valor do tributo devido;
e) quando for o caso, o valor do tributo já pago;
f) os acréscimos legais.
g) o valor do tributo atualizado.

VI - sendo caso, descrição das coisas apreendidas, com indicação do lugar onde tenham
sido depositados;

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VII - a autoridade competente para o processo de impugnação;

VIII - a assinatura do sujeito passivo, seu representante ou preposto;

IX - determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou impugná-la no prazo de 30


(trinta) dias;

X - a assinatura do autuante e sua identificação funcional.

§ 1º As omissões, incorreções ou eventuais falhas do auto de infração não acarretarão


nulidades, quando do processo constarem elementos suficientes a determinação do infrator
(sujeito passivo) e da infração.

§ 2º A assinatura do sujeito passivo não importa em confissão, nem a sua falta ou recusa
em nulidade do auto de infração, ou agravação da penalidade.

§ 3º Sendo o caso, o auto de infração e o de apreensão poderão ser reunidos em um só


documento.

§ 4º A repartição fazendária manterá sistema de controle, registro e acompanhamento dos


processos administrativos fiscais.

§ 5º Aplica-se, no que couber, às notificações e editais de lançamento, as disposições


deste artigo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 242/2015)

Art. 215 Se o sujeito passivo infrator, ou quem o represente, não puder ou recusar-se a
assinar o auto de infração, o agente fiscal lavrará certidão mencionando essa
circunstância, a qual passará a fazer parte integrante do auto de infração. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 228/2014)

SEÇÃO V
INTIMAÇÃO

Art. 216A intimação para que o autuado integre a instância administrativa, bem como da
decisão de que trata o artigo 247, far-se-á:

I - pessoalmente, mediante entrega à pessoa do próprio sujeito passivo, seu representante


legal ou preposto, de uma via, de igual teor e forma, do auto de infração ou da notificação e
dos levantamentos, demonstrativos e outros documentos que lhe deram origem ou da
decisão, respectivamente, exigindo-se recibo datado e assinado, ou, alternativamente;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

II - por carta registrada, com aviso de recebimento; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 237/2015)

III - por hora certa, quando, por três vezes, o agente fiscal houver procurado o sujeito

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passivo em seu endereço ou domicílio, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de


ocultação, intimar a qualquer pessoa da família ou eventual funcionário que estiver
presente no estabelecimento, que, no dia imediatamente posterior, voltará a fim de efetuar
a intimação, na hora que designar; (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

IV - por edital, com publicação única no Diário Oficial do Município, quando ignorado,
incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o sujeito passivo ou exauridos as formas
ordinárias de localizá-lo; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

V - por qualquer meio eletrônico, conforme regulamentado pelo Poder Executivo. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 1º Quando a intimação der-se na forma do inciso III deste artigo, o agente fiscal, no dia e
hora designados, independentemente de nova determinação ou despacho, comparecerá ao
endereço ou domicílio do sujeito passivo, a fim de realizar a diligência. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 228/2014)

§ 2º Se o sujeito passivo não estiver presente, o agente fiscal procurará informar-se das
razões da ausência, dando por feita a intimação, ainda que o sujeito passivo se tenha
ocultado. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 3º Da certidão da ocorrência, o agente fiscal deixará uma via com pessoa da família ou
eventual funcionário ou vizinho que estiver presente no estabelecimento, conforme o caso,
declarando-lhe o nome. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 4º Em se tratando de julgamento à revelia do autuado, a intimação poderá ser procedida


diretamente por edital. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 242/2015)

§ 5º A intimação para os contribuintes enquadrados no Sistema Integrado de Pagamento


de Impostos e Contribuição - Simples Nacional - poderá ser realizada através de sistema
de comunicação eletrônica, na forma do art. 16, § 1º-A a D, da Lei Complementar Federal
nº 123, de 14 de dezembro de 2006 e suas alterações. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 273/2017)

§ 6º Aplicam-se as disposições deste artigo, no que couber, à intimação inerente a


qualquer outro ato administrativo emanado da Fazenda Pública. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 273/2017)

Art. 217 Considera-se feita a intimação:

I - na data da ciência do intimado;

II - na data do recebimento, por via postal ou telegráfica, ou, se a data for omitida, na data
da juntada ao processo do Aviso de Recebimento - AR;

III - na data da publicação do edital, se este for o meio utilizado;

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IV - na data em que o agente fiscal lavrar a certidão de que trata o § 3º do art. 216, quando
a intimação der-se por hora certa, nos termos do inciso III, do art. 216, desta Lei
Complementar. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 242/2015)

Art. 218O auto de infração devidamente lavrado, para penalizar o sujeito passivo infrator
pela inobservância de disposições legais, ressalvados os casos previstos em lei, não
poderá ser cancelado, subsistirá mesmo depois de satisfeitas as exigências infringidas,
sejam elas de obrigação principal ou acessória.

SEÇÃO VI
TERMO DE APREENSÃO

Art. 219É admissível a apreensão de bens móveis ou mercadorias, livros, ou quaisquer


outros documentos, escritos, magnéticos ou eletrônicos, existentes em poder do sujeito
passivo ou de terceiros como prova material da infração tributária, mediante termo de
apreensão.

Art. 220 A apreensão será objeto de lavratura de termo de apreensão, devidamente


fundamentado, contendo a descrição dos bens ou documentos apreendidos, a indicação do
lugar onde ficarão depositados e do nome do depositário, se for o caso, a descrição clara e
precisa do fato e a menção das disposições legais, além dos demais elementos
indispensáveis à identificação do sujeito passivo.

Parágrafo Único. O sujeito passivo será intimado da lavratura do termo de apreensão nos
termos do artigo 216 desta Lei.

Art. 221Os documentos apreendidos poderão, a requerimento do sujeito passivo, ser-lhe


devolvidos, ficando no processo cópia do inteiro teor ou da parte que deva fazer prova,
caso o original não seja indispensável a esse fim.

Art. 222 Os bens apreendidos serão devolvidos, a requerimento do sujeito passivo,


mediante pagamento das taxas e multas pecuniárias devidas, ficando retidos, até decisão
final, os espécimes necessários à prova dos fatos. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 90/2004)

Art. 223 Se o sujeito passivo não provar o cumprimento das exigências legais para a
liberação dos bens apreendidos, no prazo de 60 (sessenta) dias, serão os bens levados a
hasta pública ou leilão.

Art. 224Quando a apreensão recair em bens de fácil deterioração, estes poderão ser
doados, a critério da Administração, à associação de caridade e demais entidades
beneficentes ou de assistência social.

Art. 225 Apurando-se, na venda em hasta pública ou leilão, importância superior aos
tributos, acréscimos legais e demais custos resultantes da modalidade de venda, será o
sujeito passivo notificado para receber o excedente.

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A restituição dos documentos e bens apreendidos sempre se fará mediante recibo


Art. 226
e após os trâmites legais.

SEÇÃO VII
IMPUGNAÇÃO

A impugnação é a defesa apresentada, em cada processo, pelo sujeito passivo,


Art. 227
no prazo de trinta dias, a contar da data em que se considera feita a intimação,
observando-se que: (Redação dada pela Lei Complementar nº 117/2006)

I - será protocolizada no Protocolo Geral do Município e nela o sujeito passivo aduzirá de


uma só vez todas as razões e argumentos de sua defesa, juntando, desde logo, as provas
das razões apresentadas; (Redação dada pela Lei Complementar nº 117/2006)

II - sua apresentação, ou na sua falta, o término do prazo para impugnação, instaura a fase
litigiosa do procedimento;

III - apresentada tempestivamente, supre eventual omissão ou defeito da intimação.

Art. 228 A impugnação apresentada tempestivamente contra o lançamento ou auto de


infração terá efeito interruptivo quanto a exigibilidade do crédito tributário, iniciando novo
prazo a partir da data da ciência da decisão de primeira instância.

Art. 229 Não sendo cumpridos ou não sendo impugnados o lançamento ou o auto de
infração, será declarada a revelia do sujeito passivo. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 117/2006)

Parágrafo Único - O autor do procedimento, seu substituto ou servidor designado, no


primeiro dia útil, após o término do prazo para impugnação, lavrará o termo de revelia, e
remeterá os autos do processo à Divisão de Consultoria e Auditoria Tributária e/ou
Supervisões da Diretoria de Fiscalização, e a partir daí segue-se o rito previsto neste título
a partir do art. 233. (Redação dada pela Lei Complementar nº 242/2015)

Art. 230 A impugnação obrigatoriamente conterá:

I - qualificação do sujeito passivo;

II - os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido;

III - o pedido com as suas especificações;

IV - as provas com que pretenda demonstrar a veracidade dos fatos alegados. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

SEÇÃO VIII

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CONTESTAÇÃO

Art. 231 Apresentada a impugnação, o processo será encaminhado em 48 (quarenta e


oito) horas, ao autor do procedimento, seu substituto ou servidor designado, para se
manifestar no prazo de 15 (quinze) dias, sobre as razões oferecidas pelo sujeito passivo
autuado ou notificado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 105/2005)

SEÇÃO IX
DILIGÊNCIAS

Art. 232O Diretor de Fiscalização e/ou de Receita, o titular da Divisão de Consultoria e


Auditoria Tributária, os Supervisores da Diretoria de Fiscalização e/ou o substituto ou
servidor designado para substituir o autor do procedimento, nos termos do art. 231 desta
Lei Complementar, a requerimento do impugnante ou de ofício, poderá realizar ou
determinar a realização de diligências ou requisitar documentos ou informações que forem
consideradas úteis ao esclarecimento das circunstâncias discutidas no processo,
observando o prazo máximo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 242/2015)

SEÇÃO X
PARECER

Art. 233Contestada a impugnação e concluídas as eventuais diligências, será ultimada a


instrução do processo, no prazo de até 20 (vinte) dias do recebimento, com parecer
circunstanciado da Divisão de Consultoria e Auditoria Tributária da Diretoria de Receita
e/ou das Supervisões da Diretoria de Fiscalização, observada a competência sobre a
matéria discutida. (Redação dada pela Lei Complementar nº 242/2015)

Art. 234O parecer deverá ser instruído com relatório, fundamentação e conclusão, e
deverá abordar os seguintes aspectos:

I - legalidade;

II - constitucionalidade;

III - materialidade;

IV - formalidade;

V - especificidade;

VI - objetividade.

SEÇÃO XI
REVISÃO DE AUTO DE INFRAÇÃO

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Art. 235 Se após a lavratura do auto de infração e durante a fase de contestação for
verificado erro na capitulação da pena, existência de sujeito passivo solidário ou falta que
resulte em agravamento da exigência, será lavrado auto de infração revisional, do qual será
intimado o autuado e o solidário, se for o caso, abrindo-se prazo de trinta dias para
apresentação de reclamação.

§ 1º O agente fiscal caso verifique a existência dos quesitos que ensejam a lavratura do
auto de infração revisional, deverá comunicar, mediante despacho fundamentado, à
respectiva Supervisão da Diretoria de Fiscalização, para que esta analise e exare parecer
favorável ou não pela revisão, parecer este que deverá ser homologado pela Diretoria de
Fiscalização. (Redação dada pela Lei Complementar nº 263/2016)

§ 2º Aplica-se, no que couber, às notificações e editais de lançamento, as disposições


deste artigo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 236Será também, lavrado auto de infração revisional, depois de proferida decisão de
qualquer das instâncias administrativas, que seja parcialmente favorável ao impugnante, ou
caso seja constatado vício na lavratura do auto de infração, após o trânsito em julgado da
respectiva decisão. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 1º Quando tratar-se de auto de infração revisional decorrente de julgamento de primeira


instância à revelia do sujeito passivo autuado, o auto de infração revisional deverá ser
lavrado de imediato, sendo dele intimado o sujeito passivo concomitantemente com a
intimação da decisão que lhe deu origem; cabendo recurso/impugnação em primeira
instância do auto de infração revisional somente nos casos em que houver agravamento da
exigência imposta pela Fazenda Pública. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 242/2015)

§ 2º Aplica-se, no que couber, às notificações e editais de lançamento, as disposições


deste artigo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 242/2015)

SEÇÃO XII
JULGAMENTO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA

Art. 237 O julgamento de processo em primeira instância compete ao titular da Diretoria de


Receita e/ou Diretoria de Fiscalização, da Secretaria Municipal da Fazenda, devendo
proferir decisão no prazo de 20 (vinte) dias contados a partir do recebimento do processo
ou das informações e diligências solicitadas na forma do inciso II, deste artigo. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

I - a autoridade administrativa não ficará adstrita às alegações das partes, devendo decidir
de acordo com sua convicção, em face das provas produzidas no processo.

II - se julgar necessário, poderá a autoridade administrativa solicitar audiência do órgão


jurídico da Secretaria Municipal da Fazenda ou Procuradoria Geral do Município, ou

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converter o processo em diligência e determinar a produção de novas provas, no prazo de


10 (dez) dias a partir do recebimento do processo.

III - a decisão, redigida com simplicidade e clareza, conterá relatório resumido do processo,
com fundamentação legal, conclusão e ordem de intimação, e resolverá todas as questões
debatidas no processo, e pronunciará pela procedência ou improcedência do auto de
infração ou da impugnação, definindo expressamente os seus efeitos.

IV - não sendo proferida decisão, no prazo legal, nem convertido o julgamento em


diligência, poderá a parte interpor recurso voluntário, como se fosse julgado procedente o
auto de infração e improcedente a impugnação, cessando, com a interposição de recurso,
a jurisdição da autoridade em primeira instância.

SEÇÃO XIII
RECURSOS PARA SEGUNDA INSTÂNCIA

Art. 238 As razões do recurso serão juntadas ao respectivo processo, para ulterior
encaminhamento ao órgão de segunda instância, que será o Conselho Municipal de
Contribuintes.

Art. 239 Os recursos ao Conselho Municipal de Contribuintes são:

I - de ofício, da decisão favorável ao contribuinte, desde que o montante atualizado do


crédito tributário julgado improcedente seja superior a 100 (cem) Unidades Fiscais de Foz
do Iguaçu - UFFI`s, do mês da lavratura do auto de infração, caso em que será formalizado
mediante manifestação obrigatória da autoridade prolatora da decisão, no final desta;

II - ordinário, total ou parcial, em cada processo, com efeito, interruptivo, pelo autuado, no
prazo de 30 (trinta) dias contados da data da intimação da decisão.

Art. 240 O recurso ordinário interposto intempestivamente antes da inscrição do crédito


tributário correspondente em dívida ativa será encaminhado ao Conselho Municipal de
Contribuintes, cabendo ao seu Presidente apreciar a preclusão.

Art. 241 O recurso de ofício de que trata o inciso I do artigo 239, devolve a instância
superior o exame de toda a matéria em discussão.

Parágrafo Único. Não caberá recurso de oficio nos casos em que a decisão apenas procure
corrigir erro manifesto.

Art. 242A impugnação interposta intempestivamente em primeira instância ou a declaração


de revelia veda o recebimento do recurso ordinário de que trata o inciso II do art. 239 desta
Lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 117/2006)

Parágrafo Único. Fica vedado o recebimento de recurso ordinário relativo a matéria


tributária vinculada a crédito tributário em processo de cobrança judicial. (Redação

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acrescida pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 243 O rito processual em segunda instância obedecerá às normas previstas nesta Lei.

SEÇÃO XIV
RECURSOS PARA TERCEIRA INSTÂNCIA

Art. 244 O recurso para terceira instância, da decisão tomada por maioria de votos poderá
ser interposto pela parte vencida no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da intimação
do sujeito passivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Parágrafo Único. Será igualmente garantido recurso de reconsideração quando a decisão


de uma das câmaras de julgamento for divergente da tomada por outra ou pelo Pleno.

Art. 245 O recurso à última instância, de decisões não unânimes e contrárias à Fazenda
Pública, caberá ao Representante da Secretaria Municipal da Fazenda, no prazo de 30
(trinta) dias, contados da data da sua intimação, desde que a importância questionada seja
superior a 200 (duzentas) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s, ou quando
contrárias à literal dispositivo de Lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 1º Antes de encaminhar o recurso indicado neste artigo à autoridade julgadora, o


Conselho Municipal de Contribuintes abrirá vista do processo ao contribuinte pelo prazo de
10 (dez) dias, para que se manifeste sobre as razões apresentadas pela recorrente.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 188/2011)

§ 2º O julgamento do processo em terceira instância compete ao Secretário Municipal da


Fazenda, devendo ser proferida decisão no prazo de 20 (vinte) dias, contados do
recebimento dos processos ou das diligências solicitadas na forma do inciso II, do art. 237,
desta Lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 141/2008)

SEÇÃO XV
VISTA DOS AUTOS

Art. 246Em qualquer fase do processo, é assegurado ao sujeito passivo o direito de vista
dos autos na repartição fazendária onde tramitar o feito administrativo, e permitido o
fornecimento de cópias autenticadas ou certidões por solicitação, escrita ou verbal do
interessado, lavrando o servidor termo com indicação das peças fornecidas.

SEÇÃO XVI
DECISÕES FINAIS

As decisões são finais e irreformáveis, na esfera administrativa, quando delas não


Art. 247
caiba mais recurso ou se esgotem os prazos para tal procedimento, observando-se que:

I - depois de decorrido o prazo para oferecimento de recursos, as decisões finais favoráveis

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ao Município serão executadas mediante intimação do autuado pela repartição fazendária,


observando no que couber o disposto no artigo 216, para, no prazo de 30 (trinta) dias,
cumprir a obrigação, sob pena de inscrição do débito em dívida ativa;

II - os créditos tributários inscritos em dívida ativa serão cancelados, com observância do


disposto no regulamento, nos casos de:

a) exclusão do crédito tributário;


b) regularização de divergência de créditos tributários originados de processo administrativo
fiscal.

III - o encaminhamento das certidões de dívida ativa para propositura da respectiva ação
executiva far-se-á independentemente de nova intimação ou notificação do sujeito passivo,
além da prevista no inciso I deste artigo.

IV - deverá ser encaminhada ao Ministério Público, pelo Agente Fiscal, quando provado
existência de artifício doloso ou intuito de fraude, depois de proferida a decisão final, na
esfera administrativa, sobre a exigência legal do crédito tributário correspondente, a
Representação Fiscal para Fins Penais relativas aos crimes contra a ordem tributária
definidos na Lei Federal nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, na forma do art. 83, da Lei
Federal nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 263/2016)

SEÇÃO XVII
DA PARTE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO NÃO IMPUGNADO

Art. 248 Se o sujeito passivo concordar apenas parcialmente com o auto de infração ou
com a decisão de primeira instância, poderá respectivamente, oferecer impugnação ou
interpor recurso ordinário apenas em relação à parcela do crédito tributário impugnado,
tornando-se imediatamente exigível a parcela não impugnada.

SEÇÃO XVIII
REDUÇÃO DA MULTA DO AUTO DE INFRAÇÃO

Art. 249 As multas propostas em auto de infração serão reduzidas:

I - em 70% (setenta por cento) quando pagas até o 15º (décimo quinto) dia subsequente ao
da intimação do auto de infração, juntamente com as demais quantias exigidas, ou quando
estas, quitada a multa, sejam objeto de parcelamento. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 228/2014)

II - em 50% (cinquenta por cento) quando pagas do 16º (décimo sexto) ao 30º (trigésimo)
dia subsequente ao da intimação do auto de infração, juntamente com as demais quantias
exigidas, ou quando estas, quitada a multa, sejam objeto de parcelamento. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 228/2014)

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§ 1º Somente fará jus a redução de que trata este artigo o sujeito passivo que fizer o
pagamento voluntário, renunciando, nesta situação, ao direito de impugnar e/ou recorrer do
ato administrativo de constituição do crédito tributário ou não tributário. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 228/2014)

§ 2º Não fará jus a redução de que trata este artigo o sujeito passivo que optar pela
interposição de impugnação e/ou recurso em face do ato administrativo de constituição do
crédito tributário ou não tributário, devendo recolhê-lo integralmente, no prazo de 30 (trinta)
dias, contados da intimação da decisão proferida em qualquer das instâncias
administrativas, nos termos do art. 216, desta Lei Complementar. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 228/2014)

§ 3º A redução da multa do auto de infração de que trata este artigo não se aplica as penas
de multa quando ficar provado a existência de artifício doloso ou intuito de fraude ou
quando caracterizada a reincidência do sujeito passivo. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 273/2017)

SEÇÃO XIX
PARCELAMENTO DO AUTO DE INFRAÇÃO

Art. 250 Os créditos tributários apurados em auto de infração, exceto a multa contida no
artigo anterior, poderão ser pagos em até 24 (vinte e quatro) parcelas mensais, em relação
ao crédito tributário não impugnado, desde que requerido até trinta dias da ciência do auto
de infração; (Regulamento aprovado pelo Decreto nº 21914/2012)

Art. 251 O pagamento e o pedido de parcelamento implicam no reconhecimento


incondicional da infração e do crédito tributário, tendo a concessão resultante caráter
decisório. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

TÍTULO VI
CONSELHO MUNICIPAL DE CONTRIBUINTES

Capítulo I
ORGANIZAÇÃO DO CONSELHO

Fica instituído o Conselho Municipal de Contribuintes - CMC, para julgamento, em


Art. 252
segunda instância administrativa, de questões tributárias entre os contribuintes e a
Fazenda Pública Municipal.

Parágrafo Único. O Conselho Municipal de Contribuintes será vinculado


administrativamente à Secretaria Municipal da Fazenda.

Art. 253 Compõem o Conselho Municipal de Contribuintes:

I - Corpo Deliberativo;

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II - Representação da Secretaria Municipal da Fazenda;

III - Corpo Instrutivo.

Capítulo II
CORPO DELIBERATIVO

Art. 254O Corpo Deliberativo será composto por 6 (seis) Vogais, um Presidente e um
Vice-Presidente.

§ 1º O Presidente do Conselho Municipal de Contribuintes será substituído, em suas faltas


e impedimentos, pelo Vice-Presidente.

§ 2º O Presidente e o Vice-Presidente do Conselho Municipal de Contribuintes serão


escolhidos pelo Prefeito Municipal, entre pessoas, cuja formação seja de nível superior, de
reconhecida idoneidade e competência em matérias tributária, financeira e econômica.

§ 3º O Presidente e o Vice-Presidente são livremente nomeados e substituídos pelo


Prefeito Municipal.

§ 4º Será igual o número de Vogais representantes da Fazenda Pública Municipal e dos


contribuintes e todos serão nomeados pelo Prefeito Municipal.

§ 5º A nomeação dos Vogais representantes da Fazenda Pública Municipal e dos


respectivos Suplentes recairá em servidores com reconhecida idoneidade e competência
em matéria tributária, financeira e econômica, indicados pelo Secretário Municipal da
Fazenda.

§ 6º Os Vogais e seus Suplentes, representantes dos contribuintes, serão indicados em


lista tríplice por 3 (três) entidades de classe do ramo da hotelaria, empresas de turismo e
da indústria e comércio.

§ 7º Na falta ou impedimento ocasional e simultâneo do Presidente e do Vice-Presidente do


Conselho Municipal de Contribuintes, exercerá a Presidência o mais antigo dos Vogais
presentes, ou, sendo iguais na antigüidade, o mais idoso.

O mandato dos Vogais e Suplentes do Conselho Municipal de Contribuintes tem a


Art. 255
duração de dois anos, admitida a recondução.

Art. 256 O Presidente e os Vogais terão direito a uma gratificação equivalente a 30%
(trinta por cento) do menor vencimento pago pelo Município, por sessão a que
comparecerem, até o máximo de 5 (cinco) sessões por mês.

§ 1º O Vice-Presidente e os Suplentes terão direito às mesmas gratificações


correspondentes às sessões que comparecerem, obedecido o mesmo limite.

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§ 2º Os Vogais representantes da Fazenda Municipal terão, além da gratificação por


sessão, todos os direitos e vantagens dos cargos que ocupam e relativos a função pública,
como se no seu efetivo exercício estivessem, sendo dispensados de suas funções
ordinárias, se necessário, mediante despacho motivado do Secretário Municipal da
Fazenda.

Art. 257O Corpo Deliberativo do Conselho Municipal de Contribuintes poderá funcionar de


forma plena ou em câmaras, garantida sempre a participação paritária.

§ 1º O Corpo Deliberativo decidirá por maioria de votos de seus membros, cabendo ao


Presidente apenas o desempate.

§ 2º A falta de comparecimento de qualquer Vogal a três sessões consecutivas, ou dez


alternadas, durante o ano, importará, salvo motivo plenamente justificado, em renúncia
tácita do mandato, devendo o Presidente comunicar o fato ao Secretário Municipal da
Fazenda, para efeito de ser providenciado o preenchimento de vaga, na forma prevista
neste título.

Art. 258 Os membros do Conselho são impedidos de discutir e votar nos processos:

I - de seu interesse pessoal ou de seus parentes até o terceiro grau, inclusive;

II - do interesse de empresa de que sejam diretores, administradores, sócios, acionistas,


membros de conselho, assessores ou a que estejam ligados por vínculo profissional
permanente;

III - em que houverem proferido decisão ou instruído o feito, em primeira instância


administrativa.

Capítulo III
REPRESENTAÇÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DA FAZENDA

Art. 259Junto ao Conselho Municipal de Contribuintes funcionarão dois representantes da


Secretaria Municipal da Fazenda, designados e substituídos livremente pelo Secretário
Municipal da Fazenda.

Parágrafo Único. A designação dos representantes a que alude este artigo recairá em
servidores da Secretaria Municipal da Fazenda, de reconhecida idoneidade e competência
em matéria tributária, que enquanto estiverem a serviço do Conselho Municipal de
Contribuintes, ficarão dispensados de suas funções ordinárias, se assim o serviço exigir,
mediante despacho motivado do Secretário Municipal da Fazenda.

Art. 260 Os representantes da Secretaria Municipal da Fazenda terão assento junto ao


Plenário.

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§ 1º Os representantes da Secretaria Municipal da Fazenda não terão direito a voto.

§ 2º Os representantes da Secretaria Municipal da Fazenda terão as garantias dos mesmos


direitos devidos aos Vogais, previstos no caput e § 2º do artigo 256 desta Lei.

§ 3º As questões administrativas de interesse dos representantes da Secretaria Municipal


da Fazenda serão decididas, ou encaminhadas, conforme o caso, ao Prefeito Municipal,
pelo Secretário Municipal da Fazenda.

Art. 261Aos representantes da Secretaria Municipal da Fazenda compete


fundamentalmente:

I - ter vista de todos os processos, para efeito de parecer, antes de distribuídos aos
relatores;

II - usar da palavra nas sessões de julgamento e requerer o que considerar conveniente à


apreciação e solução do feito, na forma regimental;

III - interpor recurso de reconsideração e recorrer à última instância nos casos de decisões
não unânimes contrárias à Fazenda Pública proferidas em tais processos.

Parágrafo Único. Os representantes da Secretaria Municipal da Fazenda poderão requisitar


de qualquer repartição municipal, documentos que julgarem necessários à instrução dos
processos de que tenham vistas, os quais lhe serão fornecidos com a maior brevidade.

Capítulo IV
CORPO INSTRUTIVO

O Corpo Instrutivo do Conselho Municipal de Contribuintes será constituído de


Art. 262
uma Secretaria Geral, incumbida de atender a todos os serviços administrativos.

Art. 263 Os servidores do Corpo Instrutivo serão colocados à disposição do Conselho, a


critério do Secretário Municipal da Fazenda, mediante solicitação do Presidente do órgão
colegiado.

Parágrafo Único. Os servidores colocados à disposição do Conselho Municipal de


Contribuintes terão todos os direitos e vantagens inerentes aos seus cargos.

Art. 264 O Corpo instrutivo será dirigido por um Secretário, administrativamente


subordinado ao Presidente, de sua livre escolha entre os servidores que prestam serviços
junto ao Conselho Municipal de Contribuintes.

Parágrafo Único. Ao Secretário do Conselho Municipal de Contribuintes será atribuída


gratificação de função equivalente ao valor da Função de Confiança (FC).

Capítulo V

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PROCEDIMENTO EM INSTÂNCIA COLETIVA

Art. 265Os recursos serão recebidos e protocolados no Protocolo Geral do Município,


encaminhados à Secretaria do Conselho Municipal de Contribuintes, que anotará o registro
nos controles internos e fará a distribuição à representação da Secretaria Municipal da
Fazenda no prazo de até 5 (cinco) dias, contados do recebimento. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 141/2008)

Art. 266O representante da Secretaria Municipal da Fazenda terá o prazo de 10 (dez) dias
para o estudo dos processos que lhes forem distribuídos, devendo, nesse prazo, devolvê-
los à Secretaria, com o parecer ou pedido de diligência, dirigido ao Presidente do Conselho
Municipal de Contribuintes.

Art. 267 No retorno dos processos de diligência, a Secretaria abrirá nova vista, ao
representante da Secretaria Municipal da Fazenda, pelo prazo de 5 (cinco) dias.

Parágrafo Único. Enquanto o Representante da Secretaria Municipal da Fazenda não


devolver o processo à Secretaria do Conselho Municipal de Contribuintes, é facultado às
partes a juntada de prova documental, abrindo-se nesse caso, vista à parte contrária para
dizer, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre as inovações.

Art. 268 Com o parecer do representante da Secretaria Municipal da Fazenda, o processo


será distribuído a um Relator, mediante sorteio, que dele terá vista pelo prazo de 10 (dez)
dias, podendo, nesse prazo, solicitar ao Presidente, diligência externa.

Parágrafo Único. No retorno do processo à Secretaria do Conselho Municipal de


Contribuintes será reaberta vista ao Relator pelo prazo de 8 (oito) dias.

Esgotado o prazo fixado no artigo anterior, o processo será devolvido à Secretaria


Art. 269
do Conselho Municipal de Contribuintes para inclusão na pauta de julgamento, observada a
ordem seqüencial de recebimento dos processos.

Parágrafo Único - Quando for requerida, no recurso, sustentação oral, será publicada a
pauta da sessão em Diário Oficial do Município, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias
da data do julgamento, a qual conterá: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 251/2015)

I - número do protocolo ou processo;

II - nome do sujeito passivo;

III - nome do procurador do sujeito passivo, se houver;

IV - nome do Relator;

V - local, data e hora da sessão.

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69/171

As decisões do Conselho Municipal de Contribuintes serão tomadas em forma de


Art. 270
acórdão, obedecidas às disposições regimentais.

Art. 271 É facultado aos Vogais e ao representante da Secretaria Municipal da Fazenda


pedir vista do processo, durante o julgamento, pelo prazo de 3 (três) dias.

Art. 272 O Conselho Municipal de Contribuintes, por meio de decisão de maioria dos
vogais, poderá converter o feito em diligência externa, como preliminar de julgamento.

Art. 273O acórdão será lavrado pelo Relator, no prazo de 5 (cinco) dias contados da data
de julgamento.

§ 1º Se o Relator for vencido, o Presidente designará para redigir o acórdão, no mesmo


prazo, um dos Vogais cujo voto tenha sido vencedor.

§ 2º A fundamentação escrita dos votos far-se-á no mesmo prazo fixado no parágrafo


anterior.

Os acórdãos serão publicados em Diário Oficial do Município. (Redação dada pela


Art. 274
Lei Complementar nº 251/2015)

Capítulo VI
REGIMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE CONTRIBUINTES

Art. 275 O Conselho Municipal de Contribuintes organizará o seu Regimento que


determinará, basicamente:

I - distribuição proporcional dos processos, segundo a ordem cronológica de autuação na


sua Secretaria;

II - rigorosa igualdade de tratamento às partes;

III - direito de vista dos autos, na Secretaria do Conselho, ao contribuinte ou seu


representante legal;

IV - direito de sustentação oral dos recursos durante o julgamento;

V - o funcionamento das câmaras e das câmaras reunidas;

VI - multas aplicáveis nos casos de retenção e restituição fora de prazo dos processos;

VII - estabelecer o procedimento dos pedidos de esclarecimentos sobre o alcance dos


acórdãos;

VIII - elaboração pela Presidência, de relatório anual circunstanciado ao Secretário

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Municipal da Fazenda sobre as atividades do Conselho.

LIVRO SEGUNDO
TRIBUTOS

TÍTULO I
CADASTRO MUNICIPAL DE CONTRIBUINTES

Art. 276Fica o contribuinte obrigado a promover a sua inscrição no Cadastro Municipal de


Contribuintes - CMC - e no Cadastro Municipal Econômico - CME -, nos prazos e formas
constantes nos regulamentos, ficando obrigado a prestar informações e proceder aos
recadastramentos, que venham a ser exigidos pela repartição fazendária, relativos aos
elementos necessários à sua perfeita identificação, bem como da atividade exercida e do
respectivo local. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 1º Para efeitos deste artigo, será considerado autônomo cada estabelecimento de um


mesmo contribuinte, cabendo a cada um deles um número de inscrição, o qual constará
obrigatoriamente, em todos os documentos fiscais e de arrecadação municipal.

§ 2º O contribuinte deverá promover tantas inscrições quantos forem os estabelecimentos


ou locais de atividades, sendo obrigatória a indicação das diversas atividades exercidas
num mesmo local, independentemente de se tratar de pessoa física ou jurídica.

§ 3º Os documentos relativos à inscrição cadastral e posteriores alterações, bem como os


documentos de arrecadação, devem ser mantidos no estabelecimento, para apresentação
ao fisco, quando solicitados.

§ 4º O Cadastro Municipal de Contribuintes consiste no registro dos dados pessoais de


identificação dos contribuintes, bem como, dos dados cadastrais para identificação das
pessoas jurídicas. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 5º O Cadastro Municipal de Contribuinte será exigido para fins de:

I - concessão de inscrição no Cadastro Municipal Econômico - CME;

II - cadastro de proprietário ou responsável de imóveis;

III - concessão de certidões;

IV - protocolo de requerimentos e recursos em geral;

V - lançamento de tributos; e

VI - cadastro de sócios ou responsáveis por pessoa jurídica. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 228/2014)

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§ 6º O Poder Executivo expedirá decreto regulamentar, estabelecendo as regras para


inscrição e alteração no Cadastro Municipal de Contribuintes. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 228/2014)

Art. 277 Para alterar o ramo de atividade, quadro societário e razão social, o contribuinte
deverá solicitar a alteração de sua inscrição no Cadastro Municipal Econômico até 30
(trinta) dias após a ocorrência do fato. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Parágrafo Único - Nos casos de alteração de endereço, bem como de atividade que
implique em modificação da estrutura física do estabelecimento, o contribuinte deverá
solicitar a alteração 15 (quinze) dias antes da ocorrência do fato. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 105/2005)

Art. 278 Ocorrendo o encerramento das atividades, o contribuinte deverá requerer a


exclusão de sua inscrição no Cadastro Municipal Econômico no prazo de 30 (trinta) dias
depois da ocorrência do fato.

Parágrafo Único. A solicitação de exclusão de inscrição no Cadastro Municipal Econômico


será deferida, independentemente de pendências relativas aos tributos municipais, junto à
Fazenda Pública Municipal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Parágrafo Único. A solicitação de exclusão de inscrição no Cadastro Municipal de


Contribuintes será deferida, independentemente de pendências relativas aos tributos
municipais, junto à Fazenda Pública Municipal. (redação dada pela Lei Complementar
nº 141/2008)

Art. 279A inscrição, alterações e exclusão no Cadastro Municipal Econômico deverão ser
requeridas mediante apresentação do Documento Único de Cadastro - DUC, devidamente
preenchido acompanhado dos documentos previstos no regulamento, e comprobatórios da
nova situação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 280A concessão de inscrição no Cadastro Municipal Econômico ficará condicionada à


prévia diligência no local de instalação do estabelecimento, quando for o caso. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 281 A Administração, por intermédio da repartição fazendária poderá promover, de


ofício, inscrições ou alterações cadastrais (mudança de atividade, modificação das
características do estabelecimento, alterações societárias, alterações de razão social ou
mudança de endereço), bem como a exclusão da inscrição no Cadastro Municipal
Econômico, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis, quando não efetuadas
pelo contribuinte ou, em tendo sido, apresentarem erro, omissão ou falsidade. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Parágrafo Único. Na hipótese prevista no caput deste artigo haverá incidência das taxas
correspondentes aos serviços que forem prestados pela Administração.

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Art. 282Além da inscrição e respectivas alterações, a autoridade administrativa poderá


exigir do contribuinte a apresentação de quaisquer declarações de dados, na forma e
prazos regulamentares.

Art. 283 A competência decisória dos pedidos de inscrição, alterações e exclusão da


inscrição no Cadastro Municipal Econômico será da Diretoria de Receita, da Secretaria
Municipal da Fazenda, após a liberação dos órgãos municipais envolvidos. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 284A inscrição no Cadastro Municipal Econômico poderá ser cancelada de ofício
quando: (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

I - o contribuinte, exclusivamente prestador de serviços, deixar de declarar o Imposto Sobre


Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - pelos meios determinados pela Fazenda Pública,
pelo prazo de 6 (seis) meses; (Redação dada pela Lei Complementar nº 141/2008)

II - ficar comprovada, por meio de procedimento fiscal, a cessação da atividade no


endereço cadastrado;

III - o contribuinte encerrar suas atividades e não requerer a exclusão de sua inscrição no
Cadastro Municipal Econômico. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

IV - os autônomos não estabelecidos que deixarem de efetuar o recolhimento do Imposto


Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN por 02 (dois) anos consecutivos.

V - os contribuintes que não efetuarem o recadastramento exigido pela Fazenda Pública.


(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 117/2006)

A autoridade fazendária competente poderá conceder mais de uma inscrição para


Art. 285
o mesmo domicílio tributário. (Redação dada pela Lei Complementar nº 105/2005)

Art. 286 Para os profissionais autônomos, a autoridade competente poderá conceder a


inscrição para o mesmo ramo de atividade no mesmo local.

O Cadastro Municipal Econômico deverá conter, obrigatoriamente, os seguintes


Art. 287
elementos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

I - número de inscrição;

II - número de inscrição no CNPJ;

III - razão social;

IV - endereço completo;

V - identificação dos proprietários, sócios, ou responsáveis;

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VI - código de atividade econômica definida pela repartição fazendária;

VII - código de prestador de serviço, conforme Lista de Serviços;

VIII - outros que a legislação determinar.

Art. 288O Poder Executivo expedirá decreto regulamentar, estabelecendo as regras para
inscrição, alteração, cancelamento, inaptidão e exclusão da inscrição no Cadastro
Municipal Econômico. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

TÍTULO II
IMPOSTOS

Capítulo I
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA

SEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 289O Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, tem como fato
gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse do bem imóvel, por natureza ou por
acessão física como definida na lei civil, construído ou não, localizado na zona urbana do
Município.

§ 1º Para efeito deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em Lei Municipal,
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos
dois dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:

I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;

II - abastecimento de água;

III - sistema de esgotos sanitários;

IV - rede de iluminação pública com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;

V - escola primária ou posto de saúde, a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do


imóvel considerado.

§ 2º Consideram-se também zona urbana as áreas urbanizáveis ou de expansão urbana,


os loteamentos aprovados pela Prefeitura, destinados à habitação, à indústria ou ao
comércio, e os sítios de recreios, mesmo que localizados fora da zona definida nos termos
do parágrafo anterior.

Art. 290

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Art. 290 O imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU incide sobre:

I - imoveis sem edificações; (Vide Lei Complementar nº 89/2004)

II - imóveis com edificações.

§ 1º Consideram-se imóveis sem edificação:

I - os imóveis sem edificações, ou sem qualquer outra ocupação recomendada para a zona
em que se situa conforme a Lei de Zoneamento e Uso do Solo;

II - os imóveis com edificações em andamento ou cuja obra esteja paralisada, bem como
edificações condenadas ou em ruínas;

III - os imóveis cuja edificação seja de natureza temporária ou provisória, ou possa ser
removida sem destruição, alteração ou modificação;

IV - os imóveis em que houver edificação, considerada a critério da administração, como


inadequada, seja pela situação, dimensão, destino ou utilidade da mesma;

V - os imóveis que contenham edificações de valor não superior à vigésima parte do valor
do terreno localizado no perímetro urbano do Município; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 117/2006)

VI - os imóveis destinados a estacionamento de veículos e depósitos de materiais, desde


que a construção seja desprovida de edificação específica.

§ 2º Consideram-se imóveis edificados:

I - todos os imóveis edificados que possam ser utilizados para habitação ou para o
exercício de qualquer atividade, seja qual for a denominação, forma ou destino, desde que
não compreendido no parágrafo anterior;

II - os imóveis edificados em terrenos de loteamentos aprovados cuja edificação ainda não


foi aprovada pela Prefeitura;

III - os imóveis edificados na zona rural, quando utilizados em atividades comerciais,


industriais e outras com os objetivos de lucro, diferentes das finalidades necessárias para a
obtenção de produção agropastoril e sua transformação.

Art. 291 A incidência do imposto independe:

I - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas, sem


prejuízo das penalidades cabíveis;

II - da legitimidade dos títulos de aquisição da propriedade, do domínio útil ou da posse do


bem imóvel;

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III - do resultado financeiro da exploração econômica do bem imóvel.

Para todos os efeitos legais, considera-se ocorrido o fato gerador, no dia primeiro
Art. 292
de cada ano.

SEÇÃO II
CADASTRO IMOBILIÁRIO

Art. 293 Todos os imóveis que se enquadrarem no texto constante do artigo 289 desta lei,
inclusive os que venham a surgir por loteamento, desmembramento ou unificação
daqueles, serão inscritos no Cadastro Imobiliário, ainda que seus titulares não estejam
sujeitos ao pagamento do imposto.

Art. 294A atualização da propriedade do imóvel junto ao Cadastro Imobiliário, somente


poderá ser feita perante a apresentação de matrícula ou transcrição atualizada. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 295 É responsável pela inscrição do imóvel no Cadastro Imobiliário:

I - o proprietário ou seu representante legal ou o respectivo possuidor a qualquer título;

II - qualquer dos condôminos, em se tratando de condomínio;

III - o promitente comprador, nos casos de promessa de compra e venda, e o cessionário,


nos casos de cessão dos direitos decorrente da promessa;

IV - o possuidor do imóvel a qualquer título;

V - o inventariante, síndico ou liquidante, quando se tratar de imóveis pertencentes a


espólio, massa falida ou sociedade em liquidação;

VI - a fazenda pública, de ofício, quando a inscrição deixar de ser feita no prazo


regulamentar, ou quando se tratar de próprio federal, estadual, municipal ou de entidade
autárquica.

Art. 296 Para fins de inscrição e lançamento, o proprietário, titular de domínio útil ou
possuidor de bem imóvel deve informar os dados e elementos necessários à perfeita
identificação do contribuinte, bem como dos dados de identificação do imóvel, na forma e
nos prazos estabelecidos nesta lei e pela Administração Municipal.

§ 1º As declarações prestadas pelo contribuinte no ato da inscrição ou da atualização dos


dados cadastrais de identificação do imóvel, não implicam na sua aceitação pelo fisco, que
poderá revê-las a qualquer época, independentemente de prévia ressalva ou comunicação.

§ 2º Qualquer alteração nos dados cadastrais de identificação do imóvel, do contribuinte ou

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do responsável do imóvel por sucessão, deverá ser comunicada à repartição fazendária no


prazo de 90 (noventa) dias, contados da data da ocorrência do fato.

§ 3º A alteração no cadastro imobiliário, inclusive para efeitos de lançamento de tributos, na


forma do art. 40, desta Lei Complementar, será efetuada mediante a apresentação de
documento formalizado, ou ainda, com base na guia de recolhimento do Imposto Sobre a
Transmissão de Bens Imóveis - ITBI -, devidamente quitada.

§ 4º Consideram-se elementos dos dados cadastrais de identificação:

I - número de Identidade, CPF e endereço do contribuinte;

II - matrícula do Registro Geral de Imóveis;

III - Escritura Pública de Compra e Venda, ou de Transmissão de direitos reais sobre


imóvel;

IV - Contrato Particular de Compra e Venda ou de Transmissão de direitos reais sobre


imóvel;

V - edificações existentes ou realizadas sobre o imóvel;

VI - registros de caracterização, subdivisão e/ou unificação do imóvel.

§ 5º O Cadastro Imobiliário pode ser alterado para efeito de lançamento do IPTU, incluindo
os Contratos de Compra e Venda, mediante solicitação de qualquer dos contratantes.

§ 6º As dívidas executadas pelo Município, oriundas do Imposto Predial e Territorial Urbano


- IPTU, deverão recair sobre o imóvel objeto da discussão. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 204/2013)

§ 7º Constitui infração os contribuintes que prestarem declaração falsa, omitir, fraudar,


falsificar, negar ou deixar de fornecer documento, elemento ou informação necessária para
a atualização do cadastro imobiliário, devidamente comprovado na instrução do respectivo
processo administrativo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 297Os imóveis não cadastrados conforme previsto no artigo anterior serão inscritos
pelo setor competente mediante levantamento das informações disponíveis.

Na impossibilidade de obtenção de dados exatos sobre o imóvel ou de elementos


Art. 298
necessários à fixação da base de cálculo do imposto, o lançamento pode ser feito de ofício
com base nas informações que a Administração Municipal dispuser.

Os dados do Cadastro Imobiliário poderão ser revistos a qualquer tempo, tanto por
Art. 299
parte do contribuinte quanto por parte da Administração Municipal, sem prejuízo das
penalidades cabíveis.

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A inscrição, alteração ou retificação de ofício não eximem o infrator das multas que
Art. 300
couberem.

Art. 301 Mensalmente, os serventuários da justiça enviarão ao cadastro imobiliário da


repartição fazendária, cópias, relatórios, extratos ou comunicação dos atos relativos a
imóveis, inclusive as de enfiteuse, anticrese, hipoteca, arrendamento ou locação, bem
como das averbações, inscrições ou transcrições realizadas no mês anterior.

Parágrafo Único. A Administração Municipal fixará a forma e as características dos extratos


e comunicações, sendo facultado ao serventuário, se assim o preferir, enviar à repartição
fazendária uma das vias do documento original.

Art. 302 Em caso de litígio sobre o domínio do imóvel, o cadastro do imóvel mencionará tal
circunstância, bem como os nomes dos litigantes e dos possuidores de imóvel, a natureza
do feito, o juízo e o Cartório por onde correr a ação.

Parágrafo Único. Inclui-se também na situação prevista neste artigo o espólio, a massa
falida e as sociedades em liquidação.

Art. 303 Ficam os responsáveis por loteamentos, construtoras e incorporadoras, obrigados


a fornecer mensalmente, ao órgão competente, relação dos lotes e bens alienados
definitivamente ou mediante compromisso de compra e venda, mencionando o número do
CPF e CNPJ e o endereço completo do comprador, bem como o número da inscrição
imobiliária e o valor do contrato de venda, a fim de ser feita a anotação no Cadastro
Imobiliário.

SEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou


Art. 304
o seu possuidor a qualquer título.

§ 1º Nos termos deste artigo, ao promitente comprador, desde que imitido na posse do
imóvel, pode ser atribuída a qualidade de sujeito passivo da obrigação tributária.

§ 2º Respondem solidariamente pelo pagamento do imposto o justo possuidor; o titular do


direito de usufruto, uso ou habitação; os cessionários; os posseiros; os comodatários; e os
ocupantes a qualquer título do imóvel, ainda que pertencente a qualquer pessoa física ou
jurídica de direito público ou privado, ainda que isenta do imposto ou a ele imune.

SEÇÃO IV
BASE DE CÁLCULO

Art. 305A base de cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU é o valor venal do
imóvel, cujo sistema de avaliação dos imóveis será estabelecido e aprovado por Lei

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Complementar.

Parágrafo Único - A base de cálculo do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial


Urbana - IPTU - será atualizada anualmente, antes do término do exercício, devendo para
tanto ser criada comissão da qual participarão, além dos servidores do município,
representantes dos contribuintes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

Art. 306 O valor venal dos imóveis será apurado com base na planta genérica de valores
imobiliários e nos dados fornecidos pelo Cadastro Imobiliário, levando em conta, a critério
da repartição, os seguintes elementos, em conjunto ou isoladamente:

I - nos casos de imóveis não edificados:

a) o valor declarado pelo contribuinte;


b) o índice médio de valorização ou desvalorização correspondente à zona em que esteja
situado o imóvel;
c) os preços dos terrenos nas últimas transações de compra e venda, realizados nas zonas
respectivas;
d) a forma, as dimensões, os acidentes naturais e outras características do terreno;
e) índice de desvalorização da moeda;
f) existência de serviços públicos ou de utilidade pública, tais como: água, esgoto,
pavimentação, iluminação, limpeza pública e outros melhoramentos implantados pelo
Poder Público;
g) quaisquer outros dados informativos obtidos pela administração tributária e que possam
ser tecnicamente admitidos.

II - nos casos de imóveis edificados:

a) a área construída;
b) o padrão ou tipo de construção;
c) o valor unitário do metro quadrado de construção;
d) a idade e o estado de conservação da construção;
e) o valor do terreno, calculado na forma do inciso anterior.

§ 1º Na apuração do valor venal dos terrenos ou prédios, também poderá ser utilizado a
aplicação dos índices de correção monetária estabelecidos neste Código, ou de outros
índices oficiais de atualização do valor monetário dos imóveis, nos casos de valorização
nominal.

§ 2º Os valores venais que servirão de base de cálculo para lançamento do imposto serão
apurados pelo Executivo.

§ 3º Nos prédios edificados em condomínios, com áreas superiores a 700 m² (setecentos


metros quadrados), possuidores ou não do termo de visto de conclusão (habite-se) e sem a
apresentação da constituição de condomínio serão acrescidos de 50% (cinqüenta por
cento) do valor do imposto.

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§ 4º Quando houver desapropriação de área de terrenos, o valor atribuído por metro


quadrado da área remanescente poderá, a critério do Executivo, ser idêntico ao valor
estabelecido em juízo, devidamente corrigido, de acordo com a legislação em vigor.

Art. 307 O contribuinte deverá obrigatoriamente comunicar à repartição competente da


Prefeitura, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, todas as ocorrências verificadas no imóvel
que possam alterar as bases de cálculo ou elementos de notificação, mediante licença
expedida pela Secretaria Municipal de Obras.

Parágrafo Único. Equipara-se ao contribuinte omisso o que apresentar ou fornecer


informações falsas, com erros ou omissões dolosas.

Art. 308Para efeito de apuração do valor venal será deduzida a área que for declarada de
interesse social ou de utilidade pública para fins de desapropriação pelo Município, Estado
ou pela União, as áreas de preservação ambiental permanentes devidamente
comprovadas, e as áreas constituídas como servidão administrativa.

§ 1º A apuração do valor venal, na forma do caput deste artigo, para as áreas declaradas
de interesse social ou de utilidade pública somente será efetivada durante a vigência do ato
declaratório.

§ 2º Para as áreas constituídas como servidão administrativa, se aplica o disposto no caput


deste artigo, tão somente quando devidamente comprovado pela averbação da servidão na
matrícula do imóvel. (Redação dada pela Lei Complementar nº 117/2006)

§ 3º As áreas de preservação ambiental permanentes, devidamente registradas na


matrícula, somente serão beneficiadas pela desoneração tributária prevista no caput, se
comprovada a efetiva preservação ambiental através de vistoria in loco. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 215/2013)

SEÇÃO V
ALÍQUOTAS

O Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU será calculado


Art. 309
mediante a aplicação das seguintes alíquotas:

I - Imposto Predial Urbano - IPU

a) 1% (um por cento) sobre o valor venal.

II - Imposto Territorial Urbano - ITU

a) 2,0% (dois por cento) sobre o valor venal; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 251/2015)
b) Revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)
c) Revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

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d) Revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

§ 1º Revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

§ 2º Revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

Art. 310 O Município, através de lei específica, disporá sobre a progressividade no tempo
do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, na forma dos arts. 182 e 183
da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988,
regulamentados pela Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, e na forma do § 1º do
art. 96, e do art. 185, da Lei Orgânica Municipal. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 251/2015)

Art. 311 Revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

Art. 312 Revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

Art. 313 Revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

SEÇÃO VI
LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 314 O lançamento do imposto, a ser feito pela autoridade administrativa, será anual e
distinto, um para cada imóvel ou unidade imobiliária independente, ainda que contíguo,
tomando por base a situação fática do imóvel em 1º de janeiro do exercício corrente e
poderá ser feito em conjunto com os demais tributos que recaírem sobre o imóvel, e reger-
se-á pela Lei então vigente ainda que posteriormente modificada ou revogada. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 315Far-se-á o lançamento em nome do titular sob o qual estiver o imóvel cadastrado
na repartição competente.

Art. 316Na hipótese do condomínio, o imposto poderá ser lançado em nome de um ou de


todos os condôminos e nos casos de condomínio cujas unidades, nos termos da Lei Civil,
constituam unidades autônomas, o imposto será lançado individualmente em nome de
cada um dos respectivos titulares.

Tratando-se de imóvel objeto de enfiteuse, usufruto ou fideicomisso, o lançamento


Art. 317
do imposto será feito em nome do enfiteuta, do usufrutuário ou do fiduciário.

Art. 318Não sendo conhecido o proprietário, o lançamento será feito em nome de quem
esteja de posse do imóvel.

Art. 319 Os imóveis pertencentes a espólio, cujo inventário esteja sobrestado, serão
lançados em nome do mesmo até que se façam as necessárias alterações, que deverão
ser efetuadas no prazo máximo de 30 (trinta) dias após o julgado do inventário.

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Art. 320 No caso de imóveis, objeto de compromisso de compra e venda, o lançamento


poderá ser feito indistintamente em nome do compromitente vendedor ou do
compromissário comprador, ou ainda, no de ambos, ficando sempre um e outro
solidariamente responsáveis pelo pagamento tributo.

Os loteamentos aprovados terão seus lançamentos efetuados por lotes resultantes


Art. 321
da subdivisão, independentemente da aceitação, que poderão ser lançados em nome dos
compromissários compradores, mediante informação escrita do loteador.

Art. 322Para efeito de tributação, só serão lançados em conjunto os imóveis que tenham
projetos de anexação aprovados pela Municipalidade.

Art. 323 Na impossibilidade da obtenção dos dados exatos sobre o imóvel ou dos
elementos necessários à fixação da base de cálculo do imposto, o valor do imóvel será
arbitrado e o imposto lançado com base nos elementos de que dispuser a autoridade
administrativa, sem prejuízo da aplicação das demais penalidades previstas neste Código.

Art. 324O imposto será lançado independentemente da regularidade jurídica dos títulos de
propriedade, domínio útil ou posse do terreno, ou da satisfação de quaisquer exigências
administrativas para a utilização do imóvel.

Art. 325 O crédito tributário oriundo do lançamento do Imposto sobre Propriedade Predial e
Territorial Urbana - IPTU - poderá ser recolhido em até 10 (dez) parcelas iguais, desde que
o valor de cada parcela não seja inferior a uma Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI -,
cujo vencimento e forma de pagamento será estabelecido em regulamento ou Edital de
Lançamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 268/2017)

Art. 326 Os contribuintes que efetuarem o recolhimento do Imposto Sobre Propriedade


Predial e Territorial Urbana - IPTU -, de forma integral, em parcela única, terão direito a
redução de 10% (dez por cento) do valor do imposto para pagamento até a data do
vencimento prevista no Edital de Lançamento do IPTU, observado para cada caso
primeiramente o beneficio da bonificação progressiva, quando for o caso. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 268/2017)

Art. 327 Fica instituído o sistema de bonificação sobre o valor do lançamento do Imposto
Predial e Territorial Urbano - IPTU, através de descontos progressivos, aos imóveis cujos
sujeitos passivos efetuarem o pagamento em parcela única do IPTU do exercício anterior.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 328A bonificação de que trata o art. 327 corresponderá, a cada exercício que o sujeito
passivo tenha cumprido o pagamento integral em parcela única, ao percentual progressivo
de desconto até o limite de 15% (quinze por cento) sem prejuízo de outros benefícios
concedidos por lei, da seguinte forma, a contar do exercício de 2015: (Redação dada pela
Lei Complementar nº 251/2015)

I - 1 (um) ano: 2,5% (dois vírgula cinco por cento); (Redação dada pela Lei Complementar

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nº 228/2014)

II - 2 (dois) anos consecutivos: 5,0 % (cinco por cento); (Redação dada pela Lei
Complementar nº 228/2014)

III - 3 (três) anos consecutivos: 7,5% (sete vírgula cinco por cento); (Redação dada pela
Lei Complementar nº 228/2014)

IV - 4 (quatro) anos consecutivos: 10% (dez por cento); (Redação dada pela Lei
Complementar nº 228/2014)

V - 5 (cinco) anos consecutivos: 12,5% (doze vírgula cinco por cento); e (Redação dada
pela Lei Complementar nº 228/2014)

VI - 6 (seis) anos consecutivos: 15% (quinze por cento). (Redação dada pela Lei
Complementar nº 228/2014)

Parágrafo Único - Para os descontos já concedidos até o exercício de 2015 superiores ao


percentual de 15% (quinze por cento), o benefício da bonificação regredirá gradativamente,
na mesma proporção dos percentuais constantes nos incisos I à IV do caput deste artigo,
até o limite de 15% (quinze por cento), para cada exercício em que o sujeito passivo efetuar
o pagamento em parcela única. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 251/2015)

Art. 329Para o sujeito passivo que usufruindo o benefício da bonificação, deixar de efetuar
o pagamento em parcela única do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, será zerada
a bonificação a partir do exercício seguinte ao que ocorrer a impontualidade. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 263/2016)

Parágrafo Único. A bonificação será automaticamente zerada quando ocorrer alteração do


sujeito passivo, nos termos do art. 304, através da alteração do proprietário ou responsável
no cadastro imobiliário. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

Art. 330 O sujeito passivo será notificado do lançamento, a critério do Executivo, por
qualquer uma das seguintes formas:

I - por notificação direta;

II - por publicação em Diário Oficial do Município; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 251/2015)

III - por meio de edital afixado na Prefeitura;

IV - por remessa do aviso por via postal;

V - por qualquer outra forma estabelecida nesta Lei.

Art. 331

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Art. 331 Expirado o prazo para pagamento de quaisquer das parcelas, ficam os
contribuintes sujeitos à correção monetária, multa e juros de mora, na forma prevista nesta
Lei.

As impugnações contra os lançamentos do imposto, devidamente fundamentadas,


Art. 332
deverão ser apresentadas até a data de vencimento da primeira parcela do imposto.

§ 1º As impugnações protocoladas após o prazo previsto no caput deste artigo, serão


indeferidas por decurso de prazo, sem a análise do mérito.

§ 2º As impugnações protocoladas dentro do prazo legal, serão processadas, instruídas,


analisadas e julgadas na forma prevista nos artigos 208 a 251 desta Lei.

SEÇÃO VII
ISENÇÃO

Art. 333 São isentos do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU:

I - os imóveis cedidos gratuitamente em sua totalidade, mediante convênio e os locados


para uso exclusivo da União, Estado e Município;

II - os imóveis pertencentes ou locados às sociedades de economia mista municipal,


autarquias e fundações instituídas pelo Município; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 204/2013)

III - a residência própria, quando ocupadas por ex-combatente da Segunda Guerra Mundial
que tenha participado efetivamente das operações bélicas da Marinha, da Força Aérea
Brasileira ou do Exército, cujo benefício é extensivo à viúva e filhos menores ou inválidos;

IV - os imóveis ocupados pelas associações de moradores de bairros devidamente


constituídas; (Redação dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

V - os imóveis residenciais cujo valor do lançamento do imposto seja inferior a 1/2 (meia)
UFFI;

VI - o proprietário, o titular do domínio útil e o possuidor a qualquer título, de imóvel


residencial cujo valor do imposto seja superior ou equivalente a 1/2 (meia) UFFI, desde que
cumpridas as seguintes condições: (Redação dada pela Lei Complementar nº 141/2008)

a) utilize o imóvel única e exclusivamente para fins residenciais, assim consideradas todas
as unidades imobiliárias independentes, ainda que contíguas;
b) titular e o cônjuge não possuam qualquer outro imóvel no Município; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 188/2011)
c) a renda familiar não ultrapasse 3 (três) salários mínimos vigentes no país; e (Redação
dada pela Lei Complementar nº 141/2008)
d) com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; ou que seja portador de doença ou

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deficiência que obste a capacidade laboral; ou ainda, responsável por pessoa portadora de
doença ou deficiência que obste a capacidade laboral, que resida no mesmo imóvel.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 188/2011)

VII - os imóveis ocupados pelas representações consulares;

VIII - os imóveis residenciais com edificações precárias, construídos sobre terrenos com
área de até 500m² (quinhentos metros quadrados), que atingirem o limite de 160 (cento e
sessenta) pontos de acordo com a somatória dos requisitos constantes da planta genérica
do Município, extensivo às taxas municipais incidentes sobre o imóvel, lançadas
conjuntamente com o IPTU. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

IX - os imóveis residenciais com edificações construídas sobre terrenos com área de até
500m² (quinhentos metros quadrados), que atingirem entre 161 (cento e sessenta e um)
até 200 (duzentos) pontos de acordo com a somatória dos requisitos constantes da Planta
Genérica do Município, extensivo às taxas decorrentes de serviços públicos incidentes
sobre o imóvel, lançadas conjuntamente com o IPTU. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 119/2007)

X - os imóveis residenciais com edificações construídas sobre terrenos com área de até
500m² (quinhentos metros quadrados), que atingirem entre 201 (duzentos e um) até 270
(duzentos e setenta) pontos de acordo com a somatória dos requisitos constantes da
Planta Genérica do Município, extensivo às taxas decorrentes de serviços públicos
incidentes sobre o imóvel, lançadas conjuntamente com o IPTU. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 119/2007)

§ 1º A isenção a que alude o inciso VI deste artigo se estende às taxas decorrentes de


serviços públicos lançadas juntamente com o Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana - IPTU - e será concedida mediante requerimento, instruído com os
comprovantes constantes do Anexo VIII desta Lei, até 60 (sessenta) dias da data de
vencimento da primeira parcela. (Redação dada pela Lei Complementar nº 117/2006)

§ 1º-A A isenção concedida nos termos do inciso VI deste artigo, requerido no prazo
contido no § 1º, será válida por 4 (quatro) exercícios consecutivos, dispensado, neste
período, novo requerimento da parte interessada e sendo exigível a visita social somente
no exercício do pedido da isenção. (Redação dada pela Lei Complementar nº 268/2017)

§ 1º-B A Secretaria Municipal da Fazenda deverá notificar o contribuinte beneficiado:

a) no exercício do pedido da isenção, que o benefício ficará condicionado à confirmação


por meio de visita domiciliar da Assistente Social e da data em que a validade do benefício
expirará, caso seja concedido;
b) nos exercícios seguintes da validade do benefício, a outorga da isenção observando o
mesmo período da distribuição dos carnês do IPTU e no último exercício de validade do
benefício deverá informar o exercício em que deverá ser protocolizado novo requerimento
de isenção, bem como a relação dos documentos que o devem instruir;
c) que deverá comunicar imediatamente à Secretaria Municipal da Fazenda, através da

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Divisão de Atendimento ao Contribuinte, qualquer fato novo que seja incompatível com as
condições exigidas na outorga da isenção. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 268/2017)

§ 1º-C Caso seja apurada qualquer irregularidade no cumprimento das condições


estipuladas nas alíneas do inciso VI do art. 333, observado também o art. 335 e Parágrafo
único, o contribuinte deve ser intimado, nos termos do artigo 216 desta Lei, do
cancelamento da isenção; bem como da constituição do crédito tributário dos tributos
devidos, por lançamento de ofício, a ser formalizado por meio de Notificação de
Cancelamento de Isenção e Lançamento de Tributo. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 266/2017)

§ 2º A isenção a que alude os incisos II, III, IV e VII deste artigo, serão concedidas
mediante requerimento protocolizado até o encerramento do exercício em que tenha sido
efetuado o lançamento, devidamente instruídos com os comprovantes constantes dos
Anexos V, VI e VII desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 251/2015)

§ 3º Os requerimentos de isenção protocolados após o prazo previsto nos parágrafos


anteriores, serão indeferidos por decurso de prazo.

§ 4º Os requerimentos, após, atendidas as exigências previstas no regulamento, deverão


ser resolvidos no prazo de trinta dias.

§ 5º A isenção a que alude os incisos VIII, IX e X deste artigo somente será concedida aos
contribuintes que possuam somente um imóvel no Município. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 119/2007)

§ 6º A isenção a que alude o inciso I deste artigo se estende às taxas decorrentes de


serviços públicos, quando se tratar de imóveis cedidos ou locados para o Município.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 132/2007)

§ 7º A isenção a que alude os incisos VIII, IX e X deste artigo, quando não concedida
automaticamente, será concedida mediante requerimento protocolizado até 60 (sessenta)
dias da data de vencimento da primeira parcela, mediante revisão cadastral quando for o
caso. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

§ 8º Os requerimentos protocolizados após o prazo de que trata o § 7º, deste artigo serão
indeferidos por decurso de prazo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

§ 9º A isenção a que alude os incisos II, IV e VII, deste artigo e no art. 333-A, será
concedida parcialmente em relação às parcelas vincendas ou vencidas, desde que estejam
dentro da vigência dos respectivos contratos de locação, comodato, cessão ou equivalente.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 251/2015)

§ 10 Para fins de solicitação da isenção que alude os incisos II, IV e VII, do caput deste

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artigo e a isenção prevista no art. 333-A, o locatário ou possuidor do imóvel que estiver
obrigado ao pagamento do IPTU por disposição contratual, fica equiparado ao proprietário
tendo os mesmos requisitos e condições estabelecidas para o proprietário. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 251/2015)

Art. 333 A - Ficam isentos do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana -
IPTU, os imóveis utilizados pelas entidades religiosas, locados ou cedidos, desde que
utilizados para a prática religiosa, incluídos os anexos e acessórios ao templo, e desde que
os contratos de cessão, locação ou comodato, contenham reconhecimento de firma das
assinaturas.

§ 1º São considerados como anexos ou acessórios aos templos os imóveis relacionados


diretamente com atividades religiosas, tais como os seminários, conventos, as sacristias,
casas paroquiais ou pastorais, o salão paroquial, ou aqueles entendidos como essenciais à
atividade religiosa, desde que não empregados em fins econômicos.

§ 2º A isenção a que alude o caput se estende às taxas decorrentes de serviços públicos


lançadas juntamente com o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana -
IPTU.

§ 3º A isenção deverá ser solicitada mediante requerimento protocolizado anualmente até o


encerramento do exercício que tenha sido efetuado o lançamento, utilizando-se o Modelo
constante do Anexo XI desta Lei Complementar e instruído com os documentos
relacionados no referido anexo.

§ 4º Não se enquadram no disposto deste artigo os imóveis vagos e sem qualquer


destinação permanente para as atividades religiosas.

§ 5º Os requerimentos protocolizados fora do prazo previsto no § 3º deste artigo serão


indeferidos por decurso de prazo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 215/2013)

Art. 334 Fica equiparado ao proprietário para efeitos da solicitação de isenção prevista no
inciso VI, do art. 333, o locatário ou possuidor do imóvel que estiver obrigado ao pagamento
do IPTU por disposição contratual, sendo-lhes aplicáveis, para fins de solicitação de
isenção prevista neste dispositivo, os mesmos requisitos e condições estabelecidas para o
proprietário, desde que o contrato de locação ou documento que comprove a cessão
contenha todas as formalidades legais e com reconhecimento de firma nas assinaturas do
locador e locatário, e contemple integralmente o exercício a que se refere ao lançamento
do imposto. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

Art. 335Considera-se renda familiar, a somatória das importâncias auferidas mensalmente


pelo interessado no benefício e demais familiares que convivam sob o mesmo teto,
cabendo à Assistente Social, manifestar-se sobre o atendimento às exigências
socioeconômicas preconizadas nesta Lei e no regulamento.

Parágrafo Único. A renda familiar bem como a condição de doença ou deficiência prevista
na alínea "d", do art. 333, declaradas pelo interessado no benefício fiscal deverá ser

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confirmada por Assistente Social, em visita domiciliar, que expedirá o respectivo Relatório
Socioeconômico. (Redação dada pela Lei Complementar nº 141/2008)

Art. 336 Os contribuintes que tiverem seus requerimentos de isenção indeferidos, exceto
os indeferidos por decurso de prazo, terão o prazo de 30 (trinta) dias a contar da
notificação do indeferimento para efetuarem o recolhimento, sem acréscimos, da parcela
única ou da primeira parcela do imposto, gozando ainda do benefício da redução prevista
no art. 326.

Parágrafo único. O requerimento de reconsideração da decisão de indeferimento, exceto


por decurso de prazo, deverá ser protocolizado até 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias
após a data da ciência da decisão ou da data do recebimento da correspondência, sob pena
de indeferimento por decurso de prazo. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 251/2015)

SEÇÃO VIII
INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 337O descumprimento das disposições relativas à atualização do cadastro imobiliário


que trata o art. 296 implica na imposição das seguintes penalidades:

I - multa de 10 (dez) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s -, aos que:

a) deixarem de recolher o imposto devido dentro dos prazos fixados, porém, nunca superior
a 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto;
b) deixarem de promover a inscrição do imóvel no cadastro imobiliário ou alteração nos
dados cadastrais de identificação do imóvel, do contribuinte ou do responsável do imóvel
por sucessão, no prazo previsto no art. 296.

II - multa de 20 (vinte) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s -, aos que deixarem de
apresentar quaisquer declarações, ou fizerem com inexatidão ou omissão de dados, não
observando o prazo estabelecido. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 338 Multa equivalente a 20% (vinte por cento) do valor anual do imposto, que será
devida por um ou mais exercícios, até que seja feita a comunicação exigida, aos
responsáveis pelo parcelamento do solo, que deixarem de fornecer, até o mês de outubro
de cada ano, ao setor de Cadastro Imobiliário, relação de lotes que no decorrer do ano
tenham sido alienados, definitivamente, ou mediante compromisso de compra e venda,
mencionando o nome do comprador e o endereço do mesmo, o número de quadra e de
lote, bem como cópia do Contrato ou Escritura Pública de Compra e Venda, a fim de ser
feita a devida anotação no Cadastro Imobiliário.

Art. 339As penalidades previstas nos arts. 337 e 338 desta seção serão aplicadas
mediante a formalização de auto de infração, observado o disposto no art. 214 desta Lei.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 117/2006)

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Capítulo II
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA

(Vide Regulamentação - Decreto nº 24.924/2016)

SEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - tem como fato gerador
Art. 340
a prestação de serviços constantes da Lista de Serviços - Anexo I desta Lei, ainda que
esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 105/2005)

§ 1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do país ou cuja


prestação se tenha iniciado no exterior do País.

§ 2º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN incide ainda sobre os


serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados
economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de
tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.

Art. 341Os serviços incluídos na Lista de Serviços, Anexo I desta Lei, ficam sujeitos
apenas ao imposto previsto neste artigo, ainda que sua prestação envolva fornecimento de
mercadorias, salvo as exceções previstas na própria lista.

Art. 342 A incidência do imposto independe:

I - da existência de estabelecimento fixo;

II - da denominação dada ao serviço prestado;

III - do recebimento do preço ou do resultado financeiro obtido;

IV - da destinação dos serviços;

V - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas,


relativas à atividade, sem prejuízo das cominações cabíveis;

VI - do fornecimento de materiais, quando for o caso.

Art. 343 O imposto não incide sobre:

I - as exportações de serviços para o exterior do País;

II - a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos


diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e
fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados;

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III - o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos
bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito
realizadas por instituições financeiras.

Parágrafo Único. Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços desenvolvidos no


Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no
exterior.

SEÇÃO II
SUJEITO PASSIVO

Art. 344 Contribuinte do imposto é o prestador do serviço.

Parágrafo Único. Entende-se como prestador de serviço, a pessoa física (profissional


autônomo) ou jurídica (empresa).

Art. 345 Para efeitos da incidência do imposto, considera-se:

I - Profissional Autônomo - a pessoa física que habitualmente e sem subordinação


hierárquica, dependência jurídica ou econômica fornece o próprio trabalho, sem vínculo
empregatício;

II - Empresa - a pessoa jurídica, inclusive sociedade civil ou de fato, que exerce ou


desempenha atividade econômica organizada na área de prestação de serviços, firma
individual e cooperativa.

Parágrafo Único - Considera-se profissional autônomo, aquele que dispõe de até 2 (dois)
funcionários para a execução dos serviços. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 105/2005)

Art. 346 São responsáveis tributários por substituição, excluindo a responsabilidade do


contribuinte pelo cumprimento total da obrigação principal, inclusive no que se refere à
multa e aos acréscimos legais: (Redação dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

I - o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação


se tenha iniciado no exterior do país;

II - a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços
descritos nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05
e 17.10 da lista anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

III - os que efetuarem pagamentos de serviço a terceiros não identificados, pelo imposto
cabível nas operações;

IV - os que utilizarem serviços de empresas, pelo imposto incidente sobre a operação, se

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não exigirem dos prestadores documento fiscal na forma da legislação vigente;

V - os que utilizarem serviços de profissionais autônomos, pelo imposto incidente sobre a


operação, se não exigirem prova de inscrição, mesmo quando isentos;

VI - o proprietário do imóvel, no caso de contratação dos serviços constantes dos subitens


7.02 e 7.05 da lista anexa a esta Lei;

VII - os construtores, empreiteiros e administradores de obras hidráulicas, de construção


civil ou de reparação de edifícios, estradas, logradouros, pontes e congêneres, pelo
imposto relativo aos serviços prestados por subempreiteiros;

VIII - os construtores e empreiteiros principais de obras de construção civil, pelo imposto


devido por subempreiteiros não estabelecidos no Município;

IX (Revogado pela Lei Complementar nº 242/2015)

Parágrafo Único. Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao


recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais, independentemente de
ter sido efetuada sua retenção na fonte.

SEÇÃO III
BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTAS

Art. 347 A base de cálculo do imposto é o valor ou preço do serviço.

§ 1º Preço do serviço é a receita bruta a ele correspondente, vedadas quaisquer deduções,


exceto as expressamente mencionadas na Lista de Serviços - Anexo I desta Lei. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 273/2017)

§ 2º Quando os serviços descritos no subitem 3.04 da lista anexa forem prestados no


território de mais de um Município, a base de cálculo será proporcional, conforme o caso, à
extensão da ferrovia, rodovia, dutos e condutos de qualquer natureza, cabos, de qualquer
natureza, ou ao número de postes, existentes em cada Município, conforme segue:
(Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

I - reduzida, nos Municípios onde não haja posto de cobrança de pedágio, para 60%
(sessenta por cento) de seu valor;

II - acrescida, nos Municípios onde haja posto de cobrança de pedágio, do complemento


necessário à sua integralidade, em relação à rodovia explorada.

§ 3º Para efeitos do parágrafo anterior, considera-se rodovia explorada, o trecho limitado


pelos pontos eqüidistantes entre cada posto de cobrança de pedágio ou entre o mais
próximo dele e o ponto inicial ou terminal na rodovia.

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§ 4º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio


contribuinte, o imposto será lançado por meio de valores fixos, em função da natureza do
serviço prestado ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância
paga a título de remuneração do próprio trabalho. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 289/2018)

§ 5º Quando os serviços a que se referem os subitens 4.01, 4.06, 4.08, 4.10, 4.11, 4.12,
4.13, 4.14, 4.15, 4.16, 5.01, 7.01, 10.03, 17.14, 17.16, 17.19 e 17.20 da Lista de Serviços -
Anexo I - desta Lei Complementar, forem prestados por sociedades de profissionais, estas
ficarão sujeitas ao imposto na forma do § 4º, calculado em relação a cada profissional
habilitado, sócio, empregado ou não, que preste serviço em nome da sociedade, embora
assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da lei aplicável e na forma do art. 352.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 289/2018)

§ 6º Para efeitos do § 5º deste artigo serão considerados os seguintes critérios para


enquadramento como sociedades de profissionais:

I - que a sociedade seja formada por profissionais da mesma habilitação ou com


habilitações inerentes ao objeto social, devidamente registrados nos órgãos de classe
pertinentes;

II - que o quadro societário seja constituído somente por pessoas físicas. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 289/2018)

§ 7º Fica a autoridade fazendária competente autorizada a estimar a base de cálculo do


Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - para os serviços descritos nos
subitens 7.02, 7.04 e 7.05 da Lista de Serviços, Anexo I desta Lei Complementar, adotando
os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

I - Obra de Construção Civil: é a construção, demolição, reforma ou ampliação de


edificação ou outra benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo; (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 188/2011)

II - Custo Unitário Básico - CUB: é a parte do custo por metro quadrado da construção do
projeto-padrão considerado, calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de
acordo com a Norma Técnica nº 12.721, da Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT - utilizada para a avaliação dos custos de construção das edificações; (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

III - Tipo de Construção: é o enquadramento realizado com base no projeto, de acordo com
a destinação do imóvel, área construída e/ou descoberta e/ou projeção do elemento,
número de pavimentos, padrão e o tipo da obra, conforme Tabela para Determinação da
Base de Cálculo Estimada do ISSQN Incidentes Sobre as Obras de Construção Civil -
Anexo X, desta Lei Complementar; (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 188/2011)

IV - Fator Multiplicador: é determinado pelo tipo de construção, conforme Tabela para

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Determinação da Base de Cálculo Estimada do ISSQN Incidentes Sobre as Obras de


Construção Civil - Anexo X, desta Lei Complementar; (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 188/2011)

V - Custo Global da Obra: é determinado mediante cálculo, a partir do enquadramento do


tipo de construção, área total, fator multiplicador da área construída e/ou descoberta e/ou
projeção do elemento e a aplicação da tabela do Custo Unitário Básico - CUB - da Região
Oeste-PR, divulgada mensalmente na internet ou na imprensa de circulação regular, pelo
Sindicato da Indústria da Construção Civil - SINDUSCON; (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 188/2011)

VI - Fator de Mão-de-Obra - corresponde a 0,40 (quarenta centésimos) do custo global da


obra; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

VII - Valor Total da Mão-de-Obra Despendida na Obra: será calculado mediante a


aplicação do fator de mão-de-obra sobre o custo global da obra; (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 188/2011)

VIII - Valor do ISSQN Estimado sobre as Obras de Construção Civil: será determinado
mediante a aplicação da alíquota de 4% (quatro por cento) sobre o valor total da mão-de-
obra; (Redação dada pela Lei Complementar nº 263/2016)

IX - Para a apuração do valor do ISSQN estimado sobre as obras de construção civil


deverá ser considerada a seguinte Fórmula Geral:

FÓRMULA GERAL

VALOR ESTIMADO DO ISSQN = ÁREA (construída, descoberta ou de projeção) x FATOR


MULTIPLICADOR (fator multiplicador do Anexo X) x CUB x 0,40 (fator de mão-de-obra) x
4% (alíquota do ISSQN sobre obras de construção civil); (Redação dada pela Lei
Complementar nº 263/2016)

X - Será utilizada a tabela do CUB publicada no mês anterior ao da emissão do Alvará de


Construção. Na ausência da publicação do CUB da Região Oeste-PR será considerado o
CUB-PR e na ausência deste será considerada a última publicação do CUB da Região
Oeste-PR. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

XI - O lançamento do ISSQN estimado sobre as obras de Construção Civil será efetuado de


ofício pela autoridade administrativa na data da emissão do Alvará de Construção e o
sujeito passivo será notificado do lançamento através de edital publicado no Diário Oficial
do Município. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

§ 8º O disposto no parágrafo 7º não se aplica às obras de construção civil, contratadas ou


de responsabilidade de órgãos da administração direta e indireta da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, assim como suas Autarquias, Fundações e Empresas
Públicas, devendo observar o art. 380, desta Lei Complementar. (Redação acrescida pela

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Lei Complementar nº 188/2011)

§ 9º A critério da autoridade fazendária competente poderá ser dispensada a estimativa da


base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - de que trata o
§ 7º deste artigo, devendo, neste caso, ser instaurado processo administrativo fiscal para
fins de acompanhamento da obra para apuração do imposto. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 228/2014)

§ 10 Na tributação dos serviços descritos no item 9.02 da Lista de Serviços, a base de


cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN corresponderá ao valor
dos serviços efetivamente e diretamente prestados; sendo permitida, na mesma operação,
a inclusão de serviços de terceiros, sediados no Município de Foz do Iguaçu, sobre os quais
tenha havido a incidência do mesmo imposto, devendo tais serviços constar na respectiva
nota fiscal, compondo o valor total da nota, sem que lhe seja atribuído valor fiscal.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 273/2017)

§ 11 Na tributação dos serviços descritos no item 10.02 da Lista de Serviços, a base de


cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN corresponderá ao valor
dos serviços efetiva e diretamente prestados; sendo permitida, na mesma operação, a
inclusão de serviços de terceiros, decorrentes de transportes e outros serviços auxiliares de
carga e descarga, devendo tais serviços constar na respectiva nota fiscal, compondo o
valor total da nota, sem que lhe seja atribuído valor fiscal. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 273/2017)

§ 12 Em relação ao que tratam os §§ 10 e 11 deste artigo, os contribuintes deverão


discriminar na nota fiscal, os valores dos serviços adquiridos, a razão social do prestador
com o respectivo número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica e número
do documento fiscal, mantendo os documentos respectivos à disposição da fiscalização
municipal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 273/2017)

§ 13 Para os fins de que tratam os §§ 10 e 11 ficam vedadas as inclusões dos serviços


tomados de profissionais autônomos e Microempreendedores Individuais - MEI’s.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 273/2017)

§ 14 Em se tratando de serviços de reforma de edificações descrito no subitem 7.05 da


Lista de Serviços, Anexo I desta Lei, a base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza será de 70% (setenta por cento) do valor estimado apurado nos termos
do § 7º deste artigo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 15 O lançamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza na forma do § 7º,


deste artigo, não impugnado ou recolhido pelo sujeito passivo no prazo assinalado, fica
convalidado com a comprovação da execução da edificação, seja pela emissão da Carta de
Habitação - CVCO, Habite-se ou por vistoria in loco. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 263/2016)

§ 16 Convalidado o lançamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza na forma


do § 15, fica autorizada a inscrição imediata em dívida ativa, nos termos do art. 161, desta

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Lei Complementar. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 263/2016)

§ 17 O pagamento e/ou parcelamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza,


lançado nos termos do art. 347, § 7º, observadas as disposições do art. 67, desta Lei
Complementar, é condição para outorga da licença para execução de arruamentos,
loteamentos e obras em geral. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 348 Constituem parte integrante do preço:

I - os valores acrescidos e outros encargos de qualquer natureza, ainda que de


responsabilidade de terceiros;

II - o montante do imposto transferido ao tomador do serviço, cuja indicação nos


documentos fiscais será considerada simples elemento de controle;

III - os valores despendidos direta ou indiretamente em favor de outros prestadores de


serviços, a título de participação ou demais formas ou espécies.

Art. 349 Não integram o preço do serviço os valores relativos a desconto ou abatimento
total ou parcial sujeitos à condição, desde que prévia e expressamente contratados.

Art. 350 Não se inclui na base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza:

I - os valores despendidos pelos prestadores dos serviços referidos nos subitens 4.22 e
4.23, em decorrência desses planos, com hospitais, clínicas, médicos, odontólogos, e
demais atividades de que trata o item 4 da Lista de Serviços, já tributados pelo Imposto
Sobre Serviços de Qualquer Natureza, desde que a contratação pelo prestador seja
comprovada por documento fiscal idôneo;

II - os valores dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos nos subitens
7.02 e 7.05 da Lista de Serviços.

Parágrafo Único. Para efeitos do inciso II deste artigo, consideram-se materiais fornecidos
pelo prestador do serviço tão somente àqueles que permanecerem incorporados à obra
após sua conclusão, desde que a aquisição pelo prestador seja comprovada por
documento fiscal idôneo e, discriminado seu valor no documento fiscal emitido em
decorrência da prestação de serviços. (Redação dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 351Para a apuração da base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer


Natureza, nos termos do parágrafo único do art. 350, deverá o contribuinte ou responsável
considerar: (Redação dada pela Lei Complementar nº 117/2006)

I - o valor discriminado na nota fiscal de prestação de serviços a título de:

a) mão-de-obra;

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b) taxa de administração;
c) material aplicado.

II - o valor total da nota fiscal de prestação de serviços, quando se tratar de serviço de


terraplenagem; ou

III - 40% (quarenta por cento) do valor total da nota fiscal de prestação de serviços, quando
não houver discriminação do serviço ou da mão-de-obra na referida nota fiscal; ou

IV - 60% (sessenta por cento) do valor total da nota fiscal de prestação de serviços, quando
da execução do serviço de rede de água, rede de esgoto e de pavimentação poliédrica
(pedras irregulares) e não houver discriminação do serviço ou da mão-de-obra na referida
nota fiscal.

§ 1º Quando se tratar de emissão de nota fiscal de prestação de serviços com


discriminação da mão-de-obra e material aplicado deverá o contribuinte ou responsável,
manter em arquivo os documentos (notas fiscais) referentes ao material aplicado pelo
prazo de 5 (cinco) anos, contados a partir do primeiro dia do exercício seguinte ao que se
deu a emissão da nota fiscal de prestação de serviços e apresentar à fiscalização municipal
quando solicitada.

§ 2º As notas fiscais que visam comprovar os materiais aplicados deverão conter


obrigatoriamente: a data, o nome da empresa construtora e o endereço da obra, sob pena
de serem desconsiderados os documentos para fins de dedução.

§ 3º Somente poderão ser consideradas para fins de comprovação de materiais aplicados


na obra, as notas fiscais de materiais cujas datas estejam dentro do período inicial da
construção, estipulado no contrato de prestação de serviços, e a data de emissão da última
nota fiscal de prestação de serviços, desde que devidamente escrituradas no movimento
contábil da construtora ou subempreiteira.

§ 4º Constatada diferença na apuração da base de cálculo em decorrência seja da emissão


da nota fiscal com dados incorretos, seja por dedução indevida de material, caberá ao
prestador do serviço recolher a diferença, mediante guia aprovada e disponibilizada pela
administração tributária, sem prejuízo das demais cominações legais cabíveis. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 5º Fica autorizado a deduzir da base de cálculo do imposto, o valor tributado através de


estimativa e recolhido por ocasião da expedição do Alvará de Construção:

I - a pessoa jurídica, tomadora dos serviços descritos nos subitens 7.02, 7.04 e 7.05,
designada como responsável tributário, nos termos do art. 346, incisos II e VI, desta Lei
Complementar.

II - o prestador dos serviços descritos nos subitens 7.02, 7.04 e 7.05, mediante autorização
escrita e com firma reconhecida, devidamente instruída com as respectivas notas fiscais de
prestação dos serviços, expedida pelo responsável tributário eleito no art. 346, inciso VI,

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desta Lei Complementar, na qual deverá constar obrigatoriamente os dados inerentes à


obra e a identificação do respectivo Alvará de Construção. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 228/2014)

§ 6º O valor tributado através de estimativa e recolhido por ocasião da expedição do Alvará


de Construção, para efeitos da dedução prevista no § 5º, será atualizado nos termos dos
arts. 92 a 96, desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 228/2014)

Art. 352Quando se tratar de prestação de serviço de profissional autônomo, o Imposto


Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - será calculado em Unidades Fiscais de
Foz do Iguaçu - UFFI’s, na seguinte forma:

I - profissionais autônomos que exercem atividades de nível superior:

a) 30 (trinta) UFFI’s por ano, lançadas em 3 (três) UFFI’s por mês.

II - profissional autônomo que exercem atividades de nível técnico:

a) 12 (doze) UFFI’s por ano, lançadas em 1,2 (um inteiro e dois décimos) UFFI’s por mês.

III - profissionais autônomos sem curso de formação específica:

a) 1 (uma) UFFI por ano, em parcela única.

§ 1º Fica o Poder Executivo autorizado a expedir Decreto para enquadramento dos


profissionais autônomos nos níveis previstos nos incisos deste artigo.

§ 2º Para os profissionais autônomos que se inscreverem, ou que solicitarem a exclusão no


Cadastro Municipal Econômico - CME - no decorrer do exercício, deverá ser lançado o
valor do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - proporcionalmente aos
meses de efetivo exercício profissional. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 289/2018)

Art. 353Quando se tratar de prestação de serviços descritos na Lista de Serviços - Anexo I


desta Lei Complementar, seja por pessoa jurídica ou por pessoa física, o Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - será calculado mediante a aplicação, sobre a
base de cálculo, das seguintes alíquotas: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 273/2017)

I - os serviços dos subitens 4.01 a 4.21, 8.01, 8.02, 25.01 e 25.02 - 3,0% (três por cento);
(Redação dada pela Lei Complementar nº 234/2015)

II - os serviços dos itens 9.01, 12, 15 e 22 - 5,0% (cinco por cento); (Redação dada pela Lei
Complementar nº 234/2015)

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III - demais modalidades de serviço da Lista de Serviços - 4,0% (quatro por cento);
(Redação dada pela Lei Complementar nº 234/2015)

IV - os serviços eventuais constantes do item 12 da Lista de Serviços, quando promovidos


exclusivamente por entidades sem fins lucrativos, e grêmios e/ou diretórios estudantis e; os
serviços constantes dos itens 12.01 (Espetáculos teatrais) e 12.03 (Espetáculos circenses)
da Lista de Serviços - 2% (dois por cento); (Redação dada pela Lei Complementar
nº 273/2017)

V (Revogado pela Lei Complementar nº 289/2018)

VI (Revogado pela Lei Complementar nº 289/2018)

§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 273/2017)

§ 2º (Revogado pela Lei Complementar nº 273/2017)

§ 3º Não incidirá o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - para os


serviços previstos nos subitens 7.02 e 7.05 da Lista de Serviços - Anexo I, desta Lei
Complementar, quando se tratar de habitação econômica ou moradia econômica destinada
à moradia unifamiliar com área construída de até 70,00m2 (setenta metros quadrados),
térrea, em alvenaria e/ou madeira e/ou pré-fabricada e que seja o único imóvel do
proprietário. (Redação dada pela Lei Complementar nº 188/2011)

§ 4º (Revogado pela Lei Complementar nº 273/2017)

§ 5º Os contribuintes enquadrados no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e


Contribuição - Simples Nacional, deverão observar as alíquotas previstas na Lei
Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006 e suas alterações. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

§ 6º Para os serviços descritos no item 16.01 da Lista de Serviços, exclusivamente quando


tratar-se de transporte coletivo, prestados por empresas concessionárias de serviços
públicos, aplicar-se-á a alíquota prevista no inciso I, deste artigo. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 234/2015)

§ 7º A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por


cento). (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 273/2017)

§ 8º O imposto não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios


tributários ou financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito presumido
ou outorgado, ou sob qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga
tributária menor que a decorrente da aplicação da alíquota mínima estabelecida no
parágrafo anterior, exceto para os serviços a que se referem os subitens 7.02, 7.05 e 16.01
da lista anexa a esta Lei Complementar. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 273/2017)

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§ 9º (Revogado pela Lei Complementar nº 289/2018)

Art. 353-AA base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN
poderá ser estimada pela autoridade administrativa competente com base em levantamento
procedido, nos seguintes casos:

I - quando se tratar de atividade exercida em caráter provisório, cujo exercício seja de


natureza temporária e estejam vinculadas a fatores ou acontecimentos ocasionais ou
excepcionais, sendo que o imposto deverá ser recolhido antecipadamente e não poderá o
contribuinte iniciar suas atividades sem efetuar o pagamento sob pena de interdição do
local, independentemente de qualquer formalidade;

II - quando se tratar de contribuinte de rudimentar organização;

III - quando o contribuinte não cumprir com as obrigações acessórias previstas em leis ou
regulamentos;

IV - quando se tratar de contribuinte ou grupo de contribuintes cuja espécie, modalidade ou


volume de negócios ou de atividades aconselhar, a critério exclusivo da autoridade
competente, entender ser necessário tratamento fiscal específico;

V - quando o contribuinte reiteradamente violar as disposições da legislação tributária.


(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 353-BNa apuração da base de cálculo do imposto, por estimativa, serão consideradas:
as informações do contribuinte; o documentário fiscal e contábil; e outros elementos
informativos, inclusive estudos e acordos com as entidades de classe diretamente
vinculadas à atividade do contribuinte. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 228/2014)

Art. 353-CEfetuado o enquadramento do contribuinte no regime de estimativa, ou quando


da revisão dos valores, a Fazenda Pública notificará o mesmo quanto:

I - ao seu início e término;

II - da forma como foi estimada a base de cálculo do imposto;

III - do "quantum" do imposto estimado;

IV - da quantidade e valor das parcelas e de seu vencimento; e

V - dos dispositivos legais que fundamentaram a adoção do regime de estimativa.


(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 353-DA aplicação do regime de estimativa independerá do fato de o contribuinte


possuir escrita fiscal, bem como não dispensa a emissão e escrituração das notas fiscais e

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demais obrigações acessórias estabelecidas nesta Lei ou em regulamento. (Redação


acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Poderá a qualquer tempo ser suspensa a aplicação do regime de estimativa, de


Art. 353-E
modo geral ou individual. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 353-FO sujeito passivo enquadrado no regime de estimativa não poderá requerer a
revisão do imposto estimado, exceto nos casos de sobrevir alteração de ramo de atividade
relacionada à prestação de serviços, e quando do recebimento da notificação de que trata o
art. 353-C desta Lei Complementar. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 228/2014)

Art. 353-GO cálculo, a modalidade de prestação de serviços, o recolhimento, as formas de


recursos ou outras providências serão regulamentados por Decreto. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 353-HO enquadramento do contribuinte no regime de estimativa, a critério da Fazenda


Pública, poderá ser feito individualmente, por categoria de estabelecimento ou por grupos
de atividades. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 353-IA autoridade fiscal pode rever os valores estimados para determinado exercício
ou período, e, se for o caso, reajustar as prestações subsequentes à revisão, quando se
verificar que a estimativa inicial foi incorreta ou que o volume ou modalidade dos serviços
se tenha alterado de forma substancial. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 228/2014)

Os contribuintes enquadrados no regime de estimativa serão comunicados na


Art. 353-J
forma do art. 216 desta Lei Complementar, ficando-lhes reservado o direito de impugnação,
no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento da notificação.

Parágrafo Único. A impugnação apresentada terá efeito interruptivo e deverá mencionar


obrigatoriamente, o valor que o contribuinte reputar justo, assim como os elementos para
sua aferição. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 353-K Após a interposição da impugnação o processo seguirá o rito do Processo


Administrativo Fiscal na forma dos arts. 208 a 251 desta Lei Complementar. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 353-LSem prejuízo das penalidades cabíveis, o preço do serviço poderá ser arbitrado
pela autoridade administrativa, nos seguintes casos:

I - quando o contribuinte não estiver cadastrado como prestador de serviço; (Redação


acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

II - quando o contribuinte não fornecer ou de qualquer forma embaraçar o exame dos


elementos necessários à comprovação da receita apurada, inclusive nos casos de
inexistência, perda ou extravio dos livros ou documentos fiscais; (Redação acrescida pela

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Lei Complementar nº 228/2014)

III - quando houver fundada suspeita de que os documentos fiscais não refletem o preço
real dos serviços, ou quando o declarado for notadamente inferior ao corrente na praça;
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

IV - quando a receita declarada for inferior as seguintes despesas e encargos operacionais:


água, luz, força, comunicação, combustíveis, matéria-prima, materiais de consumo, salários
e encargos sociais, pró-labore, retiradas, tributos, aluguéis, prestação de financiamentos, e
outros encargos necessários à atividade operacional, desde que não haja ingresso de
outros recursos necessários à cobertura do fluxo de caixa, devidamente comprovados;
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

V - quando ocorrer fraude ou sonegação de dados indispensáveis ao lançamento;


(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

VI - quando o contribuinte não estiver inscrito no Cadastro Municipal de Econômico.


(Redação dada pela Lei Complementar nº 273/2017)

Art. 353-M Nas hipóteses previstas no art. 353-L a base de cálculo do imposto será
arbitrada em quantia não inferior a soma das seguintes parcelas, acrescida de 50%
(cinquenta por cento):

I - valor das matérias-primas, combustíveis e outros materiais consumidos ou aplicados;

II - valor dos salários, honorários, comissões, pró-labore, retiradas a qualquer título, de


proprietários, sócios ou diretores, encargos sociais e previdenciários;

III - valor dos aluguéis de imóveis e móveis ou, quando próprios, o equivalente a quota de
depreciação para o período, na forma da legislação pertinente;

IV - despesas com fornecimento de água, luz, força, comunicação e demais encargos


mensais, obrigatórios do contribuinte;

V - valor dos encargos financeiros tais como: prestações e parcela de empréstimos e


outros oriundos de financiamentos de bens do Ativo Permanente. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 353-N Na hipótese de o contribuinte não apresentar a documentação solicitada no


Termo de Início de Fiscalização ou na Notificação para Entrega de Documentos no prazo
determinado, ou ainda, quando a documentação apresentada não for suficiente para a
análise e levantamento fiscal, poderá a autoridade fiscal arbitrar mensalmente a base de
cálculo do imposto em quantia não inferior:

I - ao resultado obtido pela média da base de cálculo ou valor tributável dos últimos 3 (três)
meses declarados e/ou recolhidos ao início da ação fiscal, devidamente corrigidos na forma

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dos arts. 92 a 96 desta Lei Complementar, acrescidos de 50% (cinquenta por cento);

II - a 50 (cinquenta) até 10.000 (dez mil) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s,
quando o contribuinte não efetuou o recolhimento regular do imposto e os agentes fiscais
não tiveram parâmetro para o arbitramento.

Parágrafo Único. No arbitramento da base de cálculo poderão ainda ser utilizados valores
extraídos de quaisquer livros ou documentos, oficiais ou não, que comprovem as atividades
do sujeito passivo ou que contribuam para a formação de riqueza dos sócios, proprietários,
gerentes ou administradores. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 353-O Em se tratando de arbitramento dos serviços constantes dos subitens 7.02 e
7.05 da Lista de Serviços anexa a esta lei, a aferição do preço do serviço será baseado nos
valores constantes nas revistas especializadas. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 228/2014)

Art. 353-PNa constatação de notas fiscais de prestação de serviço, da mesma série e


número, de valores diversos entre as vias, o cálculo deverá ser feito pela média aritmética
dos valores nelas constantes para as demais notas extraídas no mês. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 353-Q O resultado obtido na operação determinada no art. 353-P não poderá ser
inferior a soma das notas fiscais emitidas durante o mês e, se o for, considerar-se-á
apenas as diferenças verificadas nas notas fiscais com valores diversos. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 353-R Verificada a emissão de qualquer documento paralelo à nota fiscal de prestação
de serviço, o arbitramento deverá ser feito pela média aritmética dos valores dos
documentos apreendidos, se o resultado desta operação for superior a somatória das notas
fiscais de prestação de serviços. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

O lançamento decorrente do arbitramento da receita tributável deverá ser feito


Art. 353-S
mediante lavratura de auto de infração, assegurada ampla defesa e contraditório, nos
termos dos arts. 208 a 251 desta Lei Complementar.

Parágrafo Único. Em se tratando de arbitramento dos serviços constantes dos subitens


7.02 e 7.05 da Lista de Serviços, em decorrência de regularização de edificações em
situação irregular, nos termos da Lei Municipal nº 2.937, de 17 de junho de 2004, o
lançamento deverá ser feito mediante notificação de lançamento. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 228/2014)

SEÇÃO IV
LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 354 O lançamento do imposto será feito:

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I - de ofício, por iniciativa da autoridade administrativa;

II - por homologação, devendo o contribuinte do imposto, antecipar o pagamento sem


prévio exame da autoridade administrativa, ficando sujeito a posterior homologação por
parte da autoridade administrativa;

III - por declaração, quando efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de
terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, prestar à autoridade
administrativa informações sobre matéria de fato, indispensável à sua efetivação. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

IV (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 1º O imposto, no caso do inciso II, será calculado mensalmente pelo próprio contribuinte
ou responsável, pelos meios eletrônicos disponibilizados pela administração tributária e,
recolhido, independente de qualquer aviso ou notificação, até o dia 15 (quinze) do mês
subsequente. (Redação dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

§ 2º O imposto, no caso do inciso I, será calculado e lançado pela autoridade fiscal


competente e o sujeito passivo deverá recolhê-lo nos prazos estipulados por edital,
notificação ou auto de infração. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 3º Nos meses em que o vencimento recair em feriado, sábado ou domingo, o imposto


deverá ser recolhido no dia útil seguinte.

§ 4º Nas guias de recolhimento deverão constar obrigatoriamente:

I - nome e endereço do contribuinte;

II - número do Cadastro Municipal Econômico - CME; (Redação dada pela Lei


Complementar nº 228/2014)

III - receita bruta (movimento mensal / base de cálculo / valor tributável);

IV - alíquota aplicada;

V - mês de referência; e

VI - data de vencimento.

§ 5º Nos casos de revisão de lançamento, de ofício ou por iniciativa do sujeito passivo,


quando tratar-se de prestação de serviços do art. 347, §§ 4º e 5º desta Lei, em que houver
alteração na base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN -,
a revisão somente será válida para aplicação no exercício seguinte ao que for efetivamente
realizada a constatação do fato, desde que os recolhimentos do tributo estejam regulares.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 105/2005)

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§ 6º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza calculado, na forma do § 7º, do art.


347 desta Lei Complementar, poderá ser parcelado, depois de inscrito em dívida ativa, em
até 12 (doze) parcelas mensais com incidência de 1% (um por cento) ao mês de juros de
mora, desde que cada parcela não seja inferior a 1 (uma) Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu
- UFFI -, não se aplicando, excepcionalmente neste caso, as disposições do caput e
incisos I, II e III do art. 166, desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 251/2015)

§ 7º Os contribuintes enquadrados no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e


Contribuição - Simples Nacional, na forma da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de
dezembro de 2006 e suas alterações, deverão observar a data de recolhimento do imposto
prevista na legislação específica. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

§ 8º Quando o lançamento for realizado de ofício, na forma do inciso I deste artigo, fica a
autoridade administrativa autorizada a arbitrar e/ou estimar a base de cálculo do Imposto
Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - atendendo aos critérios estabelecidos
nesta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 355Consideram-se contribuintes distintos para efeito de lançamento e pagamento do


imposto os que:

I - embora no mesmo local, mesmo que idêntico o ramo de atividade, pertençam a


diferentes pessoas físicas ou jurídicas;

II - embora pertencentes à mesma pessoa física ou jurídica, tenham funcionamento em


locais diversos.

Art. 356Toda pessoa jurídica, prestadora ou tomadora de serviços, ainda que imune ou
isenta deverá declarar, pelos meios determinados pela Fazenda Pública, até a data de
vencimento do imposto, os valores correspondentes ao movimento mensal e o imposto
devido. (Redação dada pela Lei Complementar nº 105/2005)

§ 1º A emissão da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica - NFS-e equivale à declaração


prevista no caput deste artigo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

§ 2º Os prestadores de serviços que não emitirem NFS-e, no mês, ficam obrigados a


declarar que não houve a emissão do documento, no Portal da NFS-e. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 188/2011)

SUBSEÇÃO I
LANÇAMENTO DE OFÍCIO

Art. 357 O lançamento de ofício ocorrerá nos seguintes casos:

I - imposto calculado para profissionais autônomos;

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II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da
legislação tributária;

III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos
do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido
de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o
preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;

IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a ocasião do lançamento


anterior; qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração
obrigatória;

V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada,


no exercício da atividade, ao lançamento por homologação;

VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente


obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;

VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu
com dolo, fraude ou simulação;

VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do
lançamento anterior;

IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da


autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade
especial.

Parágrafo Único. No caso do inciso I, o lançamento será anual e o Poder Executivo


Municipal fixará o prazo para recolhimento e/ou parcelamento.

Em conformidade com a categoria de serviço, o lançamento poderá ser mensal ou


Art. 358
em outro período a critério da autoridade administrativa.

Art. 359 Enquanto não ocorrer a decadência tributária poderá ser efetuada a constituição
do crédito tributário, assim como a retificação do lançamento.

SUBSEÇÃO II
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO

Art. 360 A esta modalidade de lançamento aplicar-se-ão as disposições do artigo 57 desta


Lei.

SUBSEÇÃO III (Revogada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 361

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Art. 361 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 362 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 363 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 364 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 365 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 366 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 367 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 368 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 369 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 370 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 371 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

SUBSEÇÃO IV (Revogada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 372 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 373 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 374 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 375 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 376 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 377 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 378 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 379 (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

SEÇÃO V
RETENÇÃO NA FONTE

Ficam obrigadas a reter na fonte e recolher o Imposto Sobre Serviços de Qualquer


Art. 380
Natureza - ISSQN -, gerado por serviços prestados constantes da Lista de Serviços anexa,
perante a Fazenda Pública Municipal, na qualidade de responsáveis tributários, na

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modalidade de substituição:

I - as pessoas jurídicas de direito público, órgãos e entidades da administração direta da


União, Estados e Municípios, bem como suas respectivas autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações:

a) quando estabelecidos ou sediados no Município de Foz do Iguaçu e em relação a todos


os serviços contratados, respeitadas às exceções previstas em Lei.
b) que contratarem os serviços elencados no art. 386, desta Lei Complementar, quando os
respectivos prestadores de serviços estiverem estabelecidos fora do Município de Foz do
Iguaçu.

II - as pessoas jurídicas de direito privado que:

a) enquadrarem-se nas disposições do art. 346 desta Lei Complementar.


b) contratarem os serviços elencados no art. 386 desta Lei Complementar, quando os
respectivos prestadores de serviços estiverem estabelecidos fora do Município de Foz do
Iguaçu.

Parágrafo Único. A retenção deverá ser efetivada no ato da ocorrência do fato gerador da
prestação do serviço e o imposto recolhido aos cofres públicos através de guia própria
autorizado pela Fazenda Pública até:

I - a data definida na legislação específica do Poder Executivo Federal, para os


contribuintes optantes do Simples Nacional;

II - o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador, para os demais


contribuintes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 381Na falta de retenção do imposto devido na forma disposta no artigo anterior será
atribuída ao tomador do serviço a responsabilidade pelo imposto devido, multa e
acréscimos legais, excluindo a responsabilidade do contribuinte, sem prejuízo das demais
cominações legais.

Art. 382 Exclui-se a obrigatoriedade de retenção na fonte quando:

I - o tomador dos serviços, pessoa jurídica de direito público ou privado, estiver


estabelecido fora do Município de Foz do Iguaçu e o prestador dos serviços possuir
inscrição no Cadastro Municipal Econômico do Município de Foz do Iguaçu, ficando a cargo
do prestador do serviço o pagamento do imposto devido, na forma do art. 354, § 1º, desta
Lei Complementar; (Redação dada pela Lei Complementar nº 273/2017)

II - os serviços forem prestados por profissionais autônomos e sociedades de profissionais


que recolherem o imposto em valores fixos; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 289/2018)

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III - os serviços forem prestados por empresas enquadradas no regime de tributação por
estimativa, exceto quando se tratar dos serviços constantes dos subitens 7.02, 7.04 e 7.05
da Lista de Serviços, estimados na forma do art. 347, § 7º, desta Lei Complementar;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

IV - os serviços forem prestados por empresas e entidades imunes e/ou isentas; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

V - os serviços forem prestados e/ou tomados por Microempreendedor Individual - MEI.


(Redação dada pela Lei Complementar nº 273/2017)

VI - o tomador dos serviços, pessoa jurídica de direito público ou privado, estabelecido no


Município, quando o prestador dos serviços também estiver estabelecido no Município.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 273/2017)

Parágrafo Único. Para os serviços prestados cujo valor do imposto seja inferior a 0,5 UFFI
(meia Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu), a retenção na fonte é facultativa, devendo o
prestador dos serviços fazer a opção no momento da emissão da nota fiscal de serviços
eletrônica. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

A retenção do imposto na fonte independe do tipo de documento apresentado pelo


Art. 383
prestador de serviço.

Art. 384 O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza será retido na fonte mediante
aplicação da alíquota correspondente a atividade do prestador do serviço, nos termos do
art. 353 desta Lei Complementar, exceto àqueles enquadrados no Sistema Integrado de
Pagamento de Impostos e Contribuição - Simples Nacional, cuja alíquota aplicável deverá
ser informada na nota fiscal.

§ 1º Quando o prestador do serviço optante do Simples Nacional não informar a alíquota no


corpo da nota fiscal, o imposto sobre serviço deverá ser retido mediante aplicação da maior
alíquota constante da tabela anexa a Lei Complementar Federal nº 123/2006.

§ 2º Quando constatada diferença entre a alíquota informada e a que efetivamente deveria


ser aplicada, caberá ao prestador do serviço recolher a diferença, mediante guia aprovada
e disponibilizada pela administração tributária.

§ 3º Os substitutos tributários emitirão a guia de recolhimento do imposto retido, bem como


o respectivo recibo de retenção na fonte, pelos meios disponibilizados pela administração
tributária no site oficial do Município.

§ 4º O recibo de retenção na fonte terá sua validade confirmada pelo código de verificação.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 385 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

SEÇÃO VI

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LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

Art. 386O serviço considera-se prestado, e o imposto devido, no local do estabelecimento


prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas
hipóteses previstas nos incisos I a XX, quando o imposto será devido no local: (Redação
dada pela Lei Complementar nº 273/2017)

I - do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de


estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1º do artigo 340 desta Lei;

II - da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos


serviços descritos no subitem 3.05 da Lista de Serviços anexa; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 151/2010)

III - da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da Lista de
Serviços anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

IV - da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da Lista de Serviços


anexa;

V - das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços
descritos no subitem 7.05 da Lista de Serviços anexa;

VI - da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem,


separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos
serviços descritos no subitem 7.09 da Lista de Serviços anexa;

VII - da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos,


imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos
no subitem 7.10 da Lista de Serviços anexa;

VIII - da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos


serviços descritos no subitem 7.11 da Lista de Serviços anexa;

IX - do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos,


químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da Lista de Serviços
anexa;

X - do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de solo, plantio,


silagem, colheita, corte, descascamento de árvores, silvicultura, exploração florestal e
serviços congêneres indissociáveis da formação, manutenção e colheita de florestas para
quaisquer fins e por quaisquer meios; (Redação dada pela Lei Complementar nº 273/2017)

XI - da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no


caso dos serviços descritos no subitem 7.17 da Lista de Serviços anexa; (Redação dada
pela Lei Complementar nº 151/2010)

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XII - da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da Lista de
Serviços anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

XIII - onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no
subitem 11.01 da Lista de Serviços anexa;

XIV - dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou
monitorados, no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da Lista de Serviços anexa;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 273/2017)

XV - do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso


dos serviços descritos no subitem 11.04 da Lista de Serviços anexa;

XVI - da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso


dos serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da Lista de Serviços anexa;

XVII - do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos
pelo item 16 da Lista de Serviços anexa; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 273/2017)

XVIII - do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento,


onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista
anexa;

XIX - da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento,


organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da Lista de
Serviços anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

XX - do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso


dos serviços descritos pelo item 20 da Lista de Serviços anexa.

§ 1º No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da lista anexa, considera-se
ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja
extensão de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza,
objetos de locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso,
compartilhado ou não. (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

§ 2º No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa, considera-se
ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja
extensão de rodovia explorada.

§ 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no local do estabelecimento prestador


nos serviços executados em águas marítimas, excetuados os serviços descritos no subitem
20.01.

Art. 387

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Art. 387 Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a


atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade
econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de
sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato
ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas.

Parágrafo Único. Indica a existência de estabelecimento prestador à conjugação parcial ou


total dos seguintes elementos:

I - manutenção de pessoal, material, máquinas, veículos, instrumentos e equipamentos


necessários à execução ou manutenção dos serviços;

II - estrutura organizacional ou administrativa ou operacional, mantida através da sede,


matriz, filial, agência, sucursal, escritório, loja, oficina, canteiro de obra, depósito e outras
repartições da empresa;

III - inscrição nos órgãos previdenciários;

IV - indicação ou ânimo de permanecer no local, para a exploração econômica de atividade


de prestação de serviços, exteriorizada por elementos como:

a) indicação de endereço para imprensa, formulários ou correspondências;


b) locação do imóvel;
c) propaganda ou publicidade;
d) fornecimento de energia elétrica ou água em nome do prestador, ou do representante
legal, ou do preposto.

V - utilização de mais de um funcionário, empregado ou não, a qualquer título, na execução


direta ou indireta dos serviços por ela prestados, não se considerando para este fim os
filhos e o cônjuge;

VI - utilização para si ou fornecimento para terceiros de documentos fiscais para fins de


redução ou abatimento de tributos;

VII - no exercício de suas atividades remunere outros profissionais autônomos com


atividade idêntica. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

SEÇÃO VII
INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 388As infrações serão punidas com as seguintes penas aplicáveis separada ou
cumulativamente, independentes do tributo:

I - multa na importância de 20 (vinte) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI` s aos que:

a) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

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b) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)


c) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)
d) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)
e) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)
f) emitirem documento fiscal sem valores, datas, destinatário e descrição dos serviços, nas
segundas e/ou terceiras vias, estando ou não registrados nos livros fiscais e contábeis;
g) deixarem de escriturar as operações relativas ao imposto devido, isento ou imune;
h) registrarem dados incorretos, ou com rasuras e emendas nos livros fiscais;
i) confeccionarem documentos fiscais, sem a devida autorização;
j) utilizarem notas fiscais de serviços sem a devida autorização de impressão emitida pela
repartição fazendária;
k) utilizarem livros fiscais obrigatórios sem autenticação da repartição fazendária;
l) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)
m) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)
n) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)
o) deixarem de cumprir qualquer outra obrigação acessória estabelecida nesta Lei ou em
regulamento a ela referente;
p) emitirem documentos fiscais com a primeira, segunda ou terceira vias com rasuras,
emendas ou rasgadas;
q) emitirem nota fiscal de serviço em desacordo com a atividade cadastrada.
r) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)
s) emitirem documento fiscal sem valores, datas e descrição dos serviços; (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 204/2013)
t) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)
u) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)
v) (Revogado pela Lei Complementar nº 228/2014)

II - multa de 50 (cinquenta) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s aos que:

a) deixarem de emitir documento fiscal, não estando os valores inerentes aos serviços
prestados registrados nos livros fiscais e contábeis;
b) deixarem de comunicar, no prazo de 30 (trinta) dias, as alterações ou baixas que
impliquem em modificações ou extinção de fatos anteriormente gravados;
c) deixarem de atender as notificações da Fazenda Pública Municipal dentro do prazo
determinado, quando intimado nos termos do art. 216, incisos I, II, III e V, desta Lei
Complementar.
d) negarem a exibir livros e documentos da escrita fiscal ou contábil;
e) negarem a exibir livros e documentos exigidos por lei ou regulamento;
f) deixarem de emitir nota fiscal em relação aos serviços prestados;
g) emitirem Recibo de Prestação de Serviços (RPS) em desacordo com as disposições do
regulamento;
h) desacatarem ou ameaçarem de qualquer forma a autoridade fiscal do Município;
i) negarem-se a prestar informações ou, por qualquer outro modo, tentarem embaraçar,
iludir, dificultar ou impedir a ação dos agentes fiscais a serviço dos interesses da Fazenda
Pública. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)
j) deixarem de comunicar a Fazenda Pública, até o dia 30 (trinta) de cada mês, a cessão ou
locação de espaço em seu estabelecimento, para realização de eventos de qualquer

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natureza, com ou sem cobrança de ingresso. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 242/2015)

III - multa de:

a) 20% (vinte por cento) do valor do tributo aos que deixarem de recolher o imposto devido
nos prazos fixados em Lei, quando cumprida a formalidade de declaração do movimento
mensal e do imposto devido na forma do art. 356 desta Lei Complementar;
b) 50% (cinquenta por cento) do valor do tributo aos que deixarem de recolher o imposto
devido nos prazos fixados em Lei e/ou efetuar recolhimento do imposto em importância
menor que a devida, apurados por meio de ação fiscal e não ficar provada a existência de
artifício doloso ou intuito de fraude. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

IV - multa no valor do tributo, quando ficar provado a existência de artifício doloso ou intuito
de fraude, aos que:

a) deixarem de recolher imposto devido ou efetuarem o recolhimento do imposto em


importância menor que a devida, apurada por meio de ação fiscal;
b) deixarem de emitir documento fiscal e não escriturarem operações sujeitas ao tributo;
c) emitirem documentos fiscais consignando importâncias diversas dos valores da
prestação de serviços ou com valores diferentes nas respectivas vias, com o objetivo de
reduzir o imposto a pagar;
d) sonegarem por qualquer forma, tributos devidos;
e) mandarem imprimir ou confeccionar para si ou para terceiros nota fiscal em duplicidade,
aplicando-se a mesma penalidade para a gráfica que procedeu a impressão, sem prejuízo
do descredenciamento;
f) desenvolverem processo eletrônico ou de processamento de dados que envolva redução,
omissão ou fraude no recolhimento do imposto, aplicando-se a mesma penalidade para o
autor do processo.
g) emitirem nota fiscal de serviço com omissões ou, consignando importâncias diversas dos
valores da prestação de serviços ou, com dados inverídicos ou, com qualquer tipo de
adulteração, com o objetivo de reduzir o imposto a pagar; (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 204/2013)
h) emitirem, por quaisquer meios, para si ou para terceiros nota fiscal em duplicidade.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 204/2013)

V - multa de:

a) 50% (cinqüenta por cento) do valor do tributo aos que deixarem de efetuar a retenção na
fonte do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN;
b) 100% (cem por cento) do valor do tributo, aos que deixarem de recolher o Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN retido.

VI - multa de 10 (dez) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s, por:

a) bloco de nota fiscal de prestação de serviços extraviado;

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b) Livro Registro de Serviços Prestados extraviado, ainda que devidamente publicado o


extravio.

VII - multa de 5 (cinco) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s:

a) por bloco de nota fiscal de prestação de serviços extraviado, quando a publicação de


extravio ocorrer até 30 (trinta) dias da data da última nota fiscal de prestação de serviços
emitida;
b) por competência em que se verificar ausência da declaração do movimento econômico
de que trata o art. 356, desta Lei Complementar;
c) por competência em que se verificar a ausência da conversão do Recibo de Prestação
de Serviços (RPS) em Nota Fiscal Eletrônica (NFS-e) ou fazê-lo fora do prazo. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

VIII - Regime Especial de Fiscalização.

IX - multa de 01 UFFI (uma Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu) por nota fiscal de prestação
de serviços extraviada, quando se tratar de formulário contínuo; (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 105/2005)

X - multa de 01 UFFI (uma Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu) por nota fiscal extraída
indevidamente do talonário, limitado a 10 UFFI´s (dez Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu).
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 105/2005)

XI - multa de 100 (cem) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s aos que emitirem,
registrarem ou apresentarem livros, documentos ou declarações relativas às atividades
sujeitas à tributação, com omissões ou dados inverídicos ou, com qualquer tipo de
adulteração. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

§ 1º Na imposição das multas por infração, tomar-se-á por base o valor atualizado do
tributo.

§ 2º Na reincidência, as multas previstas nos incisos deste artigo serão impostas em dobro.

§ 3º Na imposição das multas do inciso IV, deverá ser encaminhada ao Ministério Público,
pelo Agente Fiscal, depois de proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a
exigência legal do crédito tributário correspondente, a Representação Fiscal para Fins
Penais relativas aos crimes contra a ordem tributária definidos na Lei nº 8.137, de 27 de
dezembro de 1990, na forma do artigo 83 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

Art. 388-AO Regime Especial de Fiscalização (REF) de que trata o inciso VIII, do art. 388
será aplicado nas seguintes situações:

I - embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros


e documentos em que se assente a escrituração das atividades do sujeito passivo, bem
como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio
ou atividade, próprios ou de terceiros, quando intimado, e demais hipóteses que autorizam

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a requisição do auxílio da força pública, nos termos do art. 200 da Lei Federal nº 5.172, de
25 de outubro de 1966 - CTN - e do art. 136 desta Lei Complementar;

II - resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao


domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde se desenvolvam as atividades do sujeito
passivo, ou se encontrem bens de sua posse ou propriedade;

III - incidência em conduta que enseje representação criminal, nos termos da legislação que
rege os crimes contra a ordem tributária;

IV - realização de operações sujeitas à incidência tributária, sem a devida inscrição no


Cadastro Municipal Econômico;

V - prática reiterada de infração à legislação tributária;

VI - evidências de que a pessoa jurídica esteja constituída por interpostas pessoas que não
sejam os verdadeiros sócios ou acionistas, ou o titular, no caso de firma individual.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 388-B Fica delegada competência às seguintes autoridades para determinar aplicação
do REF:

I - Secretário Municipal da Fazenda;

II - Diretor de Fiscalização. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Nas hipóteses previstas nos incisos IV a VI do art. 388-A, a aplicação do REF


Art. 388-C
independe da instauração prévia de procedimento de fiscalização. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 228/2014)

A imposição do REF não elide a aplicação das demais penalidades previstas na


Art. 388-D
legislação tributária, nem dispensa o sujeito passivo do cumprimento das demais
obrigações, inclusive acessórias, não abrangidas pelo regime. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 228/2014)

Art. 388-EPara fins do disposto no inciso V do art. 388-A considera-se prática reiterada a
ocorrência, em 2 (dois) ou mais exercícios fiscais, consecutivos ou alternados, de idênticas
infrações a dispositivos da legislação tributária, inclusive de natureza acessória, verificada
em relação aos últimos 5 (cinco) exercícios fiscais, formalizadas por intermédio de auto de
infração ou notificação de lançamento. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 228/2014)

Art. 388-FA aplicação do REF poderá ter como consequência a adoção das seguintes
medidas, isolada ou cumulativamente:

I - manutenção de fiscalização ininterrupta no estabelecimento do sujeito passivo, inclusive

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com presença física permanente de Agentes Fiscais;

II - redução, à metade, dos períodos de apuração e dos prazos de recolhimento do Imposto


Sobre Serviços de Qualquer Natureza;

III - utilização compulsória de controle eletrônico das operações realizadas e recolhimento


diário do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza;

IV - exigência de comprovação sistemática do cumprimento das obrigações tributárias;

V - controle especial da impressão e emissão de documentos fiscais e da movimentação


financeira.

§ 1º A fiscalização de que trata o inciso I do caput poderá abranger todos os turnos de


funcionamento da empresa e os dias não úteis ocorridos dentro do período fixado para
aplicação do regime.

§ 2º O leiaute a ser utilizado para o controle eletrônico de que trata o inciso III será
estabelecido no momento de instauração do REF. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 228/2014)

Art. 388-GIncumbe ao Agente Fiscal solicitar a aplicação do REF, com base em relatório
circunstanciado, contendo, no mínimo:

I - a identificação do sujeito passivo submetido a procedimento de fiscalização;

II - o enquadramento em uma ou mais das hipóteses previstas no art. 388-A;

III - descrição dos fatos que justificam a aplicação do regime;

IV - cópia dos termos de constatação lavrados e das intimações efetuadas e, se for o caso,
dos correspondentes atendimentos;

V - proposta de medidas previstas no art. 388-F a serem adotadas e período de vigência do


regime;

VI - nome e matrícula do Agente Fiscal que ficará responsável pela execução do


procedimento fiscal.

§ 1º Nas situações de que tratam os incisos IV a VI do caput do art. 388-A, a propositura de


aplicação do regime poderá ser de iniciativa de qualquer Agente Fiscal em exercício na
Divisão de Fiscalização do ISSQN que constatar a prática dos atos ali listados, observado o
disposto neste artigo.

§ 2º O relatório de que trata o caput, após parecer do Chefe de Fiscalização e/ou


Supervisor de Fiscalização, comporá o processo administrativo fiscal do REF a ser
encaminhado à Diretoria de Fiscalização.

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§ 3º Fica autorizado também o Chefe de Fiscalização e/ou Supervisor de Fiscalização, em


qualquer das situações de que tratam o caput do art. 388-A, propor a aplicação do REF,
observado o disposto neste artigo. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 228/2014)

Art. O REF será aplicado por despacho fundamentado, no qual constará a


388-H
motivação, as medidas adotadas e o prazo de sua duração.

§ 1º O prazo estabelecido para o REF poderá ser ampliado se persistirem as hipóteses que
ensejaram a sua aplicação.

§ 2º A qualquer tempo, as autoridades de que trata o art. 388-B poderão determinar


medidas adicionais ou a suspensão de medidas que não sejam mais necessárias, inclusive
a interrupção do regime. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 388-IO REF terá início com a ciência do despacho de que trata o art. 388-H pelo
sujeito passivo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 228/2014)

Às infrações cometidas pelo sujeito passivo durante o período em que estiver


Art. 388-J
submetido ao REF, será aplicada pena de multa no importe de 75% (setenta e cinco por
cento) sobre o valor atualizado do tributo devido, sem prejuízo da adoção de outras
medidas previstas na legislação tributária, administrativa ou penal.

§ 1º Na hipótese em que tenham sido aplicadas as medidas a que se refere ao inciso II ou


o inciso III do art. 388-F, deverão ser observados, para o lançamento de ofício, os prazos
de recolhimentos estabelecidos no REF.

§ 2º Cópia do despacho do REF de que trata o art. 388-H deverá ser anexada ao processo
que formalizar o auto de infração para exigência do tributo. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 228/2014)

A responsabilidade por infração é excluída pela denúncia espontânea da infração,


Art. 389
acompanhada do pagamento do tributo devido atualizado monetariamente e dos juros de
mora, ou depósitos da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o
montante do tributo depender de apuração.

§ 1º O disposto no caput não se aplica ao imposto retido na fonte.

§ 2º Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de procedimento


administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração, ainda que mediante
solicitação de exclusão da inscrição no Cadastro Municipal Econômico. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 228/2014)

SEÇÃO VIII
DOCUMENTÁRIO FISCAL

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117/171

O documentário fiscal e a forma de utilização obedecerão aos modelos aprovados


Art. 390
pela Secretaria Municipal da Fazenda, fixados através de Decreto.

Art. 391 Os documentos que servirem de base à escrituração fiscal serão emitidos ou
escriturados em ordem cronológica, sem rasuras ou emendas, e conservadas no próprio
estabelecimento para exibição aos agentes da Fazenda, até que cesse o direito de
constituir o crédito tributário.

Art. 392Cada estabelecimento seja matriz, sucursal, filial, agência, depósito ou qualquer
outro, manterá o seu próprio documentário, vedada a centralização.

Art. 393 Qualquer elemento do documentário, escrito, magnético ou eletrônico, poderá ser
retirado do estabelecimento ou apreendido pelos agentes fiscais encarregados da
fiscalização, para exames e diligências quando constituir indício de prova de infração da
legislação tributária.

Art. 394 Constituem elementos subsidiários da escrita fiscal, os livros da escrita geral, as
faturas, as notas fiscais e as ordens de serviços recebidas, e outros de efeitos comerciais,
fiscais e contábeis.

Art. 395A repartição fazendária poderá autorizar regimes especiais relativos à emissão e
escrituração de documentos e livros fiscais, inclusive por sistema eletrônico de
processamento de dados.

Art. 396 Os livros registros de serviços prestados serão emitidos por sistema eletrônico,
disponibilizado pela Secretaria Municipal da Fazenda. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 188/2011)

Art. 397O registro, emissão e, se for o caso, impressão dos documentos fiscais somente
poderão ser efetuados pelos meios eletrônicos disponibilizados pela administração
fazendária. (Redação dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 398 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 399 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 400 Os livros, as notas fiscais e demais documentos devem ser mantidos nos
estabelecimentos, à disposição da fiscalização pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo Único. As ordens de serviços ou qualquer outro documento que der origem a
confecção de notas fiscais e livro de prestação de serviço deve ser mantido à disposição da
fiscalização pelo mesmo prazo estipulado no caput deste artigo.

Art. 401As instituições financeiras ficam obrigadas a apresentar mensalmente, no prazo


para o recolhimento do imposto, o MAISS - Mapa de Apuração do Imposto Sobre Serviços

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de Qualquer Natureza - ISSQN, discriminando:

I - razão social;

II - número da inscrição no Cadastro Municipal Econômico - CME - e no CNPJ; (Redação


dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

III - nome das contas e subcontas;

IV - código das contas e subcontas;

V - código da conta correspondente do COSIF;

VI - identificação do item da Lista de Serviços atribuído ao serviço prestado;

VII - valor tributável;

VIII - valor do ISSQN devido.

Art. 402 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

Capítulo III
IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE PROPRIEDADE "INTER-VIVOS"

SEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 403O fato gerador do imposto sobre a transmissão de propriedade "inter vivos", é a
transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre os imóveis, exceto os de garantia, bem como
cessão de direitos a sua aquisição.

Art. 404O imposto sobre a transmissão de propriedade "inter vivos", incide sobre a
transmissão de imóveis, situados no território do Município de Foz do Iguaçu, nos seguintes
casos:

I - nas compras, vendas e atos equivalentes, permutas, dação em pagamento, arrematação


e adjudicação;

II - em todos os atos constitutivos de direitos reais sobre imóveis tais como a enfiteuse,
usufruto, uso e habitação e rendas expressamente constituídas sobre imóveis exceto
aqueles com que os acionistas ou sócios de sociedades comerciais, civis ou de qualquer
outro tipo, entrarem como constitutivo do respectivo capital;

III - no valor do quinhão ou quota com que, nas sociedades comerciais, industriais ou civis,
se retirar o sócio, seja o pagamento feito pela própria sociedade ou por terceiros, desde

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que tenha por objeto explorar bens imóveis situados no Município e não constituam estes,
apenas um meio de exploração desse objetivo ou a realização do fim social; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 91/2004)

IV - o valor dos quinhões, quotas, partes ou ações de sociedades civis ou comerciais,


mencionados no inciso anterior, quando transferidos a terceiros; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 91/2004)

V - na fusão de sociedades a que se refere o inciso III deste artigo; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 91/2004)

VI - na cessão ou venda de benfeitoria em terrenos arrendados ou atos equivalentes,


exceto a indenização de benfeitorias pelo proprietário ao locatário; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 141/2008)

VII - a concessão de terras devolutas pelo Estado; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 91/2004)

VIII - na cessão de direitos e ações que tenham por objeto bens imóveis; (Redação dada
pela Lei Complementar nº 91/2004)

IX - na cessão de direitos à sucessão aberta; (Redação dada pela Lei Complementar


nº 91/2004)

X - nos mandatos em causa própria ou poderes equivalentes para a transmissão de imóveis


e em cada substabelecimento; (Redação dada pela Lei Complementar nº 91/2004)

XI - nos adiantamentos de legítima na forma da Lei Civil; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 91/2004)

XII (Revogado pela Lei Complementar nº 268/2017)

XIII - nas subdivisões de imóvel para extinção de condomínio, quando for recebida por
qualquer condômino quota-parte material cujo valor seja maior do que o de sua quota-parte
ideal; (Redação dada pela Lei Complementar nº 263/2016)

XIV - na cessão de direito de arrematante ou adjudicatário, depois de assinado o auto de


arrematação ou adjudicação; (Redação dada pela Lei Complementar nº 91/2004)

XV - na acessão física quando houver pagamento de indenização; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 91/2004)

XVI - na cessão de direitos possessórios; (Redação dada pela Lei Complementar


nº 91/2004)

XVII - em todos os demais atos onerosos, transladativos de bens imóveis, por natureza ou

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acessão física, e constitutivos de direitos reais sobre bens imóveis e demais cessões de
direitos a eles relativos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 91/2004)

XVIII (Suprimido por força da Lei Complementar nº 91/2004)

§ 1º Será devido novo imposto quando as partes resolverem a retratação de contrato ou


escritura pública averbados, que houver sido lavrado e assinado, inclusive quando o
vendedor exercer o direito de prelação. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 228/2014)

§ 2º Será devido o imposto nas retrovendas, assim como nas transmissões com pacto
comissório ou condição resolutiva.

§ 3º Será devido o imposto nas permutas de bens imóveis ou sua fração, por quaisquer
outros imóveis, bens ou direitos, inclusive entre proprietários comuns. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 405O imposto sobre a transmissão de propriedade "inter vivos", não incide sobre a
transmissão dos bens ou direitos:

I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoas jurídicas em


realização de capital;

II - quando decorrente da incorporação, fusão, cisão ou extinção de pessoa jurídica.

§ 1º O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes dos bens e direitos
adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do
patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos.

§ 2º Revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente


Art. 406
tenha como atividade preponderante a compra e venda destes bens e direitos, locação de
bens imóveis, ou arrendamento mercantil.

§ 1º Para fins de reconhecimento da não incidência prevista no caput deste artigo, na forma
do art. 156, § 2º, inciso I, da Constituição Federal, e nos termos do art. 37 da Lei Federal nº
5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional:

I - Considera-se caracterizada a atividade preponderante quando mais de 50% (cinquenta


por cento) da receita operacional do adquirente decorrer de compra e venda desses bens,
locação ou arrendamento mercantil de bens imóveis, nos 2 (dois) anos anteriores e nos 2
(dois) anos subsequentes à aquisição;

II - Se o adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos


antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no caput deste artigo, levando em
consideração os 3 (três) primeiros anos seguintes à data da aquisição. (Redação dada pela

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Lei Complementar nº 263/2016)

§ 2º Quando a empresa encerrar suas atividades antes de decorrido o prazo previsto nos
incisos I e II, do § 1º deste artigo, a preponderância será calculada considerando-se o
tempo de existência da empresa. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 251/2015)

§ 3º Verificada a preponderância referida no caput deste artigo, tornar-se-á devido o


imposto, devendo ser recolhido em até 30 (trinta) dias contados da constatação do fato e
respectivo lançamento, considerando a base de cálculo da época da aquisição com
atualização monetária até a data do lançamento. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 251/2015)

§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando


realizadas em conjunto com a totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 251/2015)

§ 5º A Secretaria Municipal da Fazenda disciplinará os procedimentos necessários para a


concessão de isenção e o reconhecimento da não incidência relativamente ao imposto.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 251/2015)

Art. 407 Equipara-se a transação de compra e venda para efeitos de incidência deste
imposto: (Redação dada pela Lei Complementar nº 263/2016)

I - permuta de imóveis ou fração por direitos de outra natureza; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 263/2016)

II - a permuta de imóveis ou fração por outros imóveis e frações de imóveis ou quaisquer


bens; (Redação dada pela Lei Complementar nº 263/2016)

III - a transação em que seja reconhecido direito que implique em transmissão de imóvel ou
de direitos a ele relativos.

SEÇÃO II
SUJEITO PASSIVO

Art. 408 Contribuinte do imposto é o adquirente do bem ou direito, as pessoas jurídicas a


cujo patrimônio seja ou esteja incorporados os imóveis e os adquirentes permutantes,
tomando-se por base um dos valores permutados, quando iguais, ou o valor maior quando
diferente.

Art. 409 São responsáveis solidariamente pelo pagamento do imposto devido, nas
transmissões que se efetuarem sem este pagamento: o transmitente, o cessionário e o
cedente, bem como os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, desde que o
ato de transmissão tenha sido praticado por eles ou perante eles.

Art. 410 (Revogado pela Lei Complementar nº 117/2006)

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Art. 411 (Revogado pela Lei Complementar nº 117/2006)

Art. 412 (Revogado pela Lei Complementar nº 117/2006)

Art. 413 (Revogado pela Lei Complementar nº 117/2006)

Art. 414 Aquele que adquirir bem ou direito cuja transmissão constitua, ou possa constituir,
fato gerador de imposto deve apresentar o título à Fazenda Pública Municipal no prazo de
30 (trinta) dias da data em que foi lavrado o ato de transmissão do bem ou do direito.

SEÇÃO III
BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.


Art. 415
(Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

§ 1º Considera-se valor venal o valor constante no instrumento de transmissão ou cessão


do bem ou direito transmitido, desde que esteja de acordo com o valor atual de mercado na
data da emissão da guia de recolhimento do imposto. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 204/2013)

§ 2º Para efeitos deste artigo entende-se como valor venal o valor do bem imóvel obtido na
realização de compra e venda em condições normais de mercado. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 204/2013)

§ 3º Não serão abatidas no valor do bem ou direito quaisquer dívidas que onerem o imóvel
transmitido. (Redação dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

§ 4º A base de cálculo terá validade de 180 (cento e oitenta) dias a contar do lançamento
do imposto. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 416 Em caso de imóvel rural os valores referidos neste artigo não poderão ser
inferiores ao valor fundiário devidamente atualizado aplicando-se, se for o caso, os índices
de correção fixados pelo governo federal, à data do recolhimento do imposto.

Art. 417Na arrematação, na adjudicação e no financiamento de bens imóveis, a base de


cálculo será o valor estabelecido pela avaliação ou preço pago, se este for maior.

Parágrafo único. Quando do lançamento do imposto a base de cálculo será:

I - atualizada monetariamente, utilizando o índice de atualização aplicado aos tributos


municipais quando o lançamento ocorrer até 24 (vinte e quatro) meses após à data da
arrematação ou adjudicação;

II - arbitrada na forma do art. 420, desta Lei Complementar, sempre que o lançamento

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ocorrer, após o transcurso do período de 24 (vinte e quatro) meses da data da arrematação


ou adjudicação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 263/2016)

Nos casos de divisão do patrimônio comum, partilha ou extinção do condomínio, a


Art. 418
base de cálculo será o valor da fração ideal superior à meação ou à parte ideal.

Art. 419 Nos casos de transações efetuadas sobre imóveis não edificados, e que o
recebimento do Imposto sobre a Transmissão da Propriedade Inter Vivos ocorrer após a
referida edificação o adquirente deverá comprovar que a edificação foi posterior à
aquisição do imóvel, com a apresentação do respectivo Alvará de Construção, Habite-se ou
Carta de Habitação em seu nome.

§ 1º Na aquisição de terreno ou fração ideal de terreno, bem como na cessão dos


respectivos direitos, cumulados com contrato de construção por empreitada ou
administração, deverá ser comprovada a preexistência do referido contrato, inclusive
através de outros documentos, a critério do fisco municipal, sob pena de ser exigido o
imposto sobre o imóvel, incluída a construção e/ou benfeitoria, no estado em que se
encontrar por ocasião do ato translativo da propriedade.

§ 2º Na hipótese do § 1º, a base de cálculo do imposto será o valor venal do terreno ou


fração, acrescido do valor venal da construção existente no momento em que o adquirente
comprovar que assumiu o ônus da construção. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 263/2016)

Art. 420 A autoridade fiscal poderá arbitrar a base de cálculo sempre que:

I - O valor declarado pelo adquirente não for devidamente comprovado ou estiver em


desacordo com o valor de mercado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

II - quando se tratar de imóvel destinado a conjuntos residenciais de cunho social ou


destinados a adquirentes de baixa renda;

III - quando a transação não envolve pagamento em espécie.

§ 1º Nas hipóteses previstas nos incisos I, II e III, a base de cálculo será arbitrada através
de processo regular, devendo ser utilizada as normas de avaliação imobiliária, aprovadas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - preferencialmente o método
comparativo de dados de mercado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

§ 2º O lançamento decorrente do arbitramento deverá ser realizado mediante notificação de


lançamento, assegurada a impugnação contra o lançamento, nos termos dos arts. 208 a
251 desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

§ 3º A notificação de lançamento deverá conter, além de outros dados necessários ou úteis


à administração do imposto, a critério da repartição fazendária competente:

I - a identificação do contribuinte;

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II - o motivo do arbitramento;

III - a descrição do imóvel objeto da transmissão ou cessão;

IV - os critérios de arbitramento utilizados pela autoridade competente;

V - o valor da base de cálculo arbitrada, a alíquota e o valor do imposto;

VI - a identificação e a assinatura da autoridade que procedeu ao arbitramento/notificação


de lançamento;

VII - a autoridade competente para o processo de impugnação;

VIII - a assinatura do sujeito passivo, seu representante ou preposto, e se for o caso, a


indicação de que este se negou a apor sua assinatura na notificação de lançamento;

IX - determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou impugná-la no prazo de 30


(trinta) dias. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 204/2013)

§ 4º A assinatura do sujeito passivo não importa em confissão, nem a sua falta ou recusa
em nulidade da notificação de lançamento. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 204/2013)

§ 5º A notificação de lançamento poderá ser incluída na Guia de Recolhimento do Imposto


sobre a Transmissão de Propriedade Inter Vivos, ficando dispensadas as assinaturas
previstas nos incisos VI e VIII deste artigo. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 215/2013)

SEÇÃO IV
ISENÇÃO

Art. 421 São isentos do Imposto Sobre a Transmissão de Propriedade "inter vivos":

I - as formas ou reposições em dinheiro ou bens móveis, efetuados por excesso de bens


lançados a um herdeiro ou sócio, desde que os bens sejam comodamente partíveis;

II - nas divisões de patrimônio comum ou partilha, relativo à respectiva meação; (Redação


dada pela Lei Complementar nº 263/2016)

III (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

IV - quando efetuada a transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma


agrária.

Parágrafo Único - Nos casos dos incisos I e II a isenção será concedida mediante certidão

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do Cartório de Registro de Imóveis onde o mesmo se encontra matriculado. (Redação dada


pela Lei Complementar nº 268/2017)

SEÇÃO V
ALÍQUOTA

Art. 422Ressalvado o disposto no § 1º deste artigo, a alíquota incidente sobre o Imposto


Sobre a Transmissão da Propriedade Inter-Vivos é de 2% (dois por cento).

§ 1º Nas aquisições de imóvel próprio residencial através de financiamento imobiliário,


serão aplicadas as seguintes alíquotas: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 151/2010)

I - Até 600 UFFI........................................... sem incidência (redação dada pela Lei


Complementar nº 151/2010)

II - De 601 a 1.400 UFFI......................................0,5%

III - De 1.401 a 2.700 UFFI...................................1,0%

IV - Acima de 2.701 UFFI......................................2,0%

§ 2º As alíquotas referidas no parágrafo anterior serão aplicadas sobre o montante


financiado e incidirão por inteiro a toda a matéria tributável.

SEÇÃO VI
RECOLHIMENTO

Art. 423 O Imposto Sobre a Transmissão de Propriedade Inter-Vivos será recolhido


mediante guia preenchida pela repartição fazendária ao erário, devendo ser apresentada a
guia de recolhimento do imposto por ocasião da lavratura do instrumento público de
transmissão de propriedade ou direitos reais.

§ 1º Na concessão de terras devolutas pelo Estado, o pagamento deverá ser efetuado


antes da expedição do título;

§ 2º Nas alienações de bens imóveis por escrituras fora do Município, o imposto deverá ser
pago antes do Registro da Escritura nos termos desta Lei;

§ 3º O Imposto sobre a Transmissão de Propriedade Inter Vivos deverá ser pago da


seguinte forma:

I - em parcela única, a ser paga dentro do prazo de validade da base de cálculo definida no
art. 415, desta Lei Complementar; ou

II - em até 12 (doze) parcelas fixas, mensais e sucessivas, nunca inferiores a 1 (uma)

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Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI -, cuja primeira parcela deverá ser paga dentro do
prazo de 30 (trinta) dias, contados da emissão da guia de recolhimento, e as demais
parcelas sucessivamente nos meses subsequentes, observando-se o dia do pagamento da
primeira parcela; ou

III - em até 30 (trinta) dias quando se tratar de lançamento de ofício. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 263/2016)

§ 4º Não se aplica, na aquisição de imóveis com a utilização do Fundo de Garantia por


Tempo de Serviço - FGTS ou através de financiamento, a forma de pagamento descrita no
inciso II, do parágrafo anterior. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 91/2004)

§ 5º Havendo inadimplência de qualquer das parcelas de que trata o inciso II, do § 3º deste
artigo, o cancelamento do parcelamento se dará somente 30 (trinta) dias após o
vencimento da última parcela. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 91/2004)

§ 6º No caso do sujeito passivo optar pelo pagamento do Imposto sobre a Transmissão de


Propriedade Inter-Vivos na forma do inciso II, do § 3º, deste artigo, a transcrição do título de
transferência no registro de imóveis somente será possível após a quitação de todas as
parcelas, mediante apresentação de certidão de quitação do parcelamento emitida pela
Fazenda Pública Municipal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 141/2008)

A guia de recolhimento do imposto somente será liberada ao contribuinte quando


Art. 424
os demais débitos relativos ao imóvel estiverem devidamente quitados.

Parágrafo Único. Não se aplica o disposto no caput deste artigo, nas aquisições via
arrematação com indicação expressa da inexistência de ônus para o arrematante.
(Redação acrescida pela Lei nº 228/2014)

Art. 425A guia de recolhimento do imposto vale por 180 (cento e oitenta) dias a contar da
data de sua emissão. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 426Nos casos de isenção serão expedidas guias com todas as especificações e com
a citação do dispositivo legal que as ampare.

Parágrafo Único. Nas transações imunes ou não incidentes do ITBI, serão fornecidas
certidões atestando a condição do imposto. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 228/2014)

Art. 427Na arrematação ou adjudicação, o imposto será pago dentro de 30 (trinta) dias
daqueles atos, antes da assinatura da respectiva carta, mesmo que esta não seja extraída.

Art. 428 Nas transmissões decorrentes de termo e de sentença judicial, o imposto será
recolhido 30 (trinta) dias após a data da assinatura do termo devidamente homologado ou
do trânsito em julgado da sentença.

Art. 429

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Art. 429 Serão emitidos tantos documentos de arrecadação quantos forem os bens e
direitos objetos de transmissão.

SEÇÃO VII
INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 430O adquirente de imóvel ou de direito sobre o mesmo que não apresentar o título à
repartição fazendária no prazo legal fica sujeito à multa de 20% (vinte por cento) do valor do
imposto.

Art. 431 (Revogado pela Lei Complementar nº 117/2006)

Art. 432A falta de recolhimento do imposto no prazo determinado implica em multa de 20%
(vinte por cento) do valor do imposto devido.

Art. 433 O não cumprimento do disposto no artigo 411 desta Lei implica em multa de 10
(dez) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s ao serventuário responsável pela
lavratura do ato, desde que o imposto tenha sido pago.

Art. 434Aos serventuários da justiça, aos tabeliães e oficiais do registro de imóveis que
efetivarem atos transladativos de domínio imobiliário, sem que haja sido comprovado o
pagamento do imposto, será aplicada multa de 100 (cem) Unidades Fiscais de Foz do
Iguaçu - UFFI`s, sem prejuízo das demais cominações legais. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 251/2015)

Art. 435 O contribuinte que apresentar documento com declaração fraudulenta que possa
reduzir a base de cálculo do imposto fica sujeito à multa de 100% (cem por cento) sobre o
valor do imposto não recolhido.

Art. 436A mesma penalidade prevista no artigo anterior será aplicada a qualquer pessoa
que intervenha no negócio jurídico ou que, por qualquer forma, contribua para a inexatidão
ou omissão praticadas.

Art. 437Caso as irregularidades constantes dos artigos anteriores sejam constatadas


mediante ação fiscal, implicará em multa em dobro daquela prevista para a infração.

Art. 438 O crédito tributário não liquidado no prazo legal se sujeitará à atualização
monetária, juros e multas moratórios conforme previsão do artigo 83, sem prejuízo das
demais penalidades cabíveis.

TÍTULO III
TAXAS

Capítulo I
CONSIDERAÇÕES GERAIS

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Art. 439 A taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição pelo Município.

§ 1º As taxas não podem ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondem a imposto, nem ser calculada em função de capital das empresas. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

§ 2º Não incidirão taxas para os órgãos da administração municipal, suas fundações,


institutos, autarquias, bem como para as sociedades de economia mista ou empresas
públicas em que o Poder Executivo Municipal participe com maioria do capital. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 151/2010)

Art. 440 Considera-se poder de polícia atividade da Administração Pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de
fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Parágrafo Único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando


desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso
ou desvio de poder.

Art. 441 Os serviços públicos a que se refere o artigo 439 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;


b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção,


de utilidade ou de necessidade públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos
seus usuários.

Capítulo II
TAXAS DECORRENTES DO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

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Art. 442 As taxas decorrentes do exercício do poder de polícia do Município, classificam-se


em:

I - licença para localização e funcionamento de estabelecimentos que exerçam atividades


econômicas, financeiras, sociais, desportivas e religiosas que tenham ou não finalidade
lucrativa, e demais atividades afins, urbanas ou rurais;

II - verificação de regular funcionamento de estabelecimentos que exerçam atividades


econômicas, financeiras, sociais, desportivas e religiosas que tenham ou não finalidade
lucrativa, e demais atividades afins, urbanas ou rurais;

III - licença para comércio eventual ou ambulante;

IV - licença para execução de arruamento, loteamento, e obras em geral;

V - licença para propaganda e publicidade;

VI - vigilância sanitária;

VII - vistoria de segurança e prevenção contra incêndios.

VIII - licenciamento ambiental. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

SEÇÃO II
TAXA DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 443 Todo e qualquer estabelecimento que exerça atividades econômicas, financeiras,
sociais, desportivas, religiosas e demais atividades urbanas ou rurais, que tenham ou não
finalidades lucrativas, não pode iniciar suas atividades no Município sem prévia licença e
fiscalização das condições concernentes à higiene, à saúde, à ordem, aos costumes, à
segurança, ao exercício de atividades dependentes de autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública, à função social da propriedade e aos direitos individuais e coletivos,
assim como para garantir o cumprimento da legislação urbanística. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 268/2017)

§ 1º Para efeitos deste artigo, será considerado autônomo cada estabelecimento de um


mesmo contribuinte, cabendo a cada um deles um número de inscrição, o qual constará
obrigatoriamente, em todos os documentos fiscais e de arrecadação municipal.

§ 2º A licença para localização e funcionamento só será outorgada após a vistoria inicial


das instalações, considerando o tipo de atividade constante da solicitação e o local onde o

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interessado pretenda exercer a atividade.

§ 3º A licença deverá permanecer afixada em local visível e de fácil acesso ao fisco


municipal.

§ 4º A licença será outorgada em caráter precário, a critério da administração municipal,


ficando sujeita à fiscalização anual de funcionamento regular.

§ 5º O exercício de profissão regulamentada e fiscalizada pela União, Estado e/ou órgão de


classe não será dispensado do recolhimento da taxa.

§ 6º Enquadram-se no disposto neste artigo a realização ou promoção de eventos e/ou


diversões públicas de qualquer natureza, em caráter eventual. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 273/2017)

§ 7º A licença para localização e funcionamento somente será outorgada após a assinatura


do interessado no Termo de Compromisso - Anexo IX desta Lei. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 113/2006)

Art. 444A taxa de licença e funcionamento tem como fato gerador a ação fiscalizadora,
mediante a realização de diligências, exames, vistorias ou outros atos administrativos,
vinculados às atividades econômicas, visando à outorga da licença para o exercício da
atividade. (Redação dada pela Lei Complementar nº 188/2011)

Parágrafo Único. Independentemente de ser ou não expedida a licença para


funcionamento, a taxa de localização e funcionamento é devida em decorrência da
atividade da Administração Pública no exercício regular do poder de polícia.

Art. 445 Estabelecimento é o local onde são exercidas, de modo permanente ou


temporário, as atividades previstas no caput deste artigo, sendo irrelevantes para sua
caracterização as denominações de sede, filial, agência, sucursal, escritório de
representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas.

§ 1º A existência do estabelecimento é indicada pela conjunção, parcial ou total, dos


seguintes elementos:

I - manutenção de pessoal, material, mercadoria, máquinas, instrumentos e equipamentos;

II - estrutura organizacional ou administrativa;

III - inscrição nos órgãos previdenciários;

IV - indicação como domicílio fiscal para efeito de outros tributos;

V - permanência ou ânimo de permanecer no local, para exploração econômica da


atividade exteriorizada através de indicação de endereço em impressos, formulários ou
correspondência, contrato de locação do imóvel, propaganda ou publicidade, ou em contas

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de telefone, de fornecimento de energia elétrica, água ou gás.

§ 2º As circunstâncias da atividade, por sua natureza, ser executada, habitual ou


eventualmente, fora do estabelecimento, não o descaracteriza como estabelecimento, para
os efeitos deste artigo.

§ 3º São, também, considerados estabelecimentos os locais onde forem exercidas as


atividades de diversões públicas de natureza itinerante.

§ 4º Considera-se, ainda, estabelecimento a residência de pessoa física, aberta ao público


em razão do exercício da atividade profissional.

Será emitida nova licença sempre que ocorrer mudança de atividade, modificação
Art. 446
das características do estabelecimento, alteração da razão social e mudança de endereço.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

§ 1º Somente acarretará nova incidência da taxa quando ocorrer modificações das


características do estabelecimento que implique necessariamente em nova vistoria no local.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 239/2015)

§ 2º O estabelecimento que tiver a nomenclatura da via ou a numeração predial alterada


por ato da Administração Pública fica isento de novo pagamento da taxa de licença e
funcionamento. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 239/2015)

§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, o órgão competente da Secretaria Municipal da


Fazenda deverá incluir o novo endereço na licença de localização e funcionamento,
expedindo-se o alvará correspondente, sem custo para o estabelecimento, que deverá ser
notificado no prazo de até 30 (trinta) dias sobre a alteração realizada. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 239/2015)

Art. 447 Para efeito de incidência da Taxa, consideram-se estabelecimentos distintos:

I - os que, embora no mesmo local e com idêntico ramo de atividade, ou não, pertençam a
diferentes pessoas físicas ou jurídicas;

II - os que, embora com idêntico ramo de atividade e sob a mesma responsabilidade,


estejam situados em prédios distintos ou em locais diversos, ainda que no mesmo imóvel.

Art. 448 A incidência e o pagamento da taxa independem:

I - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas;

II - de licença, autorização, permissão ou concessão, outorgadas pela União, Estado ou


Município;

III - de estabelecimento fixo ou de exclusividade, no local onde é exercida a atividade;

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IV - da finalidade ou do resultado econômico da atividade, ou da exploração dos locais;

V - do efetivo funcionamento da atividade ou da efetiva utilização dos locais;

VI - do caráter permanente, eventual ou transitório da atividade;

VII - do pagamento de preços, emolumentos e quaisquer importâncias eventualmente


exigidas, inclusive para expedição de alvarás ou vistorias.

Art. 449 A licença para localização e funcionamento é concedida mediante despacho do


titular da Diretoria de Receita, expedindo-se o alvará respectivo. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 251/2015)

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO

Art. 450A base de cálculo da taxa é o valor estimado pela Administração Pública como
custo do exercício das atividades administrativas tendentes à realização do fato imponível.

Art. 451 O valor de referência para compor a base de cálculo a que se refere o artigo
anterior é a Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI, conforme tabela do Anexo II desta Lei.

Parágrafo Único - Para efeito de cálculo da taxa de licença para localização e


funcionamento inicial, cujo período de validade seja inferior a 12 (doze) meses, será
calculada proporcionalmente à razão de 1/12 (um doze avos) por mês a decorrer,
considerando-se o mês do pedido até o término do exercício. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 94/2004)

Art. 452 Ficam isentos do pagamento da taxa de que trata esta seção os templos de
qualquer culto, partidos políticos, inclusive suas fundações, as entidades sindicais, as
instituições de educação e de assistência social, as entidades de caráter religioso, as
associações de bairros, os clubes recreativos, esportivos, sociais, culturais e de lazer, os
grêmios estudantis e demais entidades e associações, sem fins lucrativos, bem como os
órgãos da administração municipal, suas fundações, institutos e autarquias. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 204/2013)

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Art. 453Sujeito passivo da taxa para localização e funcionamento é a pessoa física ou


jurídica sujeita à fiscalização municipal em razão da localização, instalação e
funcionamento de atividades previstas no artigo 443 desta Lei.

Art. 454 São solidariamente responsáveis pelo pagamento da taxa:

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I - o proprietário e o responsável pela locação do imóvel onde estejam instalados ou


montados equipamentos ou utensílios usados na exploração de serviços de diversão
pública e/ou realização de eventos, e o locador desses equipamentos. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 273/2017)

II - o proprietário; o locador ou o cedente de espaço em bem imóvel, com relação às


barracas, "stands" ou assemelhados.

SUBSEÇÃO IV
LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 455O lançamento da taxa será efetuado pela repartição fazendária com base nas
informações fornecidas e corroboradas pelos agentes fiscais para o Cadastro Municipal
Econômico quando da efetivação da inscrição ou de sua denegação. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 228/2014)

A taxa será recolhida de uma só vez, no prazo de até 30 (trinta) dias após a data
Art. 456
de lançamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 188/2011)

Art. 457 O recolhimento da taxa não implica na outorga pela administração municipal da
licença para localização e funcionamento do estabelecimento ou da obrigação de conceder
a licença requerida.

SUBSEÇÃO V
INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 458 O descumprimento das disposições relativas à taxa para localização e


funcionamento de que trata esta seção, implica na imposição das seguintes penalidades:

I - multa de 20 (vinte) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s, aos que:

a) deixarem de atender as notificações da Fazenda Pública Municipal dentro do prazo


determinado;
b) negarem-se a apresentar a licença para localização e funcionamento à fiscalização,
quando solicitado;
c) desacatarem ou ameaçarem de qualquer forma a autoridade fiscal municipal;
d) negarem-se a prestar informações ou, por qualquer outro modo, tentarem embaraçar,
iludir, dificultar ou impedir a ação dos agentes fiscais a serviço dos interesses da Fazenda
Municipal.

II - multa de 30 (trinta) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s -, aos que: (Redação
dada pela Lei Complementar nº 188/2011)

a) exercerem atividades constantes do artigo 443 desta Lei, sem o pagamento das taxas e
a concessão da licença para localização e funcionamento, sem prejuízo da aplicação da

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pena de interdição do estabelecimento;


b) deixarem de comunicar e promover, dentro dos prazos legais, as alterações cadastrais
(mudança de atividade, modificação das características do estabelecimento, alterações
societárias, alterações de razão social ou mudança de endereço), sem prejuízo da
aplicação da pena de interdição do estabelecimento, excetuada a alteração de endereço
em virtude de renumeração predial ou de alteração da nomenclatura do logradouro por ato
da Administração Pública; (Redação dada pela Lei Complementar nº 239/2015)
c) deixarem de requerer a exclusão da inscrição no Cadastro Municipal de Contribuintes
dentro do prazo legal;
d) deixarem de apresentar quaisquer declarações a que obrigados, ou fizerem com
inexatidão ou omissão de dados elementares indispensáveis à apuração da taxa devida, na
forma e prazos regulamentares.

III - multa de 60 (sessenta) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s, aos que
cometerem infração capaz de elidir o pagamento da taxa no todo ou em parte, se não ficar
provado a existência de artifício doloso ou intuito de fraude.

IV - multa 100 (cem) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s, quando ficar provado a
existência de artifício doloso ou intuito de fraude aos que deixarem de recolher a taxa
devida ou efetuarem o recolhimento em importância menor que a devida;

V - a pena de interdição será aplicada, aos que:

a) exercerem atividades constantes do artigo 443 desta Lei, sem o pagamento das taxas e
a outorga da licença para localização e funcionamento, sem prejuízo das demais
penalidades cabíveis;
b) deixarem de comunicar e promover, dentro dos prazos legais, as alterações cadastrais
(mudança de atividade, modificação das características do estabelecimento, alterações
societárias, alterações de razão social ou mudança de endereço).

VI - A licença para localização e funcionamento poderá ser cassada:

a) quando do exercício de atividades danosas a sociedade e ao meio ambiente;


b) quando do exercício de atividades que ponham em risco a vida de pessoas e
propriedades;
c) quando tratar de atividade diferente da requerida e autorizada pela Administração
Pública;
d) como medida preventiva, a bem da higiene, da moral ou do sossego e segurança
pública;
e) quando forem prestadas falsas informações no processo de requerimento da licença;
f) quando os processos de inscrição ou alteração no Cadastro Municipal de Contribuintes
forem instruídos com documentos falsos ou adulterados;
g) se o contribuinte licenciado se negar a exibir a licença para localização e funcionamento
à autoridade fiscal competente, quando solicitado a fazê-lo;
h) por solicitação de autoridade competente, quando provados os motivos que
fundamentarem a solicitação.

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VII - multa de 100 (cem) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s para aqueles que
exercerem atividades constantes do art. 443, § 6º, desta Lei Complementar, sem o
pagamento das taxas e a concessão da licença para localização e funcionamento, sem
prejuízo da aplicação da pena de interdição do estabelecimento. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 263/2016)

§ 1º Cassada a licença, o estabelecimento será imediatamente fechado.

§ 2º A interdição e a cassação não eximem o contribuinte do pagamento da taxa e da


penalidade aplicada.

Art. 459 Na reincidência, em qualquer infração, a multa será aplicada em dobro, devendo
ser o estabelecimento interditado de imediato, sem prejuízo das demais penalidades
cabíveis.

As infrações acima descritas serão punidas com as respectivas penas aplicadas


Art. 460
separada ou cumulativamente.

SEÇÃO III
TAXA DE VERIFICAÇÃO DE REGULAR FUNCIONAMENTO

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 461 Todo e qualquer estabelecimento que exerça atividades econômicas, financeiras,
sociais, desportivas, religiosas e demais atividades urbanas ou rurais, que tenham ou não
finalidades lucrativas, dependentes de autorização do Poder Público para localização e
funcionamento, estão sujeitas, anualmente, a regular vistoria do serviço de fiscalização
relativa às condições concernentes à higiene, à saúde, à ordem, aos costumes, à
segurança, ao exercício de atividades dependentes de autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública, à função social da propriedade e aos direitos individuais e coletivos,
assim como para garantir o cumprimento da legislação urbanística, nos termos da outorga
inicial. (Redação dada pela Lei Complementar nº 268/2017)

Parágrafo Único. Toda vistoria e fiscalização realizada é caracterizada como reformulação


da licença para localização e funcionamento inicialmente outorgada.

Art. 462 O fato gerador da taxa de verificação de regular funcionamento é o exercício


regular da fiscalização da atividade, mediante a realização de diligências, exames, vistorias
ou outros atos administrativos, vinculados às atividades econômicas, mediante laudo de
vistoria.

§ 1º O laudo de vistoria poderá ser lavrado eletronicamente na forma do regulamento.

§ 2º O laudo de vistoria eletrônico será disponibilizado ao contribuinte ou aos profissionais

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legalmente habilitados para ciência, mediante consulta eletrônica no Portal 24 Horas, do


site do Município e Foz do Iguaçu. (Redação dada pela Lei Complementar nº 188/2011)

Art. 463 Será passível de revogação a licença inicial quando não observado o ramo de
atividade previsto e os requisitos da legislação pertinente.

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 464A taxa de verificação de regular funcionamento será cobrada com base no valor da
Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI, vigente à época da vistoria, de acordo com a
tabela prevista para o pagamento da licença inicial, dividida em duas parcelas, desde que o
valor de cada parcela não seja inferior a uma Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI.

§ 1º Ficam isentos do pagamento da taxa de que trata esta seção os templos de qualquer
culto, partidos políticos, inclusive suas fundações, as entidades sindicais, as instituições de
educação e de assistência social, as entidades de caráter religioso, as associações de
bairros, os diretórios centrais de estudantes, os centros acadêmicos, os grêmios
estudantis, os clubes recreativos, esportivos, sociais, culturais e de lazer, e demais
entidades e associações, sem fins lucrativos, bem como os órgãos da administração
municipal, suas fundações, institutos e autarquias. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 204/2013)

§ 2º A forma e prazo de cobrança da taxa prevista no caput deste artigo serão


estabelecidos no edital de lançamento do tributo. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 151/2010)

Art. 465 O lançamento da taxa será efetuado anualmente, de ofício, pela Administração
Pública, com base nas informações constantes do Cadastro Municipal Econômico, cujos
dados já tenham sido confirmados e/ou alterados por ocasião da vistoria. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 228/2014)

Parágrafo Único. O sujeito passivo será notificado do lançamento, a critério do Executivo,


por qualquer uma das seguintes formas: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 141/2008)

I - por notificação pessoal ou por via postal; e (Redação dada pela Lei Complementar
nº 141/2008)

II - por edital publicado no Diário Oficial do Município e afixado no quadro de editais do paço
municipal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Art. 466

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Art. 466Sujeito passivo da taxa de verificação regular de funcionamento é a pessoa física


ou jurídica sujeita à fiscalização municipal em razão da localização, instalação e
funcionamento de atividades previstas no artigo 461 desta Lei.

SUBSEÇÃO IV
INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 467Aplicam-se, no que couber, à taxa de verificação de regular funcionamento, no que


tange a infrações e penalidades, as disposições dos artigos 458 a 460 desta Lei.

SEÇÃO IV
TAXA DE LICENÇA PARA COMÉRCIO EVENTUAL OU AMBULANTE

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 468 Nenhuma atividade comercial de caráter eventual ou ambulante poderá ser
exercida sem prévia licença outorgada pela repartição fazendária e sem que hajam, seus
responsáveis, efetuado o pagamento da taxa devida.

§ 1º Considera-se comércio eventual o que é exercido individualmente, sem habitualidade,


especialmente por ocasião de festejos ou comemorações, sendo definida pelo Poder
Executivo, através de regulamento, a localização e a padronização dos equipamentos.

§ 2º Considera-se comércio ambulante o que é exercido individualmente em instalações


removíveis como barracas, balcões, cestas, mesas, tabuleiros, carrinhos de lanche, trailers
e semelhantes; sem estabelecimento, instalações ou localização fixa; exceto as bancas de
feiras livres, desde que definidas por meio de regulamento pelo Poder Executivo, a
localização específica e a padronização dos equipamentos.

§ 3º Equiparar-se-á à atividade comercial de caráter eventual ou ambulante o exercício de


arte, ofício ou profissão nessa qualidade.

Art. 469 A taxa de licença para comércio eventual ou ambulante tem como fato gerador a
atividade municipal de permissão, vigilância, controle e fiscalização do cumprimento dos
requisitos legais a que se submete qualquer pessoa física que exerça o comércio no
território do Município.

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 470 A taxa de licença para o exercício de comércio eventual ou ambulante será
calculada proporcionalmente ao número dos dias de exercício da atividade, e com base no
valor da Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI, conforme tabela do Anexo II desta Lei.

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Art. 471A taxa será lançada em nome do sujeito passivo de uma só vez e recolhida
antecipadamente ao ato da outorga da licença.

O pagamento da taxa de licença para o exercício de comércio eventual, nas vias e


Art. 472
logradouros públicos, não dispensa a cobrança da taxa de licença para ocupação do solo.

É obrigatória a inscrição, na repartição competente, dos comerciantes eventuais e


Art. 473
ambulantes, conforme dispuser o regulamento.

Parágrafo Único. A inscrição será permanentemente atualizada por iniciativa do


contribuinte, sempre que houver modificação nas características iniciais da atividade.

Art. 474 São isentos de taxa:

I - os vendedores ambulantes de livros, jornais e revistas;

II - os engraxates ambulantes;

III - os vendedores de artigos de indústria doméstica e de arte popular, quando de


fabricação própria, sem o auxílio de empregados;

IV - as pessoas portadoras de deficiência física que exerçam comércio em pequena escala;

V - os comerciantes que vendam diretamente a consumidores, produtos de origem animal


e vegetal, amendoim, pipoca, doces e demais guloseimas, desde que este comércio seja
efetuado em cestas ou tabuleiros que atendam as normas de saúde pública.

Art. 474-AFica reduzido em 70% (setenta por cento) o valor da Taxa de Licença Eventual
incidente sobre os empreendimentos com atividade de circo. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 228/2014)

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

É contribuinte da taxa a pessoa física que exerça a prática do comércio eventual


Art. 475
ou ambulante, sem localização fixa, com ou sem a utilização de veículo, ou qualquer outro
equipamento sujeito a licenciamento ou à ação fiscal do Município.

Parágrafo Único. Considera-se comércio eventual ou ambulante toda e qualquer atividade


exercida em vias e logradouros públicos, em caráter permanente ou temporário.

Art. 476É vedada a outorga de licença para menores de quatorze anos de idade, e os
maiores de quatorze anos e menores de dezoito deverão apresentar autorização expressa
de seus responsáveis legais.

SUBSEÇÃO IV

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INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 477 O exercício do comércio eventual ou ambulante sem a prévia outorga da licença
implica na apreensão da mercadoria, equipamento, veículo e outros pertences que será
feita nos termos das disposições dos artigos 219 a 226 desta Lei.

SEÇÃO V
TAXA DE LICENÇA PARA EXECUÇÃO DE ARRUAMENTOS, LOTEAMENTOS E
OBRAS EM GERAL

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 478 A taxa de licença para execução de arruamentos e loteamentos e obras em geral
é exigível pela permissão outorgada pelo Município, para tal, e mediante prévia aprovação
dos respectivos planos ou projetos, para arruamento ou parcelamento de terrenos
particulares, segundo o zoneamento em vigor no Município.

Art. 479Nenhuma construção, reconstrução, reforma, ampliação, demolição ou obra, de


qualquer natureza, poderá ser iniciada sem prévio pedido de licença ao Município e
pagamento da taxa devida. (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

Art. 480A taxa de licença para execução de arruamentos, loteamentos, construção,


reforma ou demolição de prédios e muros ou qualquer outra obra, tem como fato gerador o
exame dos respectivos projetos para aprovação e licenciamento obrigatório e a fiscalização
do cumprimento das posturas municipais.

Art. 481 Nenhum plano ou projeto de arruamento, loteamento, parcelamento de áreas


poderá ser executado sem a aprovação da Comissão de Zoneamento em vigor no
Município e o pagamento prévio da respectiva taxa.

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 482 A taxa de licença para a execução de arruamento, loteamento, construção,


reforma, demolição e outras obras sujeitas à aprovação e à fiscalização será calculada com
base na Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI e em conformidade com a tabela do
Anexo II desta Lei.

A taxa de licença será lançada em nome do contribuinte de uma só vez e recolhida


Art. 483
antecipadamente ao ato de outorga da licença.

Parágrafo Único. Deferido o pedido e não iniciada a obra no prazo de 06 (seis) meses, a
licença deve ser renovada, o que acarretará, no caso de alterações nos projetos
respectivos, nova incidência da taxa de licença para a execução de arruamento, loteamento

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e obras em geral.

SUBSEÇÃO III
INSCRIÇÃO

Art. 484 No ato da solicitação da licença o contribuinte deverá fornecer à autoridade


competente todos os elementos necessários para a perfeita inscrição da obra no cadastro
respectivo, que também servirão de base para o cálculo das taxas devidas.

Art. 485A licença será concedida mediante alvará, no qual se mencionarão as obrigações
do loteador ou arruador, com referência a obras de terraplanagem e urbanização.

SUBSEÇÃO IV
SUJEITO PASSIVO

Art. 486É contribuinte da taxa toda pessoa física ou jurídica que execute obra sujeita às
posturas municipais.

Parágrafo Único. Responde solidariamente com o contribuinte, pelo pagamento da taxa, a


empresa e o profissional ou profissionais responsáveis pelo projeto e ou pela execução das
obras.

Art. 487 São isentos da taxa de licença para execução de obras particulares:

I - a limpeza ou pintura externa ou interna de prédios, muros ou grades;

II - a construção de passeios, quando do tipo aprovado pela Prefeitura;

III - a construção de barracões destinados à guarda de materiais de obras já devidamente


licenciadas.

SUBSEÇÃO V
INFRAÇÕES E PENALIDADES

O contribuinte que iniciar qualquer obra sem a outorga da licença e sem o


Art. 488
pagamento da taxa devida ficará sujeito as seguintes penalidades:

I - notificação para regularização da situação no prazo de 15 (quinze) dias, no caso de


construção, ampliação, reforma, demolição ou reconstrução. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 151/2010)

II - o não atendimento à notificação mencionada no inciso anterior, implicará na aplicação


de multa de 20% (vinte por cento) da Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu por metro quadrado
linear de construção, ampliação, reforma, demolição ou reconstrução e simultâneo
embargo da obra. (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

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III - a violação do embargo implicará na aplicação em dobro da penalidade multa de que


trata o inciso II. (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

Parágrafo Único. Tão logo seja solicitada a aprovação do projeto e inscrição da obra, o
órgão fiscalizador deve ser comunicado.

SEÇÃO VI
TAXA DE LICENÇA PARA PROPAGANDA E PUBLICIDADE

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 489 A exploração ou utilização de meios de publicidade nas vias e logradouros


públicos do Município, bem como nos lugares de acesso ao público, fica sujeita a prévia
licença da repartição fazendária municipal e, ao prévio pagamento da taxa devida.

Parágrafo Único. Inclui-se ainda na obrigatoriedade deste artigo a publicidade e/ou


propaganda que, embora colocada em terrenos próprios ou de domínio privado, for visível
dos lugares públicos.

Art. 490 A taxa de licença para propaganda e/ou publicidade tem como fato gerador a
atividade do Município em fiscalizar, pessoa física ou jurídica, que utilize ou explore, por
qualquer meio, propaganda e/ou publicidade em geral, com caráter permanente ou não, em
ruas, logradouros públicos ou em locais deles visíveis ou de acesso ao público, inclusive
cartazes, letreiros, quadros, painéis, placas, anúncios, mostruários fixos ou itinerantes,
luminosos ou não, afixados, distribuídos ou pintados em paredes, muros, postes, veículos
ou calçadas, quando permitido, e a veiculada por qualquer meio, eletrônico ou não.

Art. 491Para efeito de incidência da taxa, considera-se publicidade quaisquer instrumentos


ou formas de comunicação visual ou audiovisual de mensagens, inclusive aqueles que
contiverem apenas dizeres, desenhos, siglas, dísticos ou logotipos indicativos ou
representativos de nomes, produtos, locais ou atividades de pessoas físicas ou jurídicas,
mesmo aqueles afixados em veículos de transporte de qualquer natureza.

Art. 492Quaisquer alterações procedidas quanto ao tipo, características ou tamanho do


anúncio, assim como a sua transferência para local diverso acarretará nova incidência de
taxa.

Art. 493 Inclui-se na obrigatoriedade do artigo 489:

I - os cartazes, letreiros, programas, quadros, painéis, emblemas, placas, avisos, anúncios


e mostruários, fixos ou volantes, luminosos ou não, afixados, distribuídos ou pintados em
paredes, muros, postes, veículos ou calçadas; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 251/2015)

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II - a propaganda falada, em lugares públicos, por meio de amplificadores de voz, alto


falantes e propagandistas;

III - qualquer outro tipo de publicidade ou propaganda não elencados nos incisos
anteriores.

Parágrafo Único. Compreendem-se neste artigo os anúncios colocados em lugares de


acesso ao público, assim como os que forem, de qualquer forma, visíveis das vias públicas.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 141/2008)

Art. 494 A incidência e o pagamento da taxa independem:

I - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas,


relativas ao anúncio;

II - da licença, autorização, permissão ou concessão, outorgadas pela União, Estado ou


Município;

III - do pagamento de preços, emolumentos e quaisquer importâncias eventualmente


exigidas, inclusive para expedição de alvarás ou vistorias.

Art. 495 A taxa não incide quanto:

I - os cartazes ou letreiros destinados a fins patrióticos ou destinados a propaganda de


partidos políticos ou de seus candidatos, na forma prevista na legislação eleitoral;

II - as tabuletas indicativas de residências, sítios, granjas ou fazendas, bem como as de


rumo ou direção de estradas;

III - os anúncios publicados em jornais, revistas, catálogos e os irradiados em estações de


rádio e televisão;

IV - aos anúncios no interior de estabelecimentos, divulgando artigos ou serviços neles


negociados ou explorados;

V - aos anúncios e emblemas de entidades públicas, cultos religiosos, irmandades, asilos,


entidades sindicais, ordens ou associações profissionais, quando colocados nas
respectivas sedes ou dependências;

VI - às placas ou letreiros que contiverem apenas a denominação do prédio;

VII - aos anúncios que indiquem uso, lotação, capacidade ou quaisquer avisos técnicos
elucidativos do emprego ou finalidade da coisa, desde que sem qualquer legenda, dístico
ou desenho de valor publicitário.

VIII - às placas ou letreiros destinados, exclusivamente, à orientação do público, desde que

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sem qualquer legenda, dístico ou desenho de valor publicitário;

IX - aos anúncios que recomendem cautela ou indiquem perigo e sejam destinados,


exclusivamente, à orientação do público, desde que sem qualquer legenda, dístico ou
desenho de valor publicitário;

X - às placas indicativas de oferta de emprego, afixadas no estabelecimento do


empregador, desde que sem qualquer legenda, dístico ou desenho de valor publicitário;

XI - às placas de profissionais liberais, autônomos ou assemelhados, quando colocadas


nas respectivas residências e locais de trabalho e contiverem, tão somente, o nome e
profissão;

XII - aos anúncios de locação ou venda de imóveis em cartazes ou em impressos, quando


colocados no respectivo imóvel, pelo proprietário, e sem qualquer legenda, dístico ou
desenho de valor publicitário;

XIII - ao painel ou tabuleta afixada por determinação legal, no local da obra de construção
civil, durante o período de sua execução, desde que contenha, tão só, as indicações
exigidas e as dimensões recomendadas pela legislação própria;

XIV - aos anúncios de afixação obrigatória decorrente de disposição legal ou regulamentar,


sem qualquer legenda, dístico ou desenho de valor publicitário.

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 496A taxa de licença para publicidade e/ou propaganda é calculada em função de
suas modalidades, forma e local da sua execução, com base no valor da Unidade Fiscal de
Foz do Iguaçu - UFFI, de conformidade com a tabela do Anexo II desta Lei.

§ 1º Ficam isentos do pagamento da taxa de que trata esta seção os templos de qualquer
culto, partidos políticos, inclusive suas fundações, as entidades sindicais, as instituições de
educação e de assistência social, as entidades de caráter religioso, as associações de
bairros, os clubes recreativos, esportivos, sociais, culturais e de lazer, os grêmios
estudantis e demais entidades e associações, sem fins lucrativos, bem como os órgãos da
administração municipal, suas fundações, institutos e autarquias. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 204/2013)

§ 2º Tratando-se de publicidade e/ou propaganda de cigarro e bebida alcoólica a taxa será


cobrada em dobro. (Redação dada pela Lei Complementar nº 90/2004)

§ 3º Quando tratar-se de eventos de qualquer natureza, em caráter eventual, a isenção


somente será concedida nos casos em que o evento seja promovido exclusivamente pelas
entidades descritas no § 1º. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 105/2005)

Art. 497

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144/171

Art. 497O sujeito passivo será notificado do lançamento da taxa de publicidade e/ou
propaganda, a critério do Executivo, por qualquer uma das seguintes formas: (Redação
dada pela Lei Complementar nº 141/2008)

I - por notificação pessoal ou por via postal; e (Redação dada pela Lei Complementar
nº 141/2008)

II - por edital publicado em Diário Oficial do Município e afixado no quadro de editais do


paço municipal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

Art. 498No caso de empresas de publicidade, pode a repartição fazendária, respeitadas as


normas desta Lei, fazer a estimativa da taxa, por período certo, evitando as licenças
individuais especificadas.

As taxas relativas às licenças sujeitas à renovação anual terão seus prazos de


Art. 499
pagamento estabelecidos nos respectivos editais de lançamento. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 151/2010)

Parágrafo Único. Para taxa de licença para propaganda e publicidade relativas às fachadas
de empresas, lançada por ocasião da concessão da licença para localização e
funcionamento, o prazo para pagamento será de 30 (trinta) dias após a data do
lançamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 188/2011)

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Art. 500Contribuinte da taxa é toda pessoa física ou jurídica, que utilize ou explore, por
qualquer meio ou em qualquer local, publicidade e/ou propaganda ou que explore ou utilize
a divulgação de anúncios de terceiros, bem como às quais, direta ou indiretamente, a
publicidade venha a beneficiar, desde que a tenha autorizado.

Parágrafo Único. São solidariamente obrigados pelo pagamento da taxa:

I - aquele a quem o anúncio aproveitar quanto ao anunciante ou ao objeto anunciado;

II - o proprietário, o locador ou o cedente de espaço em bem imóvel ou móvel, inclusive


veículos.

SUBSEÇÃO IV
INSCRIÇÃO

Art. 501O contribuinte da taxa deverá promover sua inscrição no cadastro próprio, nas
condições e prazos regulamentares, independentemente de prévio licenciamento e
cadastramento do anúncio, devendo ainda, sempre que a licença depender de
requerimento, instruí-la com a descrição da posição, da situação, das cores, das alegorias
e de outras características do meio de publicidade, de acordo com as instruções e

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145/171

regulamentos respectivos.

Parágrafo Único. Quando o local em que se pretender colocar o anúncio não for de
propriedade do requerente, deverá este juntar ao requerimento a autorização do
proprietário.

Ficam os contribuintes obrigados a colocar nos painéis e anúncios sujeitos à taxa,


Art. 502
um número de identificação fornecido pela repartição competente.

A propaganda falada por meio de amplificadores, alto-falantes e veiculadas por


Art. 503
outros meios eletrônicos deve obedecer:

I - horário;

II - local;

III - a quantidade máxima de sessenta decibéis de ruído;

IV - período de duração.

A licença será válida para o exercício em que for concedida, ficando sujeita à
Art. 504
renovação no exercício seguinte.

O requerimento para licença deve ser instruído com os modelos dos anúncios e
Art. 505
com fotografia em cores quando se tratar de painéis, letreiros e similares, devendo ainda
mencionar:

I - a indicação dos locais que serão colocados ou distribuídos os cartazes ou anúncios;

II - a natureza do material de construção;

III - as dimensões;

IV - as inscrições e o texto;

V - as cores empregadas;

VI - no caso de letreiros luminosos, indicar o sistema de iluminação a ser adotado.

§ 1º Para a instalação da propaganda e/ou publicidade devem ser observadas as posturas


municipais.

§ 2º O não atendimento dos requisitos legais implica na imediata remoção e apreensão da


propaganda e/ou publicidade.

Art. 506 Fica autorizado o Poder Executivo a regulamentar a execução e aplicação desta

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146/171

taxa por meio de Decreto.

SUBSEÇÃO V
INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 507 A exploração ou utilização dos meios de publicidade, nas vias e logradouros
públicos do Município, bem como nos lugares de acesso ao público, sem a prévia licença
outorgada pelo Município, implicará em multa de:

I - 20 (vinte) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s, por painel e/ou outdoor ou
congêneres;

II - 10 (dez) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI´s -, para os demais meios de


publicidade e/ou propaganda; (Redação dada pela Lei Complementar nº 105/2005)

III - 20 (vinte) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI´s -, aos que deixarem de atender
às Notificações da Fazenda Pública Municipal, no prazo determinado. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 105/2005)

Art. 508Além da aplicação das penalidades de que trata o artigo anterior, ficará o sujeito
passivo sujeito a apreensão dos meios de publicidade e/ou propaganda na forma dos
artigos 219 a 226 desta Lei.

Art. 509Na reincidência, em qualquer das infrações previstas no artigo 507, a multa será
aplicada em dobro, sem prejuízo das demais penalidades cabíveis.

As infrações acima descritas serão punidas com as respectivas penas aplicadas


Art. 510
separada ou cumulativamente.

A aplicação de qualquer das penalidades previstas nesta subseção não impede o


Art. 511
lançamento da taxa de licença para propaganda e publicidade.

SEÇÃO VII
TAXA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 512 Todo e qualquer estabelecimento que exerça atividades econômicas, financeiras,
sociais, desportivas, religiosas e demais atividades urbanas ou rurais, que tenham ou não
finalidades lucrativas, dependentes de autorização do Poder Público para localização e
funcionamento, estão sujeitas, anualmente, a vistoria do serviço de fiscalização sanitária e
higiene; assim como os casos de aprovação de projetos para construção, reforma ou
demolição; e nos casos de registros, autorizações, requerimentos e certificações relativas a
serviços de vigilância sanitária. (Redação dada pela Lei Complementar nº 117/2006)

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Parágrafo Único - Ficam também sujeitos à vistoria do serviço de fiscalização sanitária e


higiene os serviços de atendimento móvel pré-hospitalar públicos ou privados, civis e
militares, realizados por ambulâncias e congêneres. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 251/2015)

Art. 513 A taxa de vigilância sanitária tem como fato gerador a atividade municipal de
controle e fiscalização das atividades constantes do artigo anterior, quando efetuar sobre
as mesmas efetiva e permanente vigilância sanitária, quanto à qualidade, conservação,
abastecimento, transporte, armazenamento, depósito e acondicionamento de produtos para
consumo humano ou animal, do estabelecimento e das condições de trabalho e habitação,
bem como quanto todas as questões que envolvam condições relativas a higiene e
segurança da saúde humana.

A receita oriunda da taxa de vigilância sanitária tem o fim específico de formação


Art. 514
do Fundo Municipal de Saúde - FUNSAUDE estabelecido pela Lei nº 1.525, de 29 de
novembro de 1990, observadas as especificações desta Lei.

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 515 A base de cálculo da taxa de vigilância sanitária é o valor estimado pela
Administração Pública para o custeio e manutenção do serviço, com base na Unidade
Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI, e em conformidade com a tabela do Anexo II desta Lei.

§ 1º Ficam isentos do pagamento da taxa de que trata esta seção os templos de qualquer
culto, partidos políticos, inclusive suas fundações, as entidades sindicais, as instituições de
educação e de assistência social, as entidades de caráter religioso, as associações de
bairros, os clubes recreativos, esportivos, sociais, culturais e de lazer, os grêmios
estudantis e demais entidades e associações, sem fins lucrativos, bem como os órgãos da
administração municipal, suas fundações, institutos e autarquias. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 204/2013)

§ 2º Quando tratar-se de eventos de qualquer natureza, em caráter eventual, a isenção


somente será concedida nos casos em que o evento seja promovido exclusivamente pelas
entidades descritas no parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 105/2005)

Art. 516 O lançamento da taxa será efetuado, anualmente, de ofício, com base nas
informações constantes do Cadastro Municipal Econômico, cujos dados já tenham sido
confirmados e/ou alterados por ocasião da vistoria, quando se tratar de estabelecimento
que exerça atividades econômicas, financeiras, sociais, desportivas e religiosas, que
tenham ou não finalidade lucrativa, e demais atividades afins, urbanas ou rurais,
dependentes de autorização do poder público para localização e funcionamento. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

Art. 517

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148/171

Art. 517 O recolhimento da taxa deve ser feito em uma só vez, no mesmo prazo fixado
para o recolhimento da taxa de licença de localização e funcionamento, ou da taxa de
verificação de regular funcionamento, quando for o caso, ou quando da efetiva prestação
dos serviços de vigilância sanitária.

Art. 518 A licença é válida para o exercício em que for outorgada, sujeita à renovação
anual.

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO E INSCRIÇÃO

Contribuinte da taxa é a pessoa física ou jurídica sujeita à vigilância sanitária


Art. 519
executada pelo Município, em qualquer local ou circunstância.

Art. 520A inscrição será efetuada no cadastro da vigilância sanitária, pelo interessado, até
o início da atividade, em requerimento protocolizado e instruído com os documentos
exigidos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

Art. 521Serão efetuadas tantas inscrições quantas atividades exercer o contribuinte para
cada estabelecimento ou local de atividade.

Art. 522 A falta de inscrição no cadastro da vigilância sanitária implica, além das
penalidades cabíveis, a interdição do estabelecimento ou local das atividades
temporariamente ou não.

Parágrafo Único. Considera-se local da atividade ou estabelecimento qualquer instalação


onde se exerça manipulação de produtos destinados ao consumo humano ou animal, em
vias públicas ou não.

SUBSEÇÃO IV
INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 523 A falta de pagamento da taxa de vigilância sanitária, assim como seu pagamento
insuficiente acarretará a aplicação da multa de 100% (cem por cento) sobre o valor da taxa
observada as seguintes reduções:

I - 60% (sessenta por cento) do valor quando o pagamento do crédito tributário ocorrer até
30 (trinta) dias a contar da notificação do lançamento;

II - 40% (quarenta por cento) do seu valor quando o pagamento do crédito tributário ocorrer
até sessenta dias a contar da notificação do lançamento.

Art. 524A falta de inscrição no cadastro de vigilância sanitária implica na imposição de


multa de 50 (cinqüenta) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s.

Art. 525

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149/171

Art. 525As demais penalidades serão aplicadas levando em conta o grau de gravidade da
infração cometida, competindo ao Serviço de Vigilância Sanitária a notificação e a
autuação do infrator, conforme prevê a legislação federal e estadual.

Art. 526 O processo administrativo fiscal instaurado em decorrência de infrações e


penalidades que envolvam as questões sanitárias e de higiene em primeira instância de
deliberação, deverão obedecer às disposições do contencioso previsto em legislação
federal ou estadual. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

Em segunda e terceira instância administrativa, o processo administrativo fiscal


Art. 527
mencionado no artigo anterior ficará a cargo do Conselho Municipal de Contribuintes,
atendendo as disposições desta Lei.

SEÇÃO VIII
TAXA DE VISTORIA DE SEGURANÇA E PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 528 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 529 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 530 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 531 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 532 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 533 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 534 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 535 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 536 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 537 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 538 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 539 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

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150/171

Art. 540 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Art. 541 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 542 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 543 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

SUBSEÇÃO IV
INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 544 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 545 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 546 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 547 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

Art. 548 (Revogado pela Lei Complementar nº 263/2016)

SEÇÃO IX
TAXAS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 188/2011)

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 188/2011)

Art. 548 A - A localização, construção, instalação, ampliação, modificação, operação e


funcionamento de estabelecimentos, empreendimentos e atividades, públicas ou privadas,
instaladas ou a se instalar no Município, utilizadores de recursos ambientais, consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras e capazes, sob qualquer forma, de causar degradação
ambiental, dependerão de prévio licenciamento ambiental, a ser realizado pelo órgão
municipal competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis, conforme
dispõe a Lei Complementar nº 20, de 27 de dezembro de 1993. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 188/2011)

Art. 548 B -

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151/171

As taxas de licenciamento ambiental têm como fato gerador a atuação do órgão


Art. 548 B -
ambiental municipal nas diversas fases e procedimentos do licenciamento ambiental,
instalação, ampliação, operação e funcionamento de estabelecimentos, empreendimentos
e atividades utilizadores de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou aqueles que, sob forma, possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao
caso, especialmente os definidos na Lei Complementar nº 20, de 27 de dezembro de 1993.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

Parágrafo Único. É contribuinte das taxas de licenciamento ambiental, o proprietário ou


empreendedor, público ou privado, responsável pelo estabelecimento, empreendimento ou
atividade utilizadores de recursos ambientais, nos termos do caput deste artigo. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 188/2011)

A base de cálculo das taxas de licenciamento ambiental é o valor estimado pela


Art. 548 C -
Administração Pública para o custeio e manutenção do serviço, com base na Unidade
Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI -, e em conformidade com a tabela do Anexo II, desta Lei
Complementar. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 188/2011)

Capítulo III
TAXAS DECORRENTES DE SERVIÇOS PÚBLICOS

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 549 As taxas decorrentes da utilização efetiva ou potencial de serviços públicos


específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição,
compreendem:

I - coleta de lixo;

II - limpeza e conservação de vias e logradouros públicos;

III - combate a incêndio;

IV - ocupação de próprios municipais;

V - expediente.

VI - serviços diversos;

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152/171

VII - limpeza de imóveis. (Redação dada pela Lei Complementar nº 188/2011)

Parágrafo Único. As taxas a que se referem os incisos deste artigo poderão ser lançadas
isoladamente, ou em conjunto com outros tributos, todavia, dos editais de lançamento
deverá constar, obrigatoriamente, a indicação dos elementos distintos de cada tributo e os
respectivos valores e considera-se ocorrido o fato gerador, a situação existente no último
dia do ano anterior.

SEÇÃO II
TAXA DE COLETA DE LIXO

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 550 A incidência da taxa ocorre quando da coleta, transporte e acomodação em


depósito de lixo domiciliar, residencial, hospitalar e detritos orgânicos.

A taxa de coleta de lixo tem como fato gerador a efetiva prestação dos serviços de
Art. 551
coleta de lixo urbano (domiciliar, residencial, hospitalar e detritos orgânicos), ou a sua
colocação à disposição do contribuinte.

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 552 A taxa tem como base de cálculo o custo para execução e manutenção dos
serviços de coleta de lixo, e será calculada anualmente, para cada unidade imobiliária, em
função do uso (residencial ou não residencial), em função à freqüência (coleta diária, ou em
dias alternados, e/ou a cada três dias), e por rateio e metragem quadrada de forma
escalonada, entre os contribuintes, como segue:

I - COLETA DIÁRIA

a)de uso residencial .....................................................2,13 UFFI`s


b)de uso não residencial
1. até 200m²..............................................................5,00 UFFI`s
2. de 201 a 500m².........................................................9,00 UFFI`s
3. de 501 a 1000m².......................................................22,00 UFFI`s
4. de 1001 a 2000m²......................................................50,00 UFFI`s
5. de 2001 a 3000m².....................................................105,00 UFFI`s
6. de 3001 a 4000m².....................................................160,00 UFFI`s
7. de 4001 a 5000m².....................................................215,00 UFFI`s
8. acima de 5001m²......................................................265,00 UFFI`s

II - COLETA EM DIAS ALTERNADOS

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a) de uso residencial.......................................................1,00 UFFI


b) de uso não residencial
1. até 200m²..............................................................3,50 UFFI`s
2. de 201 a 500m².........................................................8,00 UFFI`s
3. de 501 a 1000m².......................................................20,00 UFFI`s
4. de 1001 a 2000m²......................................................31,00 UFFI`s
5. de 2001 a 3000m²......................................................50,00 UFFI`s
6. de 3001 a 4000m²......................................................65,00 UFFI`s
7. de 4001 a 5000m²......................................................80,00 UFFI`s
8. acima de 5001m²......................................................165,00 UFFI`s

III - COLETA DE TRÊS EM TRÊS DIAS

a) de uso residencial ......................................................0,50 UFFI


b) de uso não residencial
1. até 200 m².............................................................1,50 UFFI`s
2. de 201 a 500 m²........................................................5,00 UFFI`s
3. de 501 a 1000 m².......................................................8,00 UFFI`s
4. de 1001 a 2000 m².....................................................10,00 UFFI`s
5. de 2001 a 3000 m².....................................................11,00 UFFI`s
6. de 3001 a 4000 m².....................................................13,00 UFFI`s
7. de 4001 a 5000 m².....................................................15,00 UFFI`s
8. Acima de 5001 m²......................................................75,00 UFFI`s

Parágrafo Único. Torna obrigatório ao Chefe do Poder Executivo, no prazo de 90 (noventa)


dias a contar da publicação desta Lei, a constituir Comissão de Revisão dos Valores da
Taxa de Coleta de Lixo, que terá o prazo de 120 (cento e vinte) dias para concluir seus
trabalhos. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 165/2011)

Art. 553 A taxa de coleta de lixo será lançada de ofício, no primeiro dia de janeiro de cada
exercício financeiro, separadamente ou em conjunto com o Imposto Sobre a Propriedade
Predial e Territorial Urbana - IPTU, com a obrigatória identificação da mesma na respectiva
notificação de lançamento.

Art. 554 A taxa de coleta de lixo será lançada e recolhida na forma e nos prazos
estabelecidos em Edital de Lançamento, ou ainda, juntamente com o Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU.

§ 1º Poderá o Poder Executivo delegar a cobrança e arrecadação da taxa de coleta de lixo


às concessionárias de serviços públicos.

§ 2º Caso a cobrança seja efetivada pelas concessionárias de serviços públicos, esta será
realizada por meio de parcelas mensais cobradas nas faturas expedidas pelas
concessionárias.

§ 3º Para fins de cumprimento do § 1º fica o Poder Executivo autorizado a firmar contrato

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de prestação de serviço ou convênio com as concessionárias de serviços públicos.

§ 4º Ficam excluídas da cobrança prevista nos §§ 1º a 3º os créditos tributários inscritos em


dívida ativa.

§ 5º Fica vedada a interrupção do fornecimento do serviço público prestado pela


concessionária, do contribuinte que porventura não efetuar o pagamento da taxa de coleta
de lixo.

§ 6º O valor devido a título de taxa de coleta de lixo será lançado na fatura da


concessionária do serviço público em campo específico, sob a rubrica "coleta de lixo".

§ 7º (VETADO)

§ 8º Ao contribuinte que não desejar a cobrança conjunta fica assegurado o direito de


requerer, a qualquer tempo, a separação. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 132/2007)

A impugnação contra o lançamento terá o mesmo tratamento previsto nos artigos


Art. 555
208 a 251 desta Lei.

Não haverá incidência da taxa de coleta de lixo sobre as chácaras, sítios e locais
Art. 556
em que não houver acesso para coleta.

Art. 557 Ficam isentos da taxa de coleta de lixo, os imóveis de propriedade de entidade
religiosa. (Redação dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Art. 558É contribuinte da taxa de coleta de lixo o proprietário, titular do domínio útil, ou
possuidor a qualquer título, do imóvel situado em logradouro ou via em que haja coleta ou
remoção de lixo (domiciliar, residencial ou não residencial, hospitalar e detritos orgânicos).

SEÇÃO III
TAXA DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DE VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 559 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 560 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

SUBSEÇÃO II

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BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 561 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 562 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 563 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 564 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

Art. 565 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Art. 566 (Revogado pela Lei Complementar nº 204/2013)

SEÇÃO IV
TAXA DE COMBATE A INCÊNDIO

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 567O serviço de vigilância, prevenção, e combate a incêndio tem como fato gerador
sua execução ou a sua colocação à disposição do contribuinte, diretamente ou por terceiro,
mediante convênio, incidindo sobre o imóvel edificado com qualquer benfeitoria e sobre
terrenos baldios ou desocupados.

Parágrafo Único. É facultado ao Poder Executivo Municipal celebrar convênio com a Polícia
Militar do Estado do Paraná para executar os serviços de combate e prevenção a incêndio
no Município.

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 568A base de cálculo da taxa é o custo do serviço estimado pela administração para
sua manutenção e custeio, e será calculada anualmente com base na Unidade Fiscal de
Foz do Iguaçu - UFFI, de acordo com a tabela do Anexo III da presente Lei.

Art. 569Esta taxa será lançada e recolhida na forma e nos prazos estabelecidos para o
Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU.

A impugnação contra o lançamento terá o mesmo tratamento previsto nos artigos


Art. 570
208 a 251 desta Lei.

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Art. 571 Ficam isentos da taxa de combate a incêndio, os imóveis de propriedade de


entidade religiosa. (Redação dada pela Lei Complementar nº 204/2013)

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Art. 572 Contribuinte da taxa é o proprietário titular do domínio útil ou possuidor, a qualquer
título de imóvel, edificado ou não, atingido ou abrangido pelo serviço.

SUBSEÇÃO IV
INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 573A não instalação dos equipamentos de prevenção e combate a incêndio, indicados
pelo Corpo de Bombeiros sujeita o contribuinte à multa de 20 (vinte) Unidades Fiscais de
Foz do Iguaçu - UFFI`s, progressivamente aplicada em dobro a cada reincidência.

SEÇÃO V
TAXA DE OCUPAÇÃO DE PRÓPRIOS MUNICIPAIS

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA, FATO GERADOR E SUJEITO PASSIVO

Art. 574 A taxa de licença para ocupação de próprios públicos é devida sempre que
qualquer pessoa física ou jurídica vier a utilizar-se da estrutura física das instalações de
ginásios, estádios, quadras de esporte, anfiteatro, centro de eventos ou outras
dependências vinculadas à Administração Pública.

A taxa de licença para ocupação de próprios municipais tem como fato gerador a
Art. 575
ocupação ou uso de instalação de ginásios, estádios, quadras de esporte, anfiteatro, centro
de eventos ou outras dependências vinculadas à Administração Pública.

Parágrafo Único. A taxa é devida por quem efetivamente requerer o uso de quaisquer das
dependências mencionadas no caput.

Contribuinte da taxa é toda pessoa física ou jurídica que vier a utilizar os próprios
Art. 576
municipais.

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 577 A base de cálculo da taxa de licença para ocupação de próprios municipais é o
valor estimado pela Administração Pública para o custeio e manutenção das instalações e
dependências constantes do artigo 574, com base na Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu -

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UFFI, e em conformidade com a tabela do Anexo III desta Lei.

Art. 578 O lançamento da taxa é efetuado previamente ao ato da outorga da licença.

Art. 579 O recolhimento da taxa deve ser feito em uma só vez, e previamente à outorga da
licença.

Art. 580 A licença é válida somente para o período determinado pela autoridade
administrativa competente.

Art. 581Quando se tratar de uso de piscina do Complexo Esportivo Costa Cavalcanti, nos
horários de aula de natação, por pessoas de uma mesma unidade familiar, desde que
comprovada este vínculo, serão concedidos os seguintes descontos: (Redação dada pela
Lei Complementar nº 251/2015)

I - 02 (duas) pessoas - 10% (dez por cento) para cada uma;

II - 03 (três) pessoas - 20% (vinte por cento) para cada uma;

III - acima de 03 (três) pessoas - 30% (trinta por cento) para cada uma.

SUBSEÇÃO III
ISENÇÃO

Art. 582 São isentos da taxa de licença para ocupação de próprios municipais:

I - as equipes desportivas e/ou atletas que representarem o Município nos Jogos Oficiais do
Estado do Paraná; (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

II (Revogado pela Lei Complementar nº 151/2010)

III (Revogado pela Lei Complementar nº 151/2010)

IV - as pessoas que participarem dos programas de assistência social gerenciados pelos


órgãos da administração municipal, desde que devidamente comprovado; (Redação dada
pela Lei Complementar nº 151/2010)

V (Revogado pela Lei Complementar nº 151/2010)

§ 1º Os períodos e horários de utilização das dependências e instalações dos próprios


municipais designados para treinamento das pessoas ou equipes constantes do caput
deste artigo estarão sujeitas a prévia autorização da Secretaria Municipal de Esportes e
Lazer. (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

§ 2º As isenções de que trata o inciso IV, deste artigo ficam limitadas em até 130 (cento e
trinta) vagas, conforme cronograma de atendimento a ser estabelecido pela Secretaria

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Municipal de Esportes e Lazer. (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2010)

SUBSEÇÃO IV
INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 583 Qualquer pessoa física ou jurídica que vier a utilizar-se da estrutura física das
instalações de ginásios, estádios, quadras de esporte, anfiteatro, centro de eventos ou
outras dependências vinculadas à Administração Pública e a estas causar qualquer dano
ficará sujeito a multa de 30 (trinta) Unidades Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s, sem
prejuízo do pagamento dos custos para reparação do dano.

Art. 584O levantamento dos custos para reparação de eventuais danos será procedido
pela Administração Pública através de seu órgão competente e será apresentado, por meio
de ofício, ao sujeito passivo que efetivamente requereu o uso de quaisquer das
dependências mencionadas no artigo anterior, dentro do prazo de 10 (dez) dias a contar da
data da ocorrência dos fatos.

Parágrafo Único. O sujeito passivo terá prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da ciência
do levantamento dos custos para efetivar o pagamento.

Art. 585 O sujeito passivo que for autuado e não cumprir com a obrigação de efetivar o
recolhimento da multa e reparar os danos causados dentro do prazo legal ficará
impossibilitado de requerer nova licença pelo prazo de 12 (doze) meses ou até quando
efetuar a quitação de seus débitos junto à Administração Pública, o que ocorrer primeiro.

Art. 586 O não pagamento da taxa de licença para ocupação de próprios municipais
implicará na aplicação de uma multa no valor da taxa, nunca inferior a 30 (trinta) Unidades
Fiscais de Foz do Iguaçu - UFFI`s.

SEÇÃO VI
TAXA DE EXPEDIENTE

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 587A taxa de expediente será devida pela utilização dos serviços compreendidos na
tabela do Anexo III desta Lei.

Art. 588 A taxa de expediente tem como fato gerador a prestação de serviços
administrativos específicos a determinado contribuinte ou grupo de contribuintes.

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 589

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Art. 589A base de cálculo da taxa de expediente é o custo para execução dos serviços
administrativos prestados ao contribuinte e será calculada com base no valor da Unidade
Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI, de acordo com a tabela do Anexo III desta Lei.

§ 1º Ficam isentos do pagamento da taxa de que trata esta seção os templos de qualquer
culto, partidos políticos, inclusive suas fundações, as entidades sindicais, as instituições de
educação e de assistência social, as entidades de caráter religioso, as associações de
bairros, os clubes recreativos, esportivos, sociais, culturais e de lazer, os grêmios
estudantis e demais entidades e associações, sem fins lucrativos, bem como os órgãos da
administração municipal, suas fundações, institutos e autarquias. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 204/2013)

§ 2º Quando tratar-se de eventos de qualquer natureza, em caráter eventual, a isenção


somente será concedida nos casos em que o evento seja promovido exclusivamente pelas
entidades descritas no parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 105/2005)

Art. 590 O lançamento da taxa será efetivado no momento da prestação do serviço ao


contribuinte.

Parágrafo Único. Para a Taxa de Expediente lançada por ocasião da concessão da Licença
para Localização e Funcionamento, o prazo para pagamento será de 30 (trinta) dias após a
data de lançamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 188/2011)

Art. 591A cobrança da taxa de expediente será efetuada através de guia aprovada pela
repartição fazendária.

O Protocolo Geral do Município não poderá aceitar qualquer documento sem o


Art. 592
comprovante de pagamento da taxa de expediente, quando for o caso.

§ 1º O indeferimento do pedido, a formulação de novas exigências ou a desistência do


peticionário não dá origem a restituição da taxa.

§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se, quando couber, aos casos de autorização,


permissão e concessão, bem como à celebração, renovação e transferência de contratos.

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Art. 593 Contribuinte da taxa de expediente é toda pessoa, física ou jurídica, que
efetivamente requerer, motivar ou der início à prática de quaisquer dos serviços constantes
do Anexo III desta Lei.

Art. 594 O servidor municipal, qualquer que seja seu cargo, função ou vínculo
empregatício, que prestar serviço, realizar a atividade ou formalizar o ato pressuposto do
fato gerador da taxa sem o pagamento do respectivo valor, responderá solidariamente com

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o sujeito passivo pela taxa não recolhida, bem como pelas penalidades cabíveis.

SUBSEÇÃO IV
ISENÇÃO

Art. 595 Ficam isentos da taxa de expediente:

I - os atestados;

II - as certidões a qualquer título;

III - as petições, requerimentos e recursos dirigidos aos órgãos ou autoridades municipais.

SEÇÃO VII
TAXA DE SERVIÇOS DIVERSOS

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 596A taxa de serviços diversos incide sobre os serviços de numeração de prédios, de
apreensão de bens móveis ou semoventes, de alinhamento e nivelamento, de cemitério e
de vistoria técnica, prestados pelo Município. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 228/2014)

Art. 597 A taxa de serviços diversos tem como fato gerador a prestação dos serviços de
numeração de prédios, de apreensão de bens móveis ou semoventes; de alinhamento e
nivelamento; de cemitério e de vistoria técnica, prestados pelo Município a determinado
contribuinte ou grupo de contribuintes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 228/2014)

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 598A base de cálculo da taxa de serviços diversos é o custo para execução dos
serviços administrativos prestados ao contribuinte constantes do artigo 597 e será
calculada e cobrada com base no valor da Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI, de
acordo com a tabela do Anexo III desta Lei.

Art. 599 A taxa será lançada quando da solicitação do serviço por parte do contribuinte.

Art. 600 A arrecadação desta taxa será feita previamente a prestação dos serviços.

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Art. 601

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Art. 601Contribuinte da taxa de serviços diversos é toda pessoa, física ou jurídica, que
efetivamente requerer, motivar ou der início à prática de quaisquer dos serviços constantes
do Anexo III desta Lei.

SEÇÃO VIII
TAXA DE LIMPEZA DE TERRENOS BALDIOS

SUBSEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

A taxa de limpeza de imóveis incide sobre os imóveis, localizados na zona urbana


Art. 602
do Município. (Redação dada pela Lei Complementar nº 188/2011)

Art. 603A taxa de limpeza de imóveis tem como fato gerador a prestação, isoladamente ou
não, pelo Município, do serviço de roçada e limpeza, total ou parcial, de terrenos
localizados no perímetro urbano.

Parágrafo Único. Os serviços somente poderão ser executados pelo Município, após o não
atendimento da notificação prévia, pelo contribuinte. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 188/2011)

SUBSEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 604A base de cálculo para a cobrança da referida taxa é de 1,75% (um vírgula setenta
e cinco por cento) da Unidade Fiscal do Município de Foz do Iguaçu - UFFI por m² roçado e
limpo.

Art. 605 A taxa será lançada após a prestação do serviço, por meio de Notificação de
Lançamento, publicada no Diário Oficial do Município, devendo o mesmo conter,
obrigatoriamente, número da inscrição imobiliária do imóvel, nome do contribuinte,
endereço do imóvel, quantidade de metros quadrados roçados e limpos, valor cobrado por
metro quadrado, valor total do serviço e prazo para pagamento. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 251/2015)

Art. 606 O prazo para recolhimento da taxa será de 30 (trinta) dias após a publicação da
Notificação de Lançamento em Diário Oficial do Município. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 251/2015)

SUBSEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Art. 607 Contribuinte da taxa é o proprietário, titular do domínio útil ou possuidor, a


qualquer título, de terreno localizado no perímetro urbano, beneficiado pelo serviço a que se
refere a presente seção.

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TÍTULO IV
CONTRIBUIÇÕES

Capítulo I
CONTRIBUIÇÃO PARA CUSTEIO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA

SEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 608 A Contribuição para Custeio da Iluminação Pública - CIP - destina-se a cobrir as
despesas com a energia elétrica consumida com a administração, operação, manutenção,
eficientização e ampliação do serviço de iluminação pública do Município, prevista no art.
149-A, da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 268/2017)

A Contribuição para Custeio da Iluminação Pública incide sobre os imóveis ligados


Art. 609
diretamente ou não à rede de distribuição de energia elétrica de responsabilidade da
concessionária de serviço público de energia elétrica. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 105/2005)

Art. 610 A Contribuição para Custeio da Iluminação Pública tem como fato gerador a
utilização dos serviços de operação, manutenção e expansão do sistema de iluminação em
vias e logradouros públicos, prestados aos contribuintes ou postos à sua disposição.

SEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 611A contribuição para custeio da iluminação pública tem como base de cálculo a
Unidade de Valor de Custeio - UVC, que é a importância estabelecida para o custeio dos
serviços descritos no artigo anterior, proporcionalmente rateado entre os contribuintes
beneficiados ou que venham a se beneficiar com os serviços.

Art. 612O valor da contribuição será variável de acordo com a localização dos imóveis não
edificados e de acordo com a quantidade de consumo de energia elétrica e
classe/categoria de consumidor, quais sejam, residencial, comercial, industrial, poder
público, no caso de imóveis edificados.

Art. 613 O valor da contribuição para custeio da iluminação pública, no que se refere aos
imóveis ligados à rede de distribuição de energia elétrica deverá ser calculada com base na
Unidade de Valor de Custeio, aplicando percentuais de desconto de acordo com o
consumo, conforme consta do Anexo IV desta Lei.

Parágrafo Único. A determinação da classe do consumidor deverá obedecer as normas da


Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, ou outro órgão regulador que vier a

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substituí-la.

Art. 614O valor da contribuição para custeio da iluminação pública, no que se referir aos
imóveis edificados ou não e que não tenha ligação privada e regular de energia elétrica no
Município, terá como base de cálculo a Unidade de Valor para Custeio - UVC -, com
aplicação dos percentuais abaixo descritos, considerando-se a região administrativa em
que o imóvel estiver localizado, na forma da legislação de zoneamento municipal vigente.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

Região Administrativa...................Percentual sobre a UVC


01 - Três Lagoas...........................................26%
02 - Vila C, Cidade Nova...................................26%
03 - São Francisco.........................................26%
04 - Porto Meira...........................................26%
05 - Jardim São Paulo......................................26%
06 - Jardim América........................................36%
07 - Parque Imperatriz.....................................26%
08 - KLP...................................................26%
09 - Centro................................................48%
10 - Campos do Iguaçu......................................36%
11 - Carimã................................................26%
12 - Rural.................................................00%

Art. 615O valor da Unidade de Valor para Custeio - UVC, a partir de 1º de janeiro de 2004
será de R$ 54,00 (cinqüenta e quatro reais).

Parágrafo Único. O valor da Unidade de Valor de Custeio - UVC será reajustado


anualmente pela variação do IGPM-FGV - Índice Geral de Preços Médios da Fundação
Getúlio Vargas, ou por qualquer outro índice que vier a substituí-lo para fins de correção
dos créditos tributários municipais.

Art. 616O Poder Executivo fica autorizado a rever o valor da UVC sempre que apresentar
uma distorção superior a 5% (cinco por cento), em relação ao seu valor real,
independentemente dos reajustes a que se refere o parágrafo único do artigo anterior, da
presente Lei.

Art. 617O lançamento e recolhimento da contribuição para custeio da iluminação pública


sobre os imóveis ligados diretamente à rede de distribuição de energia elétrica será feita
pela concessionária do serviço público de energia elétrica, por meio de parcelas mensais
cobradas nas faturas de energia elétrica. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 117/20006)

Art. 618 Para fins de cumprimento do disposto no art. 617, fica o Poder Executivo
autorizado a firmar contrato de prestação de serviço com a concessionária do serviço
público de energia elétrica, para que esta proceda à arrecadação da Contribuição para
Custeio da Iluminação Pública - CIP - para o Município.

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Parágrafo único. O contrato de que trata este artigo será firmado sob condições de que os
serviços de arrecadação e controle da contribuição sejam desempenhados pela
concessionária do serviço público de energia elétrica, sem ônus para o Município.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 105/2005)

Art. 619O produto da arrecadação mensal efetuada pela concessionária do serviço público
de energia elétrica será por ela lançada em conta própria, ficando autorizada a utilizar o
montante arrecadado na liquidação total ou parcial das despesas relativas ao serviço de
iluminação pública do Município. (Redação dada pela Lei Complementar nº 105/2005)

Art. 620O lançamento e a arrecadação da contribuição para custeio da iluminação pública


referente aos imóveis não ligados à rede de distribuição de energia elétrica será feita
diretamente pelo Município, por meio da repartição fazendária, juntamente com o Imposto
sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 251/2015)

SEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Art. 621 Sujeito passivo da contribuição para custeio da iluminação pública é o proprietário,
o titular do domínio útil ou o possuidor, a qualquer título, ou ocupantes de imóveis,
beneficiados ou que venham a se beneficiar, direta ou indiretamente, com os serviços de
iluminação pública.

SEÇÃO IV
ISENÇÃO

Art. 622 Ficam isentos da contribuição para custeio da iluminação pública:

I - os órgãos públicos municipais; e

II - os proprietários, titulares de domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóveis


localizados na área rural, que estejam classificados como rurais pela concessionária do
serviço de energia elétrica.

III - os contribuintes de energia elétrica da classe residencial com consumo de até 70


kWh/mês e os consumidores classificados no programa denominado "Luz Fraterna", nos
termos da Legislação Estadual vigente; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 251/2015)

IV - as unidades consumidoras destinadas ao fornecimento de energia elétrica para as


fontes de tensão de TVs a Cabo, serviços públicos (tratamento de esgotos e água),
radares, relógios digitais, outdoors, backlights, iluminação de fachada, captadores de
energia, feiras livres e assemelhados. (Redação dada pela Lei Complementar nº 251/2015)

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Parágrafo Único. As isenções previstas neste artigo deverão ser objeto de solicitação por
escrito por parte do Município, devendo constar a identificação individualizada de cada
beneficiário.

Capítulo II
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

SEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

A contribuição de melhoria será devida em decorrência da valorização imobiliária


Art. 623
causada pela obra pública executada pelo Município, e será cobrada para fazer face ao
custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para
cada imóvel beneficiado.

Art. 624 A contribuição de melhoria tem como fato gerador a valorização do imóvel
decorrente da execução de obra pública que o beneficie, direta ou indiretamente.

Parágrafo Único. Constitui fato gerador da contribuição de melhoria a obra pública de:

I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgoto, galeria pluvial e


outros melhoramentos de vias e logradouros públicos;

II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e viadutos;

III - construção ou ampliação de sistema de trânsito rápido;

IV - abastecimento de água potável, esgoto sanitário, instalações de redes elétricas,


telefones, de transporte e comunicações em geral, ou de suprimento de gás, funiculares,
ascensores, escadas comunitárias e instalações de comodidade pública;

V - proteção contra secas, inundações, erosão, obras de saneamento e drenagem em


geral, retificações e regularizações de cursos d`água e irrigação;

VI - construção, pavimentação e melhoramento de estradas de rodagem;

VII - construção de aeródromos, aeroportos e seus acessos;

VIII - nivelamento, retificação, pavimentação, impermeabilização, bem como a instalação


de esgoto pluviais ou sanitários;

IX - aterros e obras de embelezamento em geral, inclusive desapropriação para


desenvolvimento de plano de aspectos paisagísticos e urbanísticos.

Art. 625

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Art. 625 São consideradas como execução de obras ou serviços de pavimentação de que
trata o inciso VI do artigo anterior, não somente em vias não pavimentadas, mas também
em:

I - vias com partes ainda não pavimentadas;

II - vias cujo tipo de pavimentação, por motivo de interesse público, a juízo do Poder
Executivo, deva ser substituído por outro de melhor qualidade.

Art. 626 Entende-se por obras ou serviços de pavimentação além da pavimentação


propriamente dita, da faixa de rolamento das vias e logradouros públicos e de passeios, os
trabalhos preparatórios ou complementares habituais, como estudos topográficos,
terraplanagem superficial, obras de escoamento local, guias, pequenas obras de arte e
ainda os serviços administrativos quando contratados.

Art. 627Entende-se por obras de construção de estradas os trabalhos de levantamento,


locação, corte, aterros, desaterros, terraplanagem, pavimentação, escoamento e suas
respectivas obras de arte como pontes, viadutos, pontilhões, bueiros, mata-burros e outras,
e, quando se tratar de obra contratada, os serviços de administração.

§ 1º São ainda consideradas como obras de construção as de pavimentação asfáltica


poliédrica ou a paralelepípedo quando executadas em toda a extensão de estrada, ligando
uma aglomeração urbana e outra.

§ 2º São considerados apenas de conservação as obras de construção de desvios,


retificação parcial, construção de pontes, viadutos, pontilhões, mata-burros e saibramento
em estradas existentes.

Art. 628 No caso de substituição por tipo idêntico ou equivalente não é devida a
contribuição desde que as obras primitivas hajam sido executadas sob o regime de
contribuição de melhoria, taxa de calçamento ou tributo equivalente.

Art. 629 Nos casos de substituição por tipo, de melhor qualidade a contribuição será
calculada tomando-se por base a diferença entre o custo da pavimentação nova e o da
parte correspondente ao antigo, reforçando-se este último com base nos preços de
momento; reputar-se-á nulo, para esse feito, o custo da pavimentação anterior, quando feita
em material sílico-argiloso, macadame ou com simples apedregulhamento.

Art. 630 Nos casos de substituição por motivo de alargamento das ruas ou logradouros, a
contribuição será calculada tomando-se por base toda a diferença do custo entre os dois
calçamentos.

SEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO, LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 631 A contribuição de melhoria será calculada levando-se em conta o custo total da

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obra executada de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada
imóvel beneficiado.

Art. 632O Poder Executivo fixará, em função do maior ou menor interesse da obra, a
parcela do custo a ser absorvida pelo Município.

Art. 633 No custo das obras serão computadas as despesas de estudos, projetos,
fiscalização, administração, desapropriação, execução e operações de financiamento
inclusive juros não excedentes de 12% (doze por cento) ao ano sobre o capital empregado.

Art. 634A distribuição gradual da contribuição de melhoria entre os contribuintes será feita
proporcionalmente aos valores venais dos terrenos presumivelmente beneficiados,
constantes do Cadastro Imobiliário, na falta desse elemento, tomar-se-á por base a área ou
a testada dos terrenos.

Art. 635 Para cálculo necessário à verificação da responsabilidade dos contribuintes,


prevista neste Código, serão também, computadas quaisquer áreas marginais correndo por
conta do Município as quotas relativas aos terrenos isentos da contribuição de melhoria.

Parágrafo Único. A dedução de superfície ocupadas por bens de uso comum e situadas
dentro da propriedade tributada, somente se autorizará quando o domínio dessas áreas
haja sido legalmente transferido à União, ao Estado e ao Município.

No cálculo da contribuição de melhoria deverão ser individualmente considerados


Art. 636
os imóveis constantes de loteamento aprovado ou fisicamente dividido em caráter definitivo.

Art. 637 Para efeito de cálculo da contribuição de melhoria considerar-se-ão como uma só
propriedade as áreas contíguas, de um mesmo proprietário, ainda que proveniente de título
diversos.

Art. 638Quando houver condomínio, quer de simples terreno, quer de terreno e edificação
a contribuição será lançada em nome de todos os condôminos, que serão responsáveis na
proporção de suas quotas.

Art. 639 Em se tratando de vila edificada no interior do quarteirão a contribuição de


melhoria corresponde à área pavimentada fronteira à estrada da vila e será cobrada de
cada proprietário proporcionalmente ao terreno ou fração ideal de terreno de cada um. A
área reservada à via ou logradouro interno de serventia comum será pavimentada
integralmente por conta dos proprietários.

No caso de parcelamento de imóvel já lançado, poderá o lançamento, mediante


Art. 640
requerimento do interessado, ser desdobrado em tantos outros quantos forem os imóveis
em que efetivamente se subdividir o primitivo.

Parágrafo Único. Para efetuar os novos lançamentos previstos neste artigo será a quota
relativa à propriedade primitiva distribuída de forma que a soma dessas novas quotas

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corresponda a quota global anterior.

Art. 641 Para constituição do crédito tributário relativo à contribuição de melhoria, a


repartição competente deverá notificar os contribuintes, por meio de edital, observando as
seguintes fases:

I - Notificação Prévia de Contribuição de Melhoria, cujo Edital deverá ser elaborado e


publicado antes do início das obras, devendo constar obrigatoriamente os seguintes
requisitos:

a) memorial descritivo do projeto;


b) orçamento total do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada, com o correspondente plano
de rateio entre os imóveis beneficiados;
d) delimitação das áreas direta ou indiretamente beneficiadas e relação dos imóveis nelas
compreendidas;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para cada imóvel
beneficiado; e
f) prazo para impugnação.

II - Notificação de Lançamento da Contribuição de Melhoria, cujo Edital deverá ser


elaborado e publicado após a conclusão das obras, devendo constar obrigatoriamente os
seguintes requisitos:

a) identificação do contribuinte e do imóvel beneficiado;


b) o valor da contribuição de melhoria lançado;
c) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para cada imóvel
beneficiado;
d) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada, com o correspondente plano
de rateio entre os imóveis beneficiados;
e) a forma, os prazos e o local para pagamento; e
f) a forma e o prazo para impugnação; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 117/2006)

§ 1º O imóvel comum poderá ter o lançamento efetuado em nome de qualquer dos titulares.

§ 2º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada, pelo rateio da parcela do custo
da obra, a que se refere a alínea `d`, do inciso II, pelos imóveis situados na zona
beneficiada, em função dos respectivos fatores individuais de valorização. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 251/2015)

§ 3º Ao Poder Executivo cabe a fixação dos fatores individuais de valorização a que alude
o § 2º. (Redação dada pela Lei Complementar nº 117/2006)

Art. 642 O sujeito passivo terá prazo de 30 (trinta) dias contados da data da publicação do
edital para apresentar impugnação de quaisquer dos elementos dele constante, cabendo ao

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impugnante o ônus da prova.

Art. 643 O processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação relativa a


contribuição de melhoria, reger-se-á pelas disposições dos artigos 208 a 251 desta Lei.

Art. 644A contribuição de melhoria poderá ser recolhida em parcelas, tantas quantas
forem determinadas no edital de lançamento, vedados os valores inferiores ao de uma
Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI.

Art. 645Ao contribuinte que recolher, de uma só vez, o valor total da contribuição de
melhoria dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da notificação pelo lançamento, será
concedida uma redução de 20% (vinte por cento) no valor da contribuição.

Parágrafo Único. É facultado ao contribuinte antecipar o pagamento de prestações devidas,


com desconto dos juros correspondentes.

Art. 646A contribuição de melhoria constitui ônus real, acompanhando o imóvel em caso
de transmissão a terceiro a qualquer título.

SEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO

Contribuinte da contribuição de melhoria é o proprietário, o possuidor ou o titular


Art. 647
do domínio útil do imóvel ao tempo da ocorrência do fato gerador, transmitindo-se a
responsabilidade aos adquirentes, ou sucessores, a qualquer título.

É facultado ao Poder Executivo Municipal firmar convênio com a União e/ou com o
Art. 648
Estado do Paraná para efetuar o lançamento e a arrecadação da contribuição de melhoria
decorrente de obra pública executada na esfera federal ou estadual, cabendo ao Município
porcentagem da receita arrecadada.

Art. 649O Poder Executivo fixará e regulamentará por meio de decreto os prazos de
arrecadação e outros requisitos necessários a aplicação da contribuição de melhoria.

TÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS

Todas as infrações à legislação tributária do Município serão apuradas de acordo


Art. 650
com as normas processuais deste diploma legal e as penalidades a serem aplicadas
obedecerão às leis da época em que ocorreram as infrações.

Parágrafo Único. As penalidades previstas nesta Lei só retroagem quando forem menos
severas que as previstas na lei vigente ao da prática da infração.

Quando, em função de pagamento insuficiente de crédito tributário, em relação


Art. 651
aos recolhimentos bancários autorizados, for responsabilizado o Agente Fiscal, esta

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responsabilidade será ilidida, automaticamente pelo lançamento das diferenças em


processo administrativo fiscal ou em dívida ativa.

Art. 652O Poder Executivo poderá celebrar acordos com órgãos da União, dos Estados e
Municípios, bem como com entidades privadas, objetivando:

I - intercâmbio de informações econômico-fiscais;

II - interação nos programas de fiscalização tributária;

III - treinamento de pessoal especializado em administração e fiscalização tributária.

Art. 653 Aplicam-se a todos os tributos municipais, os critérios e coeficientes previstos


nesta Lei:

I - de atualização monetária, inclusive para fins de restituição de indébito;

II - de cobrança de juros e multas de mora.

Parágrafo Único. Os demais créditos de natureza não tributária, para fins de inscrição em
dívida ativa, terão os seus valores atualizados monetariamente pelos critérios próprios, da
data do seu vencimento até a da decisão final e irreformável na esfera administrativa, e, a
partir de então, de acordo com os incisos I e II deste artigo.

O valor da Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI será corrigido anualmente pelo
Art. 654
IGPM-FGV (Índice Geral de Preços Médios da Fundação Getúlio Vargas), através de
Decreto do Poder Executivo.

Parágrafo Único. Qualquer alteração do Índice Geral de Preços Médios da Fundação


Getúlio Vargas, não implicará em modificação no caput deste artigo, permanecendo como
base os valores que vierem a substituir o IGPM-FGV ou a atualização do valor da Unidade
Fiscal de Foz do Iguaçu - UFFI, sendo que esta será efetuada nos mesmos índices
utilizados pela União para atualização dos tributos federais.

Art. 655Fica o Poder Executivo autorizado a regulamentar esta Lei, bem como baixar
normas e instruções necessárias a sua aplicação.

Art. 656 Esta Lei entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2004.

Art. 657 Fica revogada a Legislação Tributária Municipal e demais disposições em


contrário, vigentes até a entrada em vigor desta Lei.

Gabinete do Prefeito Municipal de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, em 24 de dezembro


de 2003.

Celso Sâmis da Silva

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Prefeito Municipal

Elizeu Liberato
Secretário Municipal da Administração

Angelo Calgaro
Secretário Municipal da Fazenda

Download: Anexos

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